Mapas e mundos

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Dinis Manuel Alves Dinis Manuel Alves http://www.mediatico.com.pt Mapas e Mundos Mapas e Mundos

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O mundo e as suas representações cartográficas. Distâncias reais e distâncias imaginadas. Representações cartográficas enquanto representações culturais. A polémica em torno do norte geográfico. Os mapas “cinematicamente correctos” e “cinematicamente incorrectos”. Os mapas australianos.Ainda uma breve viagem pelas representações cartográficas do mundo desde a Antiguidade.O mundo em versões estereotipadas, da “Entropa” de David Cerny às provocações de Yanko Tsvetkov.Site oficial de Dinis Manuel Alves: www.mediatico.com.pt Encontre-nos no twitter (www.witter.com/dmpa) e no facebook (www.facebook.com/dinis.alves).Outros sítios de DMA: www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/camarafixa, http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2, http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/3 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , www.mediatico.com.pt/redor/ , www.mediatico.com.pt/fe/ , www.mediatico.com.pt/fitas/ , www.mediatico.com.pt/redor2/, www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , www.mediatico.com.pt/nimas/www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , www.mediatico.com.pt/luanda/, www.slideshare.net/manchete/ , www.slideshare.net/dmpa , www.panoramio.com/user/765637, http://torgaemsms.blogspot.com

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Dinis Manuel AlvesDinis Manuel Alves

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Lisboa – Kingston – 6.858 kms; Lisboa – Fortaleza – 5.608 kms (menos 1.250 kms)

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Lisboa – Kingston – 6.858 kms; Lisboa – Fortaleza – 5.608 kms; Lisboa – Luanda – 5.722 kms (+ 114 kms)

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De Santa Vitória do Palmar, cidade que fica no sul do Brasil, Estado do Rio Grande do Sul, até

Pacaraíma (cidade do Estado de Roraima), são apenas 6.594 kms! (por estrada).

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De Santa Vitória do Palmar, cidade que fica no sul do Brasil, Estado do Rio Grande do Sul, até

Pacaraíma (cidade do Estado de Roraima), são apenas 6.594 kms! (por estrada).

Lisboa-Moscovo por estrada são 5.034 KmsLisboa-Moscovo por estrada são 5.034 Kms

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De Santa Vitória do Palmar, cidade que fica no sul do Brasil, Estado do Rio Grande do Sul, até

Pacaraíma (cidade do Estado de Roraima), são apenas 6.594 kms! (por estrada).

Lisboa-Moscovo por estrada são 5.034 KmsLisboa-Moscovo por estrada são 5.034 Kms

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De Santa Vitória do Palmar, cidade que fica no sul do Brasil, Estado do Rio Grande do Sul, até

Pacaraíma (cidade do Estado de Roraima), são apenas 6.594 kms! (por estrada).

Lisboa-Moscovo por estrada são 5.034 KmsLisboa-Moscovo por estrada são 5.034 Kms

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São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil.

É dividido em 645 municípios e ocupa uma área de 248 209,426 Km2.

A área total do Reino Unido é de aproximadamente 245 000 Km2.

Portugal tem uma área total de 92 389 km2. 308 municípios

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Mapa mundo Babilónio Imago

Mundi do século VI a.C., o mais

antigo mapa conhecido.

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Anaximandro (morreu ca. 546 a.C.)

é tido como criador de um dos

primeiros mapas do mundo, de

forma circular, mostrando os

territórios conhecidos agrupados

em volta do Mar Egeu, que está no

centro. Tudo isto rodeado de um

oceano.

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Hecateu de Mileto (Mileto, c. 546 a.C.-

c. 480 a.C.) é creditado com um

trabalho nomeado "Ges Periodos",

"Descrição da Terra" resumindo os

conhecimentos geográficos gregos da

época, na forma de périplo. O périplo

sobre a Europa é essencialmente o do

Mediterrâneo, descrevendo cada

região, para norte até à Cítia. Sobre a

Ásia, semelhante ao Périplo do mar da

Eritreia, de que sobrevive uma versão

do séc. I. Hecateu descreveu os

países e habitantes, sendo o relato do

Egipto particularmente completo. A

descrição é acompanhada de um

mapa baseado no de Anaximandro,

que corrigiu e acrescentou. Esta obra

sobrevive em 374 fragmentos

dispersos, a maioria no léxico

geográfico "Ethnika".

