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    Aditivo

    sparaCo

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    Manual de utilizaode aditivos para concreto

    dosado em central

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    Apresentao

    Esta 1 edio do Manual de utilizao de aditivos para concreto dosado em central oi elaborado poruma equipe tcnica designada pelo IBI atravs da Cmara de Aditivos e tem como proposta disponi-bilizar inormaes aos usurios e outros especialistas na utilizao de aditivos para concreto.

    Este manual no exime a obrigao de se observar as normas tcnicas e legislaes pertinentes.Apesar de ter sido preparado com um cuidado meticuloso, o IBI no assume qualquer responsa-bilidade pela exatido das inormaes, notas, sugestes ou erros de impresso. Nenhuma recla-mao pode ser eita contra o IBI ou os autores.

    Instituto Brasileiro de

    Impermeabilizao

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    3Instituto Brasileiro de Impermeabilizao

    Aditivos Para Concreto

    ndice

    1- Denio de aditivo......................................................................................... 5

    2- Tipos de aditivos............................................................................................... 7

    3- Ensaios de caracterizao dos aditivos....................................................... 9

    4- Clculo da dosagem do aditivo sobre o peso de cimento...................... 115- Seleo dos aditivos e sua compatibilidade no concreto........................ 13

    6- Fatores climticos rente dosagem ........................................................... 17

    7- Recomendaes para recebimento,

    amostragem, estocagem e descarte de aditivos........................................ 21

    8- Infuncia dos equipamentos na ecincia do concreto aditivado .... 25

    9- Concreto auto adensvel ............................................................................... 27

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    Denio de aditivoAditivos so produtos qumicos, usados na composio do concreto e/ou argamassa, adicionados massa imediatamente antes ou durante a mistura, com o objetivo de melhorar as suas caracte-rsticas tanto no estado resco como no estado endurecido.Nesta cartilha, trataremos a utilizao dos aditivos qumicos para concreto, sendo, no entanto,aplicveis s argamassas.

    Segundo a NBR 11768 (ABNT 2011), aditivo o produto adicionado durante o processo de pre-parao do concreto, em quantidade no maior que 5 % da massa de material cimentcio contidano mesmo, com o objetivo de modicar suas propriedades no estado resco e/ou no estado endu-recido. Para o caso de concreto projetado, a dosagem pode ser superior a 5%.Os aditivos qumicos atuam reqentemente nas propriedades reolgicas do concreto e alteramas reaes de hidratao do cimento: melhoram a trabalhabilidade, modicam a viscosidade, atu-am na reteno de gua, aceleram ou retardam o tempo de pega, controlam o desenvolvimento deresistncias mecnicas, intensicam a resistncia ao do congelamento, diminuem a ssuraotrmica, atenuam as conseqncias do ataque por sulatos, reao lcali-agregado e corroso dearmadura, entre outras propriedades.A eetividade de cada aditivo pode variar dependendo de sua concentrao no concreto, tipo de ma-terial cimentcio, temperatura ambiente e dos materiais constituintes do concreto, energia de mistura,tempo de adio e variao dos constituintes dos mesmos. Alm do eeito principal, os aditivos podemapresentar algum eeito secundrio, modicando certas propriedades no concreto.

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    Aditivos Para Concreto

    Tipos de aditivos

    A norma NBR 11768 (ABNT, 2011) classica os aditivos como: Aditivoredutordegua/plasticante:aditivo que, sem modicar a consistncia do concreto

    no estado resco, permite a reduo do contedo de gua de um concreto; ou que, sem alterara quantidade de gua, modica a consistncia do concreto, aumentando o abatimento ou fui-dez; ou, ainda, aditivo que produz os dois eeitos simultaneamente. Podem apresentar unessecundrias de retardo de pega (plasticante retardador PR) e acelerao de pega (plasti-

    cante acelerador PA), ou no possuir uno secundria sobre a pega (plasticante PN). Aditivodealtareduodegua/superplasticantetipoI:aditivo que, sem modicar a con-sistncia do concreto no estado resco, permite elevada reduo no contedo de gua de umconcreto; ou que, sem alterar a quantidade de gua, aumenta consideravelmente o abatimentoe a fuidez do concreto; ou, ainda, aditivo que produz esses dois eeitos simultaneamente. Po-dem apresentar unes secundrias de retardo de pega (superplasticante tipo I retardador SPI-R) e acelerao de pega (superplasticante tipo I acelerador SPI-A), ou no possuiruno secundria sobre a pega (superplasticante tipo I SPI-N).

    Aditivodealtareduodegua/superplasticantetipoII: aditivo que, sem modicar aconsistncia do concreto no estado resco, permite uma elevadssima reduo no contedo degua de um concreto; ou que, sem alterar a quantidade de gua, aumenta consideravelmenteo abatimento e a fuidez do concreto; ou, ainda, aditivo que produz esses dois eeitos simulta-

    neamente. Podem apresentar unes secundrias de retardo de pega (superplasticante tipoII retardador SPII-R) e acelerao de pega (superplasticante tipo II acelerador SPII-A), ouno possuir uno secundria sobre a pega (superplasticante tipo II SPII-N).

    Aditivoincorporadordear(IA):aditivo que permite incorporao, durante o amassamentodo concreto, uma quantidade controlada de pequenas bolhas de ar, uniormemente distribu-das, que permanecem no material no estado endurecido.

    Aditivoaceleradordepega(AP):aditivo que diminui o tempo de transio do concreto doestado plstico para o estado endurecido.

    Aditivoaceleradorderesistncia(AR): aditivo que aumenta a taxa de desenvolvimento dasresistncias iniciais do concreto, com ou sem modicao do tempo de pega.

    Aditivoretardadordepega(RP): aditivo que aumenta o tempo de transio do concreto do

    estado plstico para o estado endurecido.Outras nomenclaturas usuais no mercado: Aditivospolifuncionais/multifuncionais: so aditivos qumicos redutores de gua/plasti-

    cantes, que permitem dosagens superiores aos plasticantes convencionais, conerindo maiortrabalhabilidade e/ou reduo de gua.

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    Aditivos Para Concreto

    Hiperplasticantes:so aditivos denidos na NBR 11768 (ABNT, 2011) - Aditivo de alta redu-o de gua/ superplasticante Tipo II.

