Manuel Bandeira

3
5/25/2018 ManuelBandeira-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/manuel-bandeira-561ee44a1e82f 1/3 Manuel Bandeira Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886  Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. É um dos poetas nacionais mais admirado e inspirando até hoje, desde novos escritores a compositores. Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose. Para se tratar buscou repouso em Campos do Jordão, Campanha e outras localidades de clima mais ameno. Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel. ao regressar, iniciou na literatura, com "A Cinza das Horas", em 1917, e dois anos depois, com a publicação de "Carnaval". Em 1916 falece sua mãe, Francelina. No ano seguinte publica seu primeiro livro: A cinza das horas, numa edição de 200 exemplares custeada pelo autor. João Ribeiro escreve um artigo elogioso sobre o livro. Por causa de um hiato num verso do poeta mineiro Mário Mendes Campos, Manuel Bandeira desenvolve com o crítico Machado Sobrinho uma polêmica nas páginas do Correio de Minas, de Juiz de Fora. Em 1924 publica, às suas expensas, Poesias, que reúne A Cinza das Horas, Carnaval e um novo livro, O Ritmo Dissoluto. Colabora no "Mês Modernista", série de trabalhos de modernistas publicados pelo jornal A Noite, em 1925. Escreve crítica musical para a revista A Idéia Ilustrada. Escreve também sobre música para Ariel, de São Paulo. No dia 13 de outubro de 1968, às 12 horas e 50 minutos, morre o poeta Manuel Bandeira, no Hospital Samaritano, em Botafogo, sendo sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.

Transcript of Manuel Bandeira

Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho(Recife,19 de abrilde1886Rio de Janeiro,13 de outubrode1968) foi umpoeta,crtico literrioe de arte,professorde literatura etradutorbrasileiro.Considera-se que Bandeira faa parte da gerao de22daliteratura moderna brasileira, sendo seu poemaOs Saposo abre-alas daSemana de Arte Moderna de 1922. um dos poetas nacionais mais admirado e inspirando at hoje, desde novos escritores a compositores.Em1904terminou o curso de Humanidades e foi para So Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura naEscola Politcnica de So Paulo, que interrompeu por causa datuberculose. Para se tratar buscou repouso emCampos do Jordo,Campanhae outras localidades de clima mais ameno. Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da famlia foi para aSua, onde esteve no Sanatrio de Clavadel. ao regressar, iniciou na literatura, com "A Cinza das Horas", em 1917, e dois anos depois, com a publicao de "Carnaval".Em 1916 falece sua me, Francelina.No ano seguinte publica seu primeiro livro: A cinza das horas, numa edio de 200 exemplares custeada pelo autor. Joo Ribeiro escreve um artigo elogioso sobre o livro. Por causa de um hiato num verso do poeta mineiro Mrio Mendes Campos,Manuel Bandeiradesenvolve com o crtico Machado Sobrinho uma polmica nas pginas doCorreio de Minas, de Juiz de Fora.Em 1924 publica, s suas expensas,Poesias, que reneA Cinza das Horas, Carnavale um novo livro,O Ritmo Dissoluto.Colabora no "Ms Modernista", srie de trabalhos de modernistas publicados pelo jornalA Noite, em 1925.Escreve crtica musical para a revistaA Idia Ilustrada.Escreve tambm sobre msica paraAriel, de So Paulo.No dia 13 de outubro de 1968, s 12 horas e 50 minutos, morre o poeta Manuel Bandeira, no Hospital Samaritano, em Botafogo, sendo sepultado no Mausolu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitrio So Joo Batista.

MODO DE ESCRITA

Manuel Bandeira possui um estilo simples e direto, Bandeira foi o mais lrico dos poetas. Aborda temticas cotidianas e universais, s vezes com uma abordagem de "poema-piada", lidando com formas e inspirao que a tradio acadmica considera vulgares. Mesmo assim, conhecedor da Literatura, utilizou-se, em temas cotidianos, de formas colhidas nas tradies clssicas e medievais. Em sua obra de estreia (e de curtssima tiragem) esto composies poticas rgidas, sonetos em rimas ricas e mtrica perfeita, na mesma linha onde, em seus textos posteriores, encontramos composies como o rond e trova.Uma certa melancolia, associada a um sentimento de angstia, permeia sua obra, em que procura uma forma de sentir a alegria de viver. Doente dos pulmes, Bandeira sofria de tuberculose e sabia dos riscos que corria diariamente, e a perspectiva de deixar de existir a qualquer momento uma constante na sua obra.A imagem de bom homem, terno e em parte amistoso que Bandeira aceitou adotar no final de sua vida tende a produzir enganos.

Principais Poesias:A Cinza das Horas, 1917.Carnaval, 1919Os Sapos, 1922O Ritmo Dissoluto, 1924.Libertinagem,1930Estrela da Manh, 1936.Lira dos Cinquent'anos, 1940.Mafu do Malungo, 1948.Opus 10, 1952

Exemplos de Prosas:Crnicas da Provncia do Brasil - Rio de Janeiro, 1936.Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938.Noes de Histria das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940.Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940.Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949.Gonalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952.Itinerrio de Pasrgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954.De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954.A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957.Itinerrio de Pasrgada - Livraria So Jos - Rio de Janeiro, 1957.Andorinha, Andorinha - Jos Olympio - Rio de Janeiro, 1966.Colquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968