MARCIA BELMIROapresenta

Dialogando com meu filho

Alguma vez já aconteceu de você estar a caminho ou retornando de uma atividade no fim de semana do tipo um cinema, jantar fora de casa, jogo de futebol, no clube ou qualquer outro tipo de passeio e a conversa não rende com seu filho? Vocês estão tendo todo tempo que não têm na rotina de trabalho e aula, vocês estão próximos fisicamente, podem falar sem ser pelo Whatsap e parece que não flui?

Abaixo seguem propostas que podem ajudar você a dar início a uma conversa agradável e enriquecer o diálogo com seus filhos.

Comprovadamente os momentos de conversas informais surtem mais efeito na formação e na vida da criança que aqueles momentos que os pais decidem “ter uma conversa séria” com seus filhos ou dar “uma lição de moral”.

Aproveite e desfrute de momentos inesquecíveis com seus filhos e que os marcarão positivamente para sempre.

CONVERSAS, DECLARAÇÕES E PERGUNTAS:

1. Declare, expresse verbalmente com clareza sua felicidade por poder desfrutar de momentos com seu filho(a) e o quanto estava aguardando por isso. Diga com toda clareza que tem uma expectativa que possam se divertir muito juntos. E PERGUNTE: Como se sente por estarmos fazendo coisas juntos?

2. Busque na sequência saber como estão indo as coisas na escola, no

judô, no inglês etc. Evite perguntas do tipo: “Como está lá na escola, no judô, na natação” - esse tipo de pergunta não rende um diálogo, a criança só responde: “Tudo bem”.

As melhores perguntas para esse tipo de troca são:

y Me conta: qual está sendo a melhor parte de estar nesse grupo do judô?

y Vem cá, o que você está achando de mais legal nas aulas de guitarra?

y Dentre todas as aulas dessa semana qual agradou mais você e fez você pensar coisas incríveis?

y Dentre todas as coisas que você fez essa semana o que você mais gostou?

y Na conversa com seus amigos na escola qual é o assunto que mais diverte você?

3. Os pais são mentores dos seus filhos e nesse papel e responsabilidade lhes cabe repassar experiências que viveram, com o intuito de encurtar caminho e acelerar aprendizado, sempre com leveza e não tem que terminar numa “lição de moral”. Comente descobertas que você teve na vida (nunca em tom moralista ou professoral de quem sabe o que é certo e errado). Traga com naturalidade experiências vividas, algum fracasso e como se saiu por ter mudado de atitude, centralize em descobertas do seu universo interior e não na crítica a outras pessoas ou situações externas.

Daqui a alguns anos, dificilmente seus filhos vão se lembrar dos detalhes de um filme que viram ou de uma praia que conheceram, mas se lembrarão para sempre do seu sorriso e do seu brilho no olho, pleno de carinho quando conversavam no pedalinho no meio de um lago, dentro do carro indo para aula ou voltando do clube.