MANUAL DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO:...

download MANUAL DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO: …trajanocamargo.com.br/wp-content/uploads/2012/05/seguranca_escola... · isso, o contato com as leis e regras pertinentes à segurança

If you can't read please download the document

Transcript of MANUAL DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO:...

  • 1

    MANUAL DE SEGURANA E HIGIENE DO TRABALHO:

    NOES GERAIS.

    LABORATRIO DE NUTRIO E DIETTICA.

  • 2

    Introduo. Na escola dedicada ao ensino tcnico profissionalizante, encontram se vrios laboratrios para diversas reas de

    atividades profissionais, os quais reproduzem os mesmos riscos a que esto expostos os trabalhadores em suas

    atividades profissionais, porem com o agravante de que, sendo utilizados por alunos, que no possuem as

    mesmas habilidades j adquiridas por esses profissionais, o potencial de risco aumentado, tornando se ento

    necessrio desde a fase de aprendizado, a iniciao ao conhecimento dos riscos e as tcnicas de preveno

    desses, com o mesmo entusiasmo a que nos entregamos ao estudo das profisses pelas quais escolhemos. Por

    isso, o contato com as leis e regras pertinentes segurana e higiene do trabalho, devem ser assimiladas a partir

    desse momento de aprendizado.

    A produtividade e a criatividade so qualidades essenciais para o profissional em qualquer setor de atividade, e

    caractersticas fundamentais para a evoluo humana. Mas sabe se tambm que criatividade e cumprimento de

    regras geralmente no caminham juntos, e justamente nesse descompasso que a integridade fsica pode ser

    atingida. Assim, deve se ter em mente no momento de se iniciar a atividade profissional, alguns preceitos bsicos:

    Um acidente pode marcar para sempre nossas vidas.

    Os equipamentos, sem exceo, oferecem riscos reais.

    Deve se ter disciplina ao operar qualquer equipamento, por mais simples que possam parecer.

    Dessa forma, alem de treinamentos especficos, algumas recomendaes fundamentais devem ser observadas

    para se operar qualquer mquina ou equipamento num ambiente profissional:

    A atividade em uma fabrica ou laboratrio, s deve ocorrer aps um perodo de sono satisfatrio, caso contrario,

    o risco de acidentes alto.

    No portar correntes, pulseiras, relgios, brincos e demais adornos, pois os mesmos caracterizam riscos

    eminentes.

    No usar sandlias, tnis ou calados abertos.

    A concentrao na tarefa deve ser total, repudiando se qualquer tipo de brincadeiras ou conversas.

    Se possvel, no operar qualquer mquina ou equipamento estando sozinho no setor, caso isso seja inevitvel,

    a ateno deve ser redobrada.

    No ingerir bebidas alcolicas.

    Em hiptese alguma, operar qualquer equipamento sob efeito de drogas, caso isso tenha ocorrido sob

    prescrio mdica, certificar se dos efeitos causados, em caso de qualquer limitao quanto relacionada

    conduo de automveis, a mesma deve ser estendida operao de maquinas e equipamentos.

    As principais causas de acidentes em uma oficina ou laboratrio so: Desconhecimento do risco ou perigo.

    Falta de treinamento.

    Falta de concentrao.

    Excesso de confiana.

    No uso de EPI.

    Fundamento Legal. Os equipamentos de proteo individual (EPI) so regulamentados pela NR 6, Norma Regulamentadora 6, do

    Ministrio do Trabalho. Conforme essa Norma, considera se EPI todo dispositivo ou produto de uso individual

    utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e sade no

    trabalho.

  • 3

    Segundo a mesma NR, compete ao SESMT (Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do

    Trabalho), ou Comisso Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho CIPA, nas empresas desobrigadas de

    manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

    Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientao de profissional

    tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado proteo do trabalhador.

    A Constituio da Repblica Federativa do Brasil, que a Carta de leis que regem nossa vivencia dentro da Sociedade brasileira, traz em seu Art. 7, item XXII: reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana; como um dos direitos de todo trabalhador. Na Escola: Obrigaes do professor ou instrutor de laboratrio:

    Indicar o EPI adequado ao risco de cada funo.

    Exigir o seu uso.

    Permitir somente o uso de EPI aprovado pelo rgo nacional competente em segurana e sade do trabalho

    (Ministrio do Trabalho e Emprego).

    Orientar e treinar o aluno quanto ao uso, guarda e conservao do EPI.

    Obrigaes do Aluno: Usar o EPI, utilizando o somente para a finalidade a que se destina.

    Responsabilizar se pela guarda e conservao.

    Cumprir as determinaes do professor sobre o uso adequado.

    Equipamento de Proteo Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo

    trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho (NR-6,

    6.1). Os ambientes devero ser sinalizados atravs de placas, que orientem quanto ao EPI indicado para aquele

    local, conforme exemplos apresentados na figura a seguir:

  • 4

    A NR 6, traz ainda em seu ANEXO I, uma lista de equipamentos de proteo Individual EPI, que reproduzida a

    seguir:

    EPI para proteo da cabea: Capacete:

    Capacete de segurana para proteo contra impacto.

    Capacete de segurana para proteo contra choques eltricos.

    Capacete de segurana para proteo do crnio e faces contra riscos provenientes de fontes geradoras

    de calor nos trabalhos de combate a incndios.

    Capuz:

    Capuz de segurana para proteo do crnio e pescoo contra riscos de origem trmica.

    Capuz de segurana para proteo do crnio e pescoo contra respingos de produtos qumicos.

    Capuz de segurana para proteo do crnio em trabalhos onde haja risco de contato com partes

    giratrias ou moveis de maquinas.

  • 5

    EPI para proteo dos olhos e faces: culos:

    culos de segurana para proteo dos olhos contra impacto de partculas volantes.

    culos de segurana para proteo dos olhos contra luminosidade intensa.

    culos de segurana para proteo dos olhos contra radiao ultravioleta.

    culos de segurana para proteo dos olhos contra radiao infravermelha.

    culos de segurana para proteo dos olhos contra respingos de produtos qumicos.

    Protetor Facial:

    Protetor facial de segurana para proteo da face contra impacto de partculas volantes.

    Protetor facial de segurana para proteo da face contra respingos de produtos qumicos.

    Protetor facial de segurana para proteo da face contra radiao infravermelha.

    Protetor facial de segurana para proteo dos olhos contra luminosidade intensa.

  • 6

    Mscara de Solda:

    Mascara de segurana para proteo dos olhos e face contra impacto de partculas volantes.

    Mascara de segurana para proteo dos olhos e face contra radiao ultravioleta.

    Mascara de solda de segurana para proteo dos olhos e face contra radiao infravermelha.

    EPI Para Proteo Auditiva:

    Protetor auditivo circum-auricular para proteo do sistema auditivo contra nveis de presso sonora

    superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

    Protetor auditivo de insero para proteo do sistema auditivo contra nveis de presso sonora

    superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

    Protetor auditivo semi -auricular para proteo do sistema auditivo contra nveis de presso sonora

    superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.

    EPI Para Proteo Respiratria: Respirador purificador de ar

    Respirador purificador de ar para proteo das vias respiratrias contra poeiras e nvoas;

    Respirador purificador de ar para proteo das vias respiratrias contra poeiras, nvoas e fumos;

  • 7

    Respirador purificador de ar para proteo das vias respiratrias contra poeiras, nvoas, fumos e

    radionucldeos;

    Respirador purificador de ar para proteo das vias respiratrias contra vapores orgnicos ou gases

    cidos em ambientes com concentrao inferior a 50 ppm (parte por milho);

    Respirador purificador de ar para proteo das vias respiratrias contra gases emanados de produtos

    qumicos;

    Respirador purificador de ar para proteo das vias respiratrias contra partculas e gases emanados

    de produtos qumicos;

    Respirador purificador de ar motorizado para proteo das vias respiratrias contra poeiras, nvoas,

    fumos e radionucldeos.

    EPI Para Proteo Do Tronco: Vestimentas de segurana que ofeream proteo ao tronco contra riscos de origem trmica, mecnica, qumica,

    radioativa e meteorolgica e umidade proveniente de operaes com uso de gua.

    Colete prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para

    proteo do tronco contra riscos de origem mecnica.

    EPI Para Proteo Dos Membros Superiores:

    Luva de segurana para proteo das mos contra agentes abrasivos e escoriantes.

    Luva de segurana para proteo das mos contra agentes cortantes e perfurantes.

    Luva de segurana para proteo das mos contra choques eltricos.

    Luva de segurana para proteo das mos contra agentes trmicos.

  • 8

    Luva de segurana para proteo das mos contra agentes biolgicos.

    Luva de segurana para proteo das mos contra agentes qumicos.

    Luva de segurana para proteo das mos contra vibraes.

    Luva de segurana para proteo das mos contra radiaes ionizantes.

    Creme protetor de segurana para proteo dos membros superiores contra agentes qumicos, de acordo

    com a Portaria SSST n 26, de 29/12/1994.

    Manga de segurana para proteo do brao e do antebrao contra choques eltricos;

    Manga de segurana para proteo do brao e do antebrao contra agentes abrasivos e escoriantes;

    Manga de segurana para proteo do brao e do antebrao contra agentes cortantes e perfurantes.

    Manga de segurana para proteo do brao e do antebrao contra umidade proveniente de operaes

    com uso de gua;

    Manga de segurana para proteo do brao e do antebrao contra agentes trmicos.

  • 9

    Braadeira:

    Braadeira de segurana para proteo do antebrao contra agentes cortantes.

    Dedeira:

    Dedeira de segurana para proteo dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

    EPI Para Proteo Dos Membros Inferiores:

    Calado de segurana para proteo contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;

    Calado de segurana para proteo dos ps contra choques eltricos;

    Calado de segurana para proteo dos ps contra agentes trmicos;

    Calado de segurana para proteo dos ps contra agentes cortantes e escoriantes;

    Calado de segurana para proteo dos ps e pernas contra umidade proveniente de operaes com

    uso de gua;

    Calado de segurana para proteo dos ps e pernas contra respingos de produtos qumicos.

    Meia:

    Meia de segurana para proteo dos ps contra baixas temperaturas.

  • 10

    Perneira:

    Perneira de segurana para proteo da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;

    Perneira de segurana para proteo da perna contra agentes trmicos;

    Perneira de segurana para proteo da perna contra respingos de produtos qumicos;

    Perneira de segurana para proteo da perna contra agentes cortantes e perfurantes;

    Perneira de segurana para proteo da perna contra umidade proveniente de operaes com uso de

    gua.

