MAPEAMENTO ESTRATÉGICO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE ... · competitividade para as empresas que...
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PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTA GROSSA
SECRETARIA MUNICIPAL DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
MAPEAMENTO ESTRATÉGICO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIALIDADES
ECONÔMICAS DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA - PR
PONTA GROSSA
2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTA GROSSA
SECRETARIA MUNICIPAL DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
SECRETARIA MUNICIPAL DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO
E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
MAPEAMENTO ESTRATÉGICO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIALIDADES
ECONÔMICAS DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA – PR
Apoio: FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ
Emerson Leonardo Schmidt Iaskio
Marcelo Percicotti
Marcelo Alves
PONTA GROSSA
2013
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Classificação do índice de gestão fiscal de Ponta Grossa ...................... 20
Figura 2 – Abrangência do APL de cal e calcário do Paraná .................................... 38
Figura 3: Convergência de rodovias em Ponta Grossa ............................................ 39
Figura 4 – Malha Ferroviária do Paraná ................................................................... 41
Figura 5 – Distância de Ponta Grossa aos principais portos .................................... 43
Figura 6 – localização dos estabelecimentos industriais em Ponta Grossa.............. 45
Figura 7 - Desenho ilustrativo das subestações que servem Ponta Grossa ............ 46
Figura 8 – Mapas climáticos de Ponta Grossa ......................................................... 48
Figura 9 – Alcance populacional a partir de Ponta Grossa ....................................... 54
Gráfico 1 – Trabalhadores com carteira assinada em Ponta Grossa em 2011 .. 14
Gráfico 2 - Composição do Produto Interno Bruto de Ponta Grossa ................. 14
Gráfico 3 – Atividades industriais que mais empregam em Ponta Grossa ............... 16
Gráfico 4 - Composição do índice de gestão fiscal em Ponta Grossa ...................... 21
Gráfico 5 – Gastos municipais de Ponta Grossa por função em 2012 ............... 22
Gráfico 6 – Distribuição por classe de rendimento nominal mensal 2010 ................ 24
Gráfico 7 - Principais blocos de destino da exportação de Ponta Grossa em 2011 . 36
Gráfico 8 – Volume de exportações dos Campos Gerais ......................................... 42
Gráfico 9 – Volume de importações dos Campos Gerais ......................................... 43
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9
1.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 10
2 SUMÁRIO EXECUTIVO ....................................................................................... 11
2.1 FORÇAS .......................................................................................................... 11
2.2 OPORTUNIDADES .......................................................................................... 12
2.3 FRAQUEZAS.................................................................................................... 12
2.4 AMEAÇAS ........................................................................................................ 13
3 INDICADORES SOCIOECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA . 13
3.1 O MERCADO DE TRABALHO EM PONTA GROSSA ..................................... 23
3.2 ESTRUTURA DE EDUCAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL .............. 27
4 POTENCIAL AGRÍCOLA .................................................................................... 30
5 POTENCIAL INDUSTRIAL .................................................................................. 31
5.1 COMÉRCIO EXTERIOR .................................................................................. 34
6 POTENCIAL LOGÍSTICO .................................................................................... 39
6.1 POTENCIAL RODOVIÁRIO ............................................................................. 39
6.2 POTENCIAL FERROVIÁRIO............................................................................ 40
6.3 POTENCIAL PARA A INTERMODALIDADE .................................................... 42
6.4 POTENCIAL AÉREO ........................................................................................ 44
6.5 LOCALIZAÇÃO DAS INDÚSTRIAS EM PONTA GROSSA ............................. 45
7 POTENCIAL DE ATRATIVIDADE DE NOVOS INVESTIMENTOS ..................... 46
7.1 INFORMAÇÕES SOBRE ENERGIA ................................................................ 46
7.2 INFORMAÇÕES SOBRE GÁS NATURAL ....................................................... 46
7.2.1 Localização da estação de distribuição de gás natural, pressão e diâmetro da tubulação: ............................................................................................................... 47
7.2.2 Menor valor calorífico ..................................................................................... 47
7.3 INFORMAÇÕES SOBRE O FORNECIMENTO DE ÁGUA .............................. 47
7.4 INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS ........................................................................ 47
7.5 OUTRAS INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS: ....................................................... 49
7.5.1 – Temperatura ................................................................................................ 49
7.5.2 – Umidade ...................................................................................................... 49
7.5.3 – Chuvas ........................................................................................................ 49
7.5.4 – Terremotos .................................................................................................. 49
8 PROSPECÇÃO DE FUTURO .............................................................................. 51
8.1 POTENCIAL DE CONSUMO ........................................................................... 53
8.2 ALCANCE POPULACIONAL ............................................................................ 54
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 55
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1 INTRODUÇÃO
O Paraná é um dos melhores estados brasileiros para receber investimentos. São
vários os diferenciais competitivos apresentados. É um dos maiores produtores agrícolas
do Brasil, impulsionando a agroindústria e o mercado de alimentos, além de possuir um
patio fabril moderno e diversificado, tornando-o um dos mais atraentes para a implantação
de indústrias, centros de distribuição de mercadorias, estabelecimentos comerciais e
prestadores de serviços.
Ponta Grossa figura entre as cidades de maior destaque no estado, junto com
Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. Localizada na Mesorregião Centro
Oriental do Paraná, próximo à capital paranaense, ao Aeroporto Internacional Afonso
Pena e ao Porto de Paranaguá, com o 2º melhor entroncamento rodoviário do Brasil e a
melhor malha ferroviária do Sul do país, Ponta Grossa certamente oferece condições de
competitividade para as empresas que decidirem se instalar no município.
Vale destacar que a cidade possui alta tecnologia e produtividade em soja e
milho, e aqui foi desenvolvida a tecnologia do Plantio Direto ou na Palha. A Região possui
uma das principais bacias leiteiras do país, com um rebanho de alta qualidade.
A cidade de Ponta Grossa possui o maior e mais diversificado parque industrial do
interior do Paraná.
O presente trabalho apresenta um panorama das potencialidades de investimento
no município de Ponta Grossa, informando sobre infraestrutura, características produtivas,
mercado de trabalho e outras informações relevantes ao empresário que fizer a opção de
instalar a sua empresa na cidade.
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1.1 APRESENTAÇÃO
A atração de investimentos produtivos é um dos grandes desafios para qualquer
cidade que queira crescer e deixar de ser coadjuvante no processo produtivo e um
simples recebedor de repasses estaduais e federais. Da mesma forma, conseguir
informações confiáveis, que balizem um investimento seguro, é de fundamental
importância para o empresário, não apenas aquele que pretende investir na cidade, mas
também para os que já atuam.
Assim, quando se dispõe de informações sobre as potencialidades do município,
maiores são as possibilidades para a atração de investimentos. Nesse sentido, é de
fundamental importância o conhecimento sistêmico, não apenas da cidade onde se
instalará o empreendimento, como também nas regiões limítrofes, na microrregião e na
mesorregião. Essas informações, as mais diversas possíveis, deverão discorrer sobre
mercado de trabalho, indústrias, trabalhadores, entre outros dados relevantes.
Ponta Grossa situa-se em uma posição estratégica, próxima a grandes Centros,
na Microrregião de Ponta Grossa, Mesorregião Centro Oriental Paranaense, na chamada
Região dos Campos Gerais. É uma cidade muito importante para a Indústria Paranaense,
com grande potencial de investimentos.
O presente trabalho apresenta um panorama sobre as potencialidades do
município de Ponta Grossa com informações relevantes sobre as unidades produtivas
instaladas, mercado de trabalho, infraestrutura logística, entre outros. Esperamos que de
posse deste estudo se possa contribuir na tomada de decisões, tanto para o empresário
que já investe em Ponta Grossa, mas também para o que pretende investir no município.
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2 SUMÁRIO EXECUTIVO
Este sumário executivo consiste em um resumo das principais forças e
oportunidades a serem aproveitadas no município de Ponta Grossa-PR, e das principais
fraquezas e ameaças a serem evitadas. Optou-se, para melhor compreensão e uma
leitura rápida, neste Sumário Executivo, fazê-lo em forma de uma análise SWOT1.
2.1 FORÇAS
As forças, no caso de Ponta Grossa - PR, são aspectos internos do município que
podem ser consideradas como oportunidades a serem aproveitadas. As Forças são
características adquiridas ou já existentes na própria cidade.
Entre as principais forças do município destaca-se principalmente a sua
privilegiada localização. Dista 100 Km de Curitiba e 120 Km do Aeroporto Afonso Penna e
500 Km de São Paulo, e está ligada por pista dupla a outros grandes centros do Paraná.
Possui em seu território a segunda melhor malha rodoviária do Brasil e o melhor
entroncamento ferroviário do Sul do Brasil.
