Manual Sbvdae

39
Colecção de manuais de apoio da Cruz Vermelha Portuguesa MANUAL DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA

description

ss

Transcript of Manual Sbvdae

  • CONHEA A IMPORTNCIA DE SABER PRATICAR GESTOS QUE SALVAM.

    O conhecimento e a execuo precoce demanobras de Suporte Bsico de Vida (SBV)revelam-se, atravs de estudos cientficosinternacionais, fundamentais para potencializara probabilidade de sobrevivncia das vtimasde paragem crdio-respiratria.

    Para uma prestao eficaz de PrimeirosSocorros, importante:

    ESTAR BEM TREINADOMANTER-SE ACTUALIZADOA NVEL TERICO-PRTICO

    Consulte os nossos Cursos de Socorrismo emwww.cruzvermelha.pt

    Coleco de manuais de apoio da Cruz Vermelha Portuguesa

    MANUAL DE SUPORTE

    BSICO DE VIDA

    633_08_Capa_A5:Layout 1 08/11/06 11:20 Pgina1

  • Os captulos constantes neste manual foram extrados do EFAM European First Aid Manual, publicado pela Cruz Vermelha Belga Flandres. Os captulos adicionais so da autoria da Cruz Vermelha Portuguesa, nos termos da licena de utilizao do EFAM-DVD.

    Traduo: Marta Brito Martins

    Texto e Imagens dos captulos de autoria da CVP:

    Reviso Tcnica: Dr. Mrio Mendes

    Tiragem: 5.000 exemplares

    Depsito Legal: 284 499/08

    ISBN: 978-989-95164-1-0

    Execuo Grfica: Editorial do Ministrio da Educao Estrada de Mem Martins, 4, S. Carlos, Apartado 113 2726-901 Mem Martins Tel.: 219 266 600 Fax: 219 202 765 Internet: www.eme.pt E-mail: [email protected]

    Nmero Edio e Ano: 1. - 2008

    Edio: Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa

    COPYRIGHT 2008Escola de SocorrismoCruz Vermelha Portuguesa

    Reservados todos os direitos. Este trabalho est sujeito a copyright. Todos os direitos esto reservados, tanto no que diz respeito totalidade como a qualquer das suas partes, especifica-mente os de traduo, reimpresso, reutilizao de fotografias, transmisso por qualquer forma, reproduo por fotocopiadoras ou sistemas semelhantes e arquivo em sistemas de informtica.

  • EFAM - European First Aid Manual

    Publicado pelo:

    Departamento de Formao, Cruz Vermelha Belga Flandres, Motstraat 40, 2800 Mechelen, Blgica.

    Endereo para correspondncia:

    Stijn Van de Velde, Departamento de Formao, Cruz Vermelha Belga Flandres, Motstraat 40, 2800 Mechelen, Blgica. E-mail: [email protected]

    Data de publicao: Dezembro de 2006

    Os procedimentos e tcnicas descritas no Manual Europeu de Primeiros Socorros (EFAM - European First Aid Manual) esto de acordo com as orientaes do Conselho Europeu de Ressuscitao sobre Suporte Bsico de Vida (SBV) e Desfibrilhao Automtica Externa1 (DAE) de 2005 e com as normas da Cruz Vermelha sobre Primeiros Socorros de 20072. O captulo sobre ataques cardacos baseia-se nas directivas de 2005 da American Heart Association3.

    Estas directivas no tm como objectivo substituir a opinio dos especialistas em sade sobre uma condio mdica especfica. As vtimas devem ser observadas por um profissional de sade para um acompanhamento adequado face a uma situao mdica especfica. Os autores declinam qualquer responsabilidade perante terceiros, por eventuais danos decorrentes do uso ou no uso deste material e qualquer informao aqui contida bem como todas as garantias, expressas ou insinuadas.

    Este trabalho contribui para a harmonizao internacional dos primeiros socorros e complementa esforos prvios de harmonizao efectuados pela Cruz Vermelha e pelo Crescente Vermelho, i.e., as primeiras recomendaes sobre tcnicas de socorro da Federao Internacional das Sociedades Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (IFRC).

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida, armazenada num sistema de recuperao ou transmitida sob forma alguma ou atravs de meio algum, electronicamente, mecanicamente, por fotocpia, gravao ou qualquer outro modo, sem a autorizao prvia escrita dos editores, a Cruz Vermelha Belga Flandres, Motstraat 40, 2800 Mechelen, Blgica; e a Cruz Vermelha Portuguesa.

    Editor responsvel:

    Philippe Vandekerckhove, Cruz Vermelha Belga Flandres, Motstraat 40, 2800 Mechelen, Blgica.

    * A lista de referncias encontra-se no final deste guia.

  • CRUZ VERMELHA PORTUGUESAAt meados do sculo XIX, no seio de um interminvel nmero de guerras a nvel mundial, reinava o caos e a desordem. A inexistncia de uma estrutura organizada no contexto dos exrcitos envolvidos, para acudir aos feridos e doentes de guerra, e a vivncia deste sofrimento presenciada pelo cidado suo Jean Henry Dunant na batalha de Solferino, foram objecto do seu testemunho na obra Un Souvenir de Solferino. A divulgao desses acontecimentos desencadeou um movimento internacional de Proteco aos feridos e doentes de guerra, ao qual Portugal se associou com o envio do delegado do rei D. Lus I, Dr. Jos Antnio Marques, para assinatura da Conveno de Genebra em 22 de Agosto de 1864. Em Fevereiro de 1865, o Dr. Jos Antnio Marques criou o embrio do que viria a tornar-se a futura Cruz Vermelha Portuguesa, a qual, oficialmente fundada em Maio de 1887, mantm as suas instalaes no Palcio dos Condes dbidos desde 1924.Fiel aos princpios fundamentais do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho:

    HUMANIDADEA Cruz Vermelha, nascida da preocupao de prestar auxlio, sem discriminao, aos feridos dos campos de batalha e dentro da sua condio internacional e nacional, esfora-se por prevenir e aliviar, em todas as circunstncias, os sofrimentos dos homens. Destina-se a proteger a vida e a sade, assim como a fazer respeitar a pessoa humana. Favorece a compreenso mtua, a amizade, a cooperao e uma paz duradoura entre os povos.

    IMPARCIALIDADEA Cruz Vermelha no distingue nacionalidades, raas, condies sociais e credos polticos. Empenha-se, exclusivamente, em socorrer os indivduos na medida dos seus sofrimentos e aliviar, em primeiro lugar, as necessidades mais urgentes.

