Marcio Valeriano de Araújo Lima

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO- CAMPUS SÃO ROQUE Marcio Valeriano de Araújo Lima Bioconstrução: uma alternativa para habitação sustentável.

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Marcio Valeriano de Araújo Lima. Bioconstrução: uma alternativa para habitação sustentável

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO-

CAMPUS SÃO ROQUE

Marcio Valeriano de Araújo Lima

Bioconstrução: uma alternativa para habitação sustentável.

São Roque2013

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO-

CAMPUS SÃO ROQUE

Marcio Valeriano de Araújo Lima

Bioconstrução: uma alternativa para habitação sustentável.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo IFSP- campus São Roque, como requisito para obtenção do curso de Tecnólogo em Gestão Ambiental.Orientadora: Profª. Tarina Lenk

São Roque2013

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Marcio Valeriano de Araújo Lima

Bioconstrução: uma alternativa para habitação sustentável.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – campus São Roque IFSP, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Ambiental

Data da aprovação ____/_____/_______

___________________________________Profª- Tarina Lenk (Orientadora)IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – campus São Roque

Membros da Banca Examinadora:

...................................................................................

...................................................................................

...................................................................................

São Roque2013

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DEDICATÓRIA

Coloque aqui a dedicatória (é opcional)

V163b Valeriano de Araújo Lima, Marcio.Bioconstrução: Alternativa para habitação sustentável. - Marcio Valeriano de Araújo Lima - São Roque, 2013. Pag.32

Trabalho de Conclusão de Curso IFSP – Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Estado de Paulo – campus SÃO ROQUE. Graduação. Tecnólogo em Gestão Ambiental.

Orientadora: Tarina Lenk.

1. (habitação) 2. (alternativa) 3.(sustentável)

Cutter 574.5

Page 5: Marcio Valeriano de Araújo Lima

RESUMO

O Brasil enfrenta um grande déficit habitacional que exclui uma grande parte

da população, e ao mesmo tempo pode-se observar que nos últimos anos vem

havendo um considerável crescimento na construção civil. Primeiro, as ofertas

disponibilizadas não atendem a maior parte da população que disponibiliza de

reduzido poder aquisitivo. Segundo, a qualidade das residências vem tendo um

custo produtivo muito alto e grande impacto ambiental. Uma alternativa seriam

residências que poderiam ser construídas com baixo valor econômico e minimizando

os impactos ao meio ambiente. As ações sustentáveis têm inúmeros benefícios,

tanto social, como econômico e ambiental.

A pesquisa adotou a metodologia de estudo de caso para demonstrar de

forma real ações de construção sustentáveis. O objetivo desta foi demonstrar

algumas técnicas de bioconstrução, usando materiais alternativos tais como terra e

o bambu, materiais encontrados em abundância no local, e fundamentalmente com

baixo custo econômico para construção civil.

Sendo assim, adotar esse método ou adquirir uma habitação sustentável

trará inúmeros benefícios, como por exemplo, redução do uso de recursos naturais

comparado à construção convencional, diminuição da geração de poluição através

da reutilização de recursos,aumento da construção pelo seu baixo valor econômico,

uma melhor qualidade de vida por parte do morador, além de ser ambientalmente

mais sustentável.

Palavras Chaves: Habitação; Alternativa; Sustentável

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ABSTRACT

Brazil has been throw a great habitation deficit, which has excluded a great

amount of its own population, on the other hand it is possible to observe that civil

construction rates has increase. First, there are habitation offers that does not attend

the demand of large part of population that has reduced amount of disposable

income. Second, the quality of these residences are high cost and environmental

predatory. An alternative are residences the uses alternatives methods, called

bioconstruction, that built with low economic value and reduced environmental

impact. These alternatives can contribute to economic, social, cultural and

environmental benefits.

This research used study cases method to demonstrate the reality of

bioconstruction. The objective of this research is to demonstrate some technique

which uses earth and bamboo materials, available at the local environments, to

demonstrate the low rate cost.

Therefore, new civil construction concepts and methods can minimize or

prevent major environmental impacts and contribute to innumerous benefits such as,

better wealth habits, reduction of natural sources compared to traditional civil

construction methods, pollution reduction with reuse of sources, local economical

development, and better life quality for local population.

Keywords: Alternative construction, Civil Construction, Sustainable

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Lista de ilustrações

Figura 1 - Parte da frente do Banheiro Seco 23

Figura 2 - Parte de trás do banheiro seco 23

Figura 3 - Parede de bambu trançado 24

Figura 4 - Cabril sendo construída com bambu 24

Figura 5 - Detalhe da amarração com pinos internos feitos do

bambu

25

Figura 6 - Material usado em abundância. 25

Figura 7 - Local de onde são retirados o material 26

Figura 8 - Tijolo adobe 27

Figura 9 - Parede de tijolo adobe 28

Figura 10 - Local de retirada de material. 28

Figura 11 - Casa sendo construída com tijolos adobe 29

Figura 12 - Máquina de construção dos tijolos adobe 29

Figura 13 - Fossa de tijolos Adobe 30

Figura 14 - Máquina de tijolos adobe manual 30

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Lista de abreviaturas e siglas

ABNT Associação Brasileira de Normas TécnicasIPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São PauloUSP Universidade de São PauloConama Conselho Nacional do Meio Ambiente

IFSP Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo

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Lista de Símbolos

ci : concentração da espécie i [mol/kg solução]m : massa [kg]

T : temperatura [K]

t : tempo [s]

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Sumário

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................13

1.1 Objetivo Geral......................................................................................................14

1.1.1 Objetivo Específico...........................................................................................14

1.1.2 Problematização...............................................................................................14

1.1.3 Hipótese............................................................................................................14

1.1.4 Metodologia......................................................................................................14

2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................15

2.1 Conceito de Bioconstrução e outras terminologias..............................................15

2.2 Bioconstrução e o Desenvolvimento Sustentável................................................15

2.3 História e Progresso............................................................................................16

2.4 Materiais Alternativos...........................................................................................17

2.4.1 A terra como material de construção................................................................18

2.4.2 O bambu como material de construção............................................................19

2.5 A importância da habitação sustentável no bem estar........................................19

2.6 Contribuição das técnicas de bioconstrução para o meio ambiente...................21

Estudo de caso 1 - Visão Ambiental..........................................................................22

Estudo de caso 2 - Visão Empreendedora................................................................26

CONCLUSÃO............................