Manual Finanças para não Financeiros
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MANUAL DO CURSO
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
FORMADOR: José Eduardo Barradas Duarte
2013
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
ÍNDICE
1 – O CONTEXTO EMPRESARIAL
ASSUNTOS EM DISCUSSÃO
2 – COMPREENDER O BALANÇO E A DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
CONCEITOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS
NOÇÃO DE PATRIMÓNIO
BALANÇOS
ANÁLISE DE BALANÇOS
AS ORIGENS E APLICAÇÕES DE MEIOS FINANCEIROS À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA
FUNDO DE MANEIO
3 – INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
GASTOS, DESPESAS, PAGAMENTOS E PERDAS
PROVEITOS, RECEITAS, RECEBIMENTOS E GANHOS
ANÁLISE DAS RUBRICAS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
MARGENS
4 – DOMINÍO DOS CUSTOS
CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS
CÁLCULO DOS CUSTOS
CUSTOS DIRECTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS INDIRECTOS DE PRODUÇÃO (CIP)
CUSTOS DE ESTRUTURA FIXA
5 – CONTROLO ORÇAMENTAL E DE GESTÃO
COMPREENSÃO DO PROCESSO ORÇAMENTAL
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE ORÇAMENTO DE EXPLORAÇÃO
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE ORÇAMENTO DE TESOURARIA
INDICADORES DE APOIO À ANÁLISE E À GESTÃO (RÁCIOS)
CASH FLOW
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
1 – O CONTEXTO EMPRESARIAL
ASSUNTOS EM DISCUSSÃO
A – O meio ambiente e a sua conjuntura.
B – Mudança acelerada.
C – Globalização e a globalização dos mercados.
D - Conflitos
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
2 – COMPREENDER O BALANÇO E A DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
NOÇÃO DE PATRIMÓNIO
PATRIMÓNIO é o conjunto dos bens, direitos e obrigações pertencentes a uma
entidade jurídica num determinado momento.
Classificação do Património:
- Património particular ou individual – Conjunto de bens, direitos e
obrigações meramente pessoais.
- Património comercial – Conjunto de bens, direitos e obrigações
directamente relacionados com a actividade do comerciante.
Valor do Património = Bens + Direitos - Obrigações
Valor do Património = Activo – Passivo
Capital Próprio = Activo – Passivo
MASSAS PATRIMONIAIS GERAIS: Activo, Passivo e Capital Próprio
ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO
(Bens e Direitos) Corresponde “àquilo” que lhe resta
depois de pagar o que deve.
PASSIVO
Corresponde “àquilo” que o
comerciante tem. (Obrigações)
Corresponde “àquilo” que o
comerciante deve.
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
MASSAS PATRIMONIAIS PARCIAIS
NO ACTIVO
Activos tangíveis, intangíveis e não corrente (Imobilizado) – Classe que inclui
os bens detidos com continuidade ou permanência
(imobilizações) e que não se destinam a ser vendidos ou
transformados.
Circulante:
Inventários (Existências) – Classe que inclui os bens comercializáveis e
outros.
Contas a Receber (Dívidas de terceiros) – Classe que inclui as dívidas a
receber.
Meios Financeiros Líquidos (Disponibilidades) – Classe que inclui os
depósitos em bancos e o dinheiro em cofre.
NO CAPITAL PRÓPRIO
Capital – valor inicial do património.
Reservas e resultados transitados – lucros retidos dos anos anteriores.
Resultado líquido do exercício – lucro ou prejuízo do exercício.
NO PASSIVO
Contas a pagar (Dívidas a terceiros) – inclui as dívidas a fornecedores, dívidas a
instituições de crédito, entre outras.
