Maquinas 78

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Setembro 2008

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Rodando por aí

Aplicação de dose variável

Ficha Técnica - John Deere

Máquinas florestais

Tecnologia de aplicação

Prêmio Gerdau

Expointer 2008

Ficha Técnica - Semeadora SDM

Software para pulverização

Ficha Técnica - SCS ML-170

Técnica 4x4

Índice Nossa Capa

Valtra

Destaques

Esforço mínimoSistema denominado CultivoMínimo traz inúmeras vantagensoperacionais para áreas florestais

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Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados

podem solicitá-las à redação pelo e-mail:[email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos quetodos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitosirão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foramselecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemosfazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões,para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidosnos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a opor-tunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONES: (53): (53): (53): (53): (53)

• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL3028.20003028.20003028.20003028.20003028.2000• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINATURASTURASTURASTURASTURAS3028.20703028.20703028.20703028.20703028.2070

• Direção• Direção• Direção• Direção• DireçãoNNNNNewton Pewton Pewton Pewton Pewton PeteretereteretereterSchSchSchSchSchubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Peteretereteretereter

• Redação• Redação• Redação• Redação• RedaçãoGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan Quevedooooo

• Revisão• Revisão• Revisão• Revisão• RevisãoAlinAlinAlinAlinAline Pe Pe Pe Pe Partzsch dartzsch dartzsch dartzsch dartzsch de Alme Alme Alme Alme Almeieieieieidddddaaaaa

• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiCristiCristiCristiCristiananananano Ceio Ceio Ceio Ceio Ceiaaaaa

• Coordenação Comercial• Coordenação Comercial• Coordenação Comercial• Coordenação Comercial• Coordenação ComercialCharles EchCharles EchCharles EchCharles EchCharles Echererererer

• Comercial• Comercial• Comercial• Comercial• ComercialPPPPPedededededrrrrro Batistino Batistino Batistino Batistino BatistinSedSedSedSedSedeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijó

• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• AssinaturasSimSimSimSimSimononononone Lopese Lopese Lopese Lopese LopesRosimRosimRosimRosimRosimeri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa AlvesÂnÂnÂnÂnÂngggggela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveira Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalves

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.

www.revistacultivar.com.br

Cultivar MáquinasEdição Nº 78

Ano VIII - Setembro 2008ISSN - 1676-0158

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00

Assinatura Internacional:US$ 90,00

EUROS 80,00

Pulverização virtualPrograma de treinamento virtualauxilia profissionais a aperfeiçoartécnicas de aplicação de defensivos

Ficha TécnicaJD 5425N Estreito,Kuhn SDM e KeplerSCS ML-170

Matéria de capa

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• RED• RED• RED• RED• REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO3028.20603028.20603028.20603028.20603028.2060• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING3028.20653028.20653028.20653028.20653028.2065

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John DeereJohn DeereJohn DeereJohn DeereJohn DeereO engenheiro agrônomoThercio Stella de Freitasacaba de ser contratadopela John Deere comoengenheiro de vendas.Anteriormente Freitasatuava como especialistade mercado agropecuário,no segmento de ferramen-tas motorizadas portáteis.

VVVVValtraaltraaltraaltraaltraA Valtra aposta em pelo menos mais dois anos de mercado agrícola aquecido no Brasil.A expectativa se baseia principalmente no aumento da demanda por alimentos e ener-gia no mundo. “Tem mais gente comendo e comendo melhor. Além disso, outro fatorimportante é a produção de biodiesel e etanol. Embora o petróleo não vá acabar, há

um crescimento da consciên-cia ambiental e da busca porcombustíveis limpos”, lem-brou Leandro Marsili diretorde Marketing, ladeado por Ri-cardo Hutala, da Sisu Diesele pelo diretor Comercial daValtra, Orlando Silva, duran-te entrevista coletiva da em-presa na Expointer.

Thercio de Freitas

Santiago e CintraSantiago e CintraSantiago e CintraSantiago e CintraSantiago e CintraDurante a Expointer a equipe da Santiago e Cintra apresentou o novo sistema de guia porbarra de luzes para Agricultura de Precisão, o AgGPS 250 da Trimble, indicado para apli-cação de fertilizantes a lanço, calcário e pulverização. Também mereceram destaque oAgGPS500 Guide, sis-tema por guia de barrade luzes, o AgGPS 500Drive, sistema de pilo-to automático elétrico,sistema de aplicação detaxa variável e o EZ-Boom2010, sistema dedesligamento automá-tico de secção de pul-verização.

MontanaMontanaMontanaMontanaMontanaAlessandro Wojciechowski,

gerente de Marketing daMontana, destacou durantea Expointer o trator Mistral

50 da Landini, indicadoprincipalmente para o

trabalho em fruticultura. Omodelo possui trasmissão12x12 sincronizada com

reversor de velocidade.

AralAralAralAralAralMaicon Balansin, da AralCabinas, de Tapejara, RioGrande do Sul, e equipe,apresentaram na Expointer2008 sua linha de cabinaspara tratores e colhedoras.

JactoJactoJactoJactoJactoA equipe da Jacto destacou naExpointer o pulverizadorAdvance 3000, Tandem, AM24, com configuração especí-fica para emprego na culturado arroz.

MariniMariniMariniMariniMariniA Metalúrgina Marini

comemorou naExpointer 2008 a

venda do milésimo kitde rodado duplo para

tratores MF 660 e 680.E em colhedoras MF

5650, 32 e 34. MarceloMarini e equipe

apresentaram aosvisitantes as vantagens

do produto.

Massey FMassey FMassey FMassey FMassey FergusonergusonergusonergusonergusonFábio Piltcher, diretor de Marketing da Mas-sey Ferguson, Luiz Ghiggi, vice-presidentede Engenharia da AGCO, Vicente Pimenta,gerente de Projetos Especiais da Delphi, eGuilherme Ebeling, gerente de Desenvolvi-mento da MWM International apresenta-ram na Expointer um trator MF 275, de 75cvde potência, movido a etanol e diesel, resul-tado de um projeto experimental desenvol-vido em parceria pela Massey Ferguson,MWM International e a Delphi.

New HollandNew HollandNew HollandNew HollandNew HollandJorge Strina assumiu ocargo de Especialista deMarketing de Produtosde Agricultura dePrecisão e Fenação e For-ragem da New Holland.Há nove anos no GrupoFiat, atuava anterior-mente na Case IH.

TTTTTramontiniramontiniramontiniramontiniramontiniA Tramontini classificou como positiva sua participação na Expointer. Segundo a diretoria dafabricante, foram protocoladas 110 propostas para a aquisição de tratores, número 7% superiorao ano passado. De acordo com o gerente comercial, Júlio Cercal, o montante só não foi maiorporque muitas revendas optaram por fechar negócios nas suas regiões, sem protocolá-las na feira.

AgroleiteAgroleiteAgroleiteAgroleiteAgroleiteA tradicional empresa

de fabricação decabinas agrícolas,Agroleite, esteve

presente na Expointer2008. João Leite,

diretor comercial daempresa comemora o

bom momento doagronegócio.

Ricardo Hutala, Leandro Marsili e Orlando Silva Marcelo Marini

Alessandro Wojciechowski

Jorge Strina

Maicon Balansin

Novo CEONovo CEONovo CEONovo CEONovo CEOO engenheiro mecânico e administrador Walfner Leitão, assumiuem junho o cargo de CEO da Santal. Walfner, que ocupou cargos dealta direção em multinacionais como Husky Injection Molding, Te-tra Pak e Coplay do Brasil, assume a presidência da Santal com amissão de executar um plano agressivo de estruturação e cresci-mento nos mercados interno e externo. Arnaldo Adams RibeiroPinto que acumulava função executiva e uma posição no Conselhode Administração se dedicará integralmente ao Conselho.Walfner Leitão

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Em lavouras de arroz, a divisão de áreaspara aplicação de diferentes doses é

facilitada, devido às taipas existentes

taxa variável

Aagricultura geralmente é manejadaem grandes áreas consideradas comohomogêneas, através da aplicação de

insumos pela média, onde uma mesma dosede insumo é aplicada em toda a área, não con-siderando as necessidades específicas de cadaparte da lavoura, acarretando um excesso oufalta de fertilizante em determinados locais. Ex-cesso de fertilizantes pode gerar contaminaçãoambiental e reduzir a lucratividade, enquantoque a sua falta pode diminuir a produtividadee a qualidade da cultura.

A aplicação de fertilizantes em doses va-riáveis consiste em aplicar no local correto(espaço), no momento adequado (época),as quantidades de insumos necessárias(quantidade) à produção da cultura, paraáreas cada vez menores e mais homogêne-as, conforme a tecnologia e o custo envolvi-do permitirem esta operação.

Após identificar a variabilidade espacialda fertilidade do solo, é possível realizar a

aplicação de fertilizantes em doses variáveis,utilizando diversas máquinas e técnicas paraesta aplicação.

Na agricultura de precisão, a aplicação defertilizantes em doses variáveis é realizada a lan-ço por um distribuidor centrífugo, onde a aber-tura da comporta dosadora de produto é acio-nada de forma automática através de um con-trolador hidráulico-eletrônico. Este tipo de equi-pamento, associado a um GPS, permite que amáquina aplique o fertilizante de acordo comum mapa de recomendação estabelecido previ-amente.

Para os agricultores que não possuem ma-quinário instrumentado para aplicação de fer-tilizantes em doses variáveis, uma das alterna-tivas é a demarcação das áreas em grandes zo-nas de manejo, as quais caracterizam-se comoregiões de uma lavoura que expressa uma com-binação de fatores limitantes para os quais umaúnica dose de um insumo é necessária. Em se-guida, utiliza-se o maquinário disponível napropriedade como semeadoras e distribuidoresa lanço tradicionais, ou seja, equipamento semcontrole automático para aplicação em dosevariável.

Dose variávelA aplicação de fertilizantes em taxa variável é uma das ferramentas daagricultura de precisão que acabam gerando economia de produtos e aumento dorendimento. E o melhor de tudo, é que o produtor pode fazer aplicação de dosesvariáveis mesmo sem ter equipamentos dotados de componentes especiais

A aplicação de fertilizantes em taxa variável é uma das ferramentas daagricultura de precisão que acabam gerando economia de produtos e aumento dorendimento. E o melhor de tudo, é que o produtor pode fazer aplicação de dosesvariáveis mesmo sem ter equipamentos dotados de componentes especiais

Dose variável

Charles Echer

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“““““A aplicação de calcário em doses variáveis proporcionou economia de seisA aplicação de calcário em doses variáveis proporcionou economia de seisA aplicação de calcário em doses variáveis proporcionou economia de seisA aplicação de calcário em doses variáveis proporcionou economia de seisA aplicação de calcário em doses variáveis proporcionou economia de seistoneladas do produto quando comparada com a aplicação de dose fixatoneladas do produto quando comparada com a aplicação de dose fixatoneladas do produto quando comparada com a aplicação de dose fixatoneladas do produto quando comparada com a aplicação de dose fixatoneladas do produto quando comparada com a aplicação de dose fixa”””””

ITENSRECEITA

Aumento de produtividade de grãosEconomia em calcário

CUSTOAnálise de solo (1 amostra/ha)

Operação de aplicação de calcário (2ª passada)LUCRO

VALOR (R$/ha)143,40137,80

5,6041,3018,0023,30

102,10

Quadro 2 - Análise econômica da aplicação de calcárioem doses variáveis na cultura do arroz irrigado

Item

Quantidade total de calcário (Ton.)Custo total (R$)

Dose fixa162

10530,00

Dose variável156

10140,00

Forma de aplicação

Quadro 1 - Comparativo entre a aplicação de calcárioem dose fixa e doses variáveis

Quando se utiliza uma semeadora, o pro-dutor pode regular a máquina para aplicardeterminadas doses de adubo em diferentespartes da lavoura ou aplicar a mesma dosede adubo na linha em toda a área e comple-mentar as necessidades específicas de cadalocal na adubação de cobertura (cloreto depotássio e uréia) com o distribuidor a lanço.Em lavouras de arroz irrigado, a divisão daárea para aplicação de diferentes doses de fer-tilizantes é facilitada pela presença de estra-das, canais de irrigação e taipas.

Para avaliar os benefícios da aplicação defertilizantes em doses variáveis, realizou-se umtrabalho em uma lavoura comercial de arrozirrigado no município de São Francisco de As-sis (RS). A área utilizada foi de 70 hectares,mapeada com um GPS de navegação e a ma-lha de amostragem de solo utilizada foi de umponto (amostra) por hectare.

A aplicação de calcário em doses variáveisfoi realizada a lanço por quadros da área, atra-vés de um distribuidor centrífugo tradicional(sem a instrumentação para agricultura de pre-cisão). Baseando-se no critério do índice SMPdo solo em cada parte da área, elaborou-se omapa de recomendação de calagem nas dosesde 0, 2 e 4ton./ha, como é possível observar nailustração. A aplicação de calcário foi realizadainicialmente com uma dose de 2ton./ha em todaa área (exceto a testemunha) e, posteriormen-te, uma segunda passada nas áreas (quadros)que necessitavam uma dose de 4ton./ha.

Sob o ponto de vista econômico, a apli-cação de calcário em doses variáveis propor-cionou uma economia de seis toneladas decalcário quando comparada com a aplica-ção de uma dose fixa de calcário em toda aárea (Quadro 1), representando uma eco-nomia de R$ 5,60/ha.

