Manual Do Mdf

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M ANUAL DO U SUÁRIO MDF

description

Manual sobre as propriedades do MDF.

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MA

NU

AL

DO U

SUÁ

RIO

M D F

Page 2: Manual Do Mdf

Agora você vai conhecer MaDeFibra, a chapa de fibra de

média densidade da Duratex. Ela foi desenvolvida com a mais moderna

tecnologia, segundo rigorosos padrões de qualidade.

Resistente e prático, o MaDeFibra é amplamente utilizado

pelo mercado, principalmente pela indústria moveleira. A seguir, você

vai conhecer melhor as características do produto e como utilizá-lo

para aproveitar todas as vantagens que ele oferece.

A Duratex foi a primeira empresa da América Latina a con-

quistar o Green Label (selo verde), depois de uma complexa avaliação

realizada pela empresa americana Scientific Certification Systems (SCS).

O Green Label é uma certificação de produtos florestais concedida a

empresas cujas florestas são adequadamente manejadas.

As madeiras utilizadas como matéria-prima para o MaDeFibra

são oriundas de reflorestamentos cujo manejo possibilita a manutenção

do ecossistema, além da sustentabilidade dos recursos florestais e

benefícios socioeconômicos.

D U R A T E X

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1 . D E F I N I Ç Ã O D O S P R O D U T O S

M A D E F I B R A É a chapa de fibra de média

densidade da Duratex, produzida com fibras de madeiras selecionadas de pinus. Essas fibras,

aglutinadas com resina sintética termofixa, se consolidam sob ação conjunta de calor e

pressão resultando numa chapa maciça, com superfícies lisas, próprias para a indústria de

transformação.

2 . P R O C E S S O D E F A B R I C A Ç Ã O

Toras de pinusselecionadas

Descascador Cavacos Classificaçãoe lavagem

Desfibrador

Formação Pré-prensa

Prensacontínua

Corteda chapa

master

Resfriamento

Climatização Lixamento Corte - medidapadronizada

Embalagem

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3 . O F E R T A

O MaDeFibra é oferecido com as faces sem revestimento (in natura); com uma ou duas faces com revestimento

melamínico (BP) ou finish foil (FF). Em qualquer caso, a face ou as faces não revestidas deverão ser protegidas

com pintura, revestimento com PVC, lâmina de madeira, etc., conforme mencionado neste manual. Essas opções

no MaDeFibra (face sem revestimento) estão relacionadas à extraordinária capacidade do produto em ser usinado,

rebaixado, trabalhado, possibilitando acabamentos diferentes em frontais de móveis e outros produtos mais

elaborados.

4. INFORMAÇÕES GERAIS

O MaDeFibra é um produto desenvolvido especialmente para uso interior. O produto não deve ser exposto à ação

da água nem em ambientes com umidade excessiva. Esse cuidado evitará alterações nas características dimensionais

e físicas da chapa, ou mesmo algum processo de degradação.

O MaDeFibra sai da fábrica isento da presença de insetos, pois sua constituição forma uma barreira efetiva ao ataque

da maioria de insetos furadores. Porém, sendo produto derivado da madeira, poderá ser atacado por eles, quando

aplicado ou estocado com outros materiais já contaminados. Nesses casos, é conveniente o tratamento preventivo

do local e dos outros materiais.

Três condições simultâneas favorecem o desenvolvimento de fungos na maioria dos materiais:

a) Presença de água de escorrimento, de condensação ou de solo.

b) Presença de oxigênio.

c) Temperatura favorável.

Portanto, não os exponha a essas condições, que levarão ao aparecimento de fungos e posterior degradação

do produto.

Evite colocar o MaDeFibra em contato com fontes geradoras de calor, como fogões, fornos, aque-

cedores ou outros lugares onde a temperatura exceda 50º ººªººªªºªC, por tempo prolongado.

Evite a incidência direta e prolongada da luz do sol, para que a tonalidade do revestimento não

se modifique, tornando-se amarelada. Além disso as chapas podem sofrer deformação por efeito

da “perda de umidade”.

