Manual_Ufcd 0404 Organização Pessoal e Gestão Do Tempo

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  • MANUAL DE FORMAO

    ORGANIZAO PESSOAL

    E GESTO DO TEMPO

    rea de Formao: 341 Comrcio

  • FICHA TCNICA DO SUPORTE

    Curso: Organizao Pessoal e Gesto do Tempo UFCD 0404 (Aco N. 2)

    Destinatrios: A Unidade de Formao dirige-se a activos empregados e desempregados,

    que pretendem aperfeioar as suas competncias, numa perspectiva de adaptao a novos

    processos de trabalho e/ ou elevar os nveis de habilitao escolar e qualificao profissional.

    Contedos (tipo):

    Textos de enquadramento terico dos contedos/temas

    Tabelas, grficos, quadros e/ou figuras de apoio aos textos tericos

    Exerccios e/ou actividades de aprendizagem para execuo

    autnoma por parte do utilizador (formando)

    Propostas de resoluo dos exerccios

    Contedos organizados em captulos

    Ilustraes de orientao para a execuo de determinadas operaes

    (numa lgica demonstrativa)

    Glossrio

    Legislao (extractos relevantes para a formao em causa)

    Bibliografia

    Links de interesse

    Explorao esperada por parte do utilizador:

    Durante a formao, como suporte de apoio s actividades dos planos

    de sesso

    Durante a formao, como forma de aprofundamento da

    aprendizagem realizada em sala

    Aps a formao, como ferramenta de apoio transferncia do

    aprendido para o posto de trabalho

    O suporte pode ser utilizado numa lgica de auto-aprendizagem pelos formandos?

    Sim No Apenas nalguns captulos

    Autor:

  • NDICE Pg.

    Captulo 1 Tcnicas para inventariao das actividades desenvolvidas 4

    Captulo 2 Tcnicas para anlise das actividades desenvolvidas e sua

    priorizao 6

    Captulo 3 Identificao do potencial de melhoria de cada uma das

    actividades 10

    Captulo 4 Regras bsicas de organizao pessoal 15

    Captulo 5 Regras fundamentais da gesto do tempo 18

    Captulo 6 Desenvolvimento de planos de aco de melhoria de desempenho

    utilizando as regras bsicas de gesto do tempo e de organizao pessoal

    20

    Bibliografia 32

  • DESENVOLVIMENTO

    CAPTULO 1 TCNICAS PARA INVENTARIAO DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

    OBJECTIVOS CONTEDOS

    Aplicar as tcnicas de organizao

    pessoal e gesto do tempo com

    vista a optimizar o planeamento

    das actividades e o cumprimento

    dos objectivos;

    Tcnicas para inventariao das actividades desenvolvidas;

    Qualquer pessoa pode verificar que, ainda que o dia tivesse 48 horas,

    nunca se esgotaria tudo o que h para fazer.

    Os novos desafios que as organizaes enfrentam atualmente obrigam a

    um planeamento rigoroso do trabalho, sistematizao de rotinas e

    eliminao de tarefas inteis ou perdas de tempo.

    A inventariao das atividades desenvolvidas surge, pois, como a

    primeira estratgia a adotar no sentido de gerir da melhor forma o tempo

    disponvel.

    Para se poder planear e organizar o trabalho convenientemente, dever-

    se- comear por elaborar uma lista de atividades, procedendo a uma anlise

    do tempo que se consome diariamente entre tarefas de rotina e pontuais,

    aferidas, por exemplo, semana e ao ms, conforme se exemplifica a seguir:

    TAREFAS DE ROTINA TEMPO MDIO

    Resposta a pedidos de informao

    por telefone

    1 hora x 3 dias = 3 horas/ semana

    Arquivo 45 minutos x 5 dias = 03:45 horas por

    semana

    TAREFAS PONTUAIS TEMPO MDIO

    Substituir a rececionista quando 15 minutos x 2 dias = 00:30 horas/

  • esta se atrasa ms

    Depois de listadas as tarefas, estas podero ser hierarquizadas em funo de

    trs conceitos-chave:

    Prioridade (associada ao grau de importncia)

    Grau de urgncia (associado ao prazo de entrega)

    Grau de complexidade (relacionado com o tempo e concentrao

    necessrios sua execuo.

    Para estabelecer prioridades e eliminar tarefas inteis, ou que possam ser

    delegadas, igualmente importante questionar:

    Ser esta tarefa imprescindvel neste momento?

    Poder acumular-se com outra?

    Poder ser feita por outra pessoa e noutro local?

    Poder ser feita de forma mais simples e eficaz?

    Para ento se reservar perodos razoveis de tempo s vrias tarefas e

    executar, vistas de uma forma integrada e dando margem para a ocorrncia

    de imprevistos.

    No mbito dos dois primeiros conceitos, as tarefas podero ainda ser

    reunidas em quatro grandes grupos:

    1. Prioritrias e urgentes

    2. Prioritrias, mas no urgentes

    3. Urgentes, mas no prioritrias

    4. Nem urgentes, nem prioritrias

    Uma tarefa poder ser urgente e no prioritria se dela estiverem

    dependentes, por exemplo, outros servios ou pessoas, como o caso da

    distribuio do correio entrado (cheques para depsito) ou o registo do

    correio a expedir (estando uma pessoa encarregue de levar a correspondncia

    a uma estao dos CTT at determinada hora).

