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Apostila de manutenção mecânica

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  • GESTO DA MANUTENO

    Modulo III - Avaliao de um Setor Manuteno

    Mdulo IV - Manuteno Classe Mundial e Confiabilidade

    Prof. Me. Dalmarino Setti

    PATO BRANCO, ABRIL DE 2008.

  • Gesto da Manuteno. Mdulo III eIV Prof. Me. Dalmarino Setti

    Ministrio da Educao Universidade Tecnolgica Federal do Paran Campus Pato Branco Coordenao de Engenharia Mecnica V Especializao em Mtodos de Melhoria da Produtividade

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    SUMRIO

    7 CUSTOS DE MANUTENO....................................................... 3 7.1 COMPOSIO DO CUSTO DIRETO DA MANUTENO........... 5 7.2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE CUSTOS...................... 8 7.2.1 Sistema de custeio........................................................................ 8 7.2.2 Princpios de custeio..................................................................... 8 7.2.3 Mtodos de custeio....................................................................... 11 8 INDICADORES DE DESEMPENHO DA MANUTENO............ 12

    8.1 SELEO E IMPLENTAO DE INDICADORES DESEMPENHO DA MANUTENO............................................

    13

    8.2 PRINCIPAIS INDICADORES DA MANUTENO NAS INDSTRIAS BRASILEIRAS........................................................

    13

    8.2.1 Custo de Manuteno................................................................... 14 8.2.2 Disponibilidade.............................................................................. 15

    8.2.3 Mean Time Between Failure (MTBF) Tempo Mdio entre Falhas (TMEF)..........................................................................................

    16

    8.2.4 (Mean Time To Repair) (MTTR) - Tempo Mdio para Reparo (TMPR)..........................................................................................

    16

    8.2.5 Backlog.......................................................................................... 16 8.3 NDICES DE GERNCIA DE EQUIPAMENTOS.......................... 16 8.4 NDICES DE GERNCIA DE MO-DE-OBRA............................. 18 8.5 NDICES DE GERNCIA FINANCEIRA....................................... 22 9 MANUTENO DE CLASSE MUNDIAL..................................... 26 10 MANUTENO PRODUTIVA TOTAL (TPM).............................. 28 10.1 OBJETIVOS DA MANUTENO PRODUTIVA TOTAL............... 29

    10.2 RENDIMENTOS OPERACIONAIS DAS MQUINAS E EQUIPAMENTOS..........................................................................

    30

    10.3 IMPLEMENTAO DA TPM......................................................... 31 11 MANUTENO CENTRADA NA CONFIABILIDADE (MCC)...... 35 11.1 DIAGRAMAS DE APLICAO DA RCM...................................... 38 REFERNCIAS............................................................................ 42

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    7 CUSTOS DE MANUTENO

    Esse um dos principais indicadores da atividade de Manuteno,

    representando a somatria bsica das seguintes parcelas: custos de

    interveno de manuteno (recursos materiais, sobressalentes e mo de

    obra), custos prprios (internos) da equipe de manuteno, tais como

    administrao, treinamento, etc e os custos de perdas de produo (se houver)

    e o custo da perda de oportunidade pela falta do produto se houver demanda.

    Normalmente as empresas acompanham apenas os custos de

    interveno, mas devem no mnimo acompanhar tambm os custos prprios.

    Para fins de controle, podemos classificar os custos de manuteno em trs

    grandes famlias, conforme figura 28.

    CUSTOS DIRETOS

    So aqueles necessrios para manter os equipamentos em

    operao. Neles se incluem:

    manuteno preventiva, inspees regulares, manuteno

    preditiva, detectiva, custos de reparos ou revises e manuteno

    corretiva de uma maneira geral.

    CUSTOS DE PERDA

    So os custos oriundos de perda de produo, causados:

    pela falha do equipamento principal sem que o equipamento

    reserva, quando existir, estivesse disponvel para manter a

    unidade produzindo.

    pela falha do equipamento, cuja causa determinante tenha

    sido ao imprpria da manuteno.

    CUSTOS INDIRETOS

    So aqueles relacionados com a estrutura gerencial e de apoio

    administrativo, custos com anlises e estudos e melhoria,

    engenharia de manuteno, superviso, dentre outros.

    Figura 28 Tipos de custo de manuteno.

    Tomando a manuteno como premissa para a reduo dos custos da

    produo, deve-se definir a melhor poltica a ser adotada para a otimizao dos

    custos. Essa anlise pode ser observada no grfico clssico, mostrado na

    figura 29, que ilustra a relao entre o custo com manuteno preventiva e o

    custo da falha. Entre os custos decorrentes da falha esto, basicamente, as

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    peas e a mo-de-obra necessrias ao reparo e, principalmente, o custo da

    indisponibilidade do equipamento. O grfico da figura 29 mostra que

    investimentos crescentes em manuteno preventiva reduzem os custos

    decorrentes das falhas e, em conseqncia, diminuem o custo total da

    manuteno, em que se somam os custos de manuteno preventiva com os

    custos de falha. Entretanto, o grfico mostra tambm que, a partir do ponto

    timo em investimento com manuteno preventiva, mais investimentos trazem

    poucos benefcios para a reduo dos custos da falha e acabam elevando o

    custo total.

    Figura 29 - Custos versus nvel de manuteno (Mirshawa & Olmedo, 1993)

    Essa questo foi estudada por Murty & Naikan (1995), que trabalham os

    limites da disponibilidade e apresentam um modelo matemtico para o clculo

    do ponto timo de disponibilidade, como mostrado no grfico da figura 30. O

    grfico da figura 30 mostra que a busca por falha zero (100% de

    disponibilidade) requer gastos cada vez maiores com manuteno, o que

    acarreta uma conseqente reduo do lucro da operao. Encontrar o ponto

    timo de disponibilidade, em que o custo da manuteno proporciona um nvel

    de disponibilidade capaz de gerar mximo lucro operao, o grande desafio

    na gesto da manuteno, como afirma Cabrita (2002). Para ele, a

    manuteno deve garantir a produtividade e o lucro dos negcios da empresa

    com o menor custo possvel.

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    Figura 30 - lucro versus disponibilidade (Murty & Naikan, 1995).

    muito importante observar, na busca do ponto timo, que a poltica de

    manuteno a ser adotada deve levar em considerao aspectos como a

    importncia do equipamento para o processo, o custo do equipamento e de sua

    reposio, as conseqncias da falha do equipamento no processo, o ritmo de

    produo e outros fatores que indicam que a poltica de manuteno no pode

    ser a mesma para todos os equipamentos, mas deve ser diferenciada para

    cada um deles, na busca do ponto timo entre disponibilidade e custo.

    7.1 COMPOSIO DO CUSTO DIRETO DA MANUTENO

    Observa-se que os principais componentes do custo de manuteno so

    a mo de obra prpria e contratada, e o material utilizado na realizao das

    intervenes e de consumo. A figura 31 apresenta os percentuais da

    composio do custo de Manuteno para as indstrias brasileiras.

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    Figura 31 Composio do custo direto de manuteno (ABRAMAN, 2009).

    O custo total da manuteno em relao ao faturamento bruto para as

    indstrias brasileiras pode ser observado na figura 32.

    Figura 32 Custo total da manuteno em relao ao faturamento bruto (ABRAMAN, 2009).

    A figura 33 apresenta o valor do estoque em relao ao custo total da

    manuteno e a rotatividade do estoque de itens para manuteno.

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    Figura 33 Valor do estoque em relao ao custo total da manuteno e a rotatividade do

    estoque de itens para Manuteno (ABRAMAN,2009).

    O acompanhamento de custos, um dos itens de controle na manuteno,

    deve ser colocado na forma de grfico para fcil visualizao, mostrando pelo

    menos:

    previso de custos ms a ms;

    realizao - quanto foi efetivamente gasto em cada ms;

    realizado no ano anterior (ou anos anteriores);

    benchmark - qual a referncia mundial, isto , valores da empresa que tem o

    menor custo de manuteno nesse tipo de instalao.

    A figura 34 apresenta os ndices de custo de manuteno em relao ao

    faturamento para indstrias de diferentes segmentos.

    Figura 34 Custo total da manuteno em relao ao faturamento bruto para diferentes

    segmentos industriais, adaptado de ABRAMAN, (2007).