    Alm dos aditivos classicados pela norma NBR 11768 (ABNT, 2011), existem outros chamadosde aditivos especiais, utilizados em casos mais especcos. Seguem alguns exemplos:

    Aditivos modifcadores de viscosidade;

    Aditivos inibidores de corroso;

    Aditivos redutores de permeabilidade capilar; Aditivos retentores de gua;

    Aditivos aceleradores para concreto projetado;

    Aditivos redutores de reao lcali-agregado;

    Aditivos para preparao de concreto

    extrusado e vibro-prensado;

    Aditivos controladores de hidratao; Aditivos expansores.

    Aditivos redutores e compensadores de

    retrao por secagem;

    Os primeiros aditivos redutores de gua desenvolvidos, chamados de plasticantes, apresentamuma capacidade de reduo de gua > 5% com relao ao concreto sem aditivo. Com o avano daindstria qumica surgiu a primeira gerao de aditivos redutores de gua de alta ecincia, osclassicados como superplasticantes tipo I, que permitem maior reduo da quantidade de gua> 12 %, e podem ser utilizados em dosagens mais elevadas sem comprometer signicativamente

    a hidratao do cimento.A ltima gerao de aditivos superplasticantes so os classicados de superplasticantes tipoII. Dentre outras vantagens, oerecem altas taxas de reduo de gua > 20% e, dependendo dascaractersticas da base qumica do aditivo e a dosagem utilizada, oerecem grande manutenode trabalhabilidade, sem o comprometimento de pega e at avorecendo signicativamente asresistncias mecnicas.

    De orma resumida, pode-se dizer que a adio de plasticantes e superplasticantes conere asseguintes caractersticas ao concreto: Aumento de consistncia: a fuidez do concreto aumentada sem a adio de mais gua; Aumento da resistncia compresso: mantendo xa a consistncia do concreto, possvel

    reduzir consumo de gua e manter o consumo de cimento constante (aumentando as resistn-cias mecnicas);

    Diminuio do consumo de cimento: mantendo xa a consistncia do concreto, possvelreduzir consumo de cimento e gua (com a mesma consistncia).

    Nesta cartilha, sero abordados os assuntos relacionados aos aditivos qumicos lquidos, que soos mais usuais em concreto.

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    Aditivos Para Concreto

    Ensaios de caracterizao dos aditivos

    A uniormidade na composio dos aditivos desempenha um importante papel na minimizaode variaes na produo de concreto. Quando um aditivo produzido, as caractersticas sicase qumicas principais de cada lote so checadas, a m de que se enquadrem sempre dentro deuma aixa de especicao, que varia de produto para produto.Os ensaios listados abaixo, denidos pela norma NBR 10908 (ABNT, 2008), garantem um padroou uniormidade entre os lotes do produto, sendo ele lquido, slido ou pastoso: Determinao do pH; Determinao do teor de slidos; Determinao da massa especca; Determinao de cloretos; Anlise no inravermelho para vericao de homogeneidade do aditivo (opcional).

    As amostras para testes de inspeo em obra ou central de concreto devem ser coletadas aleato-riamente na planta de produo, a partir das embalagens echadas (tambores, bombonas ou con-taineres) ou no caminho-tanque durante o recebimento. importante tambm que o materialseja pr-homogeneizado antes da amostragem e anlise, pois alguns tipos de aditivos lquidos soveiculados em orma de suspenso. Recomenda-se tambm que a embalagem de coleta e alocaoda amostra esteja limpa, evitando qualquer tipo de contaminao que possa intererir na anlise.

    Este assunto abordado com mais detalhes no Captulo 7.

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    Aditivos Para Concreto

    Clculo da dosagem do aditivo sobreo peso de cimentoCostuma-se denotar o consumo de um aditivo em um trao de concreto em termos de sua massasobre a massa de cimento. Vale ressaltar que quando o concreto or composto por outros aglome-rantes hidrulicos (adies) alm do cimento, o clculo da dosagem do aditivo dever ser sobre a

    soma das massas de cimento e adio. Este nmero, em percentual, corresponde a dosagem doaditivo, comumente chamada de dosagem percentual sobre o peso de cimento, ou dosagem em% s.p.c., conorme rmula abaixo:

    Equao 1massa do aditivo (kg) x 100

    Dosagem (% s.p.c.) =

    massa do cimento (kg)

    Caso se queira trabalhar com o aditivo em volume, az-se necessrio saber a sua massa especca:

    Equao 2

    [massa especca ( kg / l )] x [volume do aditivo ( l )] x 100

    Dosagem (% s.p.c.) =

    massa do cimento (kg)

    Sendo:1kg/l= 1g/cm3 = 1g/ml

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    Aditivos Para Concreto

    Seleo dos aditivos e suacompatibilidade no concreto

    Como j mencionado, os aditivos conerem uma srie de propriedades bencas ao concreto. Estaspropriedades dependem das interaes que acontecem entre os aditivos e os materiais que compem omesmo. O tipo e durao das interaes entre aditivo e materiais, como por exemplo o cimento podeinfuenciar nas propriedades sica e qumica do concreto, como demanda de gua, velocidade de hi-dratao, tempos de incio e m de pega, resistncia mecnica e durabilidade.

    De maneira prtica, o desempenho do aditivo depende de atores como: Cimento: tipo, marca, lote, local de abricao, consumo (por m3) ; Adies: tipo e consumo (por m3) quando houver; gua: qualidade de acordo com a NBR 15900 (ABNT, 2009), consumo (por m3); Agregados: orma, tipo (natural ou articial), granulometria e propores; Presena de outros aditivos; Tempo e seqncia de mistura do concreto; Temperatura e umidade relativa do ar (ambientes); Temperatura dos materiais do concreto; Temperatura do concreto aps a mistura; Consistncia inicial do concreto (sem aditivo).

    Testes comparativos entre aditivos devem ser realizados, partindo das mesmas condies de ensaio.