    Cala:

    Cala de segurana para proteo das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;

    Cala de segurana para proteo das pernas contra respingos de produtos qumicos;

    Cala de segurana para proteo das pernas contra agentes trmicos;

    Cala de segurana para proteo das pernas contra umidade proveniente de operaes com uso de

    gua.

    EPI Para Proteo Do Corpo Inteiro:

    Macaco de segurana para proteo do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas;

    Macaco de segurana para proteo do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes

    trmicos;

  • 11

    Macaco de segurana para proteo do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de

    produtos qumicos;

    Macaco de segurana para proteo do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade

    proveniente de operaes com uso de gua.

    Conjunto:

    Conjunto de segurana, formado por cala e bluso ou jaqueta ou palet, para proteo do tronco e

    membros superiores e inferiores contra agentes trmicos;

    Conjunto de segurana, formado por cala e bluso ou jaqueta ou palet, para proteo do tronco e

    membros superiores e inferiores contra respingos de produtos qumicos;

    Conjunto de segurana, formado por cala e bluso ou jaqueta ou palet, para proteo do tronco e

    membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operaes com uso de gua;

    Conjunto de segurana, formado por cala e bluso ou jaqueta ou palet, para proteo do tronco e

    membros superiores e inferiores contra chamas.

    Vestimenta de corpo inteiro:

    Vestimenta de segurana para proteo de todo o corpo contra respingos de produtos qumicos;

    Vestimenta de segurana para proteo de todo o corpo contra umidade proveniente de operaes com

    gua;

    Vestimenta condutiva de segurana para proteo de todo o corpo contra choques eltricos.

    EPI para proteo contra quedas com diferena de nvel:

    Dispositivo trava-queda de segurana para proteo do usurio contra quedas em operaes com

    movimentao vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturo de segurana para proteo contra

    quedas.

    Cinturo de segurana para proteo do usurio contra riscos de queda em trabalhos em altura;

  • 12

    Cinturo de segurana para proteo do usurio contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos

    em altura.

    Observaes gerais sobre partes do corpo que devem ser protegidas: Olhos: Riscos: Projeo de objetos ou partculas, queimaduras oriundas de radiaes, tais como ultravioleta e infravermelho, ou

    produtos qumicos como gases cidos e solventes orgnicos.

    Situaes de risco:

    Servios de usinagem em geral (torno, fresa, furadeira, serra, etc).

    Operao de solda com maarico de oxi - acetileno, solda eltrica, etc.

  • 13

    Servios de pintura, colagem, limpeza com solventes orgnicos.

    Manipulao de materiais frgeis, que podem se quebrar gerando arestas cortantes.

    Manipulao de arames e peas pontiagudas.

    Utilizao de martelos sobre peas frgeis.

    Cuidados: No usar lentes de contato em nenhuma situao.

    Uso de culos de segurana apropriado para cada situao.

    No caso da necessidade de lentes corretivas, usar culos especficos ou protetor facial sobreposto aos culos

    corretivos.

    EPI: culos de policarbonato e protetores faciais.

    culos e protetores faciais com filtros contra

    radiaes como ultravioleta e infravermelho.

    culos de proteo

    Protetor facial

    Mos e braos: Riscos: Cortes ou escoriaes provocados por ferramentas ou peas, queimaduras por calor provocadas por partes

    aquecidas por chamas e provenientes de manipulao de produtos qumicos agressivos.

    Situaes de risco:

    Servios com ferramentas cortantes e / ou abrasivas.

    Manipulao de matria prima cortante ou pontiaguda ou ainda com rebarbas.

    Atividades com soldas.

  • 14

    Manipulao de produtos qumicos, como tintas, vernizes, desengraxantes, etc.

    Cuidados: No usar relgios, pulseiras, anis, brincos e outros adornos.

    Camisas e blusas de mangas compridas, devem ter os punhos abotoados e justos ao brao.

    Utilizar luvas apropriadas a cada situao.

    A utilizao de luvas reduz a sensibilidade por tato, devendo assim ter o cuidado e ateno redobrada quando

    de sua utilizao.

    EPI: Luvas de PVC com preveno para contato com produtos qumicos.

    Luvas de couro para prevenir queimaduras, choques eltricos e escoriaes.

    Trax, pernas e ps: Riscos: Exposio das partes a objetos cortantes, cavacos ou partculas incandescentes oriundas de processos de

    soldagem e similares.

    Situaes de risco:

    Atividades de usinagem em geral.

    Servios de solda eltrica e / ou maarico.

    Trabalhos envolvendo peas aquecidas.

    Cuidados: No usar relgios, pulseiras, anis, brincos e outros adornos.

    No usar roupas de tecidos sintticos, pois so inflamveis.

    EPI:

    Bon rabe.

    Avental e perneira de raspa de couro.

  • 15

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Aparelho Auditivo:

    Riscos: Exposio a nveis elevados de presso sonora, podendo gerar reduo temporria ou

    permanente da audio.

    Situaes de risco: Atividades de usinagem em geral.

    Servios envolvendo gs e ar comprimido.

    Atividades com equipamentos de corte como serras, lixadeiras e similares.

    Cuidados: Sempre que possvel, executar as tarefas em local aberto.

    Utilizar protetores para os ouvidos.

    Utilizar equipamentos dotados de silenciadores.

    As operaes com ar comprimido devem ter uma ateno especial, uma vez que, rudos de

    alta presso sonora e alta freqncia podem provocar leses permanentes no aparelho

    auditivo.

    EPI:

    Protetor auricular tipo plug e tipo concha.

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Caractersticas dos EPIs auditivos. Possveis causas de falhas de atenuao:

    Tamanho inadequado

    Pouca insero

    Problemas de compatibilidade

    Problemas de comunicao

    Criatividade do usurio

    Limitaes fsicas do usurio

    Deficincia na reposio

    Treinamento inadequado

    Vantagens dos abafadores:

    nico tamanho

    Colocao rpida

    Atenuao uniforme nas duas conchas

    Partes substituveis

    Modelos variados

    Higinico

    Desvantagens dos abafadores: Desconforto em reas quentes

    Dificuldade em carregar e guardar

    Interfere no uso de outros EPIs

    Pode restringir movimentos da cabea

    Desconfortvel para 8 horas de trabalho

    No recomendado uso com cabelos compridos, barba, culos, etc.

    Vantagens dos plugs: Utilizado por pessoas de cabelos compridos, barba, cicatriz

    Compatvel com outros equipamentos

    Descartveis

    Pequenos e facilmente transportados e guardados

    Boa adaptao a ambientes com calor e umidade excessiva

    No restringe movimentos em reas muito pequenas

    Desvantagens dos plugs: Menor atenuao: movimentos (fala, mastigao) podem deslocar o plug.

    Necessidade de treinamento especfico.

    Bons nveis de atenuao dependem da boa colocao.

    Menos higinicos.

    S pode ser utilizado em canais auditivos saudveis.

    Fceis de perder.

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Especiais: Ativos:

    Cancelamento por controle ativo.

    Circuitos eletrnicos para comunicao

    Atenuao seletiva amplitude.

    Aparelho Respiratrio: Riscos: Inalao de poeira oriunda de servio de usinagem, corte ou abraso, podendo causar desde

    irritao at o comprometimento total dos rgos respiratrios.

    Situaes de risco: Servios em equipamentos de desbaste por abraso.

    Servios de pintura e limpeza com o uso de produtos qumicos e solventes orgnicos.

    Atividades de soldagem com soldas eltricas e por maarico.

    Cuidados: Utilizar proteo respiratria.

    As operaes devem ser realizadas em ambientes apropriados para tal fim, dotados de

    equipamentos de coleta dos resduos e partculas, tais como exaustores e similares.

    EPI: Protetor respiratrio para produtos qumicos.

    Mascara para poeira.

    Como usar corretamente os EPIs: Sapatos e Botas: Devem ser calados sobre meias de algodo de cano longo, para evitar atrito com os ps,

    tornozelos e canela. As bocas da cala do EPI sempre devem estar para fora do sapato ou cano

    das botas, a fim de impedir o escorrimento de produtos lquidos ou partculas slidas para o interior

    do calado.

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Respirador:

    Deve ser colocado de forma que os dois elsticos fiquem fixados corretamente e sem dobras, um

    fixado na parte superior da cabea e outro na parte inferior, na altura do pescoo, sem apertar as

    orelhas. O respirador deve encaixar perfeitamente na face do trabalhador, no permitindo que haja

    abertura para a entrada de partculas, nvoas ou vapores. Para usar o respirador, o trabalhador

    deve estar sempre bem barbeado.

    Protetor Facial:

    Deve ser ajustada firmemente na testa, mas sem apertar a cabea do trabalhador. A viseira deve ficar um pouco afastada do rosto para no embaar.

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Bon rabe:

    Deve ser colocado na cabea sobre a viseira. O velcro do bon rabe deve ser ajustado sobre a viseira facial, assegurando que toda a face estar protegida, assim como o pescoo e a cabea.

    Luvas:

    ltimos equipamentos a ser vestido, as luvas devem ser usados de forma a evitar o contato do produto txico com as mos. As luvas devem ser compradas de acordo com o tamanho das mos do usurio, (no podendo ser muito justas, para facilitar a colocao e a retirada, e nem muito grandes, para no atrapalhar o tato e causar acidentes). As luvas devem ser colocadas normalmente para fora das mangas do jaleco, com o objetivo de evitar a entrada de partculas, respingos e lquidos para dentro das mangas e atinja os braos.

    Ergonomia: A preocupao em estudar o homem, seu trabalho, suas capacidades e necessidades, alm das

    ferramentas, dos equipamentos e o meio ambiente deu origem Ergonomia, palavra de origem

    grega que significa ERGON = trabalho e NOMOS = regras/normas, significando as leis que regem

    o trabalho. A Ergonomia surgiu com o homem primitivo, na medida em que este utilizava utenslios

    de barro para retirar e acumular gua, cozinhar alimentos e at mesmo quando usava os ossos de

    grandes animais e lascas de pedras para o corte e a defesa fsica.