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5 . T R A N S P O R T E

Evite colocar objetos duros (metal, concreto, madeira) sobre as chapas ou

deixá-las em contato com produtos que possam alterar suas características

naturais (cimento, óleo, graxa, etc.).

O assoalho da carroceria do caminhão transportador deve estar limpo, seco, sem falhas

(principalmente sobre os rodeiros) e isento de pregos e parafusos salientes ou

tábuas sobrepostas. Os eventuais espaços livres devem ser vedados. Caminhões

graneleiros devem ter a saída de grãos fechada para evitar a entrada de água

de chuva durante o trajeto.

Durante o percurso em caminhão transportador com carroceria descoberta, proteja o

produto contra chuva com uma lona impermeável. Para maior segurança, as pilhas

devem ser travadas e suportadas por cabos de amarração. Os pontos em que as

chapas sofrem a ação desses cabos devem ser protegidos por cantoneiras.

Evite transbordo das chapas, principalmente quando não houver condições de descarga mecanizadas (empilhadeiras).

Ao descarregar ou movimentar as chapas, evite arrasto, atrito ou batidas, principalmente quando se tratar de produ-

tos revestidos (FF ou BP).

I M P O R T A N T E A reposição ou substituição de mercadoria danificada por ocasião daentrega (quando esta for de responsabilidade da Duratex) somente será efetuada se houverobservação correspondente, com carimbo e assinatura, no CONHECIMENTO DE TRANSPORTE.

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6 . A R M A Z E N A G E M

Armazene o MaDeFibra sem revestimento, MaDeFibra BP ou MaDeFibra FF

em local coberto, protegidos das intempéries e longe de fontes de umi-

dade ou de calor intenso.

As chapas devem ser empilhadas horizontalmente, sobre base firme, nivelada e

elevada do chão por meio de calços adequados. É recomendável que a distância

máxima entre os calços seja de 50 cm.

Coloque um número adequado de calços, que deve ser aumentado para chapas de menor

espessura. Cuidado: os calços devem ter sempre a mesma altura, com comprimento igual à

largura das chapas.

Evite o empilhamento alternado de chapas com diferenças

significativas de dimensões.

Lembre-se que a utilização de calços entre chapas, a cada metro de

altura no máximo, permitirá a ventilação do material e conseqüente

equilíbrio com o ambiente onde será utilizado.

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Em locais muito quentes é aconselhável a colocação de uma chapa de descarte

sobre a pilha, tanto no armazenamento quanto no deslocamento durante o

processamento, para reduzir o efeito do calor que incide na face do material. Esse

efeito provoca perdas de umidade maior na face exposta, com conseqüente

desequilíbrio do painel, podendo gerar deformações na chapa. Evite os efeitos do

tempo excessivo de estocagem (deformação, aumento/redução por ganho/perda de umidade), fazendo a rotativi-

dade do estoque.

7 . T R A B A L H A B I L I D A D E

7.1 - CORTEO MaDeFibra sem revestimento, MaDeFibra BP ou MaDeFibra FF podem ser cortados em serras esquadrejadeiras manuais,

seccionadoras, perfiladeiras duplas, automáticas, etc. Em qualquer equipamento, utilize discos de serra calçados

com metal duro (widea). Lembre-se que, para um corte de boa qualidade, alta produtividade e baixo custo, é

necessária a combinação de três fatores: tipo de serra, velocidade de corte ou periférica e de avanço. Você pode

utilizar serra de fita para obter peças circulares ou curvas.

Seccionadora

Serra esquadrejadeira manual Serra de fita

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7.1.1 - DISCO DE SERRA~

O número de dentes, o diâmetro do disco e o tipo de dente estão

associados à qualidade de corte desejada e ao tipo de equipamento

a ser utilizado. Cuidado nas reafiações para que não sejam alterados

os ângulos característicos dos dentes do disco de serra, o que

poderá comprometer a qualidade do corte.

7.1.2 - SERRA MANUALA esquadrejadeira manual, sem riscador, é recomendada para o MaDeFibra. Para o

MaDeFibra BP e MaDeFibra FF, o uso de discos de serra com dentes do tipo reto-trapezoidal,

diâmetro 250 mm e 72 dentes, ou diâmetro 300 mm e 96 dentes, produz corte de excelente

qualidade.