Em termos de produção agropecuária, a Região dos Campos Gerais possui
grande potencial, sendo referência na criação de gado leiteiro e com grande produtividade
na produção de soja e milho. Além disso, destaca-se, no município o alto potencial
industrial com a presença de grandes empresas, oito delas figurando entre as 500
maiores empresas do Sul do Brasil, que são: Rodonorte, Masisa, Ibema, Águia
Participações, Expresso Princesa dos Campos, LP Brasil OSB, Matalgráfica Iguaçú e
Tratornew.
1 Também chamada de análise FOFA, a matriz SWOT é a sigla dos termos ingleses Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Em Administração de Empresas, a Análise SWOT é um importante instrumento utilizado para planejamento estratégico que consiste em recolher dados importantes que caracterizam o ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) da empresa, mas também serve para planejar ações em instituições e na administração pública.
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O clima subtropical úmido apresentado na cidade de Ponta Grossa se caracteriza
como um forte atrativo para indústrias européias, por causa da semelhança com o clima
daquele continente.
2.2 OPORTUNIDADES
As oportunidades referem-se a características não pertencentes ao município,
externas, que podem ser aproveitadas em favor da cidade. Uma grande oportunidade a
ser aproveitada pela cidade é a presença de duas universidades públicas, UEPG e
UTFPR, e centros de educação profissional, com unidades do SESI, SENAC, SENAR,
SENAT, CEEP e outros que, além de cursos superiores e pesquisa, oferecem também
qualificação para a mão de obra local.
2.3 FRAQUEZAS
As fraquezas são desvantagens internas à cidade, em relação aos municípios
vizinhos. Uma grande fraqueza do município, no que se refere à atração de
desenvolvimentos industriais, é a falta de disponibilidade de áreas no distrito industrial,
ferramenta de forte apelo na atração de empresas, através da doação de áreas.
Outra pequena fraqueza, ainda referente à administração pública do município, é
a Gestão Fiscal do mesmo. A nota recebida da FIRJAN, para o Índice Firjan de Gestão
Fiscal, é de 0,8318 ponto, que coloca Ponta Grossa na 8ª posição no Estado do Paraná.
Há a necessidade de adaptação das grades curriculares na formação da mão de
obra das universidades da cidade, que devem ser voltadas às necessidades do segmento
industrial, bem como intensificar a formação comportamental dos profissionais.
Os trabalhadores, em sua maioria, possuem apenas o Ensino Médio, o que
dificulta a oferta de mão de obra qualificada para a Indústria.
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Por fim, outras fraquezas referentes principalmente à infraestrutura, são o fraco
sistema viário, o crescimento dos índices de violência e a carência de serviços de saúde2.
2.4 AMEAÇAS
As ameaças são aspectos negativos externos ao município ou que não
necessariamente dele dependam, e que colocam em risco a competitividade da cidade.
Uma grande ameaça à futura instalação de empresas em Ponta Grossa é a pouca
capacidade do Distrito Industrial em atender a novas instalações industriais.
Há outro problema relacionado ao sistema viário, que é a grande quantidade de
veículos na área Central da cidade. Isso dificulta o trânsito em horários de pico. Este fato
exigirá um bom trabalho de planejamento e restruturação urbana.
Por fim, o aeroporto Sant’Ana ainda não possui voos comerciais regulares. Dessa
forma, um empresário que deseje ir a São Paulo por exemplo, deve ir por via terrestre até
Curitiba, para então tomar um voo para a cidade, ou ir direto a São Paulo por via terrestre.
3 INDICADORES SOCIOECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA
O município de Ponta Grossa possui 311.611 habitantes3 (IBGE, 2010), hoje
estimada em 317.399 (IBGE, 2012). A população economicamente ativa é de 149.288
pessoas4, distribuídas em diversas atividades. Dos trabalhadores com carteira assinada, a
maior parte trabalha no setor de Serviços, com quase metade da força de trabalho formal
da cidade (45,48%). Em seguida, o comércio emprega 26,26% dos trabalhadores, e em
terceiro lugar vem a Indústria, com 20,12%. A Construção Civil e a Agropecuária
empregam, respectivamente, 5,70 e 2,44% dos trabalhadores, conforme o gráfico 01 a
seguir.
2 Plano Diretor Participativo do Município de Ponta Grossa. 3 IBGE CIDADES (2012). 4 IPARDES (2012, p. 16), Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Caderno estatístico do município de Ponta Grossa. Curitiba: IPARDES, Dezembro/2012. Disponível em <http://www.ipardes.gov.br/cadernos/Montapdf.php?Municipio=84000>.
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Gráfico 1 – Trabalhadores com carteira assinada em Ponta Grossa em 2011
Fonte: RAIS (2011)
Corrobora com o dado anterior a participação dos setores na economia do
município, representada pela participação relativa no PIB da cidade. Conforme pode-se
observar no Gráfico 02 a seguir, 62,71% do Valor Agregado Bruto de Ponta Grossa é
gerado pelo setor de serviços, 35,24% para a Indústria, e 2,05% para a Agropecuária.
Desse modo, pode-se afirmar que, tanto em número de empregados, quando em
contribuição para o PIB, são os setores de serviços e Indústria os mais importantes para o
município.
Gráfico 2 - Composição do Produto Interno Bruto de Ponta Grossa
Fonte: IBGE CIDADES (2013)
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Os dados do gráfico 2 mostram que o município de Ponta Grossa segue a mesma
tendência que o Estado do Paraná na distribuição da economia entre os setores. Como
pode-se observar na tabela 01 abaixo, na última coluna, intitulada “Participação de Ponta
Grossa no Paraná”, nota-se que a cidade possui uma participação de cerca de 5% na
Indústria e no setor de Serviços.
Quanto à agropecuária, Ponta Grossa possui pouca participação dessa área na
sua economia, sendo esta proporcionalmente menor à média paranaense. De resto, a
tabela 01 mostra que, tanto em Ponta Grossa quanto no Paraná, a participação relativa
dos três setores na economia é parecida.
Tabela 1- Participações relativas dos grandes setores (IBGE) nas economias pontagrossense e paranaense em 2012 (valores em r$ e em percentuais)
Item Ponta Grossa % do total Paraná % do total
Participação de
Ponta Grossa no
Paraná
Agropecuária 108.420 2,05% 9.371.924 8,46% 1,16%
Indústria 1.860.290 35,24% 33.429.611 30,16% 5,56%
Serviços 3.310.806 62,71% 68.022.406 61,38% 4,87%
PIB TOTAL 5.279.516 100% 110.823.941 100% 4,76%
Fonte: IBGE CIDADES (2012)
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Dos 15.751 trabalhadores da Indústria Pontagrossense, a maior parte deles,
2.407 está empregada na Indústria Metalúrgica, a maior empregadora industrial do
município.
Gráfico 3 – Atividades industriais que mais empregam em Ponta Grossa
Fonte: Adaptado da RAIS (2011)
No entanto, ao somar as indústrias madeireira e metalúrgica, ter-se-á um setor
industrial contando com 4.175 trabalhadores, mais de um quarto da força de trabalho
industrial do município5. A segunda maior Indústria de Ponta Grossa é a de Alimentos,
seguida da fabricação de produtos de borracha.
Nos três grandes setores (Serviços, Indústria e Agropecuária) Ponta Grossa
possui, em seu território, oito das 500 maiores empresas da região Sul do Brasil6. São
elas, em ordem de VPG7, a Masisa do Brasil Ltda, do setor de Madeira e
5 26,51% dos trabalhadores industriais de Ponta Grossa. (RAIS, 2011). 6 Revista “A Manhã” (2012). As 500 maiores do Sul. Disponível em <http://www.amanha.com.br/500-maiores>. 7 Valor Ponderado de Grandeza (VPG): faz uma média ponderada entre patrimônio (50%), receita bruta (40%) e lucro/prejuízo (10%). (FONTE: Idem, op. cit.).
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Reflorestamento, a Rodonorte, do setor Serviços Públicos, a Águia Participações S/A, do
setor de Metalurgia, a Princecampos Participações S/A, do setor Financeiro, a LP Brasil
OSB Indústria e Comércio S/A, também do setor de Madeira e Reflorestamento e a
Tratornew S/A, do setor de Comércio Atacado e Varejo.
Além disso, nos municípios limítrofes, ainda entre as 500 maiores empresas do
Sul do Brasil encontram-se duas cooperativas de produção: Castrolanda e Batavo,
localizadas em Castro e Carambeí, respectivamente e, em Camplo Largo, a COCEL -
Companhia Campolarguense de Energia.
A Seguir, a tabela 02 indica as empresas de Ponta Grossa e municípios vizinhos
entre as 500 maiores do Sul do Brasil, por de VPG8.
