Mapeamento Acústico Do Ruído de Tráfego Rodoviário

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

    FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

    MESTRADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

    MAPEAMENTO ACSTICO DO RUDO DE TRFEGO RODOVIRIO

    DO BAIRRO IMBU, SALVADOR-BA

    DISSERTAO DE MESTRADO

    REA DE CONCENTRAO: URBANISMO

    Linha de Pesquisa: Processos urbanos e contemporneos

    ALUNO: ARQ DANILO FORTUNA MENDES DE SOUZA

    ORIENTADORA: ARQ DR MARIA LCIA ARAJO MENDES DE CARVALHO

    Salvador-Bahia

    Dezembro de 2012

  • DANILO FORTUNA MENDES DE SOUZA

    MAPEAMENTO ACSTICO DO RUDO DE TRFEGO RODOVIRIO

    DO BAIRRO IMBU, SALVADOR-BA

    Dissertao apresentada ao Programa de Ps-

    graduao em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade

    de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal

    da Bahia, como requisito parcial para obteno de

    Mestre em Arquitetura e Urbanismo.

    Orientadora: Prof Dr Maria Lcia Arajo Mendes de

    Carvalho

    Salvador-Bahia

    Dezembro de 2012

  • Faculdade de Arquitetura da UFBA Biblioteca

    S729 Souza, Danilo Fortuna Mendes de.

    Mapeamento acstico do rudo de trfego rodovirio do bairro Imbu, Salvador-Ba / Danilo Fortuna Mendes de Souza. 2012.

    368 f. : il.

    Orientador: Profa. Dra. Maria Lcia Arajo Mendes de Carvalho. Dissertao (Mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Faculdade

    de Arquitetura, 2012.

    1. Planejamento urbano - Poluio sonora - Salvador (BA). 2. Trnsito - Rudo - Salvador (BA). I. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Arquitetura. II. Carvalho, Maria Lcia Arajo Mendes de. III. Ttulo.

    CDU: 711(813.8)

  • Dedico esta dissertao a todos aqueles que contriburam direta e indiretamente na

    sua completude. Em especial a meus pais e a minha famlia pelo incentivo e apoio

    ao meu desenvolvimento intelectual e pessoal.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo a meu pai, Guilherme, minha me, Silvia, e a minha famlia, especialmente

    a v Walda e tia Snia, pelo apoio e carinho dedicados minha formao pessoal e

    a meus pais pelo incentivo aos estudos e ao meu desenvolvimento acadmico.

    s professoras do Lacam, Maria das Graas, Maria Lcia, Tereza, Jussana e Mrcia

    pela contribuio na minha formao de arquiteto e por despertar em mim o

    interesse pelo estudo do Conforto Ambiental. Em especial, Prof. Maria Lcia,

    orientadora desta dissertao, pelo apoio e incentivo formulao da pesquisa e

    pela superviso dos trabalhos de campo.

    Ao Prof. Marco Vecci por gentilmente ceder o Software CadnaA e os recursos da

    Oppus para elaborao dos Mapas Acsticos, sem os quais no seria possvel

    viabilizar e desenvolver esta dissertao. Ao Frederico, seu colaborador, pelo apoio

    logstico na manipulao do Software, por sua pacincia e solicitude em partilhar seu

    conhecimento.

    Dbora pelo emprstimo do sonmetro da Audium, apoiando e viabilizando o

    presente trabalho. Agradeo em especial por sua grande generosidade e incentivo

    em partilhar e fomentar o conhecimento de acstica, fundamentais e indispensveis

    ao desenvolvimento desta dissertao.

    Jos Dantas pelo suporte no elaborao dos recursos visuais desta dissertao e

    demais auxiliares de pesquisa pelo suporte e solicitude no desenvolvimento dos

    trabalhos de campo.

    Prof. Patrcia pelas contribuies no desenvolvimento dos mapas e da base

    cartogrfica, indispensveis nas anlises dos Mapas Acsticos.

    Agradeo aos membros da banca examinadora, Professora Patrcia Brito e

    Professor Heliodrio Sampaio, pelas consideraes que contriburam para a

    evoluo deste trabalho.

    Agradeo ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico

    (CNPq) pela concesso de Bolsa de Mestrado.

    Por fim, agradeo aos colaboradores e a todos aqueles que direta ou indiretamente

    cooperaram no desenvolvimento desta pesquisa.

  • incluye; la vista es

    direccional mientras que el sonido es omnidireccional. El

    sentido de la vista implica exterioridad, pero el sonido crea

    una sensacin de interioridad. Contemplo un objeto, pero el

    sonido me llega; el ojo alcanza, pero el odo recibe. Los

    edificios no reaccionan a nuestra mirada, pero nos devuelven

    Acondicionamientos: arquitectura y tcnica. Santiago de

    Chile: Ediciones ARQ. 2008.

  • RESUMO

    A poluio sonora cresce a cada dia, proporcionando nveis acima dos normatizados para ambientes internos e externos. Torna-se, pois, fundamental entender o comportamento do som no espao urbano para controlar sua produo e propagao de forma a tornar a cidade habitvel. Este trabalho apresenta estudos dos nveis de rudo do trfego rodovirio no bairro Imbu (Salvador-BA) por meio da ferramenta de Mapeamento Acstico. Na medida em que cidade de Salvador se adensa ao longo das vias de maior fluxo de veculos, maior parcela da populao exposta a elevados nveis de rudo que podem ser intensificados pelas reflexes sonoras sucessivas decorrentes do adensamento das construes lindeiras s vias. A partir do estudo da propagao do rudo de trfego rodovirio da cidade, possvel evidenciar a inadequao do planejamento virio ou da legislao do uso do solo. Os procedimentos metodolgicos deste trabalho foram: reviso de literatura; coleta de informaes em rgos pblicos e em campo; coleta in loco de dados de fluxo de veculos e registro sonoro; e, anlise e compilao dos dados obtidos para simulao em programa computacional de mapeamento acstico. A reviso de literatura, presente no Captulo Referencial Terico, permitiu a fundamentao terica dos estudos realizados, onde foram compiladas informaes, conceitos, parmetros e procedimentos relacionados ao estudo do rudo e propagao sonora em meio urbano. Coletaram-se informaes georeferenciadas em meio digital em rgos pblicos, tais como informaes vetorizadas e rasterizadas (imagens areas), ambas utilizadas na elaborao e atualizao da base cartogrfica do mapeamento acstico. A coleta in loco de informaes de dados de fluxo de veculos e o registro sonoro foi imprescindvel ao desenvolvimento das etapas precedentes ao resultado da Simulao Acstica e formaram o banco de dados que alimentou o programa computacional de mapeamento acstico, CadnaA. Construiu-se um modelo tridimensional por meio das informaes e dados, coletados em campo e cedidos por rgos governamentais. Os produtos finais dessa dissertao foram obtidos por meio de simulao da propagao sonora no referido modelo, cujos resultados so: Mapas Acsticos Horizontais e Verticais e visualizaes 3D. Estes recursos permitem observar graficamente e estudar a distribuio espacial do nvel sonoro contnuo equivalente, LAeq, dos perodos diurno, entardecer e noturno, atravs de curvas isofnicas em intervalos de 5 dB(A). O conjunto de base de dados da simulao acstica contempla as fontes de rudo, vias de trfego rodovirio, bem como, todos os objetos e embarreiramentos, edificados ou naturais, que influenciam na propagao sonora do rudo ambiental. Ainda no existem leis ou planos estratgicos de mitigao do rudo proveniente do transporte rodovirio na cidade de Salvador que estabeleam condicionantes especficas e eficazes de planejamento urbano no tocante ao ambiente acstico, portanto, este trabalho uma experincia que converge para este propsito, isto , apresentando uma metodologia para a construo de um Mapa Acstico da cidade de Salvador.

    Palavras-chave: rudo urbano; modelo de previso de rudo; mapa acstico; planejamento urbano e territorial.

  • ABSTRACT

    Noise pollution increases on a daily basis, possibiliting greater noise levels, above the existing national and local parameters, for indoors and outdoors environments. It is essential to understand the behavior of sound on urban settings in order to control its production and propagation to allow a habitable city environment. This dissertation presents road noise levels studies at the district of Imbu (city of Salvador-Bahia-Brazil) utilizing Noise Mapping. To the extent that, in the city of Salvador, increasingly more developments occur besides its major traffic roads, greater portions of its population are subjected to increased noise levels that can be intensified by the successive sound reflections due to the growing occupation at a

    likely to establish a urban development. The methodological proceedings of this dissertation were: bibliographic review; gathering of information on public agencies and onsite; gathering of data on traffic flow and environmental noise measurements onsite; and, the analysis and compilation of the referred information and data, for the simulation by means of a Noise Mapping Software. The bibliographic review, presented at the

    theoretical substantiation of this study, where it was summarized information, concepts, parameters and proceedings related to the study of noise and its propagation in an urban setting. It was gathered digital georeferred information, vectorized and raster (aerial images), both utilized at the construction and to update the noise mapping basemap. The gathering of onsite traffic flow data and environmental noise measurements were indispensable to the development of the previous steps to the final result of the Acoustical Simulation and constitute the database that feeds the utilized Noise Mapping Software, CadnaA. A tridimensional model was built from this information, gathered onsite and obtained from public agencies, and fed by the data, gathered onsite. The final products of this dissertation were obtained from simulating the sound propagation on this model, which obtained the following results: Horizontal and Vertical Noise Maps and the 3D views. These visual resources allow a graphic spatial visualization and the study of the equivalent noise levels, LAeqs, of the day, evening and night periods, presented as isophonic curves in 5dB(A) intervals. The set of database for the acoustical simulation contemplates the sound sources, the roads, as well as, all objects and obstacles, constructed or natural, which can affect the environmental sound

    towards the mitigation of traffic noise that establish specific or, even, effective measurements that concern the acoustical environment. Therefore, this dissertation is an experiment that converges to this purpose; this is, presenting a methodology to construct a Noise Map of the City of Salvador.