= ângulo de ataque 100 a 150ºα= ângulo de saída 100 a 150ºβ = ângulo de cunha 550º a 750ºε= ângulo de inclinação tangencial 100 a 150º

a) Posição da serra:

Recomenda-se trabalhar com a serra numa altura (h) de 10 a 15 mm acima da chapa. Altura maior ou menor altera o

ângulo de saída do dente da serra, com perda da qualidade de corte.

b) Posicionamento do eixo da serra:

O eixo da serra deve estar em perfeita perpendicularidade com o plano de corte, para evitar lascamentos e desvios na

linha de corte.

0,4 mm

Dentes trapezoidale reto

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7.1.3 - EQUIPAMENTOS DOTADOS DE RISCADORO MaDeFibra, sem qualquer revestimento, em geral é apenas pré-cortado no início

do processo, não sendo então necessária uma qualidade de corte muito boa.

Entretanto, após seu revestimento com lâminas de madeira, acabamento por

pintura, etc., onde as duas faces estão acabadas, a qualidade de corte passa a ser fun-

damental. Para isso, o uso dos equipamentos dotados de riscador é muito importante.

A qualidade de corte dos produtos MaDeFibra FF e MaDeFibra BP está, também, diretamente relacionada à utilização

do riscador. Ele evita o Iascamento provocado na saída da serra principal.

Alguns cuidados devem ser observados em relação ao riscador:

a) O eixo de corte do riscador deve ser ajustado em perfeito alinhamento com o

eixo da serra principal, como mostrado a seguir.

b) A profundidade de corte do riscador deve ser a mínima possível, mas o suficiente para facilitar o corte principal,

dando o acabamento na face inferior do material.

7.1.4- VELOCIDADE DE CORTEA velocidade de corte, ou velocidade periférica, é a velocidade em m/s com que os dentes da serra percorrem o círculo

e permitem o arrancamento dos cavacos. Ela é a função da rotação do eixo e do diâmetro da serra.

Vp = 3,14 x D x M onde Vp = Velocidade periférica (m/s)

60 D = Diâmetro da serra (m)

M = Rotação do eixo (rpm)

Recomenda-se para o MaDeFibra, MaDeFibra FF e MaDeFibra BP faixa de velocidade de 30 a 35 m/s ou acima de 55 m/s.

A tabela abaixo apresenta a relação entre o diâmetro da serra, a velocidade periférica e as

rotações por minuto do eixo da máquina.

Faixa recomendada para oFaixa recomendada para oFaixa recomendada para oFaixa recomendada para oFaixa recomendada para oMaDeFibra FF e MaDeFibra BPMaDeFibra FF e MaDeFibra BPMaDeFibra FF e MaDeFibra BPMaDeFibra FF e MaDeFibra BPMaDeFibra FF e MaDeFibra BP

m /s 30 35 40 45 50 55 60 70 80 90

DIÂMETRO ROTAÇÃO POR MINUTO

250 2.290 2.680 3.060 3.430 3.820 4.200 4.590 5.350 6.110 6.880

300 1.910 2.230 2.550 2.850 3.180 3.500 3.820 4.460 5.100 5.730

350 1.630 1.910 2.180 2.450 2.730 3.000 3.280 3.820 4.370 4.910

400 1.430 1.670 1.910 2.140 2.390 2.630 2.870 3.340 3.820 4.300

Faixa recomendada para oFaixa recomendada para oFaixa recomendada para oFaixa recomendada para oFaixa recomendada para oMaDeFibra FF e MaDeFibra BPMaDeFibra FF e MaDeFibra BPMaDeFibra FF e MaDeFibra BPMaDeFibra FF e MaDeFibra BPMaDeFibra FF e MaDeFibra BP