    Obviamente, as tarefas classificadas como no prioritrias e no

    urgentes ficaro para ltimo lugar, devendo ser tida em considerao, no

  • entanto, a sua oportunidade, isto , se forem sucessivamente adiadas face a

    outras, poder chegar o momento em que no far sentido execut-las.

    O uso regular a agenda permitir que a memria seja poupada e, por

    conseguinte, resultar numa reduo da ansiedade diria.

    Ser prudente evitar, tanto quanto possvel, marcar compromissos:

    Para o princpio da manh (deve dar-se, ao menos, uma margem de

    segurana de 30 minutos aps o incio do expediente) ou fim da tarde,

    para permitir uma gesto mais eficaz das tarefas planificadas e para

    fazer face a imprevistos, deixando tambm intervalos de pelo menos 15

    minutos entre cada um;

    Logo a seguir a uma ausncia (viagem profissional, frias, doena,

    etc.), para permitir que assuntos sejam primeiramente postos em dia.

    CAPTULO 2 TCNICAS PARA ANLISE DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS E SUA PRIORIZAO

    OBJECTIVOS CONTEDOS

    Aplicar as tcnicas de organizao

    pessoal e gesto do tempo com

    vista a optimizar o planeamento

    das actividades e o cumprimento

    dos objectivos;

    Tcnicas para anlise das actividades desenvolvidas e sua priorizao;

    Uma Prioridade uma tarefa que fazemos antes de outra. O bom gestor

    de energia no est sempre a trabalhar a 100%. Trabalha a 10% das suas

    capacidades quando as tarefas no so prioritrias para poder dar os seus 90%

    naquilo que de facto interessa.

    Podemos fazer uma matriz de estabelecimento de prioridades e, a

    partir da, descobrir onde ir buscar mais tempo para o que de facto

    importante.

  • A diviso das tarefas no implica que a quantidade delas v diminuir.

    Quando h uma grande solicitao para executar diversas tarefas, pode ser

    til realizar uma lista dos prazos em que estas devem ser concludas.

    Evitar o excesso de tarefas

    Na vida profissional somos constantemente solicitados para realizar

    inmeras tarefas, algumas das quais so pouco importantes, no so da nossa

    competncia, ou poderiam ser desempenhadas por outros indivduos.

    O excesso de tarefas pode tornar-se no principal ladro de tempo,

    que um bem escasso nos dias de hoje.

    Para evitar o excesso de tarefas deve-se evitar assumir mais trabalho

    do que aquele que realmente se pode fazer. Uma boa forma de o fazer

    utilizando a assertividade, sabendo dizer no quando proposta mais uma

    tarefa num momento em que se est atolado de trabalho.

    Ao analisar todas as atividades que tem de ser realizadas, deve ser

    claro que algumas tm prioridade sobre as outras, pelo que as tarefas menos

  • prioritrias, como foi acima referido, podem ser adiadas, dispensadas ou

    delegadas, para que as mais prioritrias sejam corretamente desempenhadas.

    Isto ir proporcionar uma melhor gesto de tempo, na medida em que

    deixar o indivduo mais livre para se ocupar de atividades que s ele pode

    realizar.

    Planear e programar o tempo

    Prever, planificar e hierarquizar so os grandes pilares de uma

    organizao de tempo mais eficaz.

    Ter objetivos previstos para o nosso dia-a-dia permite-nos concentrar

    naquilo que realmente devemos fazer, evitando distraes e esquecimentos.

    Planear exige tempo, pelo que muitas vezes ignorado, mas 1 minuto

    de planificao pode significar menos 10 minutos na execuo. Deste modo,

    pode ser bastante recompensador.

    Um plano distingue-se de uma lista de tarefas simples (do tipo lista de

    compras no supermercado) porque inclui:

    A Lista de tarefas a realizar durante a semana

    B Atribuio de grau de importncia da tarefa /capacidade de

    contribuio da tarefa para o teu objetivo

    C Atribuio de grau de urgncia / prazo para cada tarefa

    D Previso da durao de cada tarefa

    Como realizar um plano de trabalho?

    Recolha de dados

    Criar um dirio semanal, com o registo horrio dos afazeres dirios.

    Anlise da utilizao do tempo

    Trabalhar os dados recolhidos e verificar a forma como so utilizadas as

    horas de trabalho.

  • Em paralelo, realizar uma lista com as oportunidades de melhoria que

    foram identificadas.

    Criar planos de ao

    Desenvolver planos de ao especficos para produzir melhorias na

    utilizao do tempo. No desenvolvimento destes planos deve estar sempre

    reservado um espao para os imprevistos, porque de certeza que eles iro

    ocorrer.

    Acompanhamento

    Algum tempo depois (por exemplo um ms) do inicio dos esforos para

    otimizar a gesto do tempo, deve ser feito um balano srio, por escrito, para

    avaliar a evoluo e decidir qual o trabalho adicional que deve ser feito.

    Ritmo de Trabalho

    Cada pessoa tem o seu prprio relgio interno que ajuda a definir o seu

    ritmo de trabalho. Ficar cansado, sentir-se fresco ou voltar a ficar cansado

    uma questo muito pessoal. Para trabalhar com eficcia, essencial conhecer

    bem o prprio ritmo. No ignore o seu relgio interno. Aprenda a fazer uso

    dele.

