Manual Peer Drive Clean

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1 | MANUAL | UMA INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO DE EDUCADORES DE PARES PROJECTO “PEER EDUCATION DRIVE CLEAN” Fevereiro 2007 Fevereiro 2007 Fevereiro 2007 Fevereiro 2007 AVENTURA SOCIAL Faculdade de Motricidade Humana / Universidade Técnica de Lisboa Promoção da Saúde / Comportamento Social www.fmh.utl.pt/aventurasocial/ www.aventurasocial.com

Transcript of Manual Peer Drive Clean

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| MANUAL |

UMA INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO

DE EDUCADORES DE PARES

PROJECTO

“PEER EDUCATION DRIVE CLEAN”

Fevereiro 2007Fevereiro 2007Fevereiro 2007Fevereiro 2007

AVENTURA SOCIAL Faculdade de Motricidade Humana /

Universidade Técnica de Lisboa

Promoção da Saúde / Comportamento Social

www.fmh.utl.pt/aventurasocial/

www.aventurasocial.com

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Título Uma Introdução à Formação de Pares - MANUAL “Drive Clean - Project” Autores Matos, M. G., Sousa, A., Simões, C., Lebre, P., Diniz, J. & Equipa Aventura Social Parcerias Automóvel Clube de Portugal (ACP) Outras Colaborações Direcção Geral de Saúde (DGS) Direcção Geral de Viação (DGV) Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) Instituto Nacional de Medicina Legal – Lisboa (INML) Policia de Segurança Pública (PSP) Edição Faculdade de Motricidade Humana Serviço de Edições 1495 – 688 Cruz Quebrada Telefone: +351 214 149 152 E-mail: [email protected] www.fmh.utl.pt/aventurasocial

Co-Financiado

União Europeia

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A Equipa Aventura Social

Coordenador Geral Margarida Gaspar de Matos Co-Cordenador-Geral Celeste Simões Co-Coordenador na FMH/UTL José Alves Diniz Coordenador FCT/SNR Celeste Simões Coordenador Leonardo/CE Paula Lebre Co-Coordenador Drive Clean/CE Andreia Sousa

Margarida Gaspar de Matos

Licenciada em Psicologia(1978). Especialização em Psicoterapia cognitivo-comportamental pela Universidade Claude Bernard (Lyon II). Doutoramento em Motricidade Humana com Agregação em Saúde Internacional pelo IMHT/UNL, Pós doutoramento na SDSU (Universidade de San Diego California) e QUT (Queensland University of Technology). Professora Associada com Agregação na Faculdade de Motricidade Humana. Lecciona vários cursos de Mestrado e Coordena vários Projectos de investigação na área da Saúde Mental, promoção da Saúde e Estilos de Vida Activos e Promoção de Competências Sociais. Investigadora do Centro de Malária e outras Doenças Tropicais - Instituto de Higiene e Medicina Tropical/Universidade Nova de Lisboa (Centro financiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia). É a Coordenadora Nacional do HBSC/OMS

Chave Publica: J0104772PBX

Andreia Sousa

Licenciada em Educação Especial e Reabilitação pela Faculdade de Motricidade Humana. Investigadora na área da Promoção de Competências Socais e na Promoção da Saúde, nomeadamente na área de comportamentos de risco e exclusão social, e na área da promoção de comportamentos do lazer em populações especiais. Colaboradora no Projecto Peer Mentor Support 2002/2005 do Programa Leonardo Da Vinci. Mestranda na especialidade de Terapias Cognitivas e Comportamentais na Universidade Lusófona.

Chave Publica: J023369CTU0

Celeste Simões

Licenciada em Educação Especial e Reabilitação pela Faculdade de Motricidade Humana. Mestre em Psicologia Social pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Faculdade do Porto. Assistente e Doutoranda na Faculdade de Motricidade Humana, na área dos comportamentos de saúde e de risco na adolescência. Trabalha em Investigação na área da Promoção das Competências Sociais e na Promoção da Saúde, nomeadamente na área da delinquência.

Chave Publica: J024028V6X0

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Paula Lebre

Licenciada em Educação Especial e Reabilitação, Mestre em Educação Especial, Assistente e Doutoranda (área da promoção da saúde e qualidade de vida de populações com deficiência) na Faculdade de Motricidade Humana. Trabalha em Investigação na área da Promoção das Competências Socias, na Promoção da Saúde, nomeadamente na área do Lazer em Populações Especiais. Tem colaborado em projectos na área da recreação lazer e qualidade de vida para populações com deficiência. Coordenadora do Projecto Peer Mentor Support 2002/2005 do Programa Leonardo Da Vinci.

Chave Publica: J035658C793

José Alves Diniz

Licenciado em Educação Física (1983 -Instituto Superior de Educação Física da Universidade Técnica de Lisboa). Mestre em Ciências da Educação no Instituto Superior de Educação Física da Universidade Técnica de Lisboa. Doutorado em Ciências da Educação na Faculdade de Motricidade Humana. Professor Associado da FMH-UTL. Coordenador da Unidade Cientifico-Pedagógica de Ciências da Educação da FMH – UTL (desde 1998). Lecciona vários Cursos de Mestrado e Coordena vários projectos de Investigação na área da Educação Fisica Escolar, Promoção da Saúde e Estilos de Vida Activos.

Chave Publica: J0173039OVF

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ÍÍNNDDIICCEE

UMA INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO 6

FASES DA FORMAÇÃO 7

UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO 7

UNIDADE 2 – COMPETÊNCIAS DE AJUDA 10

UNIDADE 3 - AJUDAR A QUE A MUDANÇA OCORRA 13

UNIDADE 4 – ÁLCOOL E DROGAS NA CONDUÇÃO 15

ÁLCOOL E A CONDUÇÃO 15

DROGAS E A CONDUÇÃO 23

O QUE PODE ACONTECER DEPOIS DE UM ACIDENTE DE VIAÇÃO 30

QUE TIPO DE AJUDA A RECORRER E O QUE PODERÁ SER FEITO 31

BIBLIOGRAFIA 33

ANEXO 1 - Questionário dirigido aos Educadores de pares antes da formação 34

ANEXO 2 - Questionário dirigido aos Educadores de pares depois da formação 35

ANEXO 3 - Soluções dos quadros de exercícios 36

ANEXO 4 - Slides da apresentação da formação 44

ANEXO 5 - Certificado 53

ANEXO 6 -Panfleto 54

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UUMMAA IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ÀÀ FFOORRMMAAÇÇÃÃOO

Este manual tem como principal propósito acompanhar um programa de

formação no qual o modelo adoptado consiste na identificação de problemas, na

exploração de possíveis soluções e na ajuda de selecção de uma resposta

adequada.

As escolas de condução são o meio privilegiado para desenvolver acções

relativamente à prevenção rodoviária. Promover competências para resistir ou gerir

as influências, através de métodos de aprendizagem activa e interactiva

disponibilizada pelos educadores de pares, não substituindo o trabalho dos

profissionais que desde inicio cooperam com os alunos das escolas de condução.

Deste modo, os educadores de pares, através de um conjunto de actividades

(exercícios individuais, discussão em grupo) transmitirão conhecimentos

previamente adquiridos durante a formação aos alunos das escolas de condução.

Pretende-se com a formação, criar modelos positivos. Para além da

satisfação pessoal adquirida, pretende-se que os educadores de pares consigam

participar mais ao nível comunitário, social e transmitam confiança e competência.

O manual tem como objectivo alargar as perspectivas do educador de pares,

centrando as suas capacidades a fim de alcançar a ideia principal do projecto, isto

é, trata-se de um instrumento de trabalho útil e valioso, constituindo um ponto de

referência e um estímulo para a multiplicação de iniciativas sobre a prevenção

ligada ao consumo de álcool e drogas na condução.