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Desde o seu nascimento, a Ergonomia preocupa-se com a qualidade de vida total do indivduo,

    preservando sua sade fsica e mental, e promovendo segurana, conforto e eficincia. Esta

    cincia parte do princpio de que todo ser humano nico, ou seja, no se pode separar o corpo

    fsico do corpo psquico, pois eles esto a todo o momento interagindo. razovel concluir que

    uma mquina, um equipamento, painel, plataforma, cadeira, mesa ou ferramenta de trabalho com

    desenho inadequado e sem permitir ajustes de adequao para o usurio podem provocar dores

    lombares, leses nos msculos, tendes e articulaes.

    Posies De Trabalho: Em P. As tarefas que exigem que o trabalhador fique constantemente em p provocam uma sobrecarga

    nas pernas. Estas podem ficar inchadas, pois os msculos no se movimentam o suficiente para

    bombear a quantidade adequada de sangue de volta para o corao. Em conseqncia, aparecem

    o cansao e a reduo da capacidade de concentrao. impossvel trabalhar em p

    comodamente por muito tempo quando a altura em que as tarefas so realizadas inadequada ou

    quando os controles das mquinas e equipamentos no esto ao alcance. necessrio que exista

    bastante espao para os ps, para que o trabalhador possa mudar de posio e distribuir

    alternativamente o peso. Roupas ou uniformes apertados dificultam os movimentos durante o

    trabalho, por isso devem ser evitados. A altura em que a tarefa realizada um fator importante,

    pois, se esta for incorreta, o organismo se cansar mais facilmente. A altura deve ser ideal para

    que o trabalho possa ser realizado sem que o trabalhador precise curvar as costas e de modo que

    os ombros permaneam relaxados em posio natural.

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Quando se trabalha em p importante que:

    Os objetos necessrios execuo da tarefa sejam de fcil alcance;

    A altura da bancada esteja ajustada estatura do trabalhador, de forma que, quando este

    estiver em p, a superfcie de trabalho esteja ao nvel dos cotovelos, deste modo ele

    poder ficar com as costas eretas e os ombros relaxados;

    O trabalhador fique em uma posio ereta em frente bancada e prximo dela, com o

    peso distribudo igualmente entre as duas pernas;

    A altura da superfcie de trabalho seja alterada de acordo com a natureza do trabalho;

    Os comandos, tais como as alavancas ou interruptores, estejam em nvel mais baixo do

    que os ombros;

    A superfcie sobre a qual o trabalhador esteja em p seja adequada e resistente s

    condies de trabalho;

    Os calados sejam adequados, diminuindo a sobrecarga das costas e pernas.

    Quando se trabalha sentado importante que:

    Durante tarefas que no exigem muita fora muscular e que podem ser executadas em

    reas limitadas, o trabalhador deve estar sentado. Toda a rea deve estar ao alcance do

    trabalhador, sem que ele necessite esticar ou torcer o corpo.

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Condies visuais:

    essencial que se veja claramente aquilo com que se est trabalhando.

    A maioria dos objetos deve ficar a 50 centmetros de distncia dos olhos.

    No caso de objetos muito pequenos, estes devem ser colocados sobre uma superfcie

    mais elevada, sendo algumas vezes necessrio fazer uso de uma lente de aumento.

    As condies da tela ou lente devem ser ajustadas cuidadosamente, de forma a

    compatibiliz-las com a viso individual.

    A posio da tela e a distncia entre esta e os olhos devem ser ajustveis individualmente;

    A iluminao deve ser adequada ao tipo de trabalho que est sendo realizado para evitar

    ofuscamento ou reflexos.

    Certas atividades exigem uma iluminao complementar ou especial;

    As jornadas de trabalho devero contar pausas para repouso visual;

    O assento da cadeira de trabalho dever ter uma altura ajustvel, para que cada pessoa

    possa trabalhar na posio mais confortvel possvel.

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Levantamento de pesos:

    O levantamento e o transporte manual de cargas pesadas devem ser evitados, devendo

    ser realizados com auxlio de equipamentos mecnicos. Se isto no for possvel, vrias

    pessoas devem trabalhar juntas, sendo importante que todas utilizem os mtodos corretos

    de levantamento.

    O levantamento de peso deve ser realizado com o auxlio das pernas e no das costas.

    A postura correta deve ser com os ombros para trs, as costas arqueadas e os joelhos

    dobrados.

    O peso deve ser mantido o mais prximo possvel do corpo.

    Para levantar a carga, manter as costas retas e, aos poucos, esticar as pernas,

    observando:

    A carga prxima ao corpo;

    Os ps separados e o peso do corpo corretamente distribudo;

    A carga apoiada nas duas mos;

    Os joelhos dobrados;

    O pescoo e as costas alinhados;

    As costas retas e as pernas em movimento de esticar.

    RISCOS NOS AMBIENTES DE TRABALHO A importncia de se conhecerem os riscos: Os locais de trabalho, pela prpria natureza da atividade desenvolvida e pelas caractersticas de

    organizao, relaes interpessoais, manipulao ou exposio a agentes fsicos, qumicos,

    biolgicos, situaes de deficincia ergonmica ou riscos de acidentes, podem comprometer a do

    trabalhador em curto, mdio e longo prazo, provocando leses imediatas, doenas ou a morte,

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    alm de prejuzos de ordem legal e patrimonial para a empresa. importante salientar que a

    presena de produtos ou agentes nocivos nos locais de trabalho no quer dizer que,

    obrigatoriamente, existe perigo para a sade. Isso vai depender da combinao ou inter-relao de

    diversos fatores, como a concentrao e a forma do contaminante no ambiente de trabalho, o nvel

    de toxicidade e o tempo de exposio da pessoa. Desta forma, em qualquer tipo de atividade

    laboral, torna-se imprescindvel a necessidade de investigar o ambiente de trabalho para conhecer

    os riscos a que esto expostos os trabalhadores. o processo de estimar a magnitude dos riscos

    existentes no ambiente e decidir se um risco ou no tolervel. Para investigar os locais de

    trabalho na busca de eliminar ou neutralizar os riscos ambientais, existem duas modalidades

    bsicas de avaliao. A avaliao qualitativa, conhecida como preliminar, e a avaliao

    quantitativa, para medir, comparar e estabelecer medidas de eliminao, neutralizao ou controle

    dos riscos.

    Classificao Dos Riscos: Os RISCOS AMBIENTAIS so classificados tecnicamente como:

    Riscos Fsicos: so representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de trabalho que podem afetar a sade dos trabalhadores, como: rudos, vibraes, radiaes,

    frio, calor, presses anormais e umidade;

    Riscos Qumicos: so identificados pelo grande nmero de substncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos integridade fsica e mental dos

    trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, nvoas, neblinas, gases, vapores,

    substncias, compostos ou outros produtos qumicos;

    Riscos Biolgicos: esto associados ao contato do homem com vrus, bactrias, protozorios, fungos, parasitas, bacilos e outras espcies de microorganismos;

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    Riscos Ergonmicos: esto ligados execuo de tarefas, organizao e s relaes de trabalho, ao esforo fsico intenso, levantamento e transporte manual de peso,

    mobilirio inadequado, posturas incorretas, controle rgido de tempo para produtividade,

    imposio de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho

    prolongadas, monotonia, repetitividade e situaes causadoras de estresse;

    Riscos de Acidentes: so muito diversificados e esto presentes no arranjo fsico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matria-prima fora de

    especificao, mquina e equipamentos sem proteo, ferramentas imprprias ou

    defeituosas, iluminao excessiva ou insuficiente, instalaes eltricas defeituosas,

    probabilidade de incndio ou exploso, armazenamento inadequado, animais peonhentos

    e outras situaes de risco que podero contribuir para a ocorrncia de acidentes.

    Mapa de Riscos: O Mapa de Riscos uma das modalidades mais simples de avaliao qualitativa dos riscos

    existentes nos locais de trabalho. a representao grfica dos riscos por meio de crculos de

    diferentes cores e tamanhos, permitindo fcil elaborao e visualizao. O Mapa de Riscos est

    baseado no conceito filosfico de que quem faz o trabalho quem conhece o trabalho. Ningum

    conhece melhor a mquina do que o seu operador. As informaes e queixas partem dos

    trabalhadores, que devero opinar, discutir e elaborar o Mapa de Riscos e divulg-lo ao conjunto

    dos trabalhadores da empresa atravs da fixao e exposio em local visvel. Serve como um

    instrumento de levantamento preliminar de riscos, de informao para os demais empregados e

    visitantes, e de planejamento para as aes preventivas que sero adotadas pela empresa.

    Objetivo: Reunir as informaes bsicas necessrias para estabelecer o diagnstico da situao da segurana e sade no trabalho na empresa, e possibilitar, durante a sua elaborao, a troca e a

    divulgao de informaes entre os trabalhadores, bem como estimular sua participao nas

    atividades de preveno.

    Benefcios:

    Identificao prvia dos riscos existentes nos locais de trabalho aos quais os trabalhadores

    podero estar expostos;

    Conscientizao quanto ao uso adequado das medidas e dos equipamentos de proteo

    coletiva e individual;

    Reduo de gastos com acidentes e doenas, medicao, indenizao, substituio de

    trabalhadores e danos patrimoniais;

    Facilitao da gesto de sade e segurana no trabalho com aumento da segurana

    interna e externa;

    Melhoria do clima organizacional, maior produtividade, competitividade e lucratividade.

    Elaborao do mapa de riscos:

  • ETEC TRAJANO CAMARGO

    Noes de Segurana e Higiene do Trabalho Jos R. Gardinalli

    So utilizadas cores para identificar o tipo de risco, conforme a tabela de classificao dos riscos

    ambientais. A gravidade representada pelo tamanho dos crculos.

    Crculo Pequeno: risco pequeno por sua essncia ou por ser risco mdio j protegido;

    Crculo Mdio: risco que gera relativo incmodo, mas que pode ser controlado;

    Crculo Grande: risco que pode matar, mutilar, gerar doenas e que no dispe de mecanismo

    para reduo, neutralizao ou controle.

    Quanto s Cores:

    Verde: riscos fsicos;

    Vermelho: riscos qumicos;

    Marrom: riscos biolgicos;

    Amarelo: riscos ergonmicos;

    Azul: riscos de acidentes.

