Manual Do Concurseiro

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Ma n u a l d o s Concurseiros

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Apresentação

2ª edição do nosso Manual dos Concurseiros, agorapublicado pela Editora Ferreira em PDF, com distribuição gratuita. Desejo que esta obra lhe possa sertil no alcance do seu objetivo: a aprovação em con

curso p blico.

Este livro foi escrito para pessoas que tenhamcomo característica principal a determinação naquiloque fazem. Digo isso porque o contato com in mras pessoas bem-sucedidas em concursos me fazcrer que o aprovado antes de tudo algu m cujaprincipal virtude est em seguir em frente diante deadversidades, em aproveitar as derrotas para corrigir

suas estrat gias, em vez de ficar se lamuriando.

Durante minha longa experi ncia em sala de

aula de cursos preparatórios por todo o Brasil, tive acuriosidade de estudar o comportamento de diversos grupos, principalmente dos candidatos iniciantes. Para meu espanto, pude observar que, depoisde três meses do início das turmas básicas, destinadas aos principiantes, entre 70 e 80% desistiam.

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Os motivos apontados eram os mais diversos: “nãoconsigo conciliar trabalho e estudo”; “não tenhovocação para isso”; “estou prejudicando minhaconvivência com minha família e amigos”; “vou

terminar meus estudos primeiro”. Em alguns casos,ficou evidente que o desistente tinha sido influen-ciado a prestar concurso por algu m da famliaou por algum amigo aprovado, por m não tinhaa menor aptidão para ser concurseiro. Em outraspalavras, queria o b nus, que a aprovação, masnão estava disposto a suportar o nus de se prepa

rar de verdade para passar em concurso.Por isso, aqui vai nossa primeira dica: se voc

ainda não est certo de que estudar para concursorealmente o que quer fazer neste momento, reco

mendo que recorra a livros ou pessoas que possamajudá-lo a adquirir a confiança necessária para seum vitorioso em concurso. Caso contr rio, num dia

você pode achar que obterá sucesso, no outro, não.Voltando s pesquisas em sala de aula, entre

aqueles que seguiam adiante, os 20 a 30% restantes,a maioria demorava meses, s vezes mais de um ano,para perceber que estava adotando uma estrat giaerrada. Muitos desses candidatos foram atrados porpropaganda enganosa, que vendia uma imagem domundo dos concursos bem diferente da realidade.No entanto, depois de algum tempo, perceberamque estavam no caminho errado e começaram arefazer seus planos.

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Para evitar que isso aconteça com voc , antes decomeçar a estudar, planeje sua estratégia de formacriteriosa. Evite iniciar seus estudos antes de fazeruma pesquisa cuidadosa sobre cursos e materiais de

qualidade, por exemplo.Ningu m, em sã consci ncia, pode acreditar que

passar em concurso é uma tarefa fácil, mas, com ceteza, para quem est disposto a enfrentar os desafios, o resultado compensa qualquer sacrif cio.

Numa poca em que possvel observar, pormeio da resson ncia magn tica, como o c rebrofunciona, fica cada vez mais evidente que a autoconfiança fundamental no processo de aprendizagem.or isso, estar em d vida quanto a tomar uma deci

são tão importante em sua vida, que pode solucionarboa parte dos seus problemas, talvez seja indcio deque este não o melhor momento para ingressar nomundo dos concursos.

Por outro lado, ainda que voc tenha decididoque isso mesmo que quer fazer da vida, esteja

ciente de que, ao longo de sua jornada rumo aprovação, voc pode se perguntar: “Ser que estou nocaminho certo? Ser que vou conseguir?”.

Isso normal, acontece com quase todo mundoque enfrenta um grande desafio, dos mais seguros ao

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mais hesitantes. A diferença que os primeiros controlam os pensamentos negativos e seguem em frente.

 Também já passei por isso. Quando batia o desânimo, principalmente por causa da pressão da famliae dos amigos, eu pensava na falta de perspectiva casodesistisse. A o des nimo passava, e eu voltava a estudar.

Se você confiar em sua capacidade, usar estrat -gias adequadas e não desistir, garanto que ser aprovado em vários concursos.

Por fim, gostaria de contar com suas sugestõese cr ticas, que podem ser encaminhadas por e-mail

para [email protected] ou facebook/professorricardoferreira. Assim, ser possvel aperfeiçoar o texto deste livro e auxiliar ainda mais todoaqueles que sonham em ingressar no serviço p blicomediante concurso.

Um forte abraço e muito sucesso.

Ricardo J. Ferreira

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Sumário

 

 

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Por que resolvi prestar

concursos

Consegui meu primeiro emprego formal quandoconclu o equivalente ao ensino m dio. Eu elaboravarelat rios, balancetes, demonstrações etc. Tudo sem amenor noção de como debitar ou creditar uma conta.Antes, eu havia sido feirante, camel , artesão, fabri

cante de pipa e qualquer outra coisa que pudesse mservir de fonte decente de renda para sobreviver.

Foi assim que consegui que assinassem minha cateira: acompanhei um conhecido at uma empresano Centro do Rio de Janeiro, na qual ele iria se increver para um emprego. Quando cheguei recep

ção, uma secret ria meio sem paci ncia achou queu tamb m queria participar do processo seletivo e,sem nada me perguntar, entregou-me um formulário.ense: “ que eu estou aqu...” e me nscrev.

Na semana seguinte, retornei para fazer umteste. Tratava-se de um psicotécnico, o que parecia

anunciar minha odisseia de testes e concursos para

conseguir emprego. Devo ter me saído bem, pois fuichamado logo em seguida para trabalhar. S entãofiquei sabendo que a sociedade prestava serviços deconsultoria e auditoria para uma autarquia federal.

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Fui trabalhar no setor de contabilidade daautarquia, sem saber direito com que finalidadeele existia. Algum tempo depois, “por necessidade

imperiosa do serviço” e falta de orientação, ingresei na faculdade de ciências contábeis. E assimcomecei meu di logo com o m todo das partidasdobradas, mais por obra do acaso que por vocação.

evo confessar que somente alguns anos ap s isso,quando comecei a lecionar essa mat ria, que acontabilidade passou a ser para mim a “ rea maisimportante do conhecimento humano”.

Nos dois ltimos anos da faculdade, tentei umavaga em firmas de auditoria. Eu passava nas provaescritas, mas, invariavelmente, ficava reprovado naentrevista social. Numa delas, o entrevistador me fezapenas duas perguntas: “Onde voc mora? Pra qualtime torce?” E encerrou o nosso encontro. At hoje

não sei se ele me reprovou porque eu morava emuque de Caxias ou porque torcia para o Flamengo.

Como desgraça pouca bobagem, o governoresolveu cortar despesas, a empresa em que eu trablhava perdeu alguns contratos, e fui demitido.

O fato é que, em razão desses acontecimentos,desisti de seguir carreira na iniciativa privada. Decidifazer concurso público.

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O caminho mais rápido para

ter o governo como patrão

Antes de ser atrado pelo canto da sereia, prciso que você verifique se tem o perfil necessário

preparação para concurso p blico. Quem, entreoutras coisas, acha que não pode ficar sem o chopi-nho com os amigos no fim do expediente, pretendecontinuar a sair para a balada de quinta a domingoe pensa que estudar muito chato não deve nem

começar a se preparar, po s va ogar empo edinheiro no lixo.

Então qual é o perfil do concurseiro bem-suc -dido? É preciso ser um gênio

Bem, se voc determinado e j decidiu querealmente quer fazer concurso, então vejamos qual

a melhor estrat gia a ser adotada para a sua apro

vação. Agora faremos um resumo para em seguidaexplicar os detalhes.

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Primeiro, preciso escolher uma rea especfica,pois as matérias a serem estudadas variam muito deuma rea para outra.

Para quem tem o 2º grau (ainda não me acostumei com a expressão “nvel m dio”), os concursospara tribunais são bem interessantes, com salárioacima de R$ 4.000,00. Aqui estão alguns exemplos:

. Tribunal de Justiça – TJ

. Tribunal Regional Eleitoral – TR

. Tribunal Regional do Trabalho – TRT

. Tribunal Regional Federal – TRF

. Superior Tribunal de Justiça – STJ

. Supremo Tribunal Federal – STF

Nos tribunais, o n mero de convocados costumaser bem superior ao que anunciam nos editais, deforma que, no decorrer do prazo de validade do

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concurso, são grandes as chances de convocaçãodos aprovados fora das vagas iniciais.

As pessoas formadas em Direito dão preferênciaaos concursos da rea jurdica, assim entendidos oque exigem, no mínimo, o bacharelado em Ciênciaurdicas. Nesses certames, as remunerações podemultrapassar os R$ 20.000,00:

1. uz

. Promotor

. Defensor

. Procurado

. Delegado

Para os concurseiros de nvel superior com fomação não jurdica, as melhores opções estão noconcursos para auditor-fiscal, com sal rio na faixa de

14.000,00:

1. Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil

2. Auditor-Fiscal do Trabalho

. Auditor-fiscal dos estados (denominado “fical do ICMS” ou apenas “ICMS”

. Auditor-fiscal dos munic pios (denominado“fiscal do ISS” ou apenas “ISS”

A Receita Federal do Brasil e estados como SãoPaulo e Rio de Janeiro t m feito concursos paraagente/auditor-fiscal regularmente, s vezes at maisde um certame por ano.

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H tamb m os cargos de analista e aqueles comformação específica por área (advogado, contador,economista, administrador), cujas remuneraçõevariam entre R$ 7.000,00 e R$ 14.000,00:

1. Banco Central do Brasil. Petrobra

. BNDE

. Ibama

. Minist rio da Fazenda

6. SUSEP

Algumas dessas entidades estão sendo obrigadasa fazer concurso para substituir empregados terceirizados, por isso devem promover certames regularenos pr xmos anos.

