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DESENHO LIVRE- Uma primeira abordagem -

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NDICE

1. Objectivos / Introduo 2. Os elementos bsicos do desenho 3. Material bsico para iniciar a prtica de desenho 4. Manuseamento do lpis 5. Desenho negativo 6. Espao negativo e espao positivo 7. Treinar o crebro para desenhar 8. Desenhar ao contrrio 9. Desenhar a sua prpria mo 10. Sntese Conclusiva 11. Bibliografia

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1 - Objectivos / Introduo

. Objectivos Pretende-se que no final desta formao os participantes sejam capazes de: . Dominar o manuseamento dos instrumentos de desenho; . Reconhecer os elementos bsicos do desenho; . Ter noes espaciais e das vrias formas de representao do espao em desenho bi-dimensional;

. Introduo O desenho foi o primeiro meio de expresso e comunicao do homem, sendo inegvel a sua importncia para desenvolver as nossas capacidades criativas. A prtica do desenho envolve uma atitude e cumplicidade do desenhista (o que poderia ser chamado de desgnio) em relao realidade sendo essa uma das caractersticas que o torna especial: cada desenho uma pea nica. Desenhar assim uma representao onde pode ser criada uma nova realidade com as caractersticas prprias da bidimensionalidade ou, como no caso do desenho de perspectiva, a tridimensionalidade. Esta formao vai abordar os primeiros passos e suas possveis abordagens para que comece a desenhar a lpis como os grandes mestres o faziam!

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2 - Os elementos bsicos de desenho

A linha. o elemento bsico de todo desenho. Basicamente uma simples linha numa folha de papel, divide o espao em reas de desenho. Esta separao pode definir ou diferenciar a luz da sombra, o espao frontal do fundo, o espao positivo do negativo. A linha pode ser uniforme, de igual espessura ou diferentes espessuras.

A Forma. A forma acontece quando a primeira linha acontece. A definio mais bsica da forma, pode ser o espao branco do papel. A forma o espao contido entre as linhas desenhadas. A forma ajuda a definir o objecto. A incorrecta utilizao da forma far com que o desenho no se parea com o modelo. Proporo e perspectiva. A proporo tem a ver com o tamanho de um elemento no desenho em relao com outro elemento do mesmo desenho. De uma forma mais clara podemos definir que a proporo o que determina que por exemplo, no corpo humano, as pernas so mais compridas que os braos, o dedo mdio mais comprido que o mindinho, ou o nariz da mesma largura que o olho. Si a proporo no for a correcta, o desenho no aparece correcto. A perspective o efeito pelo qual os objectos mais distantes parecem mais pequenos. Os elementos mais perto do observador so desenhados de maior tamanho. Esta distribuio deve responder a uma correcta proporo, caso contrario o desenho perder realismo.

Luz e sombra. Criam o efeito de profundidade e atmosfera num desenho. De forma a dar realismo ao desenho a sombra indispensvel. Tudo na natureza tem sombra e produz sombra. Um desenho sem sombras, um desenho sem vida. A sombra automaticamente adiciona ao desenho a sensao de perspectiva, indicando a existncia de diferentes planos de profundidade.

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3 - Material bsico para iniciar a prtica do desenho

A maioria dos materiais para desenho, no so caros e so fceis de encontrar. Se o seu objectivo desenhar para depois passar a fase da pintura, ento tenha mo algum material e equipamento bsico sem investir demasiado, mas se o seu propsito aprender e se dedicar ao desenho como uma forma pura de manifestao artstica, ento dever contar com melhores materiais e um equipamento mais completo. Assim sendo, dever investir em boa qualidade como uma forma de assegurar durabilidade por muito mais tempo. Se gosta de viajar ou fazer passeios longos, talvez seja boa ideia comprar um conjunto que possa transportar facilmente. O equipamento bsico, isto j voc sabe com certeza, o lpis e papel. Vejamos ento algumas recomendaes sobre os lpis e o papel mais indicados para comear: Lpis B e HB