    NEUTRALIDADEA Cruz Vermelha, a fim de conservar a confiana de todos, abstm-se de tomar parte em hostilidades e, em qualquer altura, nas controvrsias de ordem poltica, racial, religiosa e filosfica.

    INDEPENDNCIAA Cruz Vermelha independente. As Sociedades Nacionais, auxiliares dos poderes pblicos nas suas actividades humanitrias e submetidas s leis dos pases respectivos, devem, entretanto, conservar uma autonomia que lhes permita agir sempre segundo os princpios da Cruz Vermelha.

    VOLUNTARIADOA Cruz Vermelha uma instituio de socorros, voluntria e desinteressada.

  • UNIDADEA Cruz Vermelha uma s, pelo que no pode haver mais do que uma sociedade em cada pas. Est aberta a todos e estende a sua aco humanitria a todo o respectivo territrio.

    UNIVERSALIDADEA Cruz Vermelha uma instituio universal, no seio da qual todas as Sociedades Nacionais tm direitos iguais e o dever de se entreajudarem.

    Tendo em conta os objectivos que presidiram criao da Cruz Vermelha em todo o mundo, tambm a CVP, semelhana das suas congneres, tem procurado formar os membros da sua Sociedade Nacional em diversas reas que abrangem: A Aco Social; A Sade; O Ensino e a Formao Pessoal e Social; A Juventude; A Cooperao Internacional; O Socorrismo.Neste ltimo campo, e correspondendo ao acrscimo de situaes de doena sbita e acidente de diversa ndole, a CVP, atravs da Escola de Socorrismo, tem preparado voluntrios para prestar auxlio a qualquer vtima que necessite de cuidados de socorro. Para tanto, a Direco Nacional e restantes rgos da CVP, cientes da importncia da divulgao destas tcnicas, esto fortemente empenhados em manter actualizados os padres de ensino dos cursos ministrados a nvel nacional. Nesse sentido, a Escola de Socorrismo, com o propsito de facilitar a aprendizagem das tcnicas divulgadas nos seus cursos, editou o presente manual de apoio que constitui um guia til de consulta prtica.

  • ndice

    MA

    NU

    AL D

    E SUPO

    RTE B

    SIC

    O D

    E VIDA

    Introduo 3 Sistema Integrado de Emergncia Mdica* 5 Princpios Bsicos 9 Os Quatro Passos em Primeiros Socorros 11 Garantir a Segurana 11 Examinar a Vtima 14 Dar o Alerta 14 Prestar os Primeiros Socorros 15

    Suporte Bsico de Vida e Desfibrilhao Automtica Externa 17 Verificao da Conscincia 17 Abertura das Vias Areas 18 Verificao da Ventilao 19 Compresses Torcicas e Insuflaes (RCP)1 20 Desfibrilhao Automtica Externa 25 Posio Lateral de Segurana 28 Bebs e Crianas 31 Engasgamento (Obstruo da Via Area) 32

    Preveno de Doenas Vasculares* 37

    Agradecimentos 39 Referncias 41

    * Os temas assinalados, so captulos adicionais da autoria da Cruz Vermelha Portuguesa. Os restantes temas so tradues do EFAM European First Aid Manual, publicado pela Cruz Vermelha Belga Flandres.1 A RCP (Reanimao Crdio Pulmonar) a expresso habitual que engloba as compresses torcicas e insuflaes.

  • Acidentes, leses ou doenas podem acontecer subitamente. A ajuda imediata depende frequentemente de familiares, colegas ou pessoas que esto no local certo hora certa. Com conhecimentos de Primeiros Socorros, qualquer pessoa pode ajudar numa destas situaes. No entanto e como bvio, a preveno sempre melhor do que a cura!

    Para poder oferecer ajuda vlida a uma vtima, importante que o socorrista execute Primeiros Socorros de forma correcta. Faz-lo de modo errado pode no ajudar ou mesmo ser prejudicial para a vtima. Estas orientaes abarcam as melhores tcnicas conhecidas at hoje e garantem melhores prticas de Primeiros Socorros.

    Este manual explica os procedimentos correctos de Socorro em situaes que coloquem em perigo a vida humana e quando o socorrista se depara com situaes de paragem crdio-respiratria. Aqui ir aprender, passo-a- -passo, como reagir e o que pode fazer para ajudar uma vtima. Comeamos com as questes: O que observa? e O que fazer?. Tcnicas especficas so explicadas nas caixas de cor laranja. As tcnicas e procedimentos so ilustrados por fotografias de grande qualidade.

    A formao prtica em Primeiros Socorros essencial na preparao de uma resposta inicial em emergncia e a formao prtica repetida essencial para manter o conhecimento e as aptides. Este manual no pretende ser um substituto do treino prtico.

    As tcnicas de socorro no param no tempo. Assim que novas pesquisas estejam disponveis, as orientaes a este manual devero ser revistas.

    Por mera convenincia, neste manual utilizamos o pronome feminino ela. Mas sempre que utilizamos ela, deve ler-se indiscriminadamente ele ou ela. No pretendemos discriminar gneros.

    Existe uma enorme panplia de produtos de primeiro socorro no mercado. Qualquer referncia a marcas comerciais de produtos de primeiros socorros nesta publicao serve um propsito meramente ilustrativo e no implica qualquer recomendao de uma marca especfica feita pela Cruz Vermelha Belga Flandres.

    Introduo

    MA

    NU

    AL D

    E SUPO

    RTE B

    SIC

    O D

    E VIDA

  • SIEM - Sistema Integrado de Emergncia MdicaNas situaes de doena sbita e acidente, os cuidados imediatos podem ser garantidos por qualquer pessoa com formao em socorrismo. Por vezes, revela--se virtualmente necessrio um conjunto de meios e de aces que envolvem a interveno activa de vrios componentes da comunidade, com vista ao restabelecimento da normalidade.

    Fcil entender que a nossa vtima, para alm do 1. socorro, necessita que algum accione uma ambulncia, com tripulao habilitada a efectuar aces complementares s medidas de socorro iniciais, garantindo o transporte para uma unidade hospitalar. Esta deve promover as medidas adequadas e necessrias ao diagnstico, teraputica e tratamento definitivo do doente, sem os quais este pode sofrer grande risco ou prejuzo.

