manual· doscircuitos integrados

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novos livros R. G HIBBERD manual· dos circuitos integrados Autor: R. G. Hibberd Título: Manual dos Circuitos Inte- grados Editor: Editorial Presença, Rua Au- gusto Gil, 35-A, 1000 Lisboa Colecção: Manuais Te .... nicos, n.? 11 224 pág., 157 fig., 21 cm X 14 cm Logo no prefácio o autor afirma que o presente livro pretende ser a continuação de outro trabalho seu, que designou «Manual dos Transis- tores», e que a mesma colecção publicou (com o n.? 9). Também tvérnos oportunidade de comentar essa edição portuguesa ( 1), enaltecen- do o interesse da sua leitura, embora - . , com anotaçoes pontuais quanto a tra- dução, sobretudo no que respeita à nomenclatura técnica. Aliás com o mesmo propósito de alertar sobre os inconvenientes do uso de termos me- nos adequados desenvolvemos o tema, nalguns casos mais gritantes (2). A obra que agora tivemos ocasião de ler ofereceu-nos exemplos análogos, que não resistimos a referir breve- mente: além do ..transístor» que di- zemos «transistor» encontra-se o receoso «dreno», que apoiamos na tradução de drain, juntamente com a «porta» para traduzir gale) mas lamentamos a «capacitância» em vez de capacidade eléctrica de um con- densador (valha-nos não se ter dito «capacitor» por condensador) e, ana- logamcnte, a «indutância» surge em lugar de coeficiente de auto-indução ou de indução mútua (que preferi- mos chamar «indutividade», por ra- zões que já expusémos(2)). Claro que estas considerações não retiram valor ao conteúdo do livro. De facto não é vulgar ler descrições sobre a electrónica modema numa linguagem tão simples e tão clara. Neste aspecto está de parabéns o au- tor, mas igualmente merecem apreço os tradutores, Conceição Jardim e Eduardo L. Nogueira, que souberam exprimir na língua portuguesa, com foros de elegância, os pensamentos vertidos cm hngua Inglesa Apenas chamamos a atenção para o uso do infinitivo, defeito sintático infeliz- mente muito frequente Por exemplo, diz-se que «os técnicos de electrónica necessitam agora de pOSSUir conheci- ,.. . mento tecrucos mais vastos, aSSIm como os quadros administrativos são obrigados a terem uma formação de base igualmente mais vasta» (o subli- nhado é nosso, para destacar a con- veniência do infinitivo ter). Na ver- dade, todos os dias nos assaltam semelhantes imperfeições de expres- são, na leitura de jornais. Temos porém em vista a melhor doçura nos modos de transmitir ideias, ainda que científicas, pois defendemos sempre a nobreza da literatura, mesmo cien- tífica: além dos pensamentos que se vertem há que atender à «ecolingua- gem». O conteúdo do livro é deveras in- teressante para quem queira conhecer as tecnologias modernamente desen- volvidas no domínio da electrónica, que permitem espantosas compacta- ções nos equipamentos. Neste as- pecto, dirige-se à engenharia dos materiais, sobretudo no domínio da microelectrónica. Ao mesmo tempo que apresenta as diferentes tecnologias, vai referin- do aplicações concretas que muito facilitam a utilização dos componen- tes integrados. Sem dispensar, obvia- mente, a consulta de catálogos dos fabricantes, os engenheiros de circui- tos electrónicos encontram aqui uma sistematização bastante eficiente, pela visão global com que trata o assunto. No sentido de avaliar essa função globalizante esquematizam-se a se- guir os sucessivos capítulos. Princí- pios básicos dos circuitos integrado : - -,. ,. o que sao, questoes tecruco-econorm- cas, evolução da indústria; tecnologia planar: difusão, crescimento epitaxial, sequência de máscaras; tecnologia de CIrcuitos integrados bipolares: circui- tos monoliticos, elementos individuais (transistores, d i odos, resistências, condensadores); circuitos integrados digitais. análise binária, transistor e famílias lógicas DTL, TTL, ECL; circuitos integrados lineares: elemen- tos (transistores, diodos, resistências, condensadores), pares Darlington, an- dar diferencial, amplificadores, ope- racionais; circuitos integrados 1\1 OS: . -, . transistor, comutaçao, memorias, re- gistos de deslocamento; integração em média (1\ í SI) e larga escala (LSI); exemplos de circuitos inte- grados comerciais: circuitos integra- dos digitais tipos TTL, DTL e ECL de portas separadas, circuitos de por- tas interligadas em flip-flops, regis- tos, contadores binários, somadores e circuitos integrados digitai 1\10S, bem corno integrados normalizado LSI, lineares, para audio e para te- levisão; usos de circuitos integrados: montagem} a p l i c aç õ e s industriais; exemplos práticos da aplicação de circuito integrados lineares: ampli- ficador áudio de 5 W, pré-amplifi- cador estereofónico de alta fidelida- de, amplificador estereofónico de 15 W, amplificador de tensão de precisão, multímetro c.c. de várias escalas, modulador de amplitude, reguladores de tensão; e em apêndice um glossário de abreviaturas. Perante este magnífico programa resta-no chamar a atenção especial para os últimos três capítulo, dada 1f"#. , ,. a sua vocaçao eminentemente prauca, e desejar boa satisfação na leitura. H. D.-R. ELECTRICIDADE 165 - 'Julho, 1981 J ~27