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    7.2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE CUSTOS

    7.2.1 Sistema de custeio

    Segundo Kliemann Neto (2006), um sistema de custeio composto pela

    combinao de princpios e mtodos de custeio. Segundo este autor os

    princpios esto associados variabilidade dos custos (custos variveis e

    custos fixos), enquanto que os mtodos de custeio esto ligados a forma como

    sero alocados os custos diretos e indiretos. Ainda segundo Bornia (2002), o

    princpio de custeio determina qual informao o sistema deve gerar e esta

    relacionado com o objetivo do sistema de custeio, enquanto o mtodo de

    custeio esta relacionado como a informao ser obtida e esta relacionado aos

    procedimentos do sistema de custeio.

    Para Vanderbeck & Nagy (2003), o sistema de custeio possui a funo

    primordial de prover informaes que os gestores da empresa possam usar

    para planejar e controlar as operaes. Ainda segundo Kaplan & Cooper

    (2000), os principais objetivos de um sistema de custeio para uma empresa

    so: avaliar estoques e medir o custo dos bens vendidos para a gerao de

    relatrios financeiros, estimar as despesas operacionais, produtos e clientes e

    oferecer feedback econmico sobre a eficincia do processo a gerentes e

    operadores. O primeiro objetivo atende s necessidades dos usurios externos,

    atravs de relatrios auditveis e que satisfaam os princpios contbeis

    geralmente aceitos. O segundo e terceiro objetivos surgem das necessidades

    de compreenso e aperfeioamentos por parte dos gerentes, dos aspectos

    pertinentes s suas operaes, com vistas ao aperfeioamento das mesmas

    (MASSUDA, 2003).

    7.2.2 Princpios de custeio

    Os princpios de custeio normalmente referenciados na literatura so o

    custeio por absoro total ou integral, por absoro ideal e o custeio varivel.

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    O custeio por absoro total considera que a totalidade dos custos (fixos e

    variveis) deve ser repassada aos produtos (BORNIA, 2002). Segundo

    Massuda, (2003) o princpio de custeio por absoro total foi desenvolvido

    numa poca em que os preos de venda no levavam em conta o mercado, a

    competitividade no era forte, no exigindo tcnicas contbeis mais complexas,

    no auxlio de gerao de informaes para tomada de decises. Bornia (2002),

    identifica esse princpio com o atendimento das exigncias da contabilidade

    financeira para avaliao de estoques, pois presta para gerar informaes para

    usurios externos empresa, entretanto, suas informaes so, tambm,

    utilizadas para fins gerenciais.

    O custeio por absoro ideal considera que todos os custos fixos e

    variveis devem ser alocados aos produtos, exceto aqueles relacionados com

    insumos utilizados de forma no-eficiente, ou seja, os desperdcios. Neste

    princpio de custeio h uma separao entre custos e desperdcios, essa

    separao de fundamental importncia para implementao do processo de

    reduo contnua dos desperdcios, possibilitando aes de eliminao e

    reduo de atividades que no agregam valor (BORNIA, 2002).

    No custeio varivel, ou direto, apenas os custos variveis incidem na

    elaborao do produto, sendo os custos fixos, tratados como despesas do

    perodo (BORNIA, 2002). Para Leone (2000), o custeio varivel fundamenta-se

    na idia de que os custos que devem ser inventariveis sero apenas aqueles

    diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam variveis em

    relao a uma medida dessa atividade. O custeio varivel, diferentemente do

    princpio de custeio por absoro, no rateia custos fixos para os produtos,

    visto que estes custos no sugerem esforos para o desenvolvimento das

    atividades produtivas (MASSUDA, 2003).

    Em empresas nas quais existem perdas normais inerentes aos processos

    de fabricao, como o processo de fundio, a utilizao dos princpios de

    custeio varivel e por absoro ideal podem levar a distores nos custos de

    produo. Neste tipo de empresas a abordagem de Beber et al. (2004) para os

    princpios de custeio parece ser a mais apropriada, pois considera as perdas

    normais. Estes autores consideram mais dois princpios de custeio, o custeio

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    varivel parcial, o qual deriva do custeio varivel, onde h incorporao dos

    custos das perdas normais, e o custeio por absoro parcial, o qual se origina

    do custeio por absoro ideal, diferenciando-se deste pelo fato de englobar as

    perdas normais. A figura 35 apresenta um esquema dos princpios de custeio.

    Figura 35 Esquema comparativo entre os princpios de custeio (Beber et al., 2004)

    A utilizao destes princpios permitir ao tomador de deciso ter uma

    viso mais ampla de seus custos reais, ao passo que so incorporadas as

    perdas normais. Vale ressaltar, porm, que cada princpio tem a sua finalidade,

    devendo ser escolhidos aqueles mais adequados realidade da organizao.

    Muitas vezes, necessita-se que todos os cinco princpios coexistam,

    objetivando diferentes anlises e comparaes entre eles (BEBER et al, 2004).

    A figura 36 apresenta um quadro comparativo dos princpios de custeio.

    Figura 36 Comparao entre os princpios de custeio (Beber et al., 2004)

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    7.2.3 Mtodos de custeio

    Os principais mtodos de custeio segundo Bornia (2002), so o rateio

    simples (o mais elementar), o mtodo do custo padro, o mtodo de centro de

    custos, o custeio baseado em atividades e o mtodo da unidade de esforo de

    produo. O mtodo do rateio simples consiste na alocao dos custos

    indiretos com base em um critrio qualquer. Segundo Bornia (2002), esta forma

    de distribuio direta no permite que se proceda a uma boa anlise dos

    custos indiretos, no importa o critrio de distribuio utilizado, sendo aceitvel

    apenas onde os custos indiretos no so considerveis.

    O custo padro permite avaliar o nvel de custos realizados em relao

    aos custos planejados. Segundo Massuda (2003), o principal objetivo do

    mtodo do custo padro estabelecer uma medida planejada, ou seja, um

    padro de comportamento dos custos que ser usada para compar-la com os

    custos incorridos, cuja finalidade revelar desvios que, analisados, sero

    possveis de correo para, desta forma, manter os rumos preestabelecidos

    para o bom desempenho operacional da empresa.

    O mtodo dos centros de custos apropria os custos produo em

    determinado perodo, por meio da utilizao da estrutura organizacional da

    empresa e busca uma melhor distribuio dos custos indiretos, com relao ao

    rateio simples. Os custos indiretos devem ser rateados segundo os critrios

    julgados mais adequados para relacion-los aos produtos em funo dos

    fatores mais relevantes que se conseguir (MASSUDA, 2003).

    O mtodo do custeio baseado em atividades tem como idia bsica

    atribuir primeiramente os custos s vrias atividades da empresa e

    posteriormente atribuir custos das atividades aos produtos, por meio de

    relaes adequadas. Sendo assim, primeiro se faz o rastreamento dos custos

    que cada atividade consumiu, atribuindo-lhes estes custos, e posteriormente

    verifica-se como os produtos consumiram as atividades, atribuindo-lhes os

    respectivos custos (BORNIA, 2002). Segundo Duran & Radaelli (2000), no

    mtodo do custeio baseado em atividades os custos e despesas indiretos so

    apropriados a vrias unidades atravs de algumas bases que no so

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    relacionadas aos volumes dos fatores de produo, comparado com os

    mtodos tradicionais, mtodo do custeio baseado em atividades representa

    uma apropriao mais direta.

    O mtodo das unidades de esforo de produo visa o controle dos

    custos de transformao, no considerando matria-prima. Est baseado na

    simplificao do modelo de clculo da produo por meio da criao de uma

    unidade de medida comum a todos os produtos e processos da empresa, desta

    forma simplifica o controle de gesto (BORNIA, 2002).

    8 INDICADORES DE DESEMPENHO DA MANUTENO

    Para possibilitar um sistema de controle eficiente para um determinado

    processo, torna-se necessria informao de desempenho. Tais informaes

    chamam de indicadores de desempenho que devero dar suporte para a

    gesto, e assim indicar possveis melhorias. Atravs dos dados coletados

    anteriormente, podemos definir os indicadores, que devem ser definidos como

    sendo uma combinao entre indicadores econmicos, organizacionais e

    tcnicos que espelham o desempenho global da manuteno, por exemplo,

    fornecendo valores, informaes racionais e objetivas, podendo estas ser em

    forma de tabelas, grficos entre outros.