Estes lpis so mais suaves que os lpis do tipo H e so especialmente teis e indispensveis para os desenhos tipo rascunho ou esquissos. Esta gama de lpis possuem numerao tal como 2B, 4B, 6B, etc. Quanto maior o nmero mais suave, mais grosso e escuro ser a mina do lpis. Para comear eu recomendo que adquira uns quantos lpis 2B e 4B. Papel para desenho

Para desenhar com estes lpis, poderamos dizer que quase qualquer 5

superfcie boa. Umas folhas de papel a4 ou A5 de papel de cpia seriam suficiente para fazer os nossos primeiros rabiscos, treinos e exerccios. No entanto para obter melhores acabamentos e desenhos mais perfeitos, recomendvel adquirir blocos de papel para desenho como por exemplo deste tipo que vemos na imagem. Estes vem em diferentes tamanhos e normalmente em cor branco, embora tambm existam em outras cores, como cinzento claro e creme. A gramagem deste tipo de papel maior que para o papel tradicional de cpia e a sua textura ideal para favorecer e aumentar a qualidade do trabalho. Com o tempo, poder experimentar com outras cores de papel e com outras texturas, mas esta a minha recomendao para comear.

4 - Manuseamento do lpis

Agarrar o lpis pode parecer um pormenor intil ou suprfluo para alguns, mas to importante quanto os materiais ou os exerccios, portanto, segue-se uma breve descrio sobre a forma correcta de agarrar o lpis para desenhar. Basicamente existem duas formas e elas so: A primeira semelhante forma de agarrar o lpis para escrever e chamamos-lhe a posio escrita, a segunda assemelha-se forma de agarrar um pincel e chamamos-lhe posio pincel. Nas ilustraes a seguir podemos ver estas duas formas aconselhadas de agarrar o lpis. A primeira posio mais apropriada para o desenho de pormenores, a segunda posio facilita a realizao de esquissos de maior tamanho.

Em todo o caso e seja qual for a sua opo, o mais importante familiarizarem-se com o lpis, e agarra-lo descontraidamente. Ele deve estar solto dentro da mo e no agarrado com fora ou tenso como algumas pessoas fazem. Este facto facilita em muito o 6

desenho. Sugesto para um primeiro exerccio: Pegue numa folha A4 de papel liso e experimente desenhar linhas rectas horizontais de um extremo ao outro distanciadas de aproximadamente meio centmetro. Tente com a posio de escrita e a de pincel. Parece algo muito simples mas um exerccio muito importante na aprendizagem do desenho.

5 - Desenho Negativo

O conceito Antes de comear esta seco, seria interessante explicar dois conceitos que se prestam a confuso: Espao negativo: So as reas a volta do objecto e que definem o objecto. Desenho negativo: Refere-se criao deliberada dos espaos negativos a volta do objecto. O que exactamente o desenho negativo? Antes de explicar isso recorreremos a um exerccio amplamente conhecido. Se eu vos mostrar a imagem a seguir algumas pessoas diro que vem uma taa outras diro que vem duas caras a olhar de frente uma para a outra.

Imagine agora que o objectivo foi criar de facto duas caras a olharem de frente uma para a outra. Ento, o espao entre elas foi criado deliberadamente para produzir o desenho. Assim sendo, chamamos desenho negativo tcnica mediante a qual a imagem surge pela criao de espaos criados a volta dela. Esta tcnica muito comum, quando desenhando com lpis sobre uma superfcie branca pretendemos desenhar um objecto que branco. Ento o que fazemos? Criamos espaos em sombra a volta de este. Aprender a ver objectos brancos sobre uma superfcie branca e desenhar os espaos a volta deste objecto com o fim de recre-lo 7

uma das lies de desenho mais interessante que alguma vez aprender. Esta tcnica tambm utilizada muito na pintura em aguarelas. Uma vez que domine esta tcnica, passar a utiliza-la sem sequer dar por isso

Exemplificao: Para perceber o conceito e utilizao dos espaos negativos e positivos assim como as bases do desenho negativo, aprofundaremos ainda mais este conceito.

Olhando para o desenho que v na imagem anterior, quantas linhas acha que esto representadas. No sei quantas linhas voc v, mas a resposta certa 5. Trs linhas pretas e duas brancas, formadas por espaos negativos e positivos. Por enquanto, difcil de nos apercebermos de qual o objecto e qual o fundo ou espao negativo, mas no final ser fcil perceber o conceito.