    Etapas de elaborao: Conhecer o processo de trabalho do local avaliado:

    Os trabalhadores: nmero, sexo, idade, queixas de sade, jornada, treinamento recebido;

    Os equipamentos, instrumentos e materiais de trabalho;

    As atividades exercidas;

    O ambiente, identificando os agentes de riscos existentes no local avaliado, conforme a tabela de

    classificao dos riscos ambientais:

  • 28

    Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficcia referente a:

    Proteo coletiva;

    Organizao do trabalho;

    Proteo individual;

    Higiene e conforto: banheiro, lavatrios, vestirios, armrios, bebedouros, refeitrios e rea de

    lazer.

    Identificar os indicadores de sade:

    Queixas mais freqentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos

    mesmos riscos;

    Acidentes de trabalho ocorridos;

    Doenas profissionais diagnosticadas;

    Causas mais freqentes de ausncia ao trabalho.

    Elaborar o mapa de riscos, sobre uma planta ou desenho do local de trabalho, indicando atravs

    do crculo:

    O grupo a que pertence o risco, conforme as cores classificadas;

    O nmero de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado

    dentro do crculo;

    A especificao do agente (por exemplo: amnia, cido clordrico; ou

    ergonmico - repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotado

    tambm dentro do crculo;

    A intensidade do risco, de acordo com a percepo dos trabalhadores,

    que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes

    dos crculos.

    Se houver na empresa uma Comisso Interna de Preveno de

    Acidentes - CIPA, esta dever auxiliar os trabalhadores na elaborao

    do Mapa de Riscos.

  • 29

    Proteo E Combate A Incndios: Noes Bsicas. Desde que o homem descobriu o fogo, a sua aplicao em muitas reas tem contribudo para o

    avano da humanidade. No entanto, quando os homens perdem o controle sobre fogo,

    desencadeia-se um incndio, com todas as perdas e danos que dele podem resultar. Um incndio

    um fogo descontrolado. Para dominar e controlar o fogo, e evitar um incndio necessrio

    conhecer os fundamentos do fogo. O fogo um processo de reaes qumicas fortemente

    exotrmicas de oxidao-reduo, nas quais participam uma substncia combustvel e uma

    substncia comburente. Ocorre em condies energticas favorveis e, nesse processo, tambm

    ocorre liberao de calor, radiao luminosa, fumos e gases de combusto. Na definio acima,

    aparecem uma srie de conceitos que convm definir a fim de melhor compreender o fenmeno do

    fogo e o desenvolvimento da teoria fsico-qumica que o descreve. Esses conceitos so de suma

    importncia na definio das estratgias, tticas e na especificao de recursos humanos e

    materiais necessrios na preveno e controle de incndios e exploses.

    Para um fogo iniciar, necessrio que os reagentes (comburente e combustvel) se encontrem em

    condies favorveis para ocorrer a reao. A energia necessria para que a reao inicie

    denomina-se Energia de Ativao e fornecida pelas fontes de ignio. O calor de reao a

    energia que se ganha ou se perde quando ocorre uma reao. No fogo, so produzidos dois tipos

    de reaes: endotrmica e exotrmica. Na reao endotrmica, os produtos que se formam

    contm mais energia que os reagentes. Para que a reao continue, necessrio um constante

  • 30

    fornecimento de energia. Numa reao exotrmica, os produtos que se formam contm menos

    energia que os reagentes. Esta energia normalmente liberada sob a forma de calor, dissipando-

    se no ambiente e provocando os efeitos trmicos derivados do incndio. Uma outra parte

    consumida no aquecimento dos demais agentes fornecendo-lhes energia de ativao necessria

    para que o processo continue. Quando as quantidades de energia liberadas numa reao so

    muitas elevadas, emite-se radiao luminosa sob forma de chamas.

    Tetraedro do Fogo: Embora os processos de combusto sejam muito complexos, eles podem ser representados por

    um tringulo, em que cada um dos seus lados representa um dos trs elementos essncias para a

    deflagrao de um fogo:

    Combustvel,

    Comburente

    Temperatura a um nvel suficientemente elevado (calor).

    Esta representao foi aceita durante muito tempo, no obstante fenmenos anmalos no podiam

    ser completamente explicados com base neste tringulo. Para explicar tais fenmenos,

    necessrio incluir um quarto elemento: a existncia de reaes em cadeia. Por essa razo, foi

    proposta uma nova representao em forma de tetraedro que compreende as condies

    necessrias para que se d origem ao fogo.

    A razo para empregar um tetraedro e no um quadrado que cada um dos quatro elementos est

    diretamente adjacente e em conexo com cada um dos outros trs. Ao retirar um ou mais dos

    quatro elementos do tetraedro do fogo, este ficar incompleto e, por conseqncia, o resultado

    ser a extino do fogo.

    Elementos de um Incndio. Como visto, para que se inicie e mantenha um incndio, necessria a coexistncia dos quatro

    elementos do tetraedro do fogo. A anlise de cada um desses elementos permite entender melhor

    a sua participao no processo de combusto.

  • 31

    Combustvel: qualquer substncia (slida, lquida ou gasosa) capaz de arder (queimar), ou seja, capaz de se combinar com um comburente, numa reao rpida e exotrmica.

    So exemplos de combustveis:

    Carvo;

    Monxido de carbono;

    Hidrocarbonetos (gasolina, GLP, benzeno, etc.);

    Elementos no metlicos facilmente oxidveis (enxofre, fsforo, etc.);

    Materiais que contenham celulose (madeira, txteis, etc.);

    Metais (alumnio, magnsio, titnio, zircnio, etc.);

    Metais no alcalinos (sdio, potssio, etc.).

    Todos combustveis entram em combusto na fase gasosa. Quando o combustvel slido ou

    lquido, necessrio um fornecimento prvio de energia para o levar ao estado gasoso. Os

    combustveis podem ser classificados conforme o seu estado fsico em:

    Combustveis slidos madeira, papel, tecido, algodo, etc.

    Combustveis lquidos:

    Volteis: desprendem gases inflamveis temperatura ambiente lcool, ter, benzina, etc.

    No Volteis: desprendem gases inflamveis temperaturas maiores do que a do ambiente leo,

    graxa, etc.

    Combustveis gasosos: butano, propano, etano, etc.

    A ocorrncia da combusto depende se uma srie de variveis:

    Concentrao combustvel-comburente na faixa entre o limite inferior e superior de

    inflamabilidade (ou explosividade);

    Temperatura mnima a qual o combustvel emite vapores suficientes para alcanar

    a referida concentrao;

    Energia de ativao que necessria fornecer mistura para que se inicie o

    processo e se desenvolva a reao em cadeia.

    Estas variveis esto representadas nas constantes fsicas caractersticas de cada combustvel.

    Comburente: o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamveis dos combustveis, dando vida s chamas e possibilitando a expanso do fogo. Um

    comburente qualquer agente oxidante capaz de oxidar um combustvel, numa reao

    rpida e exotrmica. No entanto, este termo mais aplicado ao oxignio presente na

    atmosfera. O oxignio compe o ar atmosfrico na porcentagem de 21%, sendo que o

    mnimo exigvel para sustentar a combusto de 16%. Outros exemplos de agentes

    oxidantes: oznio, perxido de hidrognio, cidos ntricos e sulfricos concentrados, xidos

    de metais pesados (dixido de mangans, dixido de chumbo, etc.), nitratos, cloratos e

    perxidos, etc.

  • 32

    Calor: uma forma de energia radiante que se produz juntamente com os produtos da combusto durante a queima de um combustvel. o elemento que d incio ao fogo e o

    faz se propagar. Pode ser uma fasca, uma chama ou at um super aquecimento em

    mquinas e aparelhos energizados. O calor emitido no decorrer de um incndio e a

    conseqente elevao da temperatura produzem danos tanto s pessoas como aos bens

    materiais. A exposio ao ar quente pode causar: desidratao, esgotamento fsico,

    bloqueio das vias respiratrias e queimaduras. A elevao rpida da temperatura provoca

    a sensao de dor, a qual fica intolervel a, aproximadamente, 60C, em ar seco. O calor

    intensifica o ritmo cardaco, podendo atingir o limiar da resistncia humana, sendo nesse

    caso fatal. Por efeito do calor, os elementos de construo tm as suas propriedades

    mecnicas afetadas, bem como, as suas composies qumicas.

    Reao em cadeia: Os combustveis, aps iniciarem a combusto, geram mais calor. Esse calor provocar o desprendimento de mais gases ou vapores combustveis,

    desenvolvendo uma transformao em cadeia ou reao em cadeia, que, em resumo, o

    produto de uma transformao gerando outra transformao.

    Propagao do Fogo. O Fogo Pode Se Propagar:

    Pelo contato da chama em outros combustveis;

    Atravs do deslocamento de partculas incandescentes;

    Pela ao do calor.

    A transmisso de calor a denominao dada passagem da energia trmica (que durante a

    transferncia recebe o nome de calor) de um corpo para outro ou de uma parte para outra de um

    mesmo corpo. Essa transmisso pode se processar atravs da conduo, conveco ou radiao.

    Conduo: quando o calor se transmite atravs do prprio material, de molcula a molcula ou de corpo a corpo.

    Conveco: quando o calor se transmite atravs de uma massa de ar aquecida, que se desloca do local em chamas, levando para outros locais quantidade de calor suficiente

    para que os materiais combustveis a existentes atinjam seu ponto de combusto,

    originando outro foco de fogo.

    Irradiao: quando o calor se transmite por ondas calorficas atravs do espao, sem utilizar qualquer meio material.

    Pontos e Temperaturas Importantes do Fogo.

    Ponto De Fulgor. a temperatura mnima a que uma substncia combustvel, em presena de ar, emite uma quantidade de vapores suficiente para que a mistura se inflame

    quando sujeita a uma fonte de ignio. Esta varivel pode ser encontrada na literatura

    como ponto de inflamao ou flash point.

  • 33

    Ponto De Combusto. Consiste na temperatura em que um combustvel emite vapores com rapidez suficiente para proporcionar a continuidade da combusto. Assim, mesmo

    eliminando a fonte de ignio inicial, a combusto continua. Esta temperatura

    denominada de ponto de combusto ou temperatura de combusto.

    Temperatura De Auto-Ignio. a temperatura mnima a que um combustvel deve ser aquecido na presena de ar, para

    provocar sua combusto espontnea, sem a presena de uma fonte de ignio. A temperatura de

    auto-ignio de um combustvel slido influenciada pela circulao de ar de aquecimento ou

    ventilao e pela forma e dimenso do slido.

