Manual NIOSH Estrategia Amostragem

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EXPOSIÇÃO PROFISSIONAL MANUAL DE ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM DEPARTAMENTO DE SAÚDE, EDUCAÇÃO E BEM ESTAR DOS EUA Serviço de Saúde Pública Centro de Controle de Doenças Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional

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Manual NIOSH Estrategia Amostragem

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    EXPOSIO PROFISSIONALMANUAL DE ESTRATGIA

    DE AMOSTRAGEM

    DEPARTAMENTO DE SADE, EDUCAO E BEM ESTAR DOS EUA Servio de Sade PblicaCentro de Controle de Doenas Instituto Nacional de Segurana e Sade Ocupacional

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    EXPOSIO PROFISSIONALMANUAL DE ESTRATGIA DE

    AMOSTRAGEM

    NELSON A. LEIDELKENNETH A. BUSCH

    JEREMIAH R. LYNCH

    Com participao deDavid L. Budenaers e Yaakov Bar-Shalom

    Systems Control, Inc.Palo Alto, California 94304

    Contrato NIOSH CDC-99-74-75

    DEPARTAMENTO DE SADE, EDUCAO E BEM ESTAR DOS EUAServio de Sade Pblica

    Centro de Controle de DoenasInstituto Nacional de Segurana e Sade Ocupacional

    Cincinnati, Ohio 45226Janeiro de 1977

    venda na Superintendncia de Documentos, Governo dos EUAEscritrio de Impresso, Washington, D.C. 20402

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    Este manual o quarto relatrio NIOSH orientado para uso de mtodos estatsticos de previso e anlise na rea de higiene industrial. Os trs trabalhos anteriores so:

    Statistical Methods for the Determination of Noncompliance with Occupational Health Standards, Relatrio NIOSH 75-159 (Abril 1975).

    Um relatrio do tipo manual tratando de estatsticas de no conformidade e orientado para o responsvel pela conformidade governamental. O material de apoio e concluses so, no entanto, tambm aplicveis aos em-pregadores e indstria de higienistas industriais. Disponvel por $ 1,30 na Superintendncia de Documentos, Escritrio de Impresso do Governo dos EUA, Washington, DC 20402, conforme GPO # 1733-00062.

    Handbook for Statistical Tests for Evaluating Employee Exposure to Air Contaminants, Relatrio NIOSH 75-147 (Abril 1975).

    Um relatrio de pesquisa, contendo um manual e teoria estatstica para amostragem de nveis de contami-nantes da atmosfera industrial com variveis no tempo. Procedimentos sofisticados so disponibilizados para a montagem de curvas de tendncia para coleta de dados de amostra. Disponvel por $ 3,95 na Superintendncia de Documentos, Escritrio de Impresso do Governo dos EUA, Washington, DC 20402, conforme GPO # 1733-00058.

    Exposure Measurement Action Level and Occupational Environmental Variability, Relatrio NIOSH 76-131 (Dezembro 1975).

    Um relatrio de pesquisa, explicando a necessidade e a base tcnica para um nvel de ao de medio de exposio de um meio padro de sade ocupacional. A teoria estatstica dada para limites de tolerncia nas exposies dirias de TWA. Curvas de risco de funcionrios apresentados mostram a probabilidade varivel (risco), de que pelo menos 5% das mdias de 8 horas dirias de exposio de um funcionrio no medidas vai exceder o padro, dado o fato de que a exposio TWA de 8 horas medida de 1 dia passou a cair abaixo do pa-dro por uma quantidade especificada. Disponvel por $ 1,10 na Superintendncia de Documentos, Escritrio de Impresso do Governo dos EUA, Washington, DC 20402, conforme GPO # 1733-00112-0.

    DHEW Publicao (NIOSHI) No. 77.173

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    PREMBULO

    Um dos passos mais importantes para a reduo do risco de sade comprometida resultante da inalao de substncias txicas a medio e a avaliao da exposio do empregado a estas substncias. A Lei de Segurana e Sade Ocupacional de 1970 reconhece a importncia crtica de medies da exposio dos empregados.

    Seo 6 (b) (7) da Lei exige que as normas de segurana e sade no trabalho promulgadas pela Secretaria do Trabalho, prov o controle ou medio da exposio do empregado nesses locais e, de tal maneira que possa ser necessria para a proteo dos trabalhadores. Seo 8 (c) (3) da Lei direciona regulamentos a ser emitido exigindo que os empregadores mantenham registros precisos de exposio a esses materiais potencialmente txicos que devem ser monitorados nos termos da Seo 6.

    Para proteger a sade dos empregados, as medies de exposio devem ser imparciais, amostras representativas da exposio do empregado. A medio adequada de exposies de empregado requer mais do que um sinal de comprometimento de pessoas, equipamento de amostragem e recursos analticos. Esses recursos no so ilimitados, contudo, e estratgia de amostragem adequada em programas de monitoramento pode produzir o melhor uso dos recursos de medio de exposio.

    Este manual contm os resultados de quase 5 anos de pesquisa estatstica por pessoal empregado e contratado do Instituto Nacional de Segurana e Sade Ocupacional. A medio de exposies e avaliao dos resultados requer o uso de procedimentos estatsticos que levam em conta variaes de concentraes de exposio causados por amostragem, anlise e ambiente. A pesquisa do Instituto forneceu diretrizes para estratgias de amostragem eficientes e avaliao de dados de medio.

    Este manual destinado a ajudar os empregadores a entender melhor o esprito e a inteno da exposio Federal existente e proposta de monitoramento de regulamentos. Ele deve fornecer orientao para o estabelecimento de programas de medio de exposio eficazes para proteger a sade dos trabalhadores.

    John F. Finklea, M.D.Diretor, Instituto Nacional deSegurana e Sade Ocupacional

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    PREFCIO

    Em janeiro de 1974, ns ajudamos na formulao das exigncias iniciais de monitoramento de exposio do trabalhador para projetos de normas de sade ocupacional, sendo em seguida escritas para o National Institute for Occupational Safety and Health - Instituto Nacional conjunto de Segurana e Sade Ocupacional (NIOSH) / Standards Completion Program - Programa de Concluso dos Padres (SCP - PCP) da Occupational Safety and Health Administrations - Administrao de Segurana e Sade Ocupacional (OSHA). Naquela poca, ns reconhecemos a obrigao de colocar disposio dos empregadores e higienistas industriais uma publicao tcnica informativa detalhando a inteno e o propsito dos regulamentos de monitoramento da exposio do empregado indicado. Tambm previmos um manual com recomendaes do NIOSH sobre formas de satisfazer as necessidades com carga mnima para o empregador, proporcionando proteo adequada para os trabalhadores expostos. Este manual destinado a higienistas industriais novos e experientes, bem como profissionais de segurana e funcionrios de conformidade. Este material ir ajud-los a cumprir as seguintes responsabilidades profissionais:

    elaborar planos de amostragem para avaliar a exposio ocupacional a concentraes de substncias qumicas na atmosfera,

    determinar a necessidade para medidas de exposio,

    avaliar dados de medidas de exposio e

    tomar decises relativas ao necessria pelas normas federais, como a 29 CFR 1910 Subparte Z.

    Um contrato (NIOSH n CDC-99-74-45) foi disponibilizado para a Systems Control Inc.

    (SCI) desenvolver tal manual. O Manual de Campo Final da SCI (#SCI 5119-2) foi distribudo em Maio de 1975. O presente manual uma consequncia do manual da SCI e incorpora idias e opinies recebidas de revisores externos. Este manual tambm tenta responder a perguntas adicionais que os autores receberam no ltimo ano relativas aos pontos de inteno tcnica e efeitos dos requisitos propostos de monitoramento. Tenha em mente que a maioria dos elementos do nosso protocolo estatstico do Captulo 4 foram projetados para uso de no-estatsticos, e s vezes fomos obrigados a trocar comandos ou eficincias estatsticas para simplificar. Alm disso, os procedimentos estatsticos dados no so de natureza reguladora. Eles so recomendaes tcnicas da NIOSH para ajudar os empregadores no desenvolvimento de programas de monitoramento eficientes e na tomada de decises melhores sobre os resultados das medidas de exposio do empregado.

    O empregador bem intencionado desejar utilizar esses procedimentos para a proteo adicional que ir custear aos empregados. possvel desenvolver estratgias alternativas de amostragem e procedimentos de deciso, ou ambos, que oferecem proteo igual ou maior para os funcionrios. Os autores gostariam de receber mais pesquisas nesta rea.

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    Espera-se que esta apenas a primeira edio deste manual. Os testes de campo de um projeto de Manual teriam sido mais desejveis antes de este manual ter sido lanado, mas acreditamos que os interesses da sade ocupacional esto melhor servidos por uma liberao oportuna de informaes. Solicitamos seus comentrios e idias a respeito de como este manual pode ser melhorado, especialmente no que diz respeito a tornar-se um guia prtico e til para o pessoal de campo. Nossos objetivos foram a simplicidade, a utilidade e a objetividade.

    N.A.L., K.A.B. e J.R.L.

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    RESUMO

    A inteno e o propsito dos requisitos para monitorar a exposio de empregados so explicados, neste manual, aos empregadores. Estes requisitos foram propostos em projetos de normas de sade ocupacional, escritos para o Programa de Concluso de Padres Normas do Instituto Nacional de Sade e Segurana Ocu-pacional (NIOSH) juntamente com a Administrao de Segurana e Sade Ocupacional. As recomendaes tcnicas do NIOSH so fornecidas com formas de satisfazer as necessidades com carga mnima para o empre-gador, proporcionando proteo adequada para os trabalhadores expostos. Estratgias de amostragem estats-tica so fornecidas para ajudar os empregadores no desenvolvimento de programas eficientes para monitorar exposies ocupacionais a concentraes de substncias qumicas.

    Os mtodos de anlise de dados ajudam na tomada de melhores decises quanto relao entre os resultados da medida exposio do empregado e os padres de exposio segura. Os critrios de deciso se baseiam em pressupostos de modelos de distribuio normal e log normal para erros de amostragem/anlises e para flutu-aes ambientais, respectivamente. O manual tambm aborda os temas da higiene industrial, como a determi-nao da necessidade de medidas de exposio, manuteno de registros, bem como a natureza de sintomas e efeitos de agentes txicos. Estratgias de amostragem abrangem a seleo dos sujeitos, bem como tempos de amostragem.