    Para que todo o processo decorra da forma mais eficaz, fundamental e necessria a articulao dos vrios intervenientes no processo de emergncia. Daqui decorre o conceito de Sistema Integrado de Emergncia Mdica (SIEM) que pode ser definido como:

    Interveno activa dos vrios elementos comunitrios, individuais e colectivos, sejam eles extra-hospitalares ou hospitalares, programados de modo a possibilitar uma aco rpida, eficaz e com economia de meios, em situao de doena sbita, acidente ou catstrofe, cujo objectivo final

    o restabelecimento total da vtima.

    O SIEM internacionalmente representado pela Estrela da Vida, smbolo composto por uma cruz azul de seis pontas, que representam cada uma das fases deste sistema, e na qual so inseridos a branco um basto e uma serpente, representativas das Cincias da Sade.

    DETECO da ocorrncia de emergncia mdica, que corresponde ao momento em que algum se apercebe da existncia de uma ou mais vtimas de acidente ou doena sbita.

    ALERTA, fase na qual se contacta, atravs do nmero europeu de emergncia (112) ou de qualquer outro meio, uma central de emergncia, dando conta da ocorrncia anteriormente detectada.

    SIEM SISTEM

    A INTEG

    RA

    DO

    DE EM

    ERG

    NC

    IA MD

    ICA

  • PR-SOCORRO, conjunto de gestos sim-ples de socorrismo bsico, normalmente executados por socorristas formados no seio da populao, e que so mantidos at chegada de meios de socorro mais espe-cializados.

    SOCORRO, que corresponde ao conjunto de gestos de socorro complementar execu-tados pelos tripulantes de ambulncia e que visam a continuao da estabilizao da v-tima ou doente.

    TRANSPORTE, desde o local onde ocorreu a situao de emergncia at entrada no es-tabelecimento de sade adequado, garantindo ao doente a continuidade da prestao de cui-dados de sade.

    TRATAMENTO HOSPITALAR: aps a entra-da no estabelecimento de sade, a vtima avaliada e so iniciadas as medidas de diagnstico e teraputica com vista ao seu restabelecimento. Se necessrio, pode pos-teriormente considerar-se um novo transpor-te (transferncia) para um hospital de maior diferenciao, onde ir ocorrer o tratamento mais adequado situao.

    Do ponto de vista funcional, a necessidade de existir um SIEM operacional tem os se-guintes objectivos estratgicos:

    SIEM

    S

    ISTE

    MA

    INTE

    GR

    AD

    O D

    E EM

    ERG

    NC

    IA M

    DIC

    A

  • Chegada rpida ao local da ocorrncia;

    Estabilizao da vtima ou doente no prprio local;

    Transporte adequado da vtima ou doente;

    Tratamento adequado a nvel hospitalar, es-tando prevista a possibilidade de transfern-cia para um hospital mais diferenciado que garanta os cuidados definitivos.

    Para a concretizao dos seus objectivos, o SIEM conta com todos os seus intervenien-tes, em maior ou menor escala, mas todos com responsabilidade no seu eficaz funcio-namento. So eles:

    Pblico em geral;

    Operadores das centrais de emergncia;

    Agentes da PSP/GNR;

    Bombeiros;

    Cruz Vermelha Portuguesa;

    Tripulantes de ambulncia;

    Mdicos e enfermeiros, quer em trabalho pr-hospitalar quer hospitalar;

    Pessoal tcnico e auxiliares de aco mdi-ca dos hospitais;

    Pessoal tcnico na rea das telecomunica-es e informtica.

    Para alm destes intervenientes humanos, h que considerar os meios de telecomuni-caes (por ex.: rdios, computadores), os materiais de socorro (por ex.: material de reanimao) e os meios de transporte (por ex.: ambulncias, viaturas de interveno).

    Em Portugal, para que toda esta vasta equi-pa funcione, fundamental a coordenao das diversas actividades de emergncia mdica da responsabilidade do Instituto Nacional de Emergncia Mdica (INEM), organismo criado em 1981 e dependente do Ministrio da Sade.

    SIEM SISTEM

    A INTEG

    RA

    DO

    DE EM

    ERG

    NC

    IA MD

    ICA

  • Captulo 1: Princpios BsicosStress na Emergncia

    normal que sinta ansiedade se subitamente necessitar de prestar primeiros socorros numa emergncia real. Tente controlar as suas emoes antes de continuar. Espere um momento para se distanciar da situao e recuperar a calma. No se dedique tarefa com demasiada precipitao e nunca coloque a sua prpria segurana em risco, em qualquer circunstncia. O prximo captulo explica o que deve saber para poder trabalhar em segurana.

    Socorro Psicolgico

    Oferea apoio emocional vitima. Aproxime--se dela de forma cordial e sem preconceito

    quanto ao seu estado. Explique cuidadosamente vtima o que ocorreu e o que vai suceder. Pea-lhe cooperao. Oua a vtima e mostre empatia. Oferea ajuda prtica, se necessrio. No

    fornea alimentos slidos ou lquidos a uma vtima doente, a no ser que o faa sob orientao de um profissional de sade.

    Prevenir Infeces

    Quando lida com feridas abertas, deve tentar minimizar o risco de infeco entre voc e a vtima. Certifique-se que no entra em contacto directo com o sangue ou com outros fluidos corporais da vtima.

    Se possvel, lave as mos com sabonete lquido e gua antes e aps a presta- o de Primeiros Socorros.

    Ut i l ize luvas descartveis se disponveis. Em alternativa, po-de utilizar um saco de plstico para proteger as mos. Tenha cui-dado durante o manuseamento de objectos cor-tantes e descar-te-os de forma

    segura. Os socorristas correm pouco risco de infeco durante uma manobra de insu-flao boca-a-boca. So raros os casos de socorristas que tenham ficado doentes aps uma tentativa de reanimao de uma vtima.

    PRIN

    CPIO

    S B

    SICO

    S

  • 0

    Reaces Emocionais Aps a Prestao de Primeiros Socorros

    Nem sempre fcil processar emocional-mente um evento traumtico. No invulgar que os socorristas sintam dificuldade em controlar as suas emoes, depois de um acto de socorro. Fale com os seus amigos, familiares e colegas socorristas. Se depois disso algo ainda o incomoda, deve falar com um profissional.

    PRIN

    CP

    IOS

    B

    SIC

    OS

  • As situaes de primeiro socorro variam muito, mas h quatro passos que todos os socorristas devem sempre seguir. Iro aju-d-lo a avaliar a situao correctamente e a prestar os primeiros socorros apropriados sem esquecer nenhum dos pontos princi-pais.