    Classes de Incndio. Os incndios so classificados de acordo com as caractersticas dos combustveis. Essa

    classificao auxilia na escolha do agente extintor mais adequado na extino de um fogo.

    Classe A: So materiais de fcil combusto com a propriedade de queimarem em sua superfcie e

    profundidade, e que deixam resduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra, etc. (NR-23, 23.9.1).

    Esse tipo de incndio extinto, principalmente, pelo mtodo de resfriamento e as vezes por

    abafamento atravs de jato pulverizado. O agente extintor a gua.

    Classe B: So considerados inflamveis os produtos que queimem somente em sua superfcie, no deixando

    resduos, como leo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc. (NR-23, 23.9.1). Esse tipo de incndio

    extinto pelo mtodo de abafamento. Os agentes extintores so a espuma, o CO2 e o jato de

    neblina.

    Classe C: Quando ocorrem em equipamentos eltricos energizados como motores, transformadores, quadros

    de distribuio, fios, etc. (NR-23, 23.9.1). A extino s pode ser realizada com agente extintor

    no-condutor de eletricidade, nunca com extintores de gua ou espuma. O primeiro passo num

    incndio Classe C, desligar o quadro de fora, pois, assim, ele se tornar um incndio de Classe

    A ou B. O agente extintor o CO2.

    Classe D: Elementos pirofricos como magnsio, zircnio, titnio (NR-23, 23.9.1). So difceis de serem

    apagados. Esse tipo de incndio extinto pelo mtodo de abafamento. Nunca devem ser utilizados

    extintores de gua ou espuma para extino do fogo. O agente extintor especfico para cada tipo.

    Classe K Quando ocorre com leos de cozinha, gorduras e graxa. O agente extintor o acetato de potssio.

    Esta nova classe de incndio, criada pala National Fire Protection Association NFPA, dos

    Estados Unidos, em 1998, est relacionada ao risco de incndios em cozinhas. A presena de

    material combustvel temperatura igual ou superior ao seu ponto de combusto e a existncia de

  • 34

    superfcies aquecidas propiciam a retomada do incndio, mesmo aps sua extino inicial.

    Equipamentos de coco como fritadeiras, foges, grelhas, etc., representam uma importante fonte

    de incndios.

    Medidas Preventivas: Todas As Empresas Devero Possuir: (NR-23, 23.1.1). a) Proteo contra incndio;

    b) Sadas suficientes para a rpida retirada do pessoal em servio, em caso de incndio;

    c) Equipamento suficiente para combater o fogo em seu incio;

    d) Pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

    Pode ser dito que as estratgias para atingir os objetivos da preveno e controle de incndios so

    divididas em dois grandes blocos:

    Controle das Fontes de Ignio;

    Controle das Conseqncias dos Incndios; que formam uma estrutura genrica, apresentada na figura a seguir, em forma de uma rvore de

    conceitos ou aes.

    Os chamados Sistemas de Preveno e Controle de Emergncias so suportados por trs

    elementos: Recursos Humanos, Recursos Materiais e Procedimentos, que interagem entre si, de

    forma sinrgica, formando um Sistema de Gesto prprio. Com isso, possvel organizar, operar,

    treinar e equipar brigadas de incndio. Considera-se Brigada de Incndio um grupo de funcionrios

    organizados dentro de uma determinada empresa ou entidade, capacitado para atuar nas

    operaes de controle de emergncias dentro de uma rea pr-estabelecida. So referncias

  • 35

    normativas s brigadas de incndio so: NR-23; NBR 14276 Programa de Brigada de Incndio; e

    legislao estadual e municipal.

    Os recursos materiais so classificados em:

    Sistemas de preveno: Deteco os sistemas de deteco de gs e vapores inflamveis, quando bem

    especificados, instalados e mantidos, podem evitar grandes emergncias. O

    equipamento correto deve ser selecionado e os detectores instalados nos locais

    mais adequados ao contexto da instalao. Basicamente dois tipos de detectores

    so utilizados: o cataltico e o infravermelho.

    Proteo passiva no necessitam de ao externa (pessoas, instrumento,

    energia) para atuarem. So intrnsecas a um equipamento ou sistema. Tem por

    finalidade evitar, isolar ou retardar a ao do fogo ou calor excessivo. Exemplos:

    revestimentos a prova de fogo (fireproofing), diques de conteno, sistemas de

    drenagem oleosa, etc.

    Sistemas de Comunicao:

    Radiocomunicao o objetivo prover comunicao entre o Posto de Comando

    e o Lder de Interveno e entre os combatentes. O sistema compreende uma

    estao de rdio fixa, localizada, normalmente em uma central de comunicaes,

    uma repetidora para reforar o sinal , uma antena e rdios portteis.

    Alarme de emergncia recomenda-se consultar a NR-23, item 23.18, as NBRs

    9077 e 9441.

    Telefone de emergncia normalmente utilizado um aparelho sem discagem,

    que, ao se levantar do gancho, automaticamente atendido pela central de

    comunicao. Devem ser localizados em pontos estratgicos e adequadamente

    sinalizados. Sua localizao deve ser amplamente divulgada atravs de

    treinamentos e folders. Os telefones de emergncia devem ser testados numa

    freqncia adequada, se possvel diariamente.

    Sistemas de Controle/Combate a Incndio: Portteis: Extintores, materiais hidrulico e material de controle de poluio hdrica.

    Fixos: Sistema de espuma, sistema de sprinkler/spray, canhes,

    hidrantes/mangotinhos, rede de gua de incndio/bomba de incndio.

    Mveis: Viaturas geradoras de espuma, viaturas de gua, viaturas de p qumico,

    viaturas emergncia qumica, lanchas.

    Os planos e procedimentos de emergncia constituem-se no terceiro pilar que sustenta os

    sistemas preveno e controle de emergncias, a partir destes, se definem os recursos humanos e

    materiais adequados para compor o sistema. Na legislao nacional, a questo planejamento de

  • 36

    emergncias tratada em uma srie de regulamentos que possuem graus hierrquicos e nveis de

    detalhamento diferentes. As etapas bsicas de desenvolvimento de um plano de emergncia so:

    1- Identificao dos cenrios dos acidentes:

    Anlise histrica de acidentes (incidentes ocorridos na empresa ou empresas

    similares);

    Estudos de anlise de riscos (considerar questes tecnolgicas como falhas de

    processo e de sistemas, erros humanos e incidentes da natureza);

    2- Anlise de conseqncia e vulnerabilidade (modelos matemticos);

    3- Pesquisa em bibliografia, regulamentao, normas tcnicas e outros;

    4- Estabelecimento das aes de controle;

    5- Definio dos recursos humanos/materiais;

    6- Definio das responsabilidades/atribuies;

    7- Implantao;

    8- Reviso.

    Cuidados Necessrios para Preveno de Incndios:

    Respeitar as proibies de fumar no ambiente de trabalho;

    No acender fsforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais sinalizados;

    Manter o local de trabalho em ordem e limpo;

    Evitar o acmulo de lixo em locais no apropriados;

    Colocar os materiais de limpeza em recipientes prprios e identificados;

    Manter desobstrudas as reas de escape e no deixar, mesmo que provisoriamente,

    materiais nas escadas e corredores;

    No deixar os equipamentos eltricos ligados na tomada aps sua utilizao;

    No improvisar instalaes eltricas, nem efetuar consertos em tomadas e interruptores,

    sem que se esteja familiarizado;

    No sobrecarregar as instalaes eltricas com a utilizao do Plug T;

    Verificar antes da sada ao final do expediente, se no h algum equipamento eltrico

    ligado;

    Observar as normas de segurana ao manipular produtos inflamveis ou explosivos;

    Manter os materiais inflamveis em local resguardado e prova de fogo;

    No cobrir fios eltricos com tapete;

    Ao utilizar materiais inflamveis, fazer em quantidades mnimas, armazenando-os sempre

    na posio vertical e na embalagem;

    No utilizar chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamveis.

    Combate ao Fogo. To cedo o fogo se manifeste, deve se:

    Acionar o sistema de alarme;

  • 37

    Chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;

    Desligar mquinas e aparelhos eltricos, quando a operao do desligamento no envolver

    riscos adicionais;

    Atac-lo, o mais rapidamente possvel, pelos meios adequados.

    As mquinas e aparelhos eltricos que no devam ser desligados em caso de incndio devero

    conter placa com aviso referente a este fato, prximo chave de interrupo. Podero ser

    exigidos, para certos tipos de indstria ou de atividade em que seja grande o risco de incndio,

    requisitos especiais de construo, tais como portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de

    reservatrios elevados de inflamveis.

    Exerccio de Alerta. Os exerccios de combate ao fogo devero ser feitos periodicamente, objetivando:

    Que o pessoal grave o significado do sinal de alarme;

    Que a evacuao do local se faa em boa ordem;

    Que seja evitado qualquer pnico;

    Que sejam atribudas tarefas e responsabilidades especficas aos empregados;

    Que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as reas.

    Os exerccios devero ser realizados sob a direo de um grupo de pessoas, capazes de prepar-

    los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em nmero necessrio, segundo as

    caractersticas do estabelecimento. Os planos de exerccio de alerta devero ser preparados como

    se fossem para um caso real de incndio. Nas fbricas e entidades que mantenham equipes

    organizadas de bombeiros, os exerccios devem se realizar periodicamente, de preferncia, sem

    aviso e se aproximando, o mais possvel, das condies reais de luta contra o incndio. As fbricas

    ou estabelecimentos que no mantenham equipes de bombeiros devero ter alguns membros do

    pessoal operrio, bem como os guardas e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do

    material de luta contra o fogo e o seu emprego.

    Instrues Gerais em Caso de Emergncias. Em Caso De Incndio:

    Mantenha a calma, evitando o pnico, correrias e gritarias;

    Acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193;

    Use extintores ou os meios disponveis para apagar o fogo;

    Acione o boto de alarme mais prximo ou telefone para o ramal de emergncia, quando

    no se conseguir a extino do fogo;

    Feche portas e janelas, confinando o local do sinistro;

    Isole os materiais combustveis e proteger os equipamentos, desligando o quadro de luz ou

    o equipamento da tomada;

    Comunique o fato chefia da rea envolvida ou ao responsvel do mesmo prdio;

    Armar as mangueiras para a extino do fogo, se for o caso;

  • 38

    Existindo muita fumaa no ambiente ou local atingido, use um leno como mscara (se

    possvel molhado), cobrindo o nariz e a boca;

    Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possvel, mantenha molhadas as

    roupas, cabelos, sapatos ou botas;

    No tire as roupas, pois elas protegem o corpo e retardam a desidratao.Tire apenas a

    gravata ou roupas de nylon;

    Se as roupas se incendiarem, jogue-se no cho e role lentamente. Elas se apagaro por

    abafamento;

    Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias escorregadias.