Os concursos das ag ncias reguladoras tamb msão uma excelente opção em termos de remunera

ção e condições de trabalho. Eis alguns exemplos:. Ag ncia Nacional de Transporte Terrestres

ANTT

2. Agência Nacional de Águas (ANA

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3. Agência Nacional de Telecomunicações(ANATEL)

4. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural eBiocombustíveis (ANP)

Para conseguir êxito mais depressa, o ideal éque você não fique pulando de galho em galho,fazendo tudo quanto é concurso que aparece nasmais diversas áreas. Mesmo que esteja desempre-gado e morando de favor na casa da sogra, aindaque ela faça questão de olhar nos seus olhos e dizer,

todos os dias: “Não foi com isso que eu sonhei paraminha filha”, evite fazer concurso sem uma estra-tégia bem definida. Porém, em casos assim, deses-peradores, comece pelos concursos menos visados.Se possível, tente obter aprovação para um lugarque lhe permita conciliar o trabalho com os estudospara outro concurso.

Aliás, quem precisa com urgência arrumar umavaga no setor público deve observar as seguintes regras:

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1. Quanto mais regional o concurso, menor a concorrência (um concurso municipal atrai menos aatenção que um federal, por exemplo).

. Concursos de nvel m dio são, em geral, mai

f ceis e exigem menos disciplinas que os denvel superior. A Caixa Econ mica Federal eo Banco do Brasil, por exemplo, contratam,mediante concursos de nível médio, milharesde pessoas todos os anos.

. Concursos com remuneração elevada ou muitoatraem muitos candidatos de alt ssimo

nvel (envolvem pessoas dispostas a estudardurante anos, at passar, como o caso daReceita Federal, Banco Central, Itamarati).

Uma vez identificada a rea, hora de escolheras matérias a serem estudadas.

Nos concursos de nvel m dio e de nvel superiorsem formação espec fica, as disciplinas mais impotantes tendem a ser:

. Lngua Portuguesa

. Direito Constitucional

. Direito Administrativo

Não cometa o erro de começar seus estudos pormat ria especfica (regimento, c digo, regulamento)

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de determinado concurso, salvo se a autorização jtiver sido publicada. Caso contrário, se tiver de mudaseus planos ou se o concurso esperado não sair, o quevocê estudou terá sido tempo perdido. Por outro lado,

essas mat rias especficas geralmente são cobradade forma estritamente literal. Nada que não se possaestudar ap s o edital, desde que as mat rias b sicas jestejam dominadas.

Em se tratando da rea fiscal, a espinha dorsaldos concursos costuma ser:

1. Direito Constitucional. Direito Administrativo

. Direito Tribut rio

. Contabilidad

. Portugu

Se voc for fazer curso preparat rio, seja presencial ou a dist ncia, escolha-o com muito crit rio. Peçainformações a pessoas aprovadas ou que j estudamh mais tempo. No entanto, considere que existe umcurso apropriado para cada tipo de aluno, de acordocom o est gio em que se encontra. Não ajuda muito,por exemplo, começar a preparação por um cursoque d prioridade aos candidatos mais experiente

e já aptos à aprovação. Mal comparando, é como sevoc fosse para a autoescola e recebesse uma Ferraripara trenar.

A melhor escolha costuma ser aquela que leva emconsideração o nvel e a experi ncia dos professore

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que lecionam no curso. Entretanto, veja tamb m se aempresa tem tradição no mercado de concursos.

Comece por uma turma com as mat rias b sicada área de seu interesse. Caso sinta mais dificuldadeem alguma disciplina, faça um m dulo dessa mat ria.m seguida, faça cursos de exerccios e simulados.

Quando surgirem boatos sobre um concurso deseu interesse, procure acompanhar o andamento doprocesso de autorização. Se o concurso for federal,voc pode consultar a movimentação do processo na

página do Ministério do Planejamento, Orçamentoe Gestão (www.planejamento.gov.br). H casos emque as notícias sobre um concurso não têm o menofundamento, o que pode gerar grande frustração.

Com o advento da internet, houve a democratização e barateamento dos estudos para concursos.nformações que antes eram restritas aos grande

centros agora estão disponíveis para todos na granderede. Existem centenas de sites, f runs, redes sociaietc. especializados em concursos.

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Aprenda a se motivar para os estudos

Nossa mente registra de modo permanente,basicamente, duas esp cies de experi ncias:

. s que nos emoconam pos vamen e e quremos repet

. As que nos traumatzam e queremos evtar

Como aprovetar as exper ncas negatvas? Emvez de ficar se lamentando por não ter ido bem numaprova ou disciplina, analise o que fez de errado ecorrija a falha para o pr ximo concurso. Não desistado seu sonho por causa de um resultado negativo,nem deixe que isso afete a sua determinação dealcançar o sucesso.

Quando voc estuda um assunto com indif rença, sem nenhum envolvimento emocional, eletende a ser esquecido rapidamente. Desse modo,se voc diz “não gosto de Matem tica” ou “estudar Português é muito chato”, o significado para seuc rebro este: isso não algo relevante a ponto deser registrado de forma permanente na memória.Com essa atitude, mesmo que estude essas duas diciplinas à exaustão, dificilmente você conseguirá terum bom desempenho. Portanto, antes de iniciar a

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preparação, resolva seus conflitos e traumas em relação ao que precisa estudar. Caso contrário, o temponecess rio aprovação aumenta bastante.

Quem estuda porque gosta consegue passabem antes do que quem ngosta de estudar.

Por isso, quando vocêescolhe um concurso ligadosua vocação, a tarefa de estu-dar bastante facilitada. Mas

isso não for possível, você decar outras formas de estmulo.

Que tal se motivar pensando no veculoque vai comprar? Imagine o cheirinho decarro novo. Em que bairro vai ser seunovo apartamento? De frente pro mat bom pra voc ? Que pases pretende

conhecer (França, Itália, Grécia, China)

Com o novo sal rio voc poder quitar todas a

suas dvidas. Como ser melhor o futuro de sua famlia ap s a aprovação! Quando voc passar, aquelagarota que não te d bola vai te achar um gato. Suaex-namorada, a que te abandonou quando voccomeçou a estudar, vai querer voltar rapidinho.

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Outra t cnica importante de estudo a repetição, de preferência com intervalos regulares. Vocêse lembra do cursinho de ingl s? “Repeat, class!”.ois é, esse exercício de repetir à exaustão acaba

vencendo nosso c rebro pelo cansaço. De tanto vea gente repetir, ele conclui que o assunto deve seimportante. Faz mais de 20 anos que estudei inglem cursinho, mas at hoje me lembro de alguns dilogos que ramos obrigados a decorar e a repetir naturma. Num deles, o personagem principal dizia:“Look at my belly. I’m not in good shape”. Acho que

nunca mais vou esquecer isso, at porque, a cadaano que passa, me sinto mais fisicamenteinserido no contexto desse di logo.

Como está seu controle

emocional?

Os profissionais da área social dizem queas pessoas que mais precisam de ajuda são as qumais negam sua necessidade, ou seja, é natural havealguma resist ncia quando se trata de reconheceproblemas emocionais.

Ao longo de mais de 30 anos atuando como professor em cursos preparatórios, observei atentamento comportamento de candidatos muito bem preparados nos estudos, mas que na hora da prova tinhamum desempenho sofrvel. Alguns inclusive dava

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aulas particulares a colegas de turma, entre os quaimuitos foram aprovados antes do colega professor.

Ao conversar com alunos que tinham essa caracterstica, invariavelmente o problema identificadoera a falta de controle emocional na hora da prova.Segundo eles, os dias e horas que antecedem umaprova representam um verdadeiro inferno. Um delechegou a me dizer que, s v speras da prova, at gualhe fazia mal. Uma aluna tinha problemas s rios depele: ficava com o rosto parecendo um abacaxi.

Hoje, posso dizer com segurança que o controleemocional tão ou mais importante (dependendodas caractersticas do concurseiro) que o conhecimento das disciplinas. Na hora da prova, um assuntoque estudamos com profundidade pode ser compltamente esquecido por causa do excesso de estresse.

Perfil do candidato a ser selecionado

Em tese, existe um perfil bem definido do profissio-nal que o poder p blico pretende selecionar. Trata-sede pessoa com iniciativa e capacidade de liderança,conhecedora das funções de seu cargo, h bil na gestãode pessoas e comunicativa, entre outras coisas. Tod -

via, na pr tica, a falta de crit rios adequados no processo de seleção tem como consequência a escolha depessoas que, em sua maioria, são atradas apenas pelaremuneração e estabilidade. Uma flagrante falha dabancas focar as questões na capacidade de memorização do candidato, na decoreba.

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É notório que algumas provas exigem mais ade -tramento do que racioc nio. Mas isso não garanteque a melhor estratégia seja decorar e não aprender.Quem aprende tamb m memoriza, enquanto quemestuda apenas para decorar acaba não conseguindoresolver questões mais bem-elaboradas, que fogemà decoreba. Portanto, de uma forma ou de outra,estude para aprender. Isso não significa perder aobjetividade nos estudos, pois as questões, em geral,são de m ltipla escolha e a quantidade de mat riaa estudar parece nunca ter fim. O segredo é estudarpara aprender, mas não ficar divagando.

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Horas de estudo por dia

O tempo necess rio de estudo di rio varia batante, conforme o perfil do candidato. O importante

ter qualidade, e não apenas quantidade. Por exemplo,quando voc estuda por obrigação, sem nenhumarelação emocional com as matérias, pouco adianta ledurante 10 ou 12 horas por dia. Em situações assim,sua capacidade de registrar e relacionar de forma pe-manente assuntos tão diversos mnima. Por outrolado, quando se dedica por 3 ou 4 horas diárias envol-

vido emocionalmente no estudo, quase tudo regitrado de forma permanente em sua mente.