Durante a formação, os educadores de pares deverão referir qualquer

assunto que os preocupe aos supervisores, estabelecendo uma relação baseada na

confiança, respeito e igualdade.

Contudo, o papel do supervisor baseia-se na definição das expectativas,

metas e objectivos do projecto, bem como, a interacção e coordenação regular

entre os participantes do projecto perante as tarefas apresentadas.

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FFAASSEESS DDAA FFOORRMMAAÇÇÃÃOO

Fase 1 – Selecção do futuro Educador de pares e dos alunos de condução

� Os Educadores de pares são participantes voluntários da comunidade, de

universidades e escolas.

� Os alunos de condução são participantes voluntários das escolas de

condução.

Fase 2 – Formação de Educadores de pares

� Os Educadores de pares irão participar num programa de formação,

coordenado por um formador, sobre a prevenção ligada ao consumo de

álcool e drogas no período da condução.

� Os Educadores de pares deverão estar presentes nos dias de formação

programados.

Fase 3 – Formação

� Espera-se que os Educadores de pares contribuam para o desenvolvimento

pessoal dos alunos da escola de condução, motivando-os para que

futuramente não conduzam sob o efeito de substâncias tóxicas.

� Espera-se que os educadores de pares actuem como modelos saudáveis e

positivos.

Fase 4 – Supervisão

� A comunicação entre o Educador de pares, aluno da escola de condução,

formador e o supervisor responsável pelo projecto na instituição é crucial

para o desenvolvimento do mesmo.

� Serão programadas reuniões com o supervisor e o grupo de Educadores de

pares.

� Serão programadas reuniões individuais com o Educador de pares, caso seja

necessário.

� Serão realizadas reuniões regulares entre o supervisor e a

Instituição/Escola.

Fase 5 – Avaliação do projecto

� Será realizada uma avaliação no início e/ou final da formação.

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Esta unidade vai ao encontro do objectivo principal do projecto, isto é,

reforçar e dar a conhecer o projecto em si mesmo. Deste modo, familiarizar os

educadores de pares, supervisores e formadores das características do projecto

nesta primeira fase, vai facilitar um empenho grupal no enquadramento do projecto

para que posteriormente os educadores consigam identificar os papéis que irão

desempenhar individualmente e criar os seus próprios objectivos ao mesmo tempo

que o grupo descobre a sua identidade e coesão.

Exercício 1:

Cada participante realizará uma auto-apresentação oralmente.

As primeiras experiências de consumo de álcool e drogas acontecem muitas

vezes no início da adolescência, muito antes dos jovens tirarem a carta. Deste

modo, a implementação do projecto “PEER Education Drive Clean” nas escolas de

condução abrange o grupo dos mais jovens porque são considerados os mais

vulneráveis à prática de comportamentos de risco nas estradas sob a influência de

substâncias tóxicas.

O projecto tem dois objectivos principais a alcançar:

1- Prevenção primária ao nível da redução dos comportamentos de risco na

condução nas estradas;

2- Informação sobre os riscos que implicam o consumo de álcool e/ou drogas

durante e/ou antes do período da condução.

1 INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO

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Assim, oferece uma oportunidade aos futuros condutores de reflectir e

encorajar outros condutores a modificar os comportamentos de risco no período da

condução.

Exercício 2:

Em pares, escrever e discutir as expectativas pessoais sobre o papel do educador de pares. Descrever sobre o que poderão vir a fazer durante a formação.

É importante dar a conhecer o conceito de formação:

FORMAÇÃO – significa transmitir competências que facilitam a construção de

relação com os outros para promover o seu desenvolvimento pessoal e social dando

enfâse na maximização das capacidades do outro.

A formação deverá encorajar o outro a agir de maneira positiva consoante as

situações em que se encontra. Tornando-se assim, na transmissão de informação

que vai expandir as expectativas do outro face ao futuro.

Exercício 3:

Em pares, pensar no maior número de formas de apoiar alguém relativamente à temática deste projecto (prevenção em relação aos efeitos do consumo de álcool e drogas na condução).

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Nesta unidade, irá ser apresentada uma breve introdução às competências

de ajuda e explicar porque são importantes para a realização de uma boa

formação. Pretende-se, com estas competências, ajudar a relação entre o futuro

educador de pares e os alunos das escolas de condução.

EMPATIA – capacidade de entender o outro do ponto de vista do mesmo. É a

aptidão de pensar e sentir com o outro, não pelo ou acerca do outro.

ACEITAÇÃO – significa aceitar a outra pessoa como diferente de nós, não fazendo

julgamentos ou criticas.

SINCERIDADE – significa franqueza, genuíno. Inclui ser aberto e honesto com os

outros, não nos escondendo por detrás de um papel profissional.

ESCUTA – É importante ouvir para conseguir criar uma relação.

ESCUTA PASSIVA – significa ouvir sem interrupções, dar espaço para a outra

pessoa falar.

ESCUTA ACTIVA – envolve também uma resposta ao outro para que este perceba

que está a ser ouvido e compreendido. Neste processo é frequente a utilização da

paráfrase e da reflexão.

2 COMPETÊNCIAS DE AJUDA

Receber Mensagem Processar Mensagem Mensagem

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PARAFRASEAR – refere-se ao feedback dado ao outro repetindo o que ele disse

em termos de ideias. É um refraseamento das palavras e pensamentos. É

importante não distorcer a mensagem, mas reformular o conteúdo que foi dito pela

pessoa (ex: Jovem: “Ando chateado porque os meus pais só me deixam tirar a

carta de condução depois de ter positiva a todas as disciplinas”; Educador de pares:

“Só quando conseguires ter positiva a todas as disciplinas é que os teus pais te

deixam tirar a carta de condução e isso deixa-te chateado”).

REFLEXÃO – semelhante à paráfrase no sentido de ser um refraseamento no que

diz respeito à inclusão dos sentimentos na mensagem. As palavras podem ser

utilizadas para descrever diferentes níveis dessas emoções (ex: a palavra “medo”,

pode ser expressa de várias formas: “aterrorizado”, “assustado”, “ansioso”...).

Exercício 4:

Em grupos de três, um elemento representará o papel de ouvinte, outro de orador e outro de observador. O orador falará durante 3 minutos sobre um tema à sua escolha, enquanto que o ouvinte tentará aplicar todas as competências aprendidas nesta unidade ao longo do discurso do orador. O terceiro elemento (observador) assinala algumas falhas nos outros 2 elementos, e faz um resumo sobre a aplicação das competências aprendidas.

FOCAGEM – a focagem pode ser útil para permitir que um assunto referido pelo

outro se torne mais claro, o que permite uma futura exploração dos problemas

abordados (ex: “Podes dar-me um exemplo...”; “De que forma...”, “Podes explicar

o que queres dizer com...”).

SÍNTESE – tem como principal função, juntar ou estabelecer ligação ente múltiplos

assuntos e torná-los menos extensos.

Receber Mensagem Processar Mensagem Mensagem

Enviar Mensagem

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Exercício 5:

Em pares, tentar explicar a utilidade da focagem e da síntese, e aplica-las enquanto um elemento ouve e o que outro elemento diz.

QUESTÕES – utilizam-se quando se quer abordar um tema e/ou atingir um

objectivo.

Existem perguntas fechadas que procuram informação mais específica e

possíveis respostas curtas do tipo SIM e NÃO.

As perguntas abertas são mais funcionais para assuntos amplos onde se

pretende obter mais informação.

Como fazer perguntas?