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Eratóstenes (285 - 194 a.C.) desenhou um mapa do mundo melhorado, incorporando informação resultante das

campanhas de Alexandre, o Grande, e dos seus sucessores. A Ásia surge maior, reflectindo os novos

conhecimentos da verdadeira dimensão do continente. Eratóstenes foi também o primeiro geógrafo a incorporar

paralelos e meridianos nas suas representações cartográficas.

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O Mapa de Ptolomeu é um mapa baseado na descrição do mundo contida no seu livro Geographia, escrito Circa

150. Embora nunca se tenham encontrado autênticos mapas de Ptolomeu (c.83 – 161 d.C.), o seu Geographia

contém milhares de referências de variadas partes do velho mundo, com a localização da maioria, que parecem

ter influenciado os primeiros mapas islâmicos, e permitido aos cartógrafos europeus reconstruir a visão do mundo

de Ptolomeu quando um manuscrito grego foi traduzido para latim, cerca do ano 1300.

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A Tabula Peutingeriana é um mapa viário do Império Romano, mostrando os cursus publicus, hoje mantido na

Biblioteca Nacional de Viena. Trata-se de uma cópia do século XIII do original do século IV cobrindo a Europa,

partes da Ásia (Índia) e Norte de África. O mapa foi nomeado a partir de Konrad Peutinger, um humanista e

antiquário alemão do século XV-XVI. O mapa foi descoberto numa biblioteca alemã por Conrad Celtes, que não

conseguiu publicar a sua descoberta em vida e o passou a Peutinger em 1508.

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Os mapas medievais "T e O" são originários da descrição do mundo na obra Etymologiae de Isidoro de Sevilha

(m. 636). Este conceito de cartografia medieval representa apenas o hemisfério norte de uma Terra esférica,

dedução tacitamente aceite da projecção da porção habitada do mundo conhecida nos tempos romanos e

medievais. O "T" é o Mediterrâneo dividindo três continentes: Europa, Ásia e África, sendo o "O" um Oceano

circundante. Jerusalém era usualmente representada no centro do mapa e a Ásia surgia do tamanho da soma dos

outros dois continentes. Porque o Sol nascia a Este, o Paraíso (jardim do Éden) era geralmente representado

como sendo na Ásia, estando esta situada na porção superior do mapa.

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Mapa Mundi de Beato de Liébana (1050)

Beato de Liébana (c. 730 - 798) foi um monge e teólogo espanhol. O Mapa Mundi de Beato de Liébana é uma das

principais obras cartográficas da Alta Idade Média. Foi elaborado baseando-se nas descrições de Isidoro de

Sevilha, Ptolomeu e as Sagradas Escrituras. Muito embora o manuscrito original se tenha perdido, restam-nos

algumas cópias de fidelidade bastante grande respectivamente ao original. Este mapa surge reproduzido no

prólogo do segundo livro dos Comentários ao Apocalipse de Beato de Liébana. A função principal do mapa não é

a de representar cartograficamente o mundo, mas de servir de ilustração à diáspora primitiva dos Apóstolos.

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Mapa mundo anglo-saxónico (circa 1040)

Este mapa surge na cópia de uma obra clássica de geografia, a versão latina de Prisciano do "Periegesis", hoje na

British Library. Mais que uma simples ilustração, contém muito material reunido de outras fontes, que deveriam ser

as mais actualizadas da época. A data de realização foi inicialmente estimada entre 992-994, baseada na viagem

do arcebispo de Cantuária Sigerico, proveniente de Roma, mas uma análise mais recente aponta para 1025-50. O

mapa escapa à tradição medieval e às coordenadas ptolomaicas: Este surge no topo, mas Jerusalém não está no

centro nem é indicado o Jardim do Éden. A representação do oriente é ambiciosa, incluindo a Índia e a

Taprobama (Sri Lanka), agigantada de acordo com a visão clássica da sua dimensão. A Grã Bretanha surge

também aumentada e há uma confusão na representação da Islândia e da Escandinávia.

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Mapa mundi de Henricus Martellus (1489-90)-Pela primeira vez é representado o Cabo da Boa Esperança e a

ligação Atlântico-Índico.

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World map in: "Tabulae Rudolphinae : quibus astronomicae ...." by Johannes Kepler, 1627

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The map of the Sea of Azov 1855 year by N. Zuyev

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The map of the Sea of Azov

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http://gracemagazine.files.wordpress.com/2009/10/map.jpg

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Este mapa múndi está cinematicamente correto para um observador do hemisfério sul, porque, de

acordo com a física, tudo o que é observado (no caso a distribuição mundial do espaço)

depende do referencial.