    Tanto a relao a/c (razo entre a massa de gua e massa de cimento no trao de concreto) comoconsistncia podem ser xados:a) avalia-se a variao da consistncia inicial com a relao a/c xa, ou;b) avalia-se a variao da gua de amassamento (variao da relao a/c), xando-se a consistn-cia inicial desejada.Normalmente o comportamento de aditivos para concreto e argamassas estudado primeira-mente em laboratrio, para depois ser avaliado em campo. Os ensaios prvios de laboratrio,alm de simular o comportamento em campo (adotando as mesmas condies de temperatura eumidade, quando possvel), so teis para denir o ponto timo do aditivo, ou seja, a dosagem

    mais adequada apara atender uma especicao.A dosagem tima de aditivo (ou dos aditivos, quando se usa mais que um), pode ser denidaatravs de alguns mtodos realizados em pasta de cimento, como unil de Marsh segundo NBR7682 (ABNT, 1983) e ensaio miniabatimento de Kantro (ATICIN, 2000b apud KANTRO, 1980).Para ensaio em concreto sugerida a metodologia a seguir:

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    Aditivos Para Concreto

    1. Adotar sempre que possvel um trao reerncia. Na ausncia dele, adotar dois pontos na curvade relao a/c.- Para aditivos plasticantes/ poliuncionais: adotar dois traos (ck 20 e ck 30), com utilizaode brita 1 e abatimento 100mm;- Para aditivos superplasticantes: adotar consumo de cimento superior a 350 kg/m3 e abati-mento desejado;

    2. Ajustar a primeira dosagem com 100% da gua de amassamento para o abatimento desejado(para abatimento inerior a 260 mm), segundo a NBR NM 67 (ABNT, 1998). Fixar o abatimen-

    to determinado nesta etapa para todos os ensaios subseqentes;3. Realizar ensaios subseqentes com variaes de dosagem de aditivo, construindo uma curva

    com 4 a 6 pontos, considerando os extremos a aixa de dosagem do aditivo recomendada peloabricante e intercalando os pontos mdios interno. Para cada dosagem de aditivo, ajustar a re-lao a/c de modo que o abatimento esteja xo no valor determinado na etapa 2. Por exemplo, medida que a dosagem do aditivo aumentada, h a tendncia reduzir a gua do amassa-mento, mantendo o abatimento em valor xo;

    4. Para cada dosagem de aditivo, realizar a vericao da perda de abatimento, que mede a ma-nuteno de trabalhabilidade ao longo do tempo, segundo a NBR 10342 (ABNT, 2012);

    5. Moldar corpos de prova para determinao da resistncia compresso nas idades de 1, 3, 7 e28 dias, segundo a NBR 5739 (ABNT, 2007).

    O ponto timo do aditivo alcanado na condio onde houve maior reduo de gua de amas-samento e maior ganho de resistncias mecnicas na idade desejada.Outros aspectos devem ser observados, como as seguintes propriedades bsicas do concreto res-co e endurecido: Viscosidade; Coeso; Incorporao de ar; Tempos de incio e m de pega; Segregao; Exsudao; Outras determinaes de resistncias mecnicas;

    Outros ensaios podem ser realizados, dependendo da necessidade.

    Alm dos testes de laboratrio, de grande importncia a realizao de um teste de campo, paraconrmao das propriedades requeridas, como: consistncia, bombeabilidade, adensamento,acabamento, dentre outros.O uso de aditivos promove normalmente uma melhora na qualidade do concreto, mas no capaz de compensar as variaes dos materiais, dosagem dos componentes do concreto e proce-dimentos inadequados. Por isso, deve-se ter em mente que nenhum aditivo, em qualquer quanti-dade, deve ser considerado um substituto para as boas prticas de coneco de concreto.

    Compatibilidade aditivo-concretoQuando se utiliza o aditivo em um mistura de concreto, podem ocorrer problemas de incompa-tibilidade com determinados lotes e/ou entregas dos materiais que compem o concreto, mesmoque os aditivos estejam pereitamente dentro das especicaes. Estes problemas de incompati-bilidade dependem das interaes que acontecem entre os aditivos e os materiais que compemo concreto, com destaque para o cimento e adies. Como resultado, a incompatibilidade podegerar: perda rpida de trabalhabilidade, acelerao ou retardo de pega excessivos, incorporaoexcessiva de ar, alterao no ganho de resistncias mecnicas, etc.

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    Aditivos Para Concreto

    A tabela abaixo (Tabela 1) exemplica alguns problemas que podem ser encontrados no concreto resco:

    Menorreduo degua que oesperado

    Perdaacelerada deabatimento

    Menortempo depega que oesperado

    Maior tempode pega queo esperado

    Excessivaincorporaode ar

    Segregao

    Variao na composioqumica do cimento

    x x x x x

    Aumento da fnura do

    cimentox x x

    Variao das caractersticasdos agregados

    x x x x

    Variao na proporo dosagregado

    x x x x

    Materiais de elevadatemperatura

    x x x

    Aumento da temperaturaambiente

    x x x

    Diminuio datemperatura ambiente

    x

    Quantidade insufciente

    de aditivo

    x x x

    Excesso deaditivo

    x x x

    O uso de outras adies (cinza volante, escria, slica ativa, metacaulim), bras e uso de dois oumais aditivos em uma nica mistura devem ser avaliados no laboratrio antes da sua utilizao.Alm de consultar os ornecedores dos materiais, importante que se mantenham lotes de reten-o de aditivos e cimento em quantidades sucientes para ensaios, por um determinado perodo,a m de se detectar a causa do problema de incompatibilidade quando ele ocorrer.Caso seja possvel, recomendvel a manuteno de lotes de reteno tambm dos agregados eadies, que eventualmente podem gerar incompatibilidade.Seguem sugestes de quantidades mnimas para reteno (Tabela 2):

    MaterialQuantidadea ser retida

    Cimento/ Adio 20 kg

    Aditivo 500 ml

    Critrios de ensaio dos aditivos no concreto

    Recomenda-se a realizao de ensaios do concreto em laboratrio segundo a NBR 12821 (ABNT,2009) e NBR NM 33 (ABNT, 1998), avaliando as seguintes caractersticas: Consistncia segundo a NBR NM 67 (ABNT, 1998) ou NBR NM 68 (ABNT, 1998), espalha-

    mento e tempo de escoamento pelo mtodo NBR 15823-2 (ABNT, 2010), xando a relao a/c; Perda de abatimento segundo a NBR 10342 (ABNT, 2012); Determinao do teor de ar incorporado segundo a NBR NM 47 (ABNT, 2002) e massa espe-

    cca em concreto resco segundo a NBR 9833 (ABNT, 2009); Tempos de incio e m de pega segundo a NBR NM 9 (ABNT, 2003); Resistncia segregao segundo a NBR 15823-6 (ABNT, 2012) para concreto autoadensvel e

    avaliao visual para concreto convencional; Exsudao segundo a NBR 15558 (ABNT, 2008); Resistncias mecnicas segundo a NBR 5739 (ABNT, 2007) e NBR 8522 (ABNT, 2008); Ensaios relacionados durabilidade: absoro de gua, ndice de vazios e massa especca no concreto

    endurecido segundo a NBR 9778 (ABNT, 2005) absoro de gua por capilaridade segundo a NBR

    9779 (ABNT, 2012) compacidade por ultrassom segundo a NBR 8802 (ABNT, 2013), entre outros.