Fórmulas mágicas

A preparação para concursos não f cil. Requer

muita dedicação, tempo de estudo e controle emocional. Que o digam alguns candidatos que levaramanos at conquistar a tão sonhada vaga.

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Não h f rmulas m gicas para a aprovação, quedepende principalmente de sua dedicação. Existem,sim, formas de encurtar o caminho.

Primeiro, não estude para v rios concursos aomesmo tempo. É melhor escolher uma área e sededicar s suas mat rias b sicas. Cada concursotem matérias específicas. Por isso, quem estudapara todos eles acaba não se preparando bem paranenhum. Voc tamb m precisa obter informaçõesobre o cargo e as funções que pretende exercere sobre a entidade/ rgão realizador do concurso.

ara manter o foco, importante ver utilidade noque estuda, aprender, e não simplesmente decorar.

Uma vez escolhido seu objetivo, chegou a horada preparação. O material de estudo muito impotante, pois, na maioria dos casos, você tem de estudar mat rias que nunca viu na vida. Por exemplo,

quem formado em Comunicação e quer conquistauma vaga em algum tribunal ter de se adaptar aoestudo do Direito. Por isso, o material deve ser delinguagem simples e objetiva, al m de ter conte doabrangente.

Cuidado! Evite resolver questões sem gabarito.O ideal é que, além de ter as respostas, as questões

sejam comentadas.Na hora de escolher os livros e as apostilas,

analise o índice para ver se todo o conteúdo program tico pedido no edital abordado. Questõescomentadas de provas anteriores e exercícios sãomuto mportantes.

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Principalmente ap s conhecer as mat rias b sicade sua área de interesse, teste seus conhecimentos regu-larmente com exerccios e simulados. Boa parte dessematerial pode ser encontrado de graça na internet.

Se voc autodidata, excelente, pode estudar sozinho. Caso contr rio, tenha muito cuidado na escolha docurso. Informe-se sobre seus professores. É importantese preparar com quem j tem experi ncia em concursoe est h bastante tempo no mercado. Com atenç onessa dica, você vai economizar tempo e dinheiro.

Não despreze a leitura de jornais e revistas,pois ela auxilia na solução das questões que exigemconhecimentos gerais e atualidades, al m de servipara que voc perceba como o que est estudandose aplica ao seu dia a dia.

Por ltimo, reserve algumas horas por semanapara o lazer. Distrair a mente ajuda a preparar a

cabeça para o estudo, enquanto insistir em estudarcansado facilita o esquecimento. Não um bomnegócio estudar tudo de novo diversas vezes, não émesmo? Reserve um dia por semana, ou pelo menoa metade dele, para relaxar.

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Da autorização à

homologação: entenda o

processo de realização dos

concursos

Para quem se prepara com a devida antcedência, uma das coisas mais desgastantes é ondaboatos sobre se vai sair ou não o concurso desejado.No entanto, quando voc conhece o processo de realização dos certames, boa parte do sofrimento provo

cado pela onda regular de boatos pode ser eliminada.Na área federal, por exemplo, tudo começa

com um pedido de autorização, para a realizaçãode concurso, ao Minist rio do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Por exemplo, a Receitaederal do Brasil pede autorização ao MPOG para

realizar concurso visando contratação de 1.000

auditores-fiscais.Nos estados e no Distrito Federal, quem autoriza

os concursos são os governadores; nos municpios,os prefeitos.

A análise do MPOG pode demorar meses. Àvezes, mais de um ano se passa entre a data do

pedido e sua autorização. Al m do mais, devido arestrições orçamentárias ou políticas, o Ministério dolanejamento nem sempre aprova o concurso com

o número solicitado de vagas. Há casos em que sãoliberadas menos de 50% das vagas solicitadas. Emsituações extremas, o pedido pode ser rejeitado.

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Portanto, antes da autorização do MPOG, não dmuita importância quando os responsáveis pelo órgãoou entidade que solicitou o concurso, ou mesmo amídia “especializada”, fazem previsões relacionada

ao cronograma do processo de seleção. Por mais queeles tenham boa-fé, dificilmente acertarão as datas, atéporque, no setor p blico, as coisas costumam andamais lentamente do que gostaramos ( o que chamo“princpio da morosidade do ato administrativo”).

Uma vez autorizado o concurso, praticamenteh a certeza de que ele ser realizado, pois dificil

mente a entidade que o solicitou deixar de promov -lo. Desse modo, a partir da sua autorização,o concurso pode ser tratado como prioridade. Valedizer, esse o momento mais adequado para voccomeçar a se dedicar especificamente a um concurso de seu interesse.

Ap s a autorização, o rgão que solicita e promove o processo seletivo deve contratar uma instituição organizadora de concursos para gerir o certame.m seguida, publicado o edital (em m dia, de

quatro a seis meses ap s a autorização), trazendo aregras do jogo e o programa das disciplinas que serãoexigidas. As inscrições t m in cio. O tempo entre oedital e a prova costuma ser muito curto (de doisa tr s meses). Logo, começar a estudar especificamente para um concurso apenas a partir do editalnão uma boa estrat gia.

Aplicadas as provas, abre-se o prazo para reclamações, perante a instituição organizadora, quanto

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a possveis falhas na formulação das questões. Comoquem examina os “recursos” a pr pria banca examinadora que elaborou as questões, não fique muitoempolgado com a possibilidade de anulação. Voctamb m pode reclamar Justiça, mas para isso

preciso contratar um advogado.Depois da apreciação das reclamações na inst n

cia administrativa, publica-se o resultado final com alista dos aprovados e o concurso homologado, ouseja, tem sua validade reconhecida.

A convocação de candidatos aprovados deve

observar a rigorosa ordem de classificação.O prazo de validade do concurso, previsto no

edital, contado a partir da data da homologação.Antes do t rmino desse prazo, não deve haver outro

.

A Justiça tem entendido que a realização denovo concurso durante o prazo de validade do con

curso anterior d ao candidato aprovado neste, aindaque fora do seu n mero de vagas, o direito de serconvocado, observado o n mero de vagas do novoconcurso. Logo, durante o prazo de validade do con-curso anterior, não se pode levar a s rio qualquerboato sobre a realização de novo concurso.

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Em resumo, enquanto espera a realização deum concurso, o concurseiro que está de fato decidido a conseguir uma das vagas deve continuar seusestudos, sem se deixar levar pelos boatos. Como a

contratação para o serviço p blico depende de concurso, mais cedo ou mais tarde, vai sair edital.

Pedido deautor zaç o

Autorizaç oContrataç ode instituiçãoorganizadora

Publicaçãodo edital Inscriç es Aplicaçãodas prova

Prazo pararecurso

Resultado finale lista dosaprovado

Homologação

Banca examinadora

Muito embora, na prática, tenham sido consa-gradas como expressões sin nimas, instituição organizadora e banca examinadora são coisas diferentes.nstituição organizadora a pessoa jurdica ou rgãoresponsável pela gestão do processo de seleção de

candidatos mediante concurso. É ela que recebe, daentidade que pretende admitir pessoas, delegaçãopara realizar o certame, no qual devem ser selecionados os candidatos mais bem qualificados. À intituição organizadora cabe também a formação dabanca examinadora, composta por pessoas dotadas,

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em tese, de conhecimento not rio nas disciplinaque serão objeto das questões das provas.

Com base na análise de provas aplicadas em concursos anteriores pela mesma instituição, voc podeter indícios sobre o tipo de prova que o espera: seexige raciocnio ou decoreba, se as questões tendema ser teóricas ou práticas, baseadas na legislação,urisprud ncia ou doutrina, bem ou mal elaboradas,com textos curtos ou longos para interpretação, bemcomo a prov vel posição da banca examinadoradiante de assuntos pol micos.

Quando a instituição organizadora vinculada aum grande centro de estudos ou pesquisas, a bancaé formada por seus pesquisadores, professores, cientistas. Nesse caso, em razão do vnculo permanenteentre a instituição e a banca, pode-se esperar quehaja certa uniformidade ou estabilidade na aborda

gem das mat rias exploradas nas provas, criando-seo que podemos chamar de “jurisprud ncia” da instituição organizadora. Assim, o candidato tem relativa

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segurança de que um tema pol mico, j abordadoem provas anteriores organizadas por essa instituição,ter igual tratamento em suas novas provas.

 no caso de instituição organizadora não vinculada a centro de estudos, ou similar, a banca éformada, em car ter tempor rio, para elaborar aprovas do concurso. Nessa hipótese, é pouco prov vel que os membros (ou alguns deles) dessa bancasejam os mesmos em concursos posteriores geridopela mesma instituição, ainda que o processo seltivo seja realizado para o mesmo cargo. Como não

são ligados organizadora de forma permanente,os novos membros da banca poderão ter pontos devista completamente diferentes dos que elaboraramas provas anterores.

A consequência mais visível dessa instabilidade éa falta de coer ncia, ao longo dos anos, nas prova

da instituição organizadora, não sendo raro o absurdode questões iguais em sua formulação terem respostaconflitantes em concursos de ano diferentes.

Os candidatos mais experientes levam tão a s rioa escolha da organizadora do concurso, que muitochegam ao extremo de não prestar concursos organizados por determinadas instituições. Alguns muni-

cpios, por mais absurdo que pareça, criam, em cimada hora do certame, entidades organizadoras apenapara realizar um concurso.

Nos concursos regonas, nos quas as press espolíticas têm grande influência, algumas entidadepreferem promover seleção por meio de nst tuç e

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organizadoras sem muita experi ncia. Quando issoacontece, o desastre é quase inevitável. Nesse caso,

bom estar preparado para tudo, inclusive parangressar na Justça.