ACTIVO
Activos tangiveis, intang. (Imobilizado)
Inventários (Existências)
Contas a receber(Dívidas de terceiros)
Meios financeiros líquidos
(Disponibilidades)
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Contas a pagar (Dívidas a terceiros)
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CASO PRÁTICO
O Sr. António Feliciano, é sócio-gerente da empresa Jotaluz, Lda, que se dedica à
comercialização de electrodomésticos, possuía em 2011/12/31, o seguinte
património:
Elementos
Patrimoniais
Valor
(Euros)
Património
Particular
Património
Comercial B D O
Massas
Gerais
Massas
Parciais
Depósito particular no BPI 1.000,00
Dívida à Electrogomes, Lda 2.000,00
10 televisores 3.600,00
2 secretárias 250,00
Moradia 120.000,00
Dívida de F. Ramos 500,00
20 ferros a vapor 530,00
Balcão do estabelecimento 500,00
Dívida de A. Costa, Lda 1.000,00
Automóvel particular 10.000,00
Empréstimo obtido pela
Jotaluz, Lda no BES 12.500,00
20 Frigoríficos 10.000,00
1 – Assinale no quadro o património particular e o património comercial da
sociedade.
2 – Para o Património Comercial, identifique:
2.1 – Bens, direitos e obrigações.
2.2 – Massas patrimoniais gerais (Activo, Passivo e Capital próprio).
2.3 – Massas patrimoniais parciais.
3 – Determine o valor do Activo, Passivo e Capital Próprio.
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
O Balanço é:
Uma listagem dos bens, direitos e obrigações que constituem o património
da empresa num dado momento;
Um documento de contabilidade que mostra a situação patrimonial da
empresa numa determinada data;
É um elemento de visualização estático – como uma fotografia –
mostrando a situação apenas naquele instante.
O Balanço está dividido em três grandes grupos/naturezas:
- Activo
- Passivo
- Capital Próprio
O Activo – traduz os bens da empresa e os direitos (créditos) que detém sobre
terceiros. As contas são ainda dispostas em subgrupos ordenados por ordem
crescente da sua facilidade em se transformarem em dinheiro.
O Passivo – contém as contas que representam as obrigações (dívidas) da
empresa.
O Capital Próprio, também designado de Situação Líquida – representa o
capital entregue pelos sócios, quer de uma forma explicita (capital social,
prestações suplementares) quer implicitamente, não levantando lucros (reservas
e resultados). O seu valor é igual à diferença entre o Activo e o Passivo. Daí a
referida designação de Situação Líquida, pois, traduz, em abstracto, o valor do
património líquido da empresa.
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CASO PRÁTICO
Através da análise dos balanços da Lisnave – Estaleiros Navais, S. A., em 31 de
Dezembro de 2010 e 2011, complete e interprete o quadro seguinte:
BALANÇO 2011 % 2012 %
Activo não Corrente
Activo CorrenteTotal do Activo 100 100
Capitais Próprios
Capitais AlheiosTotal Capital Próprio+Passivo 100 100
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
AS ORIGENS E APLICAÇÕES DOS MEIOS FINANCEIROS À DISPOSIÇÃO DA
EMPRESA
Numa óptica financeira, podemos dizer que é no Activo que estão aplicados os
meios financeiros de que a empresa dispõe, nomeadamente, nos activos
tangíveis, nos inventários, no financiamento dos clientes e outras contas a
receber, estando ainda parte disponível no banco e caixa.
Ou seja, o Activo corresponde às Aplicações de Fundos.
As Origens de Fundos, são os meios financeiros postos à disposição pelos
sócios – Capital Próprio – e os créditos concedidos à empresa sob a forma de
empréstimo ou de prazo de pagamento das obrigações – Passivo.
Como o balanço nos mostra apenas a situação no momento da sua elaboração,
para avaliarmos os efeitos da actuação da empresa, tanto no passado como no
futuro, convirá comparar as realidades nas datas em análise.
Obtemos desta forma o Mapa das Origens e Aplicações de Fundos.
Este Mapa evidencia os fluxos financeiros dentro da empresa. Não serve,
portanto, para fazer um julgamento preciso sobre ela mas permite compreender e
analisar a sua política de investimento e financiamento.
Vejamos um exemplo.