A receita obtida com a economia em calcá-rio, somada ao aumento de produtividade degrãos de arroz, resultou em uma receita totalde R$ 143,40/ha, enquanto o custo total (aná-lise de solo + operação de aplicação de calcá-rio) foi de R$ 41,30/ha (Quadro 2). Isto pro-porcionou um lucro de R$ 102,10/ha, equiva-lendo a aproximadamente 308kg/ha de arroz(pelo preço da época) e uma lucratividade de71% com a aplicação de calcário em doses vari-áveis.

Um ponto a ser ressaltado é o custo da aná-lise de solo (R$ 18,00/amostra), que represen-tou apenas 0,5% do custo total de produção dearroz irrigado, mesmo quando se utiliza umamalha de amostragem densa (1 ponto/ha) comorealizado neste trabalho. Na amostragem de soloem malha para trabalhos de agricultura de pre-cisão, geralmente utiliza-se uma amostra de solode três a cinco hectares, o que diminui os cus-tos de análise de solo e aumenta ainda mais amargem de lucratividade com a tecnologia.

A magnitude deste lucro com a aplicação

em doses variáveis pode ser aumentada quan-do se trabalha com áreas maiores e principal-mente com fertilizantes, os quais apresentamum custo maior em relação ao calcário. Os fer-tilizantes são considerados como o principalfator do custo de produção das culturas quepode ser manejado com aplicações em dosesvariáveis, visando aumentar a rentabilidade daatividade agrícola.

Quando a fertilidade do solo é baixa, geral-mente a aplicação de fertilizantes em doses va-riáveis proporciona pequena economia nasquantidades utilizadas em relação à dose fixa,em função da necessidade de construção destafertilidade. Entretanto, quando a fertilidade dosolo atinge um determinado nível, é possívelracionalizar e economizar na utilização dos fer-tilizantes, colocando a quantidade necessáriaem local da lavoura, permitindo a correção nasáreas que se encontrava com teores deficientese economizar fertilizante nas áreas com teoresmuito altos de nutrientes.

Abaixo citam-se alguns exemplos de resul-tados obtidos em diferentes propriedades, ondea aplicação de fertilizantes em doses variáveispermitiu reduzir a quantidade aplicada, em re-lação àquela em que o produtor tradicionalmen-te aplicava em dose fixa: economia de 53% naadubação com fósforo e potássio em soja; eco-nomia de 19% na adubação com potássio e 14%com fósforo em milho; economia de 31% nacalagem para milho; economia de 18% na adu-bação com DAP + KCl em arroz irrigado; eco-nomia de 30% na calagem para arroz irrigado.

A aplicação de fertilizantes em doses variá-veis é uma das etapas do ciclo de agricultura deprecisão, a qual deve ser encarada como umanova maneira de gerenciar grandes áreas e nãoapenas como uma recomendação diferente datradicional. A adoção de outras tecnologias com-plementares pode facilitar e melhorar a adoçãoda tecnologia. O mapeamento da fertilidade dosolo, associado ao mapeamento da produtivi-dade de grãos da cultura, tem se mostrado fun-damental para a determinação dos fatores li-mitantes à produção. Não basta determinar acausa dos problemas se as suas correções nãoforem realizadas de forma adequada.

A redução dos custos de produção atravésda economia em fertilizantes obtida com a apli-cação em doses variáveis, associada ao aumen-to da receita proporcionada pelo incremento deprodutividade da cultura, permite obter umamaior lucratividade na atividade agrícola, po-dendo garantir maior espaço no mercado comeconomia globalizada, o qual demanda preçoscompetitivos e qualidade dos produtos.

Setembro 08 • 07

Reges Durigon,José Fernando Schlosser,Eder Dornelles Pinheiro,Alexandre Russini eAndré Luis Casali,UFSM

John

Dee

re

. M

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5425N Estreito

08 • Setembro 08

Com o objetivo de oferecer umequipamento que seja adequadopara o trabalho em áreas reduzidas

e ofereça maior rendimento, a John Deere lan-çou recentemente no mercado o trator 5425NEstreito, com dimensões compactas e um mo-tor de alta potência (78cv). O trator tem 1,4metro de largura, 3,65m de comprimento (semos pesos frontais) e 2,35m de altura, com a es-trutura de proteção (EPCC).

O novo modelo apresenta um novo designde capô e a transmissão sincronizada 9x3, que

equipa atualmente os tratores de maior porte5605 e 5705. O câmbio, em conjunto com omotor agrícola John Deere de 78cv, irá propor-cionar conforto e seguran-ça para o operador egarantir uma produti-vidade maior que ados tratores destesegmento.

MOTORO 5425N

Estreito vemequipado com

Estreito 5425NJohn Deere lançou emsetembro o tratorcompacto com motor de78cv e largura de 1,40m,próprio para trabalhar emespaçamentos reduzidos,como lavouras de café efruticultura

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“O trator 5425N vem equipado com a transmissão sincronizada“O trator 5425N vem equipado com a transmissão sincronizada“O trator 5425N vem equipado com a transmissão sincronizada“O trator 5425N vem equipado com a transmissão sincronizada“O trator 5425N vem equipado com a transmissão sincronizadaTTTTTopShaft, que possibilita a troca de marca à frente e à ré sem pará-lo”opShaft, que possibilita a troca de marca à frente e à ré sem pará-lo”opShaft, que possibilita a troca de marca à frente e à ré sem pará-lo”opShaft, que possibilita a troca de marca à frente e à ré sem pará-lo”opShaft, que possibilita a troca de marca à frente e à ré sem pará-lo”

O 5425N Estreito vem com transmissão sincronizada 9x3que equipa atualmente também os tratores 5605 e 5705

o motor diesel John Deere, de quatro cilindros,com potência de 78cv a 2400rmp. O capô es-camoteável apresenta um design moderno efuncional, pois permite acesso fácil, sem obs-trução, aos principais itens de manutençãocomo filtro do ar, bateria, fluido do radiador,alternador, radiador, bomba injetora, filtro decombustível e de óleo do motor. O capô é cons-truído em peça única com fecho de engate rá-pido, não necessitando o uso de ferramentaspara a sua abertura.

TRANSMISSÃOO trator 5425N vem equipado com a trans-

missão sincronizada TopShaft™, que possibili-ta a troca de marcha à frente e à ré sem pará-lo.Para a troca dos gru-pos, no entanto, otrator precisa estarparado. Esta trans-

Fotos John Deere

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missão foi desenvolvida para aproveitar comeficiência o torque e a potência do motor de78cv. A transmissão possui nove marchas à fren-te e três marchas à ré, resultantes da combina-ção de três grupos e três marchas.

A alavanca posicionada à esquerda do ope-rador seleciona os grupos e a localizada à direi-ta permite selecionar as três marchas à frente eà ré. A segunda marcha à frente e à ré encon-tram-se na mesma linha, facilitando a troca desentido. Essa localização permite alcançar mai-or produtividade em trabalhos que necessitamtroca de sentido com freqüência, o que é bas-tante comum nas atividades de fruticultura ede cafeicultura.

TDPO trator Estreito vem equipado com a TDP

econômica, que possibilita manter a rotação de540rpm na TDP em duas rotações do motor (a2400rpm ou a 1700rpm do motor). Assim,pode-se trabalhar com menor rotação no mo-tor para operações mais leves sem prejudicar aeficiência da TDP, o que representa economiade combustível. O acionamento da TDP donovo modelo se dá através de uma embreagemindependente, o que permite seu acionamentosem necessidade de parar o trator. Isso repre-senta maior controle e melhor precisão das ope-rações, resultando em maior rendimento na re-alização dos tratos culturais.

Além disso, a alavanca de acionamento daTDP fica localizada no pára-lama. O aciona-mento suave da mesma permite o aumentoprogressivo da velocidade, trazendo maior con-

O modelo Estreito tem 1,4m de largura, 3,65m de comprimento (semos pesos frontais) e 2,35m de altura, com a estrutura de proteção (EPCC)

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“““““O trator 5425N Estreito vem equipado de série com tração 4x4 e bloqueio do diferencialO trator 5425N Estreito vem equipado de série com tração 4x4 e bloqueio do diferencialO trator 5425N Estreito vem equipado de série com tração 4x4 e bloqueio do diferencialO trator 5425N Estreito vem equipado de série com tração 4x4 e bloqueio do diferencialO trator 5425N Estreito vem equipado de série com tração 4x4 e bloqueio do diferencialtraseiro, o que permite bom rendimento do trabalho mesmo em condições adversas de terrenotraseiro, o que permite bom rendimento do trabalho mesmo em condições adversas de terrenotraseiro, o que permite bom rendimento do trabalho mesmo em condições adversas de terrenotraseiro, o que permite bom rendimento do trabalho mesmo em condições adversas de terrenotraseiro, o que permite bom rendimento do trabalho mesmo em condições adversas de terreno”””””

forto ao operador. Isso também evita sobrecar-ga sobre o implemento. Uma luz no painel decontrole indica ao operador quando a TPD estáacionada.

O trator 5425N Estreito vem equipadode série com tração 4x4 e bloqueio do dife-rencial traseiro, o que permite bom rendi-mento do trabalho mesmo em condições ad-versas de terreno.

SISTEMA HIDRÁULICOO sistema hidráulico do modelo 5425N é

de centro aberto de alta vazão. Este sistemapermite operar diferentes tipos de implemen-tos com grande eficiência. Ele é composto porduas bombas que operam em formato “tan-dem”. Enquanto uma envia vazão hidráulicapara o sistema de direção, a segunda envia va-zão exclusivamente para o levante hidráulico epara a válvula de controle remoto. A vazãomáxima do sistema hidráulico é de 85 litros porminuto à pressão máxima de trabalho de190kgf/cm².

O trator é equipado com uma válvula decontrole remoto com vazão máxima de 60l/min.O sistema de acoplamento rápido permite queas mangueiras sejam acopladas e desacopladas

dos implementos sem necessidade de desligaro trator.

O sistema de levante hidráulico é categoriaII. Ele tem uma excelente capacidade de le-vante, estando apto a operar com diversos ti-pos de implementos. A capacidade de levante éde 1.350kgf a 610mm do engate (conforme anorma NBR 13145). O sistema de levante hi-dráulico permite uma regulagem precisa de pro-fundidade do implemento e da sensibilidade,possibilitando que o implemento copie as vari-ações do solo.

PLATAFORMA DE OPERAÇÃOA plataforma de operação do trator 5425N

oferece conforto e visibilidade. As alavancas dasmarchas e os comandos estão posicionados naslaterais, proporcionando facilidade e confortona operação do equipamento. Isso resulta emuma maior produtividade ao longo da jornadade trabalho. O assento dooperador permite diversosajustes proporcionando oconforto necessário parao trabalho.

A descarga do motor tem saída horizontaldebaixo do capô, permitindo uma excelente vi-sibilidade sem obstrução para o operador.

SEGURANÇAPara maior segurança do operador, a estru-

tura de proteção do trator é dobrável, facilitan-do assim o acesso do equipamento a locais comaltura de passagem reduzida. O cinto de segu-rança é integrado ao assento e o sistema de par-tida é acionado somente com a alavanca demarcha e com a TDP desengatadas.

O sistema de freios é em banho de óleo,que proporciona alta segurança, capacidade defrenagem e prolongada vida útil, mesmo sobuso intensivo. Os freios são auto-ajustáveis, dis-pensando a necessidade de ajustes periódicos.

O freio de estacionamento tem aciona-mento manual através de

alavanca localizada próxi-mo à alavanca de seleção

dos grupos.

O motor que equipa o 5425N é diesel John Deere, quatro cilindros com potência de 78cv a 2.400rpm.A transmissão sincronizada TopShaftT possibilita a troca de marchas à frente e à ré sem parar o trator

Diversos componentes que visam a segurança estão presentes neste modelo, como cinto de segurançaintegrado ao assento, dispositivo que impede dar a partida com marchas engatadas e arco de segurança

. M

Fotos John Deere

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12 • Setembro 08

máquinas florestais

As florestas plantadas existentes noBrasil totalizam cerca de 5,6 milhõesde hectares, sendo 3,4 milhões de

hectares com eucaliptos, 1,8 milhão de hecta-res com pínus e 330 mil hectares de outras es-pécies. Em 2005, foram plantados 553 mil ha.Desse total, cerca de 130 mil hectares (23,6%)originaram-se de programas de fomento flores-tal, coordenados por diferentes empresas, enti-dades e instituições em pequenas e médias pro-priedades, e 422 mil hectares (76,4%) de plan-tios próprios. A meta estabelecida pelo Progra-ma Nacional de Florestas até 2010 é plantarum milhão de hectares por ano (Sociedade Bra-sileira de Silvicultura, 2008). A madeira do eu-calipto é usada para produção de chapas, lâmi-nas, compensados, aglomerados, carvão vege-tal, madeira serrada, celulose e móveis. Outrosprodutos são também obtidos nas plantações,como os óleos essenciais e o mel.

As maiores plantações estão nas regiõesSudeste e Sul, com destaque para os estados deMinas Gerais, São Paulo e Paraná. Também háamplas plantações no Nordeste, estado daBahia, no Centro-Oeste, estado do Mato Grossodo Sul, e no Norte, estado do Amapá. Devidoao grande investimento em pesquisa e tecnolo-gia nas três últimas décadas, o aumento de pro-dutividades quantitativa e qualitativa foi alto.No setor de celulose, em 1965, a produtivida-de média do eucalipto era de 10m3 ha-1 ano-1 e,atualmente, de 38m3 ha-1 ano-1. Nos melhoressítios florestais, a produtividade média chega a

45-50m3 ha/ano.Até o fim da década de 70, as práticas silvi-

culturais relativas ao manejo dos resíduos ve-getais e ao preparo de solo seguiam um padrãotipicamente agronômico, como o enleiramen-to e/ou queima de resíduos e o intenso revolvi-mento da camada superficial do solo por aradoe grade. Adotava-se uma recomendação únicapara extensas plantações florestais, independen-temente do tipo de clima, de solo e do materialgenético.