Centro de Seleção e de Promoção de Eventos

da Universidade de Brasília (Cespe/UnB)

O Centro de Seleção e de Promoção de Eventosda Universidade de Braslia a maior instituição do

g nero do pas. Pode-se dizer que suas provas exigem mais raciocnio que decoreba.

Diferente das outras organizadoras, nas provas do Cespe/UnB, em regra, são apresentadositens para julgamento. Você deve assinalar se cadaum deles est certo ou errado. Em algumas provas, umitem respondido de forma incorreta implica perda

de pontos correspondentes a um item acertado.Quando opta por não responder, você não ganhanem perdemos pontos. Nessa hip tese, considerea seguinte estrat gia: se est em d vida, mas temnoção do assunto perguntado, voc deve respondero item. Caso o tema lhe seja completamente estranho, não responda. Assim, nas provas do Cespe

preciso ter uma t tica bem definida quanto aos itenque serão ou não respondidos.

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Escola de Administração Fazendária (Esaf)

A Escola de Administração Fazend ria (Esaf)respons vel pela organização dos concursos da

eceita Federal do Brasil, entre outros. Suas provasão de m ltipla escolha (questões com cinco altenativas, das quais apenas uma é a resposta aceitapela banca). Em geral, são questões trabalhosas, queexigem enorme agilidade, com muitos cálculos e te -tos longos para interpretação. Voc deve considerar,inclusive, a hipótese de aprender leitura dinâmica.

rincipalmente nos concursos da rea fiscal, as quetões da Esaf são complexas. Por isso, necess rioum controle rigoroso do tempo, j que dificilmente ocandidato consegue resolver todas elas. Nesse caso,

necess rio abandonar as questões de maior coplexidade e resolver as mais simples. Outra caract -r stica marcante da Esaf sempre imprimir um grau

maior de dificuldade a duas ou três disciplinas emcada concurso, que podem variar a cada certame.

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Fundação Carlos Chagas (FCC)

At recentemente, as provas da Fundação CarloChagas (FCC) apresentavam questões claras, objeti

vas e em nvel acessvel. Em consequ ncia, as notasde corte eram altas. Suas provas não eram tipicamente feitas para reprovar em massa. Assim, era prciso estar bem atento para não errar coisas bvias,o que, nesse cen ro, tornava-se mas mportantedo que preparar-se para acertar questões muitodifíceis ou absurdas. Recentemente, porém, o pe -

fil da banca parece ter começado a mudar. Agorasuas provas estão bem parecidas com as da Esaf,com textos mais longos e c lculos um pouco maicomplexos. Isso tem ficado ainda mais evidente nasprovas da rea fiscal, como as que foram aplicadapara auditor-fiscal do estado do Rio de Janeiro noincio de 2014. De qualquer modo, a FCC continua

a apresentar muitas questões semelhantes às de seuscertames anterores.

Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Criada na d cada de 1940, com o objetivo de

preparar pessoal qualificado para a administraçãop blica e privada do pas, a Fundação Get lio Varga(FGV) atualmente respons vel pelo planejamento eexecução de diversos concursos públicos em âmbitonacional. Os certames sob sua organização t m umestilo peculiar, pois em geral apresentam um grande

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n mero de disciplinas e conte dos program ticoextensos, além de abordarem de forma balanceadaas mat ras nas provas.

Fundação Cesgranrio

Constituída com o objetivo de organizar o vesti-bular unificado para ingresso no ensino superior naárea do Grande Rio, a Fundação Cesgranrio é atual-mente respons vel por avaliações nacionais de larga

escala e importantes concursos para ingresso no se -viço p blico, como Petrobras e BNDES. Suas provas caracterizam-se por apresentar textos objetivoe questões não muito extensas, mas com graus dedificuldade variados.

Eis uma lista dos sites de algumas das principaisinstituições organizadoras de concursos do pas:

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Assessorart

www.assessorarte.com.br

Assessoria em Organização de Concursos

P blicos (AOCPwww.aocp.com.b

Cesgranro

www.cesgranrio.org.br

Cespe/UnB

www.cespe.unb.br

Cetro Concurso

www.cetroconcursos.com.br

Consulplan

www.consulplan.net

Consultoria em Projetos Educacionais e Con

cursos (Consultecwww.consultec.com.br

Escola Superior de Administração Fazend ria(Esaf 

www.esaf.fazenda.gov.br

Fundação de Apoio Pesquisa e Extensão de

São José do Rio Preto (Faperpwww.faperp.org.b

Fundação Carlos Chagas (FCC

www.concursosfcc.com.br

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Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa(Fundep

www.fundep.ufmg.br

Fundação Ceperj (antiga Fesp

www.ceperj.rj.gov.brFundação Euclides da Cunha

www.fec.uff.br

Fundação Getúlio Varga

www.fgv.br

Instituto Mineiro de Administração MunicipalImam

www.imam.org.br

Magnus Auditores e Consultores

www.magnusauditores.com.b

Objetiva Concurso

www.objetivas.com.brSelect

www.selectrh.com.br

unesp

www.vunesp.com.b

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Causo 1

Escolha uma área específica

Os concursos podem ser divididos em dois segmentos:

urdico

Não jurdico

O segmento jur dico definido como aquele queexige formação em Direito (juiz, procurador, defensor). Essa definição não pacfica, havendo queminclua entre os concursos jurídicos os destinados àseleção de t cnicos e analistas de tribunais. A participação em concursos para t cnico exige apena

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o n vel m dio, enquanto para analista, em regra,necessário o nível superior em qualquer área.

No segmento não jurídico, que contempla osconcursos para os quais a graduação em Direitodispensável, há uma infinidade de áreas, como:

1. Fiscal

. T cnico, analista e cargos administrativos dostribunais de justiça

. T cnico, analista e cargos administrativos dostribunais de conta

. Policial

. Administrativa

Fora da rea jurdica, os concursos maisdisputados são os da rea fiscal, por causa principalmente dos sal rios, que podem ultrapassar o$ 14.000,00. Entretanto, importante observar

que concurso da rea fiscal para generalista. Nãobasta ser bom em algo, pois a principal caracter sticaexigida do concursando ter conhecimento razo velsobre disciplinas que não se relacionam diretamente(normalmente são no mnimo 10 e no m ximo 16).Por isso, uma qualidade essencial dos aprovadonessa rea a determinação para estudar assun

tos completamente diferentes, sem desanimar comas adversidades e reprovações seguidas, de formasemelhante aos concursos da área jurídica. Não éraro um candidato aprovado em primeiro lugar emconcursos da área fiscal ter sido reprovado diversavezes em certames anterores.

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Na rea fiscal, fazer um bom curso preparat riocom as matérias básicas é fundamental. De qualqueforma, preciso ter consci ncia de que ningu m,por mais inteligente que seja, conseguirá absorve

tantos assuntos diferentes em alguns poucos meses.

Comece pelas matérias básicas

Como as matérias exigidas em cada área sãomuito diferentes, a melhor estrat gia escolher uma

área e prestar apenas concursos relacionados a ela.Se voc tentar um concurso para fiscal, por

exemplo, e em seguida outro para policial, todo oesforço relativo ao estudo de mat rias como Contabilidade, Direito Tributário e Legislação Específica denada servir para este ltimo concurso.

Depois de escolher a rea de seu interesse,comece a estudar suas mat rias b sicas.

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Matérias básicas por área

Fiscal Tribunais de Contas

Constitucional Constitucional

Administrativo AdministrativoPortugu Portugu s Tributário Finanças Pública

Contabilidade Contabilidad

 Tribunais de Justiça Policial Administrativa

Constitucional Constitucional ConstitucionalAdministrativo Administrativo Administrativo

Portugu Portugu Portugu

Direito Constitucional, Direito Administrativoe Português são matérias comuns a quase todos oconcursos. O que muda o grau de dificuldade.

O início dos estudos pelas matérias básicas ta -

b m importante pelo fato de que mesmo os concursos da mesma área podem apresentar diversamat rias diferentes. Por exemplo, as disciplinas paraauditor-fiscal da Receita Federal do Brasil não sãotodas iguais s de um concurso para auditor-fiscalestadual ou municipal.

Então nunca devemos prestar concurso de áreadiferente daquela para a qual estamos estudando

Essa regra não absoluta. Como grande partedas mat rias b sicas dos diversos concursos igual ousemelhante, ap s esgotar as mat rias b sicas, razo velestudar para concursos de outras reas. Po exemplo, se

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o que voc quer de fato ser fiscal, mas, por enquanto,não saiu um concurso de seu interesse, caso já tenhestudado as mat rias b sicas da rea fiscal, pode fazeconcurso para um tribunal de contas estadual, se

perder totalmente o foco no seu objetivo.

Como alternar as disciplinas

H diversas estrat gias de estudodas matérias. Entre elas, existem aquelasem que o candidato estuda:

. Uma mat ra por vez, at esgot -la, para sent o passar para outra. Ponto mas postivo: a disciplina vista de forma sistemtica, com in cio, meio e fim, e a possibilidadede aprend -la aumenta. Ponto mais negatvo: o tempo entre uma mat ra e outramuito grande. Por isso, o concursando pode

esquecer com mais facilidade mat rias que j estudou.

2. Uma matéria a cada hora, alternando váriadisciplinas ao longo do dia. Ponto mais positivo: menor desgaste mental, visto que são

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exploradas diversas áreas do cérebro deforma alternada, o que provoca menor can-saço. Ponto mais negativo: o tempo entre oinício e o fim de cada matéria demora muito.

3. Uma matéria a cada dia, semana, mês etc.

Qual a melhor estratégia: alternar diversas maté-rias no mesmo dia ou estudar uma por vez?

