Manuel António Pina

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Manuel António Pina 18/11/1943 19/10/2012 18-11-2013 CRE Irmãos Passos

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Manuel António Pina 18/11/1943 – 19/10/2012

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Manuel António Pina nasceu no Sabugal, em 18 de novembro 1943.

Passou a sua infância e adolescência de terra em terra, de escola emescola, porque o seu pai era funcionário público e tinha de mudar deterra de 6 em 6 anos.

Começou a ler e escrever antes de entrar para a escola, iniciando-se naleitura através do jornal que o pai trazia para casa ao fim do dia.

Sempre gostou de escrever e escrevia, então, versos.

Viveu em Castelo Branco, Santarém, Oliveira do Bairro, Aveiro, Coimbrae mudou-se para a cidade do Porto, no final do ensino secundário, aos 17anos.

Fez os estudos universitários em Coimbra e licenciou-se em Direito em1971.18-11-2013

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Cumpriu o serviço militar no Porto e concorreu, nessa altura, ao Jornal de Notícias, onde foi jornalista durante muitos anos.

No tempo da ditadura salazarista sentiu a ação da censura.

Ainda exerceu advocacia durante alguns anos, mas preferiu o jornalismo e mais tarde a literatura.

Foi também cronista e editor no mesmo jornal.

Foi professor, tradutor e cronista na revista Notícias Magazine.

A sua colaboração nos "media" também se estendeu pela rádio e pela televisão.

As suas obras têm sido adaptadas ao cinema, televisão, e banda desenhada. As suas músicas editadas em disco.

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A sua obra é vasta, tanto na literatura juvenil, como na poesia e teatro.

Começou a escrever contos e publicou o primeiro livro em 1973, com otítulo «O país das pessoas de pernas para o ar».

Publicou 42 obras para a infância e juventude, incluindo 6 peças de teatroe 18 obras poéticas.

A sua obra está traduzida em países como:

França (francês e corso), Estados Unidos, Espanha (espanhol, galego ecatalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.

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1978 - Prémio de Poesia da Casa da Imprensa

1987 - Prémio Gulbenkian 1986/1987

1988 - Menção do Júri do Prémio Europeu Pier Paolo Vergerio da Universidade de Pádua, Itália

1988 - Prémio do Centro Português para o Teatro para a Infância e Juventude

1993 - Prémio Nacional de Crónica Press Club/ Clube de Jornalistas

2002 - Prémio da Crítica, da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários

2004 - Prémio de Crónica 2004 da Casa da Imprensa

2004 - Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2003

2005 - Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/CTT

2011 - Prémio Camões

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«O jornalismo servia para ganhar a vida, a literatura servia um pouco para tentar salvar a vida.»

«Se não escrevesse, era capaz de ser infeliz. Eu não consigo escolher, se não escrevesse provavelmente sentir-me-ia infeliz.»

«A verdade é mais fácil aparecer-nos à noite.»

«Há um espaço enorme entre nós e as palavras: só num ato de amor é que é possível ir ao encontro delas e deixar que elas venham ao nosso encontro.»

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«Conselho que eu daria: quando não se gosta de um livro, é fechá-lo eprocurar outro. Há sempre algum, na biblioteca, na prateleira, há sempreum livro que está à nossa espera.

E esse livro é aquele livro que, quando nós abrimos, começamos afolhear, nos abre a porta para sítios onde, sem o sabermos, sempreestivemos.»

Manuel António Pina in entrevista a Alma Lusa, maio de 2011

«Os livros ligam-nos às pessoas que já morreram, estabelecem ligação.» Prof. Dr. Carlos Fiolhais, autor de: «FÍSICA DIVERTIDA» in II Joradas das Bibliotecas de Lousada,

outubro de 2013

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A Ana quer in "O pássaro da cabeça"

A Ana quernunca ter saído

da barriga da mãe.Cá fora está-se bem,

mas na barriga tambémera divertido.

O coração ali à mão,os pulmões ali ao pé,

ver como a mãe édo lado que não se vê.

O que a Ana mais quer serquando for grande e crescer

é ser outra vez pequena:não ter nada que fazer

senão ser pequena e crescere de vez em quando nascer

e voltar a desnascer.

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Sou o pássaro que cantadentro da tua cabeça,que canta na tua garganta,que canta onde lhe apeteça.

Sou o pássaro que voa dentro do teu coraçãoe do de qualquer pessoa(mesmo as que julgas que não)

Sou o pássaro da imaginaçãoque voa até na prisãoe canta por tudo e por nadamesmo com a boca fechada.

E esta é a canção sem razãoque não serve para mais nadasenão para ser cantadaquando os amigos se vão

e ficas de novo sozinhona solidão que começaapenas com o passarinhodentro da tua cabeça.

O pássaro da cabeça in "O pássaro da cabeça"

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