    A partir destes indicadores, torna-se mais prtico orientar, propor,

    ordenar, diagnosticar, comparar as atividades dos anos seguintes, corrigir e

    melhorar processos, de forma a alcanar os objetivos estabelecidos pelas

    empresas.

    Sem os indicadores quase impossvel avaliar o desempenho de uma

    organizao e identificar os seus pontos fracos, em seguida observam-se

    algumas consideraes a respeito da seleo de indicadores.

    Desenvolver indicadores que tenham influncia sobre o desempenho da

    empresa.

    Desenvolver indicadores em um amplo quadro organizacional, como a

    manuteno, operao, material, qualidade, logstico, produtivo, segurana e

    meio ambiente.

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    Desenvolver uma relao/correlao entre os indicadores.

    Desenvolver mtodos para identificao das variaes destes, e que

    possam conduzir a altos custos e perdas.

    Desenvolver normas ou procedimentos para o melhoramento contnuo.

    Melhorar as bases de dilogo entre os setores da empresa.

    8.1 SELEO E IMPLENTAO DE INDICADORES DESEMPENHO DA

    MANUTENO

    Uma das grandes dificuldades que se tem, a de definir a escolha dos

    indicadores que melhor reflitam e traduzam o desempenho dos equipamentos,

    de equipes e de seus custos associados.

    Na escolha de indicadores deve-se identificar e analisar os j existentes

    em outras empresas, como por exemplo um Benchmark, que uma medida,

    uma referncia, um nvel de desempenho, reconhecido como padro de

    excelncia para um processo de negcio especfico. Devem-se definir quais

    sero os objetivos de cada indicador, incluindo os objetivos da empresa,

    identificando quais tem influncia sobre os setores, estabelecer sua estrutura

    de desempenho, as metodologias para a sua anlise, e o desenvolvimento de

    normas para o melhoramento contnuo. Se possvel ainda realizar a integrao

    destes com softwares existentes, se necessrio realizar o acompanhamento,

    treinamento ou consultoria, para atestar a viabilidade destes, e posteriormente

    o desenvolvimento e programas bsicos para criao de banco de dados dos

    indicadores.

    8.2 PRINCIPAIS INDICADORES DA MANUTENO NAS INDSTRIAS

    BRASILEIRAS

    Um dos primeiro pontos que se aprende com a metodologia da gesto da

    qualidade total que devemos escolher indicadores que sejam o resultado do

    desdobramento dos objetivos empresariais, o que significa que necessrio

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    escolher o que nos d o maior retorno, seja em termos de informao quanto

    no de lucratividade.

    Com base no documento nacional 2009, da Associao Brasileira de

    Manuteno (ABRAMAN), os principais indicadores de desempenho da

    Manuteno utilizados pelas indstrias brasileiras so apresentados na figura

    37.

    Figura 37 Principais indicadores utilizados na Manuteno (ABRAMAN, 2009).

    8.2.1 Custo de Manuteno

    Esse um dos principais indicadores da atividade de manuteno,

    representando a somatria bsica das seguintes parcelas: custos de

    interveno de manuteno (recursos materiais, sobressalentes e mo de

    obra), custos prprios (internos) da equipe de manuteno, tais como

    administrao, treinamento e os custos de perdas de produo (se houver) e

    o custo da perda de oportunidade pela falta do produto se houver demanda.

    Normalmente as empresas acompanham apenas os custos de interveno,

    mas devem no mnimo acompanhar tambm os custos prprios.

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    8.2.2 Disponibilidade

    Embora seja possvel fazer o clculo de custo de manuteno avaliando-

    se o tempo mdio entre defeitos sucessivos e o tempo mdio consumido para

    execuo do reparo, possvel utilizar um outro mtodo de verificao. A

    disponibilidade permite executar tais avaliaes atravs de um nico nmero

    por combinar as duas medies mencionadas numa unidade adimensional. A

    disponibilidade de um produto definida pela relao entre o tempo

    disponvel para utilizao e o tempo disponvel para utilizao mais o tempo

    ocioso.

    Observando que o tempo disponvel aquele que a mquina esta apta a

    operar sem problemas, estando disponvel para cumprir as funes que lhe so

    destinadas. O tempo ocioso aquele durante o qual o dispositivo no

    apresenta condies de funcionamento, por estar sofrendo manuteno ou

    interveno devido operao inadequada.

    Esse indicador representa a probabilidade de em um dado momento um

    equipamento estar disponvel. Ele o resultado do bom acompanhamento do

    indicador de hora parada. Para o setor de produo esse indicador

    representa a possibilidade de garantir o atendimento das metas de produo.

    A figura 38 apresenta o percentual de indicadores de disponibilidade nas

    indstrias brasileiras.

    Figura 38 - Principais indicadores de disponibilidade nas indstrias brasileiras (ABRAMAN,

    2009).

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    8.2.3 Mean Time Between Failure (MTBF) Tempo Mdio entre Falhas (TMEF)

    Indicador que representa o tempo mdio entre a ocorrncia de uma falha

    e a prxima, representa tambm o tempo de funcionamento da mquina ou

    equipamento diante das necessidades de produo at a prxima falha.

    8.2.4 (Mean Time To Repair) (MTTR) - Tempo Mdio para Reparo (TMPR)

    Esse indicador nos aponta o tempo que a equipe de manuteno

    demanda para reparar e disponibilizar a mquina ou equipamento para o

    sistema produtivo. Nesse perodo esto todas as aes envolvidas no reparo,

    sejam elas da equipe de compras, de laboratrio ou qualquer outra equipe de

    trabalho.

    8.2.5 Backlog

    Este indicador representa o perodo de tempo necessrio para que um

    grupo de manuteno execute todas as atividades pendentes, supondo que

    durante esse tempo nenhum novo servio ser solicitado a esse grupo.

    8.3 NDICES DE GERNCIA DE EQUIPAMENTOS

    Os ndices mais utilizados para o acompanhamento das intervenes nos

    equipamentos so:

    Taxa de Falha Observada (TXFO)

    TXFO= NTMC / HROP

    NTMC - n total de itens sob manuteno corretiva.

    HROP - n total de horas de operao.

    Esse ndice deve ser associado a intervalos de tempo e condies

    especificadas e o tempo total de horas em que o equipamento ficou em

    operao.

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    Taxa de Reparo (TXRP)

    TXRP= NTMC / HTMC

    NTMC - n total de itens sob manuteno corretiva.

    HTMC - n total de horas de manuteno corretiva.

    Tempo Mdio para a Falha (TMPF)

    TMPF= HROP / NTMC

    HROP - n total de horas de operao.

    NTMC - n total de falhas detectadas.

    Esse ndice deve ser usado para itens que no so reparados aps a

    ocorrncia de uma falha.

    Tempo Mdio para Reparo (TMPR)

    TMPR= HTMC / NTMC

    HTMC - n total de horas de reparo.

    NTMC - n de itens sob reparo.

    Usado para itens cujo tempo de reparo ou substituio significativo, em

    relao s horas de operao.

    Tempo Mdio entre Falhas (TMEF)

    TMEF= NOIT x HROP/ NTMC

    NOIT x HROP - n vezes de interrupo x horas de operao.

    NTMC - n de itens sob manuteno corretiva.

    Usado para itens que so reparados aps a ocorrncia de falha.

    Taxa de Manutenes Preventivas (TXMP)

    TXMP= NTMP / HRMP

    NTMP - n de itens sob manuteno preventiva.

    HRMP - tempo total manuteno preventiva.

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    18

    Tempo Mdio para Manutenes Preventivas [horas] (TMMP)

    TMMP= HRMP / NTMP

    HRMP - n total de horas de manuteno preventiva.

    NTMP - n de itens sob manuteno preventiva.

    Disponibilidade dos Equipamentos [%] (DISP)

    DISP= HCAL HRMT / HCAL

    HCAL HRMT - n horas calendrio n total de horas de manuteno

    (corretiva, preventiva e outras).

    HCAL - n horas calendrio

    A disponibilidade do equipamento representa a porcentagem do tempo em que

    os equipamentos ficam disposio da operao, para a produo.