Nesse mapa, a cidade referencial é Sydney, na Austrália, portanto esta é a maneira mais correta de

se ver o mundo para quem está lá, com o sul geográfico "para cima".

Podemos perceber também que a posição de Sydney está como estaria Paris na maioria dos

mapas, no centro e acima do globo terrestre, o que mostra o caráter cultural da elaboração dos

mapas.

http://aprendendofisica.pro.br/alunos/index.php/1A-cp2-2010/mundi-politico-2102-2010-480pixels-jpg-1

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A idéia eurocentrista da Europa no Centro e na parte superior dos mapas não passa de uma visão do

colonizador. Como os primeirso professores no Brasil foram os padres jesuítas, ele ensinaram a

visão européia do mundo. E como essa visão vem sendo ensinada (acriticamente) ao longo dos

anos, muita gente (inclusive professores!) acredita que o Norte Geográfico é absolutamente pra

cima.

Como as imagens de satélites são processadas e disponibilizadas por estadunidenses e europeus, a

representação da Terra que se veicula é sempre aquela de observadores no Hemisfério Norte,

reforçando novamente a idéia falsa de que o Norte Geográfico está orientando absolutamente para

cima!

O grande geógrafo brasileiro Milton Santos está corretíssimo ao enunciar a frase que abre este texto:

“pensar o mundo não é mais um privilégio europeu e a reelaboração do mapa do planeta é

uma forma de libertação do colonialismo”

http://aprendendofisica.net/rede/blog/2007/12/20/cinematica-dos-mapas/

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Mapas são representações/descrições do espaço. Portanto, representações não são absolutas!

Dependem de onde se está observando o espaço (do ponto de vista da cinemática) assim como do

contexto sócio-cultural de quem está fazendo a descrição!

Outras definições de mapas podem ser encontradas consultando o oráculo!

O conceito mais importante aqui é que numa Terra quase esférica, o “em cima” e o “em baixo”

dependem do observador! Portanto, a escolha do Norte Geográfico para cima ou do Sul

Geográfico para cima num mapa é relativa. Não faz muito sentido, cinematicamente falando, se

adotar uma convenção, qualquer que seja ela.

Ademais, para todos os efeitos práticos, na hora de se utilizar um mapa você deverá ajustar o Sul

(ou norte, ou leste ou oeste) do mapa com o Sul (ou norte, ou leste ou oeste) geográfico local, que

deve ser determinado astronomicamente ou aproximadamente por meio de uma bússola magnética.

http://aprendendofisica.net/rede/blog/2007/12/20/cinematica-dos-mapas/

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Dymaxion map ou Fuller map, 1946

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Dymaxion map ou Fuller map, 1946

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Para calcular distâncias entre países:Para calcular distâncias entre países: http://www.horlogeparlante.com/pt/ http://www.horlogeparlante.com/pt/distance.php  

Para distâncias no Brasil:Para distâncias no Brasil:http://www.emsampa.com.br/

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Mapas

O mundo em versão estereótipos

Nós somos "Brasil", a França os "mal-cheirosos" e a Alemanha "pornografia". Assim é o

mundo visto pelos EUA. Ou melhor, o mundo visto por um ilustrador búlgaro, que criou uma

série de mapas baseados nos estereótipos de cada país. Um sucesso na Internet

16:06 Segunda feira, 20 de Set de 2010

Yanko Tsvetkov, um designer e ilustrador búlgaro, a viver em Londres, criou sete mapas do mundo,

com a particularidade de os países e regiões surgirem assinalados não pelos seus nomes mas pelos

estereótipos com que as pessoas de outras nacionalidades os identificam.

Em mais do que um, Portugal aparece como "Brasil", enquanto Espanha, vista pelos americanos,

recebe a nomeação "México". No mapa "A Europa vista pelos EUA", os franceses merecem a

designação "Os mal-cheirosos" e a Alemanha surge rotulada "Pornografia".

Já na visão britânica da Europa, o continente é o "Império Federado do Mal", com a Península

Ibérica marcada com a nota "Protetor solar necessário".  