    Keywords: urban noise, noise prediction model; noise map; urban and territorial planning.

  • i

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01 Fontes de rudo no automvel. ............................................................... 28

    Figura 02 Nveis de rudo mximos admissveis (permitida pela legislao portuguesa) de algumas fontes mveis encontradas no trfego rodovirio. ............. 29

    Figura 03 Causas de incmodo sonoro na populao de Curitiba ......................... 30

    Figura 04 Propagao do som em meio areo ....................................................... 37

    Figura 05 Nveis sonoros e frequncias audveis. .................................................. 39

    Figura 06 Curvas isofnicas - Fletcher e Munson. ................................................. 40

    Figura 07 Barreira acstica .................................................................................... 42

    Figura 08 Plano de massas assinalando o desempenho de edifcios como barreiras acsticas e uma proposta de zoneamento do uso do solo ......................... 43

    Figura 09 Espaos acsticos: (a) aberto e (b) fechado. ......................................... 45

    Figura 10 Permeabilidade das edificaes ao rudo da via de trfego mais prxima: (a) maior e (b) menor. ............................................................................................... 46

    Figura 11 Exposio ao rudo de trfego de uma quadra: (a) mais exposta e (b) menos exposta. ......................................................................................................... 47

    Figura 12 Exemplos de atenuao acstica em um ambiente urbano ................... 48

    Figura 13 Consideraes sobre meios de transporte: (a) valores de fluxo de pedestres e de veculos, motorizados ou no, em uma via com 3 metros de largura e (b) necessidade por espao para estacionamento de pessoas e veculos. .............. 58

    Figura 14 Fluxograma do mtodo de clculo da NMPB/XP S 31-133. ................... 72

    Figura 15 Representao esquemtica do conjunto de informaes geridas por SIGs resultando no Mapeamento Sonoro de uma regio. ........................................ 82

    Figura 16 Mapa: localizao do bairro Imbu na cidade de Salvador. .................... 89

    Figura 17 Grficos de imveis do Imbu por categoria de uso: (a) nmeros absolutos e (b) percentual. ........................................................................................ 97

  • ii

    Figura 18 Grficos de rea ocupada por imveis do Imbu por categoria de uso: (a) nmeros absolutos em m e (b) percentual. .............................................................. 97

    Figura 19 Distribuio percentual dos tipos de unidades habitacionais do Imbu. . 97

    Figura 20 Grficos dos imveis do Imbu por padro construtivo: (a) nmeros absolutos e (b) percentual. ........................................................................................ 99

    Figura 21 Grficos de rea construda dos imveis do Imbu por padro construtivo: (a) nmeros absolutos em m e (b) percentual........................................................ 100

    Figura 22 Grficos de rea de terreno do Imbu por padro construtivo: (a) nmeros absolutos em m e (b) percentual. ........................................................................... 100

    Figura 23 Esquema da relao entre softwares de mapeamento acstico e informaes georeferenciadas. ............................................................................... 102

    Figura 24 Mapa: Base Cartogrfica final do Imbu. .............................................. 112

    Figura 25 Mapa de gabarito de edificaes do Imbu. .......................................... 113

    Figura 26 Mapa de uso de edificaes do Imbu. ................................................. 114

    Figura 27 Mapa de Setores Virios e Tipologias de Vias do Imbu. .................... 123

    Figura 28 Mapa de Setores Virios e Tipologias de Vias da rea do Mapeamento Acstico. .................................................................................................................. 124

    Figura 29 Mapa: localizao e delimitao da rea do mapeamento acstico..... 126

    Figura 30 Mapa da localizao dos Pontos de Medio e da rea do mapeamento acstico e seu entorno imediato. ............................................................................. 129

    Figura 31a Registro fotogrfico dos Pontos de Medio ...................................... 130

    Figura 31b Registro fotogrfico dos Pontos de Medio ...................................... 131

    Figura 32 Mapa do uso de edificaes da rea de mapeamento acstico e seu entorno imediato. ..................................................................................................... 133

    Figura 33 Mapa de gabarito de edificaes da rea de mapeamento acstico e seu entorno imediato. ..................................................................................................... 134

    Figura 34 Mapa: indicao do limite da rea de Mapeamento Acstico Horizontal e das Sees de Mapeamento Acstico Vertical. ...................................................... 151

    Figura 35 Grficos com variaes esquemticas do fluxo de trfego registrado em uma seo de via qualquer: (a) variao em uma hora; (b) variao horria ao longo do dia; (c) variao semanal; (d) variao mensal. ................................................. 153

  • iii

    Figura 36 Mapa: indicao do fluxo de veculos por trecho de via para insero no Software de Mapeamento Acstico, CadnaA. ......................................................... 157

    Figura 37 Vista superior do modelo tridimensional no ambiente do Software de Mapeamento Acstico CadnaA, verso 4.1. ........................................................... 159

    Figura 38 Mapas Acsticos Plano Horizontal - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h): (a) Nveis de Rudo Calculados; (b) Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000); (c) Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998). ................................................................. 167

    Figura 39 Vistas 3D dos Mapas Acsticos Plano Horizontal - Nveis de Rudo Calculados - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h) : (a) Vista Sudeste; (b) Vista Sudoeste; (c) Vista Noroeste; (d) Vista Nordeste. ................................................................................................................. 168

    Figura 40 Vistas 3D dos Mapas Acsticos Plano Horizontal - Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000) - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h): (a) Vista Sudeste; (b) Vista Sudoeste; (c) Vista Noroeste; (d) Vista Nordeste. ......................................................................... 169

    Figura 41 Vistas 3D dos Mapas Acsticos Plano Horizontal - Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998) - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h): (a) Vista Sudeste; (b) Vista Sudoeste; (c) Vista Noroeste; (d) Vista Nordeste. ................................................... 170

    Figura 42 - - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h): (a) Nveis de Rudo Calculados: (b) Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000); (c) Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998). ....................................... 171

    Figura 43 - - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h) - Nveis de Rudo Calculados : (a) Mapa indicativo de ampliaes; (b) Ampliao - trecho 01; (c) Ampliao - trecho 02. ............................................................................................ 172

    Figura 44 B- - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h): (a) Nveis de Rudo Calculados: (b) Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000); (c) Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998). ....................................... 173

    Figura 45 - - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h) - Nveis de Rudo Calculados : (a) Mapa indicativo de ampliaes; (b) Ampliao - trecho 01; (c) Ampliao - trecho 02. ............................................................................................ 174

  • iv

    Figura 46 - - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h): (a) Nveis de Rudo Calculados: (b) Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000); (c) Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998). ....................................... 175

    Figura 47 - - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h) - Nveis de Rudo Calculados : (a) Mapa indicativo de ampliaes; (b) Ampliao - trecho 01; (c) Ampliao - trecho 02. ............................................................................................ 176

    Figura 48 Vistas 3D dos Mapas Acsticos Plano Vertical - Nveis de Rudo Calculados - Lde (day + evening, durao de 15 horas, correspondente ao perodo de 7h s 22h) : (a) Vista Sudeste; (b) Noroeste. ..................................................... 177

    Figura 49 Mapas Acsticos Plano Horizontal - : Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h): (a) Nveis de Rudo Calculados; (b) Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000); (c) Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998)....................................................................................... 184

    Figura 50 Vistas 3D dos Mapas Acsticos Plano Horizontal - Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h) - Nveis de Rudo Calculados: (a) Vista Sudeste; (b) Vista Sudoeste; (c) Vista Noroeste; (d) Vista Nordeste. ............ 185

    Figura 51 - - Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h): (a) Nveis de Rudo Calculados: (b) Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000); (c) Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998). ................................................................. 186

    Figura 52 - - Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h) - Nveis de Rudo Calculados : (a) Mapa indicativo de ampliaes; (b) Ampliao - trecho 01; (c) Ampliao - trecho 02. ................................................................................................................................ 187

    Figura 53 - - Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h): (a) Nveis de Rudo Calculados: (b) Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000); (c) Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998). ................................................................. 188

    Figura 54 - - Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h) - Nveis de Rudo Calculados : (a) Mapa indicativo de ampliaes; (b) Ampliao - trecho 01; (c) Ampliao - trecho 02. ................................................................................................................................ 189

    Figura 55 - - Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h): (a) Nveis de Rudo Calculados: (b) Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000); (c) Nveis de Excedncia Lei Municipal N 5.354 (SALVADOR, 1998). ................................................................. 190

  • v

    Figura 56 - - Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h) - Nveis de Rudo Calculados : (a) Mapa indicativo de ampliaes; (b) Ampliao - trecho 01; (c) Ampliao - trecho 02. ................................................................................................................................ 191

    Figura 57 Vistas 3D dos Mapas Acsticos Plano Vertical - Ln (night, durao de 9 horas, correspondente ao perodo de 22h s 7h) - Nveis de Rudo Calculados: (a) Vista Sudeste; (b) Vista Noroeste. .......................................................................... 192

    Figura 58 Mapas Horizontais de Nveis de Rudo Calculados: (a) Lde e (b) Ln. .. 194

    Figura 59 Mapas Horizontais de Nveis de Excedncia NBR 10.151 (ABNT, 2000): (a) Lde e (b) Ln. ....................................................................................................... 196

    Figura 60 Mapas Horizontais de Nveis de Excedncia Lei N 5.354 (SALVADOR, 1998): (a) Lde e (b) Ln. ........................................................................................... 197