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novos livros

R. G HIBBERD

manual·dos circuitosintegrados

Autor: R. G. HibberdTítulo: Manual dos Circuitos Inte-

gradosEditor: Editorial Presença, Rua Au-

gusto Gil, 35-A, 1000 LisboaColecção: Manuais Te ....nicos, n.? 11224 pág., 157 fig., 21 cm X 14 cm

Logo no prefácio o autor afirmaque o presente livro pretende ser acontinuação de outro trabalho seu,que designou «Manual dos Transis-tores», e que a mesma colecção jápublicou (com o n.? 9). Também játvérnos oportunidade de comentaressa edição portuguesa ( 1), enaltecen-do o interesse da sua leitura, embora- . ,com anotaçoes pontuais quanto a tra-dução, sobretudo no que respeita ànomenclatura técnica. Aliás com omesmo propósito de alertar sobre osinconvenientes do uso de termos me-nos adequados já desenvolvemos otema, nalguns casos mais gritantes (2 ).A obra que agora tivemos ocasião deler ofereceu-nos exemplos análogos,que não resistimos a referir breve-mente: além do ..transístor» que di-zemos «transistor» encontra-se oreceoso «dreno», que apoiamos natradução de drain, juntamente coma «porta» para traduzir gale) maslamentamos a «capacitância» em vez

de capacidade eléctrica de um con-densador (valha-nos não se ter dito«capacitor» por condensador) e, ana-logamcnte, a «indutância» surge emlugar de coeficiente de auto-induçãoou de indução mútua (que preferi-mos chamar «indutividade», por ra-zões que já expusémos(2)).

Claro que estas considerações nãoretiram valor ao conteúdo do livro.De facto não é vulgar ler descriçõessobre a electrónica modema numalinguagem tão simples e tão clara.Neste aspecto está de parabéns o au-tor, mas igualmente merecem apreçoos tradutores, Conceição Jardim eEduardo L. Nogueira, que souberamexprimir na língua portuguesa, comforos de elegância, os pensamentosvertidos cm hngua Inglesa Apenaschamamos a atenção para o uso doinfinitivo, defeito sintático infeliz-mente muito frequente Por exemplo,diz-se que «os técnicos de electrónicanecessitam agora de pOSSUir conheci-,.. .mento tecrucos mais vastos, aSSImcomo os quadros administrativos sãoobrigados a terem uma formação debase igualmente mais vasta» (o subli-nhado é nosso, para destacar a con-veniência do infinitivo ter). Na ver-dade, todos os dias nos assaltamsemelhantes imperfeições de expres-são, na leitura de jornais. Temosporém em vista a melhor doçura nosmodos de transmitir ideias, ainda quecientíficas, pois defendemos semprea nobreza da literatura, mesmo cien-tífica: além dos pensamentos que severtem há que atender à «ecolingua-gem».

O conteúdo do livro é deveras in-teressante para quem queira conheceras tecnologias modernamente desen-volvidas no domínio da electrónica,que permitem espantosas compacta-ções nos equipamentos. Neste as-pecto, dirige-se à engenharia dosmateriais, sobretudo no domínio damicroelectrónica.

Ao mesmo tempo que apresentaas diferentes tecnologias, vai referin-do aplicações concretas que muitofacilitam a utilização dos componen-tes integrados. Sem dispensar, obvia-

mente, a consulta de catálogos dosfabricantes, os engenheiros de circui-tos electrónicos encontram aqui umasistematização bastante eficiente, pelavisão global com que trata o assunto.