Comparemos os balanços de dois exercícios consecutivos de uma empresa
comercial (em euros):
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
COMPARAÇÃO DE BALANÇOS / MAPA DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE FUNDOS
RUBRICAS 2011 20122011/2012
ORIGENS APLICAÇÕESACTIVO
Activos Fixos Tangíveis 50.000,00 65.000,00 15.000,00Activos Intangíveis 1.000,00 1.000,00 Activos Financeiros Inventários 10.000,00 7.000,00 3.000,00 Contas a Receber de médio e longo prazo: - Clientes - Outras Contas a Receber Contas a Receber de curto prazo: - Clientes 15.000,00 13.000,00 2.000,00 - Outras Contas a Receber 1.000,00 500,00 500,00 Meios Financeiros Líquidos - Depósitos Bancários 5.000,00 7.000,00 2.000,00 - Caixa 250,00 350,00 100,00Diferimentos
TOTAL DO ACTIVO 82.250,00 93.850,00 CAPITAL PRÓPRIO
Capital Realizado 5.000,00 5.000,00 Prestações Suplementares/Acessórias Reservas 1.000,00 1.000,00 Resultados Transitados 13.300,00 15.300,00 2.000,00 Resultado Líquido do Período 2.000,00 2.500,00 500,00
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 21.300,00 23.800,00 PASSIVO
Provisões Contas a Pagar médio/longo prazo Contas a Pagar curto prazo - Financiamentos Obtidos 30.000,00 40.000,00 10.000,00 - Sócios / Accionistas - Fornecedores 27.950,00 26.800,00 1.150,00 - Estado e Outros Entes Públicos 3.000,00 3.250,00 250,00 - Outras Contas a Pagar Diferimentos
TOTAL DO PASSIVO 60.950,00 70.050,00 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO 82.250,00 93.850,00
TOTAL DAS ORIGENS E APLICAÇÕES 18.250,00 18.250,00
As Origens são constituídas por aumentos das contas do Passivo e do Capital
Próprio e por “desinvestimento” (reduções) das contas do Activo. As Aplicações
o inverso.
CASO PRÁTICO
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
Utilizando os balanços da Lisnave – Estaleiros Navais, S.A., complete e interprete o mapa
seguinte.
COMPARAÇÃO DE BALANÇOS / MAPA DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE FUNDOS
RUBRICAS 2011 20122011/2012
ORIGENS APLICAÇÕESACTIVO
Activos Fixos TangíveisActivos IntangíveisActivos FinanceirosInventáriosContas a Receber de médio e longo prazo: - Clientes - Outras Contas a ReceberContas a Receber de curto prazo: - Clientes - Outras Contas a ReceberMeios Financeiros Líquidos - Depósitos Bancários - CaixaDiferimentos
TOTAL DO ACTIVOCAPITAL PRÓPRIO
Capital RealizadoPrestações Suplementares/AcessóriasReservasResultados TransitadosResultado Líquido do Período
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIOPASSIVO
ProvisõesContas a Pagar médio/longo prazoContas a Pagar curto prazo - Financiamentos Obtidos - Sócios / Accionistas - Fornecedores - Estado e Outros Entes Públicos - Outras Contas a PagarDiferimentos
TOTAL DO PASSIVOTOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO
TOTAL DAS ORIGENS E APLICAÇÕES
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
FUNDO DE MANEIO
O cálculo do Fundo de Maneio e das Necessidades de Fundo de Maneio pode
efectuar-se seguindo o quadro seguinte:
Nº RUBRICAS 2012 2011
1 Capitais Próprios
2 Capitais Alheios estáveis
3 Capitais Permanentes (1+2)
4 Activo não Corrente
5 Fundo de Maneio (3-4)
6 Clientes
7 Inventários
8 Estado e Outros Entes Públicos (a receber)
9 Necessidades Cíclicas (6+7+8)
10 Fornecedores
11 Estado e Outros Entes Públicos (a pagar)
12 Recursos Cíclicos (10+11)
13 Necessidades de Fundo de Maneio (9-12)
14 Tesouraria Líquida (5-13)
Capitais Próprios – representa a situação líquida da empresa.
Capitais Alheios Estáveis – correspondem às dívidas a terceiros de médio e
longo prazo.
Activo não Corrente – são os activos com permanência superior a 1 ano..
13
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CASO PRÁTICO
Utilizando os balanços da Lisnave – Estaleiros Navais, S.A., calcule o Fundo de
Maneio e as Necessidades de Fundo de Maneio.