    Figura 61 Mapas Acsticos Lden (day + evening + night, durao de 24 horas): (a) Mapa acstico Plano Horizontal Nveis de Rudo Calculados; (b) Mapa acstico Plano Vertical Nveis de Rudo Calculados -Vertical Nveis de Rudo Calculados -Nveis de Rudo Calculados - ........................................................... 201

    Figura 62 Vistas 3D dos Mapas Acsticos Plano Horizontal - Lden (day + evening + night, durao de 24 horas) - Nveis de Rudo Calculados: (a) Vista Sudeste; (b) Vista Sudoeste; (c) Vista Noroeste; (d) Vista Nordeste. .......................................... 202

    Figura 63 Vistas 3D dos Mapas Acsticos Plano Vertical - Lden (day + evening + night, durao de 24 horas) - Nveis de Rudo Calculados: (a) Vista Sudeste; (b) Vista Noroeste. ........................................................................................................ 203

    Figura 64 Mapas Horizontais de Nveis de Rudo Calculados: (a) Lde e (b) Lden. ................................................................................................................................ 206

    Figura 65 Comparao entre Mapas Horizontais de Nveis de Rudo Calculados: (a) Lden e (b) Ln. ..................................................................................................... 206

    Figura 66 Mapa de Roteiros de cadastro fotogrfico e videogrfico organizado por data de registro. ...................................................................................................... 249

    Figura 67 Registro fotogrfico do Roteiro 01/04/2012 .......................................... 250

    Figura 68 Registro fotogrfico do Roteiro 01/04/2012 (CONTINUAO) ............ 251

    Figura 69 Registro fotogrfico do Roteiro 04/04/2012 .......................................... 252

    Figura 70 Registro fotogrfico do Roteiro 04/04/2012 (CONTINUAO) ............ 253

    Figura 71 Registro fotogrfico do Roteiro 04/04/2012 (CONTINUAO) ............ 254

  • vi

    Figura 72 Registro fotogrfico do Roteiro 04/04/2012 (CONTINUAO) ............ 255

    Figura 73 Registro fotogrfico do Roteiro 04/04/2012 (CONTINUAO) ............ 256

    Figura 74 Registro fotogrfico do Roteiro 04/04/2012 (CONTINUAO) ............ 257

    Figura 75 Registro fotogrfico do Roteiro 15/04/2012 .......................................... 258

    Figura 76 Registro fotogrfico do Roteiro 15/04/2012 (CONTINUAO) ............ 259

    Figura 77 Registro fotogrfico do Roteiro 15/04/2012 (CONTINUAO) ............ 260

    Figura 78 Registro fotogrfico do Roteiro 15/04/2012 (CONTINUAO) ............ 261

    Figura 79 Registro fotogrfico do Roteiro 15/04/2012 (CONTINUAO) ............ 262

    Figura 80 Registro fotogrfico do Roteiro 15/04/2012 (CONTINUAO) ............ 263

    Figura 81 Registro fotogrfico do Roteiro 29/04/2012 .......................................... 264

    Figura 82 Registro fotogrfico do Roteiro 29/04/2012 (CONTINUAO) ............ 265

    Figura 83 Registro fotogrfico do Roteiro 29/04/2012 (CONTINUAO) ............ 266

    Figura 84 Registro fotogrfico do Roteiro 29/04/2012 (CONTINUAO) ............ 267

    Figura 85 Mapa indicativo das folhas SICAR/92 utilizadas na execuo da base cartogrfica do Imbu. .............................................................................................. 268

    Figura 86 Base Cartogrfica SICAR do ano de 1992 (SICAR/92). ....................... 269

    Figura 87 Base Cartogrfica (SICAR/92 + atualizao viria SICAD/2006 + atualizao viria Google Earth/2011). ................................................................... 270

    Figura 88 Base Cartogrfica (SICAR/92 + atualizao viria SICAD/2006 + atualizao viria Google Earth/2011) sobre mosaico a partir de ortofotos SICAD/2006. ........................................................................................................... 271

    Figura 89 Base Cartogrfica (SICAR/92 + atualizao viria SICAD/2006 + atualizao viria Google Earth/2011) sobre mosaico a partir de ortofotos SEI/2010. ................................................................................................................................ 272

    Figura 90 Base Cartogrfica (SICAR/92 + atualizao viria SICAD/2006 + atualizao viria Google Earth/2011) sobre imagens de satlite do Google Earth/2011. .............................................................................................................. 273

    Figura 91 Configurao de Clculo - Modelo de Predio de Rudo: janela inicial de configurao dos clculos. ...................................................................................... 311

  • vii

    Figura 92 Configurao de Clculo: Configurao Geral. .................................... 312

    Figura 93 Configurao de Clculo: Partio. ...................................................... 312

    Figura 94 Configurao Geral - Determinao dos perodos do Dia (Day - D), Entardecer (Evening - E) e Noite (Night - N). .......................................................... 313

    Figura 95 Configurao de Clculo - Indicador de Rudo: determinao do parmetro de avaliao (Lturno) a ser calculado na fase de Calibrao do Modelo. ................................................................................................................................ 313

    Figura 96 Configurao de Clculo - Indicador de Rudo: determinao dos parmetros de avaliao (Lde, Lnight e Lden) a mapear na fase de Mapeamento Acstico. .................................................................................................................. 314

    Figura 97 Configurao de Clculo ............... 314

    Figura 98 Configurao de Clculo Coeficiente de Absoro (G): definido aqui o G da topografia (G=0,50) e das vias (G=0). ............................................................ 315

    Figura 99 Configurao de Clculo As reflexes foram desconsideradas para a fase de Calibrao do Modelo. ................................................................................ 315

    Figura 100 Configurao de Clculo Considerou-se a reflexo de primeira ordem para a fase de Mapeamento Acstico. .................................................................... 316

    Figura 101 Configurao de Clculo - Modelo de Clculo da Emisso Sonora do trfego rodovirio para a fase de Calibrao do Modelo. ........................................ 316

    Figura 102 Configurao de Clculo - Modelo de Clculo da Emisso Sonora do trfego rodovirio para a fase de Mapeamento Acstico. ....................................... 317

    Figura 103 Configurao Geral - condies climticas. ....................................... 317

    Figura 104 Tabela de Fontes Sonoras: aps insero destes elementos no modelo, esta tabela permite configur-los ou localiz-los no modelo. .................... 318

    Figura 105 Configurao Via: preenchimento dos dados de entrada e das caractersticas do comportamento do fluxo de veculos de cada via. ...................... 318

    Figura 106 Configurao Via - geometria: preenchimento dos dados geomtricos de cada via. ............................................................................................................. 319

    Figura 107 Tabela de Receptores para a fase de Calibrao do Modelo: tabula os pontos de recepo inseridos no modelo, este recurso permite configur-los ou localiz-los no modelo. ............................................................................................ 319

  • viii

    Figura 108 Tabela de Receptores para a fase de Mapeamento Acstico (h=4,00m): tabula os pontos de recepo inseridos no modelo, este recurso permite configur-los ou localiz-los no modelo. ................................................................................. 320

    Figura 109 Tabela de Barreiras: tabula as barreiras (muros ou barreiras acsticas) inseridas no modelo, este recurso permite configur-las ou localiz-las. ................ 320

    Figura 110 Tabela de Edifcios: tabula as edificaes inseridas no modelo, este recurso permite configur-los ou localiz-los. ......................................................... 321

    Figura 111 Tabela de Curvas de Nvel: tabula as poligonais de curvas de nvel ou pontos altimtricos inseridos no modelo, este recurso permite configur-los ou localiz-los. .............................................................................................................. 321

    Figura 112 Tabela de zonas da topografia com Coeficientes de Absoro distintos: tabula reas delimitadas inseridas no modelo, no caso deste modelo as zonas de vegetao de grande porte, que possuem caractersticas distintas de absoro (G=1,00), este recurso permite configur-las ou localiz-las. ................................. 321

    Figura 113 Configurao Grid de clculo horizontal para a fase de Mapeamento Acstico. .................................................................................................................. 322

    Figura 114 Configurao Grid de clculo horizontal para a fase de Mapeamento Acstico - geometria. ............................................................................................... 322

    Figura 115 Configurao Grid de clculo horizontal para a fase de Mapeamento Acstico aparncia das curvas isofnicas. ........................................................... 323

    Figura 116 Configurao Grid de clculo vertical horizontal para a fase de Mapeamento Acstico. ............................................................................................ 323

    Figura 117 Configurao para a fase de Mapeamento Acstico do Grid de clculo - geometria. ......................................................................................... 324

    Figura 118 Configurao para a fase de Mapeamento Acstico do Grid de clculo - geometria. ......................................................................................... 324

    Figura 119 Configurao para a fase de Mapeamento Acstico do Grid de clculo - geometria. ........................................................................................ 325

    Figura 120 Configurao Grid de clculo vertical para a fase de Mapeamento Acstico aparncia das curvas isofnicas. ........................................................... 325

  • ix

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 01 Nveis de presso sonora (NPS) tpicos em dB(A) ................................ 26

    Tabela 02 Resolues do CONAMA que regulamentam a emisso sonora de veculos automotivos ................................................................................................. 51

    Tabela 03 Nveis admissveis de rudo para reas habitadas ................................ 52

    Tabela 04 Nveis mximos de rudo para ambientes internos ................................ 56

    Tabela 05 Vantagens e desvantagens da utilizao dos modelos de predio acstica ..................................................................................................................... 74

    Tabela 06 Exemplos de modelos de predio de rudo de trfego rodovirio ........ 75

    Tabela 07 Vantagens e desvantagens dos modelos de predio de rudo de trfego rodovirio ...................................................................................................... 76

    Tabela 08 -PMS). ..................................................................... 96