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    NDICEPrembulo ..................................................................................................................................................iiiPrefcio ....................................................................................................................................................... vResumo .....................................................................................................................................................viiAgradecimentos .......................................................................................................................................xiiiGlossrio* ................................................................................................................................................. xv0. Introduo ............................................................................................................................................ 1

    0.1 ..Escopo do manual ......................................................................................................................... 10.2 ..Como utilizar este manual ............................................................................................................ 1

    1. Contexto do monitoramento da exposio de empregados na atmosfera ocupacional ........................ 51.1 ..Lei de segurana e sade ocupacional de 1970 ............................................................................ 51.2 ..Padres federais de sade e segurana ocupacional (29 cfr 1910, subparte z) ............................. 61.3 ..Valores limite (tlvs) da acgih ........................................................................................................ 71.4 ..Padres de sade propostos pela osha .......................................................................................... 81.5 ..Estatstica e medidas de exposio ocupacional ........................................................................... 91.6 ..Estatstica e observncia de conformidade ................................................................................. 15

    2. Determinao da necessidade para medies de exposio ............................................................... 192.1 ..Estados fsicos dos contaminantes ambientais ocupacionais...................................................... 19

    2.1.1 Gases ................................................................................................................................. 192.1.2 Vapores ............................................................................................................................. 192.1.3 P ....................................................................................................................................... 192.1.4 Fumos ................................................................................................................................ 202.1.5 Nvoas ............................................................................................................................... 20

    2.2 ..Classificao fisiolgica dos efeitos txicos ............................................................................... 202.2.1 Agentes irritantes ............................................................................................................... 202.2.2 Asfixiantes ......................................................................................................................... 202.2.3 Anestsicos e narcticos .................................................................................................... 202.2.4 Venenos sistmicos ............................................................................................................ 202.2.5 Carcingenos qumicos ..................................................................................................... 202.2.6 Agentes causadores de fibrose pulmonar .......................................................................... 202.2.7 Teratognicos qumicos ..................................................................................................... 21

    2.3 ..Rota de entrada e taxa de exposio ........................................................................................... 212.4 ..Avaliao do material no local de trabalho ................................................................................. 212.5 ..Processo de operaes como fonte de contaminantes ................................................................ 242.6 ..Observaes no local de trabalho ............................................................................................... 242.7 ..Clculo de concentraes de possvel exposio........................................................................ 282.8 ..Queixas ou sintomas de empregados .......................................................................................... 302.9 ..Relatrio de determinao ocupacional ambiental ..................................................................... 30

    3. Estratgias de amostragem para medio de exposio ..................................................................... 333.1 ..Seleo de empregado ou empregados para amostragem........................................................... 33

    3.1.1 Selecionando o(s) empregado(s) com risco mximo ....................................................... 333.1.2 Amostragem aleatria de um grupo de homogneo de trabalhadores de risco ................. 343.1.3 Seleo de empregados para o programa de monitoramento de exposio peridica ...... 35

    3.2 ..Amostras pessoal, de zona de respirao e do ar ambiente ....................................................... 373.3 ..Estratgias de medio de exposio .......................................................................................... 37

    3.3.1 Perodo total de medio de amostra nica ...................................................................... 373.3.2 Medidas de amostras consecutivas em intervalo total ...................................................... 393.3.3 Medidas de amostras consecutivas em intervalo parcial ................................................... 393.3.4 Medio de amostragem aleatria ..................................................................................... 39

    3.4 ..Medies de exposio para um padro twa de 8 horas ............................................................. 393.5 ..Medies de exposio para um limite mximo padro. ............................................................ 42

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    3.6 ..Registrando resultados de amostras de medio de exposio ................................................... 433.7 ..Intervalo entre dias monitorados ................................................................................................ 453.8 ..Trmino do monitoramento de exposies ................................................................................. 453.9 ..Estratgia de amostragem para empregados que no trabalham frequentemente com

    substncias perigosas ................................................................................................................. 454. Anlise estatstica de resultados de amostras para medio de exposio ........................................ 47

    4.1 ..Limites do intervalo de confiana ............................................................................................... 474.2 ..Classificao de exposio

    para um padro de twa de 8 horas .............................................................................................. 494.2.1 Perodo total de medio de amostra nica ....................................................................... 494.2.2 Medidas de amostras consecutivas em intervalo completo e medidas de amostras

    consecutivas em intervalo parcial ..................................................................................... 514.2.3 Medio de amostragem aleatria, amostra pequena (menos que 30 amostras

    durante o perodo adequado para padronizao) ............................................................... 554.2 .. ................................................................................................................................................... 61

    4.2.4 Medio de amostragem aleatria, amostra grande (mais que 30 amostras durante o perodo adequado para padronizao) ............................................................................... 61

    4.3 ..Classificao da exposio para um limite mximo padro ....................................................... 634.3.1 Classificao com base em amostras de medio ............................................................. 634.3.2 Classificao com base em perodos sem amostragem ..................................................... 64

    4.4 ..Clculo da mdia geomtrica de exposio de longo prazo e uso da probabilidade de no-conformidade quando decidir instalar controles de engenharia ................................................. 65

    APNDICE TCNICO

    A. Clculo de tamanho amostral para um subgrupo de risco mximo a partir de um grupo homogneo de alto risco .................................................................................................................... 71

    B. Variao de exposio em grupos de trabalhadores com risco semelhante de exposio esperada .. 73C. A inadequao do monitoramento geral do ar (rea) para a medio de exposies de empregados 75D. Coeficientes de variao e requisitos de acurcia para amostragem de higiene industrial e

    mtodos analticos .............................................................................................................................. 78E. Efeitos gerais do tamanho da amostra nos requisitos para demonstrao de conformidade e

    no-conformidade .............................................................................................................................. 82F. Seleo de perodos de amostragem aleatria durante um turno de 8 horas de trabalho ................... 88G. Correes de temperatura e presso de volumes de amostras da higiene industrial e clculo de

    concentraes (ppm) .......................................................................................................................... 90H. Clculo da exposio mdia ponderada pelo tempo (twa) ................................................................. 95I. Grficos de probabilidade log normal de dados de exposio de medio e mdias de exposio ... 97J. Limites de confiana e nveis de confiana e como afetam o risco do empregado e do

    empregador....................................................................................................................................... 106K. Teoria da deciso estatstica para limites mximos de medies de exposio ............................... 115L. A necessidade de um nvel de ao para medio de exposio ocupacional* ............................... 118M. Distribuies normal e log-normal da frequncia ............................................................................ 122N. Critrios para selecionar e empregar um consultor de higiene industrial ........................................ 128

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    FIGURASCaptulo 1

    Figura 1.1. Estratgia de determinao e medio da exposio de empregados, recomendada pela NIOSH.. .........................................................................................................................11

    Figura 1.2. Dados reais de higiene industrial mostrando flutuaes ambientais intra-dirias. A faixa dos dados de monxido de carbono, no grfico, entre 0 e 100 ppm .........................14

    Captulo 2Figura 2.1. O tamanho dos contaminantes do ar. (Grfico reproduzido por cortesia da Mine Safe-

    ty Appliances Company.) ......................................................................................................22Figura 2.2. Planilha de Dados de Segurana do Material; Formulrio OSHA-20. .................................23Figura 2.3. Formulrio NIOSH proposto, Ficha de Segurana de Material. ...........................................25Figura 2.3. Formulrio NIOSH proposto, Material Ficha de Dados de Segurana (cont.). ....................26

    Captulo 3Figura 3.1. Quadro de referncia dos tipos de medies de exposio que poderiam ser tomadas

    para um padro de exposio mdia de 8 horas. ...................................................................38Figura 3.2 Registro de medio de exposio do empregado ................................................................44

    Captulo 4Figura 4.1. Exemplo de LCI e LCS unilaterais. ......................................................................................48Figura 4.2. Classificao de acordo com limites de confiana unilaterais. ............................................48Figure 4.3. Grfico de classificao mdia de medio de amostra aleatria. ........................................58Figura 4.4. Grfico de classificao de amostragem aleatria para exemplo da seo 4.2.3. .................59Figura 4.5. Grfico estimativo para X*/STD. .........................................................................................60

    TABELASCaptulo 1

    Tabela 1.1. Regulamentos propostos pela OSHA e sees deste manual que a elas se referem .............10Tabela 1.2. Populaes amostrais de exposio ocupacional ..................................................................12

    Captulo 2Tabela 2.1 Operaes potencialmente perigosas e contaminantes do ar ...................................................27

    Captulo 3Tabela 3.1. Tamanho de amostra parcial para os mais altos 10% e confiana de 0,90 ............................35Tabela 3.2. Tabela de nmeros aleatrios para amostragem parcial* ......................................................36

    Captulo 4Tabela 4.1. Sistema de classificao para exposio de empregados a contaminantes ...........................48Tabela 4.2. Tabela para clculo de porcentagem de rea na extremidade de uma distribuio nor-

    mal acumulada* ....................................................................................................................66

    FIGURAS E TABELAS NOS APNDICES TCNICOSApndice A

    Tabela A-1. Tamanho amostral para os 10% mais altos e confiana de 0,90 .............................................72Tabela A-2. Tamanho amostral para os 10% mais altos e confiana de 0,95 .............................................72Tabela A-3. Tamanho amostral para os 20% mais altos e confiana de 0,90 .............................................72Tabela A-4. Tamanho amostral para os 20% mais altos e confiana de 0,95 .............................................72

    Apndice BTabela B-1. Nveis superiores de exposio em uma distribuio do tipo log-normal ..............................74Figura B-1. Distribuio log-normal de exposio para um grupo de trabalhadores com exposio

    esperada semelhante. As linhas servem para diferenciar desvios padro geomtricos. .........74

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    Apndice DTabela D-1. Coeficientes totais de variao para alguns procedimentos especficos de amostragem /

    anlise do niosh .......................................................................................................................79Tabela D-2. Coeficientes gerais de variao para alguns procedimentos de amostragem / de anlise ......81

    Apndice EFigura E-1. Efeito do tamanho de amostra consecutiva de perodo total sobre a demonstrao de

    conformidade quando o poder de teste 50%. ......................................................................83Figura E-2. Efeito do tamanho da amostra aleatria sobre a demonstrao de conformidade. .................84Figura E-3. Efeito do tamanho de amostra consecutiva de perodo total sobre a demonstrao de

    no-conformidade quando o poder de teste 50%. ................................................................85Figura E-4. Efeito do tamanho da amostra aleatria sobre a demonstrao de no-conformidade.