    A investigao indica que a maioria das pessoas atinge o seu ponto alto

    de ateno e assimilao por volta do meio-dia. O fim de tarde parece

    igualmente eficaz. No entanto convm sublinhar que cada pessoa tem os seus

    ritmos biolgico e intelectual prprios.

    Muitos fatores entram em jogo: o temperamento, os hbitos individuais

    e as condies exteriores. No se pode generalizar em excesso. O nvel de

    energia e de performance flutuam ao longo do dia inteiro, pelo que convm

    descobrir quando se funciona otimamente e quando se funciona menos bem.

    Assim, compete ao indivduo observar-se e descobrir as suas horas mais

    rentveis, as horas em que por norma se sente com mais energia e capacidade

    de assimilao.

  • As horas mais rentveis devem ser aproveitadas para realizar as tarefas

    mais complexas. As tarefas mais fceis ou que exijam menores nveis de

    concentrao (tarefas rotineiras, por exemplo) podem ser deixadas para

    ocasies de menor frescura.

    O padro de energia pode ser tambm influenciado pela alimentao.

    Logo a seguir a uma refeio pesada, a capacidade de concentrao diminui,

    pelo que aconselhvel ingerir refeies ligeiras antes de grandes esforos

    intelectuais.

    CAPTULO 3 IDENTIFICAO DO POTENCIAL DE MELHORIA DE CADA UMA DAS ACTIVIDADES

    OBJECTIVOS CONTEDOS

    Aplicar as tcnicas de organizao

    pessoal e gesto do tempo com

    vista a optimizar o planeamento

    das actividades e o cumprimento

    dos objectivos;

    Identificao do potencial de melhoria de cada uma das actividades;

    Segundo vrios estudos, as perdas de tempo so originadas sobretudo por:

    Chamadas telefnicas desnecessariamente longas, repetitivas ou

    imprevistas;

    Interrupes constantes de colegas, clientes, fornecedores, etc.;

    Falta de pessoal;

    M perceo das instrues recebidas;

    Perfeccionismo em excesso;

    Dificuldade na gesto de assuntos pessoais;

    Lacunas de formao ou incapacidades;

    Dificuldades e comunicao;

    Indefinio de objetivos;

    Objetivos demasiado ambiciosos;

    Local de trabalho confuso/ desorganizado;

  • Equipamento insuficiente, subdimensionado ou defeituoso;

    Resistncia humana mudana;

    Dificuldade em dizer no;

    Insegurana;

    Fadiga/ doena.

    Dado que muitas das perdas de tempo resultam de fatores controlveis

    parcialmente, indicam-se algumas formas de o fazer, melhorando cada uma

    das atividades desenvolvidas:

    Chamadas telefnicas

    Preparar a chamada com os pontos a abordar

    Cingir-se aos pontos essenciais

    Pedir para ligar mais tarde

    Abordar a questo por e-mail

    Escolher a altura do dia mais propcia para efetuar chamadas (aquela

    em que houver menos interrupes, que exija menos concentrao ou

    em que no haja coincidncia de prazos)

    Interrupes

    Arranjar truques para eliminar ou reduzir as interrupes:

    o Continuando a olhar para o monitor

    o Fazendo perguntas fechadas

    o Respondendo com monosslabos

    o No parando ao ser-se interpelado no caminho, etc.

    Dizer que a altura no oportuna

    Refugiar-se num local que no favorea as interrupes

    Desviar a extenso para um colega ou para a caixa de mensagens

    Falta de pessoal

    Sugerir a admisso de mais pessoal

    Sugerir a colocao de estagirios

  • Pedir ajuda a um colega

    Explicar s chefias que no ser possvel ter as tarefas prontas no prazo

    estabelecido

    M perceo das instrues

    Confirmar o entendimento das instrues recebidas

    Pedir explicaes, em caso de dvida

    Ir mantendo a chefia a par do progresso da tarefa

    Perfeccionismo em excesso

    No ceder tentao de:

    o Refazer a tarefa vrias vezes

    o Corrigir tarefas que no sejam da sua responsabilidade

    Dificuldade na gesto de assuntos pessoais

    Separar a vida pessoal da profissional

    Ser prefervel abordar o assunto com a chefia, explicando o porqu da

    dificuldade de concentrao ou dos atrasos

    Lacunas de formao ou incapacidades

    Pedir ajuda a um colega ou uma pessoa de fora

    Procurar informao

    Sugerir a possibilidade de frequentar uma ao de formao na rea

    Confessar a incapacidade

    Em ltimo caso, considerar um pedido de transferncia para funes ou

    departamentos mais adequados s competncias

    Dificuldades de comunicao

    Utilizar a escuta ativa

    Certificar-se de que percebeu as instrues e os prazos

  • Escolher a altura certa para clarificar instrues

    Indefinio de objetivos

    Pedir esclarecimentos sobre os objetivos, tentando obter dados

    concretos sobre prazos e tarefas a executar

    Ter coragem de dizer quando os objetivos parecem difceis ou

    inatingveis

    Local de trabalho desorganizado

    Organizar o posto de trabalho de forma adequada s necessidades

    dirias (pondo os objetos no stio prprio, inutilizando papel

    desnecessrio, etc.)