Faixa em queFaixa em queFaixa em queFaixa em queFaixa em quenão se devenão se devenão se devenão se devenão se deve

trabalhartrabalhartrabalhartrabalhartrabalhar

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7.1.5 - VELOCIDADE DE AVANÇOTambém chamada de rendimento de corte é a velocidade com que o material avança em direção à serra durante ocorte. A regulagem dessa velocidade determina a qualidade de acabamento do corte da chapa. Cada dente deve fazero seu próprio corte por inteiro. O avanço lento demais faz com que o dente, ao invés de cortar, deslize sobre a chapa,provocando rapidamente a perda do fio e a queima do material. O avanço rápido demais ocasionará o esforço excessivodo motor e cortes imperfeitos com lascamentos na saída da serra. Essa é uma das variáveis que influem significativamentena qualidade de corte desejada e na durabilidade dos discos de serra.Pela fórmula a seguir poderá ser calculada essa velocidade e demais variáveis que se correlacionam com a mesma.A= e x rpm x Z onde A = avanço em m/min 1.000 rpm = rotação da máquina

Z = n0~ de dentes da serrae = espessura do cavaco - mm

OBS.: recomenda-se para “eeeee” valores situados entre 0,06 e 0,3 mm, dependendo da qualidade de corte desejada.

7.2 - DOBRAGEM (FoIding)

Processo bastante utilizado na indústria eletroeletrônica, especialmente na confecção de gabinete de TV e caixas desom. Consiste em executar um canal em forma de V em peças produzidas com MaDeFibra previamente cortadas e, depreferência, revestidas numa das faces com filme vinílico ou outro material flexível. O canal é executado na face semrevestimento, mediante uso de fresas com dentes de 900ªºº ou, então, de duas serras dispostas contrariamente, a 450

(encontram-se no mercado equipamentos adequados a esse tipo de operação). Em seguida, aplica-se adesivo nosvincos e dobra-se a peça.

7.3 - USINAGEMMaDeFibra apresenta exce-lente performance quandosubmetido a usinagenspara obtenção de perfisemoldurados e trabalhosdiretamente sobre a suasuperfície. Assim pode-seobter peças fabricadas com uma única placa, sem emendas, encabeçamentos ou encaixes, tais como portas, frentesde gavetas, tampos, etc.

7.4 - FURAÇÃONão existe qualquer restrição ao tipo de equipamento ou broca a serusado na furação do MaDeFibra, MaDeFibra FF e MaDeFibra BP. Assim, desdeuma furadeira elétrica manual até uma automática, brocas comuns deaço rápido ou metal duro poderão ser utilizadas. Para as chapas revestidas,por se tratarem de produtos acabados, é recomendável em certos equi-pamentos o uso de calços e sapatas de pressão na saída da broca, paraevitar lascamentos nas bordas dos furos.

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7.5 - COLAGEMPor ser um produto derivado da madeira, podemos utilizar os adesivos normal-mente empregados para madeira natural: PVA (cola branca), contato (tipoCascola*), ureiaformaldeído (tipo Cascamite*) e outros.Lembramos que esses adesivos são empregados para colagens no MaDeFibra natu-ral (cru), como revestimentos, colagem de peças entre si e outras. Para revesti-mento do MaDeFibra com lâmina de madeira, Iaminado plástico ou outro revesti-mento, proceda a um lixamento grosseiro na superfície para provocar ranhuras eaumentar a capacidade de aderência. No caso do MaDeFibra FF e MaDeFibra BP

que apresentem suas superfícies revestidas, sendo necessário fazer a colagem de algum detalhe, proceda daseguinte forma:- desgaste o revestimento da chapa para que o adesivo possa atingir o substrato;- lembre-se que pingos ou escorrimentos de cola na superfície acabada devem ser removidos imediatamente imediatamente imediatamente imediatamente imediatamente com umpano limpo;- no caso de PVA e ureiaformaldeído, use um pano umedecido com água;- no caso de cola de contato, use um pano umedecido com gasolina, aguarrás ououtro removedor de cola.

Assim evitam-se manchas e adesões indesejadas entre as peças. Não utilize demaneira nenhuma produtos abrasivos, tais como saponáceos, esponja de aço,Scotch Brite* e outros.

*Marca do fabricante.

7.6 - TORNEARO MaDeFibra pode sofrer torneamento. Para essa operação devemos observar o diâmetro das peças a serem obtidas:

• MENOR que as “espessuras” padrões das chapas - poderemos obter diretamente, torneando o material

• MAIOR que as “espessuras” padrões das chapas - deveremos fazer blocos mediante colagem (cola de madeira à base

de PVA ou U.F.),cuja quantidade de chapas estará ligada ao diâmetro da peça a ser obtida.

