Mapa Funcional - Senac...Para o desenho dos perﬁ s ocupacionais e a construção do panorama do...

Rio de Janeiro, 2018

2018

Síntese

Mapa Funcional

Segmento:Informática

SINTESE_info185x277.indd 1 11/12/2018 10:21:34

Fórum SetorialMapa Funcional – Segmento: Informática (Síntese)

Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

Presidente

Antonio Oliveira Santos

Departamento Nacional

Diretor-geral

Sidney Cunha

Diretora de Educação Profi ssional

Anna Beatriz Waehneldt

Assessora de Comunicação

Márcia Leitão

Diretor de Operações Compartilhadas

José Carlos Cirilo

Coordenação de conteúdo

Gerência de Desenvolvimento Educacional

Programação Visual e Revisão

Assessoria de Comunicação

Senac – Departamento Nacional

Av. Ayrton Senna, 5.555 – Barra da Tijuca Rio de Janeiro – RJ – Brasil CEP 22775-004www.dn.senac.br Distribuição gratuita

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Auxiliadora Nogueira – CRB-7/3773)

Fórum Setorial (2017 : São Paulo). Síntese do mapa funcional : segmento : informática / Senac Departamento Nacional. -- Rio de Janeiro : Senac, Departamento Nacional, 2018. 40 p. : il., tab. ; 30 cm.

Acima do título: Fórum Setorial. Bibliografi a: p. 40.

1. Senac. 2.Informática. 3. Mapa funcional. 4. Ocupação. I. Título.CDD- 004


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Sumário

Apresentação 5O evento 6Equipe Técnica 7Metodologia 8O Segmento Informática no Brasil 10 Percepção dos contratantes 11 Tendências para o segmento 12 Comportamentos esperados 15Análise das macrofunções 16 Considerações por macrofunção 19Considerações fi nais 37Fontes consultadas 40


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ApresentaçãoOs Fóruns Setoriais (FS) são instâncias consultivas integradas por atores do mundo do tra-balho, como representantes de empresas, associações de referência, sindicatos patronais e de trabalhadores, meio acadêmico, instituições de pesquisa, ciência e tecnologia, além de especialistas do próprio Senac, reunidos com o objetivo de obter pluralidade de visões sobre a realidade das ocupações.

Desde 2014, o Senac utiliza Fóruns Setoriais tendo por base a análise funcional da Organiza-ção Internacional do Trabalho (OIT) (ORGANIZACIÓN INTERNACIONAL DEL TRABAJO, 2015) como metodologia de escuta do mercado. Visando otimizar o processo de elaboração de planos de cursos nacionais e reorganizar o portfólio de cursos por itinerários formativos, a metodologia dos Fóruns Setoriais, originalmente desenvolvida pela OIT, foi adaptada para abranger várias ocupações por segmento. A ampliação do escopo favoreceu a identifi ca-ção de ações profi ssionais que podem ser comuns a mais de uma ocupação, considerando as responsabilidades, os limites de atuação e os graus de autonomia dos diferentes níveis hierárquicos.

A partir de uma lista de funções atribuídas a um conjunto de ocupações, é feito levan-tamento dos profi ssionais que se inter-relacionam em um dado contexto, bem como a descrição detalhada de cada perfi l profi ssional. Esse processo permite também identifi car as demandas, tendências e inovações com impactos em determinado setor produtivo. As informações obtidas por meio do debate entre os participantes são insumos para a elabora-ção de uma representação gráfi ca denominada Mapa Funcional.

O Mapa Funcional fornece uma visão sistêmica das ocupações que compõem o seg-mento, permitindo delimitar os fazeres próprios de cada profi ssional e sinalizar aqueles que são comuns a mais de uma ocupação. Suas informações constituem a base para a construção de itinerários formativos alinhados às expectativas do mercado, além de contribuir para a elaboração de produtos e ações educacionais que atendam a deman-das específi cas do segmento.


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O eventoRealizado em São Paulo, de 21 a 24 de novembro de 2017, o Fórum Setorial de Informática reuniu representantes do Departamento Nacional do Senac e de sete Departamentos Re-gionais (Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), além de 23 organizações representativas do segmento.

Convidados

Walter FariasDaniel Reis

Marcelo José Szewczyk Rodrigo Jonas Fragola Maximino Ferreira Pingarilho Jr.

Walter dos Santos Oliveira Jr. Giovanni Comunello Jr Carlos Henrique Pires Idiart

Tanara Bragança Leal Benedito Alberto Macedo Marcos Serafi m de Andrade

Eduardo F. Valverde Francisco BezerraPaloma Fernanda Napoleão Frias

e Allan Pestana Costa

Hélio José de Lima Jr Felipe Nelson-Smith Perrone Thalis Antunes

Tatiane Padilha da Silva Luciano Pitrez Colares Pablo Jean Pimentel Soares

Felipe Ranzani de Luca(ex-aluno Senac) Gildo Antônio Santos Marcos Vilela


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Equipe TécnicaComissão Técnica de Trabalho Observadores

Fernanda Aparecida Yamamoto – DR/SP

Marcos Bianchi – DR/SP

Marcio Roberto Seraggi – DR/SP

Ozéas Veira Santana Filho – DR/SP

Richard Martelli – DR/SP

Denio Augusto Camargos Negrão – DR/DF

Jonas Tasca – DR/SC

José Augusto Monteiro Viana de Souza Filho – DR/PA

Mauro Sérgio da Silva Diniz – DR/MA

Patrícia Consolini da Silva – DR/RS

Daniela Pessanha Teixeira – Departamento Nacional

Elizabeth Batista de Souza – Departamento Nacional

Thabata Franco de Oliveira – Departamento Nacional

Victor Zucarino – Departamento Nacional

Raquel Soares – DR/MG

Marcelo Vicente Freire Alves – DR/MG

Maria Leuda de Oliveira Lima - DR/MA

Katya Dias Santos – DR/SP

Fernanda Leme do Amaral –DR/SP

Equipe Senac Departamento Nacional responsável pela pesquisa Segmento Informática

Inês Filipa – Gerente de Prospecção e Avaliação Educacional

Diogo Rebello Simões

Gibran Matni

Hugo Alves Gonzaga

Paula Almeida Jatahy Ferreira

Rogério Luiz de Almeida Cunha

Solange Kanso Ghaouri

Thuany de Aguiar Santos

Rafael Loureiro Serpa de Moraes

Apoio administrativo – DR/SP

Luciana Rodrigues – DR/SP

Claudia Valéria do Nascimento – DR/SP

Alex de Lima Cabral – DR/SP

Lígia Quintino de Oliveira – DR/SP

Para a participação no Fórum, os convidados disponibilizaram tempo e conhe-cimento em debates sobre o panorama atual do Segmento Informática.

Por sua vez, o Senac retribui a colaboração dos participantes por meio de ações educacionais cada vez mais alinhadas às necessidades do segmento.


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MetodologiaPara o desenho dos perfi s ocupacionais e a construção do panorama do Segmento Infor-mática, este estudo identifi cou quatro macrofunções e analisou 116 funções. A partir desse levantamento, foram identifi cados os profi ssionais que realizam funções semelhantes e ma-peadas as ocupações do segmento, considerando a complexa relação entre elas.

No contexto deste Mapa Funcional, os conceitos de ocupação, função e macrofunção são entendidos da seguinte forma:

Figura 1 – Exemplo de organização de uma macrofunção

Realizar suporte, manutenção e reparo de sistemas operacionais, softwares, equipamentos e periféricos

Administrador de Redes de Computadores

Técnico de Suporte

Planejar a instalação física e lógica da infraestrutura de TI.

Monitorar sistemas, aplicativos e equipamentos.

Estruturar e implementar políticas de administração e

contingência.

Instalar e confi gurar softwares de backup e de recuperação de

dados.

Instalar, confi gurar e conectar componentes em

infraestrutura física e lógica de TI.

1

2 3

4

Categoria que abarca um conjunto de ocupações com atividades inter-relacionadas e interdependentes. Defi ne-se a partir da identifi cação dos principais

processos que estruturam o segmento.

Atividade caracterizada por um conjunto articulado de funções atribuídas ao trabalhador, destinadas à obtenção de produtos ou de serviços.

Conjunto de atividades, tarefas e operações realizadas de acordo com a natureza de cada ocupação, envolvendo processos, procedimentos e contextos

específi cos da ocupação.

Conjunto articulado de atividades, tarefas e operações realizadas de forma semelhante, envolvendo processos e procedimentos análogos entre ocupações,

podendo apresentar variação de contexto.

2

1

3

4

Ocupação

Macrofunção

Funçãoespecífi ca

Funçãocomum

Fonte: Gerência de Desenvolvimento Educacional.


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Importante destacar que a classifi cação das funções do segmento em “específi cas” e “comuns” visa auxiliar o corpo técnico do Senac no momento de elaborar ou atualizar seu portfólio, possibilitando identifi car, de modo mais consistente, as reais convergências curriculares entre as ofertas.

As funções de baixa variação no fazer, ou seja, as funções comuns entre as ocupações, tendem a ser traduzidas em competências iguais em diversos perfi s. Já as funções de alta variação, funções específi cas, tendem a ser traduzidas em competências diferentes, confor-me perfi l profi ssional de conclusão, pois são infl uenciadas mais fortemente pelo contexto ou dizem respeito a um fazer muito específi co de determinada ocupação.

Adiante, no item “Análise das macrofunções e funções”, está detalhado o processo de defi nição e categorização das funções do segmento.


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O Segmento Informática no BrasilO panorama do Segmento Informática no Brasil, ponto de partida para as discussões do Fórum, teve por base uma pesquisa realizada pelo Senac sobre a dinâmica desse segmento.

A pesquisa reuniu dados de fontes primárias e secundárias, com a fi nalidade de subsidiar a análise dos convidados do Fórum Setorial Informática. Neste tópico, são apresentadas as principais conclusões da pesquisa.