Vejamos agora uma variante do desenho anterior. Fazemos o desenho maior, colocamos mais linhas e unimos nos extremos. Seria agora capaz de dizer qual o desenho dominante ou positivo, ou seja o objecto? Neste momento ainda difcil de dizer, porque os dois espaos possuem igual peso ou proporo. Poderamos dizer que se trata de linhas pretas sobre um fundo branco, ou linhas brancas sobre um fundo preto? Vamos continuar a esclarecer.

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Nesta terceira imagem, fica, com toda certeza, evidenciado o conceito de desenho negativo: O objecto, o pente, o qual branco e no foi desenhado. Para recre-lo, enchemos espaos volta dele. Ele s existia na mente do artista at que mediante a criao do espao a volta, o objecto surgiu. Foi ento o espao negativo volta do pente o que realmente definiu a sua forma. No fcil pensar desta forma, j que estamos habituados a ver um objecto e desenha-lo. Portanto, um desafio abstrair do objecto e desenhar o espao, mas uma das tcnicas mais utilizadas em desenho especialmente no desenho em grafite. Com o tempo tornar-se- mais e mais fcil mudar a modalidade de desenho negativo para desenho positivo espontaneamente e viceversa. E ser tambm mais fcil e muito til utilizar as duas modalidades quando desenha. Aplicao prtica deste conceito: Este exerccio se encontra exposto no livro Drawing from line to life de Mike Sibley. Trata-se de um desenho de vegetao colocado num fundo em sombra. Foram definidas vagamente e com linhas muito tnues os conjuntos de plantas que se pretende desenhar, que neste caso so o objecto (positivo). Mas em vez de desenhar as plantas, desenhamos o espao volta. S no fim, que se trabalham os espaos em branco ( ou seja as folhas) para dar o carcter e texturas necessrios e se aplicam as sombras.

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Siga cada fotografia passo-a-passo para perceber ainda melhor o processo.

Nas duas ltimas imagens, fica bastante explcito o objecto ou espao positivo (em branco). Estou a referir-me s folhas, e notase que aps estar definido o objecto, mais fcil trabalhar cada uma das folhas separadamente a fim de dar as texturas e acabamentos finais. Fica desta forma evidenciado o conceito de desenho negativo, foram utilizados os espaos negativos de uma forma deliberada, para criar o desenho. Esta forma de desenho especialmente til para trabalhar imagens complexas com muitas texturas e planos de profundidade.

6 - Espao negativo e espao positivo

Conforme vimos no capitulo anterior, um dos temas e tcnicas abordados na aprendizagem do desenho baseia-se na observao dos espaos negativos e positivos, mas o que isto e como se utiliza? 10

Espaos negativos e positivos. Basicamente consiste numa tcnica, na qual desenhamos nos abstraindo da identificao especifica do objecto que estamos a desenhar e passamos s a observa-lo como um bloco mais os seus espaos circundantes. Com isto conseguimos desenhar com maior preciso. Passarei agora a explicar esta tcnica, mas antes necessitamos de rever alguns termos: Espao positivo: No desenho o espao positivo aquele espao que ocupa o objecto Espao negativo: E o espao a volta do objecto

Se tomarmos a fotografia do pssaro que representamos na Imagem-1, e a transformarmos (s para efeitos desta explicao), numa imagem simples de formas a preto e branco, como vemos na Imagem-2, ser muito fcil perceber que a forma em preto o espao positivo, ou seja o espao ocupado pelo objecto que queremos representar, neste caso, o pssaro. E o espao negativo a forma representada em branco, ou seja o espao a volta do objecto. Olhando para as duas imagens, pense por uns instantesqual das duas imagens acha que representaria com mais facilidade? Sem dvida que ser muito mais fcil para si, representar com maior preciso o desenho da Imagem n2. Porque est a abstrair-se do nome da figura que esta a desenhar e s est a olhar para formas, dimenses e propores. No esta a desenhar um pssaro, mas sim uma mancha preta com uma branca a volta. Vamos agora fazer um exerccio para facilitar a apreenso do que acabamos de referir: Peque na Imagem 2 e tente reproduzir o que v, prestando ateno s distancias entre a mancha preta e o limite da imagem e s propores da imagem. Como resultado, dever obter um desenho como o que se mostra a seguir:

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Que tal o resultado? Por certo foi bastante bom!