Tabela 2 – Empresas dos Campos Gerais entre as 500 maiores do sul do país (VPG, milhões R$)
Fonte: Jornal A Manhã (2012)
8 Idem, op. cit.
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A posição dessas maiores empresas confirma a não apenas a vocação industrial
de Ponta Grossa, mas também para o setor madeireiro, um dos maiores empregadores
do setor industrial do município.
Outras grandes indústrias instaladas em Ponta Grossa:
Tetra Pak, Masisa do Brasil, Bünge Fertilizantes, Bünge Alimentos, Heineken
Brasil, Crown embalagens, Cargill Agrícola, Continental do Brasil, Cotonifício Kurashiki,
Makita, Metalgráfica Iguaçú, Sadia, Águia Sistemas, Camargo Correia Cimentos,
Macrofértil, Águia Florestal, Fundição Hubner, Beaulieu do Brasil, Metalúrgica Schiffer.
Em fase de implantação:
DAF – Caminhões, Ambev, Mars, Madero, GSS, RHAL, Oleoplan, PVC Soluções,
Delfino Embalagens, Senoble, Scheffer Logística, Buturi Logística, Moinho de Trigo
Batavo, Hidraupark, Chesiquímica, Bahnert-Kissqalt, Panaggio e Santos, ATZ Borrachas
e Globalfood.
Em fase de ampliação:
Continental, Masisa, Heineken, Crown e Makita
Além disso, é importante destacar a produção agropecuária de dois municípios
limítrofes, em duas cooperativas que se destacam não somente por estar entre as 500
maiores empresas do Sul do Brasil, mas também por estar entre as maiores cooperativas
da região.
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Ponta Grossa é o 8° melhor município do Paraná em Gestão Fiscal. Segundo a
FIRJAN, Ponta Grossa obteve, em 2010, um índice de Gestão Fiscal de 0,83189.
Tabela 3 – Índice de Gestão Fiscal
Nacional Estadual IFDM UF Município
25º 1º 0.9024 PR Curitiba
47º 2º 0.8828 PR Londrina
48º 3º 0.8826 PR Maringá
55º 4º 0.8760 PR Araucária
115º 5º 0.8538 PR Medianeira
146º 6º 0.8450 PR Campo Mourão
151º 7º 0.8432 PR Cianorte
184º 8º 0.8318 PR Ponta Grossa
188º 9º 0.8314 PR Cascavel
10º 0.8299 PR Francisco Beltrão
Fonte: FIRJAN (2010)
Embora não se possa considerar um índice excelente, está acima da média do
Brasil. A Figura 1 mostra a posição de Ponta Grossa e a sua comparação com a média
dos municípios brasileiros no ranking do índice.
9 Quanto mais próximo de 1 está o índice, melhor a gestão fiscal do município (FIRJAN, 2012).
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Figura 1 – Classificação do índice de gestão fiscal de Ponta Grossa
Fonte: Firjan (2010)
De acordo com o método FIRJAN, os índices recebem as seguintes
classificações:
� Alto desenvolvimento = acima de 0,8 (Ponta Grossa = 0,8318).
� Desenvolvimento moderado = de 0,6 a 0,8.
� Desenvolvimento regular = de 0,4 a 0,6.
� Baixo desenvolvimento = abaixo de 0,4.
O gráfico 4 a seguir apresenta a gestão dos principais índices de Ponta Grossa. O
índice atual que mais se destaca no município é o de gestão da receita própria, que
atingiu, em 2010, o índice de excelência.
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Gráfico 4 - Composição do índice de gestão fiscal em Ponta Grossa Fonte: Firjan (2010)
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A cidade vive um ciclo virtuoso de investimentos de plantas industriais de grande
porte. Tal fato, vem alavancando outros setores de negócios na cidade, como o setor de
serviços, comércio, empreendimentos imobiliários, construção civil, entre outros.
Gráfico 5 – Gastos municipais de Ponta Grossa por função em 2012
Fonte: Portal da Transparência de Ponta Grossa (2012)
Embora a rubrica “Indústria” apareça apenas na 17ª posição, entre 20 funções
consolidadas no gráfico 5, com as quais o município conta com gastos positivos, estes
números não refletem a realidade absoluta. Haja visto que, ao se considerar os benefícios
gerados por investimentos indiretos, estes convergem para o fortalecimento das
vantagens criadas pelo município, tais como educação, saúde, urbanismo, transporte,
comércio e serviços, trabalho, agricultura, saneamento, gestão ambiental, indústria,
ciência e tecnologia; tudo isso será refletido no potencial de atratividade de novos
negócios.
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3.1 O MERCADO DE TRABALHO EM PONTA GROSSA
Conforme dados do último Censo Demográfico10, o município de Ponta Grossa em
2010 possuía 149.288 pessoas economicamente ativas, das quais 139.096 estavam
ocupadas e 10.192 desocupadas. A taxa de desocupação municipal foi de 6,8%11. A
distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra que a maioria das
pessoas economicamente ativas, 57,96% trabalhava com carteira assinada, 13,53% não
eram registrados com esse documento, 19,96% atuavam por conta própria e 3,23% eram
empregadores. Servidores públicos representavam 3,71% do total ocupado e
trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo representavam,
juntos12, 1,59% dos ocupados.
Tabela 4 – pessoas de 10 anos ou mais ocupadas por posição na ocupação - 2010
Categoria Nº empregados %
Empregados com carteira assinada 80.625 57,96%
Conta própria 27.768 19,96%
Empregados sem carteira assinada 18.820 13,53%
Empregados militares e funcionários Públicos estatutários 5.164 3,71%
Empregadores 4.499 3,23%
Trabalhadores na produção para o próprio consumo 1.144 0,82%
Não remunerados 1.078 0,77%
TOTAL 139.098 100,00%
Fonte: IBGE (2010)13
Das pessoas ocupadas, 2% não possuíam rendimentos, 20% recebiam até um
salário mínimo, 41% recebiam mais de um até dois salários mínimos, e 37% recebiam
mais de dois salários mínimos14, conforme o gráfico 06 a seguir.
10 IBGE, Censo Demográfico, Agosto 2010. 11 10.192 pessoas desocupadas de uma População Economicamente Ativa de 149.288 pessoas. 12 Soma das duas categorias. 13 Apud SAGI/MDS, Dados Municipais – Mercado de Trabalho do Censo 2010 (2010). 14 IBGE, Censo Demográfico (2010), Apud SAGI/MDS (2010).
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Gráfico 6 – Distribuição por classe de rendimento nominal mensal 2010
Fonte: IBGE (2010)
A distribuição das pessoas ocupadas por seção de atividade, conforme a tabela 05
a seguir, revelou que a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura;
comércio e a reparação de veículos automotores e motocicletas detinham 25,7% do total
da população ocupada no município.
Tabela 5 - Distribuição da população ocupada por grandes grupos de ocupações – 2010
Seção de atividade Nº de
empregados %
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 6.373 4,58% Indústrias extrativas 511 0,37% Indústrias de transformação 17.928 12,89% Eletricidade e gás 457 0,33% Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 1.385 1,00% Construção 13.149 9,45% Comércio reparação de veículos automotores e motocicletas 29.383 21,12% Transporte, armazenagem e correio 9.209,00 6,62% Alojamento e alimentação 5.547 3,99% Informação e comunicação 1.627 1,17% Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 1.837 1,32% Atividades imobiliárias 574 0,41% Atividades profissionais, científicas e técnicas 4.937 3,55% Atividades administrativas e serviços complementares 4.205 3,02% Administração pública, defesa e seguridade social 6.183 4,45% Educação 9.636 6,93% Saúde humana e serviços sociais 5.934 4,27% Artes, cultura, esporte e recreação 1.305 0,94% Outras atividades de serviços 4.237 3,05% Serviços domésticos 8.758 6,30% Atividades mal especificadas 5.923,00 4,26% Total 139.098,00 100% Fonte: IBGE (2010)
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Quanto à escolaridade, a maior parte dos empregados com carteira assinada de
Ponta Grossa possui o Ensino Médio completo, número esse seguido pelos trabalhadores
com Ensino Fundamental completo e Ensino Superior completo, respectivamente. Há,
ainda, em Ponta Grossa, 515 trabalhadores com mestrado e 575 com doutorado, estando
a maioria deles trabalhando no setor de Serviços. Esses trabalhadores em especial
podem constituir um grande ativo quando se pretende investir em inovação.
Tabela 6 - Escolaridade dos trabalhadores de ponta grossa em 2011 (número de trabalhadores)
Fonte: RAIS (2011)
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Quadro 1 – Perfil do município quanto à absorção de mão de obra de Jan/2012 a Jun/2013.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (2013)
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3.2 ESTRUTURA DE EDUCAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
O munícipio de Ponta Grossa é um dos poucos em todo o país que possui duas
universidades públicas, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Possui ainda, outras cinco
faculdades particulares instaladas com campus presenciais, este fato torna a cidade de
Ponta Grossa um polo universitário regional, ainda mais através do sistema de seleção
unificado adotado pelas universidades públicas, que vem atraindo estudantes de todas as
regiões brasileiras.