Figura 2 – Fontes da pesquisa sobre a dinâmica do Segmento Informática no Brasil

Dados primários Dados secundários

Questionário on-line semiestruturado aplicado a

142 profi ssionais do Segmento Informática entre 13/10/2017 e

27/10/2017.

Bases da Relação Anual das Informações Sociais (RAIS) e

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Caracterização do Segmento Informática


Com mais de 75 mil empresas registradas, o mercado brasileiro de Tecnologia da Infor-mação (TI) movimentou internamente 38,5 bilhões de dólares em 2016, sendo que 51% desse valor advêm da área de hardware; 22%, da área de software; e 26,5%, da área de Serviços. Na área de software, cerca de 15.700 empresas dedicam-se ao desenvolvimento, à produção, à distribuição e à prestação de serviços no mercado nacional. Em termos de crescimento, Serviços e Telecom foram os setores que apresentaram o maior aumento nos investimentos em TI no ano de 2016.

Segundo as análises dos dados secundários, no fi m do ano de 2016, a área de Informática possuía cerca de 750 mil vínculos empregatícios formais ativos, o que representou uma par-ticipação de 1,6% sobre o total do mercado de trabalho formal (46,1 milhões). Além disso, ressalta-se que, no Brasil, 406.566 profi ssionais de software e Serviços trabalham em áreas de TI em empresas com outras atividades principais.

Cerca de 93,1% das empresas do Segmento Informática possuem até 19 empregados e concentram 31,9% dos vínculos empregatícios da área. Enquanto isso, 1,2% das empresas


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possui mais de 100 empregados e responde por 46,0% dos vínculos empregatícios do setor. Esses números evidenciam que, apesar de existirem muitas empresas de pequeno porte no setor, são as grandes empresas que respondem por parte signifi cativa dos empregos.

De 2006 a 2016, a quantidade de vínculos de empregos ativos no setor de Informática cres-ceu 44,4%, sendo que, nesse mesmo período, o total de vínculos ativos em todos os setores da Economia brasileira cresceu 31%.

Trata-se de um segmento com enorme potencial na geração de trabalho, principalmente no que se refere às oportunidades de primeiro emprego, absorção de mão de obra especiali-zada e desenvolvimento de novas carreiras. Em 2016, dentre as atividades econômicas que mais empregaram na área de Informática, destacaram-se as atividades de Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de Informática (representando 11,8% dos em-pregos ativos na área), Suporte técnico, Manutenção e outros serviços em Tecnologia da In-formação (11,6%), Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda (10,9%), e Consultoria em Tecnologia da Informação (10,6%). Em seguida, fi guram Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação (10,1%), Tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet (9,4%), e Desen-volvimento e licenciamento de programas de computador não customizáveis (6,6%).

Contudo, em 2016, os investimentos para esse setor apresentaram desaceleração em de-corrência da crise econômica e da valorização do dólar no período. Naquele ano, o saldo do emprego geral da Economia foi negativo em -1,4 milhão de postos de trabalho, enquanto em Informática foi de -21,7 mil. Interessante observar que as vagas para Montador de equipamentos eletrônicos decresceram de 2006 a 2015 e apresentaram saldo positivo no ano de 2016. Outro ponto de destaque é o desempenho oposto das duas ocupações mais frequentes no setor: enquanto Programador de sistemas de informação registrou geração de vagas, o Analista de desenvolvimento de sistemas apresentou fechamento.

Percepção dos contratantesEm questionário aplicado pelo Senac a um grupo de empresas do Segmento Informática, a ocupação Analista de sistemas foi citada como a mais estratégica para os negócios que envolvem Análise em TI, sendo indicada por 35,2% dos respondentes. Em atividades rela-cionadas ao desenvolvimento em TI, a ocupação Desenvolvedor/Programador web foi citada por 42,3% dos respondentes. O Gestor de projetos foi indicado por 38,7% dos responden-tes como fundamental para os processos de administração em TI e, na área de Suporte e Manutenção de Informática, 40,8% indicaram o Analista de suporte.

Entre as características comportamentais necessárias para o perfi l dos profi ssionais que com-põem as equipes operacionais de TI, a “Atitude colaborativa e comunicação efi ciente com a equipe de trabalho, cliente e fornecedores” foi a mais citada; a segunda característica mais citada foi “Sólidos conhecimentos técnicos de Informática”. Para a área de Gestão ou Liderança de TI, a característica mais citada foi “Excelência quando da negociação com clientes (internos/externos) e fornecedores” ao lado de “Postura colaborativa e efetiva comunicação com a equipe de trabalho”. Verifi ca-se, portanto, que tanto na área Operacional como na área de Gestão, a atitude colaborativa destaca-se como uma característica comportamental imprescindível.


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Na visão da maioria dos respondentes (81,9%), existe difi culdade para contratar profi s-sionais de TI qualifi cados devido à insufi ciência de conhecimento específi co para atuação na área. Outra difi culdade percebida pela maioria dos respondentes (65,5%) refere-se à retenção de profi ssionais qualifi cados na empresa. A principal difi culdade apontada foi a “Concorrência entre as empresas por profi ssionais de TI” (55,9%). Nota-se que 20,4% dos respondentes indicaram como difi culdade a postura profi ssional inadequada.

Tendências para o segmento Para o Senac, compreender as tendências atuais e futuras de um dado segmento é de especial relevância, dado que sua análise tem a propriedade de indicar caminhos e pers-pectivas que se traduzam na oferta de soluções educacionais inovadoras e em sintonia com o mercado.

Nesse sentido, a partir de suas percepções de mercado, os convidados identifi caram as principais tendências para o segmento, organizadas sob dois aspectos: gerais, referentes ao Segmento Informática como um todo, e específi cas, para cada ocupação.

De modo geral, a conjuntura político-econômica do País, o aumento de empresas estran-geiras concorrentes e as rápidas transformações de processos, softwares e equipamentos são fatores que afetam signifi cativamente o segmento, o que exige um rápido reposiciona-mento das empresas. Diante desse panorama, foram mapeadas as principais tecnologias e inovações que estimulam as empresas a investirem na melhoria de seus negócios.

Neste tópico, são apresentadas as tendências gerais, enquanto as específi cas estão detalha-das para cada ocupação, no item Macrofunções deste Mapa Funcional.

Quadro 1 – Tendências atuais no Segmento Informática

Sociedade digital

• Desenvolvimento e aperfeiçoamento de aplicativos que têm cada vez mais impacto no cotidiano (ex: aplicativos de trânsito).

• Aumento da experiência imersiva relacionada à realidade aumentada (AR), à realidade virtual (VR) e à realidade mista.

• Utilização de hologramas em áreas como Educação, Design, Artes e Se-gurança.

• Implementação de chatbots e assistentes virtuais em todas as áreas em que há comunicação com pessoas.

• Aperfeiçoamento dos recursos de prototipagem e uso massivo da impres-sora 3D em diversos segmentos.

• Uso de novas ferramentas que permitem trabalhar na modalidade home offi ce em nível global, o que gera novos desafi os para a gestão de proces-sos e equipes.

• Ampliação da oferta e alcance global da Educação a Distância, com foco na interação e na construção coletiva do conhecimento.

• Aumento das preocupações relacionadas a temas como privacidade, segu-rança e automação.

• Necessidade de refl exão sobre as implicações éticas no uso das tecnologias.


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Interfaces amigáveis e responsivas

• Desenvolvimento de sistemas personalizados, de acordo com as caracte-rísticas do consumidor.

• Novas plataformas e ampliação dos recursos de integração e conectividade entre pessoas: texto, áudio, vídeo, hologramas.

• Produtos e funcionalidades baseados na conectividade natural e transpa-rente entre os dispositivos (computação pervasiva).

• Desenvolvimento de sistemas, de aplicações e de soluções web para evitar ou eliminar barreiras de acesso (acessibilidade web).

Computação em nuvem

(cloud computing) e virtualização

• Aquisição de plataformas de desenvolvimento e testes como um serviço, e não mais no modelo de licença.

• Redução de custos das empresas ao expandir facilmente os recursos para qualquer aplicação sem a compra de mais hardware.

• Virtualização dos servidores das empresas, o que otimiza a utilização dos servidores internos e possibilita investimento seguro em hardware.

Segurança da informação

• Exigência de novos tipos de habilidades dos profi ssionais de Ciência e Aná-lise de dados, com foco em segurança, no que tange aos aspectos relacio-nais e de comunicação.

• Desenvolvimento de sistemas que já incluam a preocupação com a segu-rança (security thinking).

• Ênfase na segurança da informação na nuvem.

Big data e Data Science

• Desenvolvimento de tecnologia para alto processamento de dados (super-computadores).

• Desenvolvimento de softwares e de soluções pautadas na análise e geren-ciamentos de grande volume de dados estruturados e não estruturados, proporcionando ganhos na modelagem e na velocidade do desenvolvi-mento e dos testes.

• Fortalecimento da cultura de dados nas empresas e crescimento da de-manda por engenheiros e cientistas de dados.

Inteligência artifi cial (IA)

• Adoção da IA em sistemas de negócios e aplicativos de tomada de decisão.

• Ampliação do uso de modelos analíticos, permitindo que as máquinas tomem decisões e façam previsões baseadas em análise de dados, pro-porcionando diferencial competitivo para o negócio, serviço ou produto (machine learning).

• Uso de sistemas de programação cognitiva para diferentes fi nalidades (ex.: Watson, da IBM).

• Interfaces com sistemas inteligentes em áreas como entretenimento, aprendizado infantil e objetos de casa.

• Integração de IA em sistemas existentes para melhorar o desempenho e agregar valor (ex.: assistentes digitais e serviços virtuais).

Internet das Coisas (IoT)

• Uso de dispositivos digitais que coletam e transmitem dados pela internet, o que possibilita a simplifi cação e a humanização dos processos.