7 - Treinar o crebro para desenhar

Desenhar uma assinatura. Na sequncia do processo de aprendizagem para ver como os artistas, existem vrios exerccios indicados para aguar esta capacidade inata que todos temos e que depende directamente do desenvolvimento do lado ou hemisfrio direito do crebro. Nesta srie de temas que vamos apresentando, mostraremos alguns dos exerccios criados no sentido de ajudar a desenvolver estas capacidades Faa os exerccios sugeridos e no subestime o valor do informao. Vai ficar surpreendido ao comprovar os maravilhosos resultados que sentir aps algumas horas de trabalho. Imitar uma assinatura. E agora voc estar a pensareu quero desenhar pessoas, objectos, coisas, animais! Mas o importante seguir passo a passo: primeiro temos que treinar o nosso lado criativo. E para isso nada melhor que abstrair-mo-nos do que estamos a desenhar - uma assinatura no outra coisa que uma sucesso de espaos positivos e negativos, formas e propores. Porqu virada ao contrrio? SimplesPara enganar o nosso crebro. Quando vemos alguma coisa e pretendemos desenha-la, a primeira coisa que fazemos, mesmo inconscientemente, interpreta-la e 12

encaixa-la dentro dos padres que conhecemos. Isto um grande embarao quando precisamos de desenhar, porque acabamos por no ver o que realmente temos frente dos olhos e em lugar disso, esfora-mos-nos por passar ao papel formas baseadas nos preconceitos e imagens da nossa mente em lugar da realidade.

Acreditando ou no, passemos a fazer o seguinte exerccio: As Formas.- Tente esquecer o que cada forma quer dizer e concentre-se exclusivamente nas formas. Ou seja: pense esta uma curva , aqui h uma inclinao, isto um semicrculoem lugar de pensar: isto um C ou esta letra um L ao contrario.No pense assim, isto atrapalha!!! Os ngulos: Concentre-se em ver as inclinaes e ngulos? Espessuras: constante ou varia. Espaos: Procure os espaos ou saltos entre as formas. Estilo: Cada assinatura tem personalidade Verifique se os traos so contnuos ou cortadosSe esta a imitar uma assinatura, tem que parecer verdica.!!! Quando acabar, vire ao contrrio o seu desenho e compare-o com o original. Que tal? Esto parecidas? Se no ficaram parecidas, faa o exerccio de novo, desta vez com a assinatura do lado correcto, com calma e verifique: Qual resultado melhor Qual fez com mais confiana Qual foi mais fcil. Como ponto final, aconselho que repita este exerccio com assinaturas de vrias pessoas e no se precipite a comear a querer desenhar, recorde que o principal objectivo com este pequeno exerccio melhorar a capacidade de coordenao entre os olhos e a mo aprender a ver como os artistas vem.

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Nota. Aqui tem vrias assinaturas de personalidades conhecidas para que possa praticar e ao mesmo tempo se divirta um pouco. Para satisfazer a sua curiosidade, voc estar a desenhar as assinaturas de Jackeline Bisset, Alfred Hitchcook, Elvis Presley e Joan Collins.

8 - Desenhar ao contrario

Agora sim passaremos a desenhar outras coisas que no apenas assinaturas... Nesta seco o nosso objectivo ser observar a figura que vemos em baixo (que est ao contrario), e desenha-la. Como j foi anteriormente referido, o objectivo 'enganar' o nosso crebro. Este, ao ver uma imagem, automaticamente coloca uma etiqueta, um nome, ao objecto que estamos a ver e como consequncia interfere na real observao da imagem que temos nossa frente. Mesmo com as imagens ao contrrio, vale a pena que saiba que o seu crebro continuar procura de smbolos conhecidos, portanto, para tirar o mximo proveito deste exerccio, ter que lutar constantemente contra esta tendncia. Este exerccio requer grande concentrao, procure minimizar qualquer distraco a sua volta quando comear a desenhar.