O primeiro mapa surgiu em 2009, por ocasião da crise do gás que afetou a Europa e, desde então, o

site já recebeu mais de 500 milhões de visitas.

http://aeiou.visao.pt/o-mundo-em-versao-estereotipos=f572975

Os mapas em: Mapping Stereotypes

 

http://alphadesigner.com/project-mapping-stereotypes.html

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O mundo em versão estereótipos

Mapping Stereotypes  http://alphadesigner.com/project-mapping-stereotypes.html

Europe

According to USA

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Europe

According to The

Vatican

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South America

According to USA

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Europe

According to

Germany

Page 57: Mapas e mundos

Europe

According to

Russia

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Europe

According to

France

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Europe

According to

Polland

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Europe

According to Italy

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Italy According to

Posh Italians

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Europe

According to

Bulgaria

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Europe

According to

Britain

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Europe

According to Gay

Men

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Obra encomendada para Bruxelas goza com estereótipos nacionais

Impostura embaraça checos e indigna a Bulgária

Portugal coberto de suculentos nacos de carne com a forma das ex-colónias, a Bulgária Portugal coberto de suculentos nacos de carne com a forma das ex-colónias, a Bulgária

transformada numa retrete turca, daquelas com um buraco no chão que obrigam a uma transformada numa retrete turca, daquelas com um buraco no chão que obrigam a uma

incómoda postura de cócoras, a Alemanha reduzida a um emaranhado de auto-estradas a incómoda postura de cócoras, a Alemanha reduzida a um emaranhado de auto-estradas a

lembrar uma cruz suástica: estes são alguns dos estereótipos que, desde segunda-feira, lembrar uma cruz suástica: estes são alguns dos estereótipos que, desde segunda-feira,

provocam alternadamente gargalhadas, perplexidade ou indignação em Bruxelas.provocam alternadamente gargalhadas, perplexidade ou indignação em Bruxelas.

15.01.2009 - 09:35 Por Isabel Arriaga e Cunha

http://www.publico.pt/Mundo/impostura-embaraca-checos-e-indigna-a-bulgaria_1356190

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Este tipo de reacção era o que a presidência checa da União Europeia (UE) pretendia obter com a

obra de arte que escolheu para imprimir a marca do “seu” semestre num dos principais edifícios

europeus, cumprindo uma velha tradição.

A concepção da obra foi entregue ao controverso artista plástico checo David Cerny, que ficou

encarregue de convidar 27 autores dos Vinte e Sete a expressar a sua visão dos estereótipos

nacionais. O resultado, baptizado Entropa, está pendurado na entrada do edifício do conselho de

ministros da UE, acompanhado de um catálogo que explica em detalhe o currículo e a motivação de

cada um.

Não há “Carla de Miranda”

Rapidamente, no entanto, o Governo checo viu-se obrigado a reconhecer que foi vítima de uma

impostura, assumindo um novo embaraço de uma presidência que teve um início pouco auspicioso:

os 27 “artistas nacionais” foram todos inventados pelo próprio Cerny, que, ajudado por dois amigos,

concebeu igualmente os estereótipos. O que significa que “Carla de Miranda”, suposta autora dos

bifes portugueses e que, segundo explica o catálogo, não gosta de “gordura” nem de “colonialismo”,

é pura ficção.

Page 67: Mapas e mundos

Foi Cerny, igualmente, que decidiu transformar a Suécia numa caixa de móveis Ikea, construir a

Dinamarca em Lego, ou inundar a Holanda deixando de fora apenas minaretes de mesquitas, pôr a

Grécia em fogo, cobrir a Espanha de betão ou representar a Polónia com um grupo de padres na

postura dos soldados americanos de Iwo-Jima a plantar a bandeira da homossexualidade. E que

deixou um buraco no lugar do eurocéptico Reino Unido.

Alexandr Vondra, vice-primeiro-ministro checo dos Assuntos Europeus, confessou que ficou em

“estado de choque” quando percebeu até que ponto a presidência foi enganada. Afirmou-se “muito

desagradavelmente surpreendido” e acusou Cerny de “violação das condições do contrato”. O visado

defende-se com um comunicado em que afirma que “a hipérbole grotesca e a mistificação fazem

parte dos atributos da cultura checa e a criação de falsas identidades representa uma das

estratégias da arte contemporânea”.

No meio do embaraço, os checos revelaram-se ontem incapazes de precisar o que contam fazer,

quando a inauguração oficial do puzzle está prevista para esta manhã. A dúvida é alimentada pela

indignação da Bulgária, que, num protesto oficial, exigiu a retirada imediata da “sua” peça antes da

inauguração, afirmando não poder aceitar ver-se representada por “essa coisa horrível”.