Conta também com unidades do SESI, SENAI, SENAC, SESC, SENAR, SENAT e
CEEP; todas estas instituições oferecem cursos de Aperfeiçoamento de Carreira,
Aprendizagem, Cursos Técnicos, Educação a Distância, Educação Básica, Graduação
Tecnológica, Iniciação Profissional e Pós Graduação. Ainda, está sendo criada a
UNINDUS – Universidade da Indústria, que será gerida pelo Sistema “S”, principalmente
pelo SENAI, para a formação voltada especificamente ás necessidades das indústrias
locais e estaduais, preenchendo a lacuna existente hoje.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) abrange 22 municípios em sua
área de influência e oferece 56 cursos de graduação, 18 cursos de mestrado, 7 cursos de
doutorado e 19 cursos de especialização lato sensu.
No campus de Ponta Grossa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR) são ofertados os cursos superiores de graduação - bacharelados, engenharias e
tecnologias, e os programas de pós-graduação com quatro mestrados e dois doutorados
stricto sensu, todos devidamente autorizados e reconhecidos pelo Ministério da Educação
- MEC, além dos cursos de educação continuada: especializações, cursos de extensão e
a formação pedagógica.
O SENAC de Ponta Grossa oferece Cursos Livres (capacitação, aperfeiçoamento,
programas socioprofissionais, programas socioculturais e programas instrumentais), e
Cursos de Nível Técnico nas áreas de turismo e hospitalidade, saúde e design, os quais
são reconhecidos pela excelência dos profissionais formados. Além de cursos de
Extensão Universitária e de Pós Graduação.
SENAR oferta cursos de qualificação e aperfeiçoamento em quase todo o setor
agropecuário, com ênfase na área de gestão. Os cursos desenvolvidos são voltados para
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a área de administração rural visando à preparação de mão-de-obra para a maximização
de resultados da produção.
O SENAT oferece cursos de formação profissional presencial e a distância,
objetivando a formação da mão de obra especializada para o setor de transportes,
sempre acompanhando as tendências do mercado consumidor.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
GRADUAÇÃO: 09 cursos
ESPECIALIZAÇÕES: 05 cursos
MESTRADOS: 04 cursos
DOUTORADO: 02 cursos
Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
CURSOS DE GRADUAÇÃO – PRESENCIAL: 39 cursos
CURSOS DE GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA: 10 cursos
ESPECIALIZAÇÕES: 22 cursos
MESTRADOS: 18 cursos
DOUTORADOS: 07 cursos
SEQUENCIAIS: 04 cursos
Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE
GRADUAÇÃO: 17 cursos
EXTENSÃO: 16 cursos
ESPECIALIZAÇÃO: 21 cursos
APERFEIÇOAMENTO: 04 cursos
TÉCNICO: 01 curso
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL: 01 curso
Faculdade Santa Amélia – SECAL
GRADUAÇÃO: 06 cursos
EXTENSÃO: 13 cursos
Faculdade União
GRADUAÇÃO: 03 cursos
Faculdade Sant’Ana
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GRADUAÇÃO: 07 cursos
PÓS-GRADUAÇÃO: 03 cursos
TÉCNICO: 04 cursos
Faculdade Sagrada Família - FASF
GRADUAÇÃO: 04 cursos
Cursos técnicos ofertados na cidade:
Colégio Estadual Polivalente - TÉCNICO: 02 cursos Colégio Estadual Professor Júlio Teodorico - TÉCNICO: 01 curso Colégio Estadual Professor Meneleu A. Torres - TÉCNICO: 03 cursos Colégio Estadual Presidente Kenedy - TÉCNICO: 01 curso Colégio Estadual Profº João R.V.Borell Du Vernay - TÉCNICO: 02 cursos Colégio Estadual Elzira Correia de Sá - TÉCNICO: 04 cursos Colégio Estadual Regente Feijó - TÉCNICO: 03 cursos Escola Estadual Cesar Prieto Martinez - TÉCNICO: 03 cursos Colégio Estadual Senador Correia - TÉCNICO: 01 curso Colégio Estadual Dr. Epaminondas Novaes Ribas - TÉCNICO: 01 curso Centro Estadual de Educação Profissional de Ponta Grossa – CEEP - TÉCNICO: 06 cursos Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI - TÉCNICO: 53 cursos
Ainda, através do PRONATEC, é ofertado o curso de Lígua Inglesa aos traballadores, com o intuito de formação complementar, visando atender as necessidades das empresas que atuam no comércio internacional.
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4 POTENCIAL AGRÍCOLA
Conforme demonstrado na seção Mercado de Trabalho, o município de Ponta
Grossa emprega pequena parcela de sua mão-de-obra em atividades relacionadas a
agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que detêm menos de 5% do
total da força de trabalho com carteira assinada do município.
Embora as maiores vocações de Ponta Grossa estejam voltadas aos setores de
Serviços e Indústria, o solo pontagrossense possui produtividade entre as mais altas do
país para soja e milho15, cujas produções, em 2011, foram de 245,9 mil e 97,6 mil
toneladas, respectivamente16, o que conferiu a Ponta Grossa o título de Capital Mundial
da Soja. O município é também referência nacional na criação de gado leiteiro e na
produção de leite e derivados, com a presença de duas grandes cooperativas: Batavo e
Castrolanda17. Abaixo, a produção agropecuária de Ponta Grossa em 2011.
Tabela 7 – Produção agropecuária de Ponta Grossa em 2011.
Produto Quantidade Unidade
Soja 245.900 toneladas
Milho 97.580 toneladas
Trigo 33.250 toneladas
Bovinos 34.932 cabeças
Equinos 1.786 cabeças
Galináceos 188.000 cabeças
Ovinos 14.000 cabeças
Suínos 12.760 cabeças
Fonte: IPARDES, 201218
15 Ponta Grossa Convention & Visitors Bureau. Visite Ponta Grossa. Vídeo Institucional. Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=tF263otXYFA> 16 IBGE CIDADES, 2011. 17 Idem à N.R. nº 16. 18 IPARDES, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Perfil do Município de Ponta Grossa. IPARDES, 2012. Disponível em: < http://www.ipardes.gov.br/perfil_municipal/MontaPerfil.php?Municipio=84000#me>
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5 POTENCIAL INDUSTRIAL
Conforme afirmado no capítulo 3, a Indústria é o terceiro setor que mais emprega
em Ponta Grossa, com 20,12% dos trabalhadores com carteira assinada do município,
estando atrás dos setores de Comércio e Serviços.
A cidade abriga o 2º polo industrial mais diversificado do Paraná19. Somente no
distrito industrial prefeito Cyro Martins, às margens da BR-376, estão instaladas 37
empresas, entre elas, pelo menos 20 de médio e grande porte. Conforme indicado
também no capítulo Erro! Fonte de referência não encontrada., das oito empresas
localizadas em Ponta Grossa constantes na lista das 500 maiores do Sul do Brasil, cinco
delas são Indústrias; duas delas no setor madeireiro.
Conforme demonstrou o capítulo 3, a maior parte dos trabalhadores industriais de
Ponta Grossa está nos setores madeireiro e metalúrgico, seguidos pelas indústrias de
alimentos e borracha. As empresas instaladas na cidade que mais se destacam são:
Bunge, Anderson Clayton, Dreifuss, Cargil, Cervejaria Heineken, Beaulieu do Brasil, Tetra
Pak, Continental do Brasil peças automotivas e outras.
Dos 680 estabelecimentos industriais de Ponta Grossa, 35 são de médio e grande
porte, empregando, juntos, grande parte da força de trabalho do município. As outras 645
empresas industriais são micro ou pequenos estabelecimentos.
Tabela 8 – Número de estabelecimentos por porte – Ponta Grossa em 2011
Tamanho do Estabelecimento Quantidade
Micro 554
Pequena 91
Média 34
Grande 1
Fonte: RAIS (2011)
19 Idem à N.R. nº 16.
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Tabela 9 – Estabelecimentos e empregos, segunda as atividades econômicas - 2011
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego / RAIS (2013)
Os grandes potenciais de investimento industrial em Ponta Grossa estão no
Distrito Industrial Cyro Martins, no Polo de Confecções e no Parque Ecotecnológico de
Ponta Grossa.
Em Ponta Grossa, a Prefeitura Municipal concede às empresas que estão se
instalando no município, conforme o porte e geração de empregos diretos, isenção do
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Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISSQN), sendo que este possui uma coordenadoria20.