� Pequenas e simples;

� Uma de cada vez;

� Manter o foco na pessoa

� Evitar demasiadas perguntas fechadas;

� Evitar perguntar “porquê” muitas vezes (pode levar a alguma

defensibilidade)

� Não fazer perguntas pelos motivos errados (curiosidade, silêncio,

ansiedade)

� Dar tempo à pessoa para responder (pausa)

Exercício 6:

Em pares, escrever três possíveis perguntas abertas e três perguntas fechadas, que podem surgir pelos alunos das escolas de condução ou pelo educador de par. E comenta com outros pares

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Esta unidade explica como se cria e formula um objectivo de forma eficaz.

Para mudar, temos primeiramente que criar objectivos de forma a tornarmo-nos

ambiciosos em relação a algo.

À semelhança da criação de um objectivo, é a criação de soluções quando

existe um problema.

Objectivos

Os sete critérios de um objectivo eficaz:

1. Relevância para o aluno

Os objectivos têm de ser relevantes para o aluno, indo ao encontro de

possíveis formas para resolver o problema. Tanto quanto possível, o aluno

necessita sentir o objectivo como seu. Se o aluno não está verdadeiramente

empenhado no objectivo, ele não irá ser alcançado.

2. Pequeno (curto prazo)

Os objectivos têm de ser suficientemente pequenos para serem concretizados.

Se os objectivos forem demasiado grandes ou demorarem muito tempo a

serem alcançados, os alunos podem sentir-se desiludidos. Os objectivos

devem gerar um sentimento de sucesso se o progresso é experimentado,

surgirá automaticamente um aumento da motivação.

3. Concreto, específico e claro

Os objectivos devem ser expressos em termos precisos. Objectivos vagos

dificultam a determinação do progresso. Objectivos precisos permitem que o

aluno aja de imediato.

3 AJUDAR A QUE A MUDANÇA OCORRA

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4. Presença em vez de ausência

Os objectivos devem ser definidos de uma forma positiva (o que o aluno irá

fazer, e não o que ele não irá fazer). A promoção de um comportamento

positivo é mais efectiva do que a promoção de um objectivo em relação a um

comportamento negativo. Os objectivos descritos positivamente são mais

fáceis de determinar quando foi alcançado.

5. Um início em vez de um fim

É mais provável que um objectivo seja realizado se nos concentrarmos no

início e não no possível resultado final. Os objectivos devem descrever os

primeiros passos necessários para alterar a situação. Muitas vezes os jovens

descrevem os objectivos finais, o que leva a que frequentemente estes não

sejam de imediato alcançados.

6. Realísta e alcançável

Os jovens devem ter o controlo sobre os seus objectivos. Eles só se podem

modificar a si mesmos, não os outros. Os jovens não vão sentir o sucesso da

mesma forma se outros forem responsáveis pelo alcance dos seus objectivos.

Os objectivos necessitam ainda de ser formulados de forma razoável e num

espaço de tempo específico.

7. Mensurável

Conseguir avaliar se o objectivo foi ou não alcançado. Se um objectivo é

demasiado simples de alcançar, o jovem não irá ter um sentimento de

realização significativo. Se um objectivo não é atingido, então a resposta

poderá significar mais trabalho, em vez de desenvolver um sentimento de

fracasso. Se o jovem trabalhou para alcançar um objectivo definido por ele, a

sua auto-estima é melhorada quando acaba de o alcançar.

Nota: Perante estes critérios pedimos-lhe que leia com atenção a informação que

se segue sobre Álcool e Drogas na Condução na Unidade 4

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Nesta unidade, o objectivo principal é sensibilizar os futuros Educadores de

pares sobre a temática do “efeito do consumo de Álcool e Drogas na condução nas

estradas”, partindo da sua experiência, da percepção que têm do meio social. Deste

modo, pretende-se com a informação transmitida aumentar o conhecimento dos

futuros educadores de pares sobre este problema e as suas consequências.

Introdução:

Conduzir veículos motorizados é considerado nos dias de hoje, perigoso e

como prova disso são as estatísticas transmitidas anualmente do número de

mortos, feridos graves e ligeiros.

Um dos principais problemas com que nos deparamos ao abordar este

assunto é a ideia de fatalidade, causalidade, azar ou inevitabilidade que o rodeia.

Classicamente, ao descrever os factores de risco dos acidentes de viação, tem-se

vindo a falar do factor humano (inconsciência), do veículo (mau estado) e dos

factores ambientais (condições das estradas). A importância do factor humano, é

hoje, indiscutível, cabendo-lhe a maior parte da responsabilidade nos acidentes de

viação.

A introdução do cinto de segurança foi um dos primeiros passos que fizeram

decrescer o número de vítimas de acidentes de viação nos EUA (Swierzewski,

1990). De facto conduzir sob o efeito de álcool ou drogas e não utilizar os

dispositivos de segurança dos ocupantes, são dois dos factores de risco que mais

contribuem para a existência de lesões decorrentes dos acidentes de viação.

Álcool e a condução:

O álcool é um depressor do Sistema Nervoso Central que afecta as capacidades

psicofisiológicas do individuo, mesmo se ingerido em pequenas quantidades. As

causas que levam ao seu consumo variam de indivíduo para indivíduo e são

consideradas como mais frequentes: os conflitos emocionais ou pessoais,

4 ÁLCOOL E DROGAS NA CONDUÇÃO

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dificuldades escolares ou profissionais, problemas sociais, perda de um familiar,

consumo de álcool como controle da ansiedade ou fuga de problemas, problemas

familiares, ausência de afecto e pressão social.

Devido à perda de sentido crítico é frequente uma pessoa embriagada não se inibir

de conduzir, pondo em perigo a sua vida e a dos outros. As bebidas alcoólicas,

mesmo quando tomadas ocasionalmente ou em quantidades moderadas, são

responsáveis por um elevado número de acidentes de viação.

Alguns dos efeitos imediatos na embriaguez passam pela excitação, agressividade,

ansiedade, aceleração dos batimentos cardíacos, descoordenação motora, náuseas,

discurso lento e arrastado, vómitos, confusão e sono.

O álcool e os jovens:

Os indivíduos jovens representam um dos grupos etários de risco mais

envolvidos em acidentes de viação. O egocentrismo próprio da juventude, a procura

de novas experiências e uma maior sensação de invulnerabilidade, levam

frequentemente à condução sob a influência do álcool. Os acidentes que envolvem

jovens condutores sob o efeito de álcool ocorrem essencialmente durante a noite,

em situação de lazer. Desta forma, é de fulcral importância que os jovens, com

vista à sua própria segurança e à dos outros utentes da via pública garantam que

um dos elementos do grupo de amigos não beba enquanto condutor, para que a

condução se processe com máxima segurança possível depois de uma saída à

noite.

Os jovens, por diversas circunstâncias (inexperiência de condução, consumos

elevados de substâncias tóxicas aos fins de semana, comportamentos desinibidos,

etc.) são particularmente vulneráveis aos acidentes de viação. São os jovens

condutores que mais riscos (excesso de velocidade, “tailgating”) na condução

praticam durante o primeiro mês de experiência.

A aquisição da carta de condução permite apenas adquirir o conhecimento

teórico e prático base sobre o código e as leis nas estradas, não detectando assim,

futuros comportamentos de risco que o jovem condutor poderá vir a praticar.

Contudo, o comportamento de risco nos jovens condutores é muitas vezes

agravado sob influência de inúmeras condições, tais como, a condução durante a

noite depois de situações de lazer e sob a influência do álcool e/ou drogas.

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O transporte de passageiros de idade jovem enquanto o condutor se encontra

sob a influência de substâncias tóxicas é um facto que aumenta consideravelmente

as estatísticas do número de jovens envolvidos em acidentes de viação

relacionados com o consumo de álcool e drogas.

