Márcia colombo

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Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais PROJETO EFEITO COLATERAL REDUÇÃO DE DANOS, SAÚDE E E CIDADANIA Juiz de Fora/MG 16 e 17 de novembro de 2010 Márcia Colombo

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Departamento deDST, Aids e Hepatites Virais

PROJETO EFEITO COLATERALREDUÇÃO DE DANOS, SAÚDE E E CIDADANIA

Juiz de Fora/MG16 e 17 de novembro de 2010

Márcia Colombo

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“As drogas, mesmo o crack, são produtos

químicos sem alma: não falam, não pensam e

não simbolizam.

Isto é coisa de humanos.

Drogas, isto não me interessa.

Meu interesse é pelos humanos e suas

vicissitudes”

(Antônio Nery Filho)

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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,

estabelece no artigo 196:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido

mediante políticas sociais e econômicas que visem à

redução do risco de doença e outros agravos e ao acesso

universal e igualitário à ações e serviços para sua

promoção, proteção e recuperação.”

Sistema Único de Saúde- SUS

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PRINCÍPIOS DO SUS: saúde como direito e garantia PRINCÍPIOS DO SUS: saúde como direito e garantia de acessode acesso

UniversalidadeUniversalidade – acolhimento e acesso para todos - exig – acolhimento e acesso para todos - exigência da ncia da

abstinabstinência como produtora de barreira de acessoncia como produtora de barreira de acesso

IntegralidadeIntegralidade - para cada pessoa como um todo; aten - para cada pessoa como um todo; atenção integral; o integral;

articulaarticulação da rede de ateno da rede de atenção (ESF, SM, DST/Aids, HV e TB)o (ESF, SM, DST/Aids, HV e TB)

EqüidadeEqüidade – oferta diferente para garantir direitos iguais; ofertas – oferta diferente para garantir direitos iguais; ofertas

diversificadas e individualizadasdiversificadas e individualizadas

DescentralizaçãoDescentralização – município; no “cotidiano”; horizontais e n – município; no “cotidiano”; horizontais e não prescritivaso prescritivas

Participação Participação – PROTAGONISMO– PROTAGONISMO garantia da participação das pessoas que

usam drogas no planejamento e desenvolvimento das ações

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Produção de barreiras de acesso e baixa resposta Produção de barreiras de acesso e baixa resposta de cuidado em saúdede cuidado em saúde

• Ilicitude/licitude das drogas - criminalização do usuário

• Práticas do trabalhador de saúde submetidas à moralidade e

senso comum

• Estigma, preconceito, marginalização e discriminação

• Respostas imediatistas e impensadas (“a fissura do cuidador;

panico social)

• Rede de saúde que desconhece o perfil do UD

• Exigência direta e imediata da abstinência de drogas

• Aumento de riscos, danos e agravos à saúde

INVISIBILIDADE

Page 6: Márcia colombo

• Legalidade X Ilegalidade ‘FALAR SOBRE’ # BARREIRA DE

ACESSO

• Cidadania # Culpabilização

• Singularidade # mandatos sociais ou senso comum

• Efetividade/relação custo-benefício das ações # abstinência a

qualquer preço

• Protagonismo # ato prescritivo

• Ética # Moral

• A SAÚDE faz saúde # A JUSTIÇA julga e condena

• Prevenção, promoção de saúde e qualidade de vida # MORTE

ANUNCIADA

REDUÇÃO DE DANOS # POLÍTICA DE NEGAÇÃO

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Uso de drogas como sintoma social

Fenômeno complexo e multifatorial

PRAZER & DESPRAZER VIVIDOS AO MESMO TEMPO

Existe sociedade livre das drogas?