    Manter o arquivo em dia

    Certificar-se de que dispe e sabe a localizao de todos os recursos de

    que necessita

    Reunir toda a documentao de apoio tarefa que vai executar

    Manter atualizada a lista de referncias (competncias de outros

    departamentos, lista de extenses e telemveis, organigrama,

    identificao e localizao das pessoas na organizao, etc.

    Equipamento insuficiente, subdimensionado ou defeituoso

    Solicitar assistncia tcnica

    Propor a substituio de equipamentos

    Resistncia mudana

    Esforar-se por no ficar preso a velhos hbitos e por ver os aspetos

    positivos da mudana

    Estar aberto possibilidade de implementar novos procedimentos e

    tecnologias

    Estar aberto a sugestes

  • Aceitar o facto de que talvez existem pessoas que percebem mais de

    uma matria especfica e que podero prestar um auxlio fundamental

    concluso de uma tarefa num determinado prazo.

    Dificuldade em dizer no

    Ter a coragem de dizer no quando se sabe que:

    o No se capaz

    o No se tem tempo

    o No se tem conhecimentos

    o A tarefa no faz parte das responsabilidades que lhe foram

    atribudas

    O excesso de trabalho resulta em menor produtividade, maior risco de

    erro, stress e at doena.

    Insegurana

    Fazer um esforo para acreditar que se capaz, mesmo que se tenha

    de pedir ajuda o pensamento positivo contribui determinantemente

    para a execuo de uma tarefa com sucesso.

    Fadiga/ doena

    Refletir sobre se no ser melhor tirar uns dias de descanso ou de

    baixa, falando com a respetiva chefia, em vez de continuar a insistir,

    com pouco ou nenhuns resultados.

    CAPTULO 4 REGRAS BSICAS DE ORGANIZAO PESSOAL

    OBJECTIVOS CONTEDOS

    Aplicar as tcnicas de organizao Regras bsicas de organizao

  • pessoal e gesto do tempo com

    vista a optimizar o planeamento

    das actividades e o cumprimento

    dos objectivos;

    pessoal;

    Para aproveitar ao mximo o tempo de que dispe, importa,

    finalmente, que tenha sempre presente duas dimenses: a eficincia fazer a

    tarefa de maneira certa e a eficcia fazer a tarefa certa.

    Sendo ambas importantes, importa, contudo, no perder de vista o

    objetivo ltimo, que o de alcanar resultados, isto , ser eficaz!

    Habitue-se a questionar, com regularidade, a sua eficcia:

    Quanto tempo poderia economizar se no fizesse algumas coisas no

    essenciais?

    H tarefas que se poderiam fazer com mais facilidade e mais

    rapidamente, melhorando os processos de trabalho?

    Em que tarefas gastou mais tempo do que julgava?

    Para proceder organizao do tempo, torna-se crucial, antes de mais

    nada, que tente encontrar resposta para um conjunto de questes.

  • Relativamente rotina do dia-a-dia e aos resultados a alcanar pela sua

    equipa:

    Quais so as atividades mais produtivas, menos produtivas, e que

    tempo consagrado a cada uma delas?

    Que quantidade de tempo perdido por interrupes?

    Existem atividades cuja eficcia no tenha sido analisada?

    Quanto tempo destinamos s questes urgentes? E s

    verdadeiramente importantes?

    Os objetivos de progresso so claros e quantificados, ou continuam

    vagos? Todas as pessoas os conhecem?

    Que parte do tempo dedicada pela equipa para o aperfeioamento,

    para a discusso dos problemas e para a procura das suas solues?

    Relativamente comunicao interna e forma como as tarefas esto

    distribudas:

    Das tarefas que eu normalmente desempenho, quais as que poderei

    passar para os meus colaboradores?

    Quais dessas tarefas estou psicologicamente preparado para

    abandonar desde j? Existe algum na minha equipa capaz de as

    executar imediatamente?

    Quais as tarefas que quero ir delegando gradualmente? Existe um

    plano de delegao a mdio prazo?

    Conheo os meus colaboradores suficientemente para que possa, em

    conscincia, elaborar um plano de delegao?

    Como prepar-los para a aceitao de novos desafios e maiores

    responsabilidades?

    A forma como lhes comunico os resultados a atingir a mais

    adequada?

    Existe o hbito de avaliar com regularidade o andamento dos

    trabalhos e os resultados atingidos? Se sim, costumo dar feedback dessa

    avaliao aos meus colaboradores?

  • Que tcnicas e instrumentos costumo utilizar para fazer essa

    avaliao? Sero eles os mais fiveis?

    Encontradas as respostas para estas questes e eventualmente para

    outras que, no seu caso concreto, se revelem pertinentes, valer a pena ter

    presente, quando pretender instalar novas prticas, um conjunto de princpios

    habitualmente considerados decisivos para uma gesto eficaz. A saber:

    Definir e clarificar os objetivos; escrev-los e estabelecer

    prioridades;

    Centrar-se nos objetivos e no nas atividades;

    Estabelecer, pelo menos, um objetivo por dia e atingi-lo;

    Registar regularmente o tempo;

    Eliminar, pelo menos, um desperdiador de tempo por semana

    Planificar o tempo; elaborar planos de curto, mdio e longo prazo.