Para além dos esforços praticados pelas autoridades para diminuir as

dramáticas estatísticas todos os anos, os pais também acarretam grande

responsabilidade. Isto é, muitos jovens têm fácil acesso aos veículos motorizados

porque são os próprios pais que oferecem ou facilitam o acesso aos mesmos. Os

pais podem limitar e restringir este acesso mesmo sabendo que os jovens têm

grande motivação para conduzir nesta idade.

Em vários pontos do mundo, foram feitos estudos sobre a influência dos pais

sob a condução dos filhos e o comportamento que transmitem através da sua

própria condução. Para conseguir diminuir este tipo de influência, se negativa,

foram dadas acções de formação sobre prevenção rodoviária aos pais enquanto os

próprios filhos tiravam a carta de condução

Os resultados finais apontam que muitos dos pais que assistem a este tipo de

intervenção, mudam de opinião ou, intensificam a ideia de que na realidade

conduzir um carro é um risco que se corre no dia a dia.

O consumo de bebidas alcoólicas é, provavelmente, o factor de risco mais

importante na origem dos acidentes de viação. Não só aumenta o risco de sofrer

um acidente, como também contribui para que a gravidade das lesões depois de

um acidente seja maior.

Os acidentes relacionados com o consumo de álcool são mais lesivos. Para

além do seu papel na causalidade do acidente, o consumo de álcool pode limitar a

capacidade do acidentado para, por exemplo, sair do veículo sinistrado.

Os sobreviventes que ingeriram álcool e sofreram uma lesão cerebral derivada

do acidente, tem estadias mais prolongadas nos serviços hospitalares e uma maior

persistência de danos ao nível neurológico do que os condutores acidentados que

não ingeriram álcool.

Existem evidências de que a redução do consumo de bebidas alcoólicas pelos

condutores está associada a um menor risco de lesão por acidente de viação. Além

disso, elevando a idade legal ao acesso do álcool e diminuindo os limites legais de

álcool no sangue, são medidas que poderão reduzir, significativamente, os

acidentes fatais relacionados com o álcool.

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Exercício 7:

Em pares, enumerar alguns dos motivos que podem levar os jovens a consumirem e a não consumirem álcool e depois conduzir.

Motivos para consumir

Motivos para não consumir

Beber álcool e conduzir

Portugal é um dos países onde o seu consumo, por habitante é mais

elevado. A sua ingestão não moderada, para além das graves consequências que

afectam a saúde, este tipo de comportamento está relacionado com inúmeros

problemas financeiros, familiares e sociais e o seu consumo, mesmo que excessivo,

é causa directa ou indirecta, de muitos acidentes de viação de que resultam

milhares de vítimas.

Muitas pessoas ingerem álcool em excesso por pensarem que se torna num

estimulante do organismo, mas esta ideia está completamente errada, visto que o

álcool é na verdade um depressor que prejudica as capacidades psicofisiológicas

mesmo se ingerido em pequenas doses.

O álcool e os estados emocionais:

A ingestão onde bebidas alcoólicas, mesmo em pequenas quantidades, podem

transformar uma pequena contrariedade num grande problema e dar origem a

estados de agressividade, frustração, depressão ou outros que são normalmente

transferidos para a condução, com todos os riscos que isso importa.

Numerosos casos revelaram que mais de metade dos condutores que sofrem

um acidente mortal apresentam níveis de álcool no sangue superiores a

0,10gr/100ml.

O álcool é uma substância tóxica para o sistema nervoso central, que possui

um efeito depressivo, ainda que se manifeste em duas fases: primeiro produz-se

uma sensação de excitação, devida à depressão dos centros nervosos superiores,

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seguindo-se uma sensação sedativa, devida à acção de depressão das restantes

estruturas nervosas superiores

Só cerca de 5% do álcool ingerido é eliminado directamente através da

expiração, saliva, transpiração e urina. O restante passa rapidamente para a

corrente sanguínea através das paredes do estômago e da parte superior do

intestino delgado, sem sofrer qualquer transformação química.

Uma vez no sangue, o álcool é transportado pelos vasos sanguíneos para os

diversos órgãos, passando pelo grande purificador que é o fígado que só

lentamente procede à sua decomposição, a uma média de 0,1 g/l por hora.

Quando o álcool atinge o cérebro, órgão abundantemente irrigado de

sangue, afecta progressivamente, as capacidades sensoriais, perceptivas,

cognitivas e motoras, incluindo o controlo muscular e o equilíbrio do corpo. O álcool

interfere, assim, negativamente em todos o processo da condução.

A taxa de alcoolemia no sangue (TAS) exprime-se por gramas de álcool puro

num litro de sangue, podendo o seu valor, ser influenciado por diversos factores. A

mesma quantidade de álcool ingerido por diferentes pessoas pode originar TAS

diferentes devido a factores pessoais como:

Peso – as pessoas mais pesadas, normalmente, apresentam TAS

menos elevadas, comparativamente com pessoas com menos peso

perante a ingestão, da mesma forma e na mesma situação, de

igual quantidade da mesma bebida.

Idade e sexo – os factores de natureza hormonal e enzimáticas

inerentes a estes factores diferenciam a forma de desenvolvimento

do processo de metabolização do álcool. A capacidade metabólica

face ao álcool é, no geral, significativamente inferior nos

adolescentes do que nos adultos. Da mesma forma, as mulheres

estão pior dotadas para a defesa enzimática face ao álcool do que

os homens, devido à menor quantidade de água nos seus

organismos.

Crianças, filhos de alcoólicos, epilépticos, doentes do aparelho

digestivo, pessoas que tenham sofrido traumatismos cranianos,

etc., são mais sensíveis ao álcool.

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O estômago vazio acelera o processo de absorção do álcool e

leva a um aumento imediato de cerca 1/3 do valor da TAS, deste

modo, a presença de alimentos no estômago apenas retarda este

processo.

O estado de fadiga, alguns estados emocionais, certos

medicamentos, as mudanças bruscas de temperatura, a pressão

atmosférica e a gravidez aumentam a sensibilidade ao álcool.

Efeitos:

� Audácia incontrolada: estado de euforia, sensação de bem-estar e

optimismo, e sobrevalorização das próprias capacidades, as quais se

encontram diminuídas;

� Perda de vigilância em relação ao meio envolvente: as capacidades de

atenção e concentração ficam diminuídas;

� Perturbação das capacidades sensoriais: redução da acuidade visual,

alteração dos contornos dos objectos, incapacidade de avaliar correctamente

distâncias e velocidades, redução da visão nocturna e crepuscular, aumento

do tempo de recuperação após encadeamento e estreitamento do campo

visual, com eliminação progressiva da visão periférica que poderá chegar à

visão em túnel com o aumento das quantidades de álcool;

� Perturbação das capacidades perceptivas: a informação recebida pelos

órgãos dos sentidos é identificada mais lentamente, sendo esta prejudicada;

� Aumento do tempo de reacção: dificuldade tomada de decisão de resposta

motora adequada e na sua concretização, aumentando a distância de

reacção e consequentemente a distância de paragem do veículo;

� Diminuição da resistência à fadiga: o estado de euforia inicialmente

provocado pelo álcool dá lugar a uma intensa fadiga;

� Descoordenação psicomotora: travagens bruscas desnecessárias, grandes

golpes de volante, manobras feitas com recurso ao acelerador e outros

comportamentos desajustados a uma condução segura;

� Alteração dos estados emocionais: os problemas mesmo que pequenos

poderão levar a estados de agressividade, frustração, depressão ou outros

que se transferem para a condução contendo risco inerentes.