    Para a avaliao de alteraes nos tempos de pega, pode-se realizar alternativamente um testemais rpido em pasta de cimento, atravs da elevao adiabtica da temperatura segundo a NBR12819 (ABNT, 2012) ou mtodo similar.

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    Aditivos Para Concreto

    Fatores climticos rente dosagem

    O concreto j curado apresenta boa resistncia aos eeitos climticos. No entanto, durante a aseplstica e nas primeiras idades, o concreto tem suas caractersticas e propriedades ortementealteradas por condies climticas adversas, nas quais o rio, o calor, o vento e a umidade do arpodem produzir eeitos indesejveis. Entre estes eeitos, pode haver alteraes de tempo de pega,evoluo da resistncia supercial e taxa de evaporao de gua, alm do aumento do potencialde ssurao por retrao. Problemas em concretagens devido s condies adversas de climapodem ocorrer em qualquer estao do ano, seja no vero (elevada temperatura) e inverno (baixatemperatura), bem como variaes de umidade relativa do ar e intensidade do vento, dependendodas condies climticas de cada regio do pas.Recomenda-se que a construtora, o ornecedor de concreto e o projetista se renam para denirclaramente os termos e condies para a concretagem nestas condies. importante estar ciente que o eeito e a ecincia esperados para um aditivo podem ser masca-rados por alteraes climticas; em outras palavras, o eeito desejado pode ser alterado no poralta de ecincia do aditivo, e sim por variaes de temperatura, umidade e vento, que intereremortemente nas caractersticas do concreto. Entretanto, existem medidas que podem ser adotadaspara o controle dos eeitos indesejveis, alm da utilizao de um aditivo qumico mais adequados novas situaes.

    Concretagem em tempo quenteOs problemas causados por concretagem sob altas temperaturas podem ocorrer em qualquerpoca do ano em climas tropicais e ridos, mas geralmente so intensicados durante atemporada de vero.O concreto pode ser aplicado em climas quentes quando so tomadas algumas medidas de pre-cauo com relao dosagem, produo, transporte, lanamento, adensamento e cura. Comoparte destas precaues, aes devem ser tomadas para manuteno da temperatura do concretodentro dos limites recomendados (16C a 28C).Devem-se considerar dois atores que infuenciam o concreto no calor:a) Meio externo (insolao, calor, vento e umidade relativa do ar, etc.);b) Componentes do concreto (tipo de cimento, temperatura dos materiais, adies, aditivos qu-micos, etc.).

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    Aditivos Para Concreto

    Eeitos no estado plsticoA concretagem em tempo quente pode gerar muitos problemas ao concreto em seu estado plsti-co que podem acarretar em eeitos adversos sobre as suas propriedades e vida til. Os principaisproblemas encontrados so: Aumento da demanda de gua; Maior perda de abatimento (trabalhabilidade); Reduo dos tempos de pega; Diculdades de lanamento, retrabalho, adensamento e acabamento do concreto; Aumento da tendncia da retrao plstica, ocasionando ssuras; Maior diculdade no controle do contedo de ar incorporado; Necessidade de antecipao da ase de cura;

    Eeitos no estado endurecidoA concretagem em tempo quente pode tambm gerar problemas ao concreto em seu estado en-durecido. Os principais problemas que podem ser potencializados so: Maior tendncia de retrao por secagem e ssurao; Maior ocorrncia de porosidade; Reduo da resistncia compresso axial e trao na fexo, devido ao aumento da demanda

    de gua de amassamento; Reduo da durabilidade; Aumento da permeabilidade; Menor uniormidade da aparncia supercial;

    Meios de controleConcretos com temperatura acima de 28C e com elevada evaporao da gua de amassamen-to so condies comuns em climas quentes, e como j mencionado, aetam negativamente suaqualidade.A temperatura do concreto no momento da mistura infuenciada por temperatura ambiente,temperatura especca dos materiais e a quantidade de seus ingredientes. Segundo a PortlandCement Association (PCA, 2009), a temperatura aproximada de concreto pode ser calculada a

    partir da seguinte equao:

    (Equao 3)

    0.22(TaWa + TcWc) + TwWw + TwaWwa

    T =

    0.22(Wa + Wc) + Ww + Wwa

    Sendo:T = temperatura do concreto recm-misturado (C);Ta = temperatura dos agregados (C);Tc = temperatura do cimento (C);

    Tw = temperatura da gua de mistura (C);Twa = Temperatura da umidade dos agregados, respectivamente (C);Wa = massa dos agregados (kg);Wc = massa do cimento (kg);Ww = massa da gua de mistura (kg);Wwa = massa da gua de umidade dos agregados (kg);

    Como pode ser visto na equao acima (Equao 3), de todos os componentes do concreto a gua o material que reduz mais acilmente a sua temperatura. Assim, a temperatura do concreto podeser acilmente reduzida com a adio de gua gelada ou gelo. A quantidade de gelo usado deve serincluda como parte da gua de amassamento e no deve exceder o estabelecido na relao a/c.Existem outras medidas que podem auxiliar no controle da temperatura do concreto no momen-to da dosagem ou durante o processo de hidratao: Asperso/pulverizaodeguasobreosagregados;

    Armazenamentodosagregadosasombra(quandopossvel);

    Utilizaodecimentofrio;

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    Aditivos Para Concreto

    Utilizaodequebra-ventos;

    Usodegelo/nitrogniolquido;

    Utilizaodecimentoscommaioresteoresdecinzaseescriaemsuacomposioparareduo

    do calor de hidratao; Usodeaditivosplasticantes,plasticantesretardadoresesuperplasticantesretardadores;

    O uso de aditivos qumicos pode auxiliar na reduo dos eeitos indesejveis causados por climasquentes da seguinte maneira: Reduodademandadeguadenomnimo5%:ousodeaditivosquereduzamaguade

    amassamento em pelo menos 5% possibilita a posterior reduo do consumo de cimento e, con-seqentemente, a diminuio do calor liberado durante a hidratao; Melhoriadamanutenodatrabalhabilidadeduranteaaplicao;

    Retardodostemposdepega;

    Reduodataxadecalordehidratao;

    Os aditivos qumicos podem ter seu desempenho modicado quando h alterao signicativada aixa de temperatura usual, havendo necessidade de aumento de dosagem, redosagem ou subs-tituio do mesmo por outro mais adequado s novas condies.Algumas medidas antes, durante e depois da execuo do concreto podem auxiliar no controleda temperatura do mesmo: Estudosprviosdosmateriaisetraosaseremutilizados;

    Elaboraodeumplanodeconcretagem;

    Concretagemnoturna,quandopossvel;

    Lanamentodoconcretoemcamadas,cujaalturasejasucienteparapermitirumavibrao

    adequada; Aplicaodecuramidaduranteosprimeiros7dias;

    Aplicaodecuraqumica;

    Utilizaodebarreirasdequebra-vento.