    Tabela 09 -PMS). ............................................... 99

    Tabela 10 Indicao dos Pontos de Medio onde se efetuou registros sonoros e de fluxo de veculos ................................................................................................. 130

    Tabela 11 Caracterizao das vias dos Pontos de Medio ................................ 132

    Tabela 12 Fluxos de veculos para insero no software CadnaA. ...................... 137

    Tabela 13 Fluxos de veculos para insero no software CadnaA (dados coletados no dia 18/07/2012). ................................................................................................. 138

    Tabela 14 Calibrao do Modelo: comparao entre valores calculados no CadnaA e valores do Leq(A) das medies acsticas .......................................................... 148

    Tabela 15 Dados de fluxo de veculos por trecho de via para insero no Software de Mapeamento Acstico - CadnaA ........................................................................ 156

    Tabela 16 Comparao entre valores de nvel de rudo (altura do receptor 1,50mX4,00m) ......................................................................................................... 162

  • x

    Tabela 17 Clculo de Nveis de Excedncia (altura do receptor 4,00m) .............. 164

    Tabela 18 Indicao de simbologia qualitativa do grau de preciso, estimativa do custo e da complexidade da utilizao dos Kits de Ferramentas (incluindo-se estimativa de preciso em valores obtidos a partir dos estudos do projeto NAWR93). ................................................................................................................................ 229

    Tabela 19 Indicao de simbologia qualitativa do grau de preciso, estimativa do custo e da complexidade da utilizao dos Kits de Ferramentas (para os demais kits que no foram contemplados nos estudos do projeto NAWR93). ........................... 229

    Tabela 20 Kit para tratamento de dados de fluxo de trfego rodovirio. .............. 230

    Tabela 21 - Kit indicado quando no se dispe de dados oficiais ou registros precisos de trfego rodovirio para as vias mapeadas ........................................... 230

    Tabela 22 Kit para determinao de velocidade mdia dos veculos. .................. 231

    Tabela 23 Kit para determinao de velocidade mdia dos veculos quando no se dispe de dados oficiais ou registros precisos. ....................................................... 231

    Tabela 24 Kit para determinao composio do fluxo de veculos pesados. ..... 231

    Tabela 25 Kit utilizado quando no se possui dados sobre quantidade de veculos pesados. .................................................................................................................. 232

    Tabela 26 Kit para determinao do revestimento da superfcie das vias. .......... 232

    Tabela 27 Kit utilizado para determinar o tipo de revestimento da via por meio de inspeo visual. ....................................................................................................... 233

    Tabela 28 Kit com simplificao do tipo de revestimento da via. ......................... 233

    Tabela 29 Kit para determinao variao da velocidade prximo a interseces virias. ..................................................................................................................... 233

    Tabela 30 Kit para determinao variao da velocidade prximo a interseces virias quando no se dispes de informaes oficiais ou registros precisos. ........ 234

    Tabela 31 Kit para determinao do gradiente (declividade) da via. .................... 234

    Tabela 32 Kit para determinao do gradiente (declividade) da via a partir da topografia (no caso do imbu no existem tneis, viadutos ou cruzamentos em desnvel). ................................................................................................................. 234

    Tabela 33 Kit para determinao da qualidade acstica do tipo de superfcie da topografia. ............................................................................................................... 235

  • xi

    Tabela 34 Kit para determinao da qualidade acstica (G ground factor) do tipo de superfcie da topografia a partir de um zoneamento esquemtico. .................... 235

    Tabela 35 Kit para determinao da qualidade acstica (G ground factor) do tipo de superfcie da topografia a partir de um zoneamento por atribuio de meio urbano ou suburbano (padro europeu). ............................................................................. 236

    Tabela 36 Kit para determinao da altura de barreiras (ex. muros) prximo s vias. ......................................................................................................................... 236

    Tabela 37 Kit indicando a estimativa visual da altura de barreiras (ex. muros) prximo s vias. ...................................................................................................... 236

    Tabela 38 Kit para determinao da altura dos edifcios. ..................................... 237

    Tabela 39 Kit indicando procedimento quando se dispe do gabarito dos edifcios. ................................................................................................................................ 237

    Tabela 40 Kit para determinao do coeficiente de absoro sonora de edifcios e barreiras (ex. muros). .............................................................................................. 237

    Tabela 41 Kit para determinao da ocorrncia de condies meteorolgicas favorveis para a propagao sonora. .................................................................... 238

    Tabela 42 Kit para determinao da umidade e da temperatura. ......................... 238

    Tabela 43 Tipificao de Vias do bairro Imbu SETOR 01 ................................ 275

    Tabela 44 Tipificao de Vias do bairro Imbu SETOR 02 ................................ 275

    Tabela 45 Tipificao de Vias do bairro Imbu SETOR 03 ................................ 276

    Tabela 46 Tipificao de Vias do bairro Imbu SETOR 04 ................................ 277

    Tabela 47 Tipificao de Vias do bairro Imbu SETOR 05 ................................ 277

    Tabela 48 Tipificao de Vias do bairro Imbu SETOR 06 ................................ 278

    Tabela 49 Tipificao de Vias do bairro Imbu SETOR 07 ................................ 278

    Tabela 50 Tipificao de Vias do bairro Imbu SETOR 08 ................................ 278

    Tabela 51 Caractersticas gerenciais das medies dos 1 e 2 turnos referentes aos dias 13 e 18 de julho de 2012. .......................................................................... 280

    Tabela 52 Caractersticas gerenciais das medies dos 3 e 4 turnos referentes aos dias 13 e 18 de julho de 2012. .......................................................................... 281

  • xii

    Tabela 53 Caractersticas gerenciais das medies do 5 turno referente aos dias 13 e 18 de julho de 2012. ........................................................................................ 282

    Tabela 54 Resultados dos Nveis de Rudo e Nveis Estatsticos dos Pontos de medio referentes aos dias 13 e 18 de julho de 2012 (1, 2 e 3 turnos). ............ 284

    Tabela 55 Resultados dos Nveis de Rudo e Nveis Estatsticos dos Pontos de medio referentes aos dias 13 e 18 de julho de 2012 (4 e 5 turnos). ................. 285

    Tabela 56 Fluxos de veculos do Turno 01 (dados coletados no dia 13/07/2012). ................................................................................................................................ 287

    Tabela 57 Fluxos de veculos do Turno 02 (dados coletados no dia 13/07/2012). ................................................................................................................................ 288

    Tabela 58 Fluxos de veculos do Turno 03 (dados coletados no dia 13/07/2012). ................................................................................................................................ 289

    Tabela 59 Fluxos de veculos do Turno 04 (dados coletados no dia 13/07/2012). ................................................................................................................................ 290

    Tabela 60 Fluxos de veculos do Turno 05 (dados coletados no dia 13/07/2012). ................................................................................................................................ 291

    Tabela 61 Fluxos de veculos do Turno 01 (dados coletados no dia 18/07/2012). ................................................................................................................................ 292

    Tabela 62 Fluxos de veculos do Turno 02 (dados coletados no dia 18/07/2012). ................................................................................................................................ 293

    Tabela 63 Fluxos de veculos do Turno 03 (dados coletados no dia 18/07/2012). ................................................................................................................................ 294

    Tabela 64 Fluxos de veculos do Turno 04 (dados coletados no dia 18/07/2012). ................................................................................................................................ 295

    Tabela 65 Fluxos de veculos do Turno 05 (dados coletados no dia 18/07/2012). ................................................................................................................................ 296

    Tabela 66 Fluxos de veculos do Trecho de via 01a. ........................................... 298

    Tabela 67 Fluxos de veculos do Trecho de via 01b. ........................................... 299

    Tabela 68 Fluxos de veculos do Trecho de via 02a. ........................................... 300

    Tabela 69 Fluxos de veculos do Trecho de via 02b. ........................................... 301

    Tabela 70 Fluxos de veculos do Trecho de via 03a. ........................................... 302

  • xiii

    Tabela 71 Fluxos de veculos do Trecho de via 03b. ........................................... 303

    Tabela 72 Fluxos de veculos do Trecho de via 04a. ........................................... 304

    Tabela 73 Fluxos de veculos do Trecho de via 04b. ........................................... 305

    Tabela 74 Fluxos de veculos do Trecho de via 04c. ........................................... 306

    Tabela 75 Fluxos de veculos do Trecho de via 04d. ........................................... 307

    Tabela 76 Fluxos de veculos do Trecho de via 05a. ........................................... 308

    Tabela 77 Fluxos de veculos do Trecho de via 05b. ........................................... 309

    Tabela 78 Fluxos de veculos do Trecho de via 06. ............................................. 310

    Tabela 79 Receiver (Pontos de Recepo de Rudo a h=1,50m) ........................ 327

    Tabela 80 Receiver (Pontos de Recepo de Rudo a h=4,00m) ........................ 327

    Tabela 81 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) ................................................. 328

    Tabela 82 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) - CONTINUAO ................... 329

    Tabela 83 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) - CONTINUAO ................... 330

    Tabela 84 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) - CONTINUAO ................... 331

    Tabela 85 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) - CONTINUAO ................... 332

    Tabela 86 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) - CONTINUAO ................... 333

    Tabela 87 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) - CONTINUAO ................... 334

    Tabela 88 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) - CONTINUAO ................... 335

    Tabela 89 Sources: Road (Fontes Sonoras: Via) - CONTINUAO ................... 336

    Tabela 90 Obstacles: Barrier (Obstculos: Barreira) ............................................ 337

    Tabela 91 Obstacles: Barrier (Obstculos: Barreira) - CONTINUAO .............. 338

    Tabela 92 Obstacles: Barrier (Obstculos: Barreira) - CONTINUAO .............. 339

    Tabela 93 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) ........................................... 340