A qualidade do torneamento será dada em função da ferramenta de desbaste, rotação do torno e lixamento.

7.7 - FIXAÇÃO COM PARAFUSOSPara fixação de painéis em MaDeFibra, MaDeFibra FF e MaDeFibra BP utilizam-se parafusos especiais, tais quais para

madeira aglomerada (tipo MITTOFIX). São parafusos de haste reta, rosca soberba e com maior espaçamento entre

filetes, que asseguram a fixação adequada ao produto. Antes de colocar o parafuso, fazer pré-furação com diâmetro

igual ao do corpo do parafuso. Preferencialmente fazer fixação nas faces. Quando feita nos topos, guardar umadistância mínima de 50 mm do canto.

CUIDADO. Não utilize parafuso cônico, que épróprio para madeira natural e que provocarárachadura no MaDeFibra.

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7.8 - FIXAÇÃO COM CAVILHASA cavilha pode ser aplicada isoladamente ou em caso de necessidade de reforço na estrutura. Convém utilizá-la em

conjunto com outros dispositivos de fixação. A cola

aplicada à cavilha também funciona como reforço.

Portanto as cavilhas inseridas nos topos das

peças devem sempre receber cola.

LEMBRE-SE que os furos devem estar limpos para

receber as cavilhas, que, recomenda-se, sejam

estriadas. O diâmetro do furo para alojamento deve ser ligeiramente maior, permitindo a colocação manual. A pro-

fundidade da perfuração deve ser de 1 a 2 mm maior que o comprimento da cavilha.

CUIDADO. Cavilhas colocadas com pressão podem causar danos no material (trincas), principalmente nos topos.

7.9 - JUNÇÕESMaDeFibra, pelas suas características, permite qual-

quer tipo de junção, malhete, espiga, macho e fê-

mea, etc. Faça no entanto uma análise sobre os es-

forços que as peças sofrerão para determinar o tipo

de junção; espessura da chapa a ser utilizada, etc.

ATENÇÃO. No caso de espigas é aconselhável que sejam projetadas de maneira a remover a menor quantidade de materialpossível. Agindo assim o “talão” da espiga ficará com mais massa, proporcionando maior resistência à junção.

7.10 - OUTROS DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO

Já amplamente difundidos no mercado para uso

na madeira aglomerada, estes dispositivos são

recomendados também para uso no MaDeFibra.

C o l a r s e m p r e n o t o p o

Macho e fêmea Junta rebaixada Espiga

7.11 - FIXAÇÃO COM PREGOS

Utilize pregos no MaDeFibra somente quando não houver outra alterna-

tiva de fixação. Observe a distância mínima de 25 mm do canto e pre-

gue em forma de cunha, quando a operação for realizada no topo. O

diâmetro do prego não deve ser superior a 2,2 mm. É recomendável o

uso de pregos estriados, para aumentar a aderência à chapa. Não utili-

ze pregos em chapa de espessura menor que 15 mm. Espace os pregos para evitar o efeito cunha e a delaminação.

Dispositivos cilíndricos Dispositivos trapézios Parafuso comporcas cilíndricas

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7.12 - FIXAÇÃO COM GRAMPOSDa mesma forma que os pregos, a utilização com grampos só deve ser feita quando não houver outra forma de fixação.

É importante colocar o grampo de forma angular em relação à borda. Regule o ar do grampeador de tal forma que a

penetração não seja excessiva, danificando a superfície e reduzindo a resistência da chapa.

Grampos com pontas divergentes fixam melhor no material.

7.13 - REVESTIMENTOSCom suas superfícies lisas, MaDeFibra ou MaDeFibra BP 1 Face tornam-se excelentes substratos para qualquer tipo de

revestimento: lâmina de madeira, laminado plástico de alta pressão, PVC, hot-stamping, etc. Recomenda-se para

qualquer tipo de revestimento que a aplicação seja feita em ambas as faces, para obtenção de um painel balanceado,

evitando empenamentos. No caso do revestimento com lâminas de madeira é desejável que o MaDeFibra seja calibra-

do antes da aplicação, evitando assim “comida de lixa” no processo de lixamento do painel, antes do envernizamento.