    Em Caso De Confinamento Pelo Fogo:

    Procure sair dos lugares onde haja muita fumaa;

    Mantenha-se agachado, bem prximo ao cho, onde o calor menor e ainda existe

    oxignio;

    No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapatos,

    encharque uma cortina e enrole-se nela, molhe um leno e amarre-o junto boca e

    ao nariz e atravesse o mais rpido que puder.

    Em caso de abandono de local:

    Seja qual for a emergncia, nunca utilize os elevadores;

    Ao abandonar um compartimento, feche a porta atrs de si (sem trancar) e no volte ao

    local;

    Ande, no corra;

    Facilite a operao dos membros da Equipe de Emergncia para o abandono, seguindo as

    suas orientaes;

    Ajude o pessoal incapacitado a sair, dispensando especial ateno queles que, por

    qualquer motivo, no estiverem em condies de acompanhar o ritmo de sada (deficientes

    fsicos, mulheres grvidas e outros);

    Leve junto os visitantes;

    Saia da frente de grupos em pnico, quando no puder control-los.

    Mtodos de Extino. Partindo do princpio que, para haver fogo, so necessrios o combustvel, o comburente, o calor e

    a reao em cadeia, para extinguir o fogo, basta retirar um desses elementos. Assim, tem-se os

    seguintes mtodos de extino:

    Extino por retirada do combustvel (Isolamento): Consiste na retirada do material que

    est queimando e/ou na retirada do material que est prximo ao fogo.

    Extino por retirada do comburente (Abafamento): Consiste na diminuio ou

    impedimento do contato de oxignio com o combustvel.

  • 39

    Extino por retirada do calor (Resfriamento): Consiste na diminuio da temperatura e

    eliminao do calor, at que o combustvel no gere mais gases ou vapores e se apague.

    Extino por quebra de reao qumica: Consiste na interrupo da reao em cadeia.

    Quando lanados determinados agentes extintores ao fogo, suas molculas se dissociam

    pela ao do calor e se combinam com a mistura inflamvel (gs ou vapor mais

    comburente), formando outra mistura noinflamvel.

    Extintores de Incndio. Destinam-se ao combate imediato e rpido de pequenos focos de incndios, no devendo ser

    considerados como substitutos aos sistemas de extino mais complexos, mas, sim, como

    equipamentos adicionais. Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho, s devem ser

    utilizados extintores de incndio que obedeam s normas brasileiras ou regulamentos tcnicos do

    Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa

    exigncia pela aposio nos aparelhos de identificao de conformidade de rgos de certificao

    credenciados pelo INMETRO.

    Extintores de Incndio Portteis. Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automticos, devero ser providos de

    extintores portteis, a fim de combater o fogo em seu incio. Tais aparelhos devem ser apropriados

    classe do fogo a extinguir.

    Exemplos de extintores portteis: a) Extintor - gua b) Extintor - CO2

    Tipos De Extintores Portteis Conforme A NR-23:

    O extintor tipo "Espuma" ser usado nos fogos de Classe A e B.

  • 40

    O extintor tipo "Dixido de Carbono" ser usado, preferencialmente, nos fogos das Classes

    B e C, embora possa ser usado tambm nos fogos de Classe A em seu incio

    O extintor tipo "Qumico Seco" usar-se- nos fogos das Classes B e C. As unidades de tipo

    maior de 60 a 150 kg devero ser montadas sobre rodas.

    O extintor tipo "Qumico Seco", ser usado nos incndios Classe D, porm o p qumico

    ser especial para cada material.

    O extintor tipo "gua Pressurizada", ou "gua-Gs", deve ser usado em fogos Classe A,

    com capacidade varivel entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros.

    Outros tipos de extintores portteis s sero admitidos com a prvia autorizao da

    autoridade competente em matria de segurana do trabalho.

    Mtodo de abafamento por meio de areia (balde areia) poder ser usado como variante

    nos fogos das Classes B e D.

    Mtodo de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poder ser usado como

    variante nos fogos Classe D.

    Agentes Extintores. Trata-se de certas substncias qumicas, slidas, lquidas ou gasosas, que so utilizadas na

    extino de um incndio. Os principais e mais conhecidos so:

    gua pressurizada: o agente extintor indicado para incndios de classe A. Age por

    resfriamento e/ou abafamento. Pode ser aplicado na forma de jato compacto, chuveiro e

    neblina. Para os dois primeiros casos, a ao por resfriamento. Na forma de neblina,

    atua por resfriamento e abafamento.

    A gua nunca ser empregada:

    a) Nos fogos de Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina;

    b) Nos fogos de Classe C, salvo quando se tratar de gua pulverizada;

    c) Nos fogos de Classe D.

    Gs Carbnico (CO2): o agente extintor indicado para incndios da classe C, por no ser

    condutor de eletricidade. Age por abafamento, podendo ser utilizado, tambm, na classe A,

    em seu incio e na classe B, em ambientes fechados.

    P Qumico: o agente extintor indicado para combater incndios da classe B. Age por

    abafamento, podendo ser tambm utilizado nas classes A e C. Nesta ltima, pode danificar

    o equipamento.

    P Qumico Especial: o agente extintor indicado para incndios da classe D. Age por

    abafamento.

    Espuma: o agente extintor indicado para incndios das classe A e B. Age por

    abafamento e secundariamente por resfriamento. Por ter gua na sua composio, no

    pode ser utilizado em incndio de classe C, pois conduz corrente eltrica.

  • 41

    P ABC (Fosfato de Mono-amnio): o agente extintor indicado para incndios das

    classes A, B e C. Age por abafamento.

    Outros Agentes: Alm dos agentes extintores j citados, podem ser considerados outros

    agentes como, por exemplo, terra, areia, cal, talco.

    Local e Sinalizao dos Extintores. Os extintores devero ser colocados em locais:

    a) De fcil visualizao;

    b) De fcil acesso;

    c) Onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

    d) Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um crculo vermelho ou por uma

    seta larga, vermelha, com bordas amarelas. Dever ser pintada de vermelho uma larga rea do

    piso embaixo do extintor, a qual no poder ser obstruda por forma nenhuma. Essa rea dever

    ser no mnimo de 1,00 m x 1,00 m (um metro x um metro).

    e) Os extintores no devero ter sua parte superior a mais de 1,60 m (um metro e sessenta

    centmetros) acima do piso. Os baldes no devero ter seus rebordos a menos de 0,60 m

    (sessenta centmetros) nem a mais de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros) acima do piso).

    f) Os extintores no devero ser localizados nas paredes das escadas.

    g) Os extintores sobre rodas devero ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto do

    prdio.

    h) Os extintores no podero ser encobertos por pilhas de materiais.

    Inspeo e Manuteno dos Extintores. De forma geral, o princpio de funcionamento de um extintor de incndio de um vaso de presso

    carregado com agente extintor, que pode ser p, gua, espuma ou ainda algum tipo de gs

    especial. A performance de cada tipo de extintor est diretamente ligada s caractersticas de

    projeto tais como:

    Altura do cilindro;

    Dimetro do cilindro;

    Dimetro interno da mangueira;

    Dimetro do bico de descarga;

    Tipo de vlvula;

    Tipo quantidade de agente extintor;

    Volume de gs pressurizado;

    Volume da cmara de expanso.

    As caractersticas acima esto relacionadas entre si e so responsveis pela performance do

    equipamento quanto sua capacidade de extino, a chamada Capacidade Extintora, que

    obtida atravs de ensaio prtico de acordo com as normas da ABNT. A capacidade extintora o

    tipo e tamanho do fogo que o extintor pode apagar, conforme ensaios descritos nas normas:

  • 42

    NBR 9443: Extintor de incndio classe A - Ensaio de fogo em engradado de madeira;

    NBR 9444: Extintor de incndio classe B - Ensaio de fogo em lquido inflamvel;

    NBR 12992 Extinto de incndio classe C - Ensaio de condutividade eltrica.

    O tipo de fogo caracterizado pela classe e o tamanho, pelo grau numrico correspondente s

    dimenses e volume dos corpos utilizados nos respectivos ensaios. Por estarem intrinsecamente

    ligadas, nenhuma das caractersticas de projeto pode sofrer qualquer alterao, devendo a

    empresa que for executar a manuteno ou recarga dos extintores observarem atentamente as

    informaes contidas no manual tcnico do fornecedor, alm de utilizarem somente componentes

    originais, e desta forma estaremos garantir a originalidade do equipamento e sua eficincia. A NBR

    12962 Inspeo, manuteno e recarga em extintores de incndio fixa a condies mnimas

    exigveis e a NBR 13485 Manuteno de terceiro nvel (vistoria) em extintores de incndio fixam

    as condies mnimas exigveis para cada situao.

    Inspeo: Exame peridico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no extintor de incndio, com a

    finalidade de verificar se este permanece em condies originais de operao.

    Todo extintor dever ter 1 (uma) ficha de controle de inspeo (modelo no anexo da NR-23).

    Cada extintor dever ser inspecionado visualmente a cada ms, examinando-se o seu aspecto

    externo, os lacres, os manmetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico

    e vlvulas de alvio no esto entupidos.

    Cada extintor dever ter uma etiqueta de identificao presa ao seu bojo, com data em que foi

    carregado, data para recarga e nmero de identificao. Essa etiqueta dever ser protegida

    convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danificados. Os cilindros dos extintores

    de presso injetada devero ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for alm de 10%

    (dez por cento) do peso original, dever ser providenciada a sua recarga. O extintor tipo "Espuma"

    dever ser recarregado anualmente. As operaes de recarga dos extintores devero ser feitas de

    acordo com normas tcnicas oficiais vigentes no Pas.

    Manuteno: Servio efetuado no extintor de incndio, com a finalidade de manter suas condies originais de

    operao, aps sua utilizao ou quando requerido por uma inspeo.

    Manuteno De Primeiro Nvel: Manuteno geralmente efetuada no ato da inspeo por pessoal habilitado, que pode ser

    executada no local onde o extintor est instalado, no havendo necessidade de remov-lo para

    oficina especializada.