    Performance dos Equipamentos (Desempenho) [%] (PERF)

    PERF= HROP / HROP+HRMT

    HROP - n total de horas de operao

    HROP+HRMT - horas de operao +horas totais de manuteno

    Esse ndice tambm pode ser calculado como a diferena entre a unidade e a

    razo entre as horas de manuteno e a soma dessas horas com as horas de

    operao dos equipamentos.

    8.4 NDICES DE GERNCIA DE MO-DE-OBRA

    Trabalho em Manuteno sob Controle [%] (TMSC)

    TMSC = HHTP / HHDP

    HHTP - H. Hora em trabalhos programados.

    HHDP - H. Hora disponveis.

    Entende-se Homens Horas disponveis, aqueles presentes na instalao e

    fisicamente possibilitados de desempenhar os trabalhos requeridos. Quanto

    maior for esse ndice melhor, desde que os valores da manuteno corretiva

    diminuam.

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    19

    Horas de Interrupo para Reviso Corretiva [%] (HIRC)

    HIRC = HHRC / HHDP

    HHRC - H. Hora em reparos corretivos.

    HHDP - H. Hora disponveis.

    Outras Atividades do Pessoal de Manuteno [%] (OAPM)

    OAPM = HHSA / HHDP

    HHSA - H. Hora em servios de apoio.

    HHDP - H. Hora disponveis.

    Indica quanto de tempo disponvel foram gastos em atividades no

    ligadas manuteno de equipamentos da unidade de produo e fora dos

    trabalhos programados.

    Ociosidade do Pessoal de Manuteno [%] (OCPM)

    OCPM = HHDP (HHTP + HHRC + HHSA) / HHDP

    HHDP - H. Hora disponveis.

    HHTP - H. Hora em trabalhos programados.

    HHRC - H. Hora em reparos corretivos.

    HHSA - H. Hora em servios de apoio.

    Esse ndice indica quanto de tempo do pessoal de manuteno no foi

    ocupado em nenhuma atividade.

    Excesso de Servio do Pessoal de Manuteno [%] (ESPM)

    ESPM = (HHTP + HHRC + HHSA) - HHDP / HHDP

    Esse ndice, ao contrrio do anterior, indica quanto do tempo do pessoal

    de manuteno foi ocupado acima da carga normal de trabalho num

    determinado perodo. Pode-se considerar que esse ndice simtrico ao

    anterior, ou seja, quando o anterior positivo, este negativo e vice-versa.

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    Pessoal em Treinamento Interno [%] (PTRI)

    PTRI = HHTI / HHDP

    HHTI - H. Hora gastos em treinamento interno.

    HHDP - H. Hora disponveis.

    Esse ndice pode refletir se o treinamento dado est melhorando a

    qualidade da manuteno, devendo pois, ser comparado com o ndice HIRC

    (horas de interrupo para reparos corretivos).

    Estrutura: Pessoal de Controle [%] (EPCT)

    EPCT = HHCT / HHDP

    HHCT - H. Hora do pessoal envolvido nos controles.

    HHDP -H. Hora disponveis.

    Estrutura: Pessoal de Superviso [%] (EPSP)

    EPSP = HHSP / HHDP

    HHSP - H. Hora do pessoal de superviso.

    HHDP -H. Hora disponveis.

    Ateno para a determinao precisa do HHSP, pois alguns supervisores

    dedicam o seu tempo no somente manuteno, como tambm a rea de

    produo, administrativa, de material.

    Clima Social: Movimento do Pessoal (Turn Over) (CSMP)

    CSMP = EMMM / EMMM + NOTR + NODV

    EMMM Efetivo mdio nos K meses precedentes

    NOTR n de transferncias.

    NODV n de demisses voluntrias.

    Nem todas as empresas permitem que este ndice seja calculado, por

    mostrar a insatisfao do pessoal. Sendo calculado, o decrscimo (abaixo de

    um) pode alertar os gerentes que algum fator est afetando a motivao do

    pessoal (salrio, tratamento, riscos, etc), o que apurado e solucionado, pode

    trazer melhores ndices de produo.

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    Integrao do pessoal Estabilidade (IPET)

    IPET = EFIS / EFEA

    EFIS - Efetivo inserido (contratado)

    EFEA - Efetivo estvel a A anos (ou meses).

    Integrao do Pessoal Absentesmo (IPAB)

    IPAB = DPAB / DPAB + DTBR

    DPAB - n dias perdidos por absentesmo.

    DPAB + DTBR - soma (dias perdidos + dias de trabalho)

    Efetivo Real ou Efetivo Mdio Dirio (EFMD)

    EFMD = 1 HHAF / HHEF

    HHAF -H. Hora afastados (frias, acidentes, doenas, etc).

    HHEF -H. Hora efetivos.

    O valor simtrico deste ndice (1 EFMD), mostra a fora real do perodo,

    uma vez que passar a relacionar os homens-hora disponveis em relao ao

    efetivo. Seu clculo pode indicar a necessidade de um estudo do plano de

    frias (parcela que mais influi no clculo do numerador), ou a incidncia de

    outro evento como acidente, faltas no abonadas, etc, que requeira a ateno

    do supervisor.

    Movimento de Ordens de Servio (MVOS)

    MVOS = OSEX / OSPD

    OSEX - n Ordens de Servios Executadas.

    OSPD - n Ordens de Servios Pendentes.

    Esse ndice indica se existe deficincia de recursos da rea de execuo

    de manuteno em relao carga de servio.

    Pessoal Necessrio Manuteno (PNMN)

    PNMN = HHMN / HHPR

    HHMN - H. Hora total da mo-de-obra de manuteno.

    HHPR - H. Hora do pessoal de produo.

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    22

    Sob o aspecto de Gerncia de Mo-de-Obra de Manuteno, esse ndice

    seria mais apropriado se o numerador se referisse aos homens-horas prprios

    e o denominador fosse a soma dos homens-hora prprios e contratados ou

    cedidos por outra rea da mesma empresa.

    Eficincia da Programao (EFPG)

    EFPG = HRPE / HREG

    HRPE - H. Hora programadas para manuteno.

    HREG - H. Hora efetivamente gasta na manuteno.

    Liberao da Produo (LBOP)

    LBOP = OSPO / OSTP

    OSPO - n de O.S. pendentes no liberadas pela produo.

    OSTP - n de O.S. emitidas no perodo.

    Falta de Mo-de-Obra (FTMO)

    FTMO = OSMO / OSTP

    OSMO - n de O.S. no realizadas por falta de mo-de-obra.

    OSTP - n de O.S. emitidas no perodo.

    Falta de Material (FTMT)

    FTMT = OSFM / OSTP

    OSFM - n de O.S. no realizadas por falta de material.

    OSTP - n de O.S. emitidas no perodo.

    8.5 NDICES DE GERNCIA FINANCEIRA

    Custo-Hora de Manuteno (CHMN)

    CHMN = CMON / HHOS

    CMON - custo da mo de obra de manuteno.

    HHOS - n H. Hora gastos na manuteno.

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    23

    Essa relao dimensional (unidades monetrias por H. Hora) e relativa

    apenas a um dos elementos (PESSOAL) que produziu a despesa, no levando

    em conta os demais itens como material. O valor de HHOS j deve incluir os H.

    Hora gastos com mo-de-obra prpria e aquela contratada.

    Componente do Custo de Manuteno [%] (CCMN)

    CCMN = CTMN / CTPR

    CTMN - custo total da manuteno.

    CTPR - custo total da produo.

    O custo total da produo (CTPR) deve incluir os gastos diretos +

    indiretos dos Departamentos de Manuteno e de Produo, inclusive os

    eventuais Lucros Cessantes.

    Custo de Manuteno por Faturamento [%] (CMFT)

    CMFT = CTMN / FTEP

    CTMN - custo total da manuteno.

    FTEP - faturamento da empresa no perodo.

    Dados a serem obtidos junto ao Departamento de Contabilidade da

    Empresa.

    Progressos nos Esforos de Reduo de Custos [%] (PERC)

    PERC = TMSC / CMFT

    TMSC - trabalho de manuteno sob controle (programado).

    CMFT - custo de manuteno por faturamento.

    Esse ndice indica a influncia de da melhora ou piora das atividades de

    manuteno sob controle em relao ao custo de manuteno por faturamento.