    Escrever uma lista do que fazer todos os dias, incluindo objetivos,

    prioridades e tempos estimados;

    Preconizar limites de tempo por tarefa;

    Eliminar as crises repetitivas; agir em vez de reagir;

    Acabar o que se comeou; no deixar tarefas inacabadas.

    CAPTULO 5 REGRAS BSICAS DE GESTO DO TEMPO

    OBJECTIVOS CONTEDOS

    Aplicar as tcnicas de organizao Regras bsicas de gesto do tempo;

  • pessoal e gesto do tempo com

    vista a optimizar o planeamento

    das actividades e o cumprimento

    dos objectivos;

    Vrios autores identificaram um conjunto de princpios sobre a Gesto

    do Tempo, recomendando-lhe que, tanto quanto possvel, os tenha em devida

    conta no planeamento das suas atividades pessoais e profissionais.

    Na medida em que estes princpios so incontornveis, e que, como tal,

    merecem uma aceitao generalizada, vulgarmente so apresentados como

    leis. Ei-las:

    Lei dos 20/80 (Pareto)

    20% dos nossos esforos geram 80% dos nossos resultados. O essencial leva

    pouco tempo, o acessrio muito!

    Lei das sequncias homogneas de trabalho

    Todo o trabalho interrompido ser menos eficaz e levar mais tempo do que

    se for executado de modo contnuo.

    Lei de Parkinson

    O tempo investido num trabalho varia em funo do tempo disponvel e no

    do necessrio.

    Lei da contra-produtividade

    Para alm de um certo limite, a produtividade do tempo investido decresce e

    torna-se negativa

    Lei da alternncia

    H um tempo para tudo e um tempo para cada coisa; no fazer mais do que

    uma coisa de cada vez e faz-la bem!

  • Lei dos ritmos biolgicos

    Cada ser humano atravessado por mltiplos ritmos biolgicos.

    Lei da dimenso subjetiva do tempo

    O tempo tem uma dimenso objetiva e uma dimenso subjetiva, que funo

    do interesse pela atividade exercida.

    Com base nestes princpios podemos sintetizar as seguintes regras bsicas de

    gesto do tempo:

    1. Definir claramente os objetivos prioritrios a atingir e os resultados a

    alcanar, de forma a adequar o tempo atividade a realizar.

    2. Ter uma boa agenda, onde so escritas as tarefas a realizar e os

    compromissos, de modo a libertar memria para outros assuntos da

    vida.

    3. Controlar as interrupes e minimiz-las (se trabalha num gabinete,

    feche a porta e isole-se. Se desenvolve atividade em espao aberto,

    a soluo poder passar, se possvel, por mudar-se para outra sala. Se

    recebe muitos telefonemas, pea para que sejam reencaminhados para

    um colega. Saiba dizer no com amabilidade).

    4. Delegar tarefas. Tal permitir que fique com mais tempo e se

    preocupe menos com as questes operacionais, aumentando

    simultaneamente as competncias dos seus colaboradores.

    5. Definir prioridades. Distinguir entre o essencial e o acessrio, entre o

    urgente e o importante.

    6. Preparar as reunies para que estas sejam curtas e eficazes.

    CAPTULO 6 DESENVOLVIMENTO DE PLANOS DE ACO DE MELHORIA DE DESEMPENHO UTILIZANDO AS REGRAS BSICAS DE

    GESTO DO TEMPO E DE ORGANIZAO PESSOAL.

  • OBJECTIVOS CONTEDOS

    Aplicar as tcnicas de organizao

    pessoal e gesto do tempo com

    vista a optimizar o planeamento

    das actividades e o cumprimento

    dos objectivos;

    Desenvolvimento de planos de aco de melhoria de desempenho utilizando as regras bsicas de gesto do tempo ede organizao pessoal;

    1. FIXAO DE OBJECTIVOS

    A noo de objetivo , hoje em dia, to decisiva que todas as nossas

    aes so guiadas pelas metas que fixamos para ns prprios. Cada vez mais

    nos exigido que pensemos em termos de objetivos e que orientemos as

    nossas condutas para a obteno de resultados, dentro de prazos previamente

    estabelecidos.

    Este exerccio que nos requerido constitui um desafio constante, obrigando-

    nos permanentemente a:

    Orientar o raciocnio e a ao para o futuro;

    Definir exatamente para onde queremos ir;

    Estabelecer prioridades.

    H cinco requisitos bsicos que convm no esquecer. Se respeitar a sigla

    REMAR, seguramente estar a formular bem os seus objetivos:

  • Para alm destas regras, um objetivo deve permitir dar resposta s

    seguintes questes:

    Para onde quero ir?

    O que quero realizar? O que devo evitar?

    Qual o resultado final que quero alcanar?

    Em que prazo pretendo atingi-lo?

    Que condies tenho que respeitar?

    De que apoios necessito?

    2. PLANIFICAO E AGENDA

  • Regras a observar na elaborao de um plano de melhoria de desempenho:

    Considerar o dia, a semana, o ms e o ano como conjuntos. Fazer

    figurar, no plano, tempos fortes e tempos de respirar, de modo a

    reduzir ao mximo os momentos de presso.

    Prever os compromissos e obrigaes fixas de curto, mdio e longo

    prazo.