Nº RUBRICAS 2012 2011
1 Capitais Próprios
2 Capitais Alheios estáveis
3 Capitais Permanentes (1+2)
4 Activo não Corrente
5 Fundo de Maneio (3-4)
6 Clientes
7 Inventários
8 Estado e Outros Entes Públicos (a receber)
9 Necessidades Cíclicas (6+7+8)
10 Fornecedores
11 Estado e Outros Entes Públicos (a pagar)
12 Recursos Cíclicos (10+11)
13 Necessidades de Fundo de Maneio (9-12)
14 Tesouraria Líquida (5-13)
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
3 – INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
A Demonstração de Resultados mostra a formação dos resultados (lucros ou
prejuízos) num determinado período (mês, trimestre, semestre, ano),
normalmente entre dois balanços.
Permite avaliar o desempenho económico, ou seja, a rendibilidade das vendas,
dos capitais investidos, a eficiência global económica.
Ao fazer a síntese dos custos e dos proveitos, homogeneamente agrupados, dá-
nos indicação da proveniência e composição do resultado apurado em cada
exercício.
A Demonstração de Resultados pode ser apresentada por natureza dos custos e
proveitos (mais usual) ou por funções.
GASTOS, DESPESAS, PAGAMENTOS E PERDAS
Gastos
São consumos ou utilizações definitivas de bens ou serviços na actividade da
empresa, visando a obtenção de proveitos.
Por exemplo:
- o consumo de matéria prima é um custo, a sua compra não é;
- as amortizações são custos; a compra dos bens e equipamentos que
lhe dão origem não são custos.
Despesas
São as aquisições de bens e serviços destinados à actividade da empresa.
É um conceito que tem mais a ver com a tesouraria do que com os custos, pois:
- as aquisições têm de ser pagas na data de vencimento das respectivas
facturas;
- o custo só acontece na data e à medida que as aquisições são
consumidas.
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
Pagamentos
São as saídas de meios monetários da empresa.
Perdas
São inutilizações, desaparecimentos ou consumos de bens e serviços assumidos
sem haver contrapartida de proveitos.
Por exemplo, as quebras anormais de existências são perdas e não custos.
PROVEITOS, RECEITAS, RECEBIMENTOS E GANHOS
Proveitos
São as contraprestações positivas da actuação da empresa ao produzir, vender
ou prestar serviços e os rendimentos de aplicações financeiras.
Assim, a produção em curso é um proveito mas não uma receita.
Receitas
São o equivalente, na positiva, das despesas. Correspondem aos direitos a
receber meios monetários em resultado da transmissão de bens ou prestação de
serviços a terceiros.
Recebimentos
São entradas de meios monetários na empresa.
Ganhos
São prestações positivas obtidas sem ter realizado, especificamente, custos para
os conseguir. Por exemplo:
- prémios e benefícios de penalidades contratuais;
- restituição de imposto sobre o rendimento.
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
ANÁLISE DAS RUBRICAS DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
RENDIMENTOS
Vendas – engloba os produtos e mercadorias vendidas, representadas pela
facturação, deduzida do IVA e outros impostos.
Prestação de Serviços – respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam
próprios dos objectivos ou finalidades principais da empresa,
representados pela facturação, deduzida do IVA e outros impostos.
Subsídios à Exploração – verbas concedidas à empresa com a finalidade de
reduzir custos ou aumentar proveito.
Trabalhos para a Própria Empresa – são os trabalhos que a empresa realiza
para si mesma, sob a sua administração directa, aplicando meios
próprios ou adquiridos para o efeito e que se destinam ao seu activo
tangível ou que sejam de repartir por vários exercícios (gastos
diferidos).
Outros Rendimentos e Ganhos – são os proveitos, alheios ao valor
acrescentado, das actividades que não sejam próprias dos objectivos
principais da empresa.
Variações nos Inventários da Produção – apresenta a diferença entre os
inventários finais e os inventários iniciais, de produtos acabados e
trabalhos em curso.
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
GASTOS
Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas – representa a
contrapartida das saídas das existências, por venda ou integração no
processo produtivo. Obtém-se reflectindo ao valor das compras a
variação dos inventários (inventários iniciais – inventários finais) de
mercadorias e/ou matérias primas, subsidiárias e de consumo.
Fornecimentos e Serviços Externos – esta rubrica incorpora os seguintes despesas
efectuadas pela empresa:
Fornecimentos e Serviços Descrição
Subcontratos Compreendem os trabalhos necessários ao processo
produtivo próprio, relativamente aos quais se obteve a
cooperação de outras empresas.
