maquinas elevação transporte
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3
INTRODUÇÃO
Movimentação de materiais é a arte e a ciência do fluxo de materiais, envolvendo a
embalagem, movimentação e estocagem. Levando somente em conta o transporte dos
mesmos, pode-se afirmar que geralmente é uma tarefa que demanda grande esforço.
O desenvolvimento e aprimoramento das máquinas de transporte tem por objetivo
promover a redução de custos, um aumento da capacidade produtiva e a melhoria das
condições de trabalho. A redução de custos será realizada através da minimização da mão-de-
obra pela implantação de equipamentos mecânicos substituindo o trabalho braçal, exigindo
menos esforço físico e reduzindo os tempos de deslocamento assim como os custos referentes
aos materiais, pela melhor estrutura de acondicionamento e uma movimentação mais eficaz
diminuindo o índice de perdas. Já o aumento da produção será conseqüência de uma
racionalização dos processos de movimentação e estoque, o que permitirá maior rapidez na
chegada dos materiais até as linhas de produção assim como permitirem um melhor
acondicionamento do produto e uma máxima utilização do espaço na área de estocagem, com
liberação de área produtiva e também um sistema de armazenagem mais eficiente.
A escolha dos equipamentos específicos para cada tipo de material a ser transportado
pode contribuir para uma melhor execução desta tarefa. Com o avanço tecnológico e a
necessidade de otimização do tempo industrial (pela automação dos processos) verifica-se que
equipamentos mais modernos e sofisticados são introduzidos no mercado, e a escolha dos
mesmos depende de muitas variáveis, como o custo, o produto a ser manuseado, a
necessidade de mão-de-obra especializada e espaço fabril disponível.
Com a utilização de máquinas para a movimentação de materiais, obtém-se maior
segurança no ambiente de trabalho, fazendo com que o risco de acidentes de trabalho com
funcionários fique reduzido. Outro benefício aparente é a redução da fadiga, já que à medida
que o homem emprega a máquina para realizar o serviço pesado e de risco, seu esforço braçal
é praticamente eliminado. Ao mesmo tempo, aqueles que continuam trabalhando em serviços
de transporte e armazenagem, trabalham com muito mais conforto, já que a máquina fará o
esforço físico despendido pelo homem.
Neste trabalho, abordaremos os principais equipamentos utilizados na movimentação
de materiais, ressaltando suas classificações e aplicações no meio industrial.
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1. SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Existe no mercado uma ampla variedade de máquinas de transportes de materiais, as
quais diferem em tamanho, volume e forma de aplicação. Diversas classificações para essas
máquinas são encontradas na literatura, porém, podemos dividi-las em quatro sistemas
básicos, conforme a atividade funcional que neles será aplicado: sistemas de transportadores
contínuos, sistemas de transportadores descontínuos, veículos industriais e equipamentos de
elevação e transferência.
1.1. SISTEMAS DE TRANSPORTADORES CONTÍNUOS
São mecanismos destinados ao transporte de granéis e volumes em percursos
horizontais, verticais ou inclinados, fazendo curvas ou não e com posição de operação fixa.
São formados por um leito, onde o material desliza em um sistema de correias ou correntes
sem fim acionadas por tambores ou polias. São utilizados onde haja grande fluxo de material
a ser transportado em percursos fixos.
Podem-se citar como exemplos os seguintes sistemas:
• Esteiras transportadoras: São equipamentos de ampla aplicação, podem ser de correia,
fita ou de tela metálica utilizadas geralmente para grandes quantidades de material. As
fitas metálicas podem ser feitas de aço carbono, aço inoxidável e aço revestido por
borracha. Nas esteiras o ângulo máximo de inclinação é função das características do
material (entre 20 e 35°). As esteiras transportadoras apresentam a desvantagem de
possuir uma pequena flexibilidade na trajetória.
Figura 1.1 – Esteira transportadora.
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Figura 1.2 – Esteira transportadora. Exemplo de aplicação
• Transportadores de roscas: São indicados para a movimentação de materiais
pulverizados não corrosivos ou abrasivos. Utilizados em silos, moinhos, indústria
farmacêutica, etc. O transporte é feito através da rotação do eixo longitudinal do
equipamento.
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Figura 1.3 – Transportadores de roscas.
• Transportadores magnéticos: Utilizados para a movimentação de peças e recipientes
de ferro e aço. Consiste em duas faixas de ferro magnetizadas por ímãs permanentes
colocados na parte posterior de um transportador de fita, com um pólo em cada faixa,
assim, o material ferroso é conduzido e atraído simultaneamente, podendo seguir em
trajetórias verticais e horizontais, ser virado, freando, etc. Vantagens: é silencioso,
requer pouco espaço e manutenção, trabalha até embaixo d’água. Desvantagens: só
transporta materiais ferrosos.
• Transportadores pneumáticos: Utilizados para transporte de materiais granulados em
silos, moinhos e portos. Constituem-se em um conjunto de tubulações e de um sistema
motor que produz a corrente de ar. Vantagens: funcionam em qualquer tipo de trajeto,
vedação completa, requer pouco espaço, baixos custos de manutenção. Desvantagens:
somente utilizado para materiais de pequena granulometria e não abrasivos.
• Transportadores de roletes livres: Não há mecanismo de acionamento (somente a força
da gravidade ou manual). É um sistema de transporte econômico, não há manutenção,
permite o transporte de todos os materiais não a granel. A superfície de fundo do
material deve ser dura e plana e no mínimo 3 roletes devem estar agindo
simultaneamente sobre a carga.
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Figura 1.4 – Transportadores de roletes livres.
Figura 1.5 – Transportadores de roletes livres. Utilização em curva.
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Figura 1.6 – Transportadores de roletes livres. Utilização em concorrência.
• Transportadores de correntes: Evita problemas de contaminação permite o
aproveitamento do espaço aéreo, gasto inicial e manutenção baixos.
1.2. SISTEMAS DE TRANSPORTADORES DESCONTÍNUOS
São feitos para locais onde a área é elemento crítico. Tratam-se de máquinas que
funcionam em ciclos defasados no tempo (carga, transporte e descarga) e que possuem
mobilidade segundo dois ou três eixos num espaço restrito. A ponte rolante é o equipamento
mais utilizado entre todos.
• Pontes rolantes: Viga suspensa sobre um vão livre, que roda sobre dois trilhos. São
empregadas em fábricas ou depósitos que permitem o aproveitamento total da área útil
(armazenamento de ferro para construção, chapas de aço e bobinas. Recepção de carga
de grandes proporções e peso). Vantagens: elevada durabilidade, movimentam cargas
ultrapesadas, carregam e descarregam em qualquer ponto, posicionamento aéreo.
Desvantagens: exigem estruturas, investimento elevado, área de movimentação
definida.
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Figura 1.7 – Ponte rolante.
Figura 1.8 – Ponte rolante. Exemplo de aplicação.
• Stacker Crane: Consiste numa torre apoiada sobre um trilho inferior e guiada por um
trilho superior. Pode ser instalada em corredores com menos de 1 metro de largura e
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algumas torres atingem até 30m de altura. Exige alto investimento, mas ocasiona uma
grande economia de espaço.