ETICA NA ATENÇÃO - recusa “ser contra ou a favor”

Ações construídas de ‘baixo para cima’ e horizontalmente

Pragmatismo e factibilidade

REDUÇÃO DE DANOS

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• PROTAGONISMO

• AUTONOMIA; EMPODERAMENTO; INCLUSÃO SOCIAL

• ACESSO E VÍNCULO

• AÇÕES EM REDE; ACOLHIMENTO; DESCENTRALIZAÇÃO

• PRODUÇÃO E PROMOÇÃO DE VIDA E SAÚDE

• PREVENIR O QUE, PARA QUEM, COM QUEM?

REDUÇÃO DE DANOS

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• NÃO EXIGE ABSTINÊNCIA COMO CONDIÇÃO AO ACESSO E

ATENÇÃO INTEGRAL NO ÂMBITO DO SUS

• Entende que na sociedade existem diferentes tipos de drogas,

com deferentes formas de consumo e diferentes riscos

associados

• Visa diminuir sofrimento, evitar agravos e prevenir danos

• Criar novos instrumentos e tecnologias de intervenção a partir

das vivencias

REDUÇÃO DE DANOS

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1 - Campo:

Acesso aos UDI (PRD), articulação e apoio à organização do movimento social, ações de advocacy, formação de RH em RD, produção de materiais e pesquisas

2 – Rede de serviços:

Capacitação de profissionais de serviços de dst/aids , saúde mental, atenção básica; integração de agendas , ampliação da estratégia de RD para outras drogas e formas de uso (crack)

3 - Planos de enfrentamento da epidemia (vulnerabilidades; transversalidade); PEAD e Plano integrado para enfrentamento do Crack - novos dispositivos de cuidado em construção que incluem a RD; intersetorialidade

Histórico da RD – 3 momentos

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(1) COMO PARADIGMA E FORMA DE PENSAR SOBRE DROGAS

(2) COMO UM CONCEITO POLISSÊMICO

(3) COMO PRÁTICA DE INTERVENÇÃO VINCULAR –

METODOLOGIA (methodos, caminho) – INTERVENÇÃO –

TRATAMENTO – TECNOLOGIA LEVE DE CUIDADO

(4) COMO ESTRATÉGIA NO ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS

(5) VIA DE ACESSO A DIREITOS E DEFESA DA CIDADANIA

(6) COMO DIRETRIZ DE TRABALHO – AMPLIAÇÃO DO CARDAPIO

DA ATENÇÃO E CUIDADO; CAPILARIZAÇÃO DAS AÇOES DE RD

Transição Conceitual - possibilidadesTransição Conceitual - possibilidades

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PRODUTOPRODUTO SUJEITOSUJEITO

CONTEXTOCONTEXTO

Uso de drogas como sintoma social

Questionar causalidade

Page 13: Márcia colombo

• Invisibilidade do uso de álcool e outras drogas: boa parte dos usuários não revelam que usam e os profissionais não se sentem seguros para abordar

• Acesso restrito das equipes locais à informações e capacitação sobre drogas e RD

• Dificuldade de realizar as ações de RD na rotina dos serviços para as diversas formas e contextos de uso ou de atuar no campo

• Baixa eficácia na abordagem terapêutica relacionada ao crack, institucionalização, violência e alta mortalidade

Rede de Serviços

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• Dificuldade das equipes sobre a capacidade do usuário manter seus projetos de vida

• Dificuldade de adesão ao tratamento ARV, principalmente entre usuários de crack

• Dificuldade das equipes em apostar nos usuários e na comunidade como produtores de conhecimento e transformação

• Baixo protagonismo de usuários e pouca articulação entre movimento social no âmbito dos serviços

Rede de Serviços

Page 15: Márcia colombo

1. Direito ao tratamento2. Redução da lacuna assistencial3. Respeito aos Direitos Humanos e promoção da inclusão

social4. Tratamento de eficácia comprovada5. Priorização de crianças e adolescentes 6. Combate ao estigma7. Intervir nos determinantes sociais de vulnerabilidade8. Ampliar as estratégias de Redução de danos 9. Rede e território10. Intersetorialidade11. Educação em saúde e informação