• Proliferação de telas inteligentes e dispositivos conectados em diversas for-mas, tamanhos e tipos de interação.

• Uso de espelhos tecnológicos para diversas fi nalidades. (ex.: setor de Moda e de Eventos.

• Maior preocupação com segurança, monitoramento e controle das aplica-ções para objetos.


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Otimização da gestão de metodologias e processos

• Busca da inovação centrada nas pessoas por meio de ferramentas como o design thinking, visando integrar as necessidades dos usuários, as possibi-lidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso do negócio.

• Uso de metodologias ágeis para empresas repensarem sua estrutura e seus processos, visando à produtividade (ex.: Management 3.0).

• Fluxos de trabalho empresariais mais efi cientes com a adoção generalizada de dispositivos móveis.

• Desenvolvimento de sistemas full web.

• Formação de equipes multidisciplinares e horizontalização das relações de trabalho.

Comércio 4.0

• Ampliação do uso de novas interfaces de interação e relacionamento com o cliente: Internet das Coisas, inteligência artifi cial, realidade virtual e au-mentada.

• Fortalecimento do atendimento Omnichannel e de plataformas de integra-ção entre lojas físicas, e-commerce e clientes.

• Ferramentas de automação que otimizam o controle de estoque, a expo-sição de produtos, a conexão com clientes e o monitoramento e o enga-jamento da equipe.

• Maior adesão a modelos de negócios orientados pela economia compar-tilhada.

Indústria 4.0

• Maior incorporação de novas tecnologias à indústria tradicional, conectan-do parques fabris às nuvens e a sistemas sensoriais virtuais-físicos, tornan-do os processos industriais mais inteligentes e competitivos.

• Adoção de sistemas ciber-físicos capazes de monitorar, por meio de sen-sores e softwares, um conjunto de dispositivos, máquinas e equipamentos que se comunicam entre si.

• Maior uso de recursos tecnológicos, como análise de big data, computa-ção em nuvem, Internet das Coisas, realidade aumentada e impressão 3D, permitindo trabalhar com um nível mínimo de estoques e conectar vários pontos das cadeias produtivas.

TI verde

• Crescente preocupação com os impactos ambientais das atividades do se-tor de Tecnologia.

• Tecnologias para redução da utilização de carbono nos equipamentos e da emissão de dióxido de carbono (CO2) no processo produtivo.

• Utilização de baterias com uma vida ativa maior que a atual, aliada à utili-zação de baterias padrão para diversos dispositivos móveis.

• Reaproveitamento da energia gerada através do calor produzido pelas má-quinas.

• Redução do lixo eletrônico por meio de novas tecnologias em componen-tes reutilizáveis.

Fonte: análise das respostas dos participantes no Fórum Setorial Informática.


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Comportamentos esperadosA forma de se comportar no ambiente de trabalho é um fator que, em menor ou maior grau, associa-se aos resultados que as empresas buscam alcançar. Assim, espera-se dos trabalhadores comportamentos e atitudes condizentes com o ambiente organizacional em que realizam suas funções.

O Quadro 2, a seguir, apresenta os comportamentos esperados, característicos do Segmen-to Informática, independentemente da ocupação.

Quadro 2 – Comportamentos gerais esperados no Segmento Informática

1. Atitude colaborativa com membros da equipe, parceiros e clientes.

2. Atitude empreendedora.

3. Atitude sustentável, visando ao bem-estar coletivo, tendo por base as dimensões ambiental, social e econômica.

4. Colaboração no desenvolvimento do trabalho em equipe.

5. Comportamento ético referente às informações de sistemas e clientes, com sigilo, autenticidade e integridade no tratamento de dados.

6. Comportamento investigativo.

7. Comunicação assertiva.

8. Cordialidade na interação com a equipe de trabalho e no relacionamento com o cliente.

9. Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

10. Mediação de confl itos.

11. Postura profi ssional no ambiente de trabalho.

12. Proatividade com visão sistêmica no desenvolvimento das atividades profi ssionais.

13. Respeito aos direitos de propriedade intelectual.

14. Respeito aos limites de atuação profi ssional.

15. Senso crítico frente ao processo de trabalho.

16. Zelo pela higiene, limpeza e conservação dos equipamentos, instrumentos e ferramentas.

17. Atendimento a prazos, metas e cobranças no ambiente de trabalho.

Fonte: Gerência de Desenvolvimento Educacional


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Análise das macrofunções No momento anterior ao Fórum, durante o levantamento das informações sobre o Seg-mento Informática no Brasil, foram identifi cadas 44 ocupações e 110 funções para o seg-mento. As ocupações, com suas respectivas funções, foram, então, organizadas em quatro macrofunções, a saber: I) Realizar suporte, manutenção e reparo de sistemas operacionais, softwares, equipamentos e periféricos; II) Analisar sistemas, recursos e serviços em Tecno-logias da Informação; III) Desenvolver, programar, desenhar e apoiar sistemas, aplicativos e interfaces informatizadas, e; IV) Administrar e coordenar tecnologias, projetos, sistemas e serviços de informática.

Essas macrofunções, por sua vez, deram nome às mesas temáticas nas quais os convida-dos se revezaram em duas sessões de debates, de oito horas cada. Durante o debate, no momento de realização do Fórum, foram feitas aos participantes questões investigativas sobre o perfi l dos profi ssionais atuantes em suas empresas, ressaltando-se a forma como desempenham as atividades, bem como os respectivos comportamentos esperados no am-biente de trabalho, os conhecimentos necessários ao exercício laboral e as perspectivas de formação complementar. Ainda durante o debate, as respostas foram confrontadas às fun-ções e ocupações previamente levantadas. Essa dinâmica resultou em uma ampla massa de informações e dados coletados pela Comissão Técnica de Trabalho.

Após a realização do Fórum, a Comissão Técnica de Trabalho categorizou, analisou e inter-pretou as informações coletadas, tendo por metodologia duas dimensões de análise dos fazeres profi ssionais do Segmento Informática:

análise das ocupações (quem realiza os fazeres): visa identifi car quais ocu-pações são representativas no âmbito de cada macrofunção, estabelecendo relações entre a nomenclatura usual das ocupações no mercado, formação necessária, perfi l profi ssional, detalhamento dos conhecimentos neces-sários e comportamentos específi cos de cada ocupação;

análise das funções (como são realizados os fazeres): objetiva detalhar o modo de realizar os fazeres profi ssionais, considerando o contexto de trabalho, os processos envolvidos, os produtos resultantes das práticas pro-fi ssionais e os diferentes graus de difi culdade e complexidade envolvidos na realização dos fazeres.

Com essa dupla perspectiva de análise, foi possível investigar a complexa dinâmica entre ocu-pações e funções do Segmento Informática, identifi cando-se perfi s profi ssionais e interseções entre os fazeres. Para tanto, partiu-se da premissa que, no mundo do trabalho contemporâ-neo, as funções, muitas vezes, perpassam diversas ocupações de um segmento, ou seja, são realizadas de forma semelhante por diferentes profi ssionais em diversos contextos.

Com a utilização desse método de análise das informações coletadas no Fórum, além da identifi cação e detalhamento das funções de cada ocupação, também foi possível relacio-nar os fazeres entre as ocupações, tendo por parâmetros a natureza desses fazeres, sua


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complexidade, contexto e processos envolvidos, categorizando as funções de acordo com a variação entre as ocupações do segmento.

Assim, após a análise das informações coletadas no Fórum Setorial Informática, chegou-se à proposição de 41 ocupações e 116 funções, conforme o Quadro 3, a seguir.

Quadro 3 – Lista de ocupações identifi cadas no Fórum Setorial Informática

Lista de ocupações

1. Administrador de banco de dados (DBA)

2. Administrador de redes de computadores

3. Administrador de sistemas

4. Analista de governança de TI

5. Analista de infraestrutura de TI

6. Analista de qualidade

7. Analista de redes de computadores

8. Analista de requisitos

9. Analista de segurança da informação

10. Analista de sistemas

11. Analista de suporte

12. Analista de testes (Tester)

13. Analista desenvolvedor

14. Analista DevOps

15. Animador

16. Arquiteto de infraestrutura de TI

17. Arquiteto de sistemas

18. Arquiteto de soluções

19. Artista 2D

20. Artista 3D

21. Chief information offi cer (CIO)

22. Cientista de dados

23. Coordenador de projetos de TI

24. Coordenador de suporte

25. Desenvolvedor front end

26. Desenvolvedor full stack

27. Designer de interação

28. Designer de interface

29. Editor de vídeos

30. Game designer

31. Gestor de infraestrutura de TI

32. Gestor de projetos de TI

33. Gestor de segurança da informação

34. Gestor de TI

35. Level designer

36. Programador

37. Programador de games

38. Roteirista de games

39. Sound designer

40. Técnico de suporte

41. Web designer


Das 110 funções mapeadas na etapa pré-fórum e apresentadas aos convidados durante o Fórum, percebeu-se, em alguns cenários, que uma mesma função poderia ser realizada por profi ssionais diferentes. Nesse caso, a nomenclatura das funções foi ajustada de forma a representar o fazer no seu aspecto genérico, tal qual sua realização no mundo do trabalho. Assim, uma ou mais funções estão presentes em ocupações diferentes, inclusive em macro-funções distintas.

Chegou-se à proposição de uma listagem fi nal com 116 funções para o Segmento Informá-tica, organizadas em:

I. funções comuns: são funções que os profi ssionais realizam de forma semelhante, envolvendo processos e procedimentos análogos, podendo ou não ter variação no contexto em que os fazeres são realizados;

II. funções específi cas: agrupam as funções que os profi ssionais realizam de forma específi ca, envolvendo processos, procedimentos e contextos diferenciados.