Figura 1.9 – Stacker Crane. Exemplo de aplicação 1.
Figura 1.10 – Stacker Crane. Exemplo de aplicação 2.
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• Pórticos: São vigas elevadas e auto-sustentáveis sobre trilhos. Possuem sistema de
elevação semelhante ao das pontes rolantes. Os pórticos são utilizados no
armazenamento em locais descobertos. Vantagens: maior capacidade de carga que as
pontes rolantes, não requer estrutura. Desvantagens: menos seguro, interfere com o
tráfego no piso e é mais caro.
Figura 1.11 – Pórticos. Exemplo de aplicação 1.
Figura 1.12 – Pórticos. Exemplo de aplicação 2.
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• Monovias: São dispositivos para elevação de cargas em indústrias ou depósitos,
formados por uma única linha ou trilho, normalmente horizontal. São suspensos por
pilares, onde sobre o trilho corre um carrinho equipado com uma talha operada por um
sistema elétrico, pneumático ou manual com roldanas e cabos, ou engrenagens que
reduzem o esforço de elevação da carga, permitindo suspendê-la com a força do braço
ou de um pequeno motor. Esse sistema de monovia difere da ponte rolante por cobrir
uma só linha ao invés de permitir translação nos três eixos.
Figura 1.13 – Monovia.
Figura 1.14 – Monovia. Exemplos de aplicação.
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1.3. VEÍCULOS INDUSTRIAIS
São equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas intermitentes,
em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, onde a função primária é
transportar e/ou manobrar. São utilizados tanto junto ao processo de produção como no de
armazenagem para não só transportar cargas, mas também colocá-las em posição conveniente.
Sua principal característica é a flexibilidade de percurso e de carga e descarga.
• Carrinhos: São os equipamentos mais simples. Consistem em plataformas com rodas e
um timão direcional. Possuem vantagens como baixo custo, versatilidade, manutenção
quase inexistente. Desvantagens: capacidade de carga limitada, baixa velocidade e
produção, exigem mão-de-obra.
• Palleteiras: Carrinhos com braços metálicos em forma de garfo e um pistão hidráulico
para a elevação da carga (pequena elevação). As palleteiras podem ser motorizadas ou
não.
• Empilhadeiras: Podem ser elétricas ou de combustão interna (verificar ventilação). São
usadas quando o peso e a distância são maiores (se comparadas com o carrinho). As
mais comuns são as frontais de contrapeso. Vantagens: livre escolha do caminho,
exige pouca largura dos corredores, segurança ao operário e à carga, diminui a mão-
de-obra. Desvantagens: retornam quase sempre vazias, exige operador especializado,
exige paletização de cargas pequenas.
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Figura 1.15 – Empilhadeira.
Figura 1.16 – Empilhadeira. Exemplo de aplicação.
• AGV (Automated Guided Vehicles): São utilizados desde 1950 podendo carregar até
100 toneladas. Os AGVs modernos são controlados por computador, possuindo
microprocessadores e gerenciadores de sistema que podem até emitir ordens de
transporte e recolher ou descarregar cargas automaticamente. Existem diversos
modelos, com os mais variados tipos de sensores e até por rádio freqüência. As
desvantagens desse sistema são o custo e manutenção elevados.
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Figura 1.17 – AGV (Automated Guided Vehicle).
Figura 1.18 – AGVs. Exemplos de aplicação.
1.4. EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO E TRANSFERÊNCIA
São equipamentos destinados a mover cargas variadas para qualquer ponto dentro de
uma área fixa, onde a função principal é transferir. São aplicados onde se deseja transferir
materiais pesados, volumosos e desajeitados em curtas distâncias dentro de uma fábrica.
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• Guindastes: Usados em pátios, construção pesada, portos e oficinas de manutenção. O
veículo pode ser motorizado ou não. Opera cargas não paletizadas, versátil, alcança
locais de difícil acesso mas apresenta a desvantagem de exigir espaço e ser lento.
• Talhas: Partes integradas de máquinas transportadoras, operadas por um sistema
elétrico, pneumático ou manual com roldanas, cabos e engrenagens. São utilizadas em
pontes rolantes, stacker cranes e monovias para realizar o movimento de elevação da
carga.
• Plataformas de carga e descarga: Utilizadas no recebimento e na expedição de
mercadorias, facilitando o trabalho. Geralmente são fixas.
• Mesas e plataformas hidráulicas: Usadas basicamente na elevação da carga geralmente
em conjugação com outro equipamento ou pessoa.
Pontes rolantes, stacker cranes, pórticos e monovias, classificados nos sistemas de
transportadores descontínuos, também podem ser encaixados nessa classe de equipamentos de
elevação e transferência.
O manuseio ou a movimentação interna de produtos e materiais significa transportar
pequenas quantidades de bens por distâncias relativamente pequenas, quando comparadas
com as distâncias na movimentação de longo curso executadas pelas companhias
transportadoras. É atividade executada em depósitos, fábricas e lojas, assim como no
transbordo entre tipos de transporte. Seu interesse concentra-se na movimentação rápida e de
baixo custo das mercadorias (o transporte não agrega valor e é um item importante na redução
de custos). Métodos e equipamentos de movimentação interna ineficientes podem acarretar
altos custos para a empresa devido ao fato de que a atividade de manuseio deve ser repetida
muitas vezes e envolve a segurança e integridade dos produtos.
2. MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO
As máquinas de elevação são utilizadas em diversos seguimentos da indústria e são
representadas por um grande número de equipamentos. Sua classificação é de difícil
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realização devido a quantidade de formas construtivas nas quais podem ser encontradas.
Abaixo é apresentada uma classificação dos principais meios de elevação.
• Talhas
- Polias
- Talhas helicoidais
- Talhas de engrenagem frontal
- Talhas elétricas
• Macacos
- Macaco de parafuso
- Macaco hidráulico
• Guinchos
- Guinchos de cremalheira
- Guinchos manuais
- Guincho móvel manual
- Guinchos acionados por motor elétrico
• Guindastes
- Guindastes de ponte (pontes rolantes)
- Guindastes móveis de paredes
- Guindastes de cavaletes (pórticos e semi-pórticos)
- Pontes de embarque
- Guindaste de cabo
• Elevadores
- Elevadores pneumáticos
- Elevadores elétricos
- Elevadores de caneca
Os principais elementos de elevação, também chamados de elementos de suspensão
são: macacos, talhas, guinchos, guindastes e elevadores.
O projeto e a fabricação das máquinas de elevação requerem a aplicação de normas
específicas, que determinam as condições a serem obedecidas na concepção do equipamento.
A especificação das características da máquina é muito importante para que a aplicação
requerida seja atendida de forma consistente.
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A parte construtiva que diferencia este equipamento das demais máquinas de
transporte é o sistema de elevação de carga. A concepção do sistema de elevação dos
principais elementos de suspensão apresenta algumas características semelhantes.
Os cabos de aço estão presentes na maioria dois equipamentos de elevação de carga.