    Custo de Mo-de-Obra Externa [%] (CMOE)

    CMOE = CMOC / CMOC + CMOP

    CMOC - custos de mo-de-obra contratada.

    CMOP - custos de mo-de-obra prpria.

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    24

    Como contratada, devemos entender aquela mo-de-obra proveniente

    de outras empresas, ou cedidas por outras reas da mesma empresa. A

    incidncia constante de valores diferentes de ZERO, para esse ndice, pode

    indicar que o quadro de pessoal prprio da manuteno precisa ser revisto.

    Extenso da Manuteno Corretiva: [%] (ECMC)

    ECMC = CDRC / CDMN

    CDRC - custos direitos das manutenes corretivas.

    CDMN - custos diretos da manuteno (total).

    Observa-se que foram considerados apenas os custos diretos da mo-de-

    obra do pessoal, excludos materiais, etc.

    Severidade dos Reparos Corretivos: [%] (SVRC)

    SVRC = CTRC / NTIM

    CTRC - custo direto + indireto das manutenes corretivas.

    NTIM - n total de horas de interrupo.

    Nesse caso, o ndice (SVRC) inclui os gastos indiretos da manuteno

    corretiva, tornando essa relao mais apropriada para o acompanhamento do

    aspecto gerencial da manuteno.

    Custo de Manuteno por Investimento: [%] (CMIV)

    CMIV = CTMN / IVTI

    CTMN - custo total de manuteno.

    IVTI - Investimento total da instalao.

    Essa relao deve ter o numerador multiplicado por um valor proporcional

    ao investimento da instalao, em virtude da discrepncia de valores entre o

    numerador e o denominador.

    Custo de Manuteno em Relao Produo (CMRP)

    CMRP = CTMN / PRTP

    CTMN - Custo total da manuteno.

    PRTP - Produo total no perodo.

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    25

    Essa relao dimensional, uma vez que PRTP expresso em unidades

    de produo (m3, ton, km rodados, peas, etc).

    Custo de Treinamento [%] (CTTR)

    CTTR = CTPM / CTMN

    CTPM - custo de treinamento do pessoal de manuteno.

    CTMN - custo total da manuteno.

    Esse ndice representa a parcela de gastos de manuteno investida no

    desenvolvimento de seu pessoal, atravs de treinamentos internos e externos.

    Custo Per Capita de Treinamento (CPCT)

    CPCT = CTPM / NPMT

    CTPM - custo de treinamento do pessoal de manuteno.

    NPMT - n pessoas de manuteno treinadas.

    Esse ndice nos mostra o valor mdio investido em cada treinando.

    Imobilizao em Sobressalentes (IMSB)

    IMSB = CISB / CIEQ

    CISB - capital imobilizado em sobressalentes.

    CIEQ - capital investido em equipamentos.

    Deve-se tomar cuidado no clculo desse ndice pois, devem-se somente

    considerar os sobressalentes especficos e parte, daqueles no-especficos

    utilizados nos equipamentos sob a responsabilidade da rea de manuteno.

    Sobressalentes por Custo de Manuteno (SPCM)

    SPCM = CISB / CTMN

    CISB - capital imobilizado em sobressalentes.

    CTMN - capital total da manuteno.

    Vale aqui a mesma observao dada no item anterior.

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    9 MANUTENO DE CLASSE MUNDIAL

    A Manuteno no sculo XXI tem como nfase a maior disponibilidade,

    confiabilidade, segurana e vida til, com ausncia de danos ao meio-ambiente

    e aes de manutenes eficazes aos custos envolvidos. Esta nova postura

    fruto dos desafios que se apresentam no cenrio de economia globalizada e

    altamente competitiva, onde as mudanas se sucedem em alta velocidade e a

    manuteno como uma das funes fundamentais do processo produtivo,

    precisa inteirar com o sistema de forma pr-ativa.

    Uma das questes que as empresas se defrontam, que passos devem

    ser seguidos para que atinjam desempenho de empresa com manuteno de

    classe mundial. Muitos autores so unnimes em afirmar que as empresas

    tm que subir degraus como se fosse uma escada para atingir o status de

    manuteno de classe mundial dentro do contexto de empresa de classe

    mundial. Na escada hipottica devem ser considerados tambm a integrao

    dos aspectos tcnicos e os relativos ao pessoal envolvido com a manuteno.

    Na escada virtual proposta por Viscosa (2006), apresentada na figura 39.

    Foram avaliados dados de inmeras empresas nos mais variados ramos de

    atividades industriais. As melhores prticas advindas destas informaes

    serviram de base para a definio de cada degrau. Os degraus e a escada,

    vistos sistematicamente, ilustram a interdependncia dos vrios processos. Os

    passos no devem, necessariamente, ser seguidos igualmente.

    Dependendo de cada organizao, a seqncia pode variar ligeiramente.

    Adicionalmente, at que este amplo benchmark seja conseguido e as

    mudanas sejam implementadas, alguns degraus podem ser fortes, fracos,

    quebrar ou no ser considerados pela empresa. Como exemplo, um excelente

    sistema de gerenciamento da manuteno pode ser adquirido, mas no ser

    utilizado (degrau quebrado) ou usado apenas parcialmente (degrau

    enfraquecido). A escada virtual pode ser escalonada em trs sees: uma de

    manuteno bsica, seguida pela seo computacional e de confiabilidade

    e finalmente a ltima seo em tecnologia avanada em confiabilidade.

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    27

    Figura - 39 Principais etapas para manuteno classe mundial, adaptado de Viscosa, (2006).

    A fase de manuteno dita bsica a estrutura de suporte na qual

    prticas mais avanadas de manuteno iro se apoiar. Sendo que um dos

    maiores problemas enfrentados em plantas benchmark a implantao das

    melhores prticas sem terem consolidado ainda a infra-estrutura bsica

    necessria. Assim excelentes ferramentas de manuteno preditiva tais como

    anlise de vibrao, anlise de lubrificantes, podem ser empregadas sem que

    se consiga obter os ganhos previstos. Sendo que os benefcios integrais das

    tecnologias advirem apenas para as unidades produtivas que implementaram e

    utilizam efetivamente as aes bsicas. Na fase bsica, aes como inventariar

    e codificar o parque de equipamentos, criar um histrico, desenvolver um

    programa sistemtico de manuteno para os equipamentos, manter um

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    sistema de parceria com os fornecedores, implantar um sistema de ordem de

    servios, desenvolver um sistema bsico de controle do gerenciamento da

    manuteno, treinamento e qualificao das pessoas envolvidas, estabelecer o

    principio de auditorias e controles, so necessrias e de vital importncia.

    Uma vez que a manuteno bsica esteja implantada e em

    operacionalizao efetiva, o passo seguinte na escada torna-se mais fcil. Um

    bom conjunto de medies, histrico dos equipamentos e anlise das

    falhas pr-requisitos para a implementao da fase computacional e de

    confiabilidade. Nesta fase, verificado que as organizaes adquirem um

    poderoso sistema de gerenciamento da manuteno, adotam a figura do

    operador mantenedor, implementam o RCM bsico e utilizam ferramentas de

    confiabilidade.

    proporo que as organizaes sobem na escada, ocorre uma re-

    alocao dos recursos de manuteno. Com a mudana da manuteno

    reativa para a manuteno pr-ativa, ocorre uma sensvel reduo nas

    tarefas de manuteno. Em posio mais alta na escada, uma grande

    quantidade de processos restritivos so reduzidos sensivelmente. A engenharia

    de melhoria posta em prtica, a adoo do monitoramento da condio e de

    sistemas redundantes so sistematizados. A implementao do RCM

    avanado e de todas as fases do TPM j esto implementadas. O uso de

    ferramentas que garantam a segurana das pessoas e da instalao e os

    cuidados necessrios com o meio-ambiente, como os programas de reciclagem

    esto em um processo avanado.

    10 MANUTENO PRODUTIVA TOTAL (TPM)

    A Total Productive Maintenance (TPM) surgiu no Japo na dcada de

    60, tendo sido implantada inicialmente, na Nippon Denso, entre 1961 e 1969.

    Por este trabalho, a Nippon Denso recebeu o prmio PM da JIPM (Japanese

    Institute of Plant Maintenance) em 1971, a partir de quando, a metodologia

    passou a receber a denominao de TPM, popularizou-se no Japo na dcada

    de 70 e foi apresentada no Brasil em 1986 pelo Sr. Seiichi Nakajima.