21

Efeito do álcool na condução consoante o estado de alcoolemia:

De 0,3 a 0,5 g/l – inicio de zona de risco

� Excitabilidade emocional, diminuição da capacidade mental e da

capacidade de discernimento;

� Relaxamento e sensação de bem-estar;

� Deterioração dos movimentos oculares.

De 0,5 a 0,8 g/l – zona de alarme

� Reacção geral muito lenta, início das dificuldades motoras;

� Euforia e tendência para a desinibição emocional;

� Começo do carácter impulsivo e da agressividade ao volante.

De 0,8 a 1,5 g/l – condução perigosa

� Estado considerável de embriaguez, menores reflexos e aumento do

tempo de resposta;

� Perda da precisão dos movimentos e problemas de coordenação;

� Diminuição considerável da capacidade de vigilância e percepção dos

riscos.

De 1,5 a 2,5 g/l – condução altamente perigosa

� Claro estado de embriaguez, com possíveis efeitos narcóticos e de

confusão;

� Alterações imprevisíveis do comportamento e considerável confusão

mental;

� Visão dupla, atitude titubeante.

Mais de 3 g/l – condução impossível

� Embriaguez profunda, estado de estupor com analgesia e progressiva

inconsciência;

� Perda de reflexos, paralisia e hipotermia. Pode levar ao estado de

coma.

22

O processo de eliminação do álcool é lento. Refere-se, como exemplo, que

num indivíduo que tenha atingido uma taxa de alcoolemia no sangue (TAS) de

2,00g/l à meia-noite, só às 20 horas do dia seguinte o organismo eliminou

completamente o álcool no sangue, apresentando, ainda às 12horas uma taxa de

0,80g/l, em circunstâncias médias e normais. Este processo não pode ser

apressado por nenhum meio, assim como não é possível eliminar os efeitos do

álcool. Existem contudo, substâncias e factores que perturbam essa eliminação,

nomeadamente atrasando as funções normais do fígado, ou potenciando o seu

efeito nocivo como, por exemplo, o café, o chá, o tabaco, certos medicamentos e

fadiga.

Exercício 8:

Em pares, expor os efeitos do álcool e comentá-los com os restantes grupos.

Efeito de NÃO

beber

Efeitos imediatos de

beber

Efeitos a longo prazo de beber

No organismo

Na pessoa e nas suas

relações com os outros

Na sociedade

23

Drogas e a condução:

Num sentido amplo, qualquer medicamento pode ser considerado uma

droga. Mas geralmente, quando falamos de drogas, referimo-nos a substâncias com

três características principais:

� São psicoactivas, isto é, têm efeitos no sistema nervoso central,

alterando algumas das suas funções, como a percepção, o juízo e

decisão, o pensamento, etc;

� Provocam dependência, ou seja, uma necessidade compulsiva do seu

consumo;

� Podem desorganizar o comportamento e a vida mental e social da

pessoa que as consome.

Numa fase de experimentação, há um conjunto de factores que podem levar

a esse consumo, do qual se destaca: a curiosidade, a vontade de pertencer a um

grupo, o desejo de diversão, o medo da exclusão do grupo, a disponibilidade da

droga, a ilusão da resolução de problemas, uma representação positiva das

substâncias, entre outros. Este consumo experimental poderá não conduzir a um

consumo esporádico ou habitual mas pode também tornar-se numa dependência.

O consumo recreativo está associado à diversão e ao lazer. Uma das suas

principais características é a busca de um prazer imediato num contexto de dança

ou diversão.

O último estádio dos consumos é quando está instalada a dependência. O

consumo passa a ser o principal objectivo e motivação na vida, tudo gira em seu

redor.

Quando uma droga é consumida com regularidade, desenvolve-se uma

necessidade de repetir esse consumo. A pessoa perde o controlo na sua relação

com a substância e os comportamentos relacionados com o consumo tornam-se

compulsivos.

Conseguir a droga e consumi-la tornam-se numa prioridade para o

dependente. À dependência associam-se perturbações no comportamento e nas

relações da pessoa afectada com o mundo que a rodeia. Muitas vezes não se olha a

meios para conseguir o fim, a substância e os seus efeitos. Nas situações mais

graves, a vida desorganiza-se por completo. Surgem então diversos problemas de

saúde, familiares, profissionais, escolares, judiciais, entre outros.

24

Existem dois tipos de dependência que importa distinguir:

� Dependência física: acontece apenas com algumas das substâncias consideradas

como drogas. Iniciado o seu uso regular, o organismo altera alguns dos seus modos

de funcionar para se adaptar à presença artificial e continua da substância. Como

consequência ocorrem dois fenómenos: a tolerância e o sindroma de abstinência.

Tolerância – trata-se de um estado de adaptação do organismo

caracterizado pela diminuição da resposta à mesma quantidade de droga ou pela

necessidade de uma dose mais alta para provocar o mesmo efeito, isto é, a

necessidade de administrar mais droga para continuar a ter os mesmos efeitos. A

tolerância do organismo é variável para os diversos efeitos das drogas e não é

limitada (as doses podem ser mortais – “overdose”).

Sindroma de abstinência/privação – A interrupção do consumo, ao qual o

organismo já se havia habituado, provoca uma série de transtornos físicos muito

desconfortáveis: dores, insónias, ansiedade, depressão, irritabilidade, etc. Estes

sintomas variam de intensidade segundo o tipo de droga, a quantidade habitual de

consumo e o estado do organismo. São assim, manifestações da dependência

física.

� Dependência psíquica: É a necessidade criada através do contacto com a droga e

que leva a procurar compulsivamente os efeitos que esta produz. A obtenção e o

consumo de droga tornam-se, então, a razão de ser da vida da pessoa dependente,

em detrimento de actividades e interesses normais como a escola, a família, o

trabalho, os amigos, etc.

Quando os consumidores querem parar de consumir drogas, é a

dependência psicológica que é mais difícil de ultrapassar, podendo provocar

recaídas nas semanas ou meses que se seguem ao último consumo. É esta forma

de dependência que justifica a necessidade de tratamentos psicológicos para os

toxicodependentes. No entanto, em cada caso há sempre um conjunto de factores

que deverão ser analisados por um técnico especializado de modo a programar um

esquema terapêutico adequado.

Existem diferentes formas de consumo com diferentes significados e as

razões que levam as pessoas a experimentar uma droga são diferentes das razões

que as levam a ficar dependentes. Estas razões podem ser individuais (prazer

pessoal), sociais (estatuto social), familiares e ambientais (como tentativa de fuga

aos problemas).

25

Exercício 9:

Em pares, enumerar alguns dos motivos que podem levar os jovens a continuar e não continuar a consumir droga e depois conduzir.

Motivos para continuar

Motivos para não continuar

Consumir droga e conduzir

Existem várias classificações possíveis das drogas, organizadas segundo

diversos critérios. No entanto, vão apenas ser duas classificações apresentadas

pelas quais se consideram as mais importantes:

Tendo em conta a situação sociológica e legal, as drogas podem

ser classificadas em duas categorias.

� Drogas de uso institucionalizado ou de produção e venda

legal (álcool, tabaco, e medicamentos);

� Drogas de uso não institucionalizado ou de produção e

comércio ilegal (cannabis e derivados, cocaína, heroína,

L.S.D., etc.)

Segundo os efeitos que as drogas produzem no Sistema Nervoso

Central, podem ser classificadas em três categorias:

� Drogas Depressoras, Opiáceos (heroína, metadona,

codeína, etc.) barbitúricos e tranquilizantes, álcool, inalante

(colas, solventes, etc.);

� Drogas estimulantes: Coca e cocaína, tabaco, cafeína (café

e chá), colas, anfetamina e derivados;

� Drogas alucinogéneas: Cannabis (haxixe e erva),

compostos sintéticos, L.S.D.