O Programa de Desenvolvimento Industrial (Prodesi) é voltado para as zonas
industriais do Município, prioritariamente no Distrito Industrial Cyro Martins. Entre os
incentivos previstos neste programa para a instalação das empresas está a isenção de
IPTU e ISSQN por dez anos. Inclui a possibilidade de revenda de áreas situadas nas
demais zonas industriais do Município, desapropriadas com a finalidade específica de
expansão do Distrito Industrial21.
O Programa de Desenvolvimento das Indústrias de Confecções Texteis (Prodict)
volta-se às empresas que tiverem interesse em se instalar no Parque de Confecções, que
está sendo instalado num imóvel do Município e situado às margens da Rodovia BR 376,
nas proximidades do Viaduto Santa Maria, ocupando uma área de mais de 57 mil metros
quadrados. Entre os incentivos previstos neste programa para a instalação das empresas
está a isenção de IPTU e ISSQN por dez anos.22
Serão cedidas áreas de mil a quatro mil metros quadrados para a instalação das
unidades no Parque de Confecções. Toda a infraestrutura caberá à Prefeitura, que
também vai se responsabilizar pela construção do shopping de atacado (centro
comercial), no mesmo terreno e integrado ao arruamento do Polo23.
O Parque Ecotecnológico de Ponta Grossa se configura num ambiente industrial
com o objetivo de oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento sustentável, com a
finalidade de implementar a empresa de base tecnológica no Município conjugada com as
mais modernas práticas de inovação, preservação ambiental e de qualidade de vida.
A Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional efetua a
gestão do Parque Ecotecnológico de Ponta Grossa, podendo firmar convênios com
empresas, universidades, organizações não-governamentais (ONGs) e outras esferas
governamentais para obter suporte técnico, financeiro e logístico, desde que estas
demonstrem em seus propósitos, estarem capacitadas para desenvolver os programas,
20 Prefeitura de Ponta Grossa. 21 Idem, Op. Cit. 22 Ibidem. 23 Ibidem.
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projetos e ações previstos para o Parque Ecotecnológico de Ponta Grossa, observado o
interesse público e aprovação do CONDEPARQUE – Conselho de Desenvolvimento do
Parque Ecotecnológico.
O complexo poderá abrigar a instalação de duzentas empresas, que poderão
obter os lotes por meio de doação do município. Além de obterem outros incentivos como
isenção do IPTU por dez anos e desconto de 50% nas taxas do ISS por tempo
indeterminado, desde que as empresas continuem gerando novos conhecimentos, novos
produtos tecnológicos e gerando emprego e renda.
5.1 COMÉRCIO EXTERIOR
Embora as indústrias de madeira e metalurgia sejam as mais significativas para a
formação do Valor Agregado Bruto, as exportações mais importantes para o município de
Ponta Grossa são os produtos alimentícios, que ocupam todas as 10 primeiras
colocações. O valor exportado em 2012 para os 15 produtos mais importantes está na
tabela 10 a seguir.
Tabela 10 - Pauta exportadora do município de Ponta Grossa em 2011 (em US$)
Produto Valor Exportado
BAGACOS E OUTS.RESIDUOS SÓLIDOS, DA EXTR.DO OLEO DE SOJA 307.178.378 OLEO DE SOJA, EM BRUTO, MESMO DEGOMADO 183.000.515
OUTROS ACUCARES DE CANA 139.851.528
PEDACOS E MIUDEZAS,COMEST.DE GALOS/GALINHAS, CONGELADOS 107.793.596
SOJA, MESMO TRITURADA, EXCETO PARA SEMEADURA 101.739.647 CARNES DE GALOS/GALINHAS, N/CORTADAS EM PEDACOS, CONGEL. 95.262.503
OLEO DE SOJA, REFINADO, EM RECIPIENTES COM CAPACIDADE>5L 48.766.891
OUTS.PAPEIS REVEST.ETC. POLIETILENO, ESTRAT. ALUMIN. ROLOS/ 29.880.730
CERVEJAS DE MALTE 22.768.559
FARINHAS E "PELLETS", DA EXTRACAO DO OLEO DE SOJA 21.926.652
PAINÉIS"ORIENTED STRAND",WAFERB.,BTO.POLIDO 15.472.608 OUTRAS CARNES DE SUINO, CONGELADAS 7.665.645
GALO/GALINHA C/CONT.CARNE/MIUD.>=25 E <57% EM PESO 7.515.659
ADUBOS OU FERTILIZANTES C/NITROGENIO, FOSFORO E POTASSIO 6.904.319
CARNES DE PERUAS/PERUS, EM PEDACOS E MIUDEZAS, CONGELADAS 5.655.986
MADEIRA DE CONIFERAS, SERRADA/CORTADA EM FLS.ETC.ESP>6MM 4.438.778
Fonte: SECEX (2011)
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Empresas que mais exportam em Ponta Grossa
Empresas que mais importam em Ponta Grossa
1 SADIA S.A.
2 BUNGE ALIMENTOS S/A
3 CARGILL AGRICOLA S A
4 TAVARES DE MELO ACUCAR E ALCOOL S/A
5 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL S.A.
6 TETRA PAK LTDA
7 L.P BRASIL OSB INDUSTRIA E COMERCIO S.A.
8 CERVEJARIAS KAISER BRASIL LTDA
9 BUNGE FERTILIZANTES S/A
10 MAKITA DO BRASIL FERRAMENTAS ELETRICAS LTDA
11 GEROMA DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
12 CONTINENTAL DO BRASIL PRODUTOS AUTOMOTIVOS LTDA
13 PETROBRAS DISTRIBUIDORA S A
14 METALGRAFICA IGUACU S A
15 AGUIA FLORESTAL INDUSTRIA DE MADEIRAS LTDA
16 AGROCETE INDUSTRIA DE FERTILIZANTES LTDA
17 HARIMA DO BRASIL INDUSTRIA QUIMICA LTDA
18 MACROFERTIL - INDUSTRIA E COMERCIO DE FERTILIZANTES LTD
19 WOODEX KING IMPORTACAO E EXPORTACAO DE MADEIRAS DO BRAS
20 AGUIA SISTEMAS DE ARMAZENAGEM S/A
21 METALURGICA SCHIFFER SA
22 INSOL INTERTRADING DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO S/A
23 AP WINNER INDUSTRIA E COM DE PRODUTOS QUIMICOS LTDA
24 SGS AGRICULTURA E INDUSTRIA LTDA
25 TOZAN ALIMENTOS ORGANICOS LTDA
26 KURASHIKI DO BRASIL TEXTIL LTDA.
27 BEAULIEU DO BRASIL INDUSTRIA DE CARPETES LTDA
28 SELENA SULAMERICANA INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS QU
29 MONOFIL COMPANHIA INDUSTRIAL DE MONOFILAMENTOS
30 ITALFLOR INDUSTRIA E COMERCIO DE MAQUINAS AGRICOLAS LTD ....
31 F.T. PRODUCAO E COMERCIO DE SEMENTES LTDA
32 PROTECTA - COMERCIO DE PRODUTOS AGROPECUARIOS LTDA
33 METALURGICA SANTA CECILIA SA
34 MASISA DO BRASIL LTDA
35 AGUIA QUIMICA LTDA
36 MADEIREIRA JOBB LIMITADA
37 KOCHI & MORIKAWA LTDA
38 BIOFRAGANE PRODUTOS QUIMICOS LTDA. EPP.
39 SOCIDISCO PLASTICOS PARA AGRICULTURA LTDA
40 HUBNER FUNDICAO LTDA
MAKITA DO BRASIL FERRAMENTAS ELETRICAS LTDA
CONTINENTAL DO BRASIL PRODUTOS AUTOMOTIVOS LTDA
LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL S.A.
CROWN EMBALAGENS METALICAS DA AMAZONIA S/A
URBANO AGROINDUSTRIAL LTDA
TETRA PAK LTDA
MACROFERTIL - INDUSTRIA E COMERCIO DE FERTILIZANTES LTD
METALGRAFICA IGUACU S A
SADIA S.A.
MASISA DO BRASIL LTDA
BUNGE FERTILIZANTES S/A
BEAULIEU DO BRASIL INDUSTRIA DE CARPETES LTDA
OMYA DO BRASIL IMPORTACAO, EXPORTACAO E COMERCIO DE MIN
AP WINNER INDUSTRIA E COM DE PRODUTOS QUIMICOS LTDA
ITALFLOR INDUSTRIA E COMERCIO DE MAQUINAS AGRICOLAS LTD
AGUIA QUIMICA LTDA
KURASHIKI DO BRASIL TEXTIL LTDA.
AGUIA SISTEMAS DE ARMAZENAGEM S/A
GEROMA DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
SGS AGRICULTURA E INDUSTRIA LTDA
L.P BRASIL OSB INDUSTRIA E COMERCIO S.A.