A proibição da queima de resíduos vegetaisem São Paulo (1988), a necessidade de dimi-nuir a velocidade de degradação dos solos, apreocupação com a preservação dos recursosnaturais e o uso de herbicida foram fatores que

predispuseram e agilizaram a adoção do culti-vo mínimo. O controle de plantas daninhas comherbicida foi um fator crucial, porque neste sis-tema não há inversão da leiva (como no siste-ma convencional), ficando o banco de semen-tes das plantas daninhas nas camadas superfi-ciais do solo (não-soterrado). Isto causa aumen-to da infestação dessas plantas, dificultando ouinviabilizando, operacional e economicamen-te, o controle manual.

RESÍDUOS VEGETAISAs áreas mais comuns para a implantação

florestal são as de pastagens degradadas, ondea quantidade de resíduos é, relativamente, pe-quena e os resíduos são de consistência macia ede rápida decomposição. Em contraste, em áreasde replantio (reforma florestal), a quantia deresíduos como serapilheira, casca, galhos e fo-lhas, pode variar de cinco a 40 toneladas porhectare.

Dependendo do sistema de colheita, ma-nual (com motosserra) ou mecanizado (har-vester, forwarder, feller-buncher, skidder), a dis-tribuição dos resíduos sobre o terreno pode serbem irregular, variando de 0 a 20kg/m2. NaTabela 1 são apresentados alguns rendimentosoperacionais, algumas vantagens e desvantagensde sistemas de colheita florestal. Os restos dacolheita podem ficar distribuídos no campo deforma aleatória ou sistemática, neste caso, vi-sando favorecer as operações subseqüentes depreparo de solo, de controle da brotação do eu-

Coveador mecânico duplo que prepara covas emduas linhas de plantio, sucessivamente. As covastêm diâmetro de 40cm e profundidade variável

Cultivo mínimoCultivo mínimoArquivo VCP (Fazenda Aroeira – Candiota - RS)

Foto

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O sistema de plantação de florestas denominado Cultivo Mínimotem inúmeras vantagens operacionais e hoje já é realizado emaproximadamente 85% das áreas de florestamento

O sistema de plantação de florestas denominado Cultivo Mínimotem inúmeras vantagens operacionais e hoje já é realizado emaproximadamente 85% das áreas de florestamento

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“““““O O O O O CCCCCultivo ultivo ultivo ultivo ultivo MMMMMínimo resultou em inúmeras vantagens técnicas, econômicas e ecológicas, como a reduçãoínimo resultou em inúmeras vantagens técnicas, econômicas e ecológicas, como a reduçãoínimo resultou em inúmeras vantagens técnicas, econômicas e ecológicas, como a reduçãoínimo resultou em inúmeras vantagens técnicas, econômicas e ecológicas, como a reduçãoínimo resultou em inúmeras vantagens técnicas, econômicas e ecológicas, como a reduçãoda erosão, a maior conservação da umidade do solo e a redução da reinfestação de plantas daninhasda erosão, a maior conservação da umidade do solo e a redução da reinfestação de plantas daninhasda erosão, a maior conservação da umidade do solo e a redução da reinfestação de plantas daninhasda erosão, a maior conservação da umidade do solo e a redução da reinfestação de plantas daninhasda erosão, a maior conservação da umidade do solo e a redução da reinfestação de plantas daninhas”””””

Setembro 08 • 13

Feller-buncher/Skidder

20 a 40 m3 h-1

• É possível regular a altura dos tocos (alto fuste ou talhadia);• Bom rendimento operacional em florestas de baixa a média produtividade (altofuste ou talhadia);• Opera em declives mais acentuados;

• Não é possível fazer o descascamento logo após o corte das árvores;• Os resíduos da colheita são depositados na borda do talhão (remoção de MOe nutrientes da área)Alternativa – traçar os troncos dentro do talhão com motoserra e fazer bal-deio com Forwarder;• O arraste das árvores sobre o solo varrem a serapilheira, expondo o solo etornando irregular a distribuição de resíduos;• Alto índice de dano físico às gemas;• Maiores índices de infestação com plantas invasoras;• Maior potencial de compactação do solo (camadas compactadas distribuídasde forma não-sistemática no terreno).

Harvester/Forwarder

10 a 20 m3 h-1 (+40-45 árv. h-1)

• O Harvester possibilita fazer o descascamento logo após o corte das árvores;• A serapilheira e os resíduos da colheita (ponteiros, galhos, folhas, cascas)ficam bem distribuídas sobre o terreno;• É possível regular a altura dos tocos (alto fuste ou talhadia – tocos finos emédios);• Baixo potencial de compactação do solo (um dos motivos se deve à possibilidadede fazer trilhas de resíduos sobre os quais passa o Forwarder);• Baixo índice de dano físico às gemas.

• Produção de fibras longas de casca, que aumentam a possibilidade de embucha-mento de implementos de preparo de solo (p.ex., subsolador, coveador mecânico);• Baixo rendimento operacional em sítios de baixa produtividade;•Requer relevo plano a ondulado (até 15%) e superfície do solo homogênea.

Mecanizada

Rendimento

Vantagens

Desvantagens

Semi-mecanizadaMotoserra

3 a 4 m3 h-1 por homem (sem descascar)

• É possível regular a altura dos tocos (alto fuste outalhadia - tocos finos e médios);• A serapilheira e os resíduos da colheita (pontei-ros, galhos, folhas, cascas) ficam bem distribuídassobre o terreno;• Não compacta o solo;• Sem limitação de declividade para realizar a operação;• Baixo índice de dano físico às gemas.

• Baixo rendimento operacional;• Não descasca a madeira;• Demanda rebaixamento de toco pós-colheita emáreas de talhadia com tocos grossos.

Tabela 1 - Rendimento operacional, vantagens e desvantagens de sistemas semi-mecanizado (motoserra) e mecanizados de colheita

calipto e de plantio. Em áreas sob colheita me-canizada, em que os resíduos ficam distribuí-dos aleatoriamente sobre o terreno, há necessi-dade de picar ou remover os resíduos das li-nhas de preparo de solo e plantio, com objetivode evitar o embuchamento e a redução de qua-lidade e de rendimento dos implementos depreparo de solo e outras práticas culturais.

Em algumas plantações florestais adota-secomo princípio a convivência com os resíduosvegetais, com objetivo de economizar operaçõese de reduzir os danos ao solo. Consiste em rea-lizar algumas operações essenciais como o pre-paro de solo, sem movimentar ou alterar o mí-nimo possível a disposição ou as característicasdos resíduos. Para isso, podem-se usar algunsrecursos, por exemplo: a) a adição de acessóriosmecânicos nos implementos de preparo de solo,como o disco cortante e a haste retrátil do sub-solador; b) o uso de limpa-trilho para afastar osresíduos da linha de subsolagem; c) a elevaçãodo chassi do trator com rodas e/ou pneus espe-ciais (por exemplo, pneus maiores, às vezes comuso de esteira); d) a modificação do espaça-mento de plantio, de forma a possibilitar a rea-lização de operações em faixas de terreno commenos obstáculos.

PREPARO DO SOLOA técnica do Cultivo Mínimo prevê a ma-

nutenção dos resíduos vegetais (serapilheira esobras da colheita) sobre o solo, seguida do pre-paro localizado do solo nas linhas ou covas de

plantio. Os primeiros projetos-pilotos, em es-cala comercial, foram estabelecidos em 1989na região de Itatinga (SP) em plantações deeucalipto. Em um levantamento realizado em2002, cerca de 72% das plantações florestaiseram estabelecidas no sistema de Cultivo Mí-nimo. Atualmente, estima-se em mais de 85%das plantações.

Os implementos mais usados em áreasmanejadas no sistema de cultivo mínimo são osubsolador (profundidade de trabalho > 30cm)e o coveador mecânico. Este último é usado emáreas muito declivosas com forte ondulação,montanhosas ou com muitos obstáculos físi-cos ao subsolador, como nas áreas de replantio,com muitos tocos grossos. Em áreas com decli-ve acima de 30-35% (dependendo da irregula-ridade do terreno), não é possível mecanizar opreparo de solo, que fica restrito à abertura

manual de covas. O ciclo longo de cultivo dasplantações florestais constitui uma vantagemem relação às culturas anuais, pois implica emmenor movimento de máquinas sobre o solo.Por outro lado, os resíduos da colheita podemrepresentar sérios obstáculos às operações depreparo de solo e de plantio. Como exemplo, adificuldade de correção de limitações físicas dosolo, quando os resíduos dificultam as opera-ções mecanizadas, como as realizadas pelo sub-solador florestal.

BENEFÍCIOSO Cultivo Mínimo resultou em inúmeras

vantagens técnicas, econômicas e ecológicas,como a redução da erosão, a maior conservaçãoda umidade do solo e a redução da reinfestaçãode plantas daninhas. A construção de terraçostornou-se desnecessária. Antes do uso do Cul-tivo Mínimo era mais freqüente a necessidadede manutenção das estradas florestais, comobjetivo de retirar sedimentos transportados dasáreas adjacentes de produção. Com essas van-tagens, os impactos ambientais das plantaçõesficaram bem menores. Como bom indicadordessa prática silvicultural, tem-se constatadoque os cursos de água ficaram mais limpos eque o sistema funciona como um tampão am-biental, por exemplo, atenuando e degradandocompostos nocivos ao meio ambiente. O Cul-tivo Mínimo do solo tem contribuído ultima-mente para a internalização de valores extras àfloresta e seus produtos, ao colaborar para o

Limpa-trilho usado para afastar os resíduos dalinha de subsolagem, que tem um rendimento

operacional 1,0ha a 1,2ha por hora

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14 • Setembro 08

N

1900

7020

27045225120

31045

27031564

1694164913391521

> 7733

P

55

65

2515125

2315254032

624724-17

> 7611

K

550

2510

130604535

6960

13019080

500440371280

> 7532

Ca

3800

302213511525030

46115135250300

3965385038043250

> 7> 7> 7> 7

Mg

800

105

20183012

1818203850

830812794712

> 7> 7> 7> 7

kg ha-1Componente

(Estoque) Estoque inicial de nutr. no solo (0-200 cm)(1)

Estoque de nutrientes na biomassa• Folha• Galho• Madeira• Casca• Serapilheira• Raiz (grossa e fina)Perda de nutriente• (Queima) Pela queima de resíduos da colheita e serapilheira (2)

• (Casca) Pela remoção da casca• (Madeira) Pela remoção da madeira• (Madeira + Casca) Pela remoção da madeira e casca(Adubação) Adição de nutrientes pela adubação (3)

Balanço de Nutriente (4)

Cenário A: (Estoque) - (Madeira) + (Adubação)Cenário B: (Estoque) - (Madeira + Casca) + (Adubação)Cenário C: (Estoque) - (Queima) - (Madeira + Casca) + (Adubação)Cenário D: (Estoque) - (Madeira + Casca)Número potencial de rotações (7 anos)Cenário ACenário BCenário CCenário C

Tabela 2 - Estimativa do balanço de nutrientes e do número potencial de rotações (7 anos) sob três cenários demanejo florestal de uma plantação clonal de Eucalyptus grandis estabelecida num Latossolo Vermelho Amarelodistrófico (20% de argila), com incremento médio anual de madeira com casca de 45 m3 ha-1 ano-1

(1) Somente N potencialmente mineralizável, P extraível por resina e K, Ca e Mg trocáveis;(2) Perda de nutrientes pela queima: 86% de N, 60% de P, 49% de K, 11% de Ca e 29% de Mg;(3) Adubação: 80 kg ha-1 de N, 40 kg ha-1 de P, 100 kg ha-1 de K, 300 kg ha-1 de Ca e 50 kg ha-1 de Mg. Foi asumido uma taxa de 80% de eficiência de aproveitamento de N, P, K, e 100% para Ca e Mg;(4) Estoque remanescente no sítio após uma rotação de 7 anos.

endosso de atividades silviculturais visando àobtenção de certificados de boa qualidade como,por exemplo, a ISO 14.000 e o selo verde.

PRODUTIVIDADE FLORESTALA grande maioria dos solos ocorrentes nas

regiões tropical e subtropical apresenta avança-do estágio de intemperização devido aos altosíndices pluviométricos e térmicos e, por ser, emgrande extensão, originados de rochas sedimen-tares, portanto, de materiais pré-intemperiza-dos. Cerca de 50% da área destas regiões é co-berta por latossolos e argissolos e 17% por ne-ossolos quartzarênicos, litólicos e cambissolos.Estas classes de solo ocorrem, predominante-mente, sob climas chuvosos e estacionais (57%da área), onde se encontram os maiores maci-ços de florestamentos homogêneos. Os mine-rais de argila mais comuns na maioria dessessolos são a caulinita, os óxidos de Fe e Al e ma-teriais amorfos. Apenas traços de minerais dotipo 2:1 são observados nesses solos.