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Para facilitar a identifi cação dessas funções, foi-lhes atribuída uma ordenação contínua, do 1 ao 116, meramente organizativa, não representando escala de importância ou sequência de realização dos fazeres, e cores distintas, sendo o azul para as funções comuns e a cor la-ranja para as específi cas. As funções estão distribuídas nas ocupações de cada macrofunção do Segmento Informática.

Apresenta-se, a seguir, a análise das macrofunções organizada nos seguintes tópicos:

distribuição dos participantes por sessão de debate: nome dos participantes e suas respectivas organizações e empresas, de acordo com cada sessão, além da identifi cação dos mediadores e observadores;

ocupações identifi cadas: indicadas pelos convidados em cada mesa temática, de forma que algumas foram identifi cadas em mais de uma mesa;

funções identifi cadas distribuídas por categorias: listagem das funções da ma-crofunção em debate, distribuídas nas seguintes categorias:

(1) Administração e otimização de ambientes computacionais;

(2) Atendimento a equipes e clientes;

(3) Codifi cação para tratamento e aplicação de dados;

(4) Concepção e tratamento de elementos digitais;

(5) Desenvolvimento e programação de sistemas;

(6) Manutenção de códigos e dados em ambientes computacionais;

(7) Planejamento e ações de projetos de TI;

(8) Segurança de ambientes computacionais;

análise do debate: narrativa sintética dos debates, com foco nos pontos principais e nas questões identifi cadas durante a realização do Fórum.

Para ver as fi chas completas de cada uma das ocupações, acesse:http://www.dn.senac.br/educacao-profi ssional/foruns-setoriais/segmento-informatica/


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Considerações por macrofunção

Macrofunção 1: Realizar suporte, manutenção e reparo de sistemas operacionais, softwares, equipamentos e periféricos

Debates Participantes

Primeira sessão

Eduardo F. Valverde Digisystem

Felipe Nelson-Smith Perrone Cisco

Thalis Antunes Campus Party

Rodrigo Jonas Fragola Aker

Felipe Ranzani Ex-aluno Senac

Segunda sessão

Allan Pestana Costa Ayoola Soluções Digitais

Maximino Ferreira Pingarilho Jr. Montreal

Gildo Antônio Santos Fecomércio SE

Helio José de Lima Jr. Tecnocopy

Francisco Bezerra Microsoft

Mediadores

Elizabeth Batista de Souza DN

Márcio Roberto Seraggi DR SP

Mauro Sérgio da Silva Diniz DR MA

ObservadoresMarcelo Vicente Freire Alves DR MG

Katya Dias Santos DR SP

Redatora Luciana Rodrigues DR SP

Ocupações identifi cadas

(001) Administrador de banco de dados (DBA)

(002) Administrador de redes de computadores

(005) Analista de infraestrutura de TI

(009) Analista de segurança da informação

(011) Analista de suporte

(016) Arquiteto de infraestrutura de TI

(024) Coordenador de suporte

(031) Gestor de infraestrutura de TI

(034) Gestor de TI

(040) Técnico de suporte


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Funções identifi cadas distribuídas por categorias

Cat. 1) Administração e otimização de ambientes computacionais

C (017) Coordenar e documentar projetos de TI

C (018) Coordenar e documentar rotinas e procedimentos de TI

E (026) Defi nir políticas para softwares de backup e recuperação de dados

C (057) Implementar e confi gurar protocolos em ativos de redes para roteamento e switching

E (064) Implementar sistemas, aplicativos e periféricos

C (066) Implementar telefonia IP (internet protocol)

C (068) Instalar e confi gurar softwares de backup e de recuperação de dados

E (069) Instalar, confi gurar e administrar SGBD (sistema gerenciador de banco de dados)

C (070) Instalar, confi gurar e conectar componentes em infraestrutura física e lógica de TI

C (071) Instalar, confi gurar e monitorar sistemas operacionais

C (081) Monitorar sistemas, aplicativos e equipamentos

C (083) Operar sistemas, aplicativos e equipamentos

Cat. 2) Atendimento a equipes e clientes

E (051) Fornecer suporte técnico a usuários na utilização de softwares e hardwares

C (067) Instalar e confi gurar sistemas, aplicativos e periféricos

E (072) Instalar, confi gurar e realizar manutenção em hardwares

C (073) Instalar, confi gurar e realizar manutenção física de servidores e datacenters

Cat. 7) Planejamento e ações de projetos de TI

C (002) Acompanhar tarefas, prazos, estimativas, status e informar equipes e clientes

C (019) Coordenar e orientar equipes de TI

C (033) Dimensionar e alocar recursos para atendimento a demandas

C (034) Dimensionar recursos humanos, materiais para atendimento a demandas

C (044) Estruturar e implementar políticas de administração e contingência

E (046) Executar projetos de TI

E (089) Planejar a instalação física e lógica da infraestrutura de TI

E (090) Planejar a instalação, confi guração e manutenção física de servidores e datacenter

E (091) Planejar a instalação, confi guração e monitoramento de ativos de redes

E (092) Planejar a instalação, confi guração e monitoramento de sistemas operacionais

E (093) Planejar a manutenção, instalação e confi guração de hardwares

E (100) Planejar rotinas, procedimentos e projetos de TI

E (101) Planejar telefonia IP (internet protocol)


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Cat. 8) Segurança de ambientes computacionais

C (016) Controlar e auditar acessos a sistemas

E (024) Defi nir e monitorar políticas de segurança

C(096) Planejar e implementar criptografi a de dados, certifi cados digitais e segurança em sistemas e equipamentos

C (097) Planejar e implementar segurança física e lógica em servidores

E (113) Responder a incidentes de segurança

Legenda

Categorias de funções cuja natureza dos fazeres envolvidos são similares.

Funções cujos fazeres são comuns entre ocupações distintas.

Funções cujos fazeres são específi cos em ocupações distintas.

A atividade de suporte é de grande relevância para as empresas, já que seus processos estão cada vez mais dependentes das tecnologias da comunicação. Considerando que eventuais problemas podem comprometer a realização das atividades corporativas, é fundamental que as empresas tenham uma área de Suporte e Manutenção responsável por esse proces-so. Verifi cou-se que, no caso de empresas pequenas – sem condições de estruturar uma área de suporte própria –, são realizados contratos com empresas especializadas na presta-ção desse tipo de serviço.

Os profi ssionais identifi cados nessa macrofunção atuam em empresas de diversos portes e com atividades-fi m variadas. No que tange à escolaridade e à necessidade de formação na área, observa-se grande variedade de perfi s profi ssionais. De modo geral, há a exigência crescente de formação superior na área de Tecnologia da Informação, mas há também grande número de profi ssionais autodidatas, sem a formação profi ssional mínima desejada, contratados por sua experiência.

Vale ressaltar também a exigência cada vez maior de certifi cações específi cas emitidas por empresas de tecnologia para contratação de profi ssionais. Para determinadas ocupações, as certifi cações são mais relevantes que as formações profi ssionais generalistas. Certifi cações como ITIL, Cobit, ISO 20000 ou ISO 27000, por exemplo, são mais valorizadas pelas empre-sas contratantes que a formação em curso técnico ou tecnológico em Suporte e Manuten-ção de computadores.

Várias ocupações citadas durante o debate não possuem atuação específi ca nessa macro-função, sendo associadas também às funções de outras macrofunções. Em contraponto, a atuação do Técnico em suporte e do Analista de suporte são bastante específi cas no contexto desta macrofunção, pois são fundamentais para a composição das equipes de Suporte e Manutenção.

O Técnico de suporte foi apontado como uma ocupação de base, característica de início de carreira. Trata-se do profi ssional que vai a campo e atende às demandas de rotina da área. Sendo considerado o profi ssional-chave da área de Manutenção, ele exerce suas funções de


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acordo com os conhecimentos técnicos que possui sobre os recursos e os equipamentos. De modo geral, exige-se como formação mínima Ensino Médio completo e formação técnica em Informática ou em Suporte e Manutenção.

Já o Analista de suporte, apesar de também realizar atendimentos ao usuário, costuma atender a demandas mais complexas, relacionadas à implementação de novos processos ou, ainda, que exijam conhecimentos especializados. Em muitos casos, o Analista de suporte não é contratado diretamente, pois tende a ser uma ocupação subsequente no itinerário profi ssional do Técnico em suporte na própria empresa.

Ao Coordenador de suporte compete orientar e acompanhar as atividades realizadas pelos técnicos e analistas que atuam na área. Esse perfi l destaca-se pela exigência de habilidades relacionadas à gestão de pessoas e processos, lembrando que a necessidade de contratação dessa fi gura profi ssional depende do porte da empresa.

Além das considerações sobre as ocupações, os participantes do Fórum sinalizaram que as tendências em Tecnologia da Informação avançam rapidamente na área de Manutenção e Suporte, principalmente em processos de integração entre ser humano e tecnologias e na integração de pessoas e equipes para a resoluções de problemas.

Por fi m, dentre todos os comportamentos considerados importantes para o exercício das ocupações dessa macrofunção, o grupo destacou a empatia, o respeito à propriedade inte-lectual, o comportamento investigativo e o sigilo e integridade no tratamento de dados e informações de sistemas e clientes.

O planejamento compartilhado e o trabalho em equipe têm sido os pilares na constituição de grupos multidisciplinares, sendo essa prática cada vez mais

necessária no segmento de TI.

Há de se pensar em um estilo de gestão diferenciado para lidar com os jovens que atuam na área de Suporte, pois o modelo de gestão atual não prevê for-

mas de liderança e de motivação para equipes com esse perfi l.

Macrofunção 2: Analisar sistemas, recursos e serviços em Tecnologias da Informação


Primeira sessão

Benedito Alberto Macedo C.E.S.A.R. – Porto Digital

Francisco Bezerra Microsoft

Giovanni Comunello Jr IT Invent

Paloma Fernanda Napoleão Frias Ayoola Soluções Digitais

Tanara Bragança Leal DB Server

Tatiane Padilha da Silva M.T.E.