    Trs diferentes desvios padro geomtricos (DPG) de dados refletem a quantidade de variao intradiria no ambiente. ............................................................................................86

    Figura E-5. Efeito de amostras consecutivas em intervalo parcial e tempo total envolvido por todas as amostras, sobre a demonstrao de no-conformidade, quando o poder de teste 50%. ..87

    Apndice FTabela F-1. Uso de uma tabela de nmeros aleatrios para a seleo de perodos de amostragem

    aleatria* ................................................................................................................................89

    Apndice GTabela G-1. Presso atmosfrica absoluta mdia .......................................................................................91Figura G-1. Nomograma relacionando mg/m3 com ppm. .........................................................................92

    Apndice IFigura I-1. Folha de probabilidade log normal - 2 ciclos. .........................................................................98Figura I-2. Folha de probabilidade log normal - 3 ciclos. .........................................................................99Tabela I-1. Plotar posies para folha de probabilidade normal .............................................................100Figura 1-3 Interpretao dos dados plotados em folha de probabilidade log normal ..............................102Figura I-4. Distribuio de medio de fluoreto de hidrognio. ..............................................................104Figura 1-5 Distribuio da mdia de exposio MMA na classificao mix men. .................................105

    Apndice JFigura J-1. Distribuio amostral prevista de amostras nicas simultneas, de 8 horas, coletadas

    de um empregado com mdia de exposio real () de 80 ppm. .........................................107Figura J-2. Curva da funo potncia (FP) para um Teste de Empregador, unilateral (nvel de risco

    5%), utilizado para garantir a conformidade ........................................................................ 111Figura J-3. Curva da funo potncia (FP) para um Teste de Responsvel pela Conformidade,

    unilateral (nvel de risco 5%), utilizado para detectar no-conformidade. ...........................112Figura J-4. Curva da funo potncia (FP) para um Teste de Responsvel pela Conformidade,

    unilateral (nvel de risco 1%), utilizado para detectar no-conformidade ............................113Figura J-5. Curva da funo potncia (FP) para um Teste de Empregador, unilateral (nvel de

    risco 5%), utilizado para garantir a conformidade, conforme mostram as sees 4.2.1 e 4.2.2. Calculado para mtodo de amostragem/anlise com CVT=0,05 (acurcia de aproximadamente 10% em nvel de confiana de 95%). ...................................................114

    Figura J-6. Curva da funo potncia (FP) para um Teste de Responsvel pela Conformidade, unilateral (nvel de risco 5%), utilizado para detectar no-conformidade ............................114

    Apndice LTabela L-1. Comparao entre programa de controle de qualidade e programa de monitoramento

    de exposio de empregados ................................................................................................120Figura L-1. Curvas de risco de superexposio para uma medio do TWA da exposio por 8 horas. .120

    Apndice MFigura M-1 Distribuies log-normal e normal com mesmos mdia aritmtica e desvio-padro. ..........123Figura M-2 Distribuies log-normal para mdia aritmtica da concentrao de 10 ppm. .....................124Tabela M-1 relaes de converso entre parmetros logartmicos e parmetros aritmticos de uma

    distribuio log-normal .........................................................................................................125

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    AGRADECIMENTOS

    Os autores agradecem a muitas pessoas por cartas, comentrios, ideias e crticas construtivas. Nem todos po-dem ser individualmente agradecidos, e esta a oportunidade de distribuir a gratido pelo interesse e pelas con-tribuies. Um agradecimento especial s seguintes pessoas pelo tempo que levaram na reviso do Relatrio SCI n 5119-2, pelas observaes por escrito que tiveram grande influncia sobre a elaborao deste manual:

    Howard E. Ayer Universidade de CincinattiAcheson J. Duncan Universidade Johns HopkinsJohn W. Garis Kemper Insurance Co.William Heitbrink NIOSHJ. Stuart Hunter Universidade PrincetonJohn Morrison NIOSHMaurice Oberg LFE Environmental Corp.Bernard Saltzman Universidade de CincinattiWilliam Todd NIOSH

    Agradecimentos especiais tambm aos seguintes pelos comentrios detalhados na verso preliminar deste manual:

    Jeanne Burg NIOSHLorice Ede NIOSHWilliam Kelley NIOSHHoward Ludwig NIOSHRay Maxson Dow CorningGregory Socha Dow Qumica dos Estados UnidosDavid Taylor NIOSHFloyd Van Atta Faculdade de QuinnipiacWilliam Todd NIOSH

    No pudemos aceitar todas as sugestes. As recomendaes finais e quaisquer erros so de responsabilidade dos autores.

    Agradecemos ao Sr. Joe Lipera pela preparao do material em que partes dos Captulos 1 e 2 se baseiam. O Sr. August Lauman contribuiu com a apresentao das ilustraes. Nossos agradecimentos muito especiais s Sra. Patricia Zehnder e Evelyn Jones pela pacincia, muitas contribuies e ampla ajuda na preparao do manuscrito para publicao; Marion Curry e Tom Davis so responsveis pela edio do manuscrito e o acom-panharem at a publicao.

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    GLOSSRIO*

    NA Nvel de ao segundo o regulamento 29 CFR 1910 Subparte Z.

    CFR Code of Federal Regulations (Cdigo de Regulamentos Federais).

    CSTD Limite mximo padro para exposio da sade ocupacional do empregado, como os Padres Federais 29 CFR 1910 Subparte Z.

    CVCoeficiente de variao, uma medida de disperso relativa, tambm conhecido como desvio-padro relativo (DPR). O CV da amostra calculado dividindo-se o desvio-padro pela mdia de amostras. Discutido no Apndice Tcnico D.

    MG Mdia geomtrica, medida de tendncia central para uma distribuio log-normal. Utilizada na seo 4.4 e discutida no Apndice Tcnico M.

    DPG Desvio-padro geomtrico, medida da disperso relativa (variabilidade) da distribuio log-normal. Utilizada na seo 4.4 e discutida no Apndice Tcnico M.

    K Nmero de perodos no amostrados de exposio elevada esperada. Utilizado na seo 4.3.2.

    ICI Intervalo de confiana inferior, sobre uma mdia de exposio aferida. A menos que especificado de outra forma, o ICI de 95% (unilateral) do nvel de confiana.

    ICI (90%) LCI em um nvel de confiana de 90% (unilateral).

    n Tamanho amostral, isto , nmero de amostras ou dias sendo analisados.

    Pc Probabilidade de conformidade com um CSTD para todos os perodos K no amostrados. Utilizado na seo 4.3.2.

    Pn Estimativa de longo prazo (vrios dias) da probabilidade de no-conformidade para um empregado. Calculada na seo 4.4.

    LEA Limite de exposio admissvel, segundo o regulamento federal 29 CFR 1910 Subparte Z.

    s Desvio-padro de n valores de y. Varivel de classificao utilizada na seo 4.2.3.

    S Desvio-padro dos n valores de Y1 Calculado nas sees 4.2.3, 4.3 e 4.4.

    STD Padro para MPT da exposio, como os Padres federais 29 CFR 1910.1000. Tambm conhecido como "limite ou nvel de exposio admissvel" (LEA).

    TLV Valor limite, termo criado pela ACGIH. Consulte a seo 1.3.

    TWA Mdia ponderada da concentrao de exposio pelo tempo. Consulte o Apndice Tcnico H para obter detalhes de clculo.

    LCS Limite de confiana superior, sobre uma mdia de exposio aferida. A menos que especificado de outra forma, o LCI de 95% (unilateral) do nvel de confiana.

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    GLOSSRIO*

    LCS (99%) LCS em um nvel de confiana de 90% (unilateral).

    x Concentrao da amostra do perodo total padronizado calculada pela diviso do valor de X pelo STD ou CSTD, ou seja, x = X/STD ou x = X/CSTD.

    x1Concentrao da amostra padronizada calculada pela diviso de X1 da concentrao da amostra ih pelo STD ou CSTD ou X1 = X1/STD ou X1 = X1/CSTD.

    X1Medio de amostra de perodo total (mdia de exposio de uma amostra de perodo completo cumulativo).

    X* / STD Concentrao de exposio calculada a partir da i amostra dentro de um grupo de n amostras (i = 1, n).

    y1Melhor estimativa da concentrao mdia de exposio calculada a partir de amostras aleatrias. Calculada na seo 4.2.3.

    y Melhor estimativa da mdia de exposio padronizada calculada a partir de amostras aleatrias. Calculada na seo 4.2.3.

    Y1Logaritmo em base 10 da concentrao padronizada de amostras. Calculado na seo 4.2.3, y, = log10 (X1).

    Y Mdia aritmtica de n valores de y,. Varivel de classificao utilizada na seo 4.2.3.

    Y1Logaritmo10 da mdia diria de exposio medida e padronizada. Calculado na seo 4.4 [Y, = log10 (X1 ou X1 ou (X* /STD) 1).

    Y Mdia aritmtica de valores de logaritmos (Y1). Calculadana seo 4.4.

    z Varivel normal padro utilizada no Captulo 4 para calcular probabilidades a partir da Tabela 4.2.

    Probabilidade de no-conformidade com um CSTD em um intervalo no amostrado. Utilizado na seo 4.3.2.

    Concentrao real da mdia ponderada pelo tempo.

    *Quando no texto um registro est em itlico, ele representa uma varivel de uma equao.

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    INTRODUO

    A Associao Americana de Higiene Industrial (AIHA) definiu "Higiene Industrial" como "a cin-cia e a arte dedicada a reconhecimento, avaliao e controle dos fatores ou presses ambientais origin-rios do ou no local de trabalho, que podem resultar em doenas, debilitao da sade e do bem estar, ou desconforto significativo e ineficincia entre os trabalhadores ou cidados da comunidade." Os dois elementos importantes para a proteo da sade dos empregados no ambiente ocupacional so o reconhe-cimento e a avaliao da exposio destes a produtos qumicos txicos presentes no ar. Este Manual apre-senta informaes que um empregador ou seu repre-sentante podem utilizar para reconhecer substncias txicas presentes no ambiente ocupacional, alm de auxiliar na avaliao das exposies do empregado a tais substncias.

    A avaliao adequada das exposies de empre-gados precisa de medidas quantitativas vlidas de exposio, interpretando-as luz da experincia e exercendo o julgamento profissional. As orientaes de estratgias de amostragem do Captulo 3 e os pro-cedimentos de anlise estatstica do Captulo 4 so ferramentas que ajudam os indivduos responsveis pela proteo da sade dos trabalhadores a projetar e implementar programas de monitoramento de ex-posio ocupacional. Os procedimentos so meios para um fim, no um fim neles mesmos. EM TODO CASO, DEVE-SE EVITAR CAIR NA ARMADI-LHA DO JOGO DOS NMEROS E MANTER EM PERSPECTIVA O QUE OS DADOS REPRESEN-TAM EM RELAO AO QU O TRABALHA-DOR EST EXPOSTO. As sees seguintes deta-lham as responsabilidades legais propostas e atuais, dos empregadores, quanto ao monitoramento da ex-posio dos empregados. O objetivo desde Manual auxiliar o empregador a cumprir sua responsabilidade de fornecer um ambiente de trabalho seguro ao im-plantar um programa de monitoramento de exposio em conformidade. Os requisitos de monitoramento de exposio de empregados propostos pela Occu-pational Safety and Health Administration (OSHA), pormenorizados na Seo 1.4, foram desenvolvidos

    a partir do duplo princpio de reconhecimento e ava-liao de exposies perigosas que os higienistas in-dustriais seguiram por muitos anos. Dessa forma, a organizao deste Manual obedece tanto a sequncia dos requisitos propostos pela OSHA quanto os est-gios que um higienista industrial seguiria ao avaliar um ambiente ocupacional.