26

Efeitos imediatos

Droga POSITIVOS são os que o

toxicodependente procura

NEGATIVOS mais frequentes na sobredosagem e em fases tardias do

consumo continuado

Efeitos tardios do

consumo contínuo

Opiáceos

(ex.: heroína)

Elimina a ansiedade e depressão, promove a confiança, euforia e extremo bem-estar

Cólicas abdominais, confusão mental,

convulsões, paragem respiratória por inibição

dos Centros Respiratórios e, se não houver assistência terapêutica rápida, a

morte

Anorexia, emagrecimento e desnutrição, obstipação, impotência ou frigidez sexual, esterilidade, demência, confusão e

infecções várias (hepatites, Sida,

endocardites quando a administração é endovenosa)

Benzodiazepinas

Elimina a ansiedade e a tensão muscular.

Promove a desinibição psicológica e o sono

"para dormir e esquecer"

Diminuição da coordenação motora, do equilíbrio, hipotensão, bradicárdia, paragem respiratória e morte

Emagrecimento, ansiedade, irritabilidade e agressividade, grande labilidade emocional, depressão com risco de

suicídio

Inalantes

(tintas, lacas, colas, gasolina, solventes,

aerossóis, etc.)

Igual às benzodiazepinas

Embriaguez, alucinações, diplopia (visão dupla), paragem respiratória, coma e

morte

Doenças graves do fígado, rim e sangue (leucemias), e demência irreversível

Anfetaminas

Ecstasy Cocaína

Estado de grande auto-confiança, euforia e energia. Aumento

efémero da capacidade de concentração,

memorização, rapidez de associação de ideias, maior força muscular e diminuição da fadiga,

sono, fome, sede ou frio

Secura da boca, suores, febre, hipertensão e arritmias cardíacas,

irritabilidade, agressividade, tremores e convulsões, delírios

paranóides

A exaustão contínua pode provocar

desidratação, problemas cardíacos, renais e

morte

A cocaína está frequentemente

associada à perfuração do septo nasal

Emagrecimento, irritabilidade, delírios

paranóides (sensação de ser perseguido por

organizações secretas, etc.)

A perfuração do septo nasal é uma complicação típica do consumo inalado

de cocaína

O ecstasy está raramente associado a crises de

flashback

Canabinóides

Elimina a ansiedade e promove sensação de bem-estar, desinibição, maior capacidade de fantasiar, visualização da realidade com mais intensidade (cores e sons mais distintos)

Secura da boca, reacções de ansiedade e pânico (paradoxalmente

mais comuns em fumadores experientes),

agressividade e, excepcionalmente,

alucinações

Pode desencadear uma doença mental (psicose) nos raros indivíduos

predispostos

Síndrome "amotivacional" (provavelmente apenas em grandes consumidores

predispostos)

Alucinogénios

(ex: LSD)

Forte exaltação das percepções sensoriais (cores e sons mais intensos), sinestesias (transferências das impressões de um sentido para outro: ouve-se cores e vê-se sons). Sensação de

levitação, despersonalização

mística.

Má viagem ou "bad trip" em que o consumidor tem sensação intensa de pânico e delírios

paranóides que podem durar até cerca de 2

dias Estas reacções descontroladas provocam

ocasionalmente acidentes mortais

Crises psicóticas com delírios e alucinações

Flash-backs ou períodos efémeros nos quais o ex-consumidor volta a sentir os efeitos do consumo até um ano depois de deixar

de consumir

27

Relação entre o consumo de drogas e os acidentes de viação:

A associação de benzodiazepínicos com álcool parece frequente e ter um

efeito muito nocivo sob a condução. A heroína e a metadona têm efeitos discretos

em particular nos consumidores regulares; o cannabis é mais prevalente e em

doses baixas produz efeitos variáveis mas em doses altas diminui a atenção e a

memória a curto prazo. As anfetaminas não são nocivas no acto da condução.

A ligação entre consumo de droga e a condução de veículos motorizados

está mais associado a zonas urbanas e em tempos de lazer durante o período

nocturno.

A grande maioria dos países realça a grande prioridade da prevenção nas

estratégias nacionais e nas numerosas actividades preventivas em diferentes locais,

sobretudo escolas. Contudo, é cada vez mais óbvio o enorme fosso entre os

objectivos políticos e a realidade e qualidade da prevenção. É possível medir

aproximadamente a verdadeira extensão da prevenção (em escolas, por exemplo),

desde que de uma forma estruturada, através de programas claramente definidos.

Só assim se poderá avaliar os parâmetros-chave como os conteúdos (modelos,

factores de risco tratados) e o número de escolas, alunos e professores envolvidos.

Em alguns Estados-Membros, nos locais de diversão, os projectos

consideram-se “prevenção secundária”, noutros, tentam conceptualizar o seu

trabalho como “redução de danos”. Em termos gerais, esta forma de prevenção

baseia-se em três estratégias de intervenção: produção de material de informação

sobre a droga e a saúde, questões jurídicas e emocionais relacionadas com a droga,

intervenções personalizadas em discotecas ou “raves” e ainda medidas estruturais

como orientações para convivência segura. Estas orientações existem em diversos

países mas a sua aplicação quer pelos proprietários dos locais de diversão quer

pelas autoridades locais faz-se, ainda, de uma forma muito irregular. Existem,

contudo, iniciativas no sentido de se dispor de um conjunto harmonizado de

orientações sobre convivência segura a nível europeu.

Estratégias nacionais

� Está a ser atribuída uma atenção crescente a actividades de prevenção e

tratamento do alcoolismo e do consumo de droga no acto da condução. As

estratégias tendem a ser alargadas a todas as substâncias que provocam

dependência, independentemente do seu estatuto legal.

28

Os inquéritos à população fornecem estimativas sobre a percentagem da população

que consumiu droga durante determinados períodos de tempo, para além de

fornecerem informações sobre os comportamentos e as características dos

inquiridos. No caso das drogas ilícitas, as medidas mais habituais são as seguintes:

� Consumo durante a vida da pessoa (prevalência ao longo da vida);

� Consumo durante o ano anterior (prevalência nos últimos 12 meses);

� Consumo durante o mês anterior (prevalência nos últimos 30 dias).

A “experiência ao longo da vida” fornece sempre valores mais elevados e é

amplamente utilizada em relatórios e avaliações da situação de um país em matéria

de consumo de droga. No entanto, a experiência ao longo da vida só por si não

capta bem a situação actual, pois inclui igualmente todos aqueles que alguma vez

experimentaram drogas, quer uma quer várias vezes, há muitos anos.

O “consumo recente” fornece valores mais baixos, mas reflecte melhor a

situação actual porque aborda também os efeitos da droga no acto da condução

como também os efeitos do álcool. A conjugação da experiência ao longo da vida e

do consumo recente pode fornecer informações de base sobre padrões do consumo

de droga (por exemplo, taxas de manutenção de consumo). O “consumo actual”

poderá fornecer alguma indicação sobre o consumo regular, mas os números são

geralmente bastante baixos quando se considera a totalidade da população.

Muitos inquéritos investigam a idade em que se iniciou o consumo de droga

e a frequência desse consumo, o que permite fazer cálculos relativos à incidência e

aos padrões de consumo. Outras variáveis individuais (variáveis sócio

demográficas, opiniões e percepções do risco, estilos de vida, problemas de saúde,

etc.) podem contribuir para estabelecer correlações entre o consumo e outros

factores individuais.

O consumo de substâncias ilícitas está concentrado entre os adultos jovens

das zonas urbanas, sobretudo do sexo masculino.