    Tabela 94 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ............. 341

  • xiv

    Tabela 95 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ............. 342

    Tabela 96 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ............. 343

    Tabela 97 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ............. 344

    Tabela 98 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ............. 345

    Tabela 99 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ............. 346

    Tabela 100 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ........... 347

    Tabela 101 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ........... 348

    Tabela 102 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ........... 349

    Tabela 103 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ........... 350

    Tabela 104 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ........... 351

    Tabela 105 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ........... 352

    Tabela 106 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ........... 353

    Tabela 107 Obstacles: Building (Obstculos: Edifcio) - CONTINUAO ........... 354

    Tabela 108 Obstacles: Contour Line (Obstculos: Curvas de Nvel) ................... 355

    Tabela 109 Obstacles: Contour Line (Obstculos: Curvas de Nvel) - CONTINUAO ...................................................................................................... 356

    Tabela 110 Obstacles: Ground Absorption (Obstculos: Absoro do solo - vegetao)............................................................................................................... 357

  • xv

    LISTA DE ABREVIATURAS

    Av. Avenida

    BA Bahia

    CTB Cdigo de Trnsito Brasileiro

    CHGM Conjunto Habitacional Guilherme Marback

    DOU Dirio Oficial da Unio

    IEC International Electrotechnical Commission

    ISO International Organization for Standardization

    Leq(A) Nvel de presso sonora equivalente A-ponderado

    Lde Indicador de Rudo do Dia-Entardecer

    Ln Indicador de Rudo da Noite

    Lden Indicador de Rudo do Dia-Entardecer-Noite

    NBR Norma Brasileira Regulamentadora

    NPS Nvel de Presso Sonora

    PDDU Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

    PMS Prefeitura Municipal de Salvador

    SEFAZ Secretaria da Fazenda do Municpio de Salvador

    SIG Sistema de Informaes Geogrficas

    UE Unio Europeia

  • xvi

    UNIDADES

    dB(A) Decibel A-ponderado

    Hz Hertz

    Km/h quilmetros por hora

    m metro

    m/s metros por segundo

    m metros quadrados

  • xvii

    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS .................................................................................................... i

    LISTA DE TABELAS .................................................................................................. ix

    LISTA DE ABREVIATURAS ...................................................................................... xv

    UNIDADES ............................................................................................................... xvi

    1. Introduo ......................................................................................................... 20

    1.1. Apresentao ................................................................................................. 20

    1.2. Justificativa ..................................................................................................... 25

    1.3. Problematizao ............................................................................................ 32

    1.4. Objetivos ........................................................................................................ 34

    1.5. Contedo da Dissertao ............................................................................... 35

    2. Referencial terico ............................................................................................ 37

    2.1. Aspectos conceituais e fsicos do som ........................................................... 37

    2.2. Propagao sonora em espaos abertos ....................................................... 41

    2.3. Forma urbana e o comportamento do som .................................................... 43

    2.4. Poluio sonora no Brasil ............................................................................... 49

    2.5. Estudo comparativo de normas e leis nacionais ............................................ 50

    2.6. Gesto da poluio sonora em Salvador ....................................................... 56

    2.7. Experincias e trabalhos acadmicos nacionais sobre acstica urbana ........ 61

    2.8. Mitigao do rudo ambiental na Unio Europeia ........................................... 62

    2.8.1. Diretiva Europeia 2002/49/EC ................................................................. 63

    2.9. Norma francesa NMPB-Routes-96 ................................................................. 69

    2.10. Modelos de predio acstica ...................................................................... 73

  • xviii

    2.11. Guia de Boas Prticas para o Mapeamento Estratgico de Rudo e Produo de Dados associados Exposio ao Rudo ........................................ 77

    2.12. Softwares de mapeamento acstico ............................................................ 83

    3. Objeto de estudo: bairro Imbu.......................................................................... 89

    3.1. Origens e contemporaneidade ....................................................................... 90

    3.2. Perfil de ocupao do bairro Imbu ................................................................ 94

    4. Traado metodolgico para o Mapeamento Acstico ..................................... 101

    4.1. Etapas para o Mapeamento Acstico do bairro Imbu ................................. 103

    4.1.1. Construo da Base Cartogrfica ......................................................... 103

    4.1.2. Setorizao Viria e Tipificao de Vias do bairro Imbu ...................... 103

    4.1.3. Planejamento do mapeamento acstico do Conjunto Habitacional Guilherme Marback e seu entorno imediato ................................................... 103

    4.1.4. Calibrao do Modelo Tridimensional ................................................... 104

    4.1.5. Mapas Acsticos do Conjunto Habitacional Guilherme Marback .......... 104

    4.1.6. Replicao da metodologia para os demais Setores Virios do bairro . 104

    4.2. Recursos utilizados ...................................................................................... 105

    4.2.1. Recursos materiais ............................................................................... 105

    4.3.2. Recursos humanos ............................................................................... 106

    4.3. Medies acsticas: procedimentos e critrios ............................................ 106

    4.4. Registro do fluxo de veculos: procedimentos e critrios ............................. 108

    5. Resultados ...................................................................................................... 110

    5.1. Base cartogrfica para o mapeamento acstico .......................................... 110

    5.2. Setorizao Viria e Tipificao de Vias do bairro Imbu ............................. 115

    5.3. Mapeamento Acstico do Conjunto Habitacional Guilherme Marback ......... 125

    5.3.1. Calibrao do Modelo Tridimensional ................................................... 128

    5.3.1.1. Pontos de medio ........................................................................ 128

    5.3.1.2. Medies acsticas ....................................................................... 135

    5.3.1.3. Organizao e tratamento dos dados de fluxo de veculos para Calibrao do modelo de simulao ........................................................... 136

    5.3.1.4. Confeco e configurao do Modelo Tridimensional ................... 141

  • xix

    5.3.1.5. Resultado da Calibrao do Modelo Tridimensional ...................... 147

    5.3.2. Mapeamento Acstico: resultados e discusses .................................. 150

    5.3.2.1. Organizao e tratamento dos dados de fluxo de veculos para obteno dos Mapas Acsticos .................................................................. 151

    5.3.2.2. Configurao do Modelo Tridimensional para o Mapeamento Acstico ...................................................................................................... 158

    5.3.2.3. Mapeamento acstico: mapas e vistas 3D .................................... 160

    6. Consideraes finais ....................................................................................... 208

    7. Referncias Bibliogrficas .............................................................................. 216

    8. Apndices ....................................................................................................... 223

    9. Anexo .............................................................................................................. 358

  • 20

    1. INTRODUO

    1.1. APRESENTAO

    O presente trabalho insere-se no campo temtico da Acstica, como cincia

    dos fenmenos sonoros que consiste na produo, propagao e recepo do som,

    abrangendo os conhecimentos da Acstica Fsica, estudo da produo e

    propagao do som, e os conhecimentos da Psico-acstica, estudo da percepo do

    som, que define como o homem percebe o som em seu entorno.

    As atividades humanas geralmente provocam alteraes nos meios fsico,

    biolgico e antrpico, ou seja, a cadeia de efeitos que se produzem no meio natural

    resulta do lanamento ou liberao, em um ambiente, de matria ou energia, em

    quantidade ou intensidade tais que o tornem imprprios s formas de vida que ele

    normalmente abriga, ou prejudiquem os seus usos (MOTA, 1997).

    Uma das formas crescente de contaminao do meio ambiente a poluio

    sonora, constituda de rudos diversos, que se caracterizam como sons

    desagradveis ou prejudiciais. Embora a percepo do rudo seja subjetiva, estudos

    sobre a sensibilidade do aparelho auditivo intensidade sonora revelam os limites

    de audibilidade e de dor no ser humano, e comprovam que a exposio a

    determinados tipos de rudo tende a ser prejudicial sade e ao bem estar do

    homem (GERGES, 1998).

    Os estmulos sensoriais que o homem recebe durante sua vida so, em sua

    grande maioria, frutos de sua interveno no meio ambiente natural. Ferreira (2008),

    afirma que a influncia e a importncia do meio urbano para o sentido da audio

    pode ser evidenciada pela predominncia comparativa dos sons humano,

    produzidos por utenslios e tecnologias do mundo contemporneo. A problemtica

    do rudo e seus efeitos no homem tornaram-se mais relevantes a partir do comeo

    da Revoluo Industrial devido ao surgimento de maquinaria potente tanto em

    fbricas quanto nas construes, alm de novos meios de transporte todos eles

    fontes sonoras de grande intensidade. O desenvolvimento da indstria e o

  • 21

    crescimento das cidades resultaram atualmente em um mundo essencialmente

    urbano e crescentemente ruidoso.

    No Brasil, segundo o censo demogrfico de 2010, 84% da populao vive em

    cidades (IBGE, 2010). Essa expanso urbana eliminou o silncio de boa parte do

    Planeta e, hoje, o rudo se constitui como um dos agentes contaminantes mais

    nocivos sade humana (SANTOS, 2004).

    O crescimento das populaes urbanas amplia a mobilidade e propicia a

    instalao de comrcio e indstria em reas antes estritamente residenciais.

    Acarretando desenvolvimento de forma rpida e muitas vezes pouco planejado, sem

    buscar formas menos impactantes em diversos aspectos, como o caso da

    exposio ao rudo de transporte rodovirio.

    A mobilidade urbana na cidade de Salvador concentra-se sobremodo no

    transporte rodovirio que se caracteriza predominantemente pela propulso

    mecnica por meio de motores de combusto altamente ruidosos e deslocamento

    em faixas de rolamento cujo fenmeno de atrito do contato pneu-solo tambm

    contribui para um incremento nos nveis de rudo, no bastasse o rudo produzido

    pelo atrito aerodinmico e escassa educao para o trnsito dos motoristas e

    pedestres.