Outros elementos de sustentação, como por exemplo: correntes de elos redondos, correntes
articuladas e rodas de cânhamo são utilizados em aplicações específicas, porém na construção
dos equipamentos o cabo de aço é o principal elemento utilizado.
As características que garantem ao cabo de aço esta grande utilização são: boa
flexibilidade, grande capacidade de carga, durabilidade e padronização. A utilização dos
cabos de aço nos equipamentos de elevação requer a utilização de dispositivos e acessórios
que devem ser especificados no projeto dos equipamentos, os principais são: sapatas,
manilhas, grampos, soquetes e terminais.
As polias são os componentes que guiam e sustentam o cabo de aço. Na construção do
sistema de elevação as polias devem ser móveis (passagem) ou compensadoras
(equalizadoras). As polias móveis apresentam rotação que acompanha a velocidade de
movimento do cabo enquanto as polias compensadoras apenas ajustam o movimento do cabo.
A combinação de polias permite que a capacidade de um sistema de elevação seja
multiplicada, reduzindo a velocidade de elevação. Este sistema é conhecido como moitão, um
fator importante a ser observado nessas construções é o rendimento da transmissão.
Na construção do sistema de polias outros componentes também devem ser
especificados. O eixo deve ser calculado para suportar a carga de trabalho e os rolamentos
devem ser especificados para a vida útil requerida. Os principais tipos de rolamentos
utilizados nestas construções são: cargas leves – rolamentos de esferas, cargas elevadas –
rolamentos de rolos cilíndricos ou rolamentos de rolos cônicos.
O tambor é o elemento do sistema de elevação que tem a função de acomodar o cabo
de aço entre os cursos mínimo e máximo. Esta condição, juntamente com o diâmetro
especificado para o cabo, determina as características dimensionais para o tambor.
Na condição máxima de desenrolamento do cabo devem ser previstas pelo menos duas
espiras ainda enroladas sobre o tambor, desta forma a fixação do cabo fica isenta da força de
tração. A extremidade do cabo é fixa no corpo do tambor através de grampos parafusados.
A diversidade de tipos de cargas e materiais a serem movimentados pelos
equipamentos de elevação exige para alguns casos o projeto de dispositivos especiais. O
elemento mais comum é o gancho forjado. Estes componentes são normalizados e podem ser
encontrados nos catálogos dos fabricantes especializados. Além dos ganchos podem ainda ser
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citados como dispositivos utilizados os laços, manilhas, olhais. O projeto dos dispositivos de
manuseio de carga envolve considerações especiais para cada caso em estudo.
2.1. MACACOS
Macaco é uma ferramenta mecânica utilizada para pequenos deslocamentos de cargas
ou quando é requerida a movimentação de uma grande quantidade de peso. Os macacos
utilizados em operações de transporte de materiais podem ser divididos em: macacos de
parafuso e macacos hidráulicos.
2.1.1. Macaco de Parafuso
É um instrumento para a elevação de material pesado, pode ser encontrado em
veículos, garagens e oficinas mecânicas, onde são utilizados para a elevação do automóvel
para facilitar a manutenção. Permite que o esforço humano seja ampliado e transmitido à
carga, através de um parafuse de rosca, promovendo a suspensão da peça. Devido ao seu
efeito auto-blocante, este tipo de instrumento é mais seguro em relação aos macacos
hidráulicos que necessitam que uma pressão contínua seja mantida para que a posição seja
fixada. Em geral é utilizada uma lubrificação com graxa.
Figura 2.1 – Macaco de parafuso.
20
2.1.2. Macaco Hidráulico
Este tipo de macaco utiliza um fluido incompressível que é forçado para dentro de um
cilindro por um êmbolo. Em geral o fluido utilizado é um óleo por ser estável e auto
lubrificantes. No retorno do êmbolo o óleo é removido do cilindro por uma válvula, quando o
êmbolo é movido em direção ao cilindro ele carrega o óleo em direção a cavidade do cilindro.
Figura 2.2 – Macaco hidráulico. Exemplos de aplicação.
2.2. GUINCHOS
Os guinchos utilizados como meio de elevação de carga são conjuntos fixos ou móveis
constituídos por um tambor para o enrolamento do cabo e um sistema de transmissão para o
acionamento do tambor. O acionamento do sistema pode ser manual ou motorizado.
Os guinchos manuais têm capacidade entre 50 Kgf e 6000 Kgf. O projeto do sistema
de acionamento deve garantir que a força de acionamento não seja superior a 25 Kgf. Este
equipamento normalmente é utilizado em obras de construção civil.
Os guinchos motorizados podem ser acionados por motor elétrico, hidráulico ou
pneumático. O tipo de acionamento depende das características de aplicação do equipamento.
Para guinchos móveis sobre veículos normalmente é utilizado o acionamento hidráulico ou
21
pneumático. Na maioria das aplicações industriais o acionamento elétrico. O projeto do
guincho motorizado segue as mesmas condições do projeto de um sistema de elevação de uma
ponte rolante.
Os guinchos são equipamentos utilizados para a elevação de carga principalmente em
locais de difícil acesso, durante os períodos de construção ou reforma de instalações. Para
algumas aplicações os guinchos podem substituir o uso de máquinas com lança, em função do
custo do aluguel da máquina.
Guinchos de cremalheira: Construção padronizada de guinchos portáteis em aço com
caixa levantável (DIN 7355 e 7356) para capacidades de carga de 1,5 – 3 – 5 – 10t.
A força manual é transmitida de uma manivela através de uma transmissão
intermediária simples (até 3t) ou dupla (até 10t) de rodas dentadas para uma cremalheira que
guia a carcaça e se apóia na roda dentada da cremalheira. A carga é sustentada pelo ressalto
na extremidade superior da carcaça ou então por uma garra de sustentação soldada na
extremidade inferior da carcaça. Rodas de triquete e lingüeta de trava unidas com uma
manivela de segurança impedem uma descida não proposital da carga.
Guinchos manuais: Geralmente construídos como guinchos de armação ou guinchos
de parede para forças de sustentação de 50 Kgf até 6000 Kgf. A carga é sustentada por um
cabo de carga, também em cocha de cabo (por sua flexibilidade), enrolado em várias camadas
sobre um tambor liso. Dependendo da capacidade de carga, engrenagem helicoidal com freio
de compressão axial, mais frequentemente transmissão intermediária de rodas frontais de dois
ou três passos, roda de tranqueta para frenagem de parada e descida, placas em chapa de aço;
suportes de flange em ferro fundido com graxa lubrificante.
A relação de transmissão dos guinchos manuais é calculada como nas talhas de rodas
frontais. O rendimento total para a rosca (mancais de deslizamento engraxados, dentes
perfilados) é de 0,9, com transmissão intermediária de um passo, 0,86 de dois passos e 0,82
de três passos.
Na tabela abaixo podemos ver os rendimentos de mecanismos de talhas e guinchos.