W3 INDUSTRIA METALURGICA LTDA
BUNGE ALIMENTOS S/A
MERIDIONAL TCS INDUSTRIA E COMERCIO DE OLEOS S/A
AGUIA S A
INOCBRAS COMERCIO IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA
PRAIMER REVESTIMENTOS ANTI-ADERENTES LTDA.
SELENA SULAMERICANA INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS QU
NIDERA SEMENTES LTDA.
TRATORNEW SA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
GMAD COMERCIO, IMPORTACAO E EXPORTACAO DE ACESSORIOS PA
R BOSCARDIN - COMERCIO
RIPRA INDUSTRIA E COMERCIO DE ARTIGOS DE DECORACOES LTD
BRAWER AQUECEDORES LTDA-ME
TALLBRAS S/A
WOODEX KING IMPORTACAO E EXPORTACAO DE MADEIRAS DO BRAS
CERVEJARIAS KAISER BRASIL LTDA
MACEDO MAQUINAS FLORESTAIS LTDA
CHULTZ & GOBEL LTDA - ME
Quadro 2 – Empresas que mais exportam e importam em Ponta Grossa Fonte: SECEX (2011)
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Os principais destinos das exportações pontagrossenses são China, Irã e França,
todos importando do município valores superiores a US$ 125 milhões, conforme a tabela
12 a seguir:
Tabela 11 - principais destinos das exportações pontagrossenses (países em 2011)
PAÍS VALOR EXPORTADO
CHINA 175.372.321 IRÃ 152.466.746
FRANÇA 125.910.207
ARABIA SAUDITA 84.443.713
INDIA 64.422.624
RUSSIA 50.962.506
CUBA 50.902.849
PARAGUAI 50.760.147
JAPAO 48.031.839
ALEMANHA 39.980.874
Fonte: SECEX (2012)
Os principais blocos de destino e os respectivos valores das exportações das
empresas da cidade de Ponta Grossa foram representados graficamente para melhor
visualização:
Gráfico 7 - Principais blocos de destino da exportação de Ponta Grossa em 2011
Fonte: SECEX (2012)
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5.2 PONTA GROSSA E OS MUNICÍPIOS VIZINHOS
Conforme mencionado nos capítulos anteriores, Ponta Grossa está localizada na
Microrregião de Ponta Grossa, que, além do município citado, também conta com as
cidades de Carambeí, Castro e Palmeira. Em termos produtivos, Ponta Grossa é o
município mais importante da região, com maiores quantidades de empregados em quase
todos os setores, exceto o de Alimentos e Bebidas, e de Agricultura. Ambos são mais
importantes nas duas cidades com as maiores cooperativas da região: Batavo e
Castrolanda.
A tabela 12 a seguir apresenta a quantidade de trabalhadores por setor nos
quatro municípios da Microrregião de Ponta Grossa:
Tabela 12 – empregados por setor nos municípios da Microrregião de Ponta Grossa
IBGE Subsetor Carambei Castro Palmeira Ponta Grossa Total
Comércio Varejista 782 2.875 1.212 19.382 24.251
Administração Pública 633 2.248 881 7.051 10.813
Aloj Comunic 346 664 535 7.798 9.343
Transporte e Comunicações 562 825 217 7.178 8.782
Alimentos e Bebidas 4.498 568 280 3.014 8.360
Adm Técnica Profissional 360 367 146 6.906 7.779
Agricultura 1.635 2.845 825 1.979 7.284
Construção Civil 188 521 117 4.626 5.452
Madeira e Mobiliário 252 707 101 4.274 5.334
Ensino 62 336 215 4.003 4.616
Médicos Odontológicos Vet 40 345 101 2.777 3.263
Indústria Metalúrgica 75 102 517 2.461 3.155
Comércio Atacadista 286 612 223 1.914 3.035
Indústria Química 184 3 1.002 1.000 2.189
Indústria Mecânica 35 438 4 1.052 1.529
Instituição Financeira 30 111 62 1.169 1.372
Borracha, Fumo, Couros 2 0 6 1.205 1.213
Indústria Têxtil 10 34 7 1.082 1.133
Papel e Gráfica 0 116 97 662 875
Extrativa Mineral 28 419 10 304 761
Prod. Mineral não Metálico 1 97 70 512 680
Material de Transporte 0 3 19 410 432
Serviço Utilidade Pública 2 12 1 264 279
Elétrico e Comunicações 0 8 1 73 82
Indústria Calçados 0 0 0 1 1
Total 10.011 14.256 6.649 81.097 112.013
Fonte: RAIS, 2011
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Figura 2 – Abrangência do APL de cal e calcário do Paraná Fonte: Ministério do Desenvolvimento (2013)
Como se percebe na figura acima, a cidade de Ponta Grossa está
estrategicamente localizada na grande área de mineração de cal, calcário e talco do
estado do Paraná.
O distrito de Itaiacoca, em Ponta Grossa, abriga uma das maiores jazidas de talco
do mundo, fato que alavancou a indústria extrativista na região, fornecendo insumos para
indústrias farmacêuticas, perfumarias e principalmente para indústria cerâmica.
A partir de 2015, a implantação de uma grande indústria de cimento no local
poderá promover grande geração de emprego e renda.
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6 POTENCIAL LOGÍSTICO
6.1 POTENCIAL RODOVIÁRIO
Situado na região dos Campos Gerais, na Mesorregião Centro Oriental do
Paraná, Ponta Grossa é o município com melhor potencial logístico do Paraná. A malha
rodoviária é a segunda melhor do país. A rodovia federal BR 277 que dá acesso aos
países e capitais do Mercosul, a Curitiba, ao Aeroporto Internacional Afonso Pena e ao
Porto de Paranaguá. Outra rodovia federal, a BR 376, liga Ponta Grossa a outros grandes
centros, como Londrina, Maringá, ao Estado do Mato Grosso e também ao Porto de Itajaí,
em Santa Catarina. Pela rodovia estadual PR 151, Ponta Grossa está a 500Km de São
Paulo ligada por estrada de via dupla, e via Curitiba, através das rodovias federais BR 101
e 116.
Figura 3: Convergência de rodovias em Ponta Grossa
Fonte: SMICQP (2009)
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A tabela 13 a seguir apresenta as distâncias desde Ponta Grossa a outros grandes
centros do Brasil e do Mercosul.
Tabela 13 – distância rodoviária entre Ponta Grossa e as capitais selecionadas
Cidade Distância
Curitiba 100 km
São Paulo 512 km
Rio de Janeiro 942 Km
Belo Horizonte 1090 Km
Brasília - DF 1337 Km
Florianópolis 420 Km
Porto Alegre 770 km
Montevidéu 1596 Km
Buenos Aires 1776 Km
Assuncion 960 Km
Fonte: ACIPG
6.2 POTENCIAL FERROVIÁRIO
Com 2.287 km de ferrovias, o Paraná figura como o estado com a quarta
maior extensão de malha ferroviária24. Em Ponta Grossa, a malha ferroviária é a melhor
do Sul do Brasil, ligando a cidade aos maiores Centros industriais e agrícolas do Paraná,
além de outros estados25.
O pátio ferroviário de Uvaranas permite a triagem da carga recebida e compete ao
Desvio Ribas, localizado em área próxima ao Distrito Industrial do Botuquara, através de
ramais ferroviários transportá-la até o patio das indústrias, que utilizam os mesmos
ramais, para escoamento da produção, com circulação média diária de 240 vagões.
Encontra-se em fase de implantação a duplicação desses ramais, já prevendo a
intensificação no transporte da produção26.
24 ANTT (2007, Apud ACIPG, Op. Cit.). 25 Idem à N.R. nº 16. 26 Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.
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O sistema ferroviário que cerca totalmente a cidade, formando um perfeito anel, é
constituído pela Rede Ferroviária Federal S/A, com suas linhas em direção ao Porto de
Paranaguá, a Curitiba e ao sul do país, bem como a Estrada de Ferro Central do Paraná,
que faz ligação com o Norte do Estado, através de Apucarana, além da ligação ao Norte
Velho, via Wenceslau Bráz, com ramificação até Ourinhos, São Paulo27.
Em destaque no programa ferroviário paranaense, a Ferrovia da Soja, que vai
ampliar ainda mais as condições de atendimento da grande malha ferroviária que
transforma Ponta Grossa no principal entroncamento do Sul do País28.
Segundo a ANTT, 2.039 km de ferrovia são operados pela América Latina
Logística do Brasil S/A, e 348 km pela Ferrovia Paraná S/A. A figura 03 a seguir mostra a
malha ferroviária do Paraná, com destaque para Ponta Grossa.