    Rudo em excesso provoca efeitos negativos ao ser humano, com reflexos em

    todo o organismo e no apenas no aparelho auditivo. A noo do que barulho

    pode variar de pessoa para pessoa, mas o organismo tem limites fsicos para

    suport-lo. A OMS, Organizao Mundial de Sade (WHO, 1999), determina valores

    de nveis de rudo limite e seus efeitos na sade e bem estar dos indivduos

    expostos a eles, tais como:

    Para preservar uma boa qualidade do sono o nvel sonoro no deve exceder

    aproximadamente 45dB(A) mais do que 15 vezes na noite;

    A populao est protegida de danos tanto fsicos quanto psquicos quando

    exposta a rudos com intensidade de at 55dB(A);

    Rudos de 56dB(A) a 75dB(A) podem incomodar, sendo considerados a

    partir da o incio do estresse auditivo;

    A noite o nvel sonoro externo em locais residenciais no devem exceder

  • 22

    60dB(A), permitindo que as pessoas possam dormir com as janelas abertas,

    visto que a reduo do rudo de fora para dentro com as janelas

    parcialmente abertas de aproximadamente 15dB(A);

    Efeitos cardiovasculares esto associados longa exposio, durante as

    24h do dia, a rudos de trfego acima de 65dB(A).

    Atualmente, o rudo uma das perturbaes que mais afetam os seres vivos,

    tanto de dia quanto de noite, e tanto no exterior quanto no interior das residncias e

    locais pblicos. A poluio sonora cresce a cada dia, ocasionando nveis acima dos

    normatizados para ambientes internos e externos, e juntamente com a poluio do

    ar, das guas, do solo, visual e a alterao das reas verdes tem sido um dos

    grandes fatores da degradao da sociedade moderna. O aumento de circulao de

    veculos, da potncia dos mesmos, a proliferao de trfego areo e sobre trilhos

    em meio a ncleos urbanos, o maior uso da maquinaria industrial, o incremento de

    rudo nas atividades de lazer, a incorporao dos aparatos eltricos em locais

    abertos e fechados, entre outros, provocam um aumento do rudo ambiental,

    usualmente conhecido como poluio sonora.

    O controle desse desequilbrio deve ser incorporado prtica, visando

    avaliao sistemtica do grau de poluio existente nas cidades, sempre procura

    de solues alternativas para as situaes constatadas, e ampliando o

    conhecimento no campo preventivo visando a elaborao e implementao de

    planos, programas, projetos e legislao urbansticas. Ratificando a posio de Mota

    (1999) de que preciso enfatizar, justificar e transmitir tanto a possibilidade quanto

    necessidade de se ocupar as cidades de forma consciente, as medidas de

    conservao do meio ambiente devem ser planejadas e implementadas de forma

    integrada, uma vez que os recursos naturais se inter-relacionam.

    equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia

    qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e

    coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as

    presentes e futuras

    Meio Ambiente) da Constituio Federal (BRASIL, 1988)

  • 23

    Segundo a Resoluo n1 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio

    Ambiente), (BRASIL - CONAMA, 1990a), na execuo dos projetos de construo

    ou de reformas de edificaes para atividades heterogneas, o nvel de som gerado

    por uma delas no poder ultrapassar os nveis estabelecidos, assim como a

    emisso de rudos gerados por veculos automotores e os gerados no interior dos

    ambientes de trabalho, obedecero s normas expedidas. Delega, tambm, Poder

    de Polcia s entidades e rgos pblicos (federais, estaduais e municipais)

    competentes o controle da emisso ou proibio da emisso de rudos gerados por

    quaisquer meios ou de qualquer espcie, considerando sempre os locais, horrios e

    natureza das atividades emissoras, com vistas a compatibilizar o exerccio das

    atividades com a preservao da sade e do sossego pblico.

    Segundo Barretto (2007), citadinos esto perturbados, tendo comprometidos

    seu raciocnio, a comunicao oral, a educao, o bem-estar e a sobrevida,

    limitando as potencialidades humanas. O prprio desenvolvimento scio-econmico

    afetado pela dificuldade de compreender e reagir contra seus acusticamente

    poludos meios urbanos, industriais e de lazer, piorados pela alta densidade

    populacional. Percebe-se, hoje, um crescente interesse do poder pblico em evitar

    maiores danos sade da populao, adotando medidas a fim de prepar-los

    melhor, intelectual e psicologicamente.

    No entanto, segundo Souza (2000), em pases mais tardiamente

    industrializados ou urbanizados como o Brasil, o rudo ambiental aumenta

    continuamente, pois estes procuram modernizar-se apressadamente, tornando seus

    ambientes sonoros insalubres pelo uso intensivo de equipamentos ultrapassados e

    barulhentos. Mostram-se incapazes de desenvolverem-se com tecnologias limpas e

    mais modernas sem priorizar a reduo dos impactos ambientais.

    Considerando-se a Poluio Sonora, podemos afirmar que no se trata apenas

    de uma questo de desconforto acstico. Em ruas e avenidas as fontes geradoras

    de rudo so mveis: caminhes, carros, nibus, trens e metrs, por isso, no h

    como autu-los individualmente, mas existem formas de controlar a emisso desse

    poluente criando-se leis reguladoras e polticas pblicas capazes de atuar direto na

    fonte.

  • 24

    Segundo Barretto (2007), o rudo apresenta algumas diferenas quando

    comparado aos demais agressores do meio ambiente e percebem-se inmeras

    reaes das pessoas perante a exposio a ele. Dentre as quais se destacam:

    O rudo gerado em toda parte e alcana a todos, no sendo fcil control-

    lo na fonte como a poluio do ar e da gua;

    Embora o rudo produza efeitos cumulativos no organismo, do mesmo modo

    que outras modalidades de poluio, diferencia-se por no deixar resduo no

    ambiente to logo seja interrompido;

    A dificuldade de estabelecer correlaes diretas com outras doenas

    (hipertenso, estresse, aumento do nmero de acidentes), faz do rudo um

    Um nico sentido capaz de detectar o som: o ouvido, e efeitos negativos

    ao aparelho auditivo ocorrem aps a exposio a rudos acima de

    determinada intensidade sonora por um determinado perodo de exposio,

    e seus efeitos podem ser percebidos em longo prazo, a exceo de traumas

    acsticos;

    O conhecimento sobre os efeitos do rudo no organismo ainda no est

    suficientemente divulgado e a sociedade no se sente motivada para

    combat-lo, se sentindo mais capacitada para exigir ao poltica acerca da

    poluio do ar e da gua, do que a respeito da poluio sonora.

    De acordo com Murgel (2007), devemos entender o comportamento do som no

    espao para controlar sua produo e propagao de forma a tornar a cidade

    habitvel. Para tanto, a Gesto e o Planejamento Urbano so aspectos

    fundamentais na obteno de um ambiente equilibrado. De modo a alcanar este

    objetivo faz-se necessrio:

    Planejar as vias, sua morfologia, implantao e localizao;

    Planejar o uso do solo, pois uma cidade pensada de forma integrada procura

    salvaguardar as reas residenciais das zonas ruidosas, alm de aproveitar a

    morfologia natural da cidade, seus embarreiramentos e atributos naturais

    que contribuam no controle do rudo;

  • 25

    Controlar o gabarito das edificaes, procurando evitar a formao de

    intensidade sonora do rudo de trafego;

    Elaborar estratgias de implantao e/ou condicionar a volumetria das

    edificaes tendo em vista a melhor conformao do meio urbano frente aos

    condicionantes ambientais.

    A conscincia ecolgica no Brasil ainda no alcanou um estgio de

    desenvolvimento que relacione a evoluo tecnolgica com o controle e a preveno

    da poluio sonora, portanto, existe a demanda de trabalhos que estimulem a

    pesquisa e orientem nesse sentido. Faz-se, pois, pertinente e coerente que sejam

    incorporadas estratgias e recomendaes de controle e condicionamento do rudo

    no meio urbano de forma institucionalizada.

    O estudo do rudo como parmetro para o planejamento urbano e territorial

    um tema instigante, e por esta razo, o presente projeto de dissertao coloca-o

    como seu foco adotando como objeto de estudos o bairro Imbu com o propsito de

    desenvolver o mapeamento do rudo de trfego rodovirio deste bairro, cuja

    metodologia possa ser aplicada para os demais bairros da cidade.

    1.2. JUSTIFICATIVA

    Os nveis sonoros tpicos encontrados em meio urbano e produzidos durante

    atividades humanas, com valores que expressam em grandeza acstica uma

    variao do umbral da dor at o limiar da audio, encontram-se na Tabela 01,

    organizada por Souza (2004). Nesta gama de valores percebe-se que valores acima

    de 50dB(A) so os mais usuais, ruas tranquilas alcanam este valor, enquanto que

    em ruas pouco transitadas os nveis ficam em torno de 60dB(A) e pra ruas de

    trfego intenso 75dB(A).