Electricidade Despesas com energia eléctrica.
Combustíveis Gasóleo e gasolina.
Água Despesas com água.
Ferramentas e utensílios
de desgaste rápido
Equipamento desta natureza cuja vida útil não
exceda, em condições de utilização normal, o período
de um ano
Livros e documentação
técnica
Despesas desta natureza.
Material de escritório Refere-se aos materiais de escritório.
Artigos para oferta Custo dos bens adquiridos especificamente para
oferta.
Rendas e alugueres Refere-se à renda de terrenos e edifícios e aluguer de
equipamentos.
Despesas de
representação
Encargos com recepções, refeições, viagens,
passeios e espectáculos, oferecidos no pais ou
estrangeiro, a clientes, fornecedores ou a quaisquer
outras pessoas ou entidades
Comunicação Custo com chamadas dos telefones e telemóveis e
18
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
com correios.
Seguros Seguros a cargo da empresa, com excepção dos
relativos a custos com o pessoal.
Royalties Por conta de Direitos.
Transporte de
mercadorias
Transporte para entrega de mercadorias aos clientes.
Transporte de pessoal Gastos de transporte, com carácter permanente,
destinados à deslocação dos trabalhadores de e para
o local de trabalho.
Deslocações e estadas Gastos com deslocações, alojamento e alimentação
fora do local de trabalho.
Comissões Verbas atribuídas às entidades que, de sua conta,
agenciaram transacções ou serviços.
Honorários Compreende as remunerações atribuídas aos
trabalhadores independentes.
Contencioso e notariado Gastos dessa natureza.
Conservação e reparação Bens e serviços destinados à manutenção dos
elementos do activo imobilizado e que não
provoquem um aumento do seu custo ou da sua
duração.
Publicidade e
propaganda
Gastos dessa natureza.
Limpeza, higiene e
conforto
Gastos dessa natureza.
Vigilância e segurança Gastos dessa natureza.
Trabalhos especializados Serviços técnicos prestados por outras empresas que
a própria empresa não pode superar pelos seus
meios, tais como, serviços informáticos, análises
laboratoriais, trabalhos tipográficos, estudos e
pareceres.
19
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
Gastos com o pessoal – engloba os custos com o pessoal da empresa, tais
como, remunerações dos órgãos sociais e pessoal, encargos sobre
as remunerações, custos relativos a pensões, seguros de acidentes
no trabalho e doenças profissionais, custos de acção social,
indemnizações por despedimento e outros custos directamente
relacionados com o pessoal.
Gastos de Depreciação e Amortização – depreciação dos activos tangíveis e
intangíveis atribuídas ao exercício.
Provisões – consideração de situações a que estejam associados riscos, tais
como, cobranças duvidosas, processos judiciais em curso,
depreciação de existências.
Diversas naturezas de resultados:
- O Resultado Operacional é o que advém da diferença entre os
proveitos e gastos, excluindo os Gastos de Financiamento e Impostos.
- O Resultado Antes de Impostos corresponde à soma do resultado
operacional e os rendimentos financeiros e gastos de financiamento.
- O Resultado Líquido do Período é sempre considerado após a
aplicação do imposto sobre o rendimento.
20
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CASO PRÁTICO
Analise e interprete a Demonstração de Resultados da Lisnave – Estaleiros
Navais,S.A.
21
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
MARGENS
Uma Margem indica a diferença que existe entre os proveitos e os custos, ou
seja:
Margem = Proveitos – Custos
MARGEM BRUTA ANTES DE CIP
Encontramos na Lisnave a designação de Margem Bruta antes de CIP, isto é,
Margem Bruta antes de Custos Indirectos de Produção, que nos indica a
diferença entre os Proveitos e os Custos Directos de Produção, ou seja:
Margem Bruta antes de CIP = Proveitos – Custos Directos de Produção
Isto significa que nesta Margem apenas se consideram os Custos Directos, não
tendo em consideração Custos Indirectos de Produção, Custos de Estrutura, nem
Impostos sobre o Rendimento.