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Imprima esta imagem numa folha tamanho A5, e escolha outra folha A4 para reproduzir o desenho. Algumas dicas a considerar para aproveitar ao mximo este exerccio: Desenhe por seces. Quando acabar uma seco, passe para a seco seguinte. Passe de linha para linha, de espao para espao. No desenhe o conjunto de uma s vez para depois preencher o interior. Veja cada parte do desenho como formas. No caia na tentao de por um nome no que v. Em outras palavras: no pense isto um olho, este o lbio superior, em vez disso tente pensar assim: isto uma curva pouco aberta, esta uma linha com inclinao a direita,etc. Se der por si a pensar em nomes em vez de pensar em formas, pare, levante-se, olhe para outro stio e retome de novo o seu desenho com a mente em branco. Ao fazer este exerccio muitas pessoas experimentam uma espcie de 15

conflito interior. Existe uma tendncia inconsciente para por nomes s formas que v, de tentar reconhecer formas familiares, mas combata esse instinto. Esse o propsito destes exerccios obrig-lo a desenhar o que os seus olhos vem. Quando acabar, vire o seu desenho e coloque a imagem na posio direita. Surpreendido? Seguramente que sim!

9 - Desenhar a sua prpria mo

Em exerccios anteriores, aprendemos a reconhecer os contornos e a desenha-los mesmo sem nos apercebermos. Agora aprenderemos a ter conscincia da existncia desses contornos, segui-los, reconhece-los e desenha-los. Aprenderemos tambm a estreitar o relacionamento entre o que os nossos olhos vem e o que transmitido mo O exerccio e a explicao que encontra a seguir conhecido como Desenho de contorno a cegas. Antes de comear, gostaria que soubesse que este exerccio, clebre e muito conhecido no mundo do desenho, foi popularizado h muitos anos quando Kimon Nicolaides o exps no seu livro The natural way to draw em 1941. Alguns conceitos importantes: Desenho de contorno: Consiste em desenhar um objecto olhando constantemente para o objecto e para o nosso papel a fim de reproduzir exactamente o que vemos. Desenho de contorno cega: Quer dizer que devemos desenhar a olhar para um objecto sem tirar os olhos dele Nunca devemos olhar para o papel. O objectivo comear a medir com a nossa mente e imaginao; comear a aprender a medir espaos na nossa mente; comear a forar-nos para desenhar o que vemos a nossa frente. Com certeza que antes nunca tinha realizado um exerccio deste gnero, portanto leia as instrues e no se engane a si prprio. Pegue numa folha em branco, um lpis e sente-se comodamente colocando a ponta do lpis no meio da folha. 16

Coloque o objecto que pretende desenhar num ngulo de 90em relao a superfcie de trabalho, de forma que se estiver a olhar para o objecto, no conseguir olhar para a folha. Comece a desenhar o objecto sem separar o lpis do papel e sem olhar para o desenho. Tente medir mentalmente as distncias do seu objecto. Quando finalize, veja o que desenhou, compare-o e analise o resultado.

Sugesto para outros exerccios: Para tornar mais complexo, sugiro que realize o mesmo exerccio destas formas: Olhando para a sua prpria mo Uma flor ou qualquer outro objecto mais complexo.

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10 - SNTESE CONCLUSIVA

Com esta formao pretendemos dar a conhecer os principais mtodos e tcnicas para comear a explorar o mundo do desenho. Foi dado grande nfase na promoo de uma reflexo activa que poder conduzir a um domnio da tcnica do desenho. Nesta como em muitas outras reas, o sujeito tem de encontrar a sua prpria forma de perceber a realidade e exercitar o seu crebro sendo bastante crtico na elaborao e explorao da representao da realidade. muito importante que no sinta frustrao com os resultados iniciais pois a aprendizagem ser evolutiva mas com o treino e muito exerccio ter sem dvida sucesso.

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11 - Bibliografia

Bruno Zevi (1948), Saber ver a arquitectura. Abraham, A. (1979), Le dessin dune personne. Read, H. (1958), A educao pela arte.

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