    0.1 ESCOPO DO MANUAL

    As estratgias de amostragem e os mtodos estats-ticos deste Manual se aplicam especificamente s ex-posies ocupacionais a concentrao de substncias qumicas em suspenso (como poeira, fumos, nvoas, gases e vapores). A aplicao de modelos de distri-buio normal e log-normal para medidas de con-centrao de exposio ocupacional foi detalhada em trabalhos anteriores de Leidel e Busch (0-1) e Leidel, Busch e Crouse (0-2), e discutida no Apndice Tc-nico M. A aplicabilidade desses mtodos para dados de exposio de agentes fsicos como rudo e calor desconhecida no momento devido falta de conheci-mento de modelos de distribuio apropriados para tais tipos de dados. Entretanto, descobriu-se que as distribuies normal e log-normal so apropriadas para os dados em questo, ento os mtodos deste manual poderiam ser utilizados conforme apropria-dos. Para os interessados em exposies ocupacionais a radiao em minas, Misaqi (0-3) possui um exce-lente manual de amostragem e anlise de dados para esse tipo de situao.

    0.2 COMO UTILIZAR ESTE MANUAL

    A lista abaixo corresponde a um guia geral para o tipo de questes que voc deve fazer ao formular um programa de monitoramento de conformidade, e as sees do Manual que se remetem a elas. Consulte tambm o material da seo 1.4, especialmente o flu-xograma da Figura 1.1.

    1-1 Lembre-se que os procedimentos recomen-dados, especialmente os procedimentos do Captulo 4, vo alm dos requisitos legais mn-imos, correntes e propostos.

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    REFERNCIAS

    0-1. Leidel, N. A. e K. A. Busch. Statistical Methods for the Determination of Noncompliance with Occupational Health Standards. Editora NIOSH Technical Information, HEW. No. (NIOSH) 75-159, Cincinnati, Ohio 45226, Abril de 1975.

    0-2. Leidel, N. A., K. A. Busch e W. E. Crouse. Expo-

    sure Measurement Action Level and Occupatio-nal Environmental Variability. Editora NIOSH Technical Information, HEW. N (NIOSH) 76-131, Cincinnati, Ohio 45226, Abril de 1975.

    0-3. Misaqi, F. L.. Application of Statistics to Ra-diation Surveys in Mines. Mining Enforcement and Safety Administration Informational Report 1020, Washington.

    Lista para o Monitoramento da Exposio de Empregados

    Item Referente a

    1. H material txico ou perigoso no local de trabalho, que pode ser liberado no ar local?

    Sim... No... Cap. 2

    2. Se sim, voc fez uma resoluo por escrito para cada material txico, que indica que qualquer funcionrio pode estar exposto a concentraes de cada material na atmosfera? Sim... No...

    Cap. 2

    3. Se sim, a resoluo por escrito inclui minimamente o seguinte:a. Informaes, observaes ou clculos que indicariam a exposio

    do empregado? Sim... No...

    Cap. 2

    b. Se os empregados esto expostos a material txico, a afirmao sobre a exposio est acima ou no nvel da ao? Sim... No...

    c. Empregados que se queixam de sintomas atribuveis s exposies? Sim... No...d. Data da resoluo, trabalhos sendo realizados, localizao dentro

    do local de trabalho, nomes e nmeros de registro de empregados possivelmente expostos, na previdncia social? Sim... No...

    e. Concentrao de medidas (da rea ou individual) obtidas? Sim... No...f. Comentrios sobre exames mdicos que podem apontar para

    possveis exposies Sim... No...4. H qualquer possibilidade razovel de algum empregado ser exposto

    acima do nvel de ao de acordo com a determinao por escrito? Sim... No... Cap. 2

    5. Se sim, voc mediu a exposio do (s) empregado (s) mais suscetvel a ter a maior exposio (empregados com risco mximo)? Sim... No... Cap. 3

    6. Se no, voc repetiu a Etapa 2 e as etapas subsequentes cada vez que houve uma alterao na produo, no processo ou nas medidas de controle, que poderia resultar em um aumento nas concentraes, no ar, de algum dos materiais da Etapa 2? Sim... No...

    Cap. 2

    7. Se alguma medida de exposio indica exposio acima do nvel de ao, voc:

    Cap. 3a) Identificou todos os empregados expostos? Sim... No...b) Amostrou os empregados identificados? Sim... No...c) Classificou todos os empregados em exposio em no-conformidade,

    possvel superexposio e exposio em conformidade? Sim... No... Cap. 4

    }

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    8. Voc empregou as seguintes aes, de acordo com a classificao do empregado:

    Cap. 3a. Reamostrou, no perodo de 1 ms, empregados com exposies em no-conformidade, e decidiu quais controles seriam institudos? Sim... No...b. Reamostrou, no perodo de 2 meses, os empregados como possvel

    superposio, e os reclassificou se necessrio? Sim... No...c. Reamostrou, a cada 2 meses (ou quando ocorreram alteraes na

    operao), empregados cujas exposies estavam em conformidade e os reclassificou, se necessrio? Sim... No...

    Cap. 4

    9. Os empregados cujas exposies excediam os padres federais foram comunicados? Sim... No...

    10. Todas as medidas de exposio de empregados foram adequadamente registradas e arquivadas? Sim... No...

    Seo 3.6

    11. Foram institudos controles adequados para os empregados que deles necessitavam? Sim... No...

    (Apndice Tcnico N)

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    CAPTULO 1

    CONTEXTO DO MONITORAMENTO DA EXPOSIO DE EMPREGADOS NA ATMOSFERA OCUPACIONAL

    1.1 LEI DE SEGURANA E SADE OCUPA-CIONAL DE 1970

    Embora o primeiro registro reconhecido de doena ocupacional seja do sculo IV a.C, havia pouca pre-ocupao para proteger a sade dos trabalhadores, antes do sculo XIX. Em 1833, as Leis de Fbricas (Factory Acts) foram aprovadas na Gr Bretanha. Ainda que essas leis se direcionassem mais para pro-porcionar compensaes por acidentes do que para a preveno e o controle das causas, so consideradas os primeiros atos legislativos que exigiam alguma ateno da populao trabalhadora.

    Em 1908, nos Estados Unidos, uma lei de compen-sao foi aprovada para certos funcionrios pbli-cos. Ento, em 1911, as primeiras leis estaduais de compensao foram aprovadas, e, em 1948, todos os Estados tinham alguma forma de compensao aos trabalhadores. Entretanto, foi na ltima dcada que a legislao federal teve um impacto dramtico na segurana e sade ocupacional do trabalhador esta-dunidense. A Federal Coal Mine Health and Safety Act [Lei Federal de Sade e Segurana em Minas de Carvo], 1969, (P.L. 91-173) dirigia-se sade, pro-teo da vida e preveno de doenas em mineiros e pessoas que, mesmo no sendo mineiras, trabalhavam com ou no entorno de produtos de minas de carvo.

    A Lei de Segurana e Sade Ocupacional de 1970 (P.L. 91-596) uma das leis federais de maior alcance j promulgadas, na medida em que se aplica a todos os empregados e empregadores envolvidos em uma atividade que afeta o comrcio, exceto empregados do governo e empregados e empregadores de locais regulados por outras leis federais. Citando o prem-bulo da Lei, seu objetivo :

    "Assegurar condies de trabalho seguras e saudveis, para trabalhadores e trabalhadoras, autorizando a aplicao de padres desenvolvi-dos pela Lei; auxiliando e motivando os estados no esforo de assegurar condies de trabalho se-guras e saudveis; proporcionando pesquisa, in-formao, formao e treinamento no campo da sade e segurana ocupacional; dentre outros."

    Com relao a isso, a Lei especifica que as obriga-es do empregador so oferecer a cada empregado um local de trabalho livre dos perigos reconhecidos que causavam, ou provavelmente causavam, a mor-te ou ferimentos graves, alm de cumprir os padres promulgados pela OSHA. Decises judiciais, defi-nindo os deveres do empregador, j foram feitas, e resta pouca dvida de que a responsabilidade final pelo cumprimento das disposies da Lei reside no empregador. Tal responsabilidade abrange a deter-minao da existncia de uma condio de risco no local de trabalho, a avaliao do grau do risco e, se preciso, o controle necessrio para prevenir doenas ocupacionais.

    Mas quais so as obrigaes do empregado, pela Lei? O empregado tambm tem que cumprir os pa-dres de segurana e sade, j que se referem a seus desempenho e aes no trabalho. Apesar de no ha-ver disposies para emitir citaes ou penalizar um empregado, as boas prticas prescreveriam que ele (a) informe a autoridade apropriada caso existam condies que possam causar leses pessoais e (b) obedea todas as regras de segurana, utilize todos os equipamentos prescritos de proteo individual e siga os procedimentos estabelecidos para manter um ambiente de trabalho seguro e saudvel.

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    1.2 PADRES FEDERAIS DE SADE E SEGURANA OCUPACIONAL (29 CFR 1910, SUBPARTE Z)

    Em 28 de abril de 1971, a Lei de Sade e Segurana Ocupacional entrou em vigor. A primeira compilao dos padres de sade e segurana promulgados pelo Departamento do Trabalho da OSHA derivou dos pa-dres federais existentes e normas do consenso na-cional. Assim, muitos dos Valores Limites (TLVs) de 1968 estabelecidos pela Conferncia Americana de Higienistas Governamentais Industriais (ACGIH) se tornaram normas federais porque incluram uma lei federal anterior. Alm disso, certos padres de quali-dade do local de trabalho determinados pelo Instituto Nacional de Padronizao (ANSI) foram incorpora-dos como padres de sade na 29 CFR 1910.1000 (Tabela Z-2) pois eram considerados normas do con-senso nacional.

    Os regulamentos de sade que tratavam como subs-tncias txicas e perigosas foram codificados origi-nalmente na Subparte G, Sade Ocupacional e Con-trole Ambiental, da 29 CFR Parte 1910. A expresso "29 CFR 1910" se refere ao Ttulo 29 (Trabalho) do Cdigo de Regulamentao Federal disponvel na Su-perintendncia de Documentao da Imprensa Oficial Norte-Americana. O nmero "1910" se refere Parte 1910 do Ttulo 29, que contm os Padres de Sade e Segurana Ocupacional. A maioria dos padres fe-derais de exposio ocupacional a substncias txicas consta na 29 CFR 1910.93, Contaminantes do Ar, Ta-belas G-1, G-2 e G-3. No dia 28 de maio de 1975, a OSHA anunciou a recodificao dos padres de con-taminantes do ar, na Subparte Z, Substncias Txicas e Perigosas. Os dois pargrafos abaixo correspondem a uma verso modificada do anncio.