22
com
Peças da construção Mancais de
deslizamento
Mancais de
rolamento
Polias de corrente 0,94 0,96
Pinhões de corrente com rodas de cabrestante 0,93 0,95
Rodas de corrente para correntes de polia 0,94 0,96
Polias de cabo 0,96 0,98
Par de rodas frontais ou cônicas, lubrificação com graxa 0,95 0,96
Par de rodas frontais ou cônicas, lubrificação com óleo 0,96 0,97
Tambor para cabo 0,96 0,98
A força da manivela manual, produzida por um operário, pode chegar a 12 Kgf com
picos de até 25 Kgf, com um raio de manivela de 40 cm e uma altura confortável de eixo da
manivela. O número de revoluções neste caso será de 24 rpm.
Guincho móvel manual: As peças da unidade motora comuns de talhas manuais são
dispostas num quadro em aço soldado e deslocável à mão, força de sustentação de 1 a 25 Tf.
Mecanismo de elevação com roda cabrestante, engrenagem helicoidal de dois passos, freios
por pressão de sobrecarga, pinhão de corrente (para corrente de aço) ou roda para corrente de
Gall: guincho móvel de engrenagem helicoidal.
Tração de corrente de cabrestante para os mecanismos de elevação de 30 a 40 Kgf com
carga nominal. Acionamento do mecanismo de translação através da roda de cabrestante
(força de tração = 20 Kgf) que com forças de sustentação de até 3 Tf fica montada
diretamente sobre o eixo da roda motriz que deverá ser acionada, em outros casos gira acima
de uma transmissão intermediária de rodas dentadas deste eixo.
Guinchos acionados por motor elétrico:
a) Guinchos para volumes – com gancho, fixos em guindastes giratórios (guindastes de
cais e estaleiros, guindastes giratórios de torre para construções, guindastes
flutuantes). Transmissão intermediária na caixa de mudanças fundida ou soldada com
lubrificação a óleo. Os dentes enviesados e os rolamentos garantem funcionamento
silencioso e bom rendimento. Caixa de mudanças para duas velocidades. Na maioria
23
dos casos os freios são de parada de segurança. Montagem sobre pedestal fundido ou
quadro de chapas de aço soldadas.
b) Guinchos de garras – os cabos de fecho e de manobre de garras e de caçambas de virar
de cabos múltiplos tem tambores diferentes. A disposição aos pares dos cabos (garras
de três ou quatro cabos requerem que os tambores correspondentes sejam construídos
com ranhuras a direita e a esquerda). A disposição do motor e a conformação da
engrenagem permitem que o tambor de fecho possa ser acionado isoladamente. A
conexão mecânica entre os dois tambores é feita, na maioria das vezes, através de uma
engrenagem planetária. A roda planetária é sempre de construção simples para
proporcionar uma engrenagem segura.
Figura 2.3 – Guinchos com acionamento por motor elétrico.
2.2.1 Determinação da Potência do Motor do Sistema de Levantamento A determinação da potência do motor do sistema de levantamento de uma máquina de elevação deve levar em consideração todos os fatores envolvidos no deslocamento da carga em função do tipo de aplicação. O cálculo da potência deve ser feito de acordo com as normas de construção de equipamento. Para o caso de pontes rolantes este cálculo é feito com base na expressão a seguir:
C
LLVS
E
VWKKhp
×
×××
=
33000
Sendo hp – potência do motor de levantamento em HP KS – Fator de serviço, tabela 17 – AISE 6/91
24
KV – Fator de correção de tensão elétrica, tabela 16 – AISE 6/91 WL – Peso total da carga de levantamento, incluindo dispositivos de manuseio [lb] VL – velocidade do sistema de levantamento [fpm] EC – eficiência combinada das engrenagens e polias EC = 0.98n x 0.98m para mancais de deslizamento EC = 0.97n x 0.99m para mancais de rolamento m – número de polias móveis por enrolamento n – número de engrenamentos Esta equação atende as aplicações de equipamento com motores elétricos com corrente alternada. Para corrente contínua a AISE 6 também apresenta a equação para cálculo. Aplicações com outros tipos de motores devem ser analisadas de acordo com a aplicação.
2.3. TALHAS
São partes integradas de máquinas transportadoras, operadas por um sistema elétrico, pneumático ou manual, respónsáveis pela elevação de carga baseados no princípio de transmissão de forças através de polias. Como características principais podemos citar a presença de correntes, roldanas e engrenagens na maioria das talhas. O meio de apanhamento de carga é em geral um gancho e têm capacidades de carga em geral de até 10 Tf. São utilizadas em pontes rolantes, stacker cranes e monovias, para realizar o movimento de suspensão da carga.
2.3.1. Talhas Manuais Podem ser alavancadas ou corrente direta. O içamento se dá por força manual, transmitida através das correntes e multiplicada pelo jogo de polias, permitindo elevação de cargas de até 3 Tf. No modelo de alavancas o travamento é feito pelo dispositivo de catraca da própria alavanca e no modelo de correntes simples é necessário um dispositivo adicional de travamento ou frenagem.
Figura 2.4 – Talhas manuais.
25
2.3.2. Talhas Elétricas Podem ser com tambor de enrolamento ou com engrenagem dentada para correntes. Nesta configuração, pode-se obter capacidades de carga de até 10 Tf. O travamento das cargas deve ser feito por um servo-motor. As talhas elétricas têm como principal vantagem permitir a automatização da movimentação e acionamento à distância.
Figura 2.5 – Talha elétrica. Exemplo de aplicação.
2.3.3. Bases de Montagem
• Talhas fixas (montagem com vase apoiada, suspensas ou fixas lateralmente).
As talhas fixas são fornecidas com uma base de montagem com quatro furos, ajustáveis a uma grande variedade de instalações. O cabo de aço poderá ser montado nas quatro posições indicadas no desenho abaixo. Ao adquirir uma talha com a posição de montagem fixa, é necessário informar a posição correta da base e da saída do cabo, indicados na imagem abaixo.
26
• Montagem em trole para monovia
• Fixa apoiada
• Talha montada em trole bi-articulado para trechos curvos
27
• Talha montada em trole duplo
• Talhas gêmeas montadas em trole duplo
2.4. ELEVADORES
Em 1800, os novos processos de produção de ferro e aço revolucionaram o mundo da
construção. Com vigas de metal como material de construção, os arquitetos e engenheiros
podiam levantar arranha-céus monumentais.
28
Figura 2.6 – Exemplo de aplicação de elevadores
Figura 2.7 – Elevador industrial.
Mas essas torres seriam basicamente inúteis se não fosse por outra inovação da
tecnologia que veio ao mesmo tempo. Os elevadores modernos são o elemento crucial que
torna prático viver e trabalhar dezenas de andares acima do chão. Cidades verticais como
Nova Iorque dependem totalmente dos elevadores. Mesmo em prédios com poucos andares,
29
os elevadores são essenciais para fazer os escritórios e apartamentos acessíveis para pessoas
com necessidades especiais.
2.4.1. Elevadores Hidráulicos
O conceito de um elevador é incrivelmente simples: é só um compartimento ligado a
um sistema de subida.
Claro que o passageiro moderno e os elevadores de transporte são muito mais
elaborados que isso. Eles precisam de sistemas mecânicos avançados para lidar com o peso
considerável do carro do elevador e sua carga. Além disso, eles precisam de mecanismos de
controle - assim, os passageiros podem operar o elevador, e necessitam de dispositivos de
segurança para manter tudo correndo bem.