    Os quatro passos importantes so:

    1 Garantir a segurana;2 Examinar a vtima;3 Dar o alerta;4 Prestar os primeiros socorros.

    GARANTIR A SEGURANAA sua primeira tarefa assegurar-se das condies de segurana. Tente descobrir o que sucedeu. Avalie a situao e verifique a existncia de potenciais perigos (por exem-plo: trnsito, incndio, electricidade,...).

    Jamais dever colocar a sua prpria segurana em risco. S deve aproximar-se do local de um acidente se o puder fazer sem perigo. Se possvel, tente garantir a segurana da vtima e de quaisquer outras pessoas que se encontrem na vizinhana do acidente.

    Se a situao no for segura e no puder oferecer ajuda sem se colocar em risco, alerte os servios de emergncia. Aguarde, a uma distncia de segurana, a chegada de ajuda qualificada.

    Acidente RodovirioCumpra o cdigo da estrada em todas as situaes. Este dir-lhe- o que deve fazer legalmente quando se d um acidente na via pblica.

    Quando se aproximar do local de um acidente rodovirio reduza a velocidade, sem travar bruscamente. Estacione o seu carro num local seguro, na berma ou beira da estrada. Coloque um colete reflector de

    segurana. Utilize sinais de aviso (como por exemplo, um tringulo de sinalizao) para alertar o trfego que se aproxima do local do acidente.

    Nunca tente atravessar uma auto-estrada a p. Fique atento presena de cabos elctricos no solo e assegure-se que ningum toca nos cabos ou se aproxima deles.

    Captulo 2:Os Quatro Passos em Primeiros Socorros

    OS Q

    UATR

    O PA

    SSOS EM

    PRIM

    EIRO

    S SOC

    OR

    RO

    S

  • 2

    Procure evitar incndios. Para tal, desligue a ignio de todos os veculos envolvidos no acidente.

    No permita que ningum fume perto do local do acidente. Lembre-se que um airbag que no foi activado pelo embate num acidente pode activar-se inesperadamente. Se possvel, tente estabilizar os veculos envolvidos ao puxar o travo de mo de cada um.

    Incndios em ResidnciasTente avisar todas as pessoas em perigo, sem arriscar a sua prpria segurana. Nunca entre numa casa em chamas.

    Afaste-se do local do incndio e mantenha--se a uma distncia de segurana. Se o edifcio onde se encontra estiver em chamas, saia imediatamente. Ajude outras

    pessoas a evacuar do edifcio, desde que o consiga fazer em segurana.

    Acidentes Elctricos em CasaPresuma que todos os cabos elctricos e electrodomsticos tm corrente elctrica activa at se provar que a electricidade est desligada. No toque numa vtima enquanto esta estiver em contacto com uma fonte de corrente elctrica. Lembre-se que os lquidos e objectos em contacto com a vtima tambm conduzem electricidade. Desligue a corrente elctrica.

    >>> Garantir a SeguranaO

    S Q

    UAT

    RO

    PA

    SSO

    S EM

    PR

    IMEI

    RO

    S SO

    CO

    RR

    OS

  • Se tal no for possvel, deve isolar-se do solo pisando material no condutor. Dessa forma poder ento utilizar um objecto no condutor para afastar a fonte de energia da vtima. Se tal no for possvel, espere pela chegada dos bombeiros ou outro pessoal especializado.

    Remoo de Emergncia de uma Vtima

    A regra geral no mover a vtima do local do acidente. S deve mover-se uma vtima se esta estiver exposta a perigo incontrolvel, se a estabilidade da situao no puder ser assegurada e se puder agir sem risco para si prprio. Se necessrio, mova a vtima para um local prximo que seja seguro.

    Garantir a Segurana

  • 4

    EXAMINAR A VTIMAApresente-se e explique vtima o que vai fazer, isso dar-lhe- mais confiana. Verifique o estado da vtima. Sobretudo, verifique que esta est consciente e ventila normalmente. Situaes em que o estado de conscincia ou ventilao esto diminudos representam risco de vida. Outros exemplos de situaes de perigo de vida so hemorragia abundante, queimaduras, Dor Torcica (EAM) ou Acidente Vascular Cerebral. Nestes casos, a vtima necessita de ajuda imediata. Encontrar mais informaes sobre estes casos no prximo captulo.

    DAR O ALERTASe necessria ajuda, alerte os Servios de Emergncia, o Centro de Informao Ant ivenenos ( C I A V ) o u o u t r a a j u d a q u a l i f i c a d a , dependendo da situao. O 112 o nmero de telefone de e m e r g n c i a u t i l i z a d o por todos os estados membros da Unio Europeia; como alternativa, pode ligar para o nmero de emergncia do pas.

    Informe inequivocamente: O que sucedeu e quais os perigos existentes;

    O local da ocorrncia, indicando pontos de referncia;

    A identificao do nmero de vtimas e uma descrio do seu estado.

    Se suspeita que as leses da vtima no so acidentais, deve relatar este facto s equipas de socorro.

    Examinar a Vtima - Dar o Alerta - Prestar os Primeiros Socorros

  • PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROSTente prestar os Primeiros Socorros vtima de uma forma calma e controlada. Os procedimentos para a prestao de Primeiros Socorros so explicados nos captulos seguintes.

    OS

    QU

    ATR

    O P

    ASS

    OS

    EM P

    RIM

    EIR

    OS

    SOC

    OR

    RO

    S>>> Examinar a Vtima - Dar o Alerta - Prestar os Primeiros Socorros

    OS Q

    UATR

    O PA

    SSOS EM

    PRIM

    EIRO

    S SOC

    OR

    RO

    S

  • Assegure, em primeiro lugar, a sua prpria segurana, depois a da vtima e dos mirones. Depois verifique se a vtima est consciente e ventila adequadamente.

    VERIFICAO DA CONSCINCIA

    Abane os ombros da vtima com cuidado; Pergunte-lhe, em voz alta, Est bem?

    A vtima reage (por exemplo: abre os olhos ou responde).

    1 Deixe-a na posio em que a encontrou. No a mova, a no ser que esta se encontre em perigo;

    2 Tente determinar o que se passa com a vtima;

    3 Pea ajuda, se necessrio;4 Avalie o estado da vtima regular-

    mente.

    A vtima no responde.

    1 Grite por ajuda;2 Vire-a de costas para baixo e abra-

    -lhe as vias areas.