Figura 4 – Malha Ferroviária do Paraná Fonte: América Latina Logística (2011)
27 Idem, Op. Cit. 28 Idem, Op. Cit.
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6.3 POTENCIAL PARA A INTERMODALIDADE
Com base em estudos realizados pode-se constatar que a criação de zonas de
comércio internacional ou lugares globais se caracterizam por se tratar de uma tendência
mundial, verificados em todos os continentes, tanto em países desenvolvidos como nos
que estão em desenvolvimento, como os Tigres Asiáticos e os BRIC (Brasil, Rússia, Índia
e China). A principal finalidade da criação destes locais se concentra na eficiência
logística e no melhor aplicabilidade dos recursos investidos na infraestrutura necessária
para viabilizar as transações comerciais internacionais.
Embora cada país se diferencie em suas especificidades no momento de
viabilizar a implantação de suas plataformas logísticas, sejam puramente públicas,
parcerias público-privadas ou terceirizadas à iniciativa privada, todos buscam dar
eficiência e competitividade às suas empresas.
Os levantamentos realizados sobre o potencial de comércio exterior da Região
dos Campos Gerais e da infraestrutura da cidade de Ponta Grossa convergem para a
ideia de que a vocação tanto na produção e exportação de bens e produtos quanto no
potencial de intermodalidade, que provida de uma plataforma logística eficiente, poderá
alavancar os resultados já expressivos que a cidade possui hoje; possibilitando assim a
criação de uma zona de comércio internacional ou de um lugar global.
500.000.000
1.000.000.000
1.500.000.000
2.000.000.000
2.500.000.000
Exportações dos Campos Gerais (em U$)
Gráfico 8 – Volume de exportações dos Campos Gerais
Fonte: SECEX (2012)
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0
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Importações dos Campos Gerais (em U$)
Gráfico 9 – Volume de importações dos Campos Gerais Fonte: SECEX (2012)
A curta distância entre Ponta Grossa e vários portos, e o potencial para
intermodalidade resulta em diminuição de custos para a cadeia produtiva, como os custos
de distribuição de produtos, bem como a aquisição de insumos. O município situa-se a
220 km dos portos de Paranaguá e Antonina, 300 km do porto de São Francisco, 320 km
do porto de Itajaí e 520 km do porto de Santos.
Figura 5 – Distância de Ponta Grossa aos principais portos
Fonte: ACIPG
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6.4 POTENCIAL AÉREO
O Aeroporto Sant’Ana que serve Ponta Grossa, está localizado a 10 km do centro
da cidade na Rodovia Pr -151, entre Ponta Grossa e Palmeira. Trata-se de um aeroporto
homologado pelo Departamento de Aviação Civil, que possui pista pavimentada em
condições de receber aviões de pequeno e médio porte, que fazem o transporte
principalmente dos executivos de empresas sediadas na cidade29. No momento não
existem linhas aéreas comerciais operando, embora o aeroporto esteja sendo reformado
em caráter de urgência, para que haja ao menos uma linha de Ponta Grossa a São Paulo.
O aeroporto mais próximo de Ponta Grossa é o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em
Curitiba, e está há 114 km de distância.
Encontra-se em fase de projeto um novo aeroporto para a cidade de Ponta
Grossa. Trata-se de um empreendimento grande e moderno, para suprir a necessidade
de toda a Região dos Campos Gerais, e também para dar suporte ao Aeroporto
Internacional Afonso Penna, que nos meses do inverno, enfrenta grandes problemas com
constantes fechamentos, obrigando os pousos alternativos acontecerem em outros
estados como Santa Catarina ou São Paulo.
Este projeto já obteve sinalização positiva do Ministro da Aviação Civil, Moreira
Franco, e também o apoio formal da própria Presidente Dilma Roussef, em 16/07/2013,
quando de sua visita oficial à cidade de Ponta Grossa. Nesta ocasião, em sua fala a
presidente classificou como estratégico para seu governo a construção do aeroporto.
Cabe ressaltar que Ponta Grossa figura entre as cidades selecionadas para o
Plano de Desenvolvimento Aeroviário – PDA, do governo federal.
29 Idem, Op. Cit.
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6.5 LOCALIZAÇÃO DAS INDÚSTRIAS EM PONTA GROSSA
Conforme pode-se observar na figura 06 a seguir, os estabelecimentos industriais
de Ponta Grossa, representados no mapa pelo pequenos quadrados vermelhos, se
concentram próximo ao Distrito Industrial Prefeito Cyro Martins e ao longo da Rodovia do
Café Governador Ney Braga (BR-376), onde este está localizado. Outra concentração de
estabelecimentos industriais ocorre na região nordeste do município, próximo à rodovia
PR-151 e aos entroncamentos ferroviários do município.
Figura 6 – localização dos estabelecimentos industriais em Ponta Grossa
Fonte: WIKIMAPIA (2013)
Distrito Industrial Pref. Cyro Martins
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7 POTENCIAL DE ATRATIVIDADE DE NOVOS INVESTIMENTOS
7.1 INFORMAÇÕES SOBRE ENERGIA
Unifilar da região de Ponta Grossa, contendo as linhas 230 e 138 kV e as
Subestações Fonte e Carga (incluindo as interligações com as cidades mais próximas).
Através do unifilar é possível verificar que a cidade é suprida por três fontes
firmes (500 e 230 kV) e é atendida por 2 subestações 230/138/34,5/13,8 kV (Ponta
Grossa Norte e Sul) e 3 subestações 138/13,8 kV (Sabará, Belém e Uvaranas).
Figura 7 - Desenho ilustrativo das subestações que servem Ponta Grossa
Fonte: COPEL (2010)
7.2 INFORMAÇÕES SOBRE GÁS NATURAL
A cidade de Ponta Grossa é servida pelas duas redes de Gás Natural disponíveis
no país, a rede nacional e a rede de gás importado da Bolívia, fato que garante
competitividade com o contínuo abastecimento às indústrias aqui instaladas.
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7.2.1 Localização da estação de distribuição de gás natural, pressão e diâmetro da tubulação:
A estação de medição (EMRP) será instalada dentro do imóvel do cliente, sendo que a sua posição será determinada em comum acordo da COMPAGAS com o Cliente.
Pressão de fornecimento industrial será de 2kgf/cm². Dependendo o tipo de aplicação, pode chegar a 17 kgf/cm². Caso seja necessário pressão superior a 17 kgf/cm² deve ser estudado o caso.
O diâmetro de saída da Estação (EMRP) vai depender da Pressão e da Vazão horária requerida. E estas são determinadas pelos tipos dos equipamentos que utilizarão o GN.
7.2.2 Menor valor calorífico
O PCS (Poder Calorífico Superior) de referencia contratual é 9.400 kcal/m³.
7.3 INFORMAÇÕES SOBRE O FORNECIMENTO DE ÁGUA
O serviço de abastecimento de água e saneamento básico é fornecido pela
Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR.
7.4 INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS
Mapas climáticos:
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Figura 8 – Mapas climáticos de Ponta Grossa Fonte: IAPAR (2013)
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7.5 OUTRAS INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS:
7.5.1 – Temperatura
Média Anual – 17,7*C
Media do mês mais frio – 12,2*C (junho)
Media do mês mais quente – 21,7*C (janeiro)
7.5.2 – Umidade
Media Anual – 80%
Máxima no verão – 84,4%
Máxima no inverno – 70,9%
7.5.3 – Chuvas
Volume máximo mensal – 181,5 mm (janeiro)
Volume mínimo anual – 1.142,8 mm (2006)
7.5.4 – Terremotos
A região está inserida na plataforma continental brasileira, com incidência mínima
de tremores de terra.
Topografia e engenharia geológica
Nível de solo: no local ocorre um solo bem desenvolvido, atingindo espessura de
até 25 metros, de textura argilosa e coloração avermelhada.
Relatório de engenharia geológica
2.1- Estrutura geológica:
No local não existe relevo do tipo KARST, não existem registros de avalanches,
tão pouco desmoronamentos ou colapsos naturais.
As argilas do terreno apresentam características de baixo grau de expansão.
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Profundidade de água subterrânea.
Na região ocorrem duas formações geológicas, FM Ponta Grossa e FM Furnas.
A FM Ponta Grossa é composta por siltitos, argilitos e folhelhos carbonosos
acinzentados que não fornecem água em grandes quantidades. Esta formação esta
sobreposta aos arenitos da Formação Furnas.
Já nesta formação a água vai ocorrer entre as camadas de arenitos e também em
fraturas existente no arcabouço rochoso.
Em função dessas fraturas ocorrerem de modo aleatório, não se pode quantificar
o volume de água produzido e a profundidade atingida.