  • 26

    Tabela 01 Nveis de presso sonora (NPS) tpicos em dB(A)

    NPS dB(A)

    Descrio da atividade ou fonte sonora associada ao nvel sonoro

    NPS dB(A)

    Descrio da atividade ou fonte sonora associada ao nvel sonoro

    120 UMBRAL DA DOR, avio a 4 metros (no jato) 50 Ventilador, rua tranquila

    110 Motocicleta com escape livre, discoteca, troves 45 Sala de estar tranquila

    95 Fbrica metalrgica, oficina , motocicleta 40 Msica suave, voz normal, ambiente calmo

    80 Escritrio muito ruidoso, aparelho de rdio em mxima potncia, restaurante ruidoso, misturador de concreto a 15 metros, gritos

    35 Estdio, biblioteca

    75 Escritrio ruidoso, interior de automvel a 64 km/h, rua transitada

    30 Voz baixa, lar tranquilo

    70 Oficina mecnica, grande escritrio, restaurante, grandes armazns

    10 Murmrio de folhas

    65 Conversao em voz alta, escritrio 5 Laboratrio de acstica bem condicionado, silncio extraordinrio

    60 Restaurante tranquilo, rua pouco transitada 0 UMBRAL DA AUDIO HUMANA

    55 Conversao normal, pequeno comrcio

    Fonte: adaptado a partir de SOUZA, 2004

    Ohrstrom (2005), afirma que desde 1992 a poluio sonora representa o nico

    impacto ambiental sobre o qual o nmero de queixas tem aumentado e o rudo em

    excesso provoca efeitos negativos que podem ser observados a curto e longo prazo,

    com reflexos em todo o organismo e no apenas no aparelho auditivo, podendo

    ocasionar doenas tanto fisiolgicas quanto psicossomticas.

    Segundo Manzana (1998), rudos at 50dB(A) no provocam efeitos negativos

    ao ser humano; entre 50 e 65dB(A) diminuem a concentrao e prejudicam a

    produtividade no trabalho intelectual; entre 65 a 70dB(A) diminuem a resistncia

    imunolgica e induzem a liberao de endorfina, tornando o organismo dependente;

    e os nveis sonoros acima de 70dB(A) aumentam os riscos de enfarte, infeces,

    entre outras enfermidades, alm da ocorrncia de possveis alteraes no sistema

    auditivo.

    A interferncia do rudo durante o descanso e o sono do ser humano a maior

    causa de incmodo e sua maior interferncia causada pelo rudo intermitente, a

    exemplo da passagem de veculos pesados, de avies e de trens prximos s

    habitaes. Ressalta-se que possvel preservar a qualidade fisiolgica do sono,

    considerando o tempo total de sono, durao de estgios profundos e tempo

    passado despertado, se o nvel de rudo mdio for inferior a 40dB(A) para rudo de

    trnsito. Ainda segundo Manzana, cerca de 80% da populao urbana est sujeita a

    nveis de rudo acima dos 65dB(A), provenientes, principalmente, do trfego, e 10%

    esto expostos a valores acima dos 75dB(A).

  • 27

    A seguir, enumeram-se as principais fontes de rudo em categorias adaptando-

    se a classificao proposta por Cremonesi (1985):

    Fontes estacionrias (construo civil, fbricas, equipamentos urbanos, e,

    estabelecimentos diversos a exemplo de boates, bares, restaurantes, etc.);

    Rudo produzido pelo Homem, portanto, fontes estacionrias ou mveis (tais

    como o dilogo, prtica de esportes, etc.);

    Provenientes do trfego aerovirio (fontes mveis de qualquer porte sejam

    de passageiros ou cargas, de uso civil ou institucional, a exemplo de avies

    e helicpteros, etc.);

    Provenientes do trfego ferrovirio (fontes mveis de qualquer porte sejam

    de passageiros ou cargas, de uso civil ou institucional, a exemplo do metr

    ou trens, etc.);

    Provenientes do trfego hidrovirio (fontes mveis de qualquer porte sejam

    de passageiros ou cargas, de uso civil ou institucional, a exemplo de navios

    de carga ou ferryboats de passageiros, etc.);

    Provenientes do trfego rodovirio (fontes mveis de qualquer porte sejam

    de passageiros ou cargas, de uso civil ou institucional, a exemplo de nibus,

    caminhes, carros de passeio e motocicletas, etc.).

    Existem diversas fontes de rudo no meio urbano, dentre os quais se destacam

    pela intensidade em que ocorrem, os rudos provenientes do trfego em qualquer

    meio, por terra, ar ou gua. Ainda que os meios de transporte sejam elementos

    fundamentais para a mobilidade humana e para o desenvolvimento urbano, quando

    so implantados sem o devido planejamento, impactam negativamente no meio

    ambiente da cidade.

    Dentre os inmeros desafios das cidades contemporneas, a mobilidade um

    dos mais discutidos atualmente. Cada vez mais pessoas se aglomeram nos centros

    urbanos, que na realidade baiana e por vezes brasileira, no se mostram capazes

    de garantir a franca circulao de bens e pessoas em seus territrios.

    Os deslocamentos intra e interurbanos so lentos e tornaram-se

    progressivamente mais ineficientes uma vez que o transporte de massa no

    priorizado em detrimento ao transporte individual. Cada vez mais veculos de

  • 28

    pequeno porte, com ocupao inferior capacidade mxima dos mesmos, circulam

    pelas ruas e avenidas dos centros urbanos, resultando em uma grande quantidade

    de veculos com capacidade ociosa.

    A este ponto, agrega-se, o fato de que a rede viria, muitas vezes, no est

    adequada s novas demandas por transporte, seja ele individual ou coletivo. Falta

    espao para que o trfego rodovirio atual flua sem maiores congestionamentos. Em

    cidades brasileiras como Salvador, at mesmo a convivncia dos pedestres com os

    veculos automotivos se faz de forma desigual, pois a conservao e oferta do

    espao para o pedestre menos priorizado que o espao do trfego rodovirio.

    Segundo Souza (1991), h pouco mais de vinte anos, pesquisas j

    constataram que os veculos automotores (Figuras 01 e 02) so responsveis por

    at 80% do total de rudo existente nas grandes metrpoles, variando no s com a

    maior ou menor participao de automveis e caminhes, varia tambm com a

    declividade das ruas, contato pneu-pavimento, paradas e arranques nos

    cruzamentos, obstculos dispostos lateralmente, taludes, arrimos, dentre outros,

    interagindo com a morfologia espacial.

    Figura 01 Fontes de rudo no automvel.

    Fonte: ARAJO, 2006 apud FERREIRA, 2008

  • 29

    Figura 02 Nveis de rudo mximos admissveis (permitida pela legislao portuguesa) de algumas fontes mveis encontradas no trfego rodovirio.

    Fonte: PORTUGAL, 2004.

    Os resultados de pesquisa (ZANNIN, 2002) realizada na cidade de Curitiba, no

    estado do Paran, registram 73% (Figura 03) dos entrevistados apontando o trnsito

    como maior causa de incmodo sonoro, superando em quase o dobro, o percentual

    de 38% daqueles que so importunados pelos vizinhos. Na cidade de Salvador-BA,

    Souza (1991) registrou elevados nveis de rudo nas vias pesquisadas, entre 70 e

    90dB(A). No entanto, outra pesquisa (ARAJO, 2006 apud FERREIRA, 2008) que

    objetivou avaliar o impacto provocado pelo rudo de trfego por meio de medies e

    entrevistas em uma via de Salvador-BA, constatou que a maioria dos entrevistados

    no se sentia incomodada com o rudo gerado pelo fluxo de veculos na via

    estudada. Estes nveis encontravam-se entre 77 e 81dB(A), valores que

    comprovadamente acarretam malefcios sade humana, ainda que a maioria dos

    entrevistados apresentem uma aparente adaptao, tais nveis proporcionam

    insalubridade aos ambientes sob influncia desta via ainda que haja uma aparente

    tolerncia por parte da populao.

  • 30

    Figura 03 Causas de incmodo sonoro na populao de Curitiba

    Fonte: Zannin (2002)

    A cidade de Salvador, segundo a Organizao Mundial de Sade, foi na

    dcada de 90 a cidade mais barulhenta do Brasil e ocupa, atualmente, o sexto lugar

    entre as capitais dos estados brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de

    Meio Ambiente - IBAMA. A legislao de controle da poluio acstica data do final

    da dcada de 90, o Cdigo de Obras do Municpio em vigor no possui posturas

    relativas s diretrizes de controle acstico e o Plano Diretor de Desenvolvimento

    Urbano - PDDU em vigor apresenta de forma incipiente a questo da acstica

    urbana.

    O estudo do impacto dos rudos produzidos pelas fontes sonoras provenientes

    do trfego rodovirio na paisagem sonora da cidade adquire considervel

    importncia em cidades como Salvador, onde h predominncia do trfego

    rodovirio como meio principal de transporte de mercadorias e passageiros. O poder

    pblico soteropolitano, por meio de suas polticas de transporte urbano contidas no

    PDDU de Salvador, Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, de 2008, continua

    priorizando o transporte rodovirio que, mesmo aps a definio de parmetros

    reguladores da emisso sonora de veculos para a indstria automotiva por meio das

    veculo em acelerao e na condio parado, para veculos automotores nacionais e

    importados, excetuando- ispe sobre os limites

    mximos de rudos, com o veculo em acelerao e na condio parado, para

  • 31

    - CONAMA, 1993a e 1993b) e a resoluo

    nos v -

    CONAMA, 1997), traz grandes contribuies de rudo ao ambiente acstico das

    cidades.

    Na cidade de Salvador, de acordo com a pesquisa de Souza (1991), os nveis

    de rudo nas vias encontram-se acima dos padres fixados pela NBR 10.151 (ABNT,

    1987), entre 70 e 90dB(A), portanto, nveis incomodativos. Segundo a mesma

    pesquisa, os ndices de rudo urbano caracterizados pelo trfego rodovirio variam

    em funo da hierarquia do sistema virio.

    Atualmente, as vias destinadas ao trfego intenso, como as vias de vale de

    Salvador, tm suas laterais e vizinhanas progressivamente ocupadas por

    edificaes cuja destinao requer silncio, sejam elas residenciais, comerciais ou

    servios, tais como hospitais e clnicas. Via de regra, esta ocupao permitida sem

    maiores exigncias por parte da legislao local de adequaes no tocante ao

    isolamento acstico.