    Concretagem em tempo rioOs problemas causados por concretagem sob baixas temperaturas podem ocorrer em qualquerpoca do ano em climas temperados, porm so intensicados durante o inverno, especialmentenas regies sudeste e sul do Brasil. Segundo a Portland Cement Association (PCA, 2003), baixastemperaturas retardam a hidratao do cimento e conseqentemente, seu endurecimento e de-senvolvimento de resistncias.O tempo rio denido como um perodo em que, por mais de 3 dias consecutivos, tm-se asseguintes condies: Atemperaturadoarmdiadiriainferiora5Ce;

    Atemperaturadoarnoforsuperiora10Cpormaisdemetadedoperodode24horas.

    A temperatura do ar mdia a mdia das temperaturas mais alta e a mais baixa que ocorremdurante o perodo da meia-noite a meia-noite.Analogamente a concretagem sob clima quente, o concreto pode ser aplicado em climas riostomando algumas medidas de precauo com relao dosagem, produo, transporte, lana-mento, adensamento e cura. Como parte destas precaues, aes tambm devem ser tomadas

    para manter temperatura do concreto dentro dos limites recomendados (16C a 28C).Devem-se considerar dois atores que infuenciam o concreto no rio:a) Meio externo (rio, vento e umidade relativa do ar, etc.);b) Componentes do concreto (tipo e nura do cimento, temperatura dos materiais, adies, aditi-vos qumicos, gua, etc.).

    Eeitos no estado plsticoA concretagem em tempo rio tambm pode gerar alguns problemas para seu estado plstico quepodem acarretar em eeitos sobre as suas propriedades e vida til. As principais conseqncias,principalmente quando sob temperaturas ineriores a 16C so: Retardodeincioemdepega;

    Retardonoacabamentosupercialdoconcreto; Perdadeguadeamassamento,principalmentecomcondiesdebaixatemperatura,baixa

    umidade relativa do ar e elevada velocidade do vento, causando ssuras por retrao plstica; Atrasodoinciodacuradoconcreto(devidoaoretardodapega),podendoacarretarproblemas

    de retrao plstica e secagem e perda de resistncia supercial (abraso);

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    Aditivos Para Concreto

    Aumentoda tendnciadeocorrnciadessuras,devidoaoconcretonoganharresistncia

    inicial suciente para azer rente s tenses relacionadas s reaes de hidratao do cimento; Endurecimentomaislentodacamadainferiorcomparadocamadasupercialemconcreta-gens sobre sub-bases rias; Empisosindustriaiselajescomformasplasticadasoumetlicas,afaceinferiordoconcreto

    acaba tendo velocidade inerior de endurecimento com relao supercie exposta: alm da tem-peratura menor (causada pela baixa temperatura da base), no ocorre a perda de gua pela aceinerior. A ace superior, por estar sujeita a uma temperatura ambiente mais elevada e apresen-

    tando uma maior taxa de gua de exsudao (com posterior perda por evaporao), resseca-se eendurece mais rpido que o restante, apresentando um aspecto borrachudo.

    Eeitos no estado endurecidoA concretagem em tempo rio pode gerar principalmente o problema de retardo na evoluo dasresistncias compresso nas primeiras idades, podendo contribuir com maiores resistncias nasidades superiores.

    Meios de controleComo j mencionado concretagens sob baixas temperaturas podem gerar eeitos indesejveis naspropriedades do concreto. Existem medidas que podem atenuar estes eeitos ou auxiliar no con-

    trole da temperatura do concreto no momento da dosagem ou durante o processo de hidratao: Evitar danos aoconcreto, devidoaocongelamento emidadesprecoces, taiscomogeada.

    Quando houver previso da ocorrncia de geada, devem ser tomadas precaues para proteger oconcreto recm lanado do congelamento nas primeiras 24 horas. Tal proteo no garante umataxa de ganho de resistncias mecnicas satisatria, principalmente caso ocorra um perodo pro-longado de clima rio, porm recomenda-se que seja eita por tempo suciente at que o ganho deresistncias seja adequado; Quandooconcretoestiverexpostoaciclosdecongelamentoedescongelamento,arelaoa/cdeve ser limitada em 0,50 para ciclos moderados e 0,45 para ciclos severos; Quandopossvel,recomenda-sequeatemperaturadoconcretosejamantidaacimadoslimitesda tabela abaixo (Tabela 3), dependendo da espessura do mesmo:

    Tabela3.Limitesdetemperaturamnimadoconcretoemfunodaespessura.

    Dimenso da seo (mm)Temperatura

    mnima doconcreto (C)

    < 300 13

    300 a 900 10

    901 a 1.800 7

    > 1.800 5

    O uso de aditivos qumicos pode auxiliar na reduo dos eeitos indesejveis causados por climas

    rios da seguinte maneira: Aceleraodasresistnciasmecnicasnasprimeirasidades; Aceleraodostemposdepega;

    Incorporaodearquandohexposioaciclosdecongelamentoedescongelamentoatravs

    da utilizao de aditivos incorporadores de ar, limitado ao mximo de 6% de ar incorporado paraconcreto do tipo estrutural.Da mesma maneira que em climas quentes, o desempenho do aditivo pode ser alterado quando oclima local torna-se mais rio. Neste caso, pode ser necessria uma menor dosagem do aditivo ouat sua substituio por outro mais adequado s novas condies.

    Para maiores inormaes, consultar as normas ACI 305R - Hot Weather Concreting e ACI 306R- ACI 306R - Cold Weather Concreting

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    Aditivos Para Concreto

    Recomendaes para recebimento,amostragem, estocagem e descartede aditivos

    RecebimentoComrelaodocumentao

    No ato do recebimento do aditivo pelo cliente, o mesmo deve vir acompanhado de: NotaFiscal;

    CerticadodeAnlisedoloteemquesto;

    FichadeEmergncia(FE).