Há dois projetos principais de elevadores muito usados hoje: os elevadores hidráulicos
e os elevadores elétricos.
Os sistemas de elevador hidráulico levantam um carro usando uma bomba hidráulica,
um pistão dirigido por fluidos montados dentro de um cilindro.
O cilindro é conectado a um sistema de bombeamento (em geral, os sistemas
hidráulicos como este usam óleo, mas outros fluidos incompressíveis podem funcionar
também). O sistema hidráulico tem três partes:
• Um tanque (o reservatório de fluido);
• Uma bomba que é acionada por um motor elétrico;
• Uma válvula entre o cilindro e o tanque.
A bomba força o fluido do tanque em um cano, levando ao cilindro. Quando a válvula
é aberta, o fluido de pressurização escoará pelo caminho da mínima resistência e retornará ao
tanque de fluido. Mas quando a válvula está fechada, o fluido de pressurização não tem lugar
para ir, exceto o cilindro. Conforme o fluido entra no cilindro, ele empurra o pistão para cima,
erguendo o carro do elevador.
Quando o carro se aproxima do andar correto, o sistema de controle envia um sinal
para o motor elétrico para, gradualmente, fechar a bomba. Com a bomba fechada, não há mais
o fluido passando para o cilindro, mas o fluido que já está no cilindro não pode escapar (ele
não pode fluir de volta para a bomba, pois a válvula ainda está fechada). O pistão descansa no
fluido e o carro permanece onde está.
Para descer o carro, o sistema de controle de elevador envia um sinal para a válvula. A
válvula é acionada por um solenóide básico. Quando o solenóide abre a válvula, o fluido que
30
entrou no cilindro pode fluir para o tanque de fluido. O peso do carro e a carga empurram o
pistão, que conduz o fluido ao tanque. O carro desce gradativamente. Para parar o carro em
um andar mais baixo, o sistema de controle fecha a válvula de novo.
Esse sistema é incrivelmente simples e muito eficiente, mas tem algumas
desvantagens.
Figura 2.8 – Elevador hidráulico.
Os prós e os contras dos sistemas hidráulicos
A principal vantagem dos sistemas hidráulicos é que eles podem facilmente
multiplicar a força relativamente fraca da bomba ao gerar mais força necessária para levantar
o carro do elevador.
Mas esses sistemas apresentam duas desvantagens principais. O principal problema é o
tamanho do equipamento. Para o carro do elevador ser capaz de alcançar os andares mais
altos, você tem que fazer o pistão mais longo. O cilindro tem de ser um pouco maior que o
pistão, é claro, já que o pistão precisa ser capaz de dobrar todo o trajeto quando o carro está
no primeiro andar. Resumindo, mais andares significam um cilindro mais longo.
O problema é que a estrutura do cilindro inteiro deve ser enterrada abaixo do fundo do
elevador. Isso significa que você tem que cavar mais fundo à medida que faz mais andares.
Construir mais alguns andares encarece o projeto. Para instalar um elevador hidráulico em um
prédio de 10 andares, por exemplo, você precisaria cavar no mínimo nove andares!
A outra desvantagem de elevadores hidráulicos é que eles são ineficientes. É
necessária muita energia para levantar um elevador a vários andares, e em um elevador
31
hidráulico padrão não há meio de armazenar essa energia. A energia de posição (energia
potencial) somente funciona para empurrar o fluido de volta para o tanque. Para levantar o
carro do elevador novamente, o sistema hidráulico tem que gerar a energia toda de novo.
2.4.2. O Sistema de Cabos
O design de elevador mais popular é o elevador elétrico. Nos elevadores elétricos, o
carro é levantado e abaixado pela tração dos cabos de aço em vez de ser empurrado de baixo
para cima.
Figura 2.9 – Exemplo de sistema de cabos.
Os cabos são ligados ao carro do elevador e presos a uma roldana (3). Uma roldana é
só uma polia com encaixes em volta da circunferência. A roldana segura os cabos guinchos;
então, quando você gira a roldana, os cabos também se mexem.
A roldana é conectada a um motor elétrico (2). Quando o motor gira em uma direção,
a roldana levanta o elevador; quando o motor gira para o outro lado, a roldana baixa o
elevador. Nos elevadores sem engrenagem, o motor gira as roldanas diretamente. Nos
elevadores com engrenagem, o motor liga um trem de engrenagens que gira a roldana. Em
geral, a roldana, o motor e o sistema de controle (1) são mantidos em uma sala de máquinas
sobre o cabo do elevador.
Os cabos que levantam o carro também estão conectados a um contrapeso (4), que fica
no outro lado da roldana. O contrapeso pesa aproximadamente o que o carro pesa usando sua
32
capacidade de 40%. Em outras palavras, quando o carro está 40% cheio (uma média), o
contrapeso e o carro estão perfeitamente equilibrados.
O propósito desse equilíbrio é conservar a energia. Com cargas iguais em cada lado da
roldana, gasta-se apenas um pouco de força para manter o equilíbrio de um lado ou do outro.
Basicamente, o motor somente tem que superar a fricção: o peso no outro lado faz a
maioria do trabalho. Em outras palavras, o equilíbrio mantém um nível de energia potencial
próximo e constante no sistema. Usando a energia potencial no carro do elevador (deixando-o
descer ao solo), cria-se a energia potencial no peso (o peso sobe ao topo do cabo). A mesma
coisa acontece, mas ao contrário, quando o elevador sobe. O sistema é como se fosse uma
gangorra que tem crianças com o mesmo peso, uma de cada lado.
Tanto o carro do elevador quanto o contrapeso andam em trilhos (5) dos lados do cabo
do elevador. Os trilhos evitam que o carro e o contrapeso balancem e trabalham com o
sistema de segurança para parar o carro em uma emergência.
Os elevadores elétricos são muito mais versáteis que os elevadores hidráulicos, além
de mais eficientes. Em geral, eles também são sistemas mais seguros.
Sistemas de segurança
No mundo dos filmes de ação de Hollywood, os cabos guinchos nunca estão longe da
fenda, enviando o carro e seus passageiros direto para o fundo. Na verdade, há pouca chance
de isso acontecer. Os elevadores são construídos com vários sistemas de segurança
redundantes que os mantêm em posição.
A primeira linha de defesa é o sistema do cabo. Cada cabo de elevador é feito de
vários comprimentos de alumínio entrelaçados um ao outro. Com essa estrutura firme, um
cabo pode agüentar o peso do carro do elevador e o contrapeso. Mas os elevadores são
construídos com múltiplos cabos (entre 4 e 8, em geral). No evento improvável de um dos
cabos se romper, os demais vão segurar o elevador.
Mesmo que todos os cabos se rompam ou que o sistema de roldana seja liberado por
eles, é improvável que um carro de elevador caia no fundo do poço. Os carros dos elevadores
elétricos têm os sistemas de freios embutidos, ou dispositivos de segurança, que se agarram ao
trilho quando o carro se movimenta rápido.