No sentido de avaliar essa funçãoglobalizante esquematizam-se a se-guir os sucessivos capítulos. Princí-pios básicos dos circuitos integrado :- -,. ,.o que sao, questoes tecruco-econorm-cas, evolução da indústria; tecnologiaplanar: difusão, crescimento epitaxial,sequência de máscaras; tecnologia deCIrcuitos integrados bipolares: circui-tos monoliticos, elementos individuais(transistores, d io dos, resistências,condensadores); circuitos integradosdigitais. análise binária, transistor efamílias lógicas DTL, TTL, ECL;circuitos integrados lineares: elemen-tos (transistores, diodos, resistências,condensadores), pares Darlington, an-dar diferencial, amplificadores, ope-racionais; circuitos integrados 1\1OS:. -, .transistor, comutaçao, memorias, re-gistos de deslocamento; integraçãoem média (1\ í S I) e larga escala(LSI); exemplos de circuitos inte-grados comerciais: circuitos integra-dos digitais tipos TTL, DTL e ECLde portas separadas, circuitos de por-tas interligadas em flip-flops, regis-tos, contadores binários, somadores ecircuitos integrados digitai 1\10S,bem corno integrados normalizadoLSI, lineares, para audio e para te-levisão; usos de circuitos integrados:montagem} a p l ic aç õ e s industriais;exemplos práticos da aplicação decircuito integrados lineares: ampli-ficador áudio de 5 W, pré-amplifi-cador estereofónico de alta fidelida-de, amplificador estereofónico de15 W, amplificador de tensão deprecisão, multímetro c.c. de váriasescalas, modulador de amplitude,reguladores de tensão; e em apêndiceum glossário de abreviaturas.

Perante este magnífico programaresta-no chamar a atenção especialpara os últimos três capítulo, dada

1f"#. , ,.a sua vocaçao eminentemente prauca,e desejar boa satisfação na leitura.

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lfiS COOISET .AVA~lTAGES0.E LA LUTTE~ONTRE LESOXYQESDE SOUFRE

Título: «Les coüts et avantages deIa lutte contre les oxydes de soufre»

Editor: OCDE180 pág., 22 fig., 24 cm X 15,5 cm

Uma redução de 50 % das errus-sões de óxido de enxofre desde 1981até 1985 permitiria beneficiar de umar mais puro e de reduzir a aciduh-dade das chuvas, mas necessitaria deinvestimentos anuais estimados em4,6 milhares de dólares (valor de1980).

As emissões de enxofre e seus efei-tos são uma das consequências im-portantes para o ambiente, produçãoe utilização da energia. Estas emis-sões, que constituem uma formasignificativa da poluição atmosférica,são transportadas pelo vento alémdas fronteiras nacionais e provocam,sob cenas condições metereológicas,chuvas ácidas que poluem as águasdos lagos. As emissões locais têmefeitos prejudiciais à saúde e na pro-dução agrícola, e deterioram os edi-fícios.

O presente relatório encara trêsperspectivas diferentes, um caso dereferência e outros dois cenários quesupõem graus crescentes de luta con-tra os detritos com enxofre:

- Caso I: nível de referência, quetem em conta as medidas deluta já previstas e provavel-mente operacionais em 1985;

- Caso II: cada país consagraanualmente 0,05 % do seu PIBna luta contra as emissões,

- Caso III: as emissões de SO2

são reduzidas, em 1985, de37 % relativamente aos níveisde 1974 por aplicação de me-lhores técnicas disponíveis. Istosupõe investimentos da ordemde duas vezes os do caso II,sendo calculada a média parao conjunto dos países europeus.

Em relação aos níveis de 1974, asemissões totais seriam aumentadas de21 % em 1985 no caso I e dirmnuí-das de 3 % no caso II. Em 1985 ocaso III estabelece emissões a cercade metade das previstas no caso I.

As emissões assim calculadas per-rrutem estimar a quahdade do ar am-biente e a ordem de grandeza dosdepósitos, através de modelos dedispersão urbana e de transporte agrande distância Isto também pOSSl-bilita avaliar as deposições tantolocais como a grande distância, eainda as chuvas ácidas, por exemplo.