    A Ficha de Inormao de Segurana de Produto Qumico (FISPQ), segundo a NBR 14725-4(ABNT, 2012), opcional no ato do envio do produto, porm deve estar disponvel pelo ornece-dor quando solicitado pelo cliente. Recomenda-se que a FISPQ seja solicitada e mantida em localde cil acesso para consulta, a m de que as inormaes necessrias ao manuseio dos produtose a segurana das pessoas sejam de conhecimento de todos.Em caso de ornecimento a granel, o cliente deve realizar a conerncia do peso do material de-clarado na Nota Fiscal e do eetivamente recebido/ descarregado, certicando-se de que o com-partimento do caminho est totalmente vazio.

    Com relao rea de descarregamento

    A rea de descarregamento do produto deve suportar o peso dos caminhes e deve ser isolada eaastada de reas comuns. Em caso de vazamento o operador dever isolar a rea e utilizar o kitde emergncia contido no veculo, alm de seguir as recomendaes da FE. Caso o cliente tenhaa equipe de emergncia interna, esta deve ser imediatamente inormada.Com relao aos procedimentos executados nesta rea, especialmente para o caso de descarrega-mento do material a granel em especial, recomenda-se: Queooperadorefetueoaterramentodoveculo,coloqueomangotenabocadotanquedo

    mesmo e ligue a bomba de transerncia, eetuando um descarregamento de cada vez; Ocontroledonveldotanquedeestocagemdevesersupervisionadoparanoocorrertransbor-damento; Casoooperadorpreciseadentrarnacaixadecontenoparaencaixaromangoteeacionara

    bomba, deve atentar-se aos procedimentos de segurana do local, alm de portar os Equipamen-tos de Proteo Individual (EPI`s) necessrios;

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    Aditivos Para Concreto

    e pisos

    Telhado com isolamento trmico

    Amostragem

    O aditivo deve manter as suas caractersticas tal qual como oi apresentado durante os estudospreliminares no concreto ou argamassa. Para assegurar que os lotes do aditivo subseqentes se-jam exatamente iguais amostra de aditivo aprovada, basta compar-los atravs das amostra-gens dos novos lotes com o de reerncia. Os aditivos devero ser amostrados durante o recebi-mento das entregas.

    Amostragem do aditivo durante o recebimentoPara amostragem do material a granel (caminho-tanque), aps os procedimentos de recebimen-to deve-se: Coletarumaamostrapeloladodecimadotanqueeaumaprofundidadeentre1,0-1,5m;

    Utilizar embalagemapropriadaparacoletae armazenamentoda amostra,limpae semusoanterior; Reterpelomenos500mldaamostra;

    IdenticarcomonmerodaNotaFiscal,nmerodolotedefabricao,dataelocaldacoleta.

    Para amostragem de embalagens echadas (containeres, tambores e bombonas plsticas): Homogeneizarpreviamenteecoletarumaamostraentre40a50%daalturadaembalagem;

    Utilizarembalagemapropriadaparacoletae armazenamentodaamostra,limpaesemuso

    anterior; Reterpelomenos500mldaamostra;

    IdenticarcomonmerodaNotaFiscal,nmerodolotedefabricao,dataelocaldacoleta.

    Nota: o prazo mximo de validade das amostras o mesmo que o prazo de validade do produto(descrito na Ficha Tcnica), quando armazenado em condies adequadas.

    EstocagemEstocagemdoaditivoagranel:reservatrios

    Nota:Avaliarjuntoaofabricantedastubulaes,registroseconexes

    aresistnciaqumicafreteaosaditivos

    Tipos

    No mercado existem reservatrios de diversas capacidades. O mais adequado aquele que atendaa demanda da central de concreto ou canteiro de obra, e que permita manter a atividade plena(reserva) at o prximo carregamento. O tamanho compatvel o que permite trabalhar at 40dias, para regies prximas e de cil acesso, e at 90 dias para locais mais distantes.Quanto ao ormato do undo dos reservatrios, recomendam-se aqueles que possuam undo c-nico e os de undo chato devem ser evitados.

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    Aditivos Para Concreto

    Layoutdeinstalao

    Quanto ao layout das instalaes dos reservatrios, alguns pontos devem ser observados: Osreservatriosdevemserinstaladosemreadefcilacessoparamanutenoedescargado

    produto, e deve ser coberto e protegido de incidncia direta de intempries (luz do sol e chuva); Alocalizaodosreservatriosdeveestaromaisprximopossveldacentraldosadoraoumis-turador, a m de se evitar longas linhas de tubulao do aditivo; Ainstalaodeveestardistantedecrregos,viaspblicasereaspermeveis;

    Odistanciamentoentretanques,sreasvizinhas,sreasdecirculaoecomunidade,de-

    vem ser observados de modo a cumprir o estabelecido pela legislao local vigente; Acaixadeconteno(dederramamentos)deveserimpermeabilizadaadequadamenteedeve

    comportar um vazamento de at 110% do volume de cada tanque; Olocaldevesercobertoecomalvenariasdevedao,deformaaprotegerosaditivoscontrao

    rio e o calor excessivo. Paraalgunsaditivos,devemserobservadosjuntoaofabricantedatubulaoacompatibilidade

    qumica com os aditivos.

    Limpeza

    A limpeza do reservatrio dever ser realizada de orma peridica conorme estabelecido pelousurio, entretanto no superior a 12 meses na periodicidade, a m da qualidade do produto noser comprometida.O resduo de lavagem gerado (gua de lavagem e borra) deve ser descartado como resduo qumico.

    Produtoarmazenado

    A identicao correta do reservatrio com o nome comercial e tipo do aditivo armazenado importante para evitar misturas de produtos, tanto para o recebimento de um novo lote quantopara utilizao na central de concreto.A escala de nvel adesivada no reservatrio apenas orientativa, pois o material que compe o re-servatrio deormvel e no garante uniormidade das paredes, comprometendo assim a leiturado volume real de produto.A m de se ter um material homogneo antes do uso, torna-se necessria a instalao de um sistemade recirculao aogada, principalmente para os aditivos que so compostos por grandes quantidades

    de slidos e para aditivos que permaneam em repouso por um perodo superior a 60 dias.