    Reservar, sistematicamente, tempo para a reflexo e para o trabalho

    solitrio.

    Utilizar grelhas / fichas de planeamento que permitam uma fcil

    leitura. Se lhe der jeito, use smbolos e cores.

    No esquea, ainda, quando fizer o seu plano, de:

    Agrupar as atividades relacionadas.

    Reservar tempo para pensar (seja flexvel no possvel ocupar o

    tempo todo). Dever planear apenas cerca de 60% do seu tempo de

    trabalho, deixando os restantes 40% para os imprevistos.

    Tornar rentvel o espao entre acontecimentos.

    Centrar-se nos objetivos e resultados a atingir.

  • Planear os assuntos mais importantes nos perodos do dia em que a sua

    energia e concentrao esto mais elevadas (reserve a parte da tarde

    para as tarefas de rotina, perodo do dia em que um grande nmero de

    pessoas j revela uma menor frescura).

    Utilizar os ltimos minutos no seu local de trabalho para planear o dia

    seguinte, na medida em que tal lhe permitir rever o dia que acaba.

    A chave do planeamento sistemtico e til planear o trabalho e o tempo.

    PLANO/AGENDA SEMANAL

    O plano semanal por vezes mais eficaz para as pessoas do que o plano

    dirio.

    mais eficaz porque permite uma viso mais abrangente das tarefas e

    da altura certa para as executar.

    Em primeiro lugar, definir os objetivos. Elaborar tarefas que levam aos

    objetivos.

  • De seguida, imprescindvel estabelecer as prioridades para todas as

    atividades. Estabelecer a prioridade centrando-se na tarefa e nunca urgncia.

    Um trabalho complexo em mos deve dividir-se em partes o melhor.

    Estimar quanto tempo pode ou deve disponibilizar-se para cada parte,

    permitindo uma sequncia proveitosa para cada conjunto de atividades.

    Estipular locais onde possvel elaborar as tarefas. No esquecer que deve

    deixar um tempo a mais para o imprevisto.

    PLANO/AGENDA DIRIO

    Aps a elaborao do plano semanal, pode-se passar ao plano dirio.

    Em cada dia estabelece-se os objetivos e vo-se somando outras coisas que

    iro aparecendo e que aparentemente tm de ser feitas.

    A melhor hora para planear o dia seguinte ao fim do dia, o mesmo se

    passar com o plano semanal ao fim de cada semana. Sendo possvel avaliar o

    que se fez ou o que ficou por fazer. De manh no h necessidade dessa

    preocupao, a memria est fresca porque no houve a preocupao durante

    a noite com as coisas que haveria de ter feito.

    As folhas de planeamento dirio devem especificar as atividades a

    desenvolver, que prioridades, o tempo que demoram e horrio para cada

    tarefa.

    Em suma quem planeia concretiza mais. Quem no planeia pode ter

    sucesso ocasional a curto prazo, mas longo prazo ir eventualmente sentir-se

    num caos medida que as condies de trabalho e a competio o forem

    cercando cada vez mais.

    CONSTRUIR HORRIOS DE ACTIVIDADE

    Por vezes faz-se confuso entre Planear e Construir horrio.

    Planear decidir o que fazer enquanto que construir decidir quando

    faz-lo. O importante ao fazer um horrio deixar tempo necessrio para

    cada tarefa e no tempo a mais para o que der e vier.

  • Os horrios devem comear com as tarefas mais importantes do plano dirio.

    partida, as estimativas de tempo esto feitas no plano dirio.

    Um horrio funciona como um amigo, uma preciosa ajuda. Para que o

    dia seja rentabilizado no conveniente desperdiar as suas melhores horas a

    fazer tarefas rotineiras.

    3. MINIMIZAR INTERRUPES

    Ex.:

    O telefone toca.

    - do escritrio do Dr. Morais.

    - Posso falar com ele, por favor?

    - Lamento, mas o doutor no est.

    - Sabe a que horas poderei encontra-lo?

    - No, desculpe, mas no sei. Quer deixar mensagem?

    - Ah, no. Obrigado. Voltarei a ligar mais tarde.

    Este exemplo demonstra que a informao que se pretendia receber no foi

    conseguida.

    Um inqurito recentemente elaborado conduziu ao resultado

    deprimente de que 60% das chamadas telefnicas no produziam a informao

    pretendida primeira tentativa. Provou tambm que apenas menos de 10%

    das pessoas que ficavam de ligar ligavam de facto.

    Com formao adequada e orientada por uma pessoa competente,

    qualquer secretria poder aprender a lidar com uma chamada deste tipo de

    forma muito diferente.

    - Cumprimento (por exemplo: bom dia).

    - Daqui fala Joana, da firma Ferreira & Ferreira Lda. O Sr. Morais est?

    - Estou a contar que ele volte entre as 3 e as 3 e meia.

    algum assunto de que eu possa tratar, Sr. Joana?

    - Sim, creio que sim. Poderia...