O calculo da concentração atmos-ferica dev Ida às emissões de enxofreé seguido de uma avaliação dos efei-tOS resultantes, expressos pelos cus-tos das perdas, e depois comparadoscom os custos estimados na luta anti-poluição As comparações são feitasna base dos desvios: a diferença entreos custos de luta, por exemplo entreos casos I e II ou III, é comparadacom a diferença correspondente docusto das perdas. Embora a análiseseja baseada nas previsões de produ-ção / consumo de energia feitas em1978 para 1985, a metodologia apre-sentada pela OCDE pode ser apli-cada a novas previsões energéticas

As vantagens anuais do cenário deluta máxima, calculadas do custo deperdas evitadas, corresponderiam aosvalores seguintes

- 936 milhões de dólares, ou seja,4,3 dólares por habitante, paraos materiais de grandes obras eoutros materiais de construçãoexpostos à poluição;

- 214 milhões de dólares, isto é,0,9 dólares por habitante, paraa produção agrícola;

- 33 milhões de dólares, relativosa 2,7 dólares por habitante,para os lagos (na Escandiná-VIa) ;

- pelo menos 580 milhões de dó-lares, correspondentes a 2,5 dó-lares por habitante, para osefeitos na saúde (os benefíciosaqui poderiam ser muito maisImportantes dado o grau deincerteza inerente à análise decustos e benefícios no domínioda saúde).

Estes cálculos exigem hipótesesmuito gerais sobre a natureza e aImportância dos efeitos das emissõesde enxofre, depois de transformarestes efeitos em termos monetáriosPor consequência, se o relatório fazdestacar um equilíbrio aproximado, .entre custos e vantagens, e preCISOconsiderar cuidadosamente os limitesdo estudo antes de tirar conclusões.

Estatística dasinstalacões elécricas..em Portugalano de 1978

Ainda sob a orientação da extintaDirecção-Geral dos Serviços Eléctri-cos, do Ministério da Indústria eEnergia, foi recentemente distribuídaa Estatística das Instalações Eléctri-cas em Portugal (ano de 1978) com-posta por quatro partes repartidaspor três volumes, dos quais recebe-mos o primeiro e o terceiro.

Como sempre tem acontecido des-de há CInquenta anos, o nosso Paíspode orgulhar-se de possuir umaferramenta indispensável aos interes-ados nos problemas da energia eléc-trica em Portugal, por efeito dajusteza dos valores apresentados e doalto nível e CUIdados técnicos quequalificam esta publicação, anual-mente distnbuída

A presente edição refere-se ao anode 1978 e está, portanto, em grandeparte, desactualizada, em termos atéde prejudicar completamente o seuinteresse, especialmente em nossosdias, quando se exige pontualidadeaceitável em tudo quanto se refere a. , .consumos e ongens energencas.

Em nosso entender, essa pontuali-dade da nossa Estatística é qualidadea exigir-se dessa realização estatal deeminente valia técnica; a qual, por simesma e por ser obviamente impres-cindível, determina para o efeito amaior preocupação dos responsáveis.

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exploração, seus meios de produçãoe dos consumos, as partes da Esta-tística que retratam os elementosestruturais das redes eléctricas pode-riam, sem grande inconveniente,adaptar-se a periodicidade trienal,por exemplo, dado que a evolução(obviamente lenta não é exigentede informação mais frequente.

Além da manifesta razão da eco-nomia de gastos com a elaboraçãoda Estatisuca, a duplicidade deopção, quanto à periodicidade, daspublicações facilitará, muito prova-velmenre, a resposta à pontualidade,necessária 111a5 possível, enl relaçãoa capítulos especialmente assim qua-lificados.

Temos) todavia, por certeza a con-vicção de que aos realizadores daEstatística não é acertado exigir-se oimpossível; mas não pensamos que apontualidade estatística, tenha signi-ficado absoluto em relação a todasas matérias abrangidas pela publica-...çao.

Se se estender à área global dosassuntos abrangidos, a periodicidadeanual (tal como tem sido a práticade sempre) tem-se demonstrado in-compatível com a pontualidade mini-mamente requerida.

Parece-nos, pois, que a reestrutu-ração do programa estatístico da Di-recção-Geral da Energia é assuntoque merece ser estudado com visãorealista das necessidades de divulga-ção atempada dos valores publicados.

Pensamos que estas são determinan-tes do concei tO de pontualidade rela-tiva, o qual, por sua vez, abre ocaminho para periodicidades variá-veis segundo a natureza dos mate-riais coligidos.

Antes de mais, observamos que osvalores anuais de conjuntura (produ-ção e consumos ~ precisam de serconhecidos, dentro d, cuno períodoque não exceda o prazo de algunspoucos meses depois do fim do ano.a que rcspeitarn.

N ao pensamos do mesmo modoquanto à pontualidade exigível aquestões estruturais das redes e àgeneralidade dos quadros comparati-. .vos mtcranuars.

Sem prcj uízo da publicação anuale a tempo dos valores coligidos da F. do .4

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