    Estocagem do aditivo embalado: containeres, tamborese bombonas plsticasLocalemododearmazenamento

    Os aditivos adquiridos embalados devem car armazenados em local coberto e identicado, aoabrigo de intempries, rio e calor excessivos e de cil acesso, alm de isolados de tambores deleo diesel, materiais de limpeza de caminhes/equipamentos, a m de se evitar troca acidentalde materiais.Deve-se observar que os aditivos tm data de validade e por isso, mais adequado que os lotesmais antigos localizem-se rente da utilizao. recomendvel o uso de empilhadeiras ou de plataormas para descargas.

    Homogeneizaodoproduto

    Para os produtos embalados, a homogeneizao do produto pode ser eita atravs da agitao dolquido com ar comprimido. No caso de tambores e bombonas plsticas, a homogeneizao podeser realizada tambm atravs do procedimento de deitar cuidadosamente os recipientes e rol-lospor diversas vezes at atingirem uniormidade.

    Descarte

    Sempre que o resduo de aditivo or descartado, as recomendaes da FISPQ devem ser seguidaspara que a manipulao e transporte do material sejam eitos com segurana. Alm disso, a ma-

    neira correta de disposio e descarte deve atender as legislaes ambientais locais, estaduais ouederais vigentes.Da mesma maneira, as embalagens no devem ser descartadas como lixo comum ou utilizadaspara outros ns, e sim encaminhadas para recuperadoras credenciadas para descarte de acordocom as legislaes locais vigentes.

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    Aditivos Para Concreto

    Infuncia dos equipamentos naecincia do concreto aditivado

    Dosagem do aditivo e mistura

    Os aditivos para concreto podem ser adicionados (ou dosados) nas centrais dosadoras de concre-to ou bricas de pr-moldados atravs de dosicadores no incio da mistura no ponto de carga,sempre aps o contato da gua com o cimento. A adio do aditivo (lquido) aos materiais secosnunca deve ser eita.

    Alguns aditivos podem ser adicionados ao concreto no momento de sua aplicao, como o casode superplasticantes ou incorporadores de ar, que geralmente so dosados na prpria obra, apsalguns minutos de transporte. Neste caso, recomenda-se o uso de dosadores ou baldes graduadosassociados a um tubo de PVC de comprimento de 2,50m e dimetro de 100 mm acoplado comum cotovelo de 45C em uma das extremidades.No momento do carregamento na central de concreto ou misturador, importante vericar seno h perda de aditivo para ora do equipamento durante a adio do mesmo.Caso o trao de concreto utilize dois aditivos dierentes, recomenda-se que sejam adicionadosseparadamente.Aps a adio do aditivo deve-se proceder com a homogeneizao da mistura, da seguinte ma-neira: no caso de aditivos adicionados em caminho-betoneira, deve-se misturar o concreto em

    rotao de 14 a 16 rpm e o tempo de mistura de no mnimo 8 minutos, ou de acordo com reco-mendaes do abricante.

    Facas dos misturadores

    Alguns cuidados especiais devem ser tomados em relao s acas dos caminhes-betoneira emisturadores, cujo estado de conservao deve ser vericado rotineiramente. As acas possuemum importante papel na qualidade do concreto, e caso estejam desgastadas ou sujas com excessode concreto endurecido, o produto nal no car bem misturado (homogneo).

    Calibraes dos equipamentos

    Os hidrmetros dos caminhes-betoneira, central, orca (dosador de gua), balanas ou medi-dores volumtricos de aditivos (em casos de pesagem automtica de aditivos) devem ser periodi-camente calibrados. Hidrmetros ora de calibrao por exemplo, podem acabar dosando umamaior ou menor quantidade de gua comprometendo a ecincia do aditivo.

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    Aditivos Para Concreto

    CONCRETO AUTO ADENSVEL (CAA)

    De acordo com a ABNT:NBR 15823:2010, concreto autoadensvel aquele concreto que capazde fuir, auto-adensar pelo seu peso prprio, preencher a orma e passar por embutidos (armadu-ras, dutos e insertos), enquanto mantm sua homogeneidade (ausncia de segregao) nas etapasde mistura, transporte, lanamento e acabamento.Esse concreto teve origem no Japo no nal da dcada de 80, para suprir a decincia de mo deobra qualicada nas operaes de concretagem, pela sua capacidade de preencher as ormas sem

    a necessidade de vibrao.

    Para ser classicado como um concreto auto-adensvel ele precisa apresentar 03 propriedadesbsicas(RILEM,2006):

    - habilidade de passar por restries - habilidade passante;- habilidade de preencher espaos (ormas, armaduras) - fuidez- resistncia segregao mantendo-se homogneo durante todas as etapas de sua aplicao;Alm de cumprir com os requisitos de um concreto usual como resistncia mecnica, durabilida-de, tempo de aplicao e acabamento supercial.O CAA produzido com os materiais de um concreto usual cimento, agregados, gua e aditi-vos. Porm para melhorar as caractersticas acima citadas, empregam-se mais nos na sua or-mulao e aditivos de grande poder de disperso, superplasticantes tipo SP II de acordo com a

    ABNT:NBR 11768:2011.Em alguns casos tambm podem ser usados aditivos modicadores deviscosidade, para aumentar a viscosidade da mistura.Os nos (partculas menores que 0,150 mm) usualmente empregados nas misturas so: ler cal-careo, cinza volante, metacaulim e slica ativa.De acordo com a ABNT:NBR 15823:2010 para cada tipo e classe de concreto auto-adensvel a serlanado em uma estrutura ou elemento estrutural, as propriedades e caractersticas requeridas noestado resco devem ser previamente comprovadas por ensaios. Tais ensaios tm como objetivoclassicar o concreto no seu estado resco e ainda ornecer inormaes para o controle e aceita-o no estado resco, que so:

    1.DeterminaodoespalhamentoedotempodeescoamentopeloconedeAbrams(Slump-

    -owtestet500):Ensaio para determinao da fuidez do concreto auto adensvel, em fuxo livre, sob a ao de seuprprio peso, empregando-se o cone de Abrams (ABNT NBR NM 67), onde o resultado do ensaio oespalhamento (SF) da massa de concreto, obtido pela mdia aritmtica de duas medidas perpendicu-lares do dimetro realizadas em milmetros (mm). E ainda, mede-se o t500, cujo resultado o interva-

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    Aditivos Para Concreto

    lo de tempo, em segundos, entre o incio e o nal do escoamento do concreto, a partir do dimetro domolde (200 mm) at a marca circular de dimetro 500 mm da placa de base.

    Figura 1 Ensaio de espalhamento.