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Segunda sessão

Eduardo F. Valverde Digi System

Felipe Nelson-Smith Perrone CISCO

Luciano Pitrez Colares Assespro

Marcos Serafi m de Andrade Núcleo Digital

Thalis Antunes Campus Party

Marcelo José Szewczyk IBM

MediadoresVictor Zucarino DN

Denio Augusto Camargos Negrão DR DF

ObservadoresFernanda Aparecida Yamamoto DR SP

Maria Leuda de Oliveira Lima DR MA

Redator Alex de Lima Cabral DR SP



(003) Administrador de sistemas

(005) Analista de infraestrutura de TI

(006) Analista de qualidade

(008) Analista de requisitos


(010) Analista de sistemas

(012) Analista de testes (Tester)

(014) Analista DevOps


(018) Arquiteto de soluções

(022) Cientista de dados

(024) Coordenador de suporte

(031) Gestor de infraestrutura de TI

(034) Gestor de TI



C (003) Administrar ambientes computacionais

E (007) Analisar e documentar projetos, procedimentos, confi gurações e rotinas

C (009) Apresentar informações estratégicas para apoiar tomadas de decisão

C (017) Coordenar e documentar projetos de TI


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C (018) Coordenar e documentar rotinas e procedimentos de TI

C (043) Estabelecer padrões de confi guração e parametrização

E (063) Implementar projetos, processos e rotinas de TI

E (065) Implementar soluções informatizadas em cloud computing

C (068) Instalar e confi gurar softwares de backup e de recuperação de dados

C (070) Instalar, confi gurar e conectar componentes em infraestrutura física e lógica de TI

C (074) Mapear processos computacionais

C (083) Operar sistemas, aplicativos e equipamentos

E (086) Otimizar a performance de sistemas

C (116) Virtualizar sistemas operacionais, programas e recursos computacionais



C (067) Instalar e confi gurar sistemas, aplicativos e periféricos

Cat. 3) Codifi cação para tratamento e aplicação de dados

C (010) Assegurar a integridade, disponibilidade e a confi dencialidade de dados

E (011) Assegurar a qualidade de dados

C (013) Codifi car rotinas para carga de dados em repositórios

E (022) Criar modelos matemáticos

C (049) Formular cenários estatísticos para hipóteses de resolução e análise de resultados

E (061) Implementar metadados

E (115) Tratar metadados

Cat. 5) Desenvolvimento e programação de sistemas

E (030) Desenvolver e programar sistemas e serviços

Cat. 6) Manutenção de códigos e dados em ambientes computacionais

C (045) Executar e monitorar rotinas para carga de dados em repositórios

C (056) Identifi car e analisar problemas em códigos e dados

C (075) Migrar dados entre repositórios

C (076) Modelar dados para sistemas e processos informatizados


C (008) Analisar recursos e necessidades para cloud computing

E (035) Dimensionar requisitos e funcionalidades de sistemas e serviços

C (039) Elaborar estratégias de políticas de TI

C (041) Especifi car arquitetura de sistemas e serviços

E (082) Oferecer soluções para problemas e necessidades em ambientes informatizados

C (088) Pesquisar tecnologias em informática


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E (077) Monitorar a segurança física e lógica do ambiente computacional

C (078) Monitorar níveis de acesso a serviços em sistemas

C(096) Planejar e implementar criptografi a de dados, certifi cados digitais e segurança em sistemas e equipamentos

Legenda




As atividades relacionadas aos processos de análise de recursos e sistemas da Tecnologia da Informação (TI) são de grande relevância para as empresas. São os profi ssionais dessa área que lidam com as adversidades dos cenários tecnológicos e oferecem soluções para os pro-blemas relacionados ao uso de sistemas e serviços de informação na empresa.

Os profi ssionais identifi cados nessa macrofunção atuam em empresas públicas ou privadas de pequeno, médio e grande porte, com atividades-fi m variadas. Os profi ssionais podem ser contratados pela própria empresa ou prestar serviços de consultoria especializada. Essas características podem ter impacto diretamente no exercício das funções, de acordo com o ambiente tecnológico disponível, as relações hierárquicas estabelecidas e os modos de atendimento aos usuários. Dessa forma, em uma empresa de grande porte, há ocupações que abarcam funções específi cas e responsabilidades bem defi nidas, ao passo que, em uma empresa de menor porte, um profi ssional que exerce a mesma ocupação pode responder por maior número de funções e atuar em diversas frentes de trabalho. Quando esses pro-fi ssionais são contratados como consultores autônomos para prestação de serviços, podem assumir funções bastante variadas, de acordo com o cargo e conforme a dimensão do projeto a ser executado.

No que tange à escolaridade e à necessidade de formação profi ssional específi ca, obser-va-se maior incidência de perfi s com nível superior (em andamento ou completo). No en-tanto, houve consenso entre os participantes de que esses perfi s não refl etem exatamente uma exigência de mercado, já que, muitas vezes, são considerados fatores como experiên-cia do profi ssional, saberes comprovados em determinada área de atuação, certifi cados de cursos de Formação Continuada ou especializações atestadas por empresas de tecnologia que oferecem certifi cações para os seus produtos ou serviços. Por exemplo, na primeira rodada de discussões, para o exercício da ocupação Analista de segurança da informa-ção, foi identifi cado como requisito mínimo formação técnica de nível médio completo em Informática; porém, na segunda rodada, foi indicada a exigência de curso superior completo em Sistemas da informação. Em ambos os casos, a experiência profi ssional e a capacidade de realizar cálculos complexos e processos de codifi cação são de grande valia para a contratação desse profi ssional.


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Na primeira rodada, foram indicadas como ocupações Líder técnico e Gerente de projetos. Contudo, durante o trabalho de associação das funções com as ocupações, os participantes chegaram à conclusão de que não se trata de ocupações; mas sim, de cargos, pois dife-rentes profi ssionais da área podem assumir essas posições para a execução de um projeto. Como exemplo, citaram que um Analista de sistemas pode atuar como Líder técnico du-rante a implementação de determinado sistema para cumprir as atribuições desse cargo. A ocupação Programador também foi inicialmente identifi cada nessa mesa, mas foi excluída por pertencer à outra macrofunção e apresentar atuação específi ca no desenvolvimento ou na programação de sistemas diversos. Um ponto a se considerar é que há ocupações iden-tifi cadas nessa macrofunção que contemplam também funções de outras Mesas Temáticas. São elas: Administrador de bancos de dados (DBA), Analista de segurança da informação, Analista de sistemas, Arquiteto de infraestrutura, Administrador de sistemas, Cientista de dados e Analista de DevOps.

O Fórum sinalizou que as principais tendências de TI para processos e análises de recursos e sistemas visam integrar o ser humano com as tecnologias emergentes. No decorrer dos debates, o aspecto “integração” teve destaque nas falas dos participantes, sobretudo no que diz respeito à resolução de problemas. Dentre as tendências observadas, tiveram maior relevância aquelas relacionadas à segurança da informação, computação em nuvem (cloud computing), inteligência artifi cial, internet das coisas (IoT), ferramentas avançadas para ad-ministração e monitoramento de sistemas.

Com relação aos comportamentos elencados e considerados mais importantes para os pro-fi ssionais dessa macrofunção, o grupo destacou: comportamento ético referente às infor-mações de sistemas e clientes, com sigilo, autenticidade e integridade no tratamento de dados e informações de sistemas e clientes; comportamento investigativo; proatividade com visão sistêmica no desenvolvimento das atividades profi ssionais; senso crítico frente ao pro-cesso de trabalho; cordialidade na interação com a equipe de trabalho e no relacionamento com o cliente; e comunicação assertiva.

Nas diversas áreas de TI, a inteligência emocional é tão importante quanto a experiência e qualifi cação dos profi ssionais, sendo considerada um diferencial

no processo de atendimento aos clientes.

Atualmente, é cada vez mais comum a convergência de funções desempenha-das pelos profi ssionais de TI. No processo de desenvolvimento de projetos,

a equipe participa de todas as fases, mapeando colaborativamente os riscos, defi nindo os planos de atuação e realizando as ações necessárias.


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Macrofunção 3: Desenvolver, programar, desenhar e apoiar sistemas, aplicativos e interfaces informatizadas


Primeira sessão

Marcos Serafi m de Andrade Núcleo Digital

Maximino Ferreira Pingarilho Jr Montreal

Carlos Henrique Pires Idiart Adjogos

Walter dos Santos Oliveira Jr Interceleri

Segunda sessão


Felipe Ranzoni de Luca Ex-aluno Senac

Giovanni Comunello Jr Itivent

Benedito Alberto Macedo C.E.S.A.R.