Com essa composição mineralógica, as re-servas de nutrientes na forma de minerais pri-mários são pequenas, por conseguinte, tambéma capacidade de manutenção da fertilidade dosolo. Os teores de macro e micronutrientes nes-

ses solos são considerados baixos ou muito bai-xos, com grandes implicações sobre o potencialprodutivo desses solos. Sob tais circunstâncias,o cultivo sucessivo por várias rotações de espé-cies florestais com grande capacidade de extra-ção de nutrientes tem grande impacto sobre aspequenas reservas nutricionais dos solos, resul-tando em quedas de qualidade dos sítios. Oequilíbrio entre entradas e saídas de nutrientesé estratégico para a manutenção da produtivi-dade em florestal. Assim, é essencial que sejamrepostos os nutrientes exportados em produtosflorestais por meio das fertilizações.

Num latossolo vermelho distrófico texturamédia, representativo de grandes extensões flo-restais, foi verificado que os componentes dosresíduos florestais (folha, galho, casca e serapi-lheira) de um povoamento de Eucalyptus gran-dis, com sete anos, equivaleram a cerca de 40mgha-1, ou seja, a 30% do total da biomassa aérea.Nesses componentes, estavam contidos cercade 60% do N, 60% do P, 50% do K, 75% do Cae 75% do Mg do estoque de nutrientes da par-te aérea do povoamento. Isso demonstra a im-portância de se deixar esses resíduos sobre osolo após a colheita da madeira. Com a retiradada madeira, são exportados do sítio florestal

cerca de 230kg/ha de N, 20kg/ha de P, 110kg/ha de K, 110kg/ha de Ca, ou seja, 43% de N,39% de P, 49% de K e 24% de Ca do estoque denutrientes contidos na biomassa aérea do po-voamento. Nesse trabalho também foi consta-tado que a produtividade do E. grandis dimi-nuía em 40m3/ha (14,5%) em comparação como tratamento em que todos os resíduos flores-tais foram mantidos sobre o solo. A perda deprodutividade foi bem maior quando todos osresíduos foram removidos do sítio: redução de101m3/ha de madeira (36,5%). A importânciados resíduos para a sustentabilidade da produ-tividade em solos de baixa fertilidade está bemdemonstrada em solos brasileiros e de váriospaíses tropicais.

Avaliando o balanço de nutrientes em po-voamentos de Eucalyptus grandis ao longo devárias rotações de sete anos de cultivo, pode-seconstatar que a queima dos resíduos florestais,a exportação de nutrientes via madeira e cascae a baixa aplicação de fertilizantes causam drás-tica redução dos estoques de nutrientes em so-los de textura média e arenosos (Tabela 2). Adisponibilidade de P neste nível de manejo ésuficiente apenas para uma rotação; as dispo-nibilidades de K e N são suficientes para nomáximo três rotações (21 anos de cultivo).Quando o manejo florestal não prevê a queimaou a remoção de resíduos, o número de rota-ções potenciais para o K e N mais do que du-plica, evidenciando o grande efeito de práticasconservacionistas nos estoques de nutrientes.Também foi constatado que a manutenção detodos os resíduos florestais sobre o terreno e asaplicações regulares de fertilizantes possibilitama produção sustentada de madeira por mais desete rotações consecutivas de cultivo (50 anos),sem diminuição de produtividade. Essas esti-mativas são variáveis conforme os índices deprodutividade obtidos em cada sítio, que de-pende do material genético, das condições cli-máticas, da fertilidade natural do solo, da efici-ência de aproveitamento dos fertilizantes e doconjunto de práticas silviculturais adotadas nopovoamento ao longo dos ciclos de cultivo.

José Leonardo de M. Gonçalves,Esalq/USP

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José

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Subsolador florestal com hasteretrátil e disco cortante deraízes e resíduos vegetais

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tecnologia de aplicação

Setembro 08 • 15

Oconsumo de produtos fitossa-nitários pela cultura da soja atorna a mais importante consu-

midora destes insumos no mercado nacional.Dos produtos fitossanitários utilizados no Bra-sil, em geral mais de um terço são destinados àsoja, sendo mais da metade dos herbicidas ecerca de um quarto dos fungicidas. Entretan-to, o sucesso do tratamento fitossanitário nasoja depende estreitamente da tecnologia deaplicação utilizada para que os produtos fitos-sanitários atinjam o alvo. Com a finalidade deavaliar a deposição das gotas na cultura de soja,elaborou-se um trabalho de pesquisa para asaplicações simultâneas com diferentes mode-los de bicos de pulverização, convencional e ro-tativo.

A aplicação “convencional” foi realizadacom um pulverizador costal, com pressão cons-tante mantida a 210kPa, por CO2 comprimi-do. A barra foi equipada com quatro bicos TJ60 11002, distanciados de 0,5m entre si, pro-porcionando um consumo equivalente a 200lde calda/ha. Para os tratamentos a volume bai-xo, utilizou-se um pulverizador manual elétri-co com bico rotativo.

Aplicou-se 32,2l de calda/ha, com veloci-

dade de trabalho de 7,2km/h, com distância de0,75m entre passadas para o bico rotativo.

Este volume de aplicação foi escolhido parasimular condições operacionais de uma aplica-ção aérea em que há produção de tamanho maisuniforme de gotas, porém em pequenas parce-las experimentais, proporcionando uma melhorhomogeneização das condições locais. Assimcomo nas aplicações aéreas e no sistema conhe-cido como BVO (baixo volume oleoso), foi adi-cionado 10% de óleo vegetal (Veget’oil) à caldaaplicada com bico rotativo.

Tanto para a aplicação convencional combicos hidráulicos como na aplicação com bico

rotativo foi adicionado à calda um fungicidacúprico (Cuprogarb 500) na dosagem de umquilograma do produto comercial por hectare,como marcador da deposição em três alturasdas plantas de soja, denominadas de terços su-perior, médio e inferior. A cultura estava comaltura média de 0,7m e na fase fenológica R2/R3.

A temperatura ambiente esteve entre33,6ºC e 34,6ºC; a umidade relativa do ar en-tre 58% a 60%; a nebulosidade aproximada foide 50% e os ventos médios de 3,6km/h.

A segunda aplicação foi realizada no dia 18de março de 2005, altura 90cm a 100cm (está-dio R5/R5.2 da cultura) aos 96 DAS, entre14h30min e 16h30min. A partir desta aplica-ção, o depósito do pulverizador com bico rota-tivo foi elevado a uma altura em torno de 50cmcom relação à primeira aplicação, devido ao cres-cimento da cultura, com a finalidade de man-ter constantes a distância em relação ao alvo e avazão do equipamento.

As pulverizações ocorreram com o bico dis-tante de 15cm a 20cm do alvo. As demais cali-brações foram as mesmas da primeira aplica-ção.

A temperatura ambiente variou de30,1ºC a 33,8ºC; a umidade relativa do arde 66% a 65% e a nebulosidade aproxima-

da foi de 75%. Os ventos foram inter-mitentes, estando no início em tornode 5,0km/h e no término, na aplicação

do bico rotativo, em torno de1,8km/h. Para melhor visuali-zação, os tratamentos estão

apresentados na Tabela 1.

Arma certaEstudo avalia o controle da ferrugem asiática na culturada soja em função da tecnologia de aplicação utilizada emostra quais as melhores alternativas em cada situação

John

Dee

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16 • Setembro 08

Extensão do suporte do tanque costal dopulverizador com bico rotativo paramanutenção da distância em relação ao alvo

AVALIAÇÃO DA DEPOSIÇÃOApós cada aplicação, foram coletadas, ao

acaso, em cada parcela, três folhas (nove folío-los) de cada altura da planta (terços superior,médio e inferior). Estas foram identificadas elevadas para o Laboratório de Ecotoxicologiados Agrotóxicos e Saúde Ocupacional do De-partamento de Fitossanidade da Unesp, Cam-pus de Jaboticabal. No laboratório, as folhasforam colocadas em sacos plásticos contendo250ml de solução de HCl (0,2N) e deixadasem repouso por aproximadamente duas horas.Em seguida, foram realizadas as filtragens e asleituras do extrato obtido em espectrofotôme-tro de absorção atômica.

Ao serem lavadas, algumas folhas sofreramlesões, o que dificultou a realização da determi-nação da área foliar. Assim, foram escolhidas ecoletadas cem folhas de diferentes posições paramedição de suas áreas. Estas foram pesadas ecomparadas com a matéria seca das folhas queestiveram na solução de HCl. Com isso foi pos-sível estimar a área foliar, através da massa dasfolhas que sofreram a extração do cobre. As con-centrações de cobre obtidas através das leiturasem espectrofotômetro foram co-relacionadas àsáreas foliares estimadas, resultando na quanti-dade de cobre expressa em µg/cm2.

O delineamento experimental foi em blo-cos casualizados com sete tratamentos e qua-tro repetições, no esquema fatorial com três fa-tores mais uma testemunha sem aplicação(2x3x3). A análise de variância foi feita peloteste F e as médias foram comparadas pelo tes-te de Tukey (P < 0,05).

COBERTURA DA SUPERFÍCIEAnteriormente às aplicações com as caldas

fungicidas, foram fixadas, com grampeador, lâ-minas de papel hidrossensível sobre folíolos de

duas plantas de soja por parcela em três posi-ções, representando, em altura, os terços supe-rior, médio e inferior da cultura.

Imediatamente após a secagem da caldapulverizada, os papéis foram retirados e leva-dos ao laboratório para análise de imagem comsoftware e-Sprinkle®. Para comparação entre osmétodos, foi utilizada uma escala de notas atri-buídas visualmente à cobertura proporcionadapela calda às superfícies tratadas, atribuída aospapéis hidrossensíveis. A escala de notas seguiuo critério numérico seqüencial de 1 a 9, sendoatribuídas para porcentagens de cobertura: 1

< 20%, 2 - de 21 a 30, 3 – de 31 a 40 e assimsucessivamente de 10 em 10% até 9 – de 91 a100% de cobertura

Aos 121 dias após a semeadura da cultura(12/4/2005) foram colhidas quatro linhas cen-trais de 4m de comprimento, cada uma, perfa-zendo 8m2, para a avaliação do número de plan-tas e da produção de grãos. Esta produção foimedida pelo peso dos grãos de todas as plantascolhidas na área.

RESULTADOS E DISCUSSÃONos resultados da deposição do cobre so-

bre as plantas de soja (Tabela 2) pode-se verifi-car diferenças estatísticas na primeira aplica-ção (estádio R2/R3) com maior deposição parao tratamento com pulverizador pressurizadocom CO2, quando a cultura encontrava-se commenor área foliar, ao passo que no estádio R5/5.2, as duas formas de aplicação equipararam-se. Este fenômeno pode-se dever à maior facili-dade de cobertura proporcionada pelo maiorvolume de calda. Entretanto, esta maior cober-tura pode não resultar em maior deposição dosingredientes ativos, uma vez que isto tambémdependerá da concentração da calda e da dis-tribuição das gotas no perfil da cultura ao lon-go de seu desenvolvimento.

Em relação à deposição do cobre nas dife-rentes posições da planta (Tabela 3), os resulta-dos expressam melhores resultados no terço

Mar

celo

Fer

reira

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“O delineamento experimental foi em blocos casualizados com sete tratamentos e quatro“O delineamento experimental foi em blocos casualizados com sete tratamentos e quatro“O delineamento experimental foi em blocos casualizados com sete tratamentos e quatro“O delineamento experimental foi em blocos casualizados com sete tratamentos e quatro“O delineamento experimental foi em blocos casualizados com sete tratamentos e quatrorepetições, no esquema fatorial com três fatores mais uma testemunha sem aplicação (2x3x3)”repetições, no esquema fatorial com três fatores mais uma testemunha sem aplicação (2x3x3)”repetições, no esquema fatorial com três fatores mais uma testemunha sem aplicação (2x3x3)”repetições, no esquema fatorial com três fatores mais uma testemunha sem aplicação (2x3x3)”repetições, no esquema fatorial com três fatores mais uma testemunha sem aplicação (2x3x3)”

Tratamentos

1. Pressurizado com CO2

2. Pressurizado com CO2

3. Pressurizado com CO2

4. Rotativo5. Rotativo6. Rotativo7. Testemunha

Manejo*

Sist. 1Sist. 2Sist.3Sist.1Sist.2Sist.3

R2/R31ª aplicaçãoÓpera1 (0,5)

Nativo2 + Lanzar6 (0,5 + 0,25)Sphere3 + Attach6 (0,3 + 0,25)

Ópera1 (0,5)Nativo2 + Lanzar6 (0,5 + 0,25)Sphere3 + Attach6 (0,3 + 0,25)

-

R5/R5.22ª aplicaçãoÓpera1 (0,5)

Nativo2 + Lanzar6 (0,5 + 0,25)Folicur4 + Derosal5 (0,5 + 0,5)

Ópera1 (0,5)Nativo2 + Lanzar6 (0,5 + 0,25)Folicur4 + Derosal5 (0,5 + 0,5)

-

Fase fenológica da soja

Tabela 1 - Equipamentos e fungicidas utilizados na cultura da soja para avaliação da calda pulverizada

* Sist. = Sistema de manejo; 1 – epoxiconazole + piraclostrobina; 2 – azoxistrobina; 3 – trifloxistrobin + ciproconazole; 4 –tebuconazol; 5 – carbendazim; 6 - óleo mineral.

PulverizadoresPressurizado com CO2

Bico rotativoDMS (5%)

1ª aplicação2,94 a1,91 b0,83

2ª aplicação1,84 a1,73 a0,49

Tabela 2 - Deposições de cobre sobre plantas de sojaproporcionadas por dois pulverizadores em duasaplicações de fungicidas para controle da ferrugem

Médias seguidas de letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si, peloteste de Tukey, a 5% de significância.