Se você já está acostumado a estudar, deve teradquirido diversos hábitos em sua preparação, porisso pode enfrentar enorme dificuldade em mudá-los.Outro aspecto importante é que cada pessoa respondede forma diferente a algumas espécies de estímulos. Háquem aprenda mais com textos, assim como existequem prefira imagens e sons, por exemplo. Por isso,aquilo que é uma boa técnica de estudo para uma pes-soa pode não ser a melhor para outra. Cada um deveavaliar o que funciona bem ou não em sua preparação

e priorizar os estímulos que lhe sejam eficazes.

Porém, se estiver dispostos a aperfeiçoar suaestratégia de estudo, será importante considerar que

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o c rebro funciona de forma “departamentalizada”.

Vale dizer, cada uma de suas áreas é especializadaem um assun o.

Se estudar seguidamente apenas Portugu s, porexemplo, depois de algumas poucas horas, vocter saturado a rea do seu c rebro respons velpelas habilidades relacionadas a essa disciplina. Noentanto, se depois de aproximadamente uma hora

de estudo de Português você alternar para Matemá-tica, a rea acionada no c rebro ser diferente daanterior, e seu rendimento poderá ser mantido emalto nvel. Por esse crit rio, voc pode explorar divesos grupos de neurônios de forma alternada, semdeixar que eles fiquem completamente saturados.nquanto o Tico estuda, o Teco descansa.

Voc j observou que quem gago não gaguejaquando canta? Pois , um dos fatores para isso ocorer que quem responde predominantemente peloato de falar o lado esquerdo do c rebro, enquantono canto prevalece o lado direito.

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Apenas para fins did ticos, podemos imaginar que os quatro retângulos apresentados a seguirepresentam um agrupamento de neur nios que repondem pelas disciplinas indicadas:

Portugu Constitucional

Matem tica Informática

Com base nisso, eis o nosso plano de estudo emum dia para o qual programamos 4 horas de dedicação:

ortugu atem t ca Constitucional Inform tica

1 hora 1 hora 1 hora 1 hora

Este apenas um exemplo, que deve ser adaptado de acordo com suas possibilidades, considrando, por exemplo, o tempo dispon vel diariamente.

É interessante observar que quanto menor asemelhança entre a mat ria que voc para de estu

dar e aquela que inicia, menor a probabilidade deficar muito cansado mentalmente. É o que acontece,por exemplo, entre Portugu s e Matem tica.

É fundamental mesclar teoria e exercícios, o que,al m de ajudar na fixação da teoria, tamb m lhe dmais nimo e ritmo no processo de aprendizagem.Nesse aspecto, uma boa estrat gia , periodicamente, resolver exerccios das disciplinas cujo conte do te rico voc j esgotou. Assim, o estudo dateoria fica limitado a mat rias novas.

Por exemplo, se você já estudou a teoria deortugu s e Direito Constitucional e ainda tem de

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estudar a teoria de Matem tica, considerando apnas essas três disciplinas e quatro horas disponíveis,sua grade di ria pode ficar assim:

Matem tca Portugu1h – teoria e exerc cio 1h – exerccio

Const tuc ona Matem t ca1h – exerccio 1h – teoria e exerc cio

Causo 2

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Quais são as matérias mais difíceis?

As bancas sempre escolhem pelo menos umaou duas disciplinas para arrochar um pouco mais o

candidatos. Mas a cada prova o foco muda. Nesseaspecto, portanto, nem sempre a prova anteroruma boa referência. Há casos em que as disciplinaque reprovam mais são as que valem menos pontoou apresentam o menor número de questões. Emresumo, sempre sabemos que haver pelo menouma ou duas disciplinas com grau de dificuldade

acima da m dia, mas não existe nenhum crit riol gico que nos permita definir quais serão elas.

Em concursos de nvel m dio, o destaque costumaser para Portugu s. Nesses certames, em disciplinacomo Direito Constitucional e Direito Administrativo,são cobradas apenas noções, em geral, quase que aliteralidade de textos legais. Em Portugu s, não, poi

conhecer o vern culo obrigação de qualquer pessoaque pretenda ser um bom servidor p blico.

Certas disciplinas chegam a causar calafrios emalguns candidatos, como o caso de Contabilidadee Economia, que são muito cobradas na rea fiscale em tribunais de contas. H quem evite cer o

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concursos somente para fugir dessas mat rias.rata-se de assuntos com linguagem muito peculiar.

Mal comparando, como estudar um novo idioma,pois existem inúmeras palavras e expressões com

sentido bastante espec fico. Portanto, não seranormal sentir enorme dificuldade em aprenderessas disciplinas, caso em que voc deve considerar a possibilidade de aumentar o tempo de dedicação a elas, inclusive com exclusividade di ria, atadquirir mais segurança.

Atualmente, sou autor de v rios livros sobre

Contabilidade. No entanto, na minha poca de estudante do 2º grau, passei pela experi ncia de tirazero numa prova de Contabilidade Geral. E o piorque o professor fazia questão de chamar cada alunopelo nome e de anunciar a nota. Alguns anos depois,resolvi estudar Contabilidade a sério para prestaconcursos da rea fiscal. Felizmente, aprendi. E se

eu consegui, você também vai conseguir.

Faça intervalos e descanse

 Todo mundo, inclusive o patrão,entende a necessidade de o trabalhador fazer intervalos diários, ter repouso

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semanal e tirar f rias. Por m, nem todo mundo consegue perceber a semelhança entre isso e o descansodo guerreiro que se prepara para concursos.

Ap s mais ou menos uma hora de estudo, bateum cansaço natural. Por isso, depois desse tempo,procure descansar por pelo menos uns 15 minutospara repor sua capacidade efetiva de atenção e concentração. Se insistir em estudar cansado, sua mentevai começar a buscar maneiras de desvi -lo dos estudos: voc vai querer ligar para algu m, comprar algo,arrumar o quarto, sentir sono, fome, tristeza etc. J

que dessa maneira o que voc estuda não proveitoso, melhor parar por alguns instantes, recuperar aatenção e concentração e s então voltar ao estudo.

O mesmo raciocnio vale para quem estudatodos os dias da semana, sem descanso e lazer. Háquem ache que o perodo dedicado ao namoro, ao

cinema, ao teatro, ao bate-papo e ao futebol comos amigos (ou fofoca com as amigas) perda detempo nos estudos. No entanto, se tudo isso for feitocom equil brio, serão atividades necess rias para quevoc se mantenha em condições de absorver de fatoo que precisa estudar. Não esqueça que na preparação para concursos a qualidade deve vir antes daquantidade. É improdutivo estudar todos os dias dasemana e não conseguir fixar quase nada. Grossomodo, estudar 10 horas e assimilar de fato o que foilido durante apenas 3 horas l quidas pior que estudar 5 horas com 4 de efetiva assimilação.

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Curso preparatório

Fazer ou não curso preparat rio e que cursoescolher são d vidas que afligem a maioria dos candidatos. É perfeitamente possível passar em concursop blico sem fazer curso, mas isso torna a aprovaçãoainda mais dif cil e, em regra, mais demorada.

A orientação fornecida por professores e orientadores dos cursos, presenciais ou a dist ncia, abreviao tempo de preparação e ajuda a direcionar os estudos para temas relevantes e questões mais prov veide prova.

 Todavia, seja muito criterioso na escolha do

curso, buscando refer ncias com quem estudou ouestuda lá, informando-se sobre o nível dos profesores, proposta pedag gica etc. Por sinal, um dosrequisitos mais importantes na escolha do curso prparat rio sua equipe de professores, pois a orientação geral quanto ao que e como se deve estudarpara as provas depende essencialmente deles.

Muitos concursandos começam a estudar apenas com a cara e a coragem, sem saberem claramente por quais mat rias iniciar a preparação,quais turmas frequentar, qual o material did ticoindicado para cada matéria e que concurso deve

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 priorizado. Nessas circunst ncias, entre aquelesque não desistem, alguns chegam a perder mais deum ano estudando de maneira errada, por falta deorientação adequada.

Em geral, a convivência nos cursos preparatóriospresenciais de excelente nvel. A maioria absolutados alunos é bastante solidária, simpática e atenciosa. No entanto, h exceções, que podem criarum ambiente hostil e desagrad vel. Nesse grupode alunos, estão includos os candidatos que tratamos colegas como inimigos. São incapazes de ajuda

algu m, sonegam informações e pensam que maif cil conseguir a aprovação quando se dificulta a vidados concorrentes. Ledo engano.

O que se observa que os concursandos mais solid rios formam grupos e mant m uma rede de contatoe de amizades que favorece e estimula os estudos.

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Menos de 10% dos inscritos em concursos frquentam regularmente um ou mais cursos preparat rios (presenciais ou a dist ncia). Por m, mais de90% dos aprovados nos concursos mais cobiçado

(principalmente os de nvel superior) são egressos decursos preparat rios.

A escolha é sua: estudar sozinho, em grupo oucom a ajuda de professores. Todavia, qualquer queseja a sua decisão, não deixe de planejar seus estudos e de estabelecer uma estrat gia.

Internet

A internet tornou mais barato e democr ticoo estudo para concursos. Antes, as informações e

materiais did ticos eram praticamente restritos aograndes centros, de maior poder econ mico. Agora,h uma quantidade infinita de aulas, orientações,artigos, dicas etc. dispon veis na grande rede. Exitem centenas de sites especializados em concursos,muitos com conte do gratuito. A partir do advento

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da internet, a falta de dinheiro não mais pode serusada como desculpa para deixar de estudar.

A grande vedete da internet são as redes sociais,principalmente os f runs e o Facebook, nos quais oscandidatos se organizam em grupos e trocam infomações relevantes sobre concursos.