    Manuteno De Segundo Nvel: Manuteno que requer execuo de servios com equipamento e local apropriados e por pessoal

    habilitado.

  • 43

    Manuteno De Terceiro Nvel Ou Vistoria: Processo de reviso total do extintor, incluindo a execuo de ensaios hidrostticos.

    Recarga: Reposio ou substituio da carga nominal de agente extintor e/ou expelente.

    Ensaio Hidrosttico: o teste executado em alguns componentes do extintor de incndio sujeitos presso

    permanente ou momentnea, utilizando-se normalmente a gua como fluido, que tem como

    principal objetivo avaliar a resistncia do componente a presses superiores presso normal de

    carregamento ou de funcionamento do extintor, definidas em suas respectivas normas de

    fabricao.

    Prtica. Para um treinamento de preveno e combate a incndios, a condio ideal a realizao de aula

    terica em sala de aula e exerccios prticos com simulaes e combate a incndios com

    diferentes tipos de extintores portteis e mangueiras em pista de treinamento com obstculos, casa

    de fumaa e torre de exerccios. Na ausncia dessa condio, isto , de recursos materiais,

    recomenda-se a realizao das seguintes atividades: identificao dos tipos de extintores

    disponveis no local e a operao e uso de um extintor. O extintor deve ser recarregado

    imediatamente aps o uso, mesmo que a carga no tenha sido toda utilizada.

    Identificao do Extintor. O usurio deve possuir conhecimentos mnimos

    para identificar corretamente o extintor a ser usado,

    interpretando o seu rtulo e informaes

    complementares. O quadro de instrues do

    extintor dever estar colado ou impresso no corpo

    do cilindro de forma tal que quando o extintor

    estiver instalado o rtulo aparea de frente para o

    usurio e deve conter de forma clara, no mnimo, as

    seguintes informaes:

    Marca-logotipo do fabricante;

    Classes de fogo onde o extintor pode ser utilizado;

    Tipo de agente extintor;

    Como operar e utilizar o extintor.

    Exemplo de plaqueta com informaes de um extintor.

  • 44

    Em alguns casos, o rtulo informa, tambm, as classes de incndio para as quais o extintor no se

    presta, conforme exemplo mostrado abaixo:

    Exemplo de plaqueta com informaes de proibio.

    Instrues Bsicas de Operao e Uso dos Extintores. O usurio deve possuir conhecimentos mnimos para a correta utilizao do extintor. A seqncia

    bsica de operaes mostrada no quadro de instrues (rtulo) do extintor. As informaes

    seguir so complementares e podem ser utilizadas para o treinamento:

    Retire o extintor do suporte de fixao;

    Mantenha na posio vertical;

    Puxe o pino de trava da vlvula de descarga ou rompa o lacre liberando a ala, conforme o

    modelo do extintor;

    Posicione-se a favor do vento a uma distncia aproximada de 3 metros do fogo;

    Direcione a mangueira ou o bico da vlvula de descarga, conforme o modelo, para a base

    das chamas;

    Aperte o gatilho e movimente o jato em forma de leque;

    Se o combustvel for lquido, no aplique o jato diretamente sobre a superfcie para evitar

    aumento da rea em queima.

    Inicie o combate, aproximando-se do fogo, mas atento a possveis retornos das chamas;

    Quando o fogo estiver extinto, fique atento para uma possvel re-ignio (apenas os ps

    ABC permitem razovel segurana re-ignio quando aplicados em slidos inflamveis);

    Evacue e ventile a rea (a fumaa sempre txica, podendo causar irritaes nas vias

    respiratrias ou at mesmo lev-lo perda de conscincia).

  • 45

    Importante: a) O tempo de descarga dos extintores com carga de p pequeno. Devido curta

    durao da descarga, o operador deve estar atento quanto a evitar desperdcios

    de agente extintor.

    b) O combate em combustveis lquidos (Classe B) deve ser realizado com descarga

    contnua, sem interrupes do jato.

    c) c) Para combustveis slidos (Classe A), dependendo das propores do fogo,

    pode ser necessrio o uso de descarga intermitente.

    Primeiros socorros. Primeiros Socorros so as medidas iniciais e imediatas dedicadas vtima, fora do ambiente

    hospitalar, executada por qualquer pessoa treinada, para garantir a vida, proporcionar bem-estar e

    evitar agravamento das leses existentes. A prestao dos primeiros socorros depende de

    conhecimentos tericos e prticos de quem os est aplicando. Alm disso, o socorrista deve agir

    com bom senso, tolerncia, calma e ter grande capacidade de improvisao. Um atendimento mal

    feito pode levar vtimas de acidentes a seqelas irreversveis.

    Noes sobre Leses - Exame do Paciente. Para poder prestar atendimento vtima deve ser feito um exame do paciente. O exame uma

    seqncia padronizada de procedimentos que permitir determinar qual o principal problema

    associado com a leso ou doena e quais sero as medidas a serem tomadas para corrigi-lo. Para

    manipular a vtima, o socorrista dever estar usando luvas cirrgicas, avental com mangas longas,

    culos panormicos e mscara. O exame do paciente leva em conta aspectos como:

    O local da ocorrncia:

    seguro?

    Ser necessrio movimentar a vtima?

    H mais de uma vtima?

    Pode-se dar conta de todas as vtimas?

    A vtima:

    Est consciente?

    Tenta falar alguma coisa ou aponta para

    qualquer parte de seu prprio corpo?

    As testemunhas:

    Esto tentando dar alguma informao?

    O socorrista deve ouvir o que dizem a

    respeito dos momentos que

    antecederam o acidente.

  • 46

    Mecanismos da leso:

    H algum objeto cado prximo da

    vtima, como escada, moto, bicicleta,

    andaime etc.

    A vtima pode ter sido ferida pelo volante

    do veculo?

    Deformidades e leses:

    A vtima est cada em posio

    estranha?

    Ela est queimada?

    H sinais de esmagamento de algum

    membro?

    H sangue nas vestes ou ao redor da

    vtima?

    Ela vomitou?

    Ela est tendo convulses?

    As informaes obtidas por esse processo, que toma alguns segundos, so extremamente valiosas

    para a seqncia do exame, que subdividido em duas partes:

    Anlise primria: realizada quando

    clara a inconscincia da vtima.

    Determinar inconscincia;

    Abrir vias areas;

    Verificar respirao;

    Verificar circulao;

    Verificar grandes

    hemorragias.

  • 47

    Anlise secundria: realizada para

    descobrir leses ou problemas

    diversos que possam ameaar a

    sobrevivncia da vtima, se no forem

    tratados convenientemente.

    Exame da cabea aos ps:

    avaliao pormenorizada da

    vtima, utilizando os sentidos

    do tato, da viso, da audio

    e do olfato.

    Sintomas: so as impresses

    transmitidas pela vtima, tais

    como: tontura, nusea, dores,

    etc.

    Sinais vitais: pulso e

    respirao. Outros sinais: cor

    e temperatura da pele,

    dimetro das pupilas, etc.

    Ferimentos Externos. So leses que acometem as estruturas superficiais ou profundas do organismo com

    sangramento, lacerao e contaminao varivel.

    Sinais e sintomas:

    Dor e edema local;

    Sangramento;

    Lacerao em graus

    variveis;

    Contaminao se no

    adequadamente tratado.

    Primeiros socorros

    Priorizar o controle do

    sangramento;

    Lavar o ferimento com gua;

    Proteger o ferimento com

    pano limpo, fixando-o sem

    apertar;

    No remover objetos

    empalados;

  • 48

    No colocar qualquer

    substncia estranha sobre a

    leso;

    Encaminhar para

    atendimento hospitalar.

    Hemorragias. a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguneo (artrias, veias e capilares).

    Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente. A hemorragia abundante e no controlada

    pode causar a morte em 3 a 5 minutos.

    Hemorragia Externa:

    Sinais e sintomas.

    Sangramento visvel;

    Nvel de conscincia varivel

    decorrente da perda sangnea;

    Palidez de pele e mucosa.

    Primeiros socorros:

    Comprimir o local usando um pano

    limpo, quantidade excessiva de pano

    pode mascarar o sangramento;

    Manter a compresso at os cuidados

    definitivos;

    Se possvel, elevar o membro que

    est sangrando;

    No utilizar qualquer substncia

    estranha para coibir o sangramento;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

    Hemorragia Interna:

    Sinais e sintomas.

    Sangramento visvel;

    Sangramento geralmente no visvel;

  • 49

    Nvel de conscincia varivel

    dependente da intensidade e local do

    sangramento.

    Sangramento pela urina;

    Sangramento pelo ouvido;

    Fratura de fmur;

    Dor com rigidez abdominal;

    Vmitos ou tosse com sangue;

    Traumatismos ou ferimentos

    penetrantes no crnio, trax ou

    abdome.

    Primeiros socorros:

    Manter a vtima aquecida e deitada,

    acompanhando os sinais vitais e

    atuando adequadamente nas

    intercorrncias;

    Agilizar o encaminhamento para o

    atendimento hospitalar.

    Hemorragia Nasal:

    Sinais e sintomas. Sangramento nasal visvel

    Primeiros socorros:

    Colocar a vtima sentada, com a

    cabea ligeiramente voltada para trs

    e apertar he a(s) narina(s) durante

    cinco minutos;

    Caso a hemorragia no ceda,

    comprimir externamente o lado da

    narina que est sangrando e colocar

    um pano ou toalha fria sobre o nariz.

    Se possvel, usar um saco com gelo;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

  • 50

    Corpo Estranho nos Olhos:

    Sinais e sintomas:

    Dor;

    Ardncia;

    Vermelhido;

    Lacrimejamento.

    Primeiros socorros:

    No esfregar os olhos;

    Lavar o olho com gua limpa;

    No remover o corpo estranho

    manualmente;

    Se o corpo estranho no sair com a

    lavagem, cobrir os dois olhos com

    pano limpo;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

    Intoxicaes e Envenenamentos:

    Sinais e sintomas:

    Dor e sensao de queimao nas

    vias de penetrao e sistemas

    correspondentes;

    Hlito com odor estranho;

    Sonolncia, confuso mental,

    alucinaes e delrios, estado de

    coma;

    Leses cutneas;

    Nuseas e vmitos;

    Alteraes da respirao e do pulso.