    SUPO

    RTE B

    SIC

    O D

    E VIDA E D

    ESFIBR

    ILHA

    O A

    UTO

    M

    TICA EXTER

    NA

    Captulo 3: Suporte Bsico de Vida e Desfibrilhao Automtica Externa

  • 8

    >>> Abertura das Vias AreasSU

    POR

    TE B

    SI

    CO

    DE

    VID

    A E

    DES

    FIB

    RIL

    HA

    O A

    UTO

    M

    TIC

    A EX

    TER

    NA Tcnica: Extenso da cabea

    e elevao do queixo

    Coloque a sua mo na testa da vtima e cuidadosamente incline a cabea desta para trs;

    Mantenha os seus dedos, polegar e indicador livres, para poder comprimir as narinas, caso tenha de executar as insuflaes;

    Coloque as pontas dos dedos da sua outra mo sob a ponta do queixo da vtima;

    Eleve o queixo para abrir as vias areas;

    No pressione a zona mole sob o queixo. Isso pode dificultar a ventilao.

    ABERTURA DAS VIAS AREASUma vtima inconsciente tem os msculos relaxados. Isto faz com que a lngua obstrua a via area. O risco pode ser eliminado ao inclinar cuidadosamente a cabea para trs e levantar o queixo. assim que se abrem e libertam as vias areas.

  • VERIFICAO DA VENTILAO

    Verifique se a vtima ventila normalmente enquanto mantm as vias areas desobstrudas.

    Verifique se o trax se move para cima e para baixo;

    Tente ouvir sons de ventilao na boca da vtima;

    Tente sentir a ventilao da vtima na sua face.

    Quando tentar verificar se a vtima ventila normalmente, deve olhar, ouvir e sentir durante no mais de 10 segundos.

    Nos primeiros minutos aps a paragem cardio-respiratria, parece frequentemente que a vtima est a tentar ventilar. Pode parecer que a sua ventilao fraca ou que faz ligeiros rudos irregulares.

    O socorrista s vezes interpreta estes movimentos como ventilao normal. Na verdade, so as ltimas tentativas de ventilao espontnea no estertor da morte. No deve confundir estes rudos com a ventilao normal.

    Se no consegue determinar, com certeza, se a vtima ventila normalmente, deve proceder como se esta no estivesse a ventilar.

    Verificao da Ventilao

  • 20

    >>> Compresses Torcicas e Insuflaes (RCP)

    O que observa?A vtima no responde e no ventila normalmente.

    O que fazer?1 Pea a algum que v dar o alerta e que

    traga imediatamente um desfibrilhador automtico externo (quando disponvel). Se estiver sozinho dever faz-lo voc mesmo;

    2 Comece com 30 compresses torcicas;3 Execute 2 insuflaes;4 Alterne 30 compresses torcicas com 2

    insuflaes;5 Nunca interrompa a reanimao. S

    deve voltar a verificar o estado da vtima quando a ventilao voltar ao normal;

    6 Continue com as manobras de reanima-o at:

    chegada de pessoal qualificado que tome conta da situao;

    A vtima comear a ventilar normal-mente;

    Ficar exausto.

    C O M P R E S S E S TORCICAS E INSUFLAES (RCP)

    Informao geralAssim que o corao deixa de bater, o sangue deixa de circular pelo corpo. Como consequncia, o oxignio j no levado aos rgos vitais. O crebro particularmente susceptvel a esta falta de aporte de sangue, j que privado de oxignio por mais do que uns minutos, as clulas cerebrais comeam a morrer. Se uma vtima sofreu uma paragem cardaca, importante iniciar os procedimentos de reanimao assim que possvel.

    As hipteses de sobrevivncia aps a reanimao so pequenas. Contudo mltiplos estudos mostram que a reanimao imediata efectuada por quem quer que se encontre perto da vtima no momento do acidente ou doena sbita pode duplicar ou mesmo triplicar a sua probabilidade de sobrevivncia.

    A reanimao a combinao de compresses torcicas e insuflaes. As compresses torcicas asseguram um pequeno mas crucial aporte de sangue ao corao e ao crebro. As insuflaes asseguram um fornecimento mnimo de oxignio circulao sangunea. A reanimao tambm conhecida como Reanimao Cardio-Pulmonar (RCP).

    SUPO

    RTE

    B

    SIC

    O D

    E VI

    DA

    E D

    ESFI

    BR

    ILH

    A

    O

    AU

    TOM

    TI

    CA

    EXTE

    RN

    A

  • 2

    >>> Compresses Torcicas e Insuflaes (RCP) Compresses Torcicas e Insuflaes (RCP)

  • 22

    >>> Compresses Torcicas e Insuflaes (RCP)

    Entrelace os dedos das duas mos. No deve pressionar nem as costelas da vtima, nem a poro superior do estmago, nem a poro inferior do esterno;

    Certifique-se que os seus ombros esto directamente acima do centro do trax da vtima. Com os braos esticados, exera presso 4 a 5 centmetros directamente para baixo;

    Cada vez que pressionar para baixo, deixe que o trax se eleve totalmente. Isto permitir que o sangue flua de volta ao corao. As suas mos devem manter-se sempre em contacto com o trax, sem sair da posio inicial;

    Os movimentos de compresso e descompresso devero ter a mesma amplitude;

    Execute 30 compresses torcicas desta forma, a um ritmo de cerca de 100 compresses por minuto. Isto equivalente a pouco menos de 2 compresses por segundo;

    Continue com 2 insuflaes.

    SUPO

    RTE

    B

    SIC

    O D

    E VI

    DA

    E D

    ESFI

    BR

    ILH

    A

    O

    AU

    TOM

    TI

    CA

    EXTE

    RN

    A

  • 2

    Incline a cabea da vtima novamen-te para trs e eleve-lhe o queixo;

    Deixe ficar uma mo na testa da

    vtima. Comprima as narinas da vtima com o seu polegar e indicador;

    Com a outra mo, mantenha o queixo elevado e deixe que a boca se abra;

    Inspire normalmente, incline-se para a frente e coloque a sua boca completamente sobre a boca da vtima;

    Insufle ar para dentro da boca da vtima de forma homognea e ao mesmo tempo verifique se o trax se eleva. Deixe que cada insuflao dure cerca de 1 segundo;

    Mantenha a cabea da vtima para trs com a elevao do queixo. Eleve a sua cabea para verificar

    se o trax baixa.