Eis os endereços de alguns sites úteis à prepara-ç o para concursos:

F rum Concurseiro

No f rum administrado pelos pr prios candidatos, voc encontra informações atualizadas sobre tudo o que acontece no mundodos concursos.

www.forumconcurseiros.co

Editora Ferreira

Atualizado diariamente com notcias, toquede mestre, dicas, estratégias, estatísticas de

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provas, recursos, legislação, entrevistas, editaietc., tudo gratuitamente.

www.editoraferreira.com.br

GNo editorial sobre concursos e emprego,estão disponveis notcias e artigos sobre concursos e mercado de trabalho, bem comodicas de especialistas.

www.g1.globo.co

Correio WebNot cias, provas, editais, aulas, consultoria eum fórum para contato entre os concurseirose troca de informações.

www.correioweb.com.br

ornal dos Concurso

Vers o do jornal semanal das bancas.Notícias e informações sobre concursos públi-cos, est gios e empregos na iniciativa privada.

www.jornaldosconcursos.com.br

Folha Dirigida

Vers o do jornal semanal das bancas.Notcias e informações sobre concursos p blicos, est gios e empregos na iniciativa privada.Algumas reas são restritas a assinantes.

www.folhadirigida.com.br

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PCI Concurso

Provas e editais para download, not cias sobreconcursos, simulados etc.

www.pciconcursos.com.b

 Tec Concurso

Banco de questões de provas com gabaritose coment ros. Para ter acesso aos comentrios, necess rio ser assinante.

www.tecconcursos.com.b

Causo 3

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Simulados

Simulados são provas com quetões inéditas ou adaptadas, elaboradaspor professores de cursos preparat rios, nas quaih a reprodução de condições semelhantes s daprovas de concursos, tais como tempo de duração,grau de dificuldade, preenchimento do cartão derespos as.

Al m de testar os conhecimentos dos participantes, os simulados ajudam a identificar e a corrigierros comumente cometidos por candidatos menoexperientes. Com esse treinamento, voc pode se

Não ficar muito tempo presos em determi

nada questãoEstabelecer por quais mat rias deve começa

Reservar um tempo mnmo para marcar arespostas no cart o

Não cometer erros na marcação do cartão

Não deixar de responder a questõe

Não errar questões por distração

Os simulados tamb m são fundamentais paraque voc adquira um melhor controle f sico e emocional. Numa prova simulada, você não vai ficar tão

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nervoso quanto no dia da prova efetiva. No entanto,a exposição contínua aos simulados permite quevoc se habitue a fazer prova sob pressão.

Muitos candidatos excelentes tecnicamenteficam reprovados por falta de controle emocional.Alguns inclusive s estudam assuntos muito dif ceis eacabam reprovados por errarem coisas óbvias. Neses casos, o treinamento sob pressão fundamental.

Outro aspecto importante dos simulados é aconcentração e a preparação f sica para a prova.

Quem não está treinado dificilmente consegue man-ter o m ximo de atenção e de paci ncia durante 4a 5 horas de prova. Em situações assim, voc podesentir fome, sede, irritação, ansiedade, dor no pecoço, na coluna (devido falta de pr tica, alguncandidatos desistem no meio da prova em função defortes dores no pescoço e na coluna).

Os candidatos mais bem preparados tendem aentregar o cartão de respostas ap s o t rmino dotempo de prova, o que demonstra boa preparaçãof sica e mental. Os “franco-atiradores”, ao contr rio,entregam o cartão, em média, duas horas após o iní cio da prova. Logo, tamb m em concursos, os ltimos ser o os prmeros.

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Como estudar

depois do edital

Programe-se para, no mnmo, teresgotado o estudo das mat rias b sicas ata data de publicação do edital. A partir da, suaprioridade deverão ser as matérias que ainda nãotiver estudado, mantendo o estudo das mat riasb sicas na forma de questões, de prefer ncia de

provas anteriores da mesma instituição que organ za o concurso.

Depois do edital, em princípio, você deve sededicar s disciplinas de maior peso. Fora isso, amelhor estratégia é levar em conta a obtenção denota mnima por disciplina, por prova e na somadas provas, conforme o edital, bem como a solução

do maior número de questões, caso o tempo nãoseja suficiente para resolver tudo. Muitos candidatoobt m notas excelentes, mas não conseguem notamnma em uma mat ra ou prova. Outros consguem passar em todas, mas alcançam pontuaçãototal muito baixa.

Na hip tese de conseguir estudar, antes do edital, todas as disciplinas cobradas ( o caso dos candidatos mais experientes), paute seu estudo quase quexclusivamente em questões, de preferência elabo-radas pela instituição organizadora do concurso.m tal caso, resolva as questões e, em seguida, tire

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dúvidas nos livros e apostilas em relação aos assuntonos quais não tiver um bom desempenho.

O que fazer nos 15 dias anteriores à prova

Se voc est se preparando para provas objetivas, eis aqui uma estrat gia a ser aplicada nos 15 diaque antecedem o evento. As mat rias podem variarconforme o concurso de seu interesse. Logo, deacordo com o seu caso, faça as devidas adaptações.

Pelo menos 15 dias antes da prova, dedique-sea memorizar as principais normas legais compreen

didas no conte do program tico do seu concurso.Comece pela Constituição Federal. Faça sua “leituradin mica” em aproximadamente dois dias. Mas nãose prenda a detalhes que deveriam ter sido estudados em época mais oportuna. O objetivo agora écriar condições de lembrar a literalidade das normas para não errar questões formuladas conformea letra dos textos legais. Cuidado para não ler artigos que estão fora do programa, a menos que vocesteja cansado de estudar o que cai e queira relaxarum pouco lendo assuntos que não serão cobrados

.

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Em seguida, pegue os c digos e a legislação emgeral e leia todos os seus artigos relacionados ao

.

Reveja e resuma as principais f rmulas e comandos de Matem tica, Estat stica, Inform tica, Contabilidade, An lise, Custos etc. Insistimos: não hora detentar aprender, mas de memorizar.

Eu se, eu se! O tempo pouco para tanta co sa.Mas se voc se organizar e dominar a ansiedade,

verá que vale a pena o sacrifício. Palavra de umex-combatente de concurso.

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Dicas para o

dia da prova

Não existe fórmula matemática coma qual se possa ensinar algu m a faze

prova. Na hora fatal, cada concurseiro tem um coportamento diferente de acordo com seu domniodas matérias, equilíbrio emocional, experiênciah bitos de estudo.

Caso voc ainda não tenha sua pr pria estratégia a respeito disso, aceite uma sugestão: resolvaprimeiro as questões que envolvam maior grau denterpretaç o e concentraç o Portugu s e Lnguastrangeira, por exemplo). Depois de algumas hora

de prova, dificilmente você conseguirá manter concentração suficiente para resolver questões relacio

nadas interpretação de textos longos. Se estivemuito ansioso, outra estrat gia tamb m interessante

começar pela mat ria na qual se sinta mais confiante, pois isso ajuda a aumentar sua segurança.

Ap s essas questões, talvez seja prudente solucionar os problemas mais trabalhosos em matéria decálculo. É o caso de Matemática e Contabilidade.Quando perceber que elas são muito complexas e/ou confusas, analise a possibilidade de solucionaapenas parte das questões dessa esp cie, ainda quetenha a convicção de que conseguirá resolvê-laintegralmente. Não esqueça o tempo disponvel

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que precisa ter m dia mnima em outras mat rias. Orelógio deve ser seu grande aliado.

As disciplinas menos trabalhosas em volume detexto e c lculo podem ficar para o fim (Direito, porexemplo). Nas matérias desse grupo, em geral, nãoh muito o que ruminar, ou voc sabe, ou não sabe.

Meia hora antes do término do tempo de prova,comece a marcar o cartão. De nada adianta fazeruma excelente prova se não deixar o registro no ca-tão para a banca examinadora e para a posteridade.

rimeiro, marque as respostas suavemente a lápis, deforma que possa alter -las com facilidade em casode mudança de ponto de vista ou de erro no prenchimento do cartão. Após confirmar as respostas,reforce a marcação.

Há casos em que o tempo de prova não é suficiente para resolver todas as questões. Nessa hip

tese, você vai precisar ter muito controle emocionalpara decidir quais fazer e quais não. Se for o caso, aquestões com menor grau de complexidade devemser resolvidas primeiro. Resista tentação de solucionar as questões na ordem em que elas aparecem.Minha experi ncia como concurseiro me ensinouque as bancas apresentam as questões mais difícei

primeiro. Por causa disso, adquiri o h bito de resolver as provas de trás para frente. De tão viciado nisso,hoje em dia, leio de tr s para frente at o jornal.

Em resumo, eis o que voc deve ter em mentenas horas que antecedem a prova e durante a suarealização:

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1. Rel gio: um importante aliado no controledo tempo gasto em cada matéria

. Cartão de respostas: separar 30min, nomnmo, para a marcaç o

3. Ordem preferencial para solução das questões:

a Mat rias de maior grau de interpretaç o e concentraç o Portugu s, LnguaEstrangera

b Disciplinas que contenham questões tra-balhosas em relação a c lculo (Matem

tica e Contabilidadec Questões menos trabalhosas (Direito

. Separar um tempo para cada mat ria. Porexemplo, se a prova tem duração de 4h, comquestões de Portugu s (15 questões), Matm tica (10 questões), Direito Constitucional(10 questões) e Administrativo (10 questões),voc pode usar 1,5h para Portugu s + 1hpara Matemática + 1h para Direito + 30minpara marcação do cartão de respostas.