MARGEM BRUTA APÓS CIP
A Margem Bruta após CIP, isto é, a Margem Bruta após Custos Indirectos de
Produção, indica-nos a diferença entre os Proveitos e os Custos Directos e
Indirectos de Produção, ou seja:
Margem Bruta após CIP = Proveitos – (Custos Directos de Produção +
Custos Indirectos de Produção)
22
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
Isto significa que nesta Margem apenas se consideram os Custos Directos e
Indirectos de Produção, não se tendo ainda em consideração Custos de Estrutura
nem Impostos sobre o Rendimento.
MARGEM LÍQUIDA
A Margem Líquida indica-nos a diferença que existe entre a totalidade dos
Proveitos e a totalidade dos Custos, ou seja:
Margem Líquida = Total de Proveitos – Total de Custos
Esta é a margem que nos permite efectivamente verificar o Lucro (ou prejuízo)
obtido.
23
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
4 - DOMÍNIO DOS CUSTOS
Um Custo é a tradução, em moeda, de um consumo físico.
Cada custo tem duas componentes:
- A quantidade de unidades físicas de factores produtivos que foi
consumida. Exemplos: quilos, m³, litros, de materiais; Kwh de energia
eléctrica; horas de mão-de-obra directa.
- O preço unitário de cada um daqueles factores produtivos.
Segundo a sua forma de variação, os custos dividem-se em:
- Custos Variáveis – decorrem dos consumos necessários à produção
e/ou distribuição de cada unidade do produto, variando, por
consequência, directa e quase proporcionalmente com o número de
unidades produzidas e/ou distribuídas.
A sua existência depende, directamente, das quantidades produzidas
ou vendidas.
O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, alguns
fornecimentos e serviços externos, certos impostos e outros custos
operacionais, são exemplos de custos variáveis.
- Custos Fixos – são os que resultam da existência de uma estrutura
que confere à empresa uma dada capacidade produtiva e distributiva e
não dependem do nível de actividade, isto é, a empresa tem sempre de
os suportar não importando a quantidade produzida ou vendida.
São o caso de grande parte das despesas com o pessoal, de alguns
fornecimentos e serviços externos, de impostos, amortizações e outras
despesas operacionais.
São também designados de encargos de estrutura.
24
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CÁLCULO DOS CUSTOS
CUSTOS DIRECTOS DE PRODUÇÃO
Englobam os custos com a mão-de-obra (pessoal) que intervém directamente e
exclusivamente para a produção.
CUSTOS INDIRECTOS DE PRODUÇÃO (CIP)
Também considerados Gastos Gerais de Fabrico, incluem:
- Encargos com pessoal indirecto (mão-de-obra indirecta) – pessoal
que não intervém directamente no fabrico dos produtos: pessoal de
chefia, enquadramento, estudo, preparação do trabalho, conservação,
controle, entre outros.
- Despesas indirectas – as que não incorporam no produtos, como,
energia eléctrica, gases, gasolina, gasóleo, material de soldadura,
material eléctrico, material de protecção, despesas de conservação e
reparação.
CUSTOS DE ESTRUTURA FIXA
Correspondem aos custos fixos da estrutura da empresa e incluem:
- Encargos com pessoal de estrutura – englobam o pessoal dos
departamentos de gestão de projectos, ambiente, prevenção e
segurança, qualidade, comercial, administrativo, aprovisionamento,
sistemas e tecnologias, investimentos, planeamento e administração.
- Despesas fixas – tais como, rendas, alugueres, seguros, serviços
especializados, amortizações e custos financeiros.