Allan Pestana Costa Ayoola Soluções Digitais

Tatiana Padilha da Silva MTE

Mediadores

Daniela Pessanha Teixeira DN

José Augusto Monteiro Viana DR PA

Patrícia Consolini da Silva DR RS

Observadores Richard Martelli DR SP

Redatora Ligia Quintino de Oliveira DR SP




(003) Administrador de sistemas



(012) Analista de testes (Tester)

(013) Analista desenvolvedor

(014) Analista DevOps

(015) Animador

(017) Arquiteto de sistemas

(019) Artista 2D

(020) Artista 3D

(025) Desenvolvedor front end

(026) Desenvolvedor full stack

(027) Designer de interação


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(028) Designer de interface

(029) Editor de vídeos

(030) Game designer

(032) Gestor de projetos de TI

(034) Gestor de TI

(035) Level designer

(036) Programador

(037) Programador de games

(038) Roteirista de games

(039) Sound designer

(040) Técnico de suporte

(041) Web designer



E (007) Analisar e documentar projetos, procedimentos, confi gurações e rotinas

E (027) Defi nir recursos para hospedagem de sistemas e sites

C (028) Desenvolver e integrar sistemas e aplicativos

E (055) Gerenciar qualidade

C (062) Implementar objetos, transações e estruturas em bases de dados

E (069) Instalar, confi gurar e administrar SGBD (sistema gerenciador de banco de dados)

E (079) Monitorar o desempenho dos recursos de TI

E (105) Publicar sistemas e aplicativos na web

C (112) Realizar testes de funcionamento


E (050) Fornecer suporte técnico a áreas de TI


Cat. 4) Concepção e tratamento de elementos digitais

C (006) Analisar conceitos e tendências de design

E (015) Construir personas, jornada do usuário, diagrama de afi nidades e mapa de empatia

C (020) Criar animações interativas

E (021) Criar e modelar em 3D

C (023) Criar storytelling e roteiros para os jogos digitais

C (029) Desenvolver e manipular imagens

E (032) Desenvolver, confi gurar e manipular elementos multimídias


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E (048) Finalizar, renderizar e publicar elementos gráfi cos

C (084) Organizar e produzir efeitos para áudio

C (085) Organizar e produzir efeitos para vídeo

C (099) Planejar níveis de difi culdade em jogos

C (106) Realizar análise comportamental do usuário


C (012) Auxiliar na automação dos processos de build e deploy dos aplicativos

E (031) Desenvolver interfaces gráfi cas

E (060) Implementar interfaces gráfi cas para aplicação

C (114) Selecionar metodologias, ferramentas e padrões de desenvolvimento de sistemas

Cat. 6) Manutenção de códigos e dados em ambientes computacionais

C (058) Implementar e controlar versões de arquivos em repositórios

C (110) Realizar manutenção na codifi cação de sistemas e aplicações


E (040) Elicitar requisitos de TI

C (042) Especifi car arquitetura de software

E (095) Planejar e implementar a gestão de alta disponibilidade e de protocolos de redundância

E (098) Planejar etapas, ações e defi nir fl uxo de trabalho

E (103) Planejar, implementar e manter infraestrutura de redes

C (104) Provisionar ambientes virtuais locais, servidores físicos e em cloud computing


E (053) Gerenciar ambientes de risco

Legenda




O crescimento exponencial das novas tecnologias está mudando a estrutura das organiza-ções de diversos setores da Economia. Esse cenário exige profi ssionais qualifi cados para atu-ar em desenvolvimento, programação, desenho e apoio a sistemas, aplicativos e interfaces informatizadas em empresas e organizações. Nesse contexto, os profi ssionais identifi cados no escopo dessa macrofunção podem desempenhar suas funções em empresas de diferen-tes portes, com atividades-fi m diversifi cadas.

Nas empresas de maior porte, o trabalho geralmente é distribuído entre diferentes profi s-sionais, já que as funções são realizadas de acordo com o perfi l da ocupação. No caso de empresas menores, há maior concentração de funções por profi ssional pelo número redu-zido de empregados.


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O grupo ressaltou que as ocupações dessa Mesa Temática exigem constante atualização e acompanhamento das tendências tecnológicas e mercadológicas, já que novos dispositivos e linguagens computacionais são lançados em curto espaço de tempo, tornando obsoletos diversos conhecimentos. Essa característica de permanente transformação refl ete-se não so-mente no escopo das funções, mas também nas próprias ocupações, visto que algumas des-sas ocupações deixam de ser demandadas e são substituídas por novos perfi s profi ssionais.

Para contratação, as ocupações associadas à área de desenvolvimento de TI têm como exi-gência maior nível de escolaridade. A escolaridade mínima exigida para esses profi ssionais é estar cursando graduação, mas para atuar como Gestor de projetos de TI, Arquiteto de sistemas e DBA exige-se, além do nível superior completo, pós-graduação. O Web desig-ner e o Técnico em suporte são exceções, pois costumam ser contratados com o Ensino Médio completo.

De acordo com os participantes, o Programador costuma ser a ocupação inicial da área, podendo, em alguns casos, ser contratado sem escolaridade mínima (cursando o Ensino Médio). Como a programação está na base das atividades de desenvolvimento em TI, os profi ssionais que ingressam nas empresas como programadores se especializam no decor-rer do exercício profi ssional e, ao alcançarem novos níveis de formação, vão assumindo outras ocupações na área. O Programador pode também assumir novos cargos, de acordo com a experiência, podendo coordenar as atividades de uma equipe de programadores na empresa.

Os participantes afi rmaram que, como o Programador responde por uma parte muito es-pecífi ca do processo, é importante que compreenda o seu papel no desenvolvimento do software e o modelo de negócio que orienta a empresa, já que a visão holística facilita o trabalho da equipe.

Foi destacado também que, com o advento da Internet das Coisas (IoT), passou-se a exigir do Programador especial atenção na interconexão dos sistemas, na capacidade de proces-samento e armazenamento dos dados e na arquitetura do hardware adequada ao novo sistema. Por fi m, mais importante que conhecer várias linguagens, é fundamental para o Programador o domínio da estrutura dos dados e algoritmos.

Outro profi ssional de destaque é o Arquiteto de sistemas. Presente em empresas de gran-de porte, apresenta experiência sólida em programação e é responsável pela coordenação técnica dos Programadores. Sua principal atribuição é a concepção, o desenho e o desen-volvimento da arquitetura de sistemas computacionais. Além disso, quando detectada uma falha sistêmica pelos usuários ou pelas equipes de TI, cabe a esse profi ssional analisar e encaminhar o problema aos Programadores para tratamento e solução.

Observa-se nessa área o surgimento de novas ocupações que se caracterizam, principal-mente, pela junção dos fazeres de ocupações distintas. Estão nessa categoria o Analista desenvolvedor e o Desenvolvedor full stack. O primeiro executa tanto funções de Progra-mador como de Analista de sistemas. Já o segundo é um profi ssional novo no mercado de trabalho que condensa as funções dos Desenvolvedores front end e back end. Dessa forma, é de sua responsabilidade conhecer todos os processos para acompanhar a execução do


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projeto do início ao fi m, atuando pontualmente quando necessário. Atua tanto no escopo tecnológico do cliente como em sistemas e servidores. Outra ocupação que vem ganhan-do espaço no mercado pelo avanço da inteligência artifi cial é o Designer de interface. Responsável pelas interfaces comunicacionais, está entre suas competências apresentar a melhor experiência para o usuário por meio da interface gráfi ca, além de incorporar ele-mentos comportamentais aos projetos com base na análise das respostas do usuário. Esse profi ssional trabalha com o Designer de interação, cuja atuação está mais direcionada aos aspectos de navegabilidade.

Segundo os participantes, as seguintes ocupações tendem a deixar de existir ao longo dos anos: Web designer, Analista de sistemas e Administrador de sistemas. Com relação ao Web designer, foi ponderado que, como esse profi ssional não realiza programação e geralmente atua na parte estática da plataforma utilizada pelos sites, é possível que suas funções sejam absorvidas pelo Desenvolvedor front end, pois, além de fazer a parte de design dos sites, faz também a programação. Sobre o Analista de sistemas, afi rmaram que, embora ainda esteja muito presente nas empresas, suas funções estão sendo, aos poucos, distribuídas e absorvidas por outros profi ssionais. Situação semelhante ocorreu com o Administrador de sistemas, que já não é usualmente contratado.

Apesar de os participantes terem identifi cado algumas funções relacionadas ao Designer gráfi co, o grupo não considerou essa ocupação da área de TI. Assim sendo, optaram por retirar a ocupação da listagem.

Dentre as ocupações identifi cadas na macrofunção, 10 atuam exclusivamente no desen-volvimento de Games. Os participantes consideraram que a maior parte dessas ocupações requer conhecimentos aprofundados de Design, o que extrapola a área de desenvolvimento de TI. Nesse sentido, apesar de utilizarem as ferramentas de TI, essas ocupações estão mais próximas do eixo tecnológico Produção Cultural e Design, como é o caso das ocupações Ar-tista 2D e Artista 3D. As exceções seriam o Programador de games e o Game designer, para os quais o domínio de programação é essencial. Foi ressaltado que o Game designer pode realizar funções de planejamento e gestão de projetos em algumas empresas. Portanto, a arte e a programação são fazeres distintos e demandam formações diferenciadas.

Para as ocupações relacionadas ao desenvolvimento de games, também é possível a contra-tação de profi ssionais que tenham o Ensino Médio completo. As exceções fi cam por conta do Level designer e do Game designer, que precisam estar cursando graduação.

Outra característica dessa área é a demanda por profi ssionais de outras áreas para atuar em funções específi cas, como o Sound designer, que surgiu para conceber e desenvolver a so-norização dos jogos. Dessa forma, há uma separação de fazeres relativos ao áudio e ao vídeo do game, sendo necessário um profi ssional para cada processo. Essa separação não ocorre, por exemplo, em publicidade, na qual um mesmo profi ssional pode realizar ambos processos.

De maneira geral, o domínio da lógica de programação é um diferencial para qualquer profi ssional que deseja trabalhar com desenvolvimento em TI. Outro ponto ressaltado diz respeito à globalização da demanda por codifi cação nas diversas linguagens de programação, até mesmo por profi ssionais especializados nas linguagens mais antigas e ainda presentes


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em algumas empresas, rompendo fronteiras e unifi cando o trabalho em equipe entre países. Assim, espera-se que o profi ssional, além dos conhecimentos específi cos da área, tenha inglês avançado ou, no mínimo, intermediário, já que o inglês instrumental não é mais sufi ciente.

Com relação aos comportamentos esperados dos profi ssionais que atuam nessa macrofun-ção, foi dado destaque à questão do respeito aos direitos de propriedade intelectual. Os demais comportamentos considerados importantes são: autonomia, habilidade em resolver problemas, criatividade e dinamismo na proposição de soluções e senso de prioridade. Ser autodidata e estar disposto a aprender sempre foram também características sinalizadas pelo grupo, pois consideram mais importante a capacidade de aprender que o conheci-mento de alguma linguagem específi ca. Esses atributos apontam para a necessidade de profi ssionais com certo nível de maturidade emocional.