Sistemas de segurança: seguranças
Seguranças são acionadas por um regulador quando o elevador se move rápido
demais. A maioria dos sistemas reguladores é instalada em volta de uma roldana posicionada
33
no topo do cabo do elevador. O cabo do regulador é preso em volta da roldana reguladora e de
uma outra roldana com peso na extremidade do cabo. O cabo é também conectado com o
carro do elevador; então, ele se move quando o carro vai para cima ou para baixo. Conforme o
carro aumenta a velocidade, o regulador faz o mesmo.
Nesse regulador, a roldana é equipada com duas hastes (braços de metais com
contrapesos) em torno dos pinos. As hastes são montadas de forma que possam se mover
livremente sobre o regulador. Mas na maior parte do tempo elas estão se mantendo em
posição por meio de mola.
Conforme o movimento rotatório do regulador aumenta, a força centrífuga move as
hastes, empurrando contra a mola. Se o carro do elevador cair rápido o bastante, a força
centrífuga vai ser forte o suficiente para empurrar as extremidades das hastes por todo o
caminho nas margens do regulador. Girando nessa posição, as extremidades presas às hastes
seguram as catracas, montadas em um cilindro em torno da roldana. Isso funciona para parar o
regulador.
Os cabos do regulador estão ligados ao carro do elevador por um acionador móvel
ligado a um sistema de alavanca. Quando os cabos do regulador podem se mover livremente,
a alavanca permanece na mesma posição relativa ao elevador do carro (acontece em lugar das
tensões). Mas quando o regulador da roldana trava, os cabos do regulador promovem
solavancos no acionador. Isso move o sistema de alavanca, que opera o freio.
Nesse esquema, o acoplamento dispara uma trava de segurança cuneiforme, que se
acomoda em um guia fixo. Conforme mudamos, é empurrado nas grades pelas superfícies
inclinadas. Isso traz gradualmente o carro do elevador para uma parada.
Sistemas de segurança: mais cópias de segurança
Os elevadores também têm freios de eletroímãs que engatam quando o carro pára. Os
eletroímas realmente mantêm o freio na posição aberta, em vez de fechá-los. Com esse
projeto, os freios vão acionar automaticamente se o elevador perder força.
Os elevadores também têm sistemas de freios automáticos próximo ao topo e no fundo
do cabo do elevador. Se o carro do elevador se move longe demais em qualquer direção, o
freio o pára.
Se tudo mais falhar e o elevador realmente cair, há uma medida de segurança final que
provavelmente vai salvar os passageiros. O fundo do cabo tem um sistema amortecedor de
34
choque, em geral um pistão montado em um cilindro cheio de óleo. O absorvedor de choque
funciona como um gigante travesseiro para suavizar a queda do carro do elevador.
Além desses elaborados sistemas de emergência, os elevadores precisam de muita
maquinaria só para fazê-lo parar.
2.4.3. Dando Voltas
Muitos elevadores modernos são controlados por computador. O trabalho do
computador é processar todas as informações relevantes sobre o elevador e conduzir o motor
para levar o carro do elevador aonde ele precisar ir. Para isso, o computador precisa conhecer
no mínimo três coisas.
• aonde as pessoas querem ir
• onde é cada andar
• onde está o carro do elevador
Descubra onde as pessoas querem ir. Os botões do carro do elevador e os botões de
cada andar estão todos no computador. Quando você pressionar um desses botões, o
computador acessa o pedido.
Há muitas maneiras de imaginar onde o elevador está. Em um sistema mais comum,
um sensor de luz ou sensor de ímã no lado do carro lê uma série de encaixes na forma
vertical. Ao contar os buracos, o computador sabe exatamente onde o carro do elevador está.
O computador varia a velocidade do motor para que o carro reduza a velocidade
gradualmente à medida que alcançar cada andar. Isso mantém a direção suave, o que é bom
para os passageiros.
Em um prédio com muitos andares, o computador deve ter alguns tipos de estratégia
para os carros circularem com mais eficiência. Nos sistemas mais antigos, a estratégia é evitar
a reversão da direção do elevador. Ou seja, um carro de elevador vai se manter subindo
contanto que haja pessoas nos andares acima. O carro somente vai responder "chamadas para
descer" depois de ter verificado todas as "chamadas para subir". Mas, uma vez que começar,
não vai pegar ninguém para subir até responder todas as chamadas para descer. O programa
faz um bom trabalho ao levar as pessoas a seu andar o mais rápido possível.
Programas mais avançados consideram os padrões de tráfego dos passageiros. Eles
sabem quais andares têm muita procura e em que hora do dia, e direcionam os carros do
elevador de acordo com isso. Em um sistema múltiplo de carros, o elevador vai selecionar os
carros baseado na posição dos demais carros.
35
Nos sistemas de última geração o elevador no lobby trabalha como um trem na
estação. Em vez de simplesmente pressionar para cima ou para baixo, as pessoas esperando
por um elevador podem solicitar um andar específico. Baseado na localização e no curso de
todos os carros, o computador diz ao passageiro que carro pegar para chegar a seu destino
mais rápido.
A maioria dos sistemas tem um sensor de carga no andar. O sensor diz ao computador
quantas pessoas estão no interior do carro. Se o carro está perto da capacidade, o computador
não vai mais querer parar até que algumas pessoas saiam do elevador. Sensores de carga
também são usados como sensores de segurança. Se o carro está superlotado, o computador
não vai fechar a porta até algum peso ser removido.
2.4.4. Portas
As portas automáticas nas lojas e prédios de escritório estão lá por conveniência e
como um auxílio às pessoas com necessidades especiais. Por outro lado, as portas automáticas
em um elevador são absolutamente essenciais. Estão lá para evitar que as pessoas caiam no
fosso do elevador.
Os elevadores usam dois modelos diferentes de portas: as portas nos carros e as portas
que abrem nos fossos do elevador. As portas nos carros são operadas por um motor elétrico,
comandado pelo computador do elevador.
O motor elétrico liga uma roda, que está ligada a um braço de metal. O braço de metal
é ligado a um outro braço, que está ligado à porta. A porta pode se mover para trás e para
frente a partir de um trilho de metal.
Quando o motor gira uma roda, que está ligada a um longo braço de metal, que
empurra o segundo braço e a porta à esquerda. A porta é feita de dois painéis que fecham um
no outro quando a porta abre e se estendem quando a porta fecha. O computador liga o motor
para abrir as portas quando o carro chega em um piso e fecha as portas antes de o carro se
mover de novo. Muitos elevadores têm um sistema de sensor de movimento que evita que as
portas se fechem se houver alguém entre elas.
As portas do carro têm um mecanismo de alavanca que destranca as portas em cada
andar e as mantêm abertas. Dessa maneira, as portas só se abrem se houver um carro naquele
andar (ou se forem forçadas). Isso evita que as portas se abram quando o elevador não está no
andar.
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Em um período relativamente curto, os elevadores se tornaram uma máquina
essencial. Enquanto as pessoas continuarem a levantar arranha-céus e mais edifícios baixos
forem construídos para pessoas com necessidades especiais, os elevadores se tornarão um
elemento cada vez mais difundido na sociedade.