Posição na plantaTerço superiorTerço médioTerço inferior

DMS (5%)

1ª aplicação3,68 a1,99 b1,60 b1,22

2ª aplicação2,80 a1,52 b1,02 b0,72

Tabela 3 - Deposição de cobre em três posições de plantasde soja após a aplicação de fungicidas com doispulverizadores, um com bico hidráulico (pressurizado porCO2) e outro com rotativo, em duas aplicações de fungicidaspara controle da ferrugem

Médias seguidas de letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si, peloteste de Tukey, a 5% de significância.

superior em relação aos terços médio e inferior,para ambos os pulverizadores utilizados. De-corrente disto pode-se observar uma possívelnecessidade de se realizar pulverizações em di-ferentes fases da cultura para protegê-la, sobre-tudo quando houver produtos de contato en-volvidos no tratamento. Estas aplicações podemresultar em maior proteção da cultura, uma vezque atingiria melhor distribuição pela menorárea foliar a ser coberta e maior facilidade depenetração das gotas, além de atingir os inócu-los da doença em fases iniciais de desenvolvi-mento. Ressalte-se que o volume de calda utili-zado com o bico rotativo foi cerca de sete vezesmenor ao utilizado com o pulverizador equi-

pado com bicos hidráulicos, ainda assim, esteproporcionou deposições semelhantes nos trêssistemas de manejo dos fungicidas (Tabela 3).

Em relação ao efeito das formulações dosfungicidas utilizados sobre a deposição nas plan-tas de soja, não se verificou diferença significa-tiva entre os sistemas. Porém, outras formula-ções poderão afetar a distribuição da calda, so-bretudo para bico rotativo, em que a distânciaentre passadas está intimamente relacionada àscaracterísticas físicas da calda. Isto poderá serdecisivo na escolha do espaçamento entre bi-cos, uma vez que a viscosidade do líquido afetaa largura da faixa de tratamento requerendocritério na calibração do pulverizador no mo-mento das aplicações.

ANÁLISE DE COBERTURAFoi realizada análise de imagem pelo sof-

tware e-Sprinkle, versão 2004, dos papéis hi-drossensíveis para determinação dos tamanhosde gotas e da cobertura pelas gotas da caldapulverizada. Infelizmente, este método nãoapresentou resultados confiáveis neste experi-mento, possivelmente pelo pouco contraste como papel hidrossensível ou por pouca sensibili-dade do método. Desta forma, a análise estatís-tica dos dados provenientes da análise de ima-

gem não foi considerada nestes resultados.Na Tabela 4 estão apresentadas as notas de

cobertura das plantas de soja após a aplicação

Case IH

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18 • Setembro 08

Dos produtos utilizados no Brasil, em geral maisde um terço são destinados à soja, sendo mais da

metade dos herbicidas e cerca de ¼ dos fungicidas

1ª aplicação3,05 a1,24 b0,38

2,75 a2,29 a1,40 b0,56

2ª aplicação2,96 a1,44 b0,36

3,62 a1,90 b1,08 c0,52

Tabela 4 - Notas de cobertura das plantas de soja após aaplicação de fungicidas com dois pulverizadores equipados,um com bico hidráulico (pressurizado por CO2) e outro comrotativo, em três posições das plantas e em duas aplicaçõesde fungicidas para controle da ferrugem

Médias seguidas de letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si, peloteste de Tukey, a 5% de significância.

PulverizadorBico hidráulicoBico rotativoDMS (5%)

Posição na plantaTerço superiorTerço médioTerço inferior

DMS (5%)

Posição naplanta

Terço superiorTerço médioTerço inferior

PressurizadoA 4,04 aA 3,38 aA 1,75 b

RotativoB 1,45 aB 1,21 aB 1,04 a

PressurizadoA 5,12 aA 2,58 bA 1,17 c

Pulverizadores1

Tabela 5 - Desdobramento das interações significativasentre coberturas proporcionadas por dois pulverizadoresem três diferentes posições de plantas de soja, avaliadasem papel hidrossensível

1Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna, para cadauma das aplicações, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de significância.

RotativoB 2,12 aB 1,21 bA 1,00 b

1ª Aplicação 2ª Aplicação

Número de plantas(em 8m2)139,2 a138,0 a

134,4 a137,9 a143,6 a137,0

0,03 ns

Produção de grãos(kg/ha)2927,1 a2909,4 a

2842,1 a2968,8 a2943,8 a2500,014,29**

Tabela 6 - Número de plantas e produção de grãos desoja com duas aplicações de fungicidas para controleda ferrugem asiática

Médias seguidas de letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si, peloteste de Tukey, a 5% de significância.

Pulverizadores

Pressurizado com CO2

Bico rotativoManejo

Sistema 1Sistema 2Sistema 3

TestemunhaF (Trat. vs Testem.)

dos fungicidas. Observa-se que houve cobertu-ra significativamente maior nas parcelas quereceberam aplicação com o pulverizador con-vencional, em ambas as aplicações.

Em relação à posição na planta, na primei-ra aplicação não houve diferença significativaentre os terços superior e médio, sendo queambos apresentaram cobertura significativa-mente maior em relação ao terço inferior. Na

segunda avaliação houve uma diminuição gra-dativa e estatisticamente significativa do terçosuperior ao inferior das plantas. Isto pode serdevido ao maior enfolhamento da cultura, in-clusive com a presença das vagens (estádio R5/R5.2), com maior superfície a ser coberta emaior dificuldade de transposição da massa defolhas do terço superior pelas gotas. Não hou-ve efeito significativo dos fungicidas na cober-tura das plantas de soja pela calda na primeira(F = 0,82ns) ou na segunda (F = 0,61ns) apli-cação. Observa-se na Tabela 5 que na primeiraaplicação somente houve cobertura significati-va menor no terço inferior da cultura, para opulverizador pressurizado.

O pulverizador equipado com bico rotati-vo apresentou maior uniformidade nesta apli-cação, proporcionando coberturas sem diferençaestatística nas três posições avaliadas nas plan-tas. Entretanto, com o maior enfolhamento dacultura no momento da segunda aplicação,houve um decréscimo gradual e significativoentre cada terço amostrado das plantas para opulverizador pressurizado. Para o pulverizadorcom bico rotativo, houve cobertura significati-vamente maior no terço superior em relação aomédio e ao inferior, que não diferiram entre si.Essa maior uniformidade é interessante e dese-jável. Porém, é necessário observar que somen-te não houve cobertura significativamente mai-or proporcionada pelo pulverizador pressuriza-do na segunda aplicação e no terço inferior dasplantas de soja, demonstrando a grande difi-culdade de penetração das gotas pelo dossel dacultura, para ambos os equipamentos.

Na fase R5 do ciclo da soja, há uma massade folhas no terço superior do dossel da cultu-ra, que cria uma densa barreira à passagem dasgotas de pulverização. Entretanto, nas cama-das mais abaixo no dossel, a área superficial aser coberta é bem menor, necessitando de uma

menor quantidade de gotas. Desta forma, odesafio a se vencer consiste em fazer com queas gotas atravessem a camada superior de fo-lhas das plantas de soja e cheguem em condi-ções de se distribuir, depositar e cobrir adequa-damente todo o dossel da cultura.

É possível que seja necessária a utilizaçãode assistência de ar ou outro método que au-mente a velocidade das gotas. A carga elétricanas gotas em pulverizadores eletrostáticos tam-bém poderia favorecer a deposição da calda so-bre a superfície das plantas. Neste sentido, ostrabalhos estão bem encaminhados com a for-mação de gotas de tamanho uniforme. Entre-tanto, ainda há um percurso razoável a se tri-lhar.

NÚMERO DE PLANTAS E PRODUÇÃOCom relação à avaliação do número de plan-

tas colhidas por parcela, não se verificou dife-rença significativa entre os pulverizadores e ossistemas de manejo e entre estes e a testemu-nha (Tabela 6). Isto permite inferir que o es-tande permaneceu constante em todo o cicloda cultura. Entretanto, em relação à produtivi-dade, houve diferença significativa dos trata-mentos em relação à testemunha, ressaltando

Papéis hidrossensíveis fixados sobrefolíolos de soja antes da aplicação em

duas plantas por parcela

Marcelo Ferreira

Cul

tivar

Page 19: Maquinas 78

“““““FFFFFoi possível concluir que o pulverizador equipado com bico rotativo possibilita resultados satisfatóriosoi possível concluir que o pulverizador equipado com bico rotativo possibilita resultados satisfatóriosoi possível concluir que o pulverizador equipado com bico rotativo possibilita resultados satisfatóriosoi possível concluir que o pulverizador equipado com bico rotativo possibilita resultados satisfatóriosoi possível concluir que o pulverizador equipado com bico rotativo possibilita resultados satisfatóriosmesmo com um volume de calda bastante reduzido em relação ao pulverizador com bicos hidráulicos”mesmo com um volume de calda bastante reduzido em relação ao pulverizador com bicos hidráulicos”mesmo com um volume de calda bastante reduzido em relação ao pulverizador com bicos hidráulicos”mesmo com um volume de calda bastante reduzido em relação ao pulverizador com bicos hidráulicos”mesmo com um volume de calda bastante reduzido em relação ao pulverizador com bicos hidráulicos”

Gráfico 1 - Produtividade (kg/ha) da soja em função dos tratamentos fungicidas com dois tipos de pulverizadorese volumes de aplicação

Papéis hidrossensíveis sendo recolhidos nasparcelas para avaliação da cobertura realizada

pelas diferentes configurações da máquina

Marcelo C Ferreira,Gilson J Leite eJosé Rodolfo G Di Oliveira,Unesp Jaboticabal

o efeito prejudicial da doença ao desenvolvi-mento da cultura. Porém, não houve diferençasignificativa para a produtividade entre os pul-verizadores utilizados e entre os sistemas demanejo com os fungicidas aplicados (Tabela 6e Gráfico 1). Desta forma, verifica-se que hou-ve o controle satisfatório proporcionado porambos os pulverizadores, independentementedo volume utilizado, e para os três sistemas fun-gicidas, foi suficiente para garantir a produtivi-dade da cultura significativamente maior do quenaquelas parcelas que ficaram sujeitas a inci-dência da doença.

CONCLUSÃODiante dos resultados obtidos no presente

trabalho foi possível concluir que o pulveriza-dor equipado com bico rotativo possibilita re-sultados satisfatórios mesmo com um volumede calda bastante reduzido em relação ao pul-verizador com bicos hidráulicos, permitindodeposições de calda semelhantes na fase demaior enfolhamento das plantas e produtivi-dade equivalente para a cultura da soja, nos trêssistemas de manejo de fungicidas.

Entretanto, novos trabalhos para compa-ração de resultados são necessários para que estatecnologia de aplicação de produtos fitossani-tários seja mais seguramente utilizada. . M

Marcelo Ferreira

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20 • Setembro 08

Melhores da Terra

Uma cerimônia no último dia 3de setembro marcou a entregada premiação aos vencedores do

Gerdau Melhores da Terra, no municípiogaúcho de Sapucaia do Sul. Em sua 26ªedição, o prêmio contou em 2008 com 225inscritos nas categorias Destaque, Novida-de e Pesquisa e Desenvolvimento. Após umarigorosa seleção restaram 11 ganhadores:oito máquinas e equipamentos agrícolas,dois trabalhos científicos e uma invenção.O evento contou com a presença do diretorgeral de Operações da Gerdau, ClaudioGerdau Johannpeter, e da governadora doestado do Rio Grande do Sul, Yeda RoratoCrusius.

Para chegar ao resultado, a comissão jul-gadora, composta por especialistas em me-canização agrícola, percorreu este ano maisde 60 mil quilômetros em 400 municípios.Lançado em 1983, o Melhores da Terra con-tabiliza 600 mil quilômetros percorridospelos organizadores, dois mil inscritos, 194premiados e aproximadamente cinco milusuários entrevistados. Em 2008, foramouvidos 300 usuários que opinaram sobre

A GTS do Brasil recebeu o Troféu Ouro, na categoriaDestaque, com a plaina 710 Canavieira

Melhores da Terra

Gerdau

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Setembro 08 • 21

“O Melhores da T“O Melhores da T“O Melhores da T“O Melhores da T“O Melhores da Terra contabiliza 600 mil quilômetros percorridos pelos organizadores,erra contabiliza 600 mil quilômetros percorridos pelos organizadores,erra contabiliza 600 mil quilômetros percorridos pelos organizadores,erra contabiliza 600 mil quilômetros percorridos pelos organizadores,erra contabiliza 600 mil quilômetros percorridos pelos organizadores,dois mil inscritos, 194 premiados e aproximadamente cinco mil usuários entrevistados”dois mil inscritos, 194 premiados e aproximadamente cinco mil usuários entrevistados”dois mil inscritos, 194 premiados e aproximadamente cinco mil usuários entrevistados”dois mil inscritos, 194 premiados e aproximadamente cinco mil usuários entrevistados”dois mil inscritos, 194 premiados e aproximadamente cinco mil usuários entrevistados”

A Agritech Lavrale ganhou Prata, na categoriaDestaque, com o trator 1155, superestreito

os equipamentos inscritos na categoria Des-taque.

DESTAQUEVencedor do Troféu Ouro, categoria

Destaque, com a plaina 710 Canavieira,Assis Strasser, da catarinense GTS doBrasil, destacou a importância do reco-nhecimento. “Em sete anos de GTS esteé o terceiro prêmio Gerdau, com um pro-duto genuinamente brasileiro, que jáconquistou muitos mercados. Embaixodo logo da GTS levamos o nome do Bra-sil e o nosso slogan é tecnologia. Esse é onosso lema, essa é a nossa bandeira”, dis-cursou.