    2.DeterminaodahabilidadepassanteMtododoanelJ;

    O mtodo tambm conhecido como Anel J - mtodo de ensaio para determinao da habilidade

    passante do concreto auto adensvel, em fuxo livre. Os materiais so os mesmos do ensaio ante-rior porm com a utilizao de um Anel metlico com barras verticais.O resultado do ensaio consiste nas seguintes determinaes: odimetronal(dF),atingidopelamassadeconcreto,pormeiodamdiaaritmticadeduas

    medidas (em milmetros) realizadas em direes perpendiculares; adiferenaentreodimetromdiodoespalhamentoobtidonoensaiodoespalhamento(sem

    o anel J) e neste ensaio (com o anel J); obstruoobservadapassagemdoconcretopelasbarrasdoanelJ.

    3.DeterminaodahabilidadepassanteMtododacaixa-L

    Ensaio para a determinao da habilidade passante em fuxo connado do concreto auto-adensvelusandoacaixaL(caixacomdimensesnormatizadaABNTNBR15823:2010).Esteensaioconsiste

    em preencher a caixa com concreto (parte vertical), abrir o compartimento, cessado o escoamento,medir as alturas H1 e H2 e calcular a habilidade passante (HP), isto , a razo entre as alturas da super-cie do concreto nas extremidades da cmara horizontal usando a equao a seguir:

    Cmera

    horizontal

    H2H1

    Figura 2 - Ensaio da caixa L.

    4.DeterminaodaviscosidadepelomtododoFunil-V;

    A determinao da viscosidade do concreto auto adensvel atravs da medida do tempo de es-coamento de uma massa de concreto atravs do unil V. O ensaio consite em preencher o moldecom concreto abrir o compartimento do undo do unil e medir o tempo de escoamento. Emcasos especiais, com solicitao expressa, pode ser eetuada a medida do tempo de escoamentodo concreto aps 5 min do preenchimento do unil V (T5min).

    Equao: HP= H2H1

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    Aditivos Para Concreto

    45cm

    15c

    m

    6,5

    Figura 3 - Funil para ensaio de viscosidade.

    5.Determinaodaresistnciasegregaoatravsdacolunadesegregao.

    o ensaio para determinao da resistncia segregao do concreto auto adensvel, pela die-rena das massas de agregado grado existentes no topo e na base da coluna de segregao.

    200 mm

    165 mm

    165 mm

    660 mm

    Topo

    Parte Central

    Base

    Figura 4 - Coluna para ensaio de segregao

    PrincipaisvantagensdautilizaodeCAA:

    1. Acelerar cronograma de construo com lanamento e rpido e eliminao da etapa de vibrao;2. Reduzir mo de obra, pois elimina vibrao;3. Melhora o acabamento supercial das estruturas;4. Permite trabalhar com ormas e dimenses variadas;5. Permite concretagens de peas com sees reduzidas;6. Elimina o barulho das vibraes;7. Permite a utilizao em estruturas com elevada taxa de armadura

    8. Aumento da durabilidade, pois devido a sua acilidade de acabamento evita a ocorrncia dealhas de concretagens;9. Pode reduzir o custo nal da estruturaPrincipais aplicaes do concreto auto-adensvel: Concretopr-moldadooupr-fabricado;

    Recuperaodeestruturas;

    Lajes,pilaresevigas;

    Peasarquitetnicasnasmaisvariadasformasedimenses;

    NBR 15823 (ABNT, 2010) Tabela 4 Classes de espalhamento, viscosidade plstica aparente, ha-bilidade passante e resistncia segregao do CAA em uno de sua aplicao.

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    Aditivos Para Concreto

    Propriedades -Ensaios

    Classes Aplicao Exemplo

    Espalhamento(slump-fow) (mm)

    SF 1 550 a 650

    Estruturas no armadas oucom baixa taxa de armadura eembutidos, cuja concretagem realizada a partir do ponto mais altocom deslocamento livre.Concreto autoadensvelbombeado.Estruturas que exigem um curto

    espalhamento horizontal doconcreto autoadensvel.

    Lajes, Revestimento detneis, Estacas e certasundaes proundas.

    SF 2 660 a 750Adequada para a maioria dasaplicaes correntes.

    Paredes, vigas, pilarese outras.

    SF 3 760 a 850

    Estruturas com alta densidadede armadura e/ou de ormaarquitetnica complexa, com o usode concreto com agregado gradode pequenas dimenses (menorque 12,5 mm).

    Pilares-parede,Paredes diaragma ePilares.

    Viscosidade plsticaaparentet500 (s)/Funil V (s)

    VS 1 /

    VF 1

    2 8

    Adequado para elementosestruturais com alta densidadede armadura e embutidos, masexige controle da exsudao e da

    segregao.Concretagens realizadas a partir doponto mais alto com deslocamentolivre.

    Lajes, paredesdiaragma, pilares-parede, indstriade pr-moldados econcreto aparente.

    VS 2 /VF 2

    > 29 a 25

    Adequado a para a maioria dasaplicaes correntes. Apresentaeeito tixotrpica que acarretamenor presso sobre as rmas emelhor resistncia segregao.Eeitos negativos podem serobtidos com relao superciede acabamento (ar aprisionado),no preenchimento de cantos esuscetibilidade a interrupes oudemora entre sucessivas camadas.

    Vigas, pilares e outras.

    Habilidade passanteAnel J (mm)Caixa L (H2/H1)

    PL 1 /PJ 1

    25 a 50 mm,com 16 barrasde ao. 0,80, com 2barras de ao.

    Adequada para elementosestruturais com espaamentos dearmadura de 80 mm a 100 mm.

    Lajes, painis,elementos deundao.

    PL 2 /PJ 2

    0 a 25 mm,com 16 barrasde ao. 0,80, com 3barras de ao.

    Adequada para a maioria dasaplicaes correntes. Elementosestruturais com espaamentos dearmadura de 60 mm a 80 mm.

    Vigas, pilares, tirantes,indstria de pr-moldados.

    Resistncia

    segregaoColuna desegregao (%)

    SR 1 20Distncia a se percorrida < 5 m.Espaamento entre armaduras >80 mm.

    Lajes de pequenaespessura, estruturasconvencionais depouca complexidade.

    SR 2 15

    Distncia a se percorrida > 5 m.Espaamento entre armaduras >80 mm.

    Elementos deundaes proundas,Pilares, paredes,elementos estruturaiscomplexas eElementos pr-moldados.

    Distncia a se percorrida < 5 m.Espaamento entre armaduras