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. Comida e bebida: importante lembrarque você pode sentir fome e sede durantea prova. Uma garrafa com gua e barras decereais devem resolver o problema. Todavia,

ingerir muito l quido pode causar v rias idase vindas ao banheiro e tirar sua concentração.Lembro-me de ter feito uma prova para auditor-fiscal da Receita Federal tão dif cil, quenão houve tempo nem para comer as barrasde cerais que levei. Mal consegui beber guae ainda assim marquei algumas respostas sem

resolver as questões.

Notas:

1. As provas de Português tendem a ser trabalhosas, pois envolvem interpretação de tetos longos. É necessário, pelo menos, 1h parafazer as questões com a devida atenção.

. O tempo gasto varia de acordo com osseguintes fatores: grau de dificuldade dasquestões, quantidade de textos a interpretar,incid ncia e complexidade de questões comc lculos etc.

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Concursos de alto nível

sta uma cena recorrente: ao pa

sar por uma banca de jornal, o indivduo atrado por an ncio de concurso,cujo edital acabou de ser publicado, com

remuneração acima de R$ 10.000,00. Apesar denunca ter prestado concurso p blico, ele decideque quer ganhar essa grana por m s. Entra na bancae pede informações ao jornaleiro sobre o materialdid tico disponvel para esse certame. Compra umapostilão e vai para casa tentar decorar o m ximode informações at o dia da prova, que deve ocorreem dois meses.

Em concurso de alto nvel, quem pretende serum efetivo concorrente precisa ter uma boa aptidãopara armazenar informações. Mas preciso mais do

que isso para passar. É necessário ter capacidade deinferir, de deduzir, de raciocinar, para acertar quees que n o es o nas provas an er ores nem no

livros e apostilas (algumas questões são inventadaspelas bancas com esse prop sito). Mesmo questõecom erros na formulação exigem bom senso.

Concurso de alto nvel o que oferece remunera

ção acima da m dia e um reduzido n mero de vagas,al m de contar com grande quantidade de inscritos.

Em que pese a incompet ncia de algumas intituições organizadoras, que exploram mais o acmulo de informação do que o raciocnio, quem acha

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que para passar basta decorar subestima a intelig ncia dos concorrentes.

É alarmante o número de concursandos quepensam que o segredo para passar em concurso dealto nível está apenas em resolver questões à exautão, em “saber a pr tica”, como alguns dizem.

O resultado dessa técnica equivocada de estudoa excessiva demora at a aprovação. O candidato

chega, várias vezes, bem perto das vagas, mas, quasesempre, fica faltando alguma coisa.

Por outro lado, os alunos que aliam os exerccioà teoria de forma organizada são os que conseguemxito mais r pido.

Mal comparando, se a prova é para mestre deobras, que sabe fazer, mas não sabe exatamente porque faz, a t cnica de s exercitar funciona. Todavia,se para engenheiro e exige uma base te rica maisólida, não basta apenas resolver questões. É necesário o conhecimento sistematizado. Dessa forma, ocandidato estar apto a fazer qualquer tipo de prova.

É claro que resolver questões de provas anteriores, elaboradas pela entidade organizadora do concurso, ajuda muito. Mas não é suficiente. Por que

não? Porque todos os candidatos bem preparadosfazem isso (esses concurseiros representam um con-tingente significativamente superior ao n mero devagas disponíveis). Entre os mais bem preparados,sobressaem os que conseguem resolver questõeque cobram um pouco mais que a decoreba. Vale

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o princpio de que o xito em concurso exige que oconcurseiro aprovado tenha algo a mais que os candidatos não aprovados. Ali s, esse o objetivo daseleção mediante concurso.

Livros

A escolha dos livros e apostilas mais adequadospreparação requer muita pesquisa, principalmente aconsulta a professores, f runs, pessoas j aprovadae candidatos mais experientes. Sem dúvida a pr -fer ncia deve ser por obras destinadas a concursos.or mais conceituados que sejam seus autores, o

livros acad micos não t m a objetividade e clarezanecess rias a provas de m ltipla escolha, al m denão conterem questões e dicas que simplifiquem oprocesso de estudo.

Essa regra não é absoluta. Nos concursos jurídicos, em que h provas discursivas, costuma prevalece

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a regra contrária: as obras devem ser mais densas eafinadas com a doutrina e a jurisprudência. Dessemodo, enquanto uma obra jurídica pode consumircentenas de páginas com a abordagem científica de

certo tema, um livro destinado a concursos da áreanão jurídica deve tratar do mesmo tema em algumaspoucas linhas ou páginas e reforçar a fixação comquestões, se possível comentadas.

Como regra, enquanto um livro aborda apenasuma matéria, uma mesma apostila reúne diversasdisciplinas. Por isso, não é difícil concluir que, em

se tratando de concursos de alto nível, como os dasáreas jurídica e fiscal, os livros são mais recomenda-dos que as apostilas. Estas podem ser úteis em con-cursos de níveis fundamental, médio e superior semespecialização, desde que o grau de dificuldade dasquestões não seja elevado.

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Causo 4

Edital

Edital o ato pelo qual uma entidadou órgão torna pública a realização de

concurso com a finalidade de selecionacandidatos aptos a ocuparem cargos em seu

quadros funcionais. É uma espécie de “Lei do Concurso”, em que devem estar definidas claramente aregras mediante as quais ser desenvolvido o processo de seleção. Nele devem constar informaçõescomo o cargo disputado, n mero de vagas, remunração, disciplinas exigidas e seu programa (conte do

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program tico), forma para c lculo da pontuação, critérios de desempate e aprovação.

Antes de começar a preparação para um concurso em andamento, importante que voc conheçaas regras constantes do seu edital e estude todos otemas previstos em seu conte do program tico. Parater uma ideia dos assuntos que tendem a ser cobradono certame com maior incid ncia, essencial que vocanalise provas anteriores elaboradas pela instituiçãoorganizadora que foi escolhida para gerir o concurso.

Família

Se a decisão de se dedicar a pretar concursos contar com o apoio desua família, certamente você terá maitranquilidade e menos estresse em seus estudos.

Na hora do estudo, é terrível o peso na con -

ci ncia causado por ter de deixar de brincar comum filho ou de passear com a família. Mas se este éo preço que voc deve pagar para lhes dar melhores condições de vida, então estude com convicçãoe não deixe que os pensamentos negativos prejudiquem seu desempenho.

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Por desconhecerem o grande sacrif cio envolvidona preparação, alguns familiares mais atrapalham doque ajudam. A situação mais comum aquela emque um parente lhe pede para fazer algo justament

quando voc est estudando (“J que voc não estfazendo nada mesmo...”). Outra situação risível équando, ap s apenas um ou dois meses de estudo,algu m da famlia comenta: “Poxa, voc agora svive estudando. Desse jeito vai passar em primeirolugar”. Como forma de evitar conflitos e minimizao desgaste emocional, antes de começar os estudos,

aconselh vel explicar aos seus familiares como acoisas funcionam para quem concurseiro, que exitem enormes dificuldades a serem enfrentadas atconquistar a aprovação e que eles, seus parentes,são fundamentais para que o resultado seja alcançado. Faça da sua famlia um grande aliado que oauxilie a alcançar o sucesso.

Relação candidato/vaga

A relação candidato por vaga consiste no resultado da divisão do total

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de inscritos pelo n mero de vagas oferecidas no edital do concurso:

Relação Candidato por Vaga = Total de InscritoN mero de Vaga

Em concursos com mutas vagas ou que exgembaixa escolaridade, essa relação pode ser estratoférica. Considerando, porém, que muitos dos inscri-tos não se preparam adequadamente ou que nemsequer se dão ao trabalho de estudar, ela não dizmuita coisa. O fato que o n mero de candida

tos que efetivamente concorrem às vagas é infini-tamente inferior ao total de inscritos. Se tomarmocomo exemplo um concurso com 500.000 inscritoe 1.000 vagas, estimo que o número de potenciaisaprovados (candidatos com chances reais de aprovação) não passará de 5.000. Todavia, entre estes a lutaser sangrenta. Portanto, seria indiferente que esse

concurso t vesse 500.000 pessoas para 1.000 vagas(relação de 500 candidatos por vaga) ou que apenasos 5.000 que de fato disputam as vagas tivessem ef tivado sua inscrição (relação candidato por vaga =5.000/1.000 = 5).

Resumo da pera: não se impressione com a relação candidato por vaga do concurso de seu interesse,

nem tome decisões importantes com base nisso.

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Redação ou

prova discursiva

edação ou prova discursiva, quepode ser eliminatória, consiste na ela-

boração de texto narrativo, dissertativo oudescritivo, com um número mínimo e/ou máximode linhas, baseado em tema formulado pela bancaexaminadora. Quanto menor o n mero de linhas,maior deve ser o poder de sntese do candidato.

m algumas provas, o tema apresentado relativo auma ou mais disciplinas do conte do program ticodo concurso (um t pico de Direito Constitucionalou Administrativo, Atualidades, Auditoria, Com rcionternacional etc.). Se for esse o seu caso, não fiquetão preocupado com a prova discursiva, pois voc jestar estudando para ela quando se preparar para

as provas objetivas. O que de fato vai fazer a dif rença a sua capacidade de redigir com clarezacorreção. Em alguns casos, trata-se de uma provade redação cujo tema parte do programa do concurso. Se voc estudou para as provas e sabe escrever razoavelmente bem, não h motivos para ficaestressado. Em outros, são perguntas que exploram

o conte do de algumas disciplinas do programa.Existem livros excelentes de redação para con

curso com dicas de como estruturar uma provadiscursiva. Entre as obras especializadas do g nero,recomendo os livros da coleção “Redação de Texto

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issertativos” (coordenação de Luiz Ricardo Leitão),publicados pela Editora Ferreira.

Evite fugir do tema proposto, pois isso pode serinterpretado pela banca como falta de objetividadeou incapacidade de entendimento do que se pede.