O Troféu Prata ficou com a montadorapaulista Agritech Lavrale, com o trator

1155, superestreito. Foi premiada, ainda, aColhedora de Forragens Pecus 9004 Super,da Nogueira Indústria e Comércio de Im-plementos e Máquinas Agrícolas, tambémde São Paulo.

O prêmio especial Destaque foi para odosador de fertilizantes Fertisystem, da ga-úcha Agromac Indústria e Comércio deEquipamentos Agrícolas.

A Kepler Weber alcançou a premiação máxima dacategoria Novidade com a máquina de limpeza SCS

O Cultivador Semeato CS recebeu oTroféu Prata na categoria Novidade

NOVIDADEO Troféu Ouro da categoria Novidade

ficou com a Kepler Weber, empresa gaúchaespecializada no segmento de armazenagem.“Esse prêmio tem significado especial e nosanima a continuar nosso trabalho que jádura 83 anos”, avaliou o diretor-presidenteda empresa, Anastácio Fernandes Filho. Oequipamento premiado foi a máquina delimpeza SCS.

A Semeato Indústria e Comércio, do RioGrande do Sul, recebeu o Troféu Prata peloCultivador Semeato – CS. A paulista Mar-chesan Implementos e Máquinas AgrícolasTatu foi premiada com a Semeadora PST4Flex Suprema EE.

O prêmio especial da categoria foi paraPlanejar, Mobilidade Total na Gestão Pecu-ária, da gaúcha Planejar Informática e Cer-tificação.

PESQUISA E DESENVOLVIMENTONo nível profissional foi premiado o tra-

balho “Mecanização da colheita de plantasaromáticas e medicinais na Agricultura Fa-miliar”, de Antônio Carlos Valdiero, doutorem Engenharia Mecânica, da Unijuí (RS).

No nível estudante venceu Franciele AníCaovilla Follador, da Unioeste, Paraná, como trabalho “Análise do desempenho ambi-ental da sub-bacia hidrográfica do Rio Man-durim utilizando técnicas de controle paraGestão da Qualidade dos recursos hídricos”

O debulhador de milho, do agricultorgaúcho Afonso Inácio Lunkes, faturou oprêmio nível inventor. . M

Divulgação Fotos Gilvan Quevedo

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22 • Setembro 08

Expointer 2008

AExpointer 2008, realizada entreo final de agosto e começo de se-tembro, em Esteio, no Rio Grande

do Sul, superou todos os recordes das últimasedições. A comercialização na feira alcançouR$ 383,5 milhões, um crescimento de 191,2%em relação a 2007. O setor de máquinas e im-plementos agrícolas foi o maior responsávelpelo incremento nas vendas, com R$ 370,37milhões, acréscimo de 208,35% em relação a2007, quando foram comercializados R$120,11 milhões. O público visitante ultrapas-sou 400 mil pessoas.

Os lançamentos das montadoras de máqui-nas e implementos agrícolas mais uma vez cha-maram a atenção. Nos estandes das empresaso produtor pode conferir de perto uma vastavariedade de equipamentos e tecnologias vol-tados para atender às características e às exi-

gências da agricultura no Sul do país.

AGRALEA principal atração da Agrale ficou por conta

dos modelos da linha 4000, destinada à agri-cultura familiar e adequada ao programa MaisAlimento. Os tratores expostos, com potênciade 15cv a 30cv e tração nas configurações 4x2ou 4x4, receberam novos itens como o freio embanho de óleo, incorporado ao 4230.4.

Os modelos da linha 4000 da Agrale sãoequipados com tomada de potência, barra detração, sistema hidráulico completo de três pon-tos e direção hidrostática.

A empresa apresentou ainda as moder-nizações incorporadas à linha 5000 de tra-tores médios, com 75cv a 85cv de potência.

A principal novidade, nesse caso, é a trans-missão Slide Shift, com alavanca de câmbiolocalizada na lateral. O modelo BX 6180,de 168cv, o mais potente da Agrale, tam-bém foi exposto na feira.

JOHN DEEREA John Deere apresentou o novo trator

5425N Estreito, para fruticultura e produçãode café. Com potência de 75cv, possui larguraexterna máxima de 1,4 metro, o que facilita aoperação entrelinhas nos pomares. A marcamostrou também a versão Classic para os tra-tores 6415, de 106cv, e 6615, de 121cv, comespecificações mais simples e custo menor.

Outro destaque foi a colheitadeira9570STS, com tecnologia Super Rotor (as ope-rações de trilha, separação e limpeza são reali-

A Agrale apresentou novidades, principalmentena linha voltada à agricultura familiar

Trator 5425N Estreito foi um dos destaquesda John Deere na feira

A Valtra aproveitou o evento para mostraro BH205i, com 210cv de potência

Maior da históriaMaior da históriaSegmento de máquinas agrícolas teve vendas recordes durante aExpointer 2008, com crescimento de 208,35% em relação a 2007Segmento de máquinas agrícolas teve vendas recordes durante aExpointer 2008, com crescimento de 208,35% em relação a 2007

Ivan de Andrade

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Setembro 08 • 23

“Nos estandes das empresas o produtor pode conferir de perto uma vasta variedade de equipamentos“Nos estandes das empresas o produtor pode conferir de perto uma vasta variedade de equipamentos“Nos estandes das empresas o produtor pode conferir de perto uma vasta variedade de equipamentos“Nos estandes das empresas o produtor pode conferir de perto uma vasta variedade de equipamentos“Nos estandes das empresas o produtor pode conferir de perto uma vasta variedade de equipamentose tecnologias voltados para atender às características e às exigências da agricultura no Sul do país”e tecnologias voltados para atender às características e às exigências da agricultura no Sul do país”e tecnologias voltados para atender às características e às exigências da agricultura no Sul do país”e tecnologias voltados para atender às características e às exigências da agricultura no Sul do país”e tecnologias voltados para atender às características e às exigências da agricultura no Sul do país”

zadas em um único rotor). A John Deere ex-pôs, ainda, o pulverizador autopropelido 4730.

VALTRAA Valtra lançou o trator BH 205i, com 210cv

de potência. O novo modelo Geração II vemequipado com motor Sisu diesel de 6,6 litrosturbo Intercooler que, segundo o fabricante,proporciona redução de até 5% no consumo decombustível, diminuição na emissão de gasespoluentes, ampliação da vida útil, além de maispotência, força e torque. O BH 205i conta ain-da com transmissão reforçada, embreagem comacionamento hidráulico e sistema hidráulicoeletrônico HiLift como equipamento standard.

A empresa expôs também semeadoras ecolheitadeiras, como a BC 4500 de trilhaconvencional e a BC 7500, de trilha axial,ambas produzidas em Santa Rosa, no RioGrande do Sul.

MASSEY FERGUSONA Massey Ferguson lançou o trator MF 255

Compacto, de 50cv de potência, voltado paraprodutores de frutas e café. Com isso, a monta-dora amplia a linha de tratores estreitos. Equi-pado com Estrutura de Proteção Contra Ca-potamento (EPCC), permite o trabalho emlocais mais baixos com maior segurança. Pos-sui eixo traseiro com redutores finais para ser-viços pesados, o que, entre outras vantagens,lhe confere maior vão livre.

Um trator MF 275, de 75cv de potência,movido a etanol e a diesel, foi outra novidadetecnológica mostrada pela Massey. Em fase dedesenvolvimento, o motor a etanol + diesel éresultado de uma parceria entre a montadora,a MWM International e a Delphi.

Os resultados iniciais divulgados pela Mas-sey dão conta que até 60% de substituição dodiesel pelo etanol proporciona o mesmo desem-penho do motor e economia de até 25% nocombustível. O motor bicombustível etanol +diesel ainda não está em produção comercial.O projeto visa a atender a segmentos específi-cos de mercado, como usinas e produtores deálcool, que já utilizam tratores a diesel.

A empresa expôs ainda plantadeiras eplataformas de milho, além do trator MF8480 Dyna VT disponível com Auto-Gui-de, o piloto automático da Massey. O pul-verizador RoGator 874, testado por Culti-var Máquinas na edição de agosto, tambémfoi apresentado na Expointer.

AGRIMEC E INTECSOLA Agrimec destacou a valetadeira rotativa

para plantio direto VA 40 L, indicada para dre-nagem de lavouras, canalização de água, colo-cação de tubos, irrigação por gotejamento, plan-tio de mudas ou qualquer outra operação quedemande a construção de valos. A Intecsol,pertencente ao mesmo grupo, expôs sua tecno-logia para o emprego de energia solar em aque-cedores de água para domicílios, condomíniose empresas.

NEW HOLLANDA New Holland lançou a colheitadeira TC

5070, com plataforma flexível de 20 pés e rígi-da de 17 pés. A máquina conta com aciona-mento hidráulico do molinete, sincronizadocom velocidade, sistema de flutuação lateral econtrole pneumático de altura da plataforma,além de reversor hidráulico de duplo sentido.O novo modelo manteve características daTC57, como os sistemas Rotary Separator e deautonivelamento das peneiras. O tanque gra-neleiro permanece com capacidade de cinco millitros e o motor é New Holland, de 180cv eintercooler.

A Massey lançou o MF 255, Compacto, de 50 cavalos (à direita), e mostrou um MF 275 movidoa etanol e diesel, fruto de parceria com a MWM International e com a Delphi (à esquerda)

Para as colheitas de soja e milho, a TC 5070possui sistema de trilha (debulha) com Maxi-Torque. A máquina dispõe também de configu-ração especial para trabalhar na colheita do ar-roz, com rodado duplo na frente e pneu maiorna traseira.

A empresa apresentou ainda sua linha com-pleta de tratores e demais colheitadeiras damarca.

FANKHAUSERA Fankhauser focou as semeadoras-adu-

badoras da linha F-3100, com modelos de15 a 32 linhas. São equipadas com distribui-dores de sementes com caixa de plástico erotor helicoidal em aço ou nylon. Os mango-tes são do tipo sanfonado, o disco é duplodesencontrado 15” x 15”, rolamento cônicoe os fixadores de linha largos e fixados emum tubo quadrado e baixo, para facilitar ocorte da palhada e o trabalho no solo.

Colheitadeira TC5070,lançada pela New Holland

Valetadeira rotativa para plantiodireto VA 40 L, da Agrimec

A Intecsol expôs sua tecnologia para o uso deenergia solar em aquecedores de água

A Fankhauser apresentou semeadoras-adubadoras da linha F-3100

. M

Fotos Gilvan Quevedo

Page 24: Maquinas 78

SDM

AFicha Técnica desta edição trazas características da Semeado-ra Mecânica Rebocada para

Plantio Direto SDM, da Kuhn Metasa,máquina destinada ao plantio de grãos quetraz como principal referencial o chassimonobloco com dois suportes de semea-dura, que permite a intercalação das li-nhas de plantio, trabalhando com o do-bro de espaçamentos das semeadoras nor-mais. Além disso, a distribuição de semen-te e adubo é realizada através de dois con-juntos de caixas distribuidoras alinhadasaos discos sulcadores, permitindo que oprodutor interfira na melhor colocação doadubo ou da semente no solo, mesmo emalta velocidade. Com múltipla praticida-de e funcionalidade, a SDM propicia namesma máquina a caracterização em di-ferentes versões para o plantio: culturasde verão (grãos grossos), culturas de in-verno (grãos finos) e versão arrozeira.

RESERVATÓRIOSBoa parte da produção final depende

da qualidade da semeadura. Para uma boaprodutividade, o melhor é que se consigasemear o maior número de hectares pos-síveis, quando as condições climáticas edo terreno se apresentam favoráveis. Paraisso é essencial que a máquina possua umacapacidade de carga que possibilite o me-nor número de reabastecimentos por áreasemeada.

Os modelos da SDM possuem reser-vatórios construídos em fibra de vidro an-ticorrosivo, apresentando maior durabili-dade e eficiência, não proporcionando a

aderência do adubo em suas paredes, o quegera melhor fluxo de distribuição. Alémdisso, a fibra possui estrutura recuperá-vel em caso de avarias. Os reservatóriospossuem ainda divisórias removíveis,transformando a caixa, subdividida emsemente e adubo, em uma caixa única commaior capacidade. O sistema de caixas dis-tribuidoras resulta num alinhamento comos discos sulcadores, evitando um possí-vel “embolsamento” do adubo nos siste-mas condutores.

LINHAS DE PLANTIOO chassi da SDM possui dois suportes

de semeadura, que propiciam o dobro de es-paçamentos das semeadoras convencionais.Esses suportes intercalam as linhas (uma emfrente da outra) de modoa permitir defasagem, evi-tando embuchamentos,podendo assim trabalharcom maisu m i d a d e ,agregandomenos tem-po e maiorbenefício nomomento do culti-vo. A disposiçãodas linhas fa-cilita ainda a

colocação dos mangotes na posição vertical,facilitando a caída do adubo e semente, per-mitindo ainda a troca de posição do adubo(ou da semente) atrás ou à frente do sulca-dor sem cruzamento dos mangotes. A cons-trução das linhas permite uniformidade deplantio, acompanhando ondulações comamplitude de até 35 centímetros, e as arti-culações dos pantógrafos são construídascom bucha-eixo, contendo depósito de gra-xa em seu interior vedado contra poeira,conferindo ao conjunto vida longa em suasarticulações.