    No dia 29 de setembro de 1974, na 39 FR 33843, a OSHA declarou a inteno de dar incio ao processo de regulamentao para publicar padres mais com-pletos para cada uma das substncias listadas nas Ta-belas G-1, G-2 e G-3 da 29 CFR 1910.93. Como re-sultado, espera-se que aproximadamente 400 padres adicionais de tratamento de substncias txicas sejam promulgados. As regulamentaes que tratam de substncias txicas constam na Subparte G da Parte 1910. Essa subparte contm apenas algumas sees e sees adicionais numeradas no podem ser includas

    sem renumerar completamente as subpartes seguin-tes. Portanto, novos padres que tratam de substn-cias txicas individuais foram posteriormente inseri-das seguindo a seo 1910.93 pela adio de sufixos e letras (por exemplo, seo 1910.93 a-Amianto, seo 1910.93 b-Matria voltil de alcatro de hulha).

    Essa numerao satisfatria para o uso limitado, mas no conveniente para um grupo maior de novas sees, pois isso gera sufixos complexos com muitas letras. Assim, tendo em vista que a OSHA contempla a promulgao de uma grande quantidade de padres que tratam de substncias txicas, esse sistema de nu-merao no pde continuar. Consequentemente, os padres de substncias txicas presentes na Subparte G da Parte 1910 foram recodificados e alocados na nova Parte 1910, iniciando-se na seo 1910.1000. Essa recodificao simplificar a forma pela qual os padres para substncias txicas podem ser referen-ciados e eliminar confuses desnecessrias.

    A tabela a seguir apresenta a recodificao do Ttu-lo 29 Parte 1910, das Sees 1910.1000 a 1910.1017, respectivamente.

    N da Seo Antiga

    (Subparte G)

    N da Nova Seo(Subparte Z)

    1910.93 1910.1000 Contaminantes do ar1910.93a 1910.1001 Amianto1910.93b 1910.1002 Interpretao do termo

    "matria voltil do alcatro de hulha"

    1910.93c 1910.1003 4-Nitro-bifenila1910.93d 1910.1004 alfa-Naftilamina1910.93e 1910.1005 4,4-Metileno bis

    (2-cloroanilina)1910.93f 1910.1006 Clorometil metil ter1910.93g 1910.1007 3,3'-Diclorobenzidina

    (e seus sais)1910.93h 1910.1008 Clorometil ter bis1910.93i 1910.1009 beta-Naftilamina1910.93j 1910.1010 Benzidina1910.93k 1910.1011 4-Aminobifenil1910.931 1910.1012 Etilenoimina1910.93m 1910.1013 beta-Propiolactona1910.93n 1910.1014 2-Acetilaminofluoreno

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    1910.930 1910.1015 4-Dimetilaminoazobenzeno

    1910.93p 1910.1016 N-Nitrosodimetilamina1910.93q 1910.1017 Cloreto de vinila

    As tabelas G-1, G-2 e G-3 da seo 1910.93 (nova seo 1910.1000 delineada) foram remodeladas como Tabelas Z-1, Z-2 e Z-3, respectivamente. Todas as re-ferncias que a nova seo 1910.100 fazem s Tabe-las G-1, G-2 e G-3 foram revisadas para corresponder remodelagem.

    Um prtico volume de bolso dos padres 29 CFR 1910, disponvel como publicao OSHA 2206, con-tm informaes atuais at 1 de janeiro de 1976.

    1.3 VALORES LIMITE (TLVS) DA ACGIH

    No campo da higiene industrial, o controle do am-biente de trabalho baseia-se na pressuposio de que, para cada substncia, existe algum nvel seguro ou tolervel de exposio abaixo do qual no ocorrem efeitos adversos significativos. Refere-se a esses n-veis, genericamente, como valores limite. No entanto, o termo "valores limite" tambm se refere especifica-mente aos limites de exposio ocupacional publica-dos por um comit da ACGIH, revisados e atualizados a cada ano para assimilar novas informaes e refle-xes (1-1). Comumente so chamados de "TLVs", e a lista (1-1) conhecida como "Folheto de TLV". A ACGIH periodicamente publica um documento sobre os TLVs, onde fornece dados e informaes em qual TLV cada substncia se baseia (1-2). Esse documento (1-2) pode ser utilizado para fornecer ao higienista industrial uma viso para auxiliar o julgamento pro-fissional ao aplicar os TLVs.

    Deve-se observar vrios pontos importantes sobre os TLVs. Primeiramente, o termo "TLV" uma marca registrada da ACGIH. No deve ser utilizado para se referir ao padro federal ou outros padres. Sendo os TLVs anualmente atualizados, deve-se utilizar o "Fo-lheto de TLV" mais recente. Ao fazer referncia a um valor da ACGIH, o ano da publicao deve preceder o valor, por exemplo: "O 1974 TLV para xido ntri-co era 25 ppm." Em segundo lugar, os TLVs no so obrigatrios para padres de exposio de emprega-dos do Estado ou da Unio. Os TLVs so atualizados anualmente e geralmente refletem as recomendaes profissionais mais recentes, relativas a exposio de

    empregados a substncias especficas.

    Se ocorrer de um TLV ser inferior a um padro de sade federal ou estadual, o empregador deve se es-forar para limitar a exposio do empregado ao TLV, mesmo que a obrigao legal no se sobrepor ao padro federal ou estadual.

    O seguinte material informativo sobre os TLVs est citado a partir do prefcio do 1976 TLV Folheto V, com autorizao da ACGIH:

    Os valores limite se referem a concentraes de substncias na atmosfera e representam condi-es abaixo das quais se acredita que quase todos os trabalhadores podem estar expostos sem efei-tos adversos dia aps dia.

    Devido grande variao da sensibilidade in-dividual, contudo, uma pequena porcentagem de trabalhadores pode sentir desconforto com algu-mas substncias em concentraes abaixo ou no limite; uma porcentagem menor pode ser mais se-riamente afetada pelo agravamento de condies pr-existentes ou pelo desenvolvimento de uma doena ocupacional.

    Mdias ponderadas pelo tempo permitem di-gresses acima do limite, j que so compensa-das por excurses equivalentes abaixo do limite durante o dia de trabalho. Em alguns exemplos, pode ser admissvel calcular a mdia de concen-trao de uma semana de trabalho em vez de um dia. O grau da excurso admissvel relaciona-se com a amplitude do valor limite de uma substn-cia particular, fornecido no Apndice D. A relao entre o valor limite e a excurso admissvel uma regra de ouro e, em alguns casos, no se aplica. O valor pelo qual os limites podem ser ultrapas-sados por perodos curtos sem prejuzo sade depende de uma srie de fatores, como a natu-reza do contaminante seja caso as concentraes muito altas - mesmo por um curto perodo - pro-duzam intoxicao aguda, seja porque os efeitos so cumulativos, tambm a frequncia com que as altas concentraes ocorrem e a durao des-ses intervalos. Devem-se relevar todos os fatores para se decidir se uma situao de risco existe.

    Os limites se baseiam na melhor informao disponvel a partir da experincia industrial,

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    dos estudos experimentais em seres humanos e ani-mais e, quando possvel, atravs de uma combinao dos trs. A base na qual os valores foram estabele-cidos pode variar de substncia para substncia; a proteo contra o comprometimento da sade pode ser um fator de orientao para alguns, enquanto uma razovel imunidade a irritaes, narcoses, incmodos e outras formas de estresse podem constituir a base, para outros.

    A quantidade e a natureza de informaes dispo-nveis para estabelecer o TLV variam de substncia para substncia; consequentemente, a preciso do TLV estimado tambm est sujeita variao e o DO-CUMENTO mais recente deve ser consultado a fim de avaliar a extenso dos dados disponveis para uma dada substncia.

    O comit sustenta a opinio de que os limites base-ados na irritao fsica no devem ser considerados menos vinculativos que os baseados em comprome-timento fsico. H cada vez mais evidncias de que as irritaes fsicas podem iniciar, promover ou ace-lerar o comprometimento fsico atravs da interao com outros agentes qumicos ou biolgicos. Apesar do fato de no se acreditar que leses graves decor-rem provavelmente da exposio a concentraes de limites, a melhor atitude manter as concentraes de todos os contaminantes atmosfricos to baixas quan-to o realizvel.

    Tais limites so destinados ao uso na prtica da hi-giene industrial e devem ser interpretados e aplicados apenas por algum com formao na disciplina. No so destinados para o uso, ou para a modificao para uso (1) como um ndice relativo de perigo ou toxi-cidade, (2) na avaliao ou controle dos incmodos, comunidade, de poluio do ar, (3) na estimativa do potencial txico de exposies contnuas e inin-terruptas ou outros perodos prolongados de trabalho, (4) como prova ou refutao de uma circunstncia de doena ou problemas fsicos, ou (5) para adoo por pases cujas condies de trabalho so diferentes das existentes nos Estados Unidos e onde substncias e processos so diferentes.

    1.4 PADRES DE SADE PROPOSTOS PELA OSHA

    Desde janeiro de 1974, o National Institute for Oc-cupational Safety and Health (NIOSH) e a OSHA de-ram encaminhamento ao Programa Concluso de Pa-dres (SCP) NIOSH/ OSHA. Regulamentao Federal

    A 29 CFR 1910.1000, Tabelas Z-1, Z-2 e Z-3 (antiga 1910.93, Tabelas G-1, G-2 e G-3) estabelece limites de exposio admissveis para aproximadamente 400 substncias qumicas. A OSHA prope inserir na 29 CFR 1910 padres de sade que, se adotados, esta-belecero requisitos detalhados para cada substncia qumica, em reas como:

    1. medida da exposio do empregado,

    2. vigilncia mdica,

    3. mtodos de conformidade,

    4. manuseio e uso de substncias lquidas,

    5. treinamento de empregados,

    6. manuteno de registros,

    7. saneamento e limpeza.

    A partir de setembro de 1976, padres de sade e substncias txicas tm sido publicados como normas propostas no Registro Federal para as seguintes subs-tncias (em ordem cronolgica):

    8 de maio de 1975 - cetonas (6), inclusive 2-bu-tanona, 2-pentanona, cicloe-xanona, hexano, metil n-amil cetona e etil-butil-cetona

    3 de outubro de 1975 - chumbo

    6 de outubro de 1975 - tolueno

    8 de outubro de 1975 - geral (11), inclusive alquil-benzenos (p-tert-butil-to-lueno, cumeno, etilbenzeno, alfametilestireno, estireno e vinil tolueno); cicloehexa-no; cetonas (cnfora, xido mesitil e 5-metil-3- hepta-nona); e oznio

    9 de outubro de 1975 - amianto

    17 de outubro de 1975 - berlio

    20 de outubro de 1975 - tricloroetileno

    24 de novembro de 1975 - dixido de enxofre

    25 de novembro de 1975 - amnia

    Como afirmado no prefcio, um dos principais ob-jetivos deste Manual de Estratgia de Amostragem Ocupacional detalhar a inteno e o propsito dos requisitos de monitoramento de exposio de em-pregados que constam nos regulamentos de sade propostos. Este Manual tambm contm recomen-daes relativas a formas de cumprir os regulamen-tos propostos. IMPORTANTE OBSERVAR QUE ALGUNS PROCEDIMENTOS APRESENTADOS

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    NESTE MANUAL EXCEDEM OS REQUISITOS MNIMOS DOS REGULAMENTOS PROPOSTOS PELA OSHA. Em especial, os regulamentos propos-tos no exigem que os empregadores mantenham o limite de confiana superior (LCS) das mdias de em-pregados abaixo do limite aplicvel de exposio ad-missvel. A nica referncia a estatstica ocorre onde o mtodo de medida utilizado deve atender os requi-sitos de acurcia em um nvel de confiana de 95%. O mtodo de medida se refere somente ao dispositivo de amostragem (como a bomba utilizada para extrair o ar atravs de um filtro, tubo de adsorvente ou impnger) e ao procedimento de anlise qumica utilizado para determinar a quantidade de substncia qumica.