    Inspire normalmente e faa uma segunda insuflao;

    Reposicione as suas mos adequadamente e continue com mais 30 compresses torcicas.

    A insuflao boca-nariz uma alternativa vivel insuflao boca-a-boca se esta for difcil de executar. Sempre que possvel, recomenda-se o uso de mscara de proteco individual.

    Compresses Torcicas e Insuflaes (RCP)

  • 24

    >>> Compresses Torcicas e Insuflaes (RCP)

    Reanimao efectuada por dois ou mais socorristasSe no local da ocorrncia est presente mais do que um socorrista, a atitude correcta alternarem-se nas manobras de reanimao. A execuo de compresses torcicas uma actividade muito cansativa. A qualidade das mesmas pode deteriorar- -se logo aps alguns minutos. O socorrista nem sempre se apercebe deste facto. Consequentemente, de forma a manter a qualidade das compresses torcicas, o melhor alternar com outro socorrista de dois em dois minutos.

    O primeiro socorrista reanima durante dois minutos (compresses torcicas e insuflaes);

    O prximo socorrista toma o seu lugar e reanima por mais dois minutos (compresses torcicas e insuflaes). Vo alternando sucessivamente;

    Quanto menos tempo for perdido durante as mudanas de posio entre os socorristas, melhor.

    Reanimao sem insuflaes (RCP unicamente com compres-ses torcicas)Muitas pessoas, profissionais de sade includos, admitem no gostar de executar insuflaes boca-a-boca.

    sempre melhor fazer compresses torcicas do que no fazer nada. As hipteses de sobrevivncia da vtima aumentam mesmo se reanimar sem fazer insuflaes. Se no quer ou no pode executar as insuflaes boca-a-boca, deve fazer apenas compresses torcicas nesse perodo. claro que a combinao de compresses torcicas e insuflaes sempre a melhor forma de reanimao.

    SUPO

    RTE

    B

    SIC

    O D

    E VI

    DA

    E D

    ESFI

    BR

    ILH

    A

    O

    AU

    TOM

    TI

    CA

    EXTE

    RN

    A

  • 2

    Mesmo se a desfibrilhao atingir um resultado positivo, extremamente importante continuar com a reanimao. Um DAE no substitui as compresses torcicas nem as insuflaes (RCP).

    As hipteses de sobrevivncia de uma vtima aumentam se os socorristas comearem as manobras de reanimao e desfibrilhao nos primeiros minutos aps uma paragem cardaca sbita. Na maioria dos pases da Europa, contudo, os servios de emergncia demoram em mdia 8 minutos ou mais a chegar ao local onde se encontra a vtima. Por esta razo, o pblico em geral deveria ser ensinado a utilizar um DAE.

    DESFIBRILHAO AUTOMTICA EXTERNA

    Informao geralSe o corao pra de bater e o sangue pra de circular, dizemos que uma vtima sofreu uma paragem cardaca. Em muitos casos, contudo, pode ainda existir ritmo cardaco. Este ritmo to anormal que as contraces do corao j no so controladas. O corao j no consegue bombear sangue.

    Um DAE (Desfibrilhador Automtico Externo) usa choques elctricos para tentar corrigir este ritmo cardaco anormal. Se for feito rapidamente, o ritmo cardaco normal consegue ser restabelecido. A este procedimento chama--se desfibrilhao.

    Um DAE um aparelho controlado por computador que analisa o ritmo cardaco da vtima. Aps efectuar a sua anlise, o aparelho decide ento se aconselhvel executar um choque elctrico vtima. Os DAE so extremamente precisos e s executaro um choque se necessrio. Existem dois tipos de desfibrilhadores: semi-automticos e automticos. Um aparelho semi-automtico ir pedir-lhe que carregue no boto de choque. Um DAE totalmente automtico executar ele mesmo o choque.

    Desfibrilhao Automtica Externa

  • 2

    3 Exponha o trax da vtima e coloque a os elctrodos, como explicado na embalagem ou nos prprios elctrodos;

    4 Certifique-se que ningum toca na vtima enquanto o DAE estiver a analisar o ritmo cardaco;

    O que observa?A vtima no responde e no ventila normalmente. H um DAE disponvel.

    O que fazer?

    1 Continue com as manobras de reanima-o at chegada do DAE;

    2 Ligue o DAE assim que tiver acesso ao mesmo. Se h dois socorristas no local, o segundo deve continuar as manobras de reanimao. O primeiro socorrista pode ento seguir as instrues fornecidas pelo DAE;

    >>> Desfibrilhao Automtica ExternaSU

    POR

    TE B

    SI

    CO

    DE

    VID

    A E

    DES

    FIB

    RIL

    HA

    O A

    UTO

    M

    TIC

    A EX

    TER

    NA

  • 2

    8 Pare as manobras de reanimao se a vtima comear a ventilar normalmente. No desligue o aparelho e deixe os elctrodos no trax da vtima. Se esta permanecer inconsciente, deve coloc-la na posio lateral de segurana.

    Medidas de precauo Seque o trax da vtima, se molhado ou hmido, antes de colocar os elctrodos;

    Corte ou rape os plos excessivos que no deixem os elctrodos aderir pele;

    Remova quaisquer adesivos de medica-o que se encontrem no trax da vtima;

    Se a vtima tem um pacemaker, no devem colocar-se os elctrodos em cima dele. Em alternativa, coloque-os ligeiramente de lado ou abaixo. Um pacemaker geralmente distinguvel porque forma um alto debaixo da pele;

    Mantenha os elctrodos afastados de qualquer adorno metlico. Se possvel, quaisquer peas metlicas que possam entrar em contacto com os elctrodos devem ser removidas.

    5 Se um choque elctrico for necessrio certifique-se que todas as pessoas em redor da vtima no esto em contacto fsico com esta ou com o DAE, nem na sua proximidade. Pressione o boto de choque se assim instrudo pelo aparelho. Um aparelho totalmente automtico executar o choque sozinho;

    6 Comece a RCP se o aparelho pedir. Alterne 30 compres-ses torcicas com

    2 insuflaes;

    7 Continue a seguir as instrues do aparelho at:

    chegada de pessoal qualificado que tome conta da situao;

    A vtima comear a ventilar normal-mente;

    Ficar exausto.

    Desfibrilhao Automtica Externa

  • 28

    >>> Posio Lateral de Segurana

    Tcnica: Posio Lateral de Segurana

    Se a vtima se encontra inconsciente e ventila normalmente, coloque-a na posio lateral de segurana. Certifique-se que a cabea da vtima se encontra em extenso e a boca orientada para baixo, para manter as vias areas desobstrudas e evitar que o vmito entre nos pulmes.