RODADOSAs semeadoras SDM possuem rodados

articulados com grande flutuação (até45cm), permitindo constante contato com

o solo e asse-gurando bai-xa patina-

gem. Cada ro-dado é respon-sável pelo aci-onamento datransmissão

Semeadora SDMCom várias versões, a Semeadora SDM da Kuhn Metasa mostra-se uma máquina

versátil, capaz de se adaptar a diferentes culturas e tipos de lavouras

24 • Setembro 08

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Setembro 08 • 25

“““““Com múltipla praticidade e funcionalidade, a SDM propicia na mesmaCom múltipla praticidade e funcionalidade, a SDM propicia na mesmaCom múltipla praticidade e funcionalidade, a SDM propicia na mesmaCom múltipla praticidade e funcionalidade, a SDM propicia na mesmaCom múltipla praticidade e funcionalidade, a SDM propicia na mesmamáquina a caracterização em diferentes versões para o plantiomáquina a caracterização em diferentes versões para o plantiomáquina a caracterização em diferentes versões para o plantiomáquina a caracterização em diferentes versões para o plantiomáquina a caracterização em diferentes versões para o plantio”””””

de metade da máquina. São equipadoscom pneus de banda larga para baixa com-pactação do solo, com opção entre os ta-manhos 400 x 60 e 600 x 50, ambos debaixa pressão. A semeadora possui um sis-tema de cabeçalho móvel que facilita a ar-mazenagem e o nivelamento da máquinaquando em plantio, que pode ser ajusta-do conforme o espaçamento entrelinhas.

TRANSMISSÃOO sistema de transmissão é realizado

através de câmbio de engrenagens de pas-so fino, com esticador regulável manual-mente, dispensando o uso de chaves. Osistema possui uma catraca para cadalado da máquina, facilitando os arrema-tes durante o plantio, já que esse siste-ma possibilita o trabalho com apenasmeia máquina.

DISTRIBUIÇÃOA distribuição de semente é realizada

através de caixa dosadora de fluxo contí-nuo, com rotor acanalado helicoidal. A va-riação do fluxo (saída da semente) é rea-lizada através de regulagem na aberturaou no fechamento do rotor.

A distribuição do adubo é realizadaatravés de eixo rotativo com rosca sem-fim em aço mola (com passos de 1” ou de3/4”). A rosca pode ser modificada deacordo com a dosagem de adubo deseja-da. O distribuidor de adubo possui carca-ça de saída em polímero revestido inter-namente (menor aderência do adubo),tampa protetora, fixação com parafusos

inoxidáveis e engate rápido para troca dasroscas, gerando facilidade para a limpeza.

SULCADORESEste modelo possui sistema de discos

duplos defasados (um disco menor queoutro) com tamanhos de 15½” e 16” e mí-

A caixa dosadora de fluxo contínuo de sementes possuirotor acanalado helicoidal, que possibilita a regulagem

A distribuição do adubo é realizada atravésde eixo rotativo com rosca sem-fim em aço

A plataforma desloca-se, possibilitando a entradado operador para regulagem da linha dianteira

Fotos Kuhn

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26 • Setembro 08

nimo ângulo entre si, que proporcionamgrande poder de corte e penetração. A di-ferença de diâmetro e o grau entre os dis-cos possibilitam melhor penetração commínima movimentação do solo.

O sistema hidráulico é composto decilindro “escravo” (um cilindro maior queoutro) e válvula divisora de fluxo, usandodois cilindros de igual volume.

LIMITADOR DE PROFUNDIDADEA linha SDM possui duas versões de

limitadores de profundidade: uma possuiaro centrado, montado com os discos sul-cadores com diferentes diâmetros, de acor-do com a profundidade da cultura (2,5cme 4cm). Os aros limitadores são recomen-dados para o plantio de arroz.

A outra versão possui limitadores du-plos com bandas de borracha com ajuste deângulo de ataque ao solo e sistema de trava-

mento rápido (haste dentada ou cremalhei-ra) na profundidade desejada.

MODELOSA linha de Semeadoras SDM é subdi-

vida em três grupos, cada um com seusmodelos específicos. A versão múltipla éformada por máquinas com 15, 17, 19,23 ou 27 linhas e permite a montagem deduas linhas adicionais nos seus modelos.Máquinas recomendadas para o plantio deculturas de inverno (grãos finos) comotrigo, aveia, cevada. As máquinas SDMMúltipla permitem a montagem de um“kit para grãos grossos” que permite àmáquina realizar o plantio de culturas deverão (grãos grossos) como soja, milho,entre outras.

A versão arrozeira, com 15, 17, 19,23 ou 27 linhas, permite a montagem deduas linhas adicionais nos seus modelos.São configuradas especialmente para ocultivo de arroz sobre taipas, com espa-çamento de 17cm entrelinhas. A versão

Vista lateral, onde é possível verificar as plata-formas de acesso, guardas de proteção e depósitos

A regulagem das caixas dosadoras e limitadores de profundidade daslinhas dianteiras pode ser feita pelo vão livre entre os reservatórios

Fotos Kuhn

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Setembro 08 • 27

“““““PPPPPara os modelos SDM existem equipamentos opcionais que podem ser inseridosara os modelos SDM existem equipamentos opcionais que podem ser inseridosara os modelos SDM existem equipamentos opcionais que podem ser inseridosara os modelos SDM existem equipamentos opcionais que podem ser inseridosara os modelos SDM existem equipamentos opcionais que podem ser inseridosnas máquinas, propiciando melhorias e comodidades para o processo de plantionas máquinas, propiciando melhorias e comodidades para o processo de plantionas máquinas, propiciando melhorias e comodidades para o processo de plantionas máquinas, propiciando melhorias e comodidades para o processo de plantionas máquinas, propiciando melhorias e comodidades para o processo de plantio”””””

arrozeira se caracteriza pela capacidadede copiar precisamente as taipas duran-te o processo de plantio, propiciando auniformidade da semeadura em toda aárea de cultivo. São máquinas própriaspara o cultivo em áreas com taipas e, porisso, não deixam sementes expostas nomomento de plantio.

A versão adensada, com 23, 27 ou 31linhas, possui linhas especiais adensadasque proporcionam uma melhor e maiorcobertura da área semeada. Esse modelopossui as mesmas características das SDMArrozeira, mas difere na quantidade de li-nhas de plantio e seus espaçamentos re-duzidos de 12,5cm, que somente é possí-vel devido às seções de linhas intercala-das no chassi, possibilitando um espaça-mento entre sulcadores de 25cm e, assim,evitando o embuchamento no momentoda semeadura.

OPCIONAISPara os modelos SDM existem equi-

pamentos opcionais que podem ser inse-ridos nas máquinas, propiciando melho-rias e comodidades para o processo deplantio, como:

Caixa de pastagens - De fácil instala-ção junto aos reservatórios, que proporci-ona o plantio de sementes extremamentemiúdas como trevo e canola.

Marcador de hectare - Acoplado junto

Detalhe do sulcador com discos duplos defasados,além dos limpadores e duto condutor da semente

Os mongotes trabalham retos, o que diminui o atrito das se-mentes e do adubo, aumentando a precisão na deposição

Caixa de distribuição para alterar a dosagemde deposição de sementes e fertilizantes

à transmissão das engrenagens das linhas,possibilita o acompanhamento da áreaplantada com exatidão.

Marcador de linhas - Acionado auto-maticamente através de válvula hidráuli-ca de seqüência.

Linhas adicionais - Os modelos SDM(em suas versões para o plantio de grãosfinos) possuem, como diferencial, duas li-nhas de plantio especiais adicionais, quesão agregadas à máquina proporcionandouma maior cobertura no momento doplantio. . M

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treinamento virtual

28 • Setembro 08

AplicaçãovirtualPesquisadores criam o sistema computacionalPulverizar, que auxilia estudantes,profissionais de Ciências Agrárias eoperadores a conhecer os princípiosda tecnologia de aplicação, visandoo correto manejo e seleção dastécnicas e equipamentos adequados

Aproteção de plantas é fundamen-tal para se garantir a produtivi-dade das lavouras, no entanto,

não basta apenas identificar o problema,seja ele planta infestante, fitopatógeno ouinseto. É necessário determinar qual agro-químico será usado e a dose a ser aplicada,além disso, o sucesso da aplicação é deter-minado pelo momento e pela maneiracomo essa ocorre. Além de se conhecer oproduto a ser aplicado, também é necessá-rio dominar a forma adequada de aplica-ção, de modo a garantir que o produto al-cance o alvo de forma eficiente, minimi-zando-se as perdas.

No entanto, o que se percebe,ao analisar a formação dos profissionaisligados à área de Ciências Agrárias, é queos mesmos, de maneira geral, têm um do-mínio muito pequeno do assunto, resultan-do em grandes problemas no campo, comopor exemplo: intoxicação de aplicadores,contaminação do ambiente e de alimentos,ocorrência de deriva acentuada e erro detaxas de aplicação.

Neste contexto, o ensino a distânciapode ocupar um lugar de destaque, comoforma de minorar esses problemas, difun-dindo a correta tecnologia de aplicação.O crescimento dos cursos de educação a

distância para aplicadores vem sendo po-tencializado por diversos fatores: o altocusto da educação tradicional, a rapidezda mudança dos conteúdos dos cursos deforma dinâmica e personalizada, a limi-tação de ordem temporal (ditada por ho-rários de trabalho e dificuldades de des-locamento), a importância crescente daaprendizagem continuada, as limitaçõesgeográficas (impossibilitando o desloca-mento de potenciais alunos localizadosem regiões distantes), a evolução das tec-nologias interativas de comunicação,dentre outros.

Pensando nisso, uma equipe de profis-sionais desenvolveu um programa compu-tacional para o ensino a distância da parteteórica de tecnologia de aplicação de agro-químicos.

O sistema Pulverizar, como é chama-do o programa, foi desenvolvido de formaque o aluno realiza inicialmente um ca-dastro com os seguintes dados: nome,CPF, formação, login, senha, e-mail, sexo,idade, cidade e estado. Todos os dados sãodevidamente armazenados em um bancode dados do sistema. Quando o usuárioentra no sistema com sua identificação sãoregistradas a data e a hora de sua entrada,bem como o horário de saída”, para quese tenha a informação de quanto tempo oaluno ficou registrado no sistema e quan-tas vezes ele precisou entrar para concluiro curso.

MÓDULOSPara se atingir os objetivos do treina-

Tela de apresentação do software Pulverizar, que controla atravésdos dados do usuário o tempo de permanência até concluir o curso

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“Uma equipe de profissionais desenvolveu um programa computacional para o“Uma equipe de profissionais desenvolveu um programa computacional para o“Uma equipe de profissionais desenvolveu um programa computacional para o“Uma equipe de profissionais desenvolveu um programa computacional para o“Uma equipe de profissionais desenvolveu um programa computacional para oensino a distância da parte teórica de tecnologia de aplicação de agroquímicos”ensino a distância da parte teórica de tecnologia de aplicação de agroquímicos”ensino a distância da parte teórica de tecnologia de aplicação de agroquímicos”ensino a distância da parte teórica de tecnologia de aplicação de agroquímicos”ensino a distância da parte teórica de tecnologia de aplicação de agroquímicos”

mento virtual, o assunto “Tecnologia deAplicação de Agroquímicos foi dividido emmódulos”. Ao início de cada módulo sãoapresentados os conceitos que se espera queo aluno domine ao final do mesmo. A na-vegação pelo conteúdo do curso é dinâmi-ca, onde o aluno pode seguir a frente ouvoltar no momento que desejar. Ao finalde cada módulo, existe uma avaliação com-posta por perguntas objetivas, onde o alu-no é informado de sua pontuação assim queas conclui.

Os módulos que compõe o curso são:(1) Conceitos básicos, (2) O que afeta aaplicação?, (3) Equipamentos, (4) Pontasde pulverização, (5) Calibração de pulve-rizadores, (6) Aplicação aérea, (7) Quimi-gação, (8) Propriedades físico-químicas, (9)Formulações, (10) Adjuvantes, (11) Qua-lidade da água e (12) Uso adequado deagroquímicos.

Ao final do treinamento, existe um glos-sário de termos técnicos português/inglês,a bibliografia consultada e um questionáriocom a avaliação do curso por parte dos seususuários. São 25 questões, sendo 22 objeti-vas e três dissertativas, onde se procura sa-ber se o sistema cumpriu seu propósito comrelação ao ambiente de estudo, seu funcio-

namento e interatividade, a concepção pe-dagógica do mesmo, a relevância dos assun-tos e para que o usuário faça sugestões e

comentários sobre o treinamento.Também há uma ferramenta de intera-

ção de aluno com aluno e aluno com pro-

Tela de apresentação do conteúdo do curso, dividido em12 módulos. A avaliação é feita através de 25 questões

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30 • Setembro 08

fessor. Esta ferramenta é o fórum onde sãocolocadas as dúvidas que o aluno tem du-rante o curso. Todos os que participam po-dem dar suas opiniões e o gerenciador doprograma interfere quando necessário.Nessa ferramenta, o gerenciador tambémcoloca situações de problemas para que hajadebate.

O programa possibilita um estudo im-parcial da tecnologia de aplicação, em quesão quebradas as barreiras de tempo, dis-tância e custos. O sistema foi desenvol-vido para que estudantes e profissionaisde Ciências Agrárias possam conhecer osprincípios da tecnologia de aplicação, vi-sando o correto manejo, seleção e desen-volvimento das técnicas e equipamentosde aplicação. Isso possibilita melhorar aeficiência das aplicações, traduzida porredução de custos, lavouras com menosproblemas fitossanitários e ambiente pre-servado.