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    A TPM surgiu nos primeiros estgios do Sistema Toyota de Produo no

    final da dcada de 1960. O conceito moderno de TPM tem se modificado ao

    longo dos ltimos anos. Inicialmente, a TPM era associada exclusivamente

    manuteno. Em um ambiente TPM, a manuteno no apenas dos

    equipamentos, nem da produo: a manuteno da produtividade. Portanto,

    a TPM pode ser compreendida na atualidade como a manuteno da

    produtividade total.

    A Manuteno Produtiva Total um programa de manuteno que

    envolve o conjunto de todos os empregados da organizao, desde a alta

    administrao at os trabalhadores da linha de produo. Os cinco objetivos da

    TPM:

    1. Garantir a eficincia global das instalaes.

    2. Implementar um programa de manuteno para otimizar o ciclo de vida

    dos equipamentos.

    3. Requerer o apoio dos departamentos envolvidos no plano da elevao

    da capacidade instalada.

    4. Solicitar dados e informaes de todos os empregados da empresa.

    5. Incentivar o princpio de trabalho em equipe para consolidar aes de

    melhoria contnua.

    A TPM consiste em um programa ou metodologia que tem como objetivo a

    maximizao do rendimento operacional global, contando com a

    participao de todos na organizao. A TPM busca tambm a quebra zero dos

    equipamentos, associado ao defeito zero nos produtos e perda zero no

    processo, atuando diretamente no lucro da empresa medida que melhora a

    produtividade e conseqentemente aumenta a competitividade.

    10.1 OBJETIVOS DA MANUTENO PRODUTIVA TOTAL

    A Manuteno Preventiva Total (MPT) um programa originalmente

    descrito por Seiich Nakajima para melhorar a produtividade por meio da

    melhoria das prticas relacionadas manuteno. Nakajima (1989).

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    Mirshawka e Olmedo (1994), afirmam que a TPM busca a eficcia da prpria

    estrutura organizacional da empresa, atravs do investimento na capacitao

    das pessoas e de melhorias incorporadas s mquinas, equipamentos e

    dispositivos. Tais melhorias passam por treinamento e desenvolvimento

    organizacional. Elas tambm envolvem melhorias do rendimento global, dos

    processos de produo, otimizando o uso das mquinas e equipamentos

    disponveis, bem como a definio dos tipos e modelos de equipamentos que

    melhor se adaptam execuo das operaes a serem desenvolvidas.

    Malcolm (2001) afirma que o TPM faz parte de uma trilogia, onde TQM,

    hoje conhecida como 6 Sigma, est focada na qualidade, a Produo Enxuta

    na expedio e a TPM em custos. Existindo uma forte interao entre elas.

    Segundo Takahashi e Osada (1993), a melhoria do rendimento operacional das

    mquinas e equipamentos alcanada atravs da melhoria estrutural e

    melhoria dos mtodos utilizados na manuteno dos mesmos. As tcnicas

    relacionadas ao equipamento incluem as de fabricao, manuteno e

    operacionais. As tcnicas de manuteno dependem de trs fatores:

    velocidade, preciso e segurana. As atividades de manuteno so

    determinadas pelas habilidades tcnicas em manuteno.

    10.2 RENDIMENTOS OPERACIONAIS DAS MQUINAS E EQUIPAMENTOS

    Diversas atividades podem melhorar o rendimento global dos

    equipamentos durante seu ciclo de vida. Na avaliao do rendimento global

    feita pela TPM, o problema da produo, que acompanha as projees,

    levado em conta no clculo do nmero total anual de valores em operao. So

    07 as grandes perdas que podem impedir a eficincia do equipamento, ou seja,

    que prejudicam o rendimento operacional global e, portanto, devem ser

    eliminadas:

    a) Perda por quebra espordica ou crnica dos equipamentos.

    b) Perda devido a ajustes e tempo de preparao e regulagens. (Troca Rpida

    de Ferramentas).

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    31

    c) Perda por substituio de ferramentas e peas das mquinas que se

    desgastam ao longo da produo.

    d) Perda at o equipamento entrar em regime de produo normal, ocasionada

    pelo emprego de ferramentas inadequadas, problemas por falta de domnio

    tcnico dos operadores para acertar a mquina ou outra.

    e) Perda por parada temporria sem que haja ocorrncia de falha (quebra).

    f) Perda por reduo da velocidade de produo.

    g) Perda devido ao retrabalho ou eliminao de produtos defeituosos.

    10.3 IMPLEMENTAO DA TPM

    A implementao da TPM deve ser ajustada s caractersticas especficas

    de cada empresa, tais como escala de negcios, tamanho da empresa, e as

    caractersticas dos produtos e as diferenas entre as modalidades de

    produo. As atividades de implantao da TPM podero ser subdivididas em

    cinco grupos de atividades que se denominam os cinco pilares bsicos da

    sustentao da TPM que so:

    1. Reformulao e introduo de melhorias especficas e a nvel individual nas

    mquinas para obteno de um desempenho global.

    2. Estruturao de uma sistemtica de manuteno espontnea ou autnoma

    a ser executada por operadores.

    3. Estruturao do setor de manuteno para a conduo da manuteno de

    forma planejada.

    4. Capacitao tcnica e busca de novas habilidades tanto para os elementos

    da produo como manuteno, operao da mquina e da sua

    manuteno.

    5. Estruturao para gesto do equipamento desde a fase de sua introduo e

    incio de operao com o uso de tcnicas como o LCC. (Life Cycle Cost).

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    32

    Conforme o JIPM, a TPM considera como base de sustentao oito pilares:

    1 - melhoria individual dos equipamentos para elevar a eficincia.

    2 - elaborao de uma estrutura de manuteno autnoma do operador.

    3 - elaborao de uma estrutura de manuteno planejada do departamento de

    manuteno.

    4 - treinamento para a melhoria da habilidade do operador e do tcnico de

    manuteno.

    5 - elaborao de uma estrutura de controle inicial do equipamento.

    6 - manuteno com vistas a melhoria da qualidade.

    7 gerenciamento.

    8 - segurana, higiene e meio ambiente.

    Figura 40 - Os oitos pilares da TPM.

    Com a implantao do TPM o significado da Manuteno passa a ser o

    de manter e conservar o rtmo das melhorias, mudanas e transformaes.

    Para alcanar os objetivos do TPM as empresas devem utilizar outras

    ferramentas administrativas que dependero do estgio de evoluo das

    empresas. Os principais elementos associados implantao de TPM so:

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    33

    1) Gesto da Qualidade Total: TQC e TQM: Processo que estabelece a

    satisfao do cliente, atuando diretamente no produto da empresa.

    2) 5S: Seiri (Utilizao), Seiton (Ordenao), Seiso (Limpeza), Seiketsu

    (Asseio) e Shitsuke (Disciplina): O 5S deve ser utilizado por empresas que

    tm problemas de ordem, limpeza, organizao, desperdcios e meio ambiente.

    Esta tcnica fundamental para a preparao na implantao do TPM.

    3) Kaizen: Melhoria contnua. Atravs desta metodologia possvel atuar

    diretamente no processo produtivo da empresa e no apenas no produto.

    4) Just in Time: O cumprimento dos prazos com a racionalizao de recursos

    e atendimento das condies de qualidade do produto representam o conceito

    de Just in Time que esta diretamente relacionado com o TPM.

    5) ISO 9000: A International Standardization Organization criou a srie 9000 de

    normas que so aceitas em diversos pases para estabelecer a certificao da

    qualidade das empresas. A certificao das empresas pela ISO 9000 permitem

    um grande avano no gerenciamento da qualidade que criam facilidades para a

    implantao do TPM.

    A figura 41 apresenta os principais itens de controle que fazem parte do

    processo e implantao do TPM e serve para avaliar os benefcios alcanados

    com a implementao do programa.

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    34

    Figura 41 Itens de controle e benefcios da implantao da TPM.