    O rudo resultante de diferentes fluxos de veculos pode ser alterado pelas

    reflexes sonoras que ocorrem nas edificaes laterais e pelas reflexes

    decorrentes da topografia. Evidenciando que a inadequao do planejamento virio

    e da legislao do uso do solo pode e tende a agravar o rudo proveniente do

    trfego, na medida em que a cidade se adensa ao longo de suas principais vias.

    Esto questo agravada na medida em que as vias de menor porte passam a

    assumir caractersticas de fluxo de veculos superior s que lhes foi planejada ou

    que permita sua caixa de via. Vias locais ou de acesso a reas silenciosas, a

    exemplo das coletoras, so convertidas em corredores de trfego, ao serem

    encaradas pelo poder pblico apenas como canal de trfego, e no como um dos

    elementos estruturantes da vida no espao do bairro.

    Percebe-se, em Salvador, uma desvinculao entre as diretrizes de

    planejamento virio, que proporcionem proteo s reas internas das edificaes

    em relao ao rudo de trfego nos espaos lindeiros s avenidas, e os

    requerimentos tecnicamente embasados em estudos desta realidade.

  • 32

    O trnsito rodovirio , portanto, uma das fontes de rudo mais impactante na

    vida da cidade e deve ser, pois, estudado e caracterizado seu impacto no

    crescimento e desenvolvimento urbano.

    1.3. PROBLEMATIZAO

    A cidade de Salvador tem experienciado juntamente maioria das demais

    empreendimentos residenciais, alm dos empreendimentos comerciais como os

    recentes Shoppings, grandes polos de concentrao de trfego.

    Cada rea da cidade, sejam bairros ou vias, deve preservar um nvel de rudo

    recomendado para sua funo relacionado ao uso do solo predominante para a

    rea. No entanto, outros fatores alm do fluxo de pessoas e veculos tendem a

    aumentar estes nveis de rudo, a forma urbana condiciona fortemente o

    comportamento do rudo (CETUR, 1981 apud SOUSA, 2004).

    A organizao espacial dos elementos fsicos da cidade, sejam eles

    construdos ou naturais, condiciona o comportamento do rudo (Adaptado a partir de

    SOUSA, 2004):

    O lote condiciona a forma da edificao e, consequentemente, a forma

    urbana;

    Os recuos regula a distribuio espacial da rea edificada no lote,

    relacionando-se os recuos laterais e os recuos em relao via, no entanto,

    s possuem atenuao eficaz se a distncia entre a fonte de rudo e o

    receptor for superior a 20 metros, ou seja, funcionam para caixas de via de

    maiores dimenses;

    A envoltria do edifcio tambm condiciona o rudo. O tipo de material

    empregado no revestimento da fachada da edificao pode favorecer a

    absoro do rudo urbano contribuindo para a diminuio da intensidade

    sonora resultante. Os fechamentos sejam paredes, esquadrias ou vedaes,

    podem ser definidos de forma a melhorar o isolamento acstico no interior

    das edificaes. O desenho da fachada pode favorecer reflexes do rudo de

    volta via, incrementando o nvel de presso sonora na mesma, ou ajudar

  • 33

    na disperso da energia sonora.

    A rua, a depender da concentrao e densidade da massa edificada em

    ambos os lados da via, pode ser caracterizada em duas tipologias, o perfil

    -se pela existncia de edificaes em

    ambos os lados, implantadas de forma contnua, possuindo gabarito

    elevado. Inmeras reflexes ocorrem decorrentes das fachadas ocasionando

    nveis de rudo elevados, e at superiores nos andares altos se comparados

    aos andares baixos. Este tipo de configurao comum em grandes centros

    urbanos e possui um campo sonoro reverberante, parcialmente difuso, que

    proporciona uma intensificao

    caracteriza-se por uma rua de tecido urbano aberto, ou seja, suas

    edificaes encontram-se implantadas de forma descontnua, com gabarito

    reduzido ou esto dispostas apenas em um dos lados da via. Neste caso,

    no existem maiores obstculos entre a fachada da edificao e a fonte do

    rudo, o nvel sonoro diminui na medida em que o receptor est afastado da

    fonte, no havendo reflexes importantes do rudo produzido nestes locais,

    esta tipologia de via possui u

    A topografia e o revestimento do solo tambm contribuem na reflexo do

    rudo no ambiente acstico, tanto devido ao volume que representam

    enquanto superfcies refletivas ou fonoabsorventes quanto sua morfologia,

    contribuindo ou no para a disperso da energia sonora de um determinado

    local.

    Os ndices urbansticos, tais como, as taxas de ocupao e de e os recuos

    frontais e laterais atribuem uma maior probabilidade da amplificao do rudo em

    uma determinada rea, na medida em que regulam e condicionam a morfologia

    urbana de determinada regio (BRITO, SOUZA E BARRETTO, 2010).

    Pretende-se, pois, estudar o ambiente acstico proporcionado pela contribuio

    do trfego rodovirio no bairro Imbu, local que possui grande quantidade de vias

    lados da via), com de edificaes de elevados gabaritos, e cujos ndices urbansticos

    prognostiquem ao seu adensamento. A elevao de gabarito e o aumento da

    ocupao do lote, seguindo a tendncia dos ltimos Planos Diretores foram

    condicionantes para a escolha do local a ser simulado, alm das caractersticas

  • 34

    socioeconmicas locais que propiciam maiores gabaritos de edifcios residenciais e

    a implantao de polos concentradores de trfego, tais como equipamentos urbanos

    a exemplo de shoppings, centros comerciais e de uso misto.

    Para desenvolver os estudos sobre o planejamento urbanstico e seu impacto

    no ambiente acstico da cidade de Salvador, torna-se necessrio conhecer os nveis

    sonoros de fontes significativas, tais como os meios de transporte, indstrias e

    equipamentos urbanos produtores de rudo, para determinar os nveis sonoros de

    excedncia e consequentes medidas mitigadoras destes impactos.

    Devido tendncia de verticalizao do solo urbano e concentrao de

    pessoas prximas s vias de trfego rodovirio de maior intensidade, deve-se

    constatar os nveis de rudo provenientes desta fonte sonora no cenrio atual, como

    tambm, os decorrentes de posteriores projees consequentes de mudanas nos

    padres de ocupao e uso do solo vigentes e/ou incremento dos ndices

    urbansticos. O Mapeamento Acstico , pois, uma ferramenta para prever o impacto

    do adensamento urbano nas cidades.

    1.4. OBJETIVOS

    O Objetivo Geral desta dissertao desenvolver uma metodologia para o

    Mapeamento Acstico do Rudo de Trfego Rodovirio, tendo em foco uma parcela

    do bairro Imbu, localizado na cidade de Salvador-Ba.

    Faz-se necessrio cumprir os seguintes Objetivos Especficos:

    Setorizar e tipificar as vias do bairro Imbu, determinando o Setor Virio a ser

    mapeado, correspondente ao Conjunto Habitacional Guilherme Marback e

    seu entorno imediato.

    Construir em meio digital, por meio de Software de Simulao Acstica, um

    Modelo Tridimensional incluindo-se tanto os elementos fsicos (topografia,

    edifcios, barreiras e vegetao de porte), quanto as fontes sonoras (vias).

    Calibrar o Modelo Tridimensional.

  • 35

    Representar em Mapas Acsticos, o nvel mdio de rudo de longo prazo do

    trfego rodovirio para os perodos diurno (7-22h), noturno (22-7h) e para

    todo o dia (24h).

    Analisar a propagao do rudo de trfego rodovirio e comparar os nveis

    calculados aos critrios brasileiros de avaliao do rudo ambiental.

    1.5. CONTEDO DA DISSERTAO

    A dissertao composta de sete captulos, doze apndices e um anexo.

    justificativa, expe a problematizao desta dissertao e seus objetivos geral e

    especficos.

    bibliogrfico desta dissertao, cujo contedo consiste de: aspectos conceituais e

    fsicos do som; princpios da propagao sonora em espaos abertos; a forma

    urbana e o comportamento do som; poluio sonora no Brasil; estudo comparativo

    de normas e leis nacionais; gesto da poluio sonora em Salvador; experincias e

    trabalhos acadmicos nacionais sobre poluio sonora; mitigao do rudo ambiental

    na Unio Euro -Routes-

    de alguns modelos de predio acstica; reviso bibliogrfica dos principais

    Mapeamento Estratgico de Rudo e Produo de Dados associados Exposio

    -AEN, 2007); e, compilao de caractersticas dos Softwares de

    Mapeamento Acstico disponveis no mercado atual, incluindo-se o software

    viabilizado para esta pesquisa.

    Objeto de estudo: bairro I -se um histrico do

    bairro, caracterizando-se suas origens e contemporaneidade alm de um

    cedido pela Secretaria da Fazenda do Municpio de Salvador

    (SEFAZ-PMS).

    -se a

    exposio das etapas para o Mapeamento Acstico do bairro Imbu, os recursos

  • 36

    materiais e humanos utilizados no desenvolvimento deste trabalho, os

    procedimentos e critrios das medies acsticas e do registro de fluxo de veculos.

    -se os produtos desta dissertao,

    que consistem de:

    Base Cartogrfica do bairro Imbu.

    Setorizao Viria e Tipificao de Vias do bairro Imbu.

    Mapeamento Acstico do Conjunto Habitacional Guilherme Marback e seu

    entorno imediato: mapas acsticos horizontais e verticais e vistas 3D do

    nvel mdio de rudo de longo prazo do trfego rodovirio para os perodos

    diurno (7-22h), noturno (22-7h) e para todo o dia (24h) e mapas acsticos

    horizontais e verticais e vistas 3D dos nveis de excedncia dos nveis

    calculados comparados a parmetros nacionais de rudo ambiental.

    e as consequncias dos resultados. Trata-se tambm de recomendaes para

    futuras inves