    Todavia, acredita-se que o empregador bem inten-cionado desejar utilizar os procedimentos estatsti-cos contidos no Captulo 4. A Tabela 1.1 mostra as se-es deste Manual que se aplicam a partes especficas dos regulamentos propostos para 2-pentanona, con-forme publicado em 8 de maio de 1975 no Registro Federal. Essa seo quase idntica para a maioria dos padres de sade de substncias txicas.

    A Figura 1.1 fornece um fluxograma geral da deter-minao da exposio de empregados proposta pela OSHA e a estratgia de medida para os requisitos nor-mativos da Tabela 1.1.

    1.5 ESTATSTICA E MEDIDAS DE EXPOSI-O OCUPACIONAL

    Um dos objetivos mais importantes de qualquer programa de higiene industrial avaliar, com acu-rcia, as exposies ocupacionais dos empregados a contaminantes atmosfricos, onde for necessrio, pe-las medidas de exposio. O uso de estatsticas nesse processo de avaliao necessrio porque todas as medidas de propriedades fsicas contm algum inevi-tvel erro aleatrio de medida.

    Isto , devido ao efeito dos erros aleatrios de me-dida, qualquer mdia de exposio para um emprega-do calculada a partir de medidas de exposio ape-nas uma estimativa da mdia real de exposio. Esta seo ir discutir vrios conceitos estatsticos e como se aplicam amostragem de exposio ocupacional. Em seguida, sero trabalhadas as fontes de variao de medida.

    Antes de chegar terminologia da estatstica, uma questo bsica deve ser respondida:

    "Por que higienistas industriais sequer devem se preocupar com estatsticas?" Simplesmente por causa dos erros de medida? As tcnicas estatsticas no iro levar o profissionalismo para fora da profisso higie-ne industrial? Absolutamente no! Em primeiro lugar, perceba que a Estatstica trata de todo um campo de tcnicas para coletar, analisar, e, o mais importante, fazer inferncias (ou chegar a concluses) a partir de dados. Snedecor e Cochran

    (1-3) afirmam:

    "A Estatstica no possui uma frmula mgica para fazer isso em todas as situaes, pois h muito a se aprender sobre o problema de se fazer inferncias slidas. Mas as ideias bsicas da Estatstica ir nos ajudar a pensar claramente sobre

    o problema, fornecer algumas orientaes sobre ascondies que devem ser satisfeitas se inferncias s-lidas forem feitas, e possibilitar que detectemos mui-tas inferncias que no tm fundamentao lgica."

    Pode-se parafrasear Armitage (1-4) para justificar a aplicao adequada de tcnicas estatsticas. A varia-o de medidas de exposio ocupacional um argu-mento a favor das informaes estatsticas, no con-tra elas. Se o higienista industrial encontra uma nica ocasio em que a exposio est abaixo do nvel de-sejado, no resulta que todas as exposies estaro abaixo do nvel alvo. O higienista industrial precisa das informaes estatsticas que indiquem que os n-veis de exposio esto suficiente e consistentemen-te baixos. A "experincia profissional" muitas vezes mencionada provavelmente , em parte, comparaes essencialmente estatsticas derivadas de uma vida de prtica industrial. A discusso, ento, se tais infor-maes devem ser armazenadas de maneira bastante informal na mente do higienista industrial ou se elas devem ser coletadas e distribudas de maneira siste-mtica. Muito poucos higienistas adquirem, por ex-perincia pessoal, informaes concretas sobre toda a gama de situaes de exposio ocupacional, e em parte pela coleta, anlise e distribuio de informa-es estatsticas sobre a exposio ocupacional que um corpo de conhecimento comum construdo e so-lidificado. Agora vamos para a discusso da termino-logia utilizada nos procedimentos estatsticos.

    Uma populao estatstica corresponde a uma clas-se inteira de itens sobre os quais sero tiradas conclu-ses. De maneira geral, impossvel, ou impratic-vel, medir todos os itens da populao.

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    (a) Definies. (1) "Exposio admissvel" indica a exposio dos empregados a concentraes de 2-pentanona na atmosfera, que no excedam a mdia de 200 partes por milho (ppm) ou 700 miligramas por metro cbico (mg/cu m) em um turno de 8 horas de trabalho (mdia ponderada no tem), como afirmado em 1910.93. Tabela G-1.

    (2) "Nvel de ao" indica metade (1/2) da exposio admissvel para 2-pentanona.

    (b) Determinao e medio de exposio. (1) Cada empregador que possui um local de trabalho onde a 2-pentanona liberada no ar ambiente deve determinar se o empregado pode estar exposto a concentraes de 2-pentanona na atmosfera acima ou no nvel de ao. A determinao deve ser o processo de produo, ou medidas de controle, que poderiam resultar em um aumento de concentraes de 2-pentanona na atmosfera.

    (2) Um registro escrito da resoluo deve ser feito e deve conter pelo menos as seguintes informaes:

    (i) Qualquer informaes, observao ou clculo que indicam a exposio do empregado a 2-pentanona;

    (ii) Medidas de 2-pentanona realizadas;(iii) Queixas de sintomas que podem ser atribuveis exposio

    a 2-pentanona; e (iv) Data da resoluo, trabalho realizado no momento, locali-

    zao dentro do local de trabalho, nome e nmero de cadastro na previdncia social, de cada empregado considerado.

    (3) Se o empregador determinar que algum empregado pode es-tar exposto a 2-pentanona, acima ou no nvel de ao, a exposio do empregado, de cada operao, que se acredita ter o ndice mais alto, deve ser medida. A medio de exposio ser representativa da mdia ponderada mxima, referente dita exposio, durante um perodo de oito horas.

    (4) Se a medida de exposio realizada nos termos do pargrafo (b) (3) desta seo revelar que a exposio do empregado a 2-pen-tanona est acima ou no nvel de ao, o empregado dever

    (i) Identificar todos os empregados que podem estar expostos acima ou no nvel de ao; e

    (ii) Medir a exposio desses empregados identificados.

    (5) Se a medida de exposio de um empregado revelar que ele est exposto 2-pentanona, acima ou no nvel de ao, mas no aci-ma da exposio admissvel, a exposio do empregado deve ser me-dida a cada dois meses, pelo menos.

    (6) Se a medida de exposio de um empregado revelar que ele est exposto 2-pentanona, acima da exposio admissvel, o em-pregador dever:

    (ii) Medir, todos os meses, a exposio desses empregados expostos; (ii) Instituir medidas de controle conforme o pargrafo (d) desta

    seo e (iii) Notificar individualmente, por escrito, no perodo de cinco

    dias, cada empregado que ele descobrir estar exposto acima do nvel admissvel de 2-pentanona. O empregado tambm deve ser notifica-do sobre a ao corretiva que ser realizada para reduzir a exposio abaixo ou no nvel admissvel.

    (7) Se duas medidas consecutivas, de exposio de empregados, forem feitas pelo menos com intervalo de uma semana e revelarem que o empregado est exposto a um nvel de 2-pentanona abaixo do nvel de ao, o empregador pode finalizar a medio para esse empregado.

    (8) Para os fins deste pargrafo, a exposio do empregado aque-la que ocorreria caso este no estivesse utilizando uma mscara de respirao.

    (c) Mtodos de medio. (1) A exposio do empregado deve ser obtida por alguma combinao de amostra de longo ou curto prazo que representa a mdia real do empregado em um turno de oito horas de trabalho (confira o Apndice B (IV)), desta seo, para mtodos de medio sugeridos.

    (2) O Mtodo de Medio deve ter acurcia, para um nvel de con-fiana de 95 porcento, com no menos que o indicado na Tabela 1.

    Concentrao

    Acurcia requerida (porcento)

    Acima da exposio admissvel ............................................... 25Acima ou no nvel da exposio admissvel e abaixo ou no nvel de ao .......................................................................

    35

    Abaixo ou no nvel de ao ...................................................... 50

    CAPTULO 4

    APNDICE L

    CAPTULO 3

    CAPTULO 2

    SEO 3.1

    APNDICE D

    CAPTULO 3

    TABELA 1.1. REGULAMENTOS PROPOSTOS PELA OSHA E SEES DESTE MANUAL QUE A ELAS SE REFEREM

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    INICIAR

    PARAR

    NO

    NO

    NO

    NO

    SIM

    SIM

    SIM SIMFAZER DETERMINAO

    POR ESCRITO

    PODE SER QUE ALGUM EMPREGADO ESTEJA EXPOSTO A

    SUBSTNCIAS QUMICAS EM CONCENTRAES

    NA?

    MEDIR EXPOSIO (ES) DO RISCO MXIMO DO (S)

    EMPREGADO (S)

    PROCESSAR ALTERAES

    FUTURAS?

    A SUBSTNCIA QUMICA FOI

    LIBERADA NO AR DO LOCAL DE TRABALHO?

    IDENTIFICAR E MEDIR TODOS OS EMPREGADOS QUE PODEM ESTAR NA

    MEDIR A EXPOSIO a cada 2 meses, pelo menos

    NOTIFICAR EMPREGADOS, INSTITUIR CONTROLES,

    MEDIR OS EMPREGADOS MENSALMENTEPELO MENOS

    EMPREGADO POSSUI2 MEDIDAS

    CONSECUTIVAS NA

    NEA EXPOSIO NA

    EXPOSIO LEA

    EXPOSIO LEA

    EXPOSIO NA

    Figura 1.1. Estratgia de determinao e medio da exposio de empre-gados, recomendada pela NIOSH. Para obter requisitos deta-lhados, o padro de sade para cada substncia individual deve ser consultado. NA = nvel de ao; LEA = limite de exposio admissvel.

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    Dessa forma, geralmente tomamos medidas de v-rios itens que compem uma amostra estatstica, ex-trada da populao. Os resultados das amostras so generalizados para se conseguir concluses sobre a populao como um todo. Aps medir os itens da amostra estatstica, as medidas podem ser classifica-das em grupos tanto no formato de tabela ou de gr-fico. Reconhece-se, ento, que as medidas possuem alguma distribuio.