25
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CUSTOS DIRECTOS DE PRODUÇÃO
Rate by Hours Unidade: Euros
ENCARGOS COM PESSOAL DIRECTO 17,23 100% 1.991.306
Remunerações Fixas 8,75 51% 1.012.027
Remunerações Variáveis (Trab. Extra,Prolongamento, fins-de-semana, prémios…) 2,20 13% 254.100
Encargos Sociais Obrigatórios (Seguro e Seg. Social) 2,85 17% 329.904
Encargos Sociais Facultativos 3,42 20% 395.275
Refeições 1,37 8% 157.794
Transportes 1,29 7% 149.067
Sagies 0,35 2% 40.176
CUF 0,28 2% 32.500
Outros 0,14 1% 15.739
TOTAL CUSTOS DIRECTOS (euros) 17,23 1.991.306
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CUSTOS INDIRECTOS DE PRODUÇÃO (CIP)
Unidade: Mil
Euros ENCARGOS COM PESSOAL INDIRECTO 4.640SERVIÇOS /1 - Produção 7.129 Energia Electrica 2.220 Subcontratos Mão de Obra Indirecta (LisnaveYards; Randstad, FDA, BVS; ...) 1.385 Aluguer Meios Terrestres Movimentação e Manobras (Sotrapol, Mobilift - empilhadores) 942 Gases (Oxigénio, Acetileno, Propano ...) 703
Cond. Equi. Veiculos Elevação e Transporte (manobras equipamentos) 557 Limpeza Estaleiro (Sotrapol) 392
Coordenação Ferramentaria Central (Tecnospie - Gestão Ferramentaria Central) 182 Prevenção ao Estaleiro (Manobras Docas 20/31/32/33 - fins semana e prolongamentos) 130 Gasóleo (stock) 148 Condução de Centrais (Central entre Docas, CB1 e CB2) 136 Trabalhos Especializados (consultadoria de gestão) 127 Honorários 32 Limpeza Higiene e Conforto (Fatos Macaco) 44 Aluguer Equipamento de Produção (Aluguer Andaimes e Utilização Rede Gases) 26 Contratos & Royalties 25 Material Economato 17 Outros 88 MATERIAIS /1 - Produção 431 Material Soldadura Decapagem e Pintura (Electrodos, ...) 270 Ferramentas e Acessórios para Ferramentas 66 Material Protecção, Prevenção e Laboratório 46 Material Eléctrico e Electrónico (Condutores Eléctricos ...) 16 Elementos de Máquinas, Ferragens, Tubagens e Acessórios (Mangueiras, Flanges ...) 20 Metais Ferrosos e Não Ferrosos (Correntes e Cabos ...) 3 Plásticos, Cortiças, Fibras Texteis, Couros, Borrachas e Vidros 6 Outros 4 OBRAS INTERNAS 250 GESTÃO STOCKS E ARMAZÉNS (Mat+Serv) 274 MANUTENÇÃO (Mat+Serv) 336 CONSERVAÇÃO / 6 3.587 CONSERVAÇÃO / 4 e / 8 336 TOTAL CUSTOS INDIRECTOS PRODUÇÃO 16.983
27
FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CUSTOS ESTRUTURA FIXA
Unidade: Mil Euros
ENCARGOS COM PESSOAL 6.508
(Administração / Dir. Comercial / Dir. Administrativa / Dir. Gestão Projectos /
/ Logistica / Investimentos / Planeamento / Laboratório de Calibração)
SERVIÇOS e MATERIAIS 13.183
Renda (Fixa e Variável) 3.501
Comissões 1.845
Trabalhos Especializados (ROC, Auditores Externos, LisnaveYards...) 1.556
Seguros 1.427
Prestação Serviços Informáticos 918
Estágios e Formação Profissional 411
Subcontratos Funções Complementares (LisnaveYards) 515
Prossegur 429
Aluguer de Viaturas 263
Honorários 253
Limpeza Higiene e Conforto (Limpeza Edificios, Lavagem Fatos Macaco) 251
Desp Representação + Deslocações Estadias e Refeições 205
Publicidade e Marketing 165
Conservação / 6 172
Aluguer de Autocarros de Passageiros (Transportes Internos) 161
Gasolina e Gasóleo 145
Comunicações (Custo Total Estruturas Fixas) 124
Donativos 102
Subcontratos Electricos (Lisnave Internacional, Selinat, LisnaveYards) 102
Aluguer e Rendas para Utilização de Espaços (APSS) 96
Quotizações (AIM, APQ, IPQ) 71
Aluguer Equipamento Administrativo (Ricoh) 69
Materiais 61
Transporte de Pessoal (deslocações pessoal 8H e 20.15 horas) 47
Impostos e Taxas (proteção civil, licença industrial, captação água furos … 51
Portagens 42
Material Economato 34
Livros e Documentação Técnica 33
Transporte de Mercadorias (Estafeta) 24
Outros Serviços 108
OBRAS INTERNAS 209
TOTAL 19.900
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
5 – CONTROLO ORÇAMENTAL E DE GESTÃO
ORÇAMENTO DE TESOURARIA
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
INDICADORES DE APOIO À ANÁLISE E À GESTÃO (RÁCIOS)
Em análise e gestão financeira utiliza-se com frequência uma técnica que consiste
em estabelecer relações entre contas e agrupamentos de contas do Balanço e da
Demonstração de Resultados.