Campanhas:

Em Portugal, já foram criadas e implementadas várias campanhas

relativamente à segurança e prevenção rodoviária. Todos os anos, mais

29

especificamente nas épocas festivas, são realizadas por todo o país operações STOP

nas estradas. Através destas operações, são extraídas estimativas e realizados

estudos estatísticos relacionados com os acidentes de viação e o consumo de álcool

e drogas nas estradas. A realidade nacional é dramática, e todos os anos Portugal

encontra-se, dentro da União Europeia, como o país com maiores estatísticas de

mortes e de consumo de substâncias tóxicas relacionadas com os acidentes de

viação nas estradas.

Actualmente, existem algumas campanhas de sensibilização a decorrer.

Entre elas está a “Noite Gregório” (ACP); “Programa escola segura” (PRP); “Se

Conduzir não Beba” (PRP); “Álcool e Drogas são Fatais na Condução” (DGV) e

Formação de Técnicos Agentes de Prevenção. (PRP)

Exercício 10:

Em pares, preencher o quadro que se segue consoante a sua ideia em relação ao efeito de consumir e não consumir; efeitos imediatos e a longo prazo de consumir droga. Comentá-los com os restantes grupos.

Efeito de NÃO consumir droga

Efeitos imediatos de consumir droga

Efeitos a longo prazo de consumir

droga

No organismo

Na pessoa e nas suas

relações com os outros

Na sociedade

30

O que pode acontecer depois de um acidente de viação?

A exposição a acontecimentos traumáticos, em particular a exposição a

acidentes rodoviários não é rara. Os veículos que circulam nas estradas e vias

nacionais e mundiais são cada vez mais e tornaram-se num bem essencial de

primeira necessidade. Consequentemente a probabilidade de ocorrência de

acidentes aumenta, e os cuidados e atenção dos condutores e demais utilizadores

da via pública deve também ser maior. De acordo com as Nações Unidas (2003) os

acidentes rodoviários são acontecimentos cuja prevenção é possível.

Sabe-se que cerca de 69% das pessoas experimentam pelo menos um

acontecimento traumático ao longo da sua vida e que 23% dos indivíduos

experimentam acidentes rodoviários ao longo da vida (Norris, 1992, citado por

Pires & Maia 2005).

Os acidentes de viação, para além da perda de vidas, podem ter graves

implicações a nível da saúde física e psicológica. Em termos físicos para além do

sofrimento imediato, as consequências podem incluir cessação temporária, parcial

ou total das actividades do quotidiano, devido à gravidade das lesões sofridas, que

podem incluir fracturas, paralisias, amputações e lesões neurológicas que

interferem com a vida não só do lesado mas de todas as pessoas que o rodeiam.

Para além do custo físico, os acidentes de viação são acontecimentos que

podem dar origem a perturbações psicológicas, entre as quais a sintomatologia de

Perturbação Aguda de Stress, Perturbação pós-stress traumático, ansiedade

generalizada, ansiedades específicas, fobias e depressão são os mais considerados

(Blanchard, Hickling, Taylor, Forneris, Loos, & Jaccard, 1995; Mayou, Bryant, &

Ehlers, 2001).

A perturbação aguda de stress e a perturbação de pós-stress traumática

constituem duas das perturbações contempladas no Manual de Diagnóstico e

Estatística das Perturbações Mentais (APA, 1994). A estas perturbações está

associada a exposição ou confronto com um acontecimento que envolveu ameaça

de morte ou ferimentos e que despertou no indivíduo respostas de medo intenso.

Existe assim uma relação na vivência de um determinado acontecimento de vida

(avaliado como traumático) e as respostas a essa situação. Essas reacções, quando

excessivas e intensas influenciam significativamente o funcionamento do indivíduo

nas diversas áreas da sua vida: família, emprego, relações sociais e interpessoais,

saúde, e noutros contextos em que se esteja inserido

Os estudos realizados sobre o assunto apresentam alguns resultados

importantes, onde a percentagem de perturbação de pós-stress traumático

31

encontrada é superior nas avaliações efectuadas após o acidente, sendo que, estes

valores diminuem à medida que o tempo passa (Blanchard et al., 1997).

Ansiedade é uma característica que antecede momentos de medo, perigo

ou de tensão, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma

sensação de vazio no estômago, rápido batimento cardíaco, nervosismo, aperto no

tórax, transpiração, etc.

As consequências de saúde (internamentos, intervenções cirúrgicas,

tratamentos, consultas e medicamentos) e legais reflectem-se na adaptação do

indivíduo e da sua família ao acidente e as consequências do mesmo. O

apuramento da culpa e responsabilidade levam geralmente a processos litigiosos

morosos e com custos avultados e que recorrentemente recordam o acontecimento

traumático, não facilitando que os indivíduos o integrem como algo passado (Mayou

& Farmer, 2002)

Que tipo de ajuda a recorrer e o que poderá ser feito?

O profissional de saúde, sobretudo dos cuidados de saúde primários,

encontra-se numa situação privilegiada para actuar na prevenção deste tipo de

acidentes. Isso é possível através da sua intervenção:

� Em comportamentos de risco (álcool e drogas);

� Na correcta utilização dos medicamentos;

� Na utilização dos dispositivos de segurança;

� Na capacidade de detenção de patologias relacionadas;

� Na possibilidade de intervir em programas de educação rodoviária.

Há uma clara evidência de que o aconselhamento clínico breve por parte dos

médicos, pode reduzir o consumo de álcool e droga em “consumidores de risco”, o

que pode vir a resultar numa redução da condução de veículos e a sua ingestão. A

detecção de problemas com a bebida, seguida de aconselhamento breve, é eficaz

na redução do consumo do álcool. Por isso, é possível que esta intervenção,

realizada pelo médico de família, seja útil para reduzir lesões e mortes por

acidentes de automóvel.

32

O aconselhamento breve ou muito breve mostrou-se muito eficaz na redução

do consumo de substâncias tóxicas, em consumidores não dependentes ou em

estádios de dependência precoce. Calcula-se que as intervenções breves tenham

uma resposta positiva em 45% dos pacientes (Richmond, 1995).

Intervenção clínica

Todos os pacientes devem receber aconselhamento relativo aos perigos da

condução automóvel sob efeitos de álcool e de outras drogas e também sobre os

riscos de viajar num veículo conduzido por alguém que esteja sob esse efeito. Esta

intervenção é mais importante para os que apresentam maior risco de sofrer

acidentes de viação, como é o caso dos adolescentes e dos jovens adultos.

Do ponto de vista social e de saúde púbica, o problema é maior quando as

vitimas são crianças, por duas razões principais: o potencial de anos de vida

perdidos e a impossibilidade de protagonizar a sua própria segurança, por um

evidente desconhecimento das medidas adequadas à sua protecção.

Não existe dúvida que hoje em dia, a relação custo/benefício das actividades

preventivas seja favorável a estas ultimas. Os três pilares em que se fundamenta a

prevenção de acidentes são a epidemiologia (ciência que estuda qualitativamente a

distribuição dos fenómenos de saúde/doença, e seus factores condicionantes, nas

populações), a legislação e a educação.

Qualquer actividade preventiva em relação aos acidentes, que se queira

iniciar, deve ter em conta estes três aspectos na altura de planificar um programa

ou intervenção.

Exercício 11: (exercício de reflexão)

Tendo em conta os exercícios realizados nesta unidade e incluindo também todo o enquadramento teórico relativamente aos sete critérios de um objectivo eficaz, acha-se capaz de transmitir estas ideias e convencer um amigo(a) a não consumir álcool e/ou drogas e conduzir? Como e porquê?