  • Quando adiantamos o nosso nome desta forma, incentivamos as pessoas

    que esto do outro lado do fio a apresentar-se tambm. Escapamos, assim,

    desnecessria pergunta Quem Fala?, em especial naqueles casos em que o

    nosso interlocutor acha que temos a obrigao de lhe reconhecer a voz:

    Sabendo com quem estamos a falar, podemos decidir o que lhe vamos

    transmitir. Podemos dar-lhe, notcias ms duma forma positiva. Indicmos-

    lhe um perodo durante o qual o Dr. Morais estar livre para receber e fazer

    chamadas.

    um fator positivo dar liberdade s pessoas para trabalharem com

    independncia (e no sombra de outra pessoa): poupa tempo e satisfaz o

    desejo de autonomia das pessoas.

    EXEMPLO:

    Uma determinada empresa pblica est a dar formao especial aos seus

    funcionrios para atenderem as chamadas dos utentes. O objetivo prepar-

    lo para responderem ao pedido mesmo que a questo no seja com aquele

    departamento.

    Os funcionrios ouvem atentamente, anotam a questo, repetem-na para o

    utente ouvir e prometem que o caso ser resolvido dentro de um determinado

    perodo de tempo. Depois de desligarem vem qual o departamento a que o

    assunto respeita e transferem-no para l com a devida urgncia.

    Desta forma, a empresa acaba com as infindveis transferncias de chamadas

    h menos aborrecimentos, presta-se melhor servio e poupa-se tempo.

    COMO VERIFICAR A LISTA DE CHAMADAS A FAZER:

    1. Decida quem vai contactar e pense numa alternativa para o caso de

    essa pessoa estar.

    2. Anote o nmero, indicativo, extenso/departamento e mantenha

    essa anotao junto de si.

    3. Tome umas quantas notas rpidas sobre o que vai dizer ou pedir.

    4. Organize todos os papis a que necessitar de recorrer.

  • 5. Faa a chamada. Nunca deixe o telefone tocar mais de cinco vezes.

    6. Quando atenderem o telefone:

    Diga quem fala;

    Explique em linhas gerais o que o levou a telefonar;

    Envie a mensagem ou a pergunta e verifique se a outra pessoa

    percebeu bem.

    7. Se no puder obter uma resposta imediata, no fique espera.

    Oferea-se para telefonar outra vez e combine a hora.

    8. Volte a ligar hora que marcou.

    Este sistema tem permitido poupar metade do preo das chamadas inter-

    regionais, quando mais no seja omitindo as esperas longas e caras. Se as

    chamadas forem baratas noite, evite telefonar de manh.

    4. DELEGAR TAREFAS

    funo de uma chefia obter resultados mediante dois recursos bsicos

    as pessoas e o tempo. O aproveitamento das potencialidades de todos os

    membros da equipa uma exigncia que um verdadeiro lder no pode, de

    forma alguma, declinar.

    Para que consiga cumprir cabalmente a sua funo, isto , para que

    possa rentabilizar os esforos do seu grupo de trabalho, impe-se a qualquer

    chefia que reserve uma parte significativa do seu tempo para planear,

    organizar e avaliar o desempenho dos seus colaboradores, tendo em conta os

    objetivos previamente fixados. fundamentalmente isso que se lhe pede!

    Mas como consegui-lo, se a chefia persistir em concentrar em si, para

    alm destas atividades, as tarefas rotineiras que lhe absorvem, todos os dias,

    uma quantidade enorme da sua energia e do seu tempo?

    A delegao, no sendo certamente a soluo milagrosa, poder

    constituir, desde que devidamente utilizada, uma ajuda preciosa.

    O que delegar?

  • Em termos simples, poder-se- dizer que se delega quando

    deliberadamente se confere autoridade a um colaborador para executar uma

    tarefa que at ento era desempenhada pela chefia. Convm, no entanto,

    esclarecer o que se entende por autoridade, responsabilidade e confiana,

    requisitos essenciais para a compreenso deste mecanismo.

    Para que a delegao seja bem-sucedida, exige-se um razovel

    equilbrio entre a autoridade e a responsabilidade. No faz sentido atribuir a

    algum responsabilidade sem autoridade. , pois, fundamental verificar se os

    colaboradores dispem de autoridade, na justa e exata medida da

    responsabilidade que lhes foi conferida.

    Quanto confiana, a situao j diferente. Quem delega no pode

    demitir-se, em momento algum, do que delegou. As chefias so sempre, em

    ltima instncia, responsveis por tudo o que se passa nos seus servios.

    Delegar no significa alheamento e muito menos demisso!

    Em sntese, existir delegao se:

    Se definirem e fixarem objetivos aos colaboradores;

    Existir uma dupla responsabilidade (o colaborador aceita a delegao e

    compromete-se a alcanar a meta. A chefia compromete-se a facilitar

    o sucesso do delegado);

    Existir uma relao contratual (a chefia chama a si as responsabilidades

    prprias em termos de fixao de objetivos, assumindo os sucessos e os

    falhanos da equipa).

    Vantagens da delegao

    Permite-lhe concentrar-se em aspetos do trabalho que requerem a sua

    experincia e as suas aptides especficas, ou seja, deixa-lhe tempo e

    espao para se dedicar s aes de carcter mais estratgico que s a

    si competem, enquanto responsvel;

    Possibilita-lhe fazer antecipaes, mediante um planeamento

    atempado;

  • Melhora o esprito de equipa, gerando nos colaboradores maior esprito

    de cooperao;

    Prepara os delegados para maiores responsabilidades, evitando a

    admisso de novos colaboradores, por via da familiaridade resultante

    da prtica experimentada;

    Confere-lhe a possibilidade de observar, de forma sistemtica, o nvel

    de desenvolvimento dos seus colaboradores, e, consequentemente,

    contribuir para o progresso que se venha a verificar.