    Remova os culos da vtima, se necessrio;

    Ajoelhe-se ao lado da vtima. Asse-gure-se que ambas as suas pernas esto esticadas;

    Coloque o membro superior da vtima (do seu lado) em ngulo recto, em relao ao corpo da mesma. Dobre o antebrao para cima com a palma da mo virada para cima;

    POSIO LATERAL DE SEGURANA

    O que observa?A vtima no responde, mas ventila normalmente.

    O que fazer?1 Coloque a vtima na posio lateral de

    segurana;2 Pea a algum que alerte os Servios de

    Emergncia ou v voc mesmo procurar ajuda se est sozinho;

    3 Verifique a ventilao da vtima regular-mente.

    > continua na pgina seguinte

    SUPO

    RTE

    B

    SIC

    O D

    E VI

    DA

    E D

    ESFI

    BR

    ILH

    A

    O

    AU

    TOM

    TI

    CA

    EXTE

    RN

    A

  • 2

    Coloque o outro brao da vtima atravessado sobre o trax da mesma. Segure as costas da mo da vtima contra a bochecha (do seu lado). Mantenha a mo da vtima no lugar;

    Com a sua mo livre, agarre pelo joelho, a perna da vtima que fica oposta a si. Eleve a perna da vtima, mas deixe o p no cho;

    Posio Lateral de Segurana

  • 0

    >>> Posio Lateral de Segurana

    Certifique-se que a boca da vtima est orientada para baixo. Isto evita que esta se engasgue com sangue ou vmito;

    Ajuste a mo da vtima sob a bochecha, se necessrio, para manter a cabea inclinada;

    Verifique regularmente a ventilao da vtima.

    A mesma tcnica pode ser utilizada para colocar um beb ou criana na posio lateral de segurana. Se necessrio, pode colocar uma pequena almofada ou cobertor enrolado por detrs das costas do beb.

    Numa vtima grvida deve posicion-la sobre o lado esquerdo quando esta colocada na posio lateral de segurana.

    SUPO

    RTE

    B

    SIC

    O D

    E VI

    DA

    E D

    ESFI

    BR

    ILH

    A

    O

    AU

    TOM

    TI

    CA

    EXTE

    RN

    A

  • >>> Posio Lateral de Segurana

    Use uma ou duas mos para executar compresses torcicas em crianas. Em crianas maiores ou se no tem muita fora, aconselhvel utilizar as duas mos.

    Obviamente, possvel atingir um nvel de ventilao adequado em bebs e crianas com um menor volume de ar. Deve depreender que a cavidade torcica j est cheia de ar quando o trax da vtima se eleva.

    Reanimao de Bebs e Crianas com um DAEOs DAE normais podem ser utilizados em crianas com idades acima dos 8 anos. Para crianas com idades entre 1 e 8 anos, aconselhvel o uso de elctrodos especiais para crianas. Se estes no esto disponveis, o DAE pode ento ser utilizado com os elctrodos normais.

    Para bebs com menos de 1 ano, o DAE s deve ser utilizado se as instrues do fabricante mencionam especificamente que este pode ser utilizado em bebs com esta faixa etria.

    BEBS E CRIANASAs orientaes de Suporte Bsico de Vida estabelecem a seguinte distino:

    Beb: Menos de 1 ano de idade; Criana: Entre 1 ano de idade e o incio da puberdade.

    Pode utilizar exactamente a mesma sequn-cia para reanimar bebs e crianas como a que utiliza nos adultos.

    No caso de bebs e crianas, no precisa de usar tanta presso quando executa compresses torcicas. Pressione o esterno at cerca de um tero da sua profundidade.

    Use dois dedos para executar compresses torcicas em bebs.

    Bebs e Crianas

  • 2

    >>> Engasgamento (Obstruo da Via Area)

    ENGASGAMENTO (OBSTRUO DA VIA AREA)A maioria dos casos de engasgamento em adultos ocorre durante as refeies. Bebs e crianas engasgam-se frequentemente ao engolir corpos estranhos, tais como moedas e pequenos brinquedos.

    Como a maioria dos casos de engasgamento ocorre durante as refeies, h geralmente outras pessoas presentes. Isto significa que a probabilidade de uma dessas pessoas poder prestar auxlio alta.

    Pergunte vtima: Engasgou-se?

    O que observa? A vtima responde sua questo (p.ex., ao responder sim);

    A vtima ainda consegue falar, tossir e ventilar.

    O que fazer?1 Encorajar a vtima a continuar a tossir;2 No fazer mais nada para alm disto; 3 Permanecer com a vtima at ela retomar

    o ritmo normal de ventilao.

    1

    SUPO

    RTE

    B

    SIC

    O D

    E VI

    DA

    E D

    ESFI

    BR

    ILH

    A

    O

    AU

    TOM

    TI

    CA

    EXTE

    RN

    A

  • 5 Execute 2 insuflaes. Se o trax da vtima no se eleva durante a primeira insuflao, faa o seguinte antes de tentar uma segunda insuflao:

    Verifique a boca da vtima. Remova qualquer objecto que possa estar a obstruir as vias areas;

    Verifique se a cabea da vtima est suficientemente inclinada para trs e se o seu queixo est devidamente elevado;

    No tente executar mais de duas insuflaes de cada vez, antes de regressar s compresses torcicas.

    6 Continue com as manobras de reanima-o at:

    chegada de pessoal qualificado que tome conta da situao;

    A vtima comear a ventilar normal-mente;

    Ficar exausto.

    Engasgamento (Obstruo da Via Area)

  • 4

    Tcnica: Pancadas nas Costas

    Coloque-se, de p, ao lado e um pouco atrs da vtima;

    Apoie o trax da vtima com uma mo e incline-a para a frente. Desta forma, o objecto sair sozinho se deslocado e no se mover mais para dentro da traqueia;

    Execute at 5 pancadas firmes entre as omoplatas da vtima. Utilize a base da sua mo livre. O objectivo de cada pancada a deslocao do objecto que est a obstruir as vias areas;

    Aps cada pancada, verifique se a obstruo da via area ainda se mantm. Se resolvida, no h ne-cessidade de pancadas adicionais.