    O prximo passo da reduo de dados encontrar onde as medidas se concentram (ou onde est o maior volume de medidas). H vrias medidas estatsti-cas da posio central (ou tendncia central). Aqui se utiliza mdia aritmtica e mdia geomtrica. Os clculos delas esto demonstrados no Captulo 4. Por fim, como as medidas esto distribudas sobre o va-lor do centro so determinadas. Vrias medidas de disperso do ideia da distribuio ou variao das medidas. Aqui se utiliza desvio-padro geomtrico, desvio-padro normal e coeficiente de variao (ou desvio-padro relativo). Os mtodos de clculos so fornecidos no Captulo 4.

    O uso da palavra "amostra", neste Manual, pode ser fonte de confuso. A rigor, na acepo estatsti-co, uma amostra contm vrios itens, cada qual pos-suindo alguma caracterstica aferida. Na acepo da higiene industrial, contudo, uma amostra consiste em um (uns) contaminante (s) do ar coletado por um dis-positivo fsico (como filtro ou tubo de carvo). Usu-almente se realiza a amostragem de higiene industrial pela captao de um volume medido de ar atravs de um filtro, um tubo adsorvente ou um dispositivo pro-vido com impinger, ou outros instrumentos que cap-turem e coletem o contaminante atmosfrico. Porm, na acepo deste Manual, a estratgia de amostragem da exposio ocupacional combina tanto o conceito da amostra estatstica quanto o da amostra fsica que ser analisada quimicamente. Na Tabela 1.2, h al-guns exemplos de tipos de populaes que podem ser encontradas na amostragem de exposio ocupacio-nal. Consulte o Apndice Tcnico M, Distribuies Normal e Log-normal da Frequncia, para uma dis-cusso sobre a aplicao dessas distribuies.

    TABELA 1.2. POPULAES AMOSTRAIS DE EXPOSIO OCUPACIONAL

    Populao exemplo

    Exemplo de amostra estatstica utilizada para estimar parmetros populacionais

    Exemplo de amostra estatstica utilizada para estimar parmetros populacionais

    Medida de dispersoMelhor modelo de distribuio para adequao aos dados

    Concentrao de contaminante no ar, de um empregado exposto a um turno de 8 horas de trabalho.

    Medidas de amostras aleatrias durante turno de 8 horas

    (a) Mdia aritmtica (TWA de 8 horas)

    (b) Mdia geomtrica

    Desvio-padro geomtrico (variabilidade intradiria)

    Log-normal

    Mdias dirias (TWA de 8 horas) de exposio de um empregado, obtidas por vrios dias.

    Vrias mdias dirias de exposio aferidas

    (a) Mdia geomtrica de longo prazo

    (b) Mdia aritmtica de longo prazo

    Desvio-padro geomtrico (variabilidade intradiria)

    Log-normal

    Mdias dirias (TWA de 8 horas) de exposio de todos os empregados, de um grupo ocupacional com risco similar de exposio esperada, em um determinado dia.

    Mdias dirias de exposio medidas para vrios empregados do grupo

    (a) Mdia geomtrica do grupo(b) Mdia aritmtica do grupo

    Desvio-padro geomtrico (variabilidade do operador ou intra-grupo)

    Log-normal

    Muitas anlises replicadas, realizadas em uma amostra de higiene industrial (como filtro ou tubo de carvo).

    Vrias anlises replicadas, realizadas em uma amostra de HI

    Valor da mdia aritmtica da amostravalor da amostra

    Coeficiente de variao do mtodo analtico

    Normal

    Muitas medidas de um ensaio calibrado de concentrao de contaminantes, obtidas por determinados amostragem e procedimento analticos (como bomba de baixo volume e tubo de carvo com anlises subsequentes via cromatografia lquido-gasosa).

    Vrios tubos de carvo expostos concentrao calibrada

    Valor da mdia aritmtica da amostravalor da amostra

    Coeficiente de variao do mtodo de amostragem e anlise

    Normal

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    A lista a seguir detalha as principais fontes de va-riao que afetam estimativas de mdias de exposio ocupacional:

    1. Erros aleatrios em dispositivos amostrais (como as flutuaes aleatrias de vazo de bombas),

    2. Erros aleatrios em mtodos de anlise (como as flutuaes aleatrias no procedi-mento do laboratrio qumico),

    3. Flutuaes ambientais aleatrias intra-di-rias (durante um dia) na concentrao de um contaminante,

    4. Flutuaes ambientais aleatrias inter-di-rias (entre dias) na concentrao de um contaminante,

    5. Erros sistemticos no processo de medi-o (calibrao inadequada, uso inadequa-do de equipamentos, registro errneo de dados, etc.) e

    6. Alteraes sistemticas na concentrao atmosfrica de um contaminante (como as decorrentes da mudana, do empregado, para uma diferente concentrao de expo-sio ou do desligamento de exaustores).

    Os erros e flutuaes aleatrios (1) a (4) so s ve-zes denominados erros estatsticos, j que podem ser levados em considerao (mas no previstos) pela anlise estatstica. Os erros sistemticos abaixo de (5) incluem tanto erros instrumentais quanto tolices ou gafes cometidas pelo sujeito falvel que usa o equi-pamento! Os erros aleatrios debaixo de (1) e (2) so quantificados e os efeitos so minimizados pela aplicao de programas de controle de qualidade ba-seados em estatstica. Os programas de controle de qualidade tambm permitem que se tenha uma boa ideia da variao tpica (coeficiente de variao) de uma amostragem ou procedimento analtico. Para uma discusso mais aprofundada desses tipos de er-ros, consulte o Apndice Tcnico D, Coeficientes de Variao e Requisitos de Acurcia para Amostragem de Higiene Industrial e Mtodos Analticos.

    As flutuaes ambientais aleatrias, intra e inter-dirias, da concentrao atmosfrica de um conta-minante so mais provavelmente influenciadas, em primeiro lugar, pelo processo fsico que gera o conta-minante e os hbitos de trabalho do empregado (espa-ciais e temporais). No h razes para acreditar que as flutuaes so influenciadas pela natureza qumica do contaminante, mas provvel que so afetadas por sua natureza fsica (poeira, nvoa, gs).

    importante observar que as flutuaes ambientais aleatrias de um contaminante, em uma fbrica, pode ser muito superior variao aleatria da maioria dos procedimentos amostrais e analticos (frequente-mente, por fatores de 10 a 20). A Figura 1.2 mostra flutuaes ambientais reais do monxido de carbono. A Figura 1.2 corresponde seo de papel retirada do grfico registrado pelo analisador de CO. A escala vertical abrange de zero a 100 ppm, e a horizontal do tempo contm um perodo de 15 minutos que est entre duas linhas verticais quaisquer. Uma distncia de 1 polegada representa 1 hora. A variabilidade do instrumento medida por um coeficiente de variao de aproximadamente 3%. Dessa forma, os limites de confiana de 95% para um determinado ponto de da-dos so aproximadamente 6% da concentrao me-dida em qualquer tempo particular. Para saber mais, consulte o Captulo 4.

    Os erros sistemticos podem permanecer cons-tantes atravs de uma srie de amostras (por causa de calibrao inadequada) ou variar abruptamente acompanhando alguma alterao no processo. Erros sistemticos no podem ser considerados estatisti-camente. Se forem detectados no curso do processo de medio, os dados devem ser primeiro corrigidos, antes de se realizar a anlise estatstica. Muitas vezes, entretanto, eles passam despercebidos e introduzem uma variao muito maior nos dados que aquela cau-sada pelos erros e flutuaes aleatrios esperados. Na acepo estatstica, um erro sistemtico (ou alterao no meio de uma srie de medies) cria uma segun-da populao estatstica com uma mdia diferente. Se a alterao sistemtica passar despercebida, as duas populaes comparadas "lado a lado" so ana-lisadas como uma s, resultando em uma variao muito maior. Os procedimentos estatsticos apresen-tados por este Manual no iro detectar e no per-mitem a anlise de resultados altamente imprecisos resultantes de erros sistemticos ou falhas. O controle de erros sistemticos essencialmente um problema tcnico, e no estatstico. Alteraes sistemticas na concentrao de exposio de contaminantes, para um empregado, podem ocorrer devido a:

    1. Mudana do empregado para uma rea de trabalho diferente (por exemplo, indo de uma sala de solventes para um depsito),

    2. Fechamento de portas e janelas da fbrica (em estaes frias),

    3. Queda na eficincia ou falha abrupta (ou conexo) de equipamentos de controle de engenharia, como sistemas de ventilao,

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    Fig

    ura

    1.2.

    Dad

    os re

    ais d

    e hi

    gien

    e in

    dust

    rial

    mos

    tran

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    e

    100

    ppm

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    4. Alteraes no processo de produo ou hbitos de trabalho do empregado.

    Uma das razes mais importantes para medir pe-riodicamente a exposio de um empregado a cada poucos meses detectar tendncias ou alteraes sistemticas na mdia de exposio de longo prazo. O benefcio secundrio uma melhor estimativa da variao das exposies por intervalos estendidos, porm esse no o objetivo principal da medio da exposio peridica. A medio peridica uma das maneiras mais eloquentes de detectar mudanas peri-gosas em nveis de exposio ou para indicar a apro-ximao a nveis perigosos.

    1.6 ESTATSTICA E OBSERVNCIA DE CONFORMIDADE

    Os padres obrigatrios de exposio ocupacio-nal tm sido promulgados nos Estados Unidos (29 CFR 1910, Subparte Z) com o objetivo de garantir, mais adequadamente, na medida do praticvel, que nenhum empregado ir sofrer prejuzo material da sade ou da capacidade funcional. Com tais padres obrigatrios de sade, veio a realidade da execuo governamental necessria. Duncan (1-5) definiu, am-plamente, "observncia" como todas etapas que um rgo governamental realiza para atingir o nvel de-sejado de qualidade. Para a OSHA, nos termos da Lei de Sade e Segurana Ocupacional, de 1970, essas etapas consistem de procedimentos, julgamentos de engenharia, procedimentos jurdicos e programas re-comendados de conformidade voluntria.

    Abaixo, uma abordagem simples, sob o ponto de vista jurdico, da observncia desses padres obriga-trios de sade ocupacional. Desenvolve-se um m-todo de testagem amostral e analtica para a medio da exposio de um empregado a uma determinada substncia perigosa. O mtodo de testagem utiliza-do para medir a exposio de um determinado empre-gado. Se a medida ultrapassar o padro, houve uma violao da lei. Esse simples ponto de vista ignora o nmero e a durao das amostras que foram obtidas a partir de uma variao aleatria do mtodo analtico e amostral. Por fim, no se considera quantas amostras sero necessrias para o rgo de execuo ou o em-pregador atingirem um nvel especificado de eficcia, para o programa de amostragem.