    Primeiros socorros:

    Pele:

    Retirar a roupa impregnada;

    Lavar a regio atingida com gua em

    abundncia;

    Substncias slidas devem ser

    retiradas antes de lavar com gua;

    Agasalhar a vtima;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

  • 51

    Aspirao:

    Proporcionar a ventilao;

    Abrir as vias reas respiratrias;

    Encaminhar para atendimento hospitalar.

    Ingesto:

    Identificar o tipo de veneno ingerido;

    Provocar vmito somente quando a

    vtima apresentar-se consciente,

    oferecendo gua;

    No provocar vmitos nos casos de inconscincia, ingesto de soda

    custica, cidos ou produtos

    derivados de petrleo.

    Picadas e Ferroadas de Animais Peonhentos:

    Sinais e sintomas

    Marcas da picada;

    Dor, inchao;

    Manchas roxas, hemorragia;

    Febre, nuseas;

    Sudorese, urina escura;

    Calafrios, perturbaes visuais;

    Eritema, dor de cabea;

    Distrbios visuais;

    Queda das plpebras;

    Convulses;

    Dificuldade respiratria.

    Cobras: Primeiros Socorros.

    Manter a vtima deitada. Evite que ela se movimente para no favorecer a

    absoro de veneno;

    Se a picada for na perna ou brao, mantenha-os em posio mais baixa que o

    corao;

  • 52

    Primeiros Socorros:

    Lavar a picada com gua e sabo;

    Colocar gelo ou gua fria sobre o local;

    Remover anis, relgios, prevenindo assim complicaes decorrentes do inchao;

    Encaminhar a vtima imediatamente ao servio de sade mais prximo, para que

    possa receber o soro em tempo;

    No fazer garroteamento ou torniquete;

    No cortar ou perfurar o local da picada.

    Medidas Preventivas:

    Usar botas de cano longo e perneiras;

    Proteger as mos com luvas de raspa ou vaqueta;

    Combater os ratos;

    Preservar os predadores;

    Conservar o meio ambiente.

    Escorpies/Aranhas: Primeiros Socorros.

    Sinais E Sintomas:

    Dor;

    Eritema;

    Inchao;

    Febre;

    Dor de cabea.

    Primeiros Socorros:

    Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;

    Encaminhar a vtima imediatamente ao servio de sade mais prximo, para

    Avaliar a necessidade de soro especfico.

    Picadas e Ferroadas de Insetos (abelhas e formigas):

    Sinais E Sintomas:

    Eritema local que pode se estender pelo corpo todo;

    Prurido;

    Dificuldade respiratria (edema de glote).

  • 53

    Primeiros Socorros: Retirar os ferres introduzidos pelos insetos sem espremer;

    Aplicar gelo ou lavar o local da picada com gua;

    Encaminhar para atendimento hospitalar.

    Queimaduras:

    1 Grau:

    Atinge somente a epiderme;

    Dor local e vermelhido da rea

    atingida.

    2 Grau:

    Atinge a epiderme e a derme;

    Apresenta dor local, vermelhido e

    bolhas dgua.

    3 Grau:

    Atinge a epiderme, derme e alcana

    os tecidos mais profundos, podendo

    chegar at o osso.

    Primeiros Socorros:

    Isolar a vtima do agente agressor;

    Diminuir a temperatura local,

    banhando com gua fria (1 Grau);

    Proteger a rea afetada com plstico;

    No perfurar bolhas, colocar gelo,

    aplicar medicamentos, nem produtos

    caseiros;

    Retirar parte da roupa que esteja em

    volta da rea queimada;

    Retirar anis e pulseiras, para no

    provocar estrangulamento ao inchar.

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

  • 54

    Queimaduras Eltricas:

    Primeiros Socorros:

    Desligar a fonte de energia eltrica,

    ou retirar a vtima do contato eltrico

    com luvas de borracha e luvas de

    cobertura ou com um basto isolante,

    no tocar na vtima;

    Adotar os cuidados especficos para

    queimaduras apresentados

    anteriormente, se necessrio, aplicar

    tcnica de Reanimao

    Cardiopulmonar (RCP).

    Queimaduras nos Olhos:

    Primeiros Socorros:

    Lavar os olhos com gua em

    abundncia durante vrios minutos;

    Vedar o(os) olho(s) atingido(s) com

    pano limpo;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

    Estado de Choque: a falncia do sistema cardiocirculatrio devido a causas variadas, proporcionando uma

    inadequada perfuso e oxigenao dos tecidos.

    Sinais E Sintomas:

    Inconscincia profunda;

    Pulso fraco e rpido;

    Aumento da freqncia respiratria;

    Perfuso capilar lenta ou nula;

    Tremores de frio.

  • 55

    Primeiros socorros:

    Colocar a vtima em local arejado,

    afastar curiosos e afrouxar as roupas;

    Manter a vtima deitada com as

    pernas mais elevadas;

    Manter a vtima aquecida;

    Lateralizar a cabea em casos de

    vmitos;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

    Choque Eltrico:

    o fenmeno da passagem da corrente eltrica pelo corpo quando em contato com partes

    energizadas.

    Sinais e sintomas:

    Parada cardiorrespiratria;

    Queimaduras;

    Leses traumticas.

    Primeiros socorros:

    Interromper imediatamente o contato

    da vtima com a corrente eltrica,

    utilizando luvas isolantes de borracha,

    com luvas de cobertura ou basto

    isolante;

    Certificar-se de estar pisando em

    cho seco, se no estiver usando

    botas com solado isolante;

    Realizar avaliao primria (grau de

    conscincia, respirao e pulsao);

    Aplicar as condutas preconizadas

    para parada cardiorrespiratria,

    queimaduras e leses traumticas;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

    Desmaio:

    a perda sbita e temporria da conscincia e da fora muscular, geralmente devido

    diminuio de oxignio no crebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator emocional, dor

    extrema, ambiente confinado, etc.

  • 56

    Sinais e sintomas:

    Tontura;

    Sensao de mal estar;

    Pulso rpido e fraco;

    Respirao presente de ritmos

    variados;

    Tremor nas sobrancelhas;

    Pele fria, plida e mida;

    Inconscincia superficial.

    Primeiros socorros

    Colocar a vtima em local arejado e

    afastar curiosos;

    Deitar a vtima se possvel com a

    cabea mais baixa que o corpo;

    Afrouxar as roupas;

    Encaminhar para atendimento

    mdico.

    Convulso:

    Perda sbita da conscincia acompanhada de contraes musculares bruscas e

    involuntrias, conhecida popularmente como ataque. Causas variadas: epilepsia, febre alta,

    traumatismo craniano, etc.

    Sinais e sintomas:

    Inconscincia;

    Queda abrupta da vitima;

    Salivao abundante e vmito;

    Contrao brusca e involuntria dos

    msculos;

    Enrijecimento da mandbula, travando

    os dentes;

    Relaxamento dos esfncteres (urina

    e/ou fezes soltas);

    Esquecimento.

  • 57

    Primeiros socorros:

    Colocar a vtima em local arejado,

    calmo e seguro;

    Proteger a cabea e o corpo de modo

    que os movimentos involuntrios no

    causem leses;

    Afastar objetos existentes ao redor da

    vitima;

    Virar a cabea de lado em caso de

    vmitos;

    Afrouxar as roupas e deixar a vtima

    debater-se livremente;

    Nas convulses por febre alta

    diminuir a temperatura do corpo,

    envolvendo-o com pano embebido

    por gua;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

    Leses Traumticas de Ossos, Articulaes e Msculos.

    Fratura: o rompimento total ou parcial de

    qualquer osso. Existem dois tipos de fratura:

    Fechadas: sem exposio ssea;

    Expostas: o osso est ou esteve

    exposto.

    Entorse: a separao momentnea das superfcies sseas articulares, provocando o

    estiramento ou rompimento dos ligamentos.

    Distenso: o rompimento ou estiramento anormal de um msculo ou tendo.

    Luxao: a perda de contato permanente

    entre duas extremidades sseas numa

    articulao.

    Sinais e sintomas:

    Dor local intensa;

    Dificuldade em movimentar a regio

    afetada;

    Hematoma;

    Deformidade da articulao;

    Inchao.

  • 58

    Primeiros socorros:

    Manipular o mnimo possvel o local

    afetado;

    No colocar o osso no lugar;

    Proteger ferimentos com panos

    limpos e controlar sangramentos nas

    leses expostas;

    Imobilizar a rea afetada antes de

    remover a vtima;

    Se possvel, aplicar bolsa de gelo no

    local afetado;

    Encaminhar para atendimento

    hospitalar.

    Principais imobilizaes provisrias: As principais imobilizaes provisrias so o colar cervical, a tipia e a tala. O colar cervical

    encontrado nos tamanhos pequeno, mdio e grande e na forma regulvel a qual se ajusta a todo

    comprimento de pescoo. A escolha do tamanho feita da seguinte maneira:

    Com o pescoo da vtima em posio anatmica, medir com os dedos da mo, a distncia

    entre a base do pescoo (msculo trapzio) at a base da mandbula, em seguida,

    comparar a medida obtida com a parte de plstico existente na lateral do colar, escolhendo

    assim o tamanho que se adapta ao pescoo da vtima.

    A colocao do colar cervical deve ser feita por dois socorristas, como segue:

    Socorrista 1:

    Retirar qualquer vestimenta e adorno em torno do pescoo da vtima;

    Examinar o pescoo da vtima antes de colocar o colar;

    Fazer o alinhamento lentamente da cabea e manter firme com uma leve trao para cima;

    Socorrista 2:

    Escolher o colar cervical apropriado;

    Passar a parte posterior do colar por trs do pescoo da vtima;

    Colocar a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo da vtima de forma que

    esteja apoiado firmemente;

    Ajustar o colar e prender o velcro, mantendo uma discreta folga (um dedo) entre o colar e o

    pescoo da vtima;

    Manter a imobilizao lateral da cabea at que a mesma seja imobilizada.

  • 59

    Leses da Coluna Vertebral:

    A coluna vertebral composta de 33 vrtebras sobrepostas, localizada do crnio ao cccix e

    no seu interior h a medula espinhal, que realiza a conduo dos impulsos nervosos. As

    leses da coluna vertebral mal conduzidas podem produzir leses graves e irreversveis de

    medula, com comprometimento neurolgico definitivo (tetraplegia ou paraplegia). Todo o

    cuidado dever ser tomado com estas vitimas para no surgirem leses a