RECOMENDÁVEL PARA LÂMINA DE MADEIRA EM PRENSA QUENTE

Pressão: 3-6 kgf/m2

Tempo: 2-4 minutos

Temperatura: 70 a 900C

7.14 - PINTURAMaDeFibra pode ser facilmente acabado através de processo de pintura. Sem dúvida alguma, a facilidade que esse

material oferece para essa operação o distingue dos demais painéis derivados de madeira, como o compensado ou o

aglomerado.

7.14.1 - SUPERFíCIESMaDeFibra não apresenta nenhuma dificuldade para ser acabado. As suas faces têm o mesmo, ou até melhor, compor-

tamento que a madeira maciça e não necessitam de preparação prévia.

7.14.2 - BORDAS E ÁREAS USINADASAs áreas usinadas, bordas, rebaixos e relevos devem receber atenção especial, pois as fibras ficam arrepiadas.

Portanto, proceda da seguinte forma:

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7.14.3 - ACABAMENTOInicie sempre pelos topos e partes usinadas, que deverão receber sempre uma demão a mais no fundo do que nas

faces. Esse cuidado se faz necessário para que essas regiões tenham acabamento uniforme, como nas faces.

Em geral as tintas e vernizes encontrados no mercado podem ser empregados no acabamento do MaDeFibra:

• base d’água

• catalisador ácido (SH)

• poliéster

• dois componentes (poliuretano)

• lacas nitrocelulose

CUIDADO.CUIDADO.CUIDADO.CUIDADO.CUIDADO. Determinados solventes utilizados em tintas são capazes de reagir com os componentes químicos que fa-

zem parte da constituição do MaDeFibra, como a resina ureiaformaldeído e a parafina. Antes de proceder ao acaba-

mento, faça um teste numa pequena peça de MaDeFibra. Caso necessário, utilize isolante para evitar reação com a

tinta a ser usada.

ATENÇÃO.ATENÇÃO.ATENÇÃO.ATENÇÃO.ATENÇÃO. 0 isolante não é um fundo, ele impermeabiliza as fibras.

7.14.4 - EQUIPAMENTOSEm função do acabamento desejado e da tinta utilizada não existem restrições quanto aos equipamentos empregados

para aplicações.

• Pistola

• Cortina

• Rolo mecânico

• Rolo manual

• Pincel

aplique uma demão de

fundo, deixe secar e lixe

com lixa grana 320/360

lixe previamente as

regiões usinadas com lixa

grana 220/280

proceda à limpeza do pó

antes de iniciar a pintura

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7.14.5 - ACABAMENTOS ESPECIAIS

O MaDeFibra é perfeitamente indicado para acabamentos especiais, como o patinado, marmorizado e outros.

Para isso basta ter conhecimento das técnicas específicas para sua obtenção.

O MaDeFibra FF usual não é um produto indicado para receber acabamentos posteriores. Sua superfície possui

desmoldantes que não recebem bem envernizamentos. O produto envernizável foi desenvolvido especialmente para

receber vernizes e/ou corantes em sua superfície, que modificarão brilho e/ou cor, personalizando o móvel. Para isso

algumas orientações básicas se fazem necessárias:

a) Escove as peças até o fosqueamento de sua superfície. Essa operação removerá a gordura das mãos deixada

durante o manuseio, pó, partículas de poeira, etc.

b) Vernizes com base poliuretânica ou poliéster apresentam melhores resultados.

c) Para o uso desse produto, consulte o seu fornecedor de tintas ou a Assistência Técnica da Duratex.

7.15 - ACABAMENTO DE TOPOSUtilize fitas de borda, como as de papel resinado e as melamínicas, pintura, envernizamento, lâminas de madeira,

filme de PVC ou tiras de laminado plástico, disponíveis no mercado. Ou, ainda, encabeçamento de madeira, perfis

metálicos e outros tipos compatíveis com o acabamento da peça. Seja qual for o revestimento ou acabamento das

superfícies de MaDeFibra, é indispensável proteger os topos contra a ação da água e da umidade, inclusive as partes

não visíveis.