    Tcnica: Compresses abdominais

    Coloque-se atrs da vtima e com os braos em redor da parte superior do abdmen;

    Incline a vtima para a frente; Cerre a mo e coloque-o entre o umbigo e a ponta inferior do esterno;

    Segure a mo cerrada com a sua ou-tra mo. Puxe a mo com fora para si

    e para cima. Repita at 5 vezes.

    SUPO

    RTE

    B

    SIC

    O D

    E VI

    DA

    E D

    ESFI

    BR

    ILH

    A

    O

    AU

    TOM

    TI

    CA

    EXTE

    RN

    A>>> Engasgamento (Obstruo da Via Area)

  • Encaminhar a vtima para ser observada por um mdico

    As compresses abdominais podem causar danos internos. As vtimas a quem tenham sido executadas compresses abdominais devem ser encaminhadas para observao mdica.

    O facto de o engasgamento ser ultrapassa-do no significa que parte do objecto que causou a obstruo no permanea ainda na traqueia. Vtimas que continuem a tossir, que sintam dificuldade em engolir ou que sintam algo ainda alojado na sua traqueia devem ser observadas por um mdico.

    SUPO

    RTE B

    SIC

    O D

    E VIDA E D

    ESFIBR

    ILHA

    O A

    UTO

    M

    TICA EXTER

    NA

    Engasgamento (Obstruo da Via Area)

  • PREVENO DE DOENAS VASCULARESEm Portugal, milhares de pessoas so afectadas por doenas vasculares todos os anos, constituindo esta uma das principais causas de morte.

    A incidncia destas doenas pode ser reduzida, nomeadamente atravs da prtica de hbitos saudveis.

    No fume ou reduzao consumo do tabaco.

    Ter uma alimentao mais saudvel, evitando o consumo de sal e gorduras e privilegiando o consumo de legumes, vegetais, fruta e cereais.

    A partir de uma determinada idade (50 anos para as mulheres e 40 anos para os homens) aconselhvel a realizao de exames peridicos de sade.

    Controlar regularmente a presso arterial, os nveis de acar e

    gorduras no sangue.

    Colabore na diminuio dos riscos das doenas vasculares, PRATIQUE HBITOS SAUDVEIS

    e divulgue-os junto da sua famlia, amigos e colegas.

    A Cruz Vermelha Portuguesa incentiva a prtica e a difuso de hbitos saudveis.A Cruz Vermelha Portuguesa autoriza a reproduo desta pgina e respectiva difuso para a promoo

    de hbitos saudveis para a proteco da sade dos cidados.

    Praticar exerccio fsico moderado com regularidade e

    evitar o sedentarismo.

  • REFERENTE AOS TEXTOS E IMAGENS DO EFAM - European First Aid Manual

    AGRADECIMENTOSO resultado do projecto EFAM produto do trabalho de muitas pessoas. Agradecemos a todos os que contriburam com o seu esforo, conselhos e apoio.

    GESTO DO PROJECTOStijn Van de Velde, Laurent Van Rillaer.

    TEXTO E EDIOBart Henderix, Stijn Van de Velde.

    GRUPO DE ORIENTAO DO PROJECTOPaul Broos, Pascal Cassan, Diane Issard, Kristiina Myllyrinne, Linda Rydant, Susanne Schunder, Vilnis Skrastins, Evgenia Theodorou, Lina Tsitsou, Carlos Urkia Mieres, Stijn Van de Velde, Laurent Van Rillaer, Moya Wood Heath.

    GRUPO DE ESPECIALISTAS DO PROJECTO

    Bert Aertgeerts, Chris Aubry, Joost Bierens, Paul Broos, Pascal Cassan, Enrico Davoli, Maaike De Vries, Rudy De Win, Gabor Gbl, Vincent Hubert, Door Lauwaert, Grace Lo, Andrew Lockey, Koenraad Monsieurs, Marc Sabbe, Susanne Schunder, An Sermon, Elke Struyf, Christina Tobback, Carlos Urkia Mieres, Barbara Vantroyen, Marc Van Bouwelen, Stijn Van de Velde, Patrick Van den Steene, Andr Van Tichelen, Johann Verduyckt, Fabienne Vermunicht, Sarmite Villere.

    O CONSELHO EUROPEU DE RESSUSCITAO foi representado por Koenraad Monsieurs.

    A ORGANIZAO MUNDIAL DE SADE (WHO) foi representada por Enrico Davoli.

    A FEDERAO INTERNACIONAL DAS SOCIEDADES DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO foi representada por Grace Lo.

    MODELOS:Chailles Ballali, Gilbert Banura, Sofie Belmans, Matthieu Clarysse, Jos Coenen, Marcel De Bolle, Steve De Roock, Friedl De Winter, Annabel Delbrassine, Ronny Dreesen, Chris Dupont, Koen Engelen, Luc Geers, Mia Ghoos, Bart Ghysels, Erik Greunlinx, Lambert Greunlinx, Veerle Henderix, Narda Hermans, Kathleen Jacobs, Sabine Janssens, Beate Kalteier, Jacqueline Lathouwers, Bea Lenaerts, Laure Lievens, An Martens, Walther Moerdyck, Koshan Mohammadismail, Roel Nollet, Lars Nyskens, Kjell Olieslagers, Bram Peeters, Edin Pehadzic, Sally Roelandt, Fred Roussard, Linda Rydant, Ahmed Saidali, Sascha Peeters, Ingrid Schoutenden, Leen Sents, Islam Shariful, Joris Smeyers, Kristien Thijs, Marc Vanbouwelen, Bart Van de Vel, Hans Van der Krieken, Jo Vanginderhuysen, Victoria van Vliet, Carry Verbruggen, Will Verdonck, Danille Verlinden, Marijke Verrezen, Geert Verstraete, Diego Willemaers.

    MAQUILHAGEMCarine Daems, Jenny Koekhofs, Gaby Van Roosbroeck.

    FOTGRAFOCarl Vandervoort.

    DESIGN GRFICO E LAYOUTNol Bancken, Friederike Kratky.

    MATERIAL DIDCTICO NA INTERNETTom De Bruyn.

    Agradecimentos

  • 4

    1 Handley AJ, et al. European Resuscitation Council guidelines for resuscitation 2005. Section 2. Adult basic life support and use of automated external defibrillators. Resuscitation 2005 December; 67 Suppl 1:S7-23.

    2 Van de Velde S, et al. European first aid guidelines. Resuscitation 2007 February; 72(2):240-251.

    3 2005 American Heart Association guide-lines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation 2005 December 13; 112(24 Suppl):IV1-203.

    Referncias