Durante as discussões realizadas nas rodadas 1 e 2 da Mesa Temática 3, surgiu a oportu-nidade de conhecermos não apenas as ocupações e as funções do Segmento Informática pertinentes ao mundo dos jogos eletrônicos – games – mas, também, outras igualmente interessantes e que participam do processo de criação desses jogos.

Trata-se de um nicho de mercado em exponencial crescimento de adeptos, demandando, assim, profi ssionais qualifi cados não só no Brasil, mas em âmbito mundial. Dessa forma, re-quer importante atenção do Senac para o aprimoramento da oferta de títulos aderentes às necessidades das empresas especializadas. Diante de tal realidade, consideramos pertinente incluir os registros obtidos sobre o tema neste Mapa Funcional.

A distribuição global das equipes faz que as pessoas precisem aprender a con-viver e respeitar culturas diferentes.

A inteligência artifi cial permite que os sistemas apresentem aspectos compor-tamentais, fazendo que os profi ssionais se dediquem ao estudo do comporta-

mento humano e à incorporação desses conhecimentos aos projetos.

Macrofunção 4: Administrar e coordenar tecnologias, projetos, sistemas e serviços de Informática


Primeirasessão

Luciano Pitrez Colares Assespro

Valter Farias IBM

Hélio José de Lima Jr. Tecnocopy

Pablo Jean Pimentel Soares STI e TV UFPB

Gildo Antônio Santos Fecomércio SE


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Segundasessão

Marcos Vilela Sindinformática


Tanara Bragança Leal DB Observer

Paloma Fernanda Frias Ayoola Soluções Digitais

Daniel Reis IBM

Rodrigo Jonas Fragola Aker

Mediadores

Thabata Franco de Oliveira DN

Jonas Tasca DR SC

Ozeas Vieira Santana Filho DR SP

Observadora Maria Leuda de Oliveira Lima DR MA

Redatora Cláudia Valéria do Nascimento DR SP

(Código) Ocupação



(004) Analista de governança de TI

(007) Analista de redes de computadores





(017) Arquiteto de sistemas

(021) Chief information offi cer (CIO)

(023) Coordenador de projetos de TI

(032) Gestor de projetos de TI

(033) Gestor de segurança da informação

(034) Gestor de TI



C (004) Administrar redes de computadores LAN (local area network) e WAN (wide area network)

C (005) Aferir nível de qualidade proposto para sistemas, serviços e aplicativos

C (036) Documentar estrutura de sistemas e serviços

C (037) Elaborar e desenhar arquitetura física de redes de computadores

C (038) Elaborar e desenhar arquitetura lógica de sistemas computacionais

E (054) Gerenciar níveis de serviços - SLA (service level agreement)

E (063) Implementar projetos, processos e rotinas de TI

E (079) Monitorar o desempenho dos recursos de TI


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C (080) Monitorar sistemas operacionais e serviços em rede

Cat. 3) Codifi cação para tratamento e aplicação de dados

E (111) Realizar modularização para integração de sistemas


C (052) Gerar protótipos, modelos e MVP (minimum viable product)


C (001) Acompanhar e avaliar projetos de TI

C (014) Construir e justifi car projetos de TI

C (025) Defi nir políticas organizacionais de TI

C (039) Elaborar estratégias de políticas de TI

E (046) Executar projetos de TI

C (047) Finalizar projetos de TI

E (059) Implementar e gerir estratégias de políticas de TI

C (087) Padronizar e desenhar processos e rotinas de TI

E (094) Planejar e elaborar projetos de TI

C (107) Realizar análise da relação custo-benefício para atendimento a requisitos

C (108) Realizar análise de alto nível em requisitos de sistemas e serviços

Legenda




A Mesa Temática 4 concentra as funções relacionadas à coordenação e à gestão de TI nas empresas, tendo em vista mapear as ocupações que lidam com o gerenciamento de pessoas, projetos, processos, atividades, recursos tecnológicos, fi nanceiros e materiais.

Considerando que as funções dessa Mesa Temática referem-se a ações profi ssionais que podem ser assumidas por profi ssionais de diferentes ocupações, foram indicadas pelos par-ticipantes as principais ocupações com maior aderência às funções de responsabilidades táticas, de acordo com a complexidade do processo e das funções descritas no plano de cargos e salários de cada empresa.

O porte da empresa foi um fator que, inicialmente, exigiu do grupo maior tempo de análise para identifi cação das ocupações, pois, em grandes empresas, as funções e responsabilida-des dos postos de liderança costumam ser bem defi nidas, ao passo que, em uma empresa de menor porte, o mesmo profi ssional pode ser responsável por maior número de funções. Segundo os participantes, por exemplo, o Gerente de TI em empresas de pequeno porte pode assumir também funções de governança.


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Das 26 funções apresentadas, os participantes propuseram a reescrita de 11 delas, além de sugerirem a exclusão das funções “determinar impactos e necessidades de usuários ao realizar mudanças em sistemas e serviços” e “monitorar o desempenho dos recursos de re-des”, pois elas não foram atribuídas a nenhuma ocupação dessa Mesa. Sugeriu-se vincular a segunda função com a Mesa Temática 1, que trata das ocupações relacionadas a suporte, manutenção e reparo.

Ao comparar as práticas gerenciais do contexto brasileiro com o que é realizado no exterior, o grupo citou que, em empresas multinacionais, os cargos Gerente de produto e Gerente de mercado não existem nas fi liais do Brasil e que o planejamento de governança e o uso de métricas (ROI) costumam ser atribuições do Analista de risco. Contudo, essa ocupação também não costuma compor os quadros das empresas brasileiras.

Considerando esses aspectos, afi rmaram que PMBOK, na prática, não é sufi ciente para abarcar todos os fatores que devem ser considerados atualmente no processo de tomada de decisões necessárias na gestão de projetos de TI. Nesse contexto, destacou-se a impor-tância dos métodos ágeis como alternativa à gestão tradicional de projetos. Com relação ao cargo de CIO, afi rmaram que, geralmente, é assumido pelo Gerente de infraestrutura, pois os Gerentes de desenvolvimento não costumam ter visibilidade na alta administração.

Ainda sobre a gestão de projetos de TI, valem ressaltar as empresas de grande porte que in-vestem/promovem ações de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de tecnologias. Com a adoção de boas práticas de mercado, visam otimizar a gestão do conhecimento em TI a fi m de tratar, por exemplo, do grande número de bens intangíveis obtidos a partir das patentes registradas, que podem ultrapassar 100 (cem) ao ano, conforme relato de alguns participantes.

Sobre a formação dos profi ssionais, afi rmaram que os cursos superiores de TI deveriam ter um formato parecido com os cursos de Medicina: uma formação geral e, ao término do curso, o aluno poderia eleger uma área de especialização. De acordo com o grupo, essa sugestão se justifi ca porque os cursos de nível superior são muito direcionados por área, o que difi culta a contratação e a formação continuada realizada pelas empresas.

Com relação ao Arquiteto de sistemas, buscam contratar profi ssionais que tenham bastante experiência em programação. Já para contratar Analista de requisitos, costumam exigir só-lida experiência em desenvolvimento de sistemas.

No que se referem ao panorama do setor e às mudanças que ocorreram nos últimos anos, os participantes comentaram que a gestão de TI era tradicionalmente assumida por profi s-sionais da área com bastante experiência, mas, nos últimos anos, tem sido cada vez mais delegada a profi ssionais formados na área de Administração. Outra mudança apontada pelo grupo foi que, se antes o Departamento de TI era responsável pelos serviços e recursos de Informática de uma organização, agora passou a ser visto como unidade departamental prestadora de serviços, sendo seus recursos considerados ferramentas de trabalho.

Todas essas mudanças na posição organizacional da TI alteraram sua forma de atuação, já que a autonomia para propor e criar soluções tecnológicas para os diferentes setores foi substituída pela tarefa de implementar e acompanhar sistemas e ferramentas tecnológicas


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previamente adquiridas pelos demais setores. De acordo com os participantes, as soluções podem ser contratadas pelos próprios setores, por meio de aplicativos ou canais digitais, sem ter de passar previamente pelo setor de TI. Em síntese, hoje os sistemas são “apresen-tados” para a TI implantar. Os profi ssionais não concebem, não desenvolvem, tampouco são consultados sobre a adequação das ferramentas para atendimento das necessidades da empresa.

Outro ponto de destaque é a tendência de migração para o cloud, já que os investimentos em hardware para manter o parque tecnológico atualizado são bastante onerosos e a virtu-alização permite tornar a empresa mais efi ciente e competitiva. Essa mudança acarreta a mi-gração de profi ssionais de área e exige um reposicionamento da TI diante da nova realidade.

As constantes mudanças de tecnologias utilizadas pelas grandes empresas afetam diretamente a área de Segurança, tornando um desafi o formar profi s-

sionais atualizados.

A TI pode se reposicionar nas empresas ao oferecer informações estratégicas para cada setor da empresa: Recursos Humanos, Marketing, Gestão, entre

outras.


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Considerações fi naisO Segmento Informática, conforme exposto neste Mapa Funcional, reforçou a ideia já es-tabelecida de um cenário mercadológico fortemente impactado pela tecnologia. A infor-matização de processos tradicionalmente manuais e a crescente adoção de tecnologias da informação exercem papel fundamental para o sucesso empresarial, estando presentes em todos os tipos de estabelecimentos comerciais, nas mais diversas demandas funcionais dos segmentos de mercado.

Concomitantemente à velocidade da evolução tecnológica, temos a alta especialização de profi ssionais envolvidos na elaboração e na implementação de produtos e serviços, fator determinante que dita o poder de competitividade das empresas. Diante deste cenário, surge a missão do Senac, em âmbito nacional, de capacitar profi ssionais para o mundo do trabalho, não apenas capazes de lidar com os mais diversos desafi os oriundos do referido avanço tecnológico, mas também preparados para enfrentar diversidades de cunho social e comportamental.