2.4.5. Elevador de Canecas
É o meio mais econômico de transporte vertical de material a granel. São fabricados
em função do material a ser transportado (tig. 1). Podem ser classificados, de acordo com o
tipo de descarga, em centrífugo (fig. 2) ou contínuo (fig. 3). As canecas podem ser fixadas em
correias ou correntes. É de manutenção fácil e barata (o do tipo de correia), longa vida útil,
ocupa pouco espaço e possibilita rápida troca das peças de desgaste.
O tipo do elevador é dado em função de seu sistema de descarga - centrífugo ou
contínuo - e do meio de ligação das canecas - correia ou corrente.
Figura 2.10 – Exemplo de elevador de canecas.
37
Figura 2.11 – Detalhe de elevador de canecas.
a) Centrifugo de corrente: São utilizados para materiais de escoamento fácil, não
abrasivos, que podem ser escavados do pé do elevador. A roda de acionamento não permite o
deslizamento e garante o alinhamento da corrente e das canecas. O deslocamento das canecas
é feito em velocidades elevadas, entre 1,1O a 1,52 m/s, para garantir a descarga do material
por ação da força centrífuga, quando elas passam pela roda do conjunto da cabeça. As canecas
são fixadas a uma corrente central ou a duas laterais.
b) Centrifugo de correia: E normalmente utilizado para materiais finos, abrasivos,
secos e de escoamento fácil que não tenham lascas ou pontas que possam danificar a correia.
Uma vantagem do elevador centrífugo sobre o contínuo é que o seu ponto de alimentação é
consideravelmente mais baixo. O que diminui o tamanho do conjunto do pé, figura x.
c) Contínuo de corrente: Para materiais mais pesados e de maior tamanho que os
elevadores centrífugos. Suas canecas não são projetadas para escavar o material e são
normalmente carregados por uma calha, o que exige a elevação do seu ponto de alimentação.
A descarga do material é feita por gravidade, e por isto, o conjunto da cabeça é maior que o
dos elevadores centrífugos. A velocidade de deslocamento das canecas é menor: 0,64 a 0,76
m/s.
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d) Contínuo de correia: Para materiais frágeis, em pó ou fluidos como cal, cimento ou
produtos químicos secos. As canecas são pouco espaçadas entre si e a velocidade é baixa. As
canecas têm abas laterais no seu fundo para funcionarem como calhas para o material da
caneca subsequente. Veja a diferença entre as canecas na figura x. A figura x mostra a fixação
da caneca na correia.
Figura 2.12 – Exemplo de elevadores.
Onde é aplicado:
No transporte vertical de materiais a granel.
O que determina o seu dimensionamento:
• Características do material transportados (abrasividade, corrosividade, higroscopia,
tipo de escoamento, grau de aderência, grau de fluidez, granulometria e temperatura).
• Peso do material (densidade solta) em t/m3.
• Altura de levantamento em m.
• Capacidade desejada (Q) em tlh.
• Condições de operação (local de serviço, características do ambiente e grau de
contaminação).
• Regime de operação (contínuo ou intermitente).
O uso de um elevador impróprio ao material acarreta problemas tais como:
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- Arrancamento das canecas.
- Carregamento inadequado.
- Descarregamento insuficiente.
- Degradação do material.
- Desgaste anormal das canecas, correias e correntes.
2.5. GUINDASTES
É uma máquina usada para erguer, movimentar e baixar materiais pesados. Um
guindaste é basicamente constituído de uma torre equipada com cabos e roldanas e é
amplamente utilizado na construção civil e na indústria de equipamentos pesados.
Na construção civil os guindastes são habitualmente estruturas temporárias fixadas ao
chão ou montadas num veículo especialmente concebido para isto. Enquanto que na indústria
de equipamentos pesados geralmente são utilizados guindastes suspensos em trilhos elevados
que movimentar cargas muito pesadas.
Os guindastes podem ser controlados por um operador na cabine, ou ainda por uma
pequena unidade de controle remoto que pode comunicar-se via rádio, infravermelho ou por
cabo. Quando se utiliza um guindaste com um operador na cabine do equipamento, os
trabalhadores no chão podem comunicar com o operador via sinais visuais com as mãos. Uma
equipe experiente pode facilmente posicionar cargas com grande precisão usando apenas estes
sinais.
Os primeiros registros de uso de guindastes remontam do século I ou II conforme
mostra um relevo em pedra encontrado em um túmulo em Roma , datado deste período, onde
se vê um guindaste sendo usado para construir um monumento.
Durante a Idade Média os guindastes foram utilizados para construir as grandes
catedrais da Europa. Para isto os guindastes eram fixados no alto das paredes ou muralhas
enquanto estas eram construídas. Para içar os materiais era utilizada a força de homens que
giravam duas grandes rodas uma de cada lado do guindaste.
Os guindastes neste período também começaram a ser utilizados em alguns portos
medievais. Com uma ampla gama de aplicações para este tipo de equipamento, os guindastes
acabaram adquirindo características especificas e sendo divididos em grupos especializados.
O tipo mais comum de guindaste consiste em uma torre treliçada de aço ou em uma
torre telescópica montada em uma plataforma móvel, que pode ser constituída de trilhos,
rodas, acoplados a caminhões ou ainda sobre esteiras. A base da torre é articulada, e pode ser
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suspendida e abaixada por cabos ou ainda por cilindros hidráulicos. Um gancho no topo da
torre é suspenso por cabos e polias.
Os cabos são movimentados através de motores que operam com uma variedade de
tipos de transmissões. Os motores podem ser a vapor, elétricos, ou ainda de combustão
interna (IC). Enquanto que com relação à transmissão esta costuma ser à base de embreagens
principalmente em equipamentos mais antigos. Recentemente este padrão começou a ser
modificado com o uso de motores de combustão interna que permitem combinar a
característica dos motores de vapor "torque máximo em velocidade zero" pela adição de um
elemento hidráulico, criando com isso um bom controle de torque. As vantagens operacionais
deste arranjo são conseguidas através do controle eletrônico de movimentação hidráulica.
Alguns modelos de guindaste que utilizam esta tecnologia podem ser convertidos em
guindastes de demolição adicionando-se uma esfera de demolição, ou em escavadeiras
adicionando uma pá carregadeira, embora alguns detalhes de projeto possam vir a limitar sua
eficácia.
Figura 2.13 – Exemplo de guindaste.
Os guindastes móveis podem ser ainda do tipo telescópico, que são um tipo de
equipamento cuja lança consiste em certo número de tubos, cada tubo dentro de outro tubo.
Um mecanismo hidráulico (geralmente um pistão) estende ou retrai os tubos
aumentando ou diminuindo o comprimento da lança. Outro tipo de guindaste bastante popular
é o guindaste montado sobre um caminhão utilizando a plataforma de uma carreta ou
caminhão, o que fornece ao guindaste a mobilidade de um caminhão convencional. As patolas
que são usadas para nivelar e estabilizar o guindaste estende-se horizontalmente e
verticalmente possibilitando a movimentação de materiais pelo guindaste.