Não tente escrever sobre assuntos que nãoconhece, porque pior do que admitir a falta dedomnio de um tema ser pego tentando enganaro examinador. Provavelmente ele será um profissio-nal j experiente na avaliação de textos de todas as

espécies, que perceberá suas intenções.Se tiver dúvida sobre a grafia correta ou signifi-

cado de uma palavra, use um sin nimo.

Mesmo quando não é eliminatória, a redação ouprova discursiva representa um n mero significativode pontos, de forma a interferir decisivamente naclassificação final do candidato.

A t tulo de exemplo, veja a seguir os crit rios decorreção da prova discursiva de um concurso paraanalista-tribut rio da Receita Federal do Brasil.

A avaliação da prova dissertativa abrangeu:

. quanto capacidade de desenvolvimento do

tema: a compreensão, o conhecimento, odesenvolvimento e a adequação da argumentação, a conexão e a pertin ncia, a objetividade e a sequ ncia l gica do pensamento, oalinhamento ao tema e a cobertura dos t picos apresentados, valendo, no m ximo, 60

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pontos, que foram aferidos, pelo examinador,com base nos critérios a seguir indicados:

Conteúdo da respostaPontos a deduzir

 Tema

Capacidade de argumentaç o (at - 18)

Sequência lógica do pensamento (at - 18)

Alinhamento ao tema (at - 12

Cobertura dos tópicos apresentado (at - 12

. quanto ao uso do idioma: a utilização coreta do vocabul rio e das normas gramaticais,

valendo no m ximo, 40 pontos, que foramaferidos, pelo examinador, com base nos crit rios a seguir indicados:

 Tipos de erro Pontos a deduzir

Aspectos formais:Erros de forma em geral e erros de ortografia

(- 0,25 cada erro)

spectos ramatcas:

Morfologia, sintaxe de emprego e colocação,sintaxe de regência e pontuação - 0,50 cada erro)

Aspectos Textuais:Sintaxe de construção (coesão prejudicada);clareza; concisão; unidade temática/estilo;coerência; propriedade vocabular; paralelismosemântico e sintático; paragrafação

(- 0,75 cada erro

Cada linha excedente ao máximo exigido (- 0,50

Cada linha não escrita, considerando o mínimo

exigido - ,

Foi desconsiderado, para efeito de avaliação,qualquer fragmento de texto escrito fora do localapropriado.

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Em caso de fuga ao tema, de não haver textoe/ou de identificação em local indevido, ocandidato recebeu nota zero.

Avaliação psicológica

Objeto de muita pol mica emconcursos, a avaliação psicol gica outeste psicotécnico deve estar previstoem lei e ter crit rios razoavelmente objeti

vos, sob pena de ser anulado pela Justiça.Na maioria dos certames em que exigida, a ava

liação psicológica consiste na aplicação e na avaliaçãode baterias de testes e instrumentos psicol gicos ciet ficos, que permitem identificar se o candidato tem operfil exigido para o exerccio do cargo, considerando,por exemplo:

Capacidade de concentração e atenção

 Tipos de raciocnio

Controle emocional

Relacionamento interpessoal

Capacidade de memória

Caractersticas de personalidad

A avaliação psicol gica pode julgar tamb m acaractersticas de personalidade prejudiciais ao exerccio do cargo, como agressividade e impulsividade ina-dequadas, rigidez de conduta, ansiedade exacerbada.

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Em um concurso para agente da Polcia Federal,por exemplo, na avaliação psicol gica, o candidato foiconsiderado recomendado ou não recomendado.

Foi considerado recomendado o candidato queapresentou caracter sticas de personalidade, capacidade intelectual e habilidades espec ficas de acordocom o perfil exigido para o exercício do cargo.

Foi considerado não recomendado o candidatoque não apresentou características de personalidade,capacidade intelectual e/ou habilidades específicas d

acordo com o perfil exigido para o exercício do cargo.O candidato considerado não recomendado na

avaliação psicol gica foi eliminado do concurso.

 Teste de aptidão física

O exerccio pleno de algumas funções p blicas, como as relativas car

reira policial em serviços externos, exigeque o candidato esteja na plenitude de sua

condições fsicas. Imagine uma perseguição na qual

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o policial precisa correr, saltar ou at mesmo nadarpara capturar um delinquente. Não é raro, por exeplo, em regiões de praia ou lagoa, o bandido queestá sendo perseguido se jogar na água para fugir

dos policiais. Por isso, em alguns concursos, o examede aptidão física é de caráter eliminatório e tem porobjetivo avaliar a capacidade do candidato de supotar, f sica e organicamente, as exig ncias da pr ticade atividades f sicas a que ser submetido no desepenho das tarefas tpicas da sua categoria funcional.

Em um certame para agente da Pol cia Federal,

por exemplo, os candidatos foram submetidos a quaro eses:

1. Barra fixa

Masculino Feminino

Númerode flexões

PontosNúmero de

flexõesPontos

Abaixode 3

,Eliminado

Abaixo de ,Eliminado

, ,

, ,

, ,

, ,

, ,

,

,10 ,

1 4,67

12 5,00

,

,

,

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. Teste de impulsão horizontalDistância (metros)

PontosMasculino Feminino

Abaixo de 2,14 Abaixo de 1,66,

Eliminado

2,14 a menos de 2,22 1,66 a menos de 1,74 ,

2,22 a menos de 2,30 1,74 a menos de 1,82 3,00

2,30 a menos de 2,3 1,82 a menos de 1,90 ,

2,38 a 2,45 1,90 a 1,97 5,00Acima de 2,45 Acima de 1,97 ,

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3. Teste de corrida de 12 minutos

Distância (metros)Pontos

Masculino Feminino

Abaixo de 2.350 Abaixo de 2.0200,00

Eliminado2.350 a 2.440 2.020 a 2.100 2,00Acima de

2.440 a 2.530Acima de

2.100 a 2.1803,00

Acima de2.530 a 2.620

Acima de2.180 a 2.260

4,00

Acima de2.620 a 2.710

Acima de2.260 a 2.340

5,00

Acima de 2.710 Acima de 2.340 6,00

4. Teste de natação

 Tempo (segundos)Pontos

Masculino Feminino

Acima de 41”00 Acima de 51”000,00

Eliminado38”00 a 41”00 47”00 a 51”00 2,0035”00 a menos

de 38”0043”00 a menos

de 47”00 3,0032”00 a menos

de 35”0039”00 a menos

de 43”004,00

29”00 a menosde 32”00

35”00 a menosde 39”00

5,00

Abaixo de 29”00 Abaixo de 35”00 6,00

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O candidato foi considerado apto no exame de aptidão física se, submetido a todos os testes, obteve o desepenho mnimo de 2 pontos em cada teste e o somat riomínimo de 12 pontos no conjunto dos 4 testes.

Investigação social

Vem se tornando cada vez mais usual, principalmente em concursos da rea policial, a investigaçãosocial de natureza eliminat ria. Para esse fim, os candidatos devem prestar declarações escritas e aprsentar certidões de diversos rgãos, tais como:

. certidão de antecedentes criminais, da

cidade/município da jurisdição onde reside/residiu nos ltimos 5 anos:

a da Justiça Federal;

b da Justiça Estadual ou do Distrito Federal;

c da Justiça Militar Federal, inclusive paraos candidatos do sexo feminino;

d da Justiça Militar Estadual ou do DistritoFederal, inclusive para os candidatos dosexo feminino;

. certidão de antecedentes criminais da JustiçaEleitoral;

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. certidões dos cart rios de protestos de t tulosda cidade/munic pio onde reside/residiu no

ltimos 5 anos;. certidões dos cart rios de execução cvel da

cidade/municpio onde reside/residiu nos ltimos anos.

Essas exig ncias podem impedir a nomeação e aposse dos candidatos que respondem, por exemplo,

a inqu rito administrativo ou policial. No entanto,não esse o entendimento predominante na Justiça,que tem se manifestado no sentido de que candidatos aprovados não podem ser eliminados por isso.Algumas decisões vão al m, determinando que spode haver exclusão no caso de condenação defini-tiva, vale dizer, da qual não cabe mais recurso.

De qualquer modo, o candidato insatisfeito prcisa constituir um advogado e reclamar Justiça, poisuas decisões produzem efeitos apenas entre as pates envolvidas no processo.

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Vocação para o serviço público

Como servidores ou cidadãos, acredito ser necessá

rio refletirmos sobre a relaç o entre a p ssima qualidadedos serviços que são prestados pelas repartições egeral e a falta extrema de vocaç o de alguns servidorepara o serviço público.

É verdade que as condições de trabalho nas repatiç es p blicas s o prec rias, mas isso n o justifica afalta de civilidade com que as pessoas, principalmente

as mais humildes, s o tratadas por alguns servidores.

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Infelizmente, atraídos somente pela estabilidadee pela remuneraç o, depois de aprovados, muitos seesquecem da verdadeira razão de ser do serviço público.

Um princípio básico universal é o de que todotrabalhador deve receber uma remuneraç o digna econdizente com suas funções. Porém, salário alto não égarantia de bons serviços, principalmente quando faltaao servidor um mínimo de afinidade no trato com ocontribuintes. Magistrados que o digam.

Por outro lado, se somos autoridade em uma repa

tiç o, seremos contribuintes em outras, nas quais teremos a aplicaç o da lei do retorno, salvo uso da odiosapr tica da carteirada, ultrajante sob todos os sentidopara quem se comporta como um servidor decente.

Por isso, novos servidores como você têm umpapel importante na modernizaç o e na melhoria daqualidade dos serviços prestados a todos nós, cidadãos.

Desde j , seja bem-vindo ao serviço p blico!

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