Em relação ao ambiente do curso, todoo layout foi elaborado usando-se recursosde CSS (Cascading Style Sheets) e JavaS-cript, ambos inseridos no código HTML daspáginas, para operar o conteúdo dinâmico,isto é, que muda de usuário para usuário ede estágio para estágio. Foram utilizados có-digos PHP com dados armazenados em umbanco de dados MySQL. O site criado(http://www.pulverizar.iciag.ufu.br) foi hos-pedado nos servidores da Universidade Fe-deral de Uberlândia.

Quando o aluno entra no sistema, eleinicia o curso ou retoma de onde parou naúltima vez que esteve no sistema. A telado curso é composta por dois “frames”,sendo um “menu” contendo os módulos

do curso e a tela com os conteúdo do cursoem si.

O sistema foi testado com os alunos dadisciplina de “Máquinas e ImplementosAgrícolas” do curso de Graduação em Agro-nomia da Universidade Federal de Uber-lândia e com os alunos da disciplina de“Tecnologia de Aplicação de Agroquími-cos” do programa de Pós-Graduação emAgronomia da UFU. O parâmetro paraavaliar a eficiência do sistema foi o questi-onário de opinião que é feito após a con-clusão do curso. De acordo com as respos-

tas dos alunos, nesse início do ciclo de vidado sistema, o ponto fraco foi a ferramentafórum, já que a mesma não foi utilizada.Os principais problemas relatados foramrelacionados com a versão do navegadorutilizado e problemas com a rede e o servi-dor da Universidade.

O programa não tem como objetivosubstituir os treinamentos presenciais, mascomplementá-los, tendo em vista a impor-tância das práticas de campo neste tipo deatividade. Também contribui como com-plemento aos treinamentos tradicionaispara a formação de profissionais da áreade Ciências Agrárias em tecnologia de apli-cação de agroquímicos. Disponibiliza oacesso ao conteúdo a profissionais interes-sados em qualquer lugar, a qualquer horae com baixo custo.

O PROGRAMAvedores escreverem páginas que serãogeradas dinamicamente e rapidamente.

O banco de dados utilizado foi o MySQL,que é um servidor robusto de bancos de da-dos SQL (Structured Query Language - Lin-guagem Estruturada para Pesquisas) muitorápido, multitarefa e multi-usuário. Um ban-co de dados é uma coleção de dados estru-turados. Para adicionar, acessar e processardados armazenados em um banco de dadosdigital, é necessário um sistema gerenciadorde bancos de dados que funciona como aengrenagem central em qualquer trabalho decomputação, como utilitário independente oucomo parte de outras aplicações. Tanto a PHPquanto a MySQL são ferramentas gratuitasdisponibilizadas na internet. A construçãodos arquivos do sistema e o layout foram re-alizados utilizando-se um programa de edi-ção de páginas.

Oprograma computacional paratreinamento virtual em tecnolo-

gia de aplicação de agroquímicos, deno-minado Pulverizar, foi desenvolvido usan-do a linguagem de programação PHP, quesignifica “Hypertext Preprocessor”. Trata-se de uma linguagem de programação deampla utilização, interpretada, que é es-pecialmente interessante para desenvol-vimento para a Web e pode ser mescladadentro do código HTML. O objetivo prin-cipal da linguagem é permitir a desenvol-

Bruno Maia eJoão Paulo Rodrigues da Cunha,UFU

O objetivo do curso é complementar treinamentos, pos-sibilitando sua realização em qualquer local e horário

. M

Charles Echer

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SCS ML-170

Setembro 08 • 31

Apresentamos uma ficha deta-lhada da Máquina de LimpezaSCS ML-170, um equipamen-

to projetado para fazer a limpeza dos di-versos tipos de grãos, que permite sepa-rar as impurezas grossas, médias e leves,classificando os grãos inteiros dos quebra-dos.

A máquina é composta por três mó-dulos, sendo que estes módulos podem serconjugados conforme os tipos de separa-ção e limpeza desejados, proporcionandomaior eficiência aliada à versatilidade paraaplicação de acordo com a necessidade. Oscomponentes utilizados são de alta quali-dade, proporcionando maior vida útil emanutenção reduzida.

Com um padrão de acabamento empintura sintética (primer acabamento) nascores da empresa, laranja KW e branco, aSCS ML-170 é acompanhada de platafor-mas de acesso facilitando a limpeza e amanutenção. A alimentação do produtona peneira é realizada através de um funilcom defletores e um registro onde os grãosse distribuem de maneira mais uniforme.

DIFERENCIAISEntre os diferenciais deste equipamen-

to está a peneira rotativa, confeccionadaem aço SAE 1060, propicia maior vida útile conseqüentemente evita o desgaste pre-maturo. A forma de utilização deste itempode ser tanto independente como aco-plado diretamente sobre a máquina (câ-mara de ar ou caixa de peneiramento) pararetirada de impurezas grossas como pa-lha, objetos estranhos, entre outros. In-dicada para produtos provenientes da la-voura com grande quantidade de palhaou que não tenham passado por nenhumprocesso de limpeza.

A peneira também possui um cilindrode tela giratório, através do qual passa oproduto, sendo que a impureza permane-ce sobre a tela e é despejada em um funilpara ensaque. Este cilindro é acionado pormotoredutor.

Com a função de separar as im-purezas leves e o pó do fluxo de

grãos, a câmara de aspiraçãoem dois estágios é outro as-pecto a ser ressaltado.

Em um primeiro mo-

SCS ML-170Vencedora do Prêmio Gerdau Melhores da Terra 2008, a

Máquina de Limpeza SCS ML-170 destacou-se pelabaixa produção de ruído e consumo de energia

Fecho rápido, que facilitao travamento das peneiras

Fotos Kepler Weber

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mento utilizando um fluxo de ar forçadoem três camadas através da lâmina degrãos, tornando a limpeza de alta eficiên-cia. Em um segundo estágio, há uma câ-mara de decantação para separação dasimpurezas coletadas do pó.

Outro aspecto que merece destaque éa caixa de peneiras. Totalmente metálicae suspensa por quatro cabos de aço commovimento circular oscilatório, são inde-pendentes dos quadros tendo sua fixaçãofacilitada através de fecho rápido. Comacabamento fechado, a atenção aqui équanto ao cuidado com a emissão de pópara o ambiente externo. Entretanto, pos-sui várias tampas de inspeção visual, por-tas de fácil acesso, auxiliando a manuten-ção e, tendo os quadros de peneiras divi-didos em células, nas quais possuem es-feras de borracha, contribuem tambémpara a limpeza das peneiras.

Composta de três decks de peneirascom quatro estágios de peneiramento

A porta principal é de fácil abertura, por onde tam-bém é possível trocar as peneiras de forma rápida

cada, oferece uma ampla gama de separa-ção e classificação, nos níveis de impure-zas grossas e médias, grãos quebrados, ter-ra e areia e grãos limpos.

CAPACIDADESPara uma correta aplicação deste equi-

pamento, é fundamental analisar as ca-racterísticas do grão a ser processado e opadrão de limpeza desejado (% de umi-dade e % de impurezas – entrada/saída).A definição e a análise destes parâmetrosdefinirão as furações das peneiras e a ca-pacidade real de fluxo do equipamento(modelo e especificações do equipamentoa ser utilizado), além da configuração dosmódulos da máquina.

As capacidades citadas na tabela sãoaproximadas (nominais), dadas como re-ferência, podendo sofrer variações, depen-dendo da forma e granulometria dosgrãos, do percentual de umidade do pro-duto, bem como da quantidade e tipo deimpurezas que o produto apresentar na

Detalhe de uma das tampasde acesso para manutenção

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Setembro 08 • 33

“““““Composta de três decks de peneiras, com quatro estágios de peneiramentoComposta de três decks de peneiras, com quatro estágios de peneiramentoComposta de três decks de peneiras, com quatro estágios de peneiramentoComposta de três decks de peneiras, com quatro estágios de peneiramentoComposta de três decks de peneiras, com quatro estágios de peneiramentocada, a máquina oferece uma ampla gama de separação e classificaçãocada, a máquina oferece uma ampla gama de separação e classificaçãocada, a máquina oferece uma ampla gama de separação e classificaçãocada, a máquina oferece uma ampla gama de separação e classificaçãocada, a máquina oferece uma ampla gama de separação e classificação”””””

Teor deimpurezas

Tiposde

peneiras

entrada (%)saída (%)

impureza médiagrãos quebradosimpureza fina

42

143

1,5170

31

134

1,5150

30,5125

2,5140

42

112,51,5170

31

103,51,5150

30,594

2,5140

Soja MilhoCapacidade

Qualidade de limpeza X Tipo de peneiras XCAIXA DE PENEIRAS

Capacidade estimada

Produto

Capacidades nominais (valores médios para máquinacom os três módulos conjugados)

entrada da máquina. Para o processamen-to dos demais tipos de grãos, a capacida-de dependerá também do peso específicoe da forma do grão.

OPCIONAISComo opcionais, a SCS oferece um

completo quadro elétrico para proteção,força e comando de todos os motores elé-tricos e sensores da máquina. Este qua-dro possui incorporado um sistema defreio elétrico para o motor da caixa depeneiras.

No caso de não-fornecimento do qua-dro de comando completo, é fornecido umquadro com o Kit de freio. Neste caso ficapor conta do cliente a confecção do qua-dro de comando para proteção dos moto-res e ligação dos sensores, além da interli-gação com o kit de freio.

São fornecidos dois sensores, os quais

têm a função de desligar o motor da caixade peneiras em caso de movimento, alémda trajetória padrão.

Outro opcional é um ciclone metálicopara filtragem do ar de exaustão da câmarade ar. As partículas são decantadas em umsaco abaixo do ciclone, sendo que o ar limpoé eliminado na parte superior.

Para os casos onde se exige maior efici-ência na filtragem do ar de exaustão da câ-mara de aspiração, é fornecido um filtro demangas de limpeza manual em substituiçãoao ciclone. Este filtro possui um saco paradecantação das partículas, liberando o ar lim-po para o ambiente.

O acabamento fechado da máquina, além de diminuiro ruído, emite menos poeira ao ambiente externo

. M

Fotos Kepler Weber

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crianças

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Todo o final de semana em algumlugar do Brasil tem gente se pre-parando para sua habitual aven-

tura e fuga da cidade. No meio da arruma-ção toda os filhos menores estão lá, paraajudar a preparar tudo, sempre com gran-de excitação e expectativa. Em nosso Cur-so Off-Road DPaschoal os alunos chegamno domingo trazendo seus pimpolhos a ti-racolo, para a dose semanal de off-road, maspara que tudo seja divertido é importantetomar alguns cuidados para que a viagemseja tranqüila e agradável.

A segurança em primeiro lugar. É co-mum ver jipes mais antigos sem cintos desegurança para adultos e menos aindapara as crianças. O equipamento precisaestar ajustado para os menores, pois umtombamento em trilha, coisa não tão raracomo se pensa, pode ter resultado dramá-tico se um pequeno cair do veículo porestar sem proteção. Muitas vezes um sal-to inesperado pode provocar a batida dacabeça no Santo Antônio ou no teto, o quepode resultar em danos à coluna cervical.Uma freada brusca no meio da trilha podejogar para frente quem estiver sentado nobanco traseiro com risco de se ferir noimpacto.

A bagagem deve ter repelentes contrainsetos, protetor solar, chapéu ou boné parase proteger do sol forte, um estojo de pri-meiros socorros, alimentos de fácil prepa-ração, água, sucos e refrigerantes. Em ma-

téria de roupas evite os trajes camuflados,pois será mais fácil achar a criançada nomeio do mato se estiver usando roupas co-loridas.

Os calçados devem oferecer proteçãocontra torção do tornozelo e principalmen-te contra animais que habitam na florestae nos campos, como as cobras, os escorpi-ões e as aranhas. Vejo com certo horror cri-anças descalças, com sandálias abertas outênis impróprios para se andar na floresta,em lama ou em pedras escorregadias. Cal-ças compridas são preferíveis às bermudas,pois protegem contra arranhões, picadas deinsetos e podem dar uma proteção extracontra picadas de cobras. Não se esqueçade mudas de roupas, trajes de banho e ca-

pas de chuva ou anorak.Durante resgates off-road mantenha as

crianças distantes, cintas e cabos de aço es-ticados não são brinquedos que mereçamatenção dos pequenos. Eles devem se afas-tar e assistir de camarote. Em competiçõesde final de semana também vemos crian-ças ajudando os pais em navegação e notrabalho como Zequinhas. Normalmente,em função das regras das provas, eles estãocom a proteção adequada, mas nunca exi-ja mais do que eles podem dar em termosde esforço físico. Em deslocamentos lon-gos e expedições preveja paradas adicionaispara descanso. Isto diminui a monotoniada viagem para as crianças, o que melhorao clima dentro do carro. Escolha postos deabastecimento e restaurantes movimenta-dos e evite lugares abandonados. Mante-nha sempre em uma caixa térmica ou umageladeira elétrica bebidas, frutas e petiscospara a criançada ter o que beliscar durantea jornada.

Levar os pequenos para experiências aoar livre dá a eles uma alternativa saudávelde existência, tirando-os do estresse da ci-dade, levando-os para longe da tela da TVcom seus programas alienantes e os video-games violentos, mostrando a natureza e avida natural por vezes difícil de ser notadaem grandes centros. É sempre uma liçãode vida!

Aventuras comcrianças

João Roberto de Camargo Gaiotto,www.tecnica4x4.com.br

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Aventuras comcrianças

Técnica 4x4

Banco especial para os pequenos. Mas de nada adian-ta o banco se o cinto de segurança não for usado

BMW

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