41
Figura 2.14 – Exemplo de guindaste móvel.
Ainda falando sobre mobilidade, outro tipo de guindaste que vem se tornando popular
é o guindaste para “terrenos-difíceis”, montado sobre quatro pneus de borracha ele foi
desenhado para operações do tipo pegar e carregar e para aplicações fora de estrada. As
patolas se estendem horizontalmente e verticalmente e são usadas para nivelar e estabilizar o
guindaste para as operações de içamento. Estes guindastes [hidráulico-telescópicos] são as
máquinas de motor-único onde o mesmo motor é usado mover a lança e o equipamento em si,
similar ao modelo encontrado no guindaste da esteira rolante. Sendo que no guindaste de
esteira rolante sua principal característica é ele ser montado sobre um jogo de trilhas que
fornecem para a estabilidade e a mobilidade do guindaste.
Os guindastes móveis e telescópicos têm como principais características sua
mobilidade e a alta capacidade de realizar operações complexas de movimentação de
materiais. Tanto na construção civil quanto em montagem ou remoção de equipamentos
pesados.
Na construção civil existe ainda uma ampla utilização de guindastes fixos, em obras
onde o uso de guindastes é constante e a obra se estende por um período de tempo longo. Para
este tipo de necessidade geralmente é utilizado o guindaste de torre que é uma forma moderna
do guindaste de contrapeso.
Fixo a terra, os guindastes de torre oferecem a melhor combinação de altura e
capacidade, e são usados frequentemente na construção de edifícios altos. Para conservar o
espaço de trabalho na obra, o eixo vertical do guindaste é construído frequentemente dentro e
ao centro da futura edificação, que é então, após o termino da obra (quando o guindaste é
desmontado) convertido ao eixo do elevador. Um eixo horizontal é balanceado
assimetricamente no alto do eixo vertical, a seção curta do eixo horizontal carrega um
contrapeso de blocos de concreto, e sua seção longa carrega o equipamento responsável pelo
42
içamento. O operador de guindaste senta-se em uma cabine no alto da torre. Um guindaste de
torre é montado geralmente por um guindaste telescópico com menor capacidade de içamento,
mas grande alcance (altura), e no caso dos guindastes de torre que são içados para construção
de arranha-céus muito altos um guindaste menor será ao termino da obra içado ao topo da
torre terminada para desmontar guindaste de torre. Um guindaste de torre pode ser também
auto-desmontável, quando este se utiliza de encaixes para se prender/desprender da seção,
permitindo que a seção da torre onde anteriormente ele estava preso seja levada ao nível do
solo.
Outro tipo muito comum de guindaste é o guindaste de carga, que consiste
basicamente de um braço hidráulico articulado. Este braço hidráulico pode ter numerosas
seções articuladas que podem ser dobradas em um pequeno espaço quando o guindaste não
esta em uso. Além disso, em alguns equipamentos uma das seções pode ser telescópica.
Existem locais que possuem uma demanda muito grande de movimentação de
carga,como portos e terminais de carga. Nestes locais encontramos equipamentos como o
Pórtico que é um equipamento de grande porte utilizado para manusear containeres e cargas
pesadas. O mecanismo de içamento é montado em um eixo transversal suportado por eixos
verticais que se movem em trilhos, podendo mover cargas muito pesadas. Outro tipo de
guindaste encontrado em portos são os guindastes flutuantes, são usados também para a carga
e descarga ocasional de cargas especialmente pesadas ou inábeis para os pórticos.
Figura 2.15 – Exemplo de guindaste marítimo.
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Alguns guindastes flutuantes são montados em uma balsa, outras são barcas-guindaste
com uma capacidade de içamento que excede 10.000 toneladas. Estes equipamentos também
são usados na construção de pontes onde transportam seções inteiras da ponte. Por fim os
guindastes flutuantes também são utilizados em navios de resgate.
Indiferentemente de suas características peculiares todos os guindastes seguem alguns
princípios mecânicos que ilustram o uso de uma ou mais “máquinas simples” para criar uma
vantagem mecânica:
A alavanca: Um guindaste de contrapeso contém um eixo horizontal (a alavanca) Na
física, a alavanca é um objeto rígido que é usado com um ponto apropriado do fulcro para
multiplicar a força mecânica que pode ser aplicada a um outro objeto. O princípio da alavanca
permite que uma carga pesada unida à extremidade mais curta do eixo possa ser içada por
uma força menor aplicada no sentido oposto (extremidade mais longa do eixo). A relação do
peso da carga à força aplicada é igual à relação dos comprimentos do braço mais longo e do
braço mais curto, e é chamada a vantagem mecânica.
A polia: Um guindaste de jib possui um suporte inclinado (o jib), esse suporta um
bloco de polia fixo. Os cabos são enrolados varias vezes em volta de um bloco fixo e presos a
um outro bloco que se unira à carga a ser içada . Quando a extremidade livre do cabo é
puxada manualmente ou por uma máquina, o sistema da polia emprega uma força à carga que
é igual à força aplicada multiplicada pelo comprimento do cabo que passa entre os dois
blocos. Este número é a vantagem mecânica.
O cilindro hidráulico: Este pode ser usado diretamente para içar a carga, ou mover
indiretamente o jib ou um eixo que suporte outro dispositivo de içamento.
Os guindastes, como todas as máquinas, obedecem o princípio da conservação de
energia. Isto significa que a energia empregada à carga não pode exceder a energia interna da
máquina. Desde que a energia seja proporcional à força multiplicada pela distância, a energia
de saída é mantida aproximadamente igual à energia da entrada (na prática ligeiramente
menor, porque alguma energia é perdida com o atrito.).
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CONCLUSÃO
A crescente necessidade de aumento de produtividade das empresas vem exigindo a
implementação de processos automatizados que incorporam alta tecnologia no projeto dos
equipamentos. As máquinas de movimentação de carga representam um dos tipos de
equipamentos que sofreram a maior necessidade de modernização.
Deve-se avaliar principalmente o custo-benefício, o aumento da produtividade,
otimização do tempo e segurança durante o transporte e armazenamento de materiais, de
modo a compensar os gastos iniciais do investimento.
Além disso, a utilização desses equipamentos transportadores depende dos requisitos
exigidos para tornar o seu trabalho mais eficiente e eficaz. Em alguns casos, a escolha fica
limitada por causa do tipo de material a ser transportado, espaço disponível ou o próprio custo
inicial da aquisição, os quais não trarão lucratividade. Contudo, não basta ter o equipamento,
é preciso utilizá-lo de forma racional e otimizada.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RUDENKO, N; PLAZA, João. Máquinas de elevação e transporte. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos, 1976
ALEXANDROV, M. Aparatos Y Máquinas de Elevación Y Transporte. Moscou: Mir,
1976, 451 p.
http://www.metalurgicasantarita.com.br
http://www.hsw.uol.com.br
http://www.nebrasco.com.br
http://www.varese.com.br/
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http://www.kochmetal.com.br/main.asp?language=portuguese&ch=seriados_troles
http://www.kaiserkraft.pt/Product/986468
Apostila da Disciplina de Maquinas e Transportes da UDESC-CCT