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Itália

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França

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Alemanha

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Polónia

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Dinamarca

A Dinamarca formada em legos, que parecem desenhar o profeta Maomé, numa alusão à polémicas do cartoons do profeta do Islão publicados há três anos pelo Jylland-Post, um jornal dinamarquês.

A Dinamarca formada em legos, que parecem desenhar o profeta Maomé, numa

alusão à polémica dos cartoons do profeta do Islão publicados pelo Jylland-Post.

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Holanda

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Luxemburgo

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Bélgica

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Áustria

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Finlândia

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Letónia

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Estónia

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Eslovénia

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Suécia

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Irlanda

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Roménia

Page 86: Mapas e mundos

Espanha

Uma Espanha completamente construída de betão. Uma referência ao recente

boom da construção civil neste país.

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Bulgária

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Portugal

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O grupo francês GRAA (sigla em francês para Grupo de Pesquisa de Arte Audiovisual) colocou uma

imensa faixa com os dizeres "Greve" sobre o mapa da França. O castelo de Drácula decora o mapa

da Romênia e a contribuição da República Tcheca talvez seja a mais provocadora: um letreiro

luminoso com "palavras de sabedoria" do presidente tcheco, Václav Klaus, um cético da União

Europeia conhecido também por algumas gafes verbais que já cometeu.

Mas o Brasil também está presente em Bruxelas. Desta vez, dentro do mapa de Portugal na

instalação da artista portuguesa Carla de Miranda em Bruxelas. Ela adornou o mapa do seu país

com os de suas antigas colônias. "Eu não gosto de conversa fiada e não gosto de colonialismo",

explicou Miranda no texto de seu projeto.

O artista Helmut Bauer, responsável pela contribuição alemã, afirmou ser sua obra de autoestradas

uma crítica à União Europeia. Ela mostra o absurdo da política de transportes europeia, que é

amedrontadora ao procurar alternativas eficientes, afirmou o artista.

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3942257,00.html

Page 90: Mapas e mundos

Público, 19.09.2009, pág. 36

Page 91: Mapas e mundos

Instalação checa no edifício da Comissão Europeia

UE tapa representação da Bulgária como sanita depois de protesto

A presidência checa da União Europeia colocou hoje um pano negro sobre a parte da sua

instalação artística à entrada do edifício principal da Comissão Europeia, em Bruxelas, que

representa a Bulgária como uma sanita turca – em que é preciso agachar-se para a utilizar.

20.01.2009 – 12:27 Por Público

http://www.publico.pt/Mundo/ue-tapa-representacao-da-bulgaria-como-sanita-depois-de-protesto_1356824

O grande mosaico tridimensional intitulado “Entropa” representa cada um dos 27 Estados-membros da UE utilizando

símbolos provocadores ligados a estereótipos nacionais.

A Bulgária, que entrou na UE em 2007, protestou energicamente contra ser representada por uma sanita. “Cobrimos a

parte dedicada à Bulgária a seu pedido”, disse o porta-voz da presidência checa, Jan Vytopil.

A instalação, comissionada pela presidência Checa, provocou muitas gargalhadas e alguma fúria. Os críticos dizem

que é de mau-gosto e que não devia estar num edifício público. Mas os seus defensores dizem que estimula o debate

e testa a capacidade das nações europeias para se rirem de si mesmas.

Page 92: Mapas e mundos

A instalação deverá ficar no local até ao fim da presidência checa, em Junho, e causou ainda mais celeuma quando

se soube que o seu criador, o artista checo David Cerny, admitiu que enganou o seu Governo, por o ter levado a

acreditar que a instalação resultava do trabalho de artistas de todos os 27 Estados-membros, quando afinal era todo

da sua autoria.

Portugal é representado com uma tábua, sobre a qual estão nacos de carne com a forma das ex-colónias

portuguesas. A Itália aparece como um campo de futebol, com os jogadores a fazerem gestos que parecem de

masturbação. A Grã-Bretanha, eurocéptica, não é representada – aparece apenas um quadrado vazio, onde era

suposto que fosse representada.

Page 93: Mapas e mundos

Vídeo

Entropa: Controversial Czech exhibit sparks debate on EU

http://www.youtube.com/watch?v=k2SKLSM1cw4

Catálogo de “Entropa”. Presidência checa da União Europeia, 2009

http://euxtv.files.wordpress.com/2009/01/entropa.pdf