Ativamente, durante as discussões propostas, o Fórum elucidou questões sobremaneira desafi antes, que refl etem diretamente no portfólio de cursos oferecido atualmente pela Instituição. Por exemplo, o título Operador de computador, alinhado ao Modelo Pedagó-gico Senac (MPS) – ou seja, que possui Plano de Curso Nacional (PCN) –, mesmo sendo líder de matrículas do eixo tecnológico Informação e Comunicação, não foi reconhecido pelos convidados como uma ocupação no mercado de Informática. Segundo eles, “operar computadores é uma habilidade intrínseca de todas as ocupações da atualidade, indepen-dentemente do segmento ou da área de atuação”. Realmente, somos todos “operadores de computador”, seja um desktop, um laptop, um smartphone, um tablet, um smartwatch ou o painel informatizado do novo eletroeletrônico. Assim, ao lançarmos um olhar peda-gógico para esse título, com foco nos fazeres atribuídos à atuação do profi ssional em um moderno ambiente corporativo, deparamo-nos com a real oportunidade de tratamento das inconsistências curriculares, a fi m de torná-lo mais aderente às demandas mercadológicas.

Em contrapartida, foi observado que a transversalidade do segmento permite uma in-tercessão de ocupações e funções com várias áreas de atuação. O mercado de jogos eletrônicos (Games), em crescente demanda mundial de profi ssionais, possui ocupações que perpassam aquelas pertencentes ao Segmento Informática, como Level designer, De-signer de interface, Roteirista de jogos, dentre outras. Com relação à formação técnica, é lançado um olhar crítico sobretudo à aplicabilidade desse tipo de formação perante as necessidades do mundo do trabalho. Assim como o Operador de computador, o título Técnico em Informática foi tema de discussões durante o evento. Alinhado nacionalmente ao Modelo Pedagógico Senac, esse título foi reconhecido no Segmento Informática como Técnico de suporte, ocupação responsável por abarcar todas as funções e saberes do for-mando no curso Técnico em Informática. Sem dúvida, recebemos importante direcionamen-to sobre como devemos reorganizar os cursos oferecidos pelo Senac e as relações entre eles, culminando em uma dimensão de itinerário formativo/profi ssional modular, com foco nas inovações e nas tendências de mercado, a fi m de atender, de forma dinâmica e inteligente,


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as demandas das empresas, preparando para o mercado profi ssionais capazes de atuar nas mais distintas vertentes ocupacionais.

Observamos, de fato, relevante desafi o entre atender e antecipar as demandas de mercado, a implementação das soluções educacionais, o custo/investimento e, não menos signifi can-te, a velocidade/tempo para garantir um portfólio aderente à realidade profi ssional espera-da pelas empresas. Trata-se de um segmento exigente no que se refere à apresentação de certifi cações específi cas da área de atuação, oferecidas por empresas detentoras de muitas tecnologias utilizadas amplamente em todas as áreas do mercado. Portanto, como agre-gar valor aos cursos oferecidos pelo Senac, a fi m de ter impactos positivos no mercado de Tecnologia da Informação no que tange à contratação de profi ssionais egressos dos cursos Senac?

Para respondermos a esta questão, precisamos observar alguns fatores marcantes do seg-mento, por exemplo, a conexão funcional existente (e exigida pelas empresas) nas equipes de projetos. Relevante também é a questão comportamental dos profi ssionais encontrados de modo geral no mercado, uma necessidade unanimemente apontada pelos convidados durante o Fórum. Nas quatro Mesas Temáticas trabalhadas, foi observada a importância de o Senac formar profi ssionais capazes de atuar em equipes colaborativamente, com pro-atividade e alta capacidade de comunicação (foco principal na escuta efi ciente), a fi m de traduzir claramente as necessidades dos clientes em ofertas de produtos ou serviços.

A ética profi ssional, traduzida principalmente como sigilo perante dados e informações trabalhadas, é eminentemente desejada pelas empresas. Trata-se de característica vital do perfi l das ocupações do Segmento Informática – fruto de um desenvolvimento consisten-te de habilidades socioemocionais fundamentais na perspectiva de atuação dos egressos do Senac. Exemplifi cando tal realidade, abundantes foram os relatos de que “nem sempre o conhecimento técnico, igualmente imprescindível em qualquer ocupação do segmento, é determinante durante o processo de contratação de serviços pelos clientes”. Habilida-des de negociação, de infl uência, a sensibilidade ao enxergar prioridades e difi culdades do cliente com viabilidade de futuros atendimentos, além da confi ança postural transmitida pelo profi ssional, recebem destaque na atribuição de qualidade do ponto de vista de um cliente ou contratante do serviço. Incontestavelmente, este contexto revela considerável evolução da visão mercadológica dos referidos profi ssionais frente às expectativas dos contratantes, que passam a considerar defasadas as atuações passivas ou introspectivas nas múltiplas frentes de trabalho.

Ademais, o tema “Segurança da informação” foi amplamente discutido neste Fórum. Se-gundo os convidados, a segurança (física e lógica) de sistemas e equipamentos não deve ser considerada um conjunto de funções distintas e sob a responsabilidade exclusiva de uma ou outra ocupação. Seu conhecimento e sua capacitação devem permear todos os títulos do Segmento Informática a serem ofertados pelo Senac. Não obstante, nas ocupações es-pecífi cas desta área, como o Analista e o Gestor de segurança da informação, detentoras de conhecimentos e habilidades que traduzem o “fazer” desses profi ssionais no mercado, há consenso de que, diante do estabelecimento de tecnologias como Big Data, Internet das Coisas (IoT) e realidade aumentada, todos os profi ssionais precisam estar familiarizados com os aspectos computacionais que permeiam a segurança da informação. Sem dúvida,


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as referidas ocupações têm recebido notoriedade e crescente demanda, não somente no Segmento Informática, uma vez que a geração, o tráfego, o armazenamento e a utilização dos dados, traduzidos em informações estratégicas, existem praticamente em todos os seg-mentos de mercado, graças às tecnologias implementadas.

Em suma, não podemos negligenciar o fato de que o Segmento Informática representa um mercado de enormes proporções, dinâmico e crescente, no qual as estruturas educacionais atuais rígidas vêm encontrando barreiras distintas para a sua correta aplicação em um am-biente convencional. Portanto, torna-se inevitável pensar nos diversos processos existentes de maneira integrada, modular e dinamicamente conectados, em todos os níveis educacio-nais, em prol do sucesso profi ssional dos nossos egressos no mundo do trabalho. Um norte para esta evolução pode estar na confi guração dos cursos de Qualifi cação Profi ssional deste segmento, balizados em unidades curriculares atraentes ao mercado e passíveis de vínculo com outras unidades de cursos distintos. Neste contexto, temos um direcionamento mais claro para a elaboração de itinerários formativos/profi ssionais que privilegiem a convergên-cia curricular entre os diversos cursos dos três níveis educacionais, refl etindo a realidade plural de níveis de formação exigidas por este mercado e valorizando as experiências profi s-sionais e de formação em ambientes formais e informais.

Com relação ao portfólio Senac, entre os principais cursos ofertados para atendimento ao Segmento Informática, estão as ocupações com maior fl uxo de admissão ao longo do ano de 2016, conforme os dados da RAIS. Cabe a ressalva de que a matrícula em cursos do Senac não depende apenas da oferta realizada pela Instituição, mas, principalmente, da pre-disposição da demanda. Isto é, mesmo que o Senac possua um dado curso em seu portfólio, caso não haja procura, não haverá oferta. Cabe ainda ressaltar a necessidade de se avaliar o quão pertinente se faz a oferta de cursos técnicos cujos perfi s não são reconhecidos pelo mercado. Há de se refl etir sobre o potencial de oferta de títulos com maior aderência ao mundo do trabalho, o que pode ser traduzido na oferta de cursos de formação continuada para profi ssionais que atuam em ocupações atreladas a cursos de qualifi cação profi ssional.

Elaborar um itinerário formativo para o Segmento Informática que alinhe as exigências do mundo do trabalho à oferta educacional, que contemple as expectativas de formação e de crescimento pessoal e profi ssional dos alunos e caminhe ao lado das tendências do segmen-to é, portanto, o grande desafi o que se coloca ao Senac com os resultados contemplados neste Mapa Funcional.


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Fontes consultadasBRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Cadastro geral de empregados e desempregados: CAGED. Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://bi.mte.gov.br>. Acesso em: maio 2017.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relação anual de informações sociais: RAIS. Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://bi.mte.gov.br>. Acesso em: dez. 2017.

IBGE. Classifi cação nacional de atividades econômicas. Rio de Janeiro, 2002.

ORGANIZACIÓN INTERNACIONAL DEL TRABAJO. Equipo de Trabajo Decente y Ofi cina de Países de la OIT para América Central, Haití, Panamá y República Dominicana. Metodologías para la elaboración de normas técnicas, diseños curriculares y evaluaciones por competências laborales. Montes de Oca, 2015. 1 e-book (136 p.). Disponível em: <https://www.oitcinterfor.org/sites/default/fi les/fi le_publicacion/Metodologi%CC%81a%20Competencias%20Laborales%202015.pdf>. Acesso em: ago. 2017.

SENAC. DN. Diretrizes do Modelo Pedagógico Senac 2018. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: <http://www.extranet.senac.br/modelopedagogicosenac/arquivos/Diretrizes_MPS_fi nal_16.05.2018.pdf>. Acesso em: out. 2018.

SENAC. DN. Guia para realização de Fórum Setorial. Rio de Janeiro, 2018.

SENAC. DN. Itinerários formativos: metodologia de construção. Rio de Janeiro, 2005.


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