MADEFIBRA FF ENVERNIZÁVEL

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7.16 - TINGIMENTOO MaDeFibra pode ser tingido, sendo recomendado utilizar sistemas que permitam aplicações conjuntas com produ-

tos tapa-poros (seladores). Essa operação é necessária pois, por se tratar de fibras de madeira, pode ocorrer absorção

diferenciada, o que ocasionará o aparecimento de manchas. Adequações finais de tonalidades são conseguidas

empregando-se vernizes tingidos no acabamento final. Não são recomendados tingidores à base de água, pois pode-

rão causar manchas, principalmente se aplicados diretamente sobre o painel. O uso de pistola de pintura proporciona

melhores resultados.

IMPORTANTE. Em qualquer caso, é sempre aconselhável seguir as recomendações dos fabricantes de tintas.

7.17 - DOBRADIÇAS

Devem ser utilizadas somente dobradiças que permitam fixação na superfície, como as de copo (ou caneca).

CUIDADO. Não é recomendável o uso de dobradiças cuja fixação se dê no topo da chapa, como as de piano, comum,

de chapa, etc.

Page 17: Manual Do Mdf

8 - C Á L C U L O D A F L E C H A E M P R AT E L E I R A S

Os gráficos a seguir poderão ser úteis para dar indicação da flecha em prateleiras, quando submetidas a uma carga

uniformemente distribuída. Por exemplo: prateleiras de estantes.

Para prateleiras de 300 mm de largura (b)e 600 mm entre apoios (L).

Para prateleiras de 300 mm de largura (b)e 1.000 mm entre apoios (L).

MaDeFibra - Módulo de Elasticidade(E)

12 mm = 25.500 kgf/cm2

15 mm = 22.500 kgf/cm2

18 mm = 22.500 kgf/cm2

25 mm = 21.500 kgf/cm2

35 mm = 19.500 kgf/cm2

Obs.: Dividir por 9,81 paratransformar em N/mm2

5.p. L3 x 9,8132. E. b. s3

f = flecha (mm)p = carga distribuída (kg)

L = distância entre apoios (mm)s = espessura da chapa (mm)

E = módulo de elasticidade (N /mm2)b = largura da prateleira (mm)

Base para Cálculo

f=

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9 - L I M P E Z A

Para limpar a superfície do MaDeFibra FF e MaDeFibra BP use uma

flanela limpa e seca ou um pano umedecido com água ou detergen-

te neutro, se necessário. Na remoção de manchas, utilize um pano

umedecido com solução de álcool e água (partes iguais). Nunca use,

porém, produtos abrasivos, como saponáceo, esponja de aço tipo

Scotch Brite* e outros.

1 0 - U S O S E A P L I C A Ç Õ E S

O MaDeFibra, pelas suas características de corte, usinabilidade e facilidade de pintura, constitui-se num produto

adequado a indústrias de transformação, entre elas destacamos as principais:

Esponja abrasiva,lã de aço,

saponáceo líquido,e saponáceo

Água, detergente,álcool, flanela

Construção Civil Indústria Moveleira Brinquedos

Diversos Displays Comunicação Visual

Artes Plásticas

Page 19: Manual Do Mdf

SÃO PAULO Av. Paulista, 1,938-01310-942 Tel.: (0xx11) 3179-7733 - São Paulo - SP

Belo Horizonte Av. Augusto de Lima, 479 - sala 1.907-30190-001 - Tel.: (0xx31) 274-1911 - Belo Horizonte - MG

Fortaleza Av. Santos Dumont, 3.060 - salas 609/611 - 60150-161 - Tel.: (0xx85) 261-4568 - Fortaleza - CE

Curitiba Av. 7 de Setembro, 4.698 - 200º andar - sala 2.004 - 80240-000 - Tel.: (0xx41) 342-6605 - Curitiba - PR

Gravataí Rua Dr. Maurício Cardoso, 148 - 94030-520 - Tel.: (0xx51) 484-8111 - Gravataí - RS