Diretrizes

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Saúde Mental - Implantação de outros Dispositivos de Cuidado

• CAPSad 24hs

• Consultórios de rua (35)

• Escola de Redutores de Danos (13)

• Casas de Acolhimento Transitório

• Pontos de Acolhimento

• PET – Programa de Educação para o Trabalho

Page 17: Márcia colombo

• Considerando perfil de epidemia concentrada - ações de RD

aos segmentos mais vulneráveis às infecções

• Inserção nos Planos de Enfrentamento da Epidemia

• Edital Integrado de RD (Aids, HV e Saúde Mental)

• Elaboração de materiais instrucionais específicos

• Ampliação de diagnóstico rápido para HIV

• Ampliação de vacinação para Hepatite B

• Qualificação dos serviços de referência para as PVHA

considerando o uso de álcool e outras drogas – RD em SAE

• PSE/SPE

DST/Aids/HV - Ações importantes

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Ações Intersetoriais

• LEGISLATIVO - Frente parlamentar para acompanhamento dos projetos de lei

relacionados às Drogas , Aids e Direitos Humans- Eventos sobre Drogas, RD, Legislação e Intersetorialidade para

visibilidade, ampliar percepções e apoio político

• MINISTÉRIO da EDUCAÇÃO – inserção no programa interministerial SPE- Saúde e Prevenção nas Escolas

• MINISTÉRIO DA JUSTIÇA - Consultas Regional e Nacional no Sistema Penitenciário- Prevenção e Assistência às DST/Aids/HV no sistema prisional

• SENAD – Secretaria Nacional sobre Drogas - articulação política

• Sociedade civil organizada

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DESAFIOS DESAFIOS

• Ampliar o acesso aos serviços e as ofertas de cuidado

• Qualificar a rede de atenção para ações de redução de

danos

• Construir respostas compartilhadas e integradas,

intersetorialmente

• Conjugar esforços para promoção dos direitos humanos e

inclusão social

• Sistematizar conhecimento sobre uso de álcool e outras

drogas e definir intervenção em contextos de uso

específicos

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• Superar as dificuldades de acesso para internação de casos graves

• Qualificar as abordagens das situações de rua

• Formalização da atuação do redutor de danos na rede de intervenção; socializar experiências e saberes

DESAFIOS DESAFIOS

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• Superar conflito de concepção de trabalho (diferentes lógicas) e aplicar modelo de atenção mais coerente com os princípios e diretrizes do SUS

• Construir com a mídia e com a sociedade em geral o entendimento de que devemos defender a dignidade da pessoa, que usar drogas não é necessariamente estar doente e acreditar nas capacidades de assumir responsabilidades de autocuidado

DESAFIOS DESAFIOS

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Perspectivas

Expansão e diversificação de ações de atenção à saúde (incluindo estratégias de RD) mais sistemáticas ampliando sustentabilidade

• Novos profissionais buscam contribuir neste campo

• Expansão de propostas de educação permanente

• Compartilhamento de experiências exitosas locais (PRD, consultório de rua, escola de redutores de danos, CTA itinerante, projeto integrado de RD... )

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Inserção de ações de RD nos Planos de Enfrentamento da Epidemia de Aids

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Produção de material de RD

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Publicações – Hepatites Virais

Page 26: Márcia colombo

ideal@/ possível @/real salvar@/ aposta @/cuidar

abstinência@/ movimento @/redução de danosculpa@/ combinações @/responsabilidade

necessidade@/ desejo @/demandaobjeto@/ relação @/sujeito

igualdade@/ singularidade @/diversidadeerradicar@/ processo @/minimizar

reprimir@/ negociar @/permissividadeintolerância@/ flexibilidade @/tolerância

saúde@/ qualidade de vida @/doença

QUE TAL?QUE TAL?

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Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Contatos:

[email protected]@aids.gov.br

[email protected]