    Por exemplo, se um responsvel pelo cumprimento encontrasse uma mdia de concentrao atmosfrica de 105 ppm, com base em cinco amostras retiradas de um turno inteiro, em um local da fbrica, e o padro era 100 ppm, ento, pela abordagem puramente ju-

    rdica, ele seria obrigado a responder a uma citao.

    Supondo que a citao foi contestada e o respons-vel pelo cumprimento fosse questionado, sob inter-rogatrio, se tinha certeza que suas medies mos-travam que o padro tinha sido ultrapassado. Se ele estava ciente da estatstica que subjaz a amostragem ambiental, ele teria que responder, juridicamente, "Sim", porm, na realidade, "No sei". importante que a amostragem do ambiente ocupacional seja rea-lizada utilizando-se planos de amostragem baseados em estatsticas apropriadas e procedimentos de deci-so estatstica, para que os dados possam sustentar os processos de tomada de deciso referentes ao cumpri-mento ou no dos padres obrigatrios de sade.

    Tomlinson (1-6), em 1957, aplicou o conceito de testagem sequencial ao problema de monitoramen-to de conformidade, quanto ao padro de TWA, em minas de carvo britnicas. Tomlinson reconheceu a grande variao dentro dos turnos e de turno a turno, da concentrao mdia de poeira na atmosfera. Roa-ch (1-7, 1-8) introduziu o conceito de uso do limite de confiana superior sobre a mdia aritmtica de um grupo de amostras (aleatrias) de curto prazo, para determinar o status de conformidade de um ambiente ocupacional. Roach, no entanto, assumiu uma distri-buio normal para as amostras, e trabalhos anterio-res mostraram que melhor aceitar a distribuio lo-g-normal para dados de amostras aleatrias. Ele fez a observao importantssima de que qualquer procedi-mento de amostragem, no importa quo cuidadosa-mente realizado, s consegue estimar a mdia real de concentrao que existiu no ambiente ocupacional.

    A NIOSH primeiro props o uso da Estatstica para o monitoramento de conformidade no documento de critrios do monxido de carbono (1-9). Infelizmen-te, o procedimento fornecido para dados de amostras aleatrias foram baseados na concepo de dados dis-tribudos normalmente e no era adequado.

    H um precedente em regulamentos federais para a incluso e referenciao de mtodos estatsticos em padres obrigatrios de sade e produtos. Os mto-dos tm sido fornecidos por programas de monitora-mento de cumprimento de observncia governamen-tal e indstrias privadas. A Comisso de Segurana de Produtos de Consumo (Consumer Product Safety Commission - CPSC) incluiu planos de amostragem e deciso muito especficos, em vrios de seus padres de produtos. A FF 4-72 Padro de Inflamabilidade para Colches (1-10) d detalhes do programa de con-formidade para um fabricante e permite a apresenta-o de planos alternativos de amostragem, pela rea. A comisso acreditou que tais planos protegeriam o

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    pblico dos riscos excessivos e que eram razoveis, praticveis tecnologicamente e adequados. Essas so as metas que qualquer plano de deciso e amostragem devem atingir. A Comisso aceitou o conceito de que o rgo de execuo deve assumir a responsabilida-de pela demonstrao de no cumprimento, mostran-do, com um alto nvel de confiana estatstica, que a no-conformidade de fato existe. A CPSC incluiu um plano de amostragem sequencial no teste de Irritantes dos Olhos (16 CFR 1500.42) (1-11) e uma tabela para tamanho de lote, tamanho amostral e ndice de falha para bolas clacker de teste na 16 CFR 1500.86 (1-12).

    O Servio de Sade Pblica dos Estados Unidos emitiu um Padro de gua Potvel (42 CFR 72, Subparte J) que especifica uma frequncia mnima de amostragem e plano de deciso sequencial. Os padres de impacto de lentes de correo, da Food and Drug Administration (21 CFR 3.84) indicam que o fabricante deve testar estatisticamente um nmero significativo de lentes, de cada lote de produo.

    Na rea da higiene industrial, a NIOSH exige que os fabricantes de unidades de tubos certificados de detectores de gs mantenham um programa de con-trole de qualidade similar, em muitos aspectos, ao descrito no MIL-Q-9858A, "Requisitos de Programa de Qualidade", mas acrescenta a exigncia de utilizar planos de amostragem a partir do MIL-STD-105D ou MIL-STD-414. Os procedimentos de certificao do Instituto se baseiam, em parte, no uso de tais siste-mas de amostragem. O Instituto tambm props que requisitos similares de controle de qualidade seriam ampliados para fabricantes de dispositivos de prote-o individual (42 CFR 83) e medidores de nvel de som (42 CFR 82).

    Parece que a Agncia de Proteo Ambiental (En-vironmental Protection Agency - EPA) nunca incluiu ou referenciou, em regulamentos de qualidade do ar ou da gua, tcnicas estatsticas para anlises de da-dos. Larsen (1-13), da EPA, entretanto, discutiu esse problema no relatrio tcnico da EPA. Russell Train, Administrador da EPA, expressou o desejo de ver as tcnicas estatsticas padro para determinao da va-lidade de resultados de amostras se tornarem comuns em padres ambientais (1-14). Ele acredita que a me-todologia dos grficos de controle estatstico de qua-lidade tem importncia para o controle de qualidade ambiental.

    Um artigo da Electrical World (1-15) questionou a

    preciso das leituras do grfico de fumaas de Rin-gelmann por um nico observador. Concluiu-se que a m preciso levava a pouca confiabilidade, para fins de observncia, quando os controles regulatrios eram rgidos. Mostrou-se uma tabela de probabilida-des de citaes (%) em que densidade real da fumaa (NR - Nmero de Ringelmann) era comparada com a densidade mxima permitida. Mais tipos de artigos como esses, baseados em estatsticas, provavelmente aparecero na bibliografia medida que os aspectos estatsticos da aplicao dos padres de concentrao de ar so mais estritamente examinados.

    importante enfatizar que os regulamentos de sa-de propostos pela OSHA (confira seo 1.4) NO exigem que o empregador utilize os procedimentos estatsticos do Captulo 4 deste Manual ao tomar decises referentes a exposies medidas, de seus empregados. Acredita-se, todavia, que o EMPRE-GADOR BEM INTENCIONADO DESEJAR UTI-LIZAR TAIS PROCEDIMENTOS PARA A PRO-TEO ADICIONAL QUE OFERECERO AOS EMPREGADOS. A OSHA est pensando em adotar alguns procedimentos estatsticos para determinaes de no-conformidade.

    Por fim, acredita-se que procedimentos estatsticos aparecero com mais frequncia em casos judiciais que envolvem amostragem: no artigo de Katz (1-16), ele considerou os aspectos prticos da Estatstica nos tribunais, e Corn (1-17) discutiu a aplicao da Esta-tstica na determinao da no-conformidade com o padro federal de exposio a poeira de carvo.

    REFERNCIAS1-1 American Conference of Governmental Indus-

    trial Hygienists. TLVs - Threshold Limit Val-ues for Chemical Substances in the Workroom Environment with Intended Changes. Amer-ican Conference of Governmental Industrial Hygienists, P.O. Box 1937, Cincinnati, Ohio 45201, publicao anual.

    1-2 American Conference of Governmental Indus-trial Hygienists. Documentation of the Thresh-old Limit Values for Substances in Workroom Air. American Conference of Governmental In-dustrial Hygienists, P.O. Box 1937, Cincinnati, Ohio 45201, publicao anual.

    1-3 Snedecor, G. W. e W. G. Cochran. Statistical Methods. The Iowa State University Press, Ames, Iowa, p. 3, 1967.

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    1-4 Armitage, P. Statistical Methods in Medical Research. John Wiley e Filhos, Inc., Nova Iorque, 1971, p. 2.

    1-5 Duncan, A. J. Enforcement of Govern-ment Mandatory Product Standards . ASTM Standardization News, 2 (4): 12-15, 1974.

    1-6 Tomlinson, R. C. A Simple Sequential Pro-cedure to Test Whether Average Conditions Achieve a Certain Standard. Applied Statistics, 6: 198-207, 1957.

    1-7 Roach, S. A. Testing Compliance with the AC-GIH Threshold Limit Values for Respirable Dusts Evaluated by Count. Transactions of American Conference of Governmental Indus-trial Hygienists, pp. 27-29, 1966.

    1-8 Roach, S. A., E. F. Baier, H. E. Ayer e R. L. Harris. Testing Compliance with Threshold Limit Values for Respirable Dusts. American Industrial Hygiene Association Journal, 23: 74-82, 1967.

    1-9 J.S. Department of Health, Education, and Wel-fare, Public Health Service, Center for Disease Control, National Institute for Occupational Safety and Health. Occupational Exposure to Carbon Monoxide. NIOSH HSM 73-1100, VIII-2. GPO N. 1733-00006, 1972.

    1-10 Registro Federal. 38 (N 110). 15095-15100, 8 de junho de 1973.

    1-11 Registro Federal. 38 (N 187), 27019, 27 de se-tembro de 1973.

    1-12 Registro Federal. 38 (N 187), 27027, 27 de se-tembro de 1973.

    1-13 Larsen, R. I. A Mathematical Model for Re-lating Air Quality Measurements to Air Qual-ity Standards. Agncia Norte-Americana de Proteo Ambiental. AP-89, 1971.

    1-14 Train, R. E. The Need for Sound Standards for Environmental Improvement. Observaes re-alizadas na Conferncia Nacional de Padres para Aprimoramento Ambiental, Washington, 20 de fevereiro de 1974.

    1-15 Smoke Readings Vary with Observers. Electri-cal World, 15 de janeiro de 1971. 1-16. Katz, L. Presentation of a Confidence Interval Estimate As Evidence in a Legal Proceeding. American Statistician, 29 (4): 138-142, 1975.

    1-16 Corn, M. Observaes realizadas na Determi-nao de No-Conformidade com o Padro de Poeira Respirvel, Lei Federal de Segurana e

    Sade em Minas de Carvo, 1969. American Industrial Hygiene Association Journal, 36: 404-407, 1975.

    SUGESTO DE LEITURAS PARA O CAPTULO 1

    Os seguintes Padres Especficos ANSI:Benzeno (Z 37.4-1969)Berlio e compostos de berlio (Z 37.5-1970)P de cdmio (Cd) (Z 37.5-1970)Fumos de cdmio (Cd) (Z 37.5-1970)Dissulfeto de carbono (Z 37.3-1968)Tetracloreto de carbono (Z 37.17-1967)Brometo de etileno (Z 37.31-1970)Dicloreto de etileno (Z 37.21-1969)Formaldedo (Z 37.16-1967)cido fluordrico (Z 37.28-1969)Flor em p (Z 37.28-1968(Chumbo e compostos inorgnicos (Z 37.11-1969)Cloreto de metilo (Z 37.18-1969)Cloreto de metileno (Z 37.23-1969)Organo (alquil) mercrio (Z 37.30-1969)Estireno (Z 37.12-1969)Tetracloroetileno (Z 37.22-1967)Tolue