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    35

    11 MANUTENO CENTRADA NA CONFIABILIDADE (MCC)

    Novas metodologias de manuteno tm surgido, mais recentemente,

    com o intuito de otimizar os processos de execuo da manuteno e da

    performance operacional dos equipamentos. Uma delas a manuteno

    Centrada na Confiabilidade. Essa metodologia foi desenvolvida inicialmente

    para a aeronutica, e migrou mais tarde para outros segmentos industriais.

    A RCM foi criada nos fins dos anos 1960, durante o advento do

    desenvolvimento dos Boeing 747 e Lockheed 1011, Jumbo e DC-10

    respectivamente. Na ocasio, a indstria de aviao comercial americana

    estava particularmente preocupada com a falta de uma metodologia para

    otimizar sua manuteno preventiva. Quando as companhias areas e

    fabricantes de aeronaves analisaram os seus requerimentos de manuteno,

    descobriram que provavelmente no seriam capazes de operar

    economicamente as aeronaves usando as tcnicas existentes de manuteno.

    Para reduzir os riscos de ocorrncia de falhas, seria necessrio reduzir

    a probabilidade de ocorrncia de uma falha significativa. Este novo enfoque

    requeria uma abordagem completamente nova na maneira como a

    manuteno deveria ser executada. O resultado foi uma meticulosa e

    metdica abordagem que levanta algumas questes bsicas acerca de como

    os componentes funcionam e como eles falham. Conhecido estes parmetros

    seria possvel desenvolver um plano para tratar especificamente das falhas que

    impedissem as aeronaves de voar.

    Nos anos de 1970, o departamento de defesa dos Estados Unidos adotou

    abordagem semelhante, aplicando a metodologia em navios, tanques de

    guerra, avies de combate e outros sistemas de armamento. Em 1960, a

    Federal Aviation Agency (FAA) constituiu uma fora tarefa, denominada

    Maintenance Steering Group (MSG), com a participao das companhias

    areas americanas, para estudar os planos de manuteno at ento

    utilizados.

    O primeiro resultado foi alcanado em 1965, e posteriormente

    apresentado em 1967, durante o Encontro Internacional sobre Operao e

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    36

    Projetos de Aeronaves Comerciais. O documento elaborado recebeu a

    denominao de MSG-1, cujo contedo foi utilizado na manuteno do Boeing

    747. Posteriormente, uma outra verso foi elaborada, com a denominao de

    MSG-2, e aplicada no desenvolvimento dos programas de manuteno dos

    avies Lockheed 1011, S-3 e P-3, Douglas DC 10 e MCDonnell F4J. Cabe

    comentar tambm que, com base nesses estudos, a indstria europia emitiu

    documento similar aplicado nos programas de manuteno do Airbus A-300 e

    do Concorde.

    A partir dos documentos MSG-1 e MSG-2, Nowlan e Heap (1978)

    desenvolveram um outro estudo mais detalhado, encomendado pelo

    Departamento de Defesa dos Estados Unidos, para a determinao de normas

    e procedimentos de manuteno, com base numa ampla anlise estatstica. Os

    autores denominaram o documento de Reliability Centered Maintenance

    (RCM), que foi traduzido para Manuteno Centrada em Confiabilidade

    (MCC). Este documento, conhecido como MSG-3, tornou-se o marco para a

    manuteno da indstria aeronutica. Por exemplo, para se ter autorizao

    para voar no espao areo americano, os projetos devem ter seu plano de

    manuteno embasado nesse documento.

    A Manuteno Centrada em Confiabilidade conhecida na Europa como

    Otimizao da Manuteno pela Confiabilidade (OMC). No Brasil, outra

    denominao utilizada Manuteno Baseada em Confiabilidade (MBC).

    O estudo da probabilidade de Falha versus Tempo de Uso desenvolvido

    pela United Airlines para todos os tipos de componentes das aeronaves

    pretendia verificar a influncia das freqncias de revises na confiabilidade

    geral dos seus equipamentos.

    O resultado deste trabalho influenciou a adoo de uma nova abordagem

    dos equipamentos para o planejamento da manuteno. Todos os

    componentes foram includos em seis modelos bsicos, que evidencia a

    existncia de dois tipos bsicos de relacionamento entre Taxa de Falha ()

    versus Idade. A figura 42 apresenta as curvas obtidas e as respectivas

    porcentagens de participao no total de falhas analisadas para este

    equipamento.

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    37

    Os Tipos A, B e C correspondem aos componentes que possuem uma

    elevada influncia do tempo de utilizao. Os modos predominantes de falhas

    destes componentes so: fadiga, corroso e oxidao. A porcentagem destes

    componentes relativamente pequena para o tipo de equipamento analisado.

    Os Tipos D, E e F no demonstram uma influncia do tempo na taxa de

    falhas. Os modos de falhas so diversificados e o tempo de utilizao no

    evidencia mudana significativa da taxa de falha. Este tipo de situao ocorre

    em componentes eletrnicos e de sistemas hidrulicos. No equipamento

    analisado englobam a grande maioria dos componentes.

    Embora esses dados tenham tido origem na observao do

    comportamento de itens de aeronaves, o nvel de automao dos nossos

    processos e a tecnologia aplicada nos leva a deduzir que cada vez mais esses

    padres e seus nveis de ocorrncia aconteam nos demais equipamentos,

    modificando o conceito tradicional da Curva da Banheira representada pelos

    componentes do Tipo A.

    Taxa

    de

    Falha

    Tempo de Operao do Equipamento

    4% das Falhas seguem este padro

    Falhas Relacionadas com a Idade

    Tipo A

    Tipo B

    Falhas Relacionadas com a Idade

    2% das Falhas seguem este padro

    Tempo de Operao do Equipamento

    de

    Falha

    Taxa

    Tipo C

    Falhas Relacionadas com a Idade

    5% das Falhas seguem este padro

    Tempo de Operao do Equipamento

    de

    Falha

    Taxa

    68% das Falhas seguem este padro

    Tipo F

    14% das Falhas seguem este padro

    Tipo E

    7% das Falhas seguem este padro

    Tipo D

    Tempo de Operao do Equipamento

    Falhas No Relacionadas com a Idade

    Falhas No Relacionadas com a Idade

    Tempo de Operao do Equipamento

    Falhas No Relacionadas com a Idade

    Tempo de Operao do Equipamento

    Taxa

    Falha

    de

    de

    Taxa

    de

    Falha

    Falha

    Taxa

    Figura 42 - Taxas de Falha versus Tempo.

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    38

    A implementao da MCC tem como objetivo alcanar a confiabilidade e a

    segurana inerentes aos equipamentos, com o mnimo custo, identificando

    quais tarefas de manuteno so tecnicamente aplicveis e adequadas para

    detectar e evitar, ou mesmo reduzir, a conseqncia das falhas nas funes do

    equipamento. Esta metodologia requer o envolvimento das pessoas que

    dominam o processo em anlise e o sucesso depende do cumprimento de

    passos preliminares, tomando-se como referncia os mtodos do TPM.

    11.1 DIAGRAMAS DE APLICAO DA RCM

    No processo de aplicao da RCM, devem ser sistematicamente

    identificadas e avaliadas, como primeiro passo, as funes e o padro de

    desempenho dos equipamentos em seu contexto operacional. Em seqncia,

    devem ser definidas as falhas funcionais e seus respectivos modos de falha,

    bem como o efeito ou conseqncias dessas falhas. Esta anlise se completa,

    com a determinao das tarefas de manuteno adequadas, tcnica e

    economicamente, para prevenir cada falha.

    Nesse sentido, a metodologia recomenda o reprojeto do equipamento (ou

    mesmo assumir o fato de que o sistema ir operar at a falha), caso no possa

    ser encontrada uma tarefa preventiva adequada para a preveno da falha.

    As oito etapas para implementao do processo RCM:

    1 - Seleo do Sistema e Coleta de Informaes;

    2 - Definio das Fronteiras e Interfaces do Sistema;

    3 - Modularizao do Sistema;

    4 - Anlise das falhas Funcionais;

    5 - Anlise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA);

    6 - Priorizao dos Modos de Falha (diagrama de deciso);

    7 - Seleo de Tarefas de Manuteno;

    8 - Teste de Validao de aes Corretivas.

    Para enquadrar qualquer item nesta tcnica, recomenda-se a aplicao

    das sete perguntas a seguir:

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    39

    1. Quais so as funes e padres de desempenho do item no seu

    contexto operacional atual?