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8 PROSPECÇÃO DE FUTURO
Um futuro tão brilhante e promissor está sendo preparado para a cidade, quantos
são os investimentos industriais confirmados e sendo implantados em Ponta Grossa. A
cidade vive uma onde de industrialização singular em sua história, atraindo grandes
empresas nacionais e multinacionais, que com toda a certeza escolheram nossa cidade
pelos diferenciais competitivos encontrados aqui.
São empresas dos mais variados ramos e segmentos econômicos, mas acima de
tudo, são empresas apostando no crescimento e desenvolvimento da cidade e das
pessoas que aqui vivem.
Os investimentos industriais de instalação e expansão de pequeno, médio e
grande porte somam o montante de R$ 2.632.630.000,00 e gerarão o total de 2.191
empregos diretos.
Serão 19 novos empreendimentos e 6 ampliações de plantas industriais, dentre
os quais destaca-se a montadora de caminhões DAF, que deverá atrair mais empresas
fornecedoras de insumos para sua linha de montagem. Ainda, tem-se a gigante AMBEV e
a Mars Brasil.
A Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional da
Prefeitura de Ponta Grossa, com o intuito de basear as ações de planejamento e
preparação das políticas públicas, realizou no ano de 2012 um estudo de prospecção de
futuro.
A metodologia utilizada para alcançar o objetivo foi baseada em uma pesquisa
bibliográfica e documental sobre os crescimentos alcançados em população, produto
interno bruto – PIB, e Orçamentos Municipais, de cidades que receberam montadoras de
automóveis e caminhões. Foram utilizadas as cidades que, como Ponta Grossa,
pudessem ser percebidas as mudanças na realidade populacional e econômica dos
municípios. Caso a cidade comparada fosse tão grande quanto São Paulo por exemplo, a
presença de montadoras poderia ser imperceptível devido ao gigantismo de sua
economia.
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Cidades utilizadas e respectivas empresas instaladas:
- Sumaré – SP =............................................................................................... Honda 1997
- Anápolis – GO =........................................................................................... Hyundai 2007
- Caxias do Sul – RS =......................................International caminhões 1998/ ônibus 2011
- Catalão – GO =.......................................................................................... Mitsubishi 1998
- Porto Real - RJ =.......................................................................... Peugeot – Citroen 2001
- São José dos Pinhais – PR =................. Renault 1999 / carros comerciais leves / 2002
=............................... Nissan comerciais 2002 / carros 2009
Para a coleta de dados, foram definidas as variáveis PIB, população e
orçamentos municipais, sendo utilizadas informações do IBGE, ANFAVEA e Orçamentos
Municipais aprovados e publicados pelas Câmaras de Vereadores de cada cidade objeto
deste estudo.
Foram coletados todos os dados disponíveis do período anterior ás implantações
das empresas e seus dados atuais. Desta forma, foram mensurados os crescimentos
absolutos e percentuais, que divididos pelos anos compreendidos no intervalo, resultou
em médias anuais de crescimento.
De posse destes números, realizou-se a média aritimética destes índices,
obtendo-se uma média final que foi utilizada para projetar o crescimento econômico,
populacional e do orçamento municipal para a cidade de Ponta Grossa.
Como resultado, obteve-se: • Media Crescimento do PIB de 14,16 % ao ano.
• Média Crescimento População: 2,15 % ao ano
• Média Crescimento Orçamento: 16,88 % ao ano.
Ano PIB Orçamento Municipal
População
2012 R$ 5,16 bilhões R$ 0,5 bilhão 317.399 habitantes
2017 R$ 10 bilhões R$ 1.1 bilhão 354.604 habitantes
2022 R$ 20 bilhões R$ 2.44 bilhões 394.398 habitantes
Quadro 3 – Projeção de crescimento para a cidade de Ponta Grossa Fonte: SMICQP (2012)
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No Parque Ecotecnológico serão implantadas as oito primeiras indústrias, que em
seu primeiro ano irão gerar R$ 6.000.000,00 e o mínimo de 800 empregos diretos para
mão de obra especializada.
8.1 POTENCIAL DE CONSUMO
Uma das medidas mais utilizadas para calcular o potencial de consumo de uma
população é o consumo de energia elétrica, conforme informações da Companhia
Paranaense de Energia – COPEL, as informações da população de Ponta Grossa
seguem explicitadas na tabela 15 a seguir:
Tabela 14 – Consumo e consumidores de Energia Elétrica em Ponta Grossa - 2012
Fonte: COPEL (2013)
Outra medida utilizada para o cálculo do potencial de consumo de uma
população se trata da geração de lixo por habitante, que em Ponta Grossa, alcança o
montante de 0,740 kg de lixo por dia, por habitante. De acordo com Marcus Borsato,
diretor da empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA), responsável pela coleta de resíduos
sólidos no município, ao todo, são gerados 250 toneladas de lixo diariamente. Explica
Marcus
“Pode-se notar um aumento na quantidade de lixo gerada na cidade.
Isso se deve ao desenvolvimento de Ponta Grossa. Muitas pessoas têm
vindo morar em nossa cidade, aumentando a geração de resíduos. Além
do aumento do poder aquisitivo nos últimos anos devido à estabilidade
econômica também aumentando o consumo das famílias, em
consequência, o aumento da geração de resíduos" (DIÁRIO DOS
CAMPOS, 2012).
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Ainda, de acordo com o IPC MAPS, da IPC Marketing Editora 2013, o potencial
de consumo da cidade de Ponta Grossa - PR é expresso pelo Share de Consumo =
0,19089, que a coloca na 68° posição no Brasil e 4° posição no paraná, com o PIB de R$
5,728 bilhões. Se considerada a Região dos Campos Gerais, alcançará a cifra de R$ 12,1
bilhões em 2012, o que significa um crescimento de 22,53% na comparação com 2011.
8.2 ALCANCE POPULACIONAL
A localização da cidade de Ponta Grossa é estratégica não somente pelas
condições de sua infraestrutura rodoferroviária, como também por estar muito próxima a
grandes centros populacionais, isto significa um enorme potencial de consumo no seu
entorno.
Este estudo apresenta a concentração populacional ao redor da cidade, para isto,
foi traçada uma circunferência com raio de 100 Km, tendo como eixo a cidade de Ponta
Grossa. A partir desta, foram traçadas outras sete circunferências, tendo sempre seus
raios aumentados em 100 Km. Desta forma, foram analisadas as populações das
principais cidades abrangidas por cada circunferência, tendo sempre por base as
informações oficiais do IBGE 2012. Este método se trata de um cálculo aproximado da
população, e que traz como resultado os dados compilados na figura 9 a seguir:
Figura 9 – Alcance populacional a partir de Ponta Grossa
Fonte: Google Earth Pro® e IBGE (2012)
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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ponta Grossa é sem dúvida uma cidade com alto potencial de atratividade de
investimento, se caracterizando no maior e mais diversificado polo industrial do interior do
estado e concomitante, se tornou um polo universitário. Localizada estrategicamente
próxima de outros grandes centros produtivos do Estado do Paraná, possuindo fácil
acesso à Capital, ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, aos portos de Paranaguá,
Santos, São Francisco do Sul e Itajaí, às cidades de Londrina, Maringá e aos estados de
São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso, além das principais capitais do Mercosul.
Embora grande parte da População Economicamente Ativa de Ponta Grossa
trabalhe no setor de Serviços, uma parcela muito significativa está empregada na
Indústria pontagrossense, sobretudo nas Indústrias metalúrgica, madeireira e borracha,
enquanto a indústria da cidade que mais produz para outros países seja a de alimentos. A
agropecuária também é importante, dadas as altas taxas de produtividade de soja e
milho, além do município ser referência na criação de gado leiteiro.
O perfil do trabalhador médio pontagrossense é uma pessoa com Ensino Médio
completo, e que recebe até dois salários mínimos como remuneração. Isso confere à
empresa que queira se instalar na cidade uma mão de obra relativamente barata e com
nível médio de qualificação.
A empresa que decidir investir em Ponta Grossa encontrará também uma
quantidade significativa de profissionais com curso técnico profissionalizante, curso
superior e inclusive com mestrado e doutorado. Além disso, o empresário contará
também, para a capacitação do seu trabalhador, com uma boa infraestrutura de
educação, com duas universidades públicas, além das particulares, e unidades do SESI,
SENAC e SENAR. Para os filhos dos empresários a cidade também possui uma boa rede
de educação nos níveis fundamental e médio.
A cidade, que conta com um relevante distrito industrial, dispõe de infraestrutura
adequada de redes de energia elétrica e gás encanado, além de uma rede de 18 mil km
de fibra ótica.
Ponta Grossa, enfim, oferece tanto ao empresário quanto à sua família, e à sua
empresa e os seus empregados, uma ótima estrutura, qualidade de vida e condições
propícias que conferem inúmeras vantagens competitivas.