    Plano prtico de delegao

    As cinco fases que um qualquer processo de delegao deve respeitar:

    1- Aceitao da responsabilidade por parte do colaborador que vai

    receber a delegao;

    2- Transmisso pessoa habilitada (ao colaborador em quem vai

    delegar) da tarefa delegada;

    3- Comunicao perfeita explicitao de todos os pormenores

    importantes para uma boa execuo da tarefa;

    4- Verificao da existncia das condies necessrias realizao com

    sucesso da tarefa delegada;

    5- Acompanhamento pela chefia (mais ou menos prximo, consoante o

    nvel de desenvolvimento do colaborador).

    5. DEFINIR PRIORIDADES

    De facto podemos queixar-nos que somos atacados por montanhas de

    papis, mas no h dvida que cada pedao de papel representa um esforo

    do remetente em comunicar connosco.

    Uma boa maneira de lidar com estas tarefas dividir os papis em trs

    categorias:

    1. possvel agir de imediato. Faa o que h a fazer, tome uma nota

    margem e ponha no tabuleiro de sada.

  • 2. possvel comear a agir, mas no concluir a ao. Faa o que puder

    fazer, ponha uma nota margem. Coloque no tabuleiro dos assuntos

    pendentes.

    3. Memorandos, materiais para ler e pr a circular. Se o texto for

    pequeno, poder l-lo rapidamente. Os artigos mais complexos podero

    ficar juntos e ser lidos durante um perodo de leitura planeado

    diariamente. No retenha um artigo que est em circulao: se no

    conseguir acabar de ler e pass-lo pessoa seguinte no prazo de 24

    horas, faa uma pequena nota solicitando que lho reenviem quando

    todas as outras pessoas da lista o tiverem lido. Se no precisar de

    guardar o artigo, deito-o fora.

    Muitas respostas internas podem ser escritas no prximo memorando

    que recebeu, Se precisar de ficar com algum registo, mande tirar uma

    fotocpia (compare este custo, tanto em termos de tempo como de dinheiro,

    com o de uma resposta formal, que vai ter de ditar e que vai ser preciso

    dactilografar, verificar, assinar e enviar).

    Mande imprimir pequenos memorandos. Prenda-os com um clip (tem

    um agrafador mo?) ao correio que recebe ou aos papis que envia em vez

    do tradicional memorando interno dactilografado.

    6. PREPARAR REUNIES

    A fama das reunies serem uma das principais fontes de preocupaes

    por causa do tempo perdido. Mas, se forem bem preparadas e conduzidas,

    podem ser a melhor (ou mesmo a nica) maneira de discutir com o pessoal

    diretivas, progressos feitos ou aspetos a reforar:

    Pr certos factos a descoberto;

    Procurar novas ideias;

    Tentar mobiliz-los.

    A Principal tcnica de que a pessoa que est a dirigir a reunio se deve

    servir ser hbil a colocar as questes que vo provocar discusso, no se

  • afastar do assunto que est a ser tratado, ir resumindo o que dito, rejeitar

    habitualmente tudo o que for irrelevante e convocar pessoas calmas.

    PARTICIPANTES

    Para que servem as reunies seja produtiva, os participantes devero:

    I. Estar por dentro do assunto a tratar;

    Saber qual o objetivo da reunio;

    Estar interessados;

    Mostrar-se conscienciosos (em particular no que se refere preparao

    antecipada para a reunio).

    II. Chegar hora marcada e ir munidos dos documentos necessrios.

    III. Estar preparados para defender com firmeza os seus pontos de vista,

    dando-lhes corpo:

    No se afastar do assunto;

    Estar disposto a escutar as outras opinies;

    Deixar-se influenciar dentro de limites razoveis.

    IV. Ser disciplinado e paciente:

    Preparar-se para contribuir, dando as suas melhores ideias e relatando

    a sua experincia, duma forma sucinta e no momento oportuno.

    V. Ser sincero ao aceitar a deciso tomada, submetendo-se ao controlo do

    presidente e, ainda, desempenhando a tarefa que lhes for atribuda dentro do

    prazo previsto.

    VI. Podero tambm revelar a sua capacidade para:

    Produzir novas ideias.

    Ajudar a esclarecer e a desenvolver as ideias das outras pessoas.

    Escutar.

    Ajudar a manter a discusso dentro do objetivo previsto.

    Pedir esclarecimentos e sntese.

  • No dever permitir-se que se expressem emoes, batalhas

    interdepartamentais ou polticas de gabinete, como forma de injetar ordens

    de trabalhos sub-reptcias na reunio.

    BIBLIOGRAFIA

    AA VV. Manual de formao: Gesto do tempo, AEP/ PRONACI, 2002

    Borges, Maria Joo, Secretariado Uma viso prtica, Edies ETEP

    Heller, Robert, Como Delegar Responsabilidades Manuais Prticos do Gestor,

    Editora Civilizao, 1999.

    Moreira, Isabel, A Excelncia no Atendimento, Lidel, 2010

    Rego, Armnio, A comunicao nas Organizaes. Lisboa, Edies Slabo, 1999