33

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www.rosita.org – Roadside Testing Assessment

www.peer-projekt.de – Peer-Projekt

www.prp.pt – Prevenção Rodoviária Portuguesa

www.tudosobrerodas.pt – Tudo sobre Rodas

35

AANNEEXXOO 11

(Questionário dirigido aos educadores de pares antes da formação)

A Como teve conhecimento do projecto de intervenção com Educadores de Pares nas

escolas de condução?

� Um professor da universidade informou-me

� O projecto foi referido num seminário

� Amigos/colegas falaram do projecto.

� Através de um anúncio de jornal /artigo

� Através de publicidade (panfleto, poster).

B Porque está interessado em participar neste projecto?

� Estou interessado em aprender algo mais para o meu futuro profissional

� Já tive experiências negativas relacionadas com o álcool/drogas e a condução

� Estou interessado nesta temática da condução e o consumo álcool/drogas

� Tenho amigos que já estiveram envolvidos em acidentes de viação devido ao consumo

de álcool/droga

� Estou interessado em ganhar dinheiro com este projecto

� Estou interessado em ter este tipo de experiências que contribuam ao para a minha

formação académica

� Estou interessado em trabalhar na área da prevenção

C Dado pessoais:

Género

� Feminino � Masculino

Idade:…………

36

Qual a sua profissão/actividade no momento?

� Estudante

� Trabalhador

� Estudante/trabalhador

� Outros

D Tem carta de condução?

� Sim De: � carro � motociclo � Outro

� Não

E Já trabalhou em algo semelhante? (como educador de pares)

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F O que espera ganhar com esta experiência?

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37

G Como acha que se vai sentir no papel de educador de pares? Tem algum receio?

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AANNEEXXOO 22

(Questionário dirigido aos Educadores de pares depois da formação)

A sua opinião sobre o projecto de educadores de pares nas escolas de condução é muito

importante para podermos de algum modo melhorar os nossos serviços. Deste modo, pedimos-

lhe que preencha o seguinte formulário. As suas respostas serão totalmente confidenciais!

Obrigado pelo seu apoio e contributo!

Iniciei o minha formação…….............. (Data) na escola de condução..........................................

(Nome da escola) em.................................... (localidade) com o projecto de intervenção em

escolas de condução por Educadores de Pares.

Dado pessoais:

Género: � Feminino � Masculino

Idade:…..

Qual a sua profissão/actividade no momento?

� Estudante

� Estudante/Trabalhador

� Trabalhador

� Outros:…………….

Achei a formação interessante:

Concordo

absolutamente Concordo Discordo

Discordo

absolutamente

� � � �

Achei a formação útil:

Concordo

absolutamente Concordo Discordo

Discordo

absolutamente

� � � �

39

Depois da formação, fiquei melhor informado sobre como prevenir um acidente de viação

sobe a influência de substâncias tóxicas.

Concordo

absolutamente Concordo Discordo

Discordo

absolutamente

� � � �

Eu consegui compreender todo o conteúdo da formação

Concordo

absolutamente

Concordo Discordo Discordo

absolutamente

� � � �

Se pudesse decidir, todos os alunos das aulas de condução deveriam participar neste tipo

de formação

Concordo

absolutamente Concordo Discordo

Discordo

absolutamente

� � � �

Eu aceitaria boleia de um condutor que estivesse sobe a influência de álcool ou drogas

Concordo

absolutamente Concordo Discordo

Discordo

absolutamente

� � � �

Eu recomendaria esta formação a um amigo(a)

Concordo

absolutamente Concordo Discordo

Discordo

absolutamente

� � � �

Comentários ou sugestões:

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40

AANNEEXXOO 33

Soluções dos quadros de exercícios:

Unidade 4 – Álcool e drogas na condução

Exercício 7:

Em pares, enumere alguns dos motivos que podem levar os jovens a consumir e a não consumir álcool e conduzirem.

Motivos para consumir

Motivos para não consumir

Beber álcool e conduzir

Curiosidade

Pressão do grupo de amigos

Necessidade de afirmação

Facilitar a comunicação

Não gostar

Manter melhor forma física

Ter mais dinheiro

Ter melhor aspecto

Evitar conflitos com pais, amigos, namorado(a)

41

Exercício 8:

Em pares, expor os efeitos do álcool e comentá-los com os restantes grupos.

Efeito de NÃO

beber

Efeitos imediatos de

beber

Efeitos a longo prazo de beber

No organismo Mais saúde e bem-estar Melhor forma física

Diminuição da coordenação motora, do equilíbrio, hipotensão, bradicárdia, paragem respiratória e morte

Aumenta fortemente o risco de vida Origina úlceras no estômago, rins e fígado emagrecimento, ansiedade, irritabilidade e agressividade, grande labilidade emocional, depressão com risco de suicídio

Na pessoa e nas suas

relações com os outros

Melhor qualidade de vida Mais dinheiro Mais sucesso na escola e no trabalho Menos conflitos pessoais Mais respeito por si próprio Melhor aspecto

Mau cheiro Mau hálito Estatuto social valorizado ou desvalorizado Ajuda a fazer amigos Ideia de independência e segurança Mais desinibido

Provoca dependência Diminui o orçamento pessoal Dificulta a capacidade de concentração e de trabalho no emprego ou na escola Origina conflitos com os outros Diminui a esperança de vida

Na sociedade

Diminui os custos dos sistemas de saúde e de apoio social

Aumenta os custos de saúde Diminui a produtividade das empresas (se for o caso) no país

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Exercício 9:

Em pares, enumere alguns dos motivos para os jovens continuarem e não continuarem a consumir droga e conduzirem.

Motivos para continuar

Motivos para não continuar

Consumir droga e conduzir

Curiosidade

Pressão do grupo de amigos

Necessidade de afirmação

Facilitar a comunicação

Não gostar

Manter melhor forma física

Ter mais dinheiro

Ter melhor aspecto

Evitar conflitos com pais, amigos, namorado(a)

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Exercício 10:

Em pares, preencha o quadro que se segue consoante a sua ideia em relação ao efeito de consumir e não consumir; efeitos imediatos e a longo prazo de consumir droga. Comentá-los com os restantes grupos.

Efeito de NÃO consumir droga

Efeitos imediatos de consumir droga

Efeitos a longo prazo de consumir

droga

No organismo Mais saúde e bem-estar Melhor forma física

Aumenta o ritmo cardíaco Produz ácido no estômago Estimula e depois deprime a actividade do sistema nervoso Ajuda a gerir o stress/descontrai mais Aumenta a tensão muscular

Problemas respiratórios (favorece infecções) Aumenta fortemente o risco de vida Origina úlceras no estômago

Na pessoa e nas suas

relações com os outros

Melhor qualidade de vida Mais dinheiro Mais sucesso na escola e no trabalho Menos conflitos pessoais Mais respeito por si próprio Melhor aspecto

Mau hálito Mau cheiro Estatuto social desvalorizado Ajuda a fazer amigos É divertido Ideia de independência e segurança Mais desinibido

Provoca dependência Diminui o orçamento pessoal Dificulta a capacidade de concentração e de trabalho no emprego ou na escola Diminui a esperança de vida Origina conflitos com os outros

Na sociedade

Diminui os custos dos sistemas de saúde e de apoio social

Aumenta os custos de saúde Aumenta os custos dos serviços sociais (baixas, reformas precoces) Diminui a produtividade das empresas (se for o caso) no país

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“PEER Education Drive Clean”

Uma Introdução à Formação de

Educadores de Pares

AVENTURA SOCIAL

& SAÚDE

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AVENTURA SOCIAL Faculdade de Motricidade Humana /

Universidade Técnica de Lisboa

www.fmh.utl.pt/aventurasocial/ www.aventurasocial.com

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