Estas relações têm várias denominações, como, rácios, índices, coeficientes e
indicadores. O termo mais corrente é o de rácio.
Os rácios não são um fim em si mesmos nem dão respostas, são apenas um
instrumento de apoio que permite sintetizar uma grande quantidade de dados e
comparar o desempenho económico e financeiro das empresas e a sua evolução
no tempo. Ou seja, facilita o diagnóstico mas não dá a cura.
Recorrem a este método todas as pessoas que têm responsabilidade de gestão,
os analistas financeiros, os bancos, as sociedades financeiras e as empresas
especializadas na venda de informação comercial e financeira.
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
Apresentam-se alguns rácios de utilização generalizada nas empresas:
RÀCIOS CÁLCULO OBJECTIVO
Rentabilidade Operacional das
Vendas
(Resultados Operacionais / Vendas) Apurar a rentabilidade operacional das
vendas.
Rentabilidade Líquida das
Vendas
(Resultados Líquidos / Vendas) Apurar a rentabilidade líquida das
vendas.
Rentabilidade do Capital Próprio (Resultados Líquidos / Capital
Próprio)
Comparar a rentabilidade do capital
próprio com as taxas bancárias.
Endividamento (Passivo / (Capital Próprio +
Passivo))
Determinar a extensão da utilização de
capital alheio no financiamento das
actividades da empresa.
Solvabilidade (Capital Próprio / Passivo) Avaliar a capacidade da empresa em
solver os seus compromissos.
Liquidez Geral (Activo Corrente / Passivo corrente) Analisar a capacidade da empresa em
fazer face aos compromissos de curto
prazo
Liquidez Reduzida ((Activo Corrente – Inventários) /
Passivo corrente)
Analisa a capacidade da empresa em
fazer face aos compromissos de
curtíssimo prazo
Rotação do Activo (Vendas / Activo) Medir o grau de eficiência na utilização
dos recursos da empresa.
Autonomia Financeira (Capital Próprio / Activo) Avaliar a independência da empresa
face a terceiros.
Autofinanciamento (Resultados Líquidos +
Amortizações + Provisões)
Apurar os recursos financeiros gerados
pela empresa.
Prazo Médio de Recebimentos (Saldo médio de Clientes / (Vendas
+ Prestação de Serviços)) x 365
Apurar o número médio de dias para o
recebimento dos clientes.
Prazo Médio de Pagamentos (Saldo médio de Fornecedores /
Compras) x 365
Apurar o número médio de dias para o
pagamento aos fornecedores.
Prazo Médio de Existências (Saldo médio de Existências / Custo
das existências vendidas) x 365
Apurar o número médio de dias de
permanência das existências em
armazém antes de serem consumidas.
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FINANÇAS PARA NÃO FINANCEIROS
CASO PRÁTICO
Considerando as Demonstrações Financeiras da Lisnave – Estaleiros Navais, S.
A., calcule e interprete os seguintes rácios:
RÀCIOS CÁLCULO VALOR
Rentabilidade Operacional das
Vendas
(Resultados Operacionais / Vendas)
Rentabilidade Líquida das
Vendas
(Resultados Líquidos / Vendas)
Rentabilidade do Capital Próprio (Resultados Líquidos / Capital
Próprio)
Endividamento (Passivo / (Capital Próprio +
Passivo))
Solvabilidade (Capital Próprio / Passivo)
Liquidez Geral (Activo Corrente / Passivo corrente)
Liquidez Reduzida ((Activo Corrente – Inventários) /
Passivo corrente)
Rotação do Activo (Vendas / Activo)
Autonomia Financeira (Capital Próprio / Activo)
Autofinanciamento (Resultados Líquidos +
Amortizações + Provisões)
Prazo Médio de Recebimentos (Saldo médio de Clientes / (Vendas
+ Prestação de Serviços) )x 365
Prazo Médio de Pagamentos (Saldo médio de Fornecedores /
Compras) x 365
Prazo Médio de Existências (Saldo médio de Existências / Custo
das existências vendidas) x 365
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