    2. De que forma ele falha em cumprir suas funes?

    3. O que causa cada falha operacional?

    4. O que acontece quando ocorre cada falha?

    5. De que forma cada falha tem importncia?

    6. O que pode ser feito para prevenir cada falha?

    7. O que deve ser feito, se no for encontrada uma tarefa preventiva

    apropriada?

    Para responder as sete questes bsicas deve ser criada uma equipe

    multidisciplinar, com pessoas da operao, manuteno, inspeo e

    segurana. Para o desenvolvimento dos trabalhos deve fazer parte do grupo

    um facilitador que seja especialista em RCM. A figura 43 apresenta a

    configurao da equipe de trabalho para implantao RCM.

    R C M

    Supervisorde Segurana

    Supervisorde Operao

    Supervisorde Manuteno

    Executantede Manuteno

    Inspetorde Equipamentos

    Operador

    Facilitador

    Figura 43 - Equipe de trabalho para implantao RCM

    A figura 44 apresenta uma diagrama para auxiliar na identificao do tipo

    da falha.

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    40

    O efeito da falha

    evidente para operao

    em circunstncias normais

    A falha causa perda de funo ou

    dano secundrio que tenha efeito

    direto e adverso sobre a segurana

    operacional?

    A falha tem efeito direto e

    adverso sobre a capacidade

    operacional do sistema?

    SEGURANA OPERACIONAL ECONMICA OCULTA

    SIM

    SIM

    SIM

    NO

    NO

    NO

    A B DC

    O efeito da falha

    evidente para operao

    em circunstncias normais

    A falha causa perda de funo ou

    dano secundrio que tenha efeito

    direto e adverso sobre a segurana

    operacional?

    A falha tem efeito direto e

    adverso sobre a capacidade

    operacional do sistema?

    SEGURANA OPERACIONAL ECONMICA OCULTA

    O efeito da falha

    evidente para operao

    em circunstncias normais

    A falha causa perda de funo ou

    dano secundrio que tenha efeito

    direto e adverso sobre a segurana

    operacional?

    A falha tem efeito direto e

    adverso sobre a capacidade

    operacional do sistema?

    SEGURANA OPERACIONAL ECONMICA OCULTA

    SIM

    SIM

    SIM

    NO

    NO

    NO

    A B DC

    Figura 44 Diagrama de Identificao do tipo de falha

    As figuras 45, 46 e 47 apresentam diagramas para tratamento das falhas

    relativas a segurana, operacional ou econmicas e falas ocultas,

    respectivamente.

    Figura 45 - Diagrama de tratamento de uma falha relacionada com segurana

    Existem tarefas de MANUTENO PREDITIVA

    que sejam aplicveis a custo-eficiente para detectar

    ou monitorar que a falha funcional poder ocorrer?

    SEGURANA

    NO

    Existem tarefas de RESTAURAO que sejam

    aplicveis a custo-eficiente para eliminar as falhas?

    Existem tarefas de SUBSTITUIO que sejam

    aplicveis a custo-eficiente para eliminar as falhas?

    Existe algum PROJETO a custo-eficiente que

    elimine todas as falhas?

    NO

    NO

    NO

    NO

    SIM

    SIM

    SIM

    SIM

    MANUTENO

    PREDITIVA

    MANUTENO

    PROGRAMADA

    SUBSTITUIO

    PROGRAMADA MODIFICAO

    DE PROJETO

    QUANTIFICAO

    DOS RISCOS

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    41

    Figura 46 - Diagrama de tratamento de uma falha operacional ou econmica

    Figura 47 - Diagrama de tratamento de uma falha oculta

    Existem tarefas de MANUTENO PREDITIVA

    que sejam aplicveis a custo-eficiente para detectar

    ou monitorar que a falha funcional poder ocorrer?

    OPERACIONAL/ECONMICA

    NO

    Existem tarefas de RESTAURAO que sejam

    aplicveis a custo-eficiente para eliminar as falhas?

    Existem tarefas de SUBSTITUIO que sejam

    aplicveis a custo-eficiente para eliminar as falhas?

    Existe algum PROJETO a custo-eficiente que

    elimine todas as falhas?

    NO

    NO

    NO

    NO

    SIM

    SIM

    SIM

    SIM

    MANUTENO

    PREDITIVA

    MANUTENO

    PROGRAMADA

    SUBSTITUIO

    PROGRAMADA MODIFICAO

    DE PROJETO

    QUANTIFICAO

    DOS RISCOS

    Existem tarefas de MANUTENO PREDITIVA

    que sejam aplicveis a custo-eficiente para detectar

    ou monitorar que a falha funcional poder ocorrer?

    OPERACIONAL/ECONMICA

    NO

    Existem tarefas de RESTAURAO que sejam

    aplicveis a custo-eficiente para eliminar as falhas?

    Existem tarefas de SUBSTITUIO que sejam

    aplicveis a custo-eficiente para eliminar as falhas?

    Existe algum PROJETO a custo-eficiente que

    elimine todas as falhas?

    NO

    NO

    NO

    NO

    SIM

    SIM

    SIM

    SIM

    MANUTENO

    PREDITIVA

    MANUTENO

    PROGRAMADA

    SUBSTITUIO

    PROGRAMADA MODIFICAO

    DE PROJETO

    QUANTIFICAO

    DOS RISCOS

    Existem tarefas de MANUTENO PREDITIVA

    que sejam aplicveis a custo-eficiente para detectar

    ou monitorar que a falha funcional poder ocorrer?

    OCULTA

    NO

    Existem tarefas de RESTAURAO que sejam

    aplicveis a custo-eficiente para eliminar as falhas?

    Existem tarefas de SUBSTITUIO que sejam

    aplicveis a custo-eficiente para eliminar as falhas?

    Existem TESTE/INSPEESque sejam aplicveis a

    custo-eficinte para descobrir falhas

    NO

    NO

    NO

    NO

    SIM

    SIM

    SIM

    SIM

    MANUTENO

    PREDITIVA

    MANUTENO

    PROGRAMADA

    SUBSTITUIO

    PROGRAMADA TESTE/INSPEO

    PERIDICOS

    MANUTENO

    CORRETIVA

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    42

    Os principais resultados obtidos com a implantao do MCC so:

    1. Melhoria da compreenso do funcionamento do equipamento ou sistema,

    proporcionando uma ampliao e conhecimentos aos participantes.

    2. Desenvolvimento do trabalho em grupo com reflexos altamente positivos

    na anlise, soluo de problemas e estabelecimento de programas de trabalho.

    3. Definio de como o item pode falhar e das causas bsicas de cada falha,

    desenvolvendo mecanismos de evitar falhas que possam ocorrer

    espontaneamente ou causadas por atos das pessoas.

    4. Elaborao dos planos para garantir a operao do item em um nvel de

    performance desejado. Esses planos englobam: Planos de Manuteno,

    Procedimentos Operacionais e Lista de modificaes ou melhorias.

    Os benefcios do RCM podem ser resumidos na obteno da maior

    confiabilidade dos equipamentos, com reduo de custos e domnio

    tecnolgico do processo produtivo da empresa.

    REFERNCIAS

    ABRAMAN. ASSOCIAO BRASILEIRA DE MANUTENO. Documento Nacional. Resultados 2009. Disponvel em: < http://www.abraman.org.br/docs/DN2009.ppt > Acesso em: 19 mar. 2009. BEBER, S. J. N.; SILVA, E. Z.; DIGENES, M. C.; KLIEMANN NETO, J. F. Princpios de custeio: uma nova abordagem. ENEGEP, 24., Florianpolis, 2004. Anais... Florianpolis: ABEPRO, 2004. Em CD-ROM. BORNIA, A. C. Anlise Gerencial de Custos Aplicao em Empresas Modernas. Porto Alegre: Editora Bookmann, 2002. CABRITA, G. A manuteno na indstria automotiva. Revista Manuteno, So Paulo, 20-26. mar./mai./02. CAMARA, J. M. Manuteno eltrica industrial. Disponvel em: < http://www.dee.ufrn.br/~joao/apostila/index1.htm > Acesso em: 03 out.. 2006. DURAN, O. & RADAELLI, L. B. Metodologia ABC: implantao numa microempresa. Gesto & Produo, v. 7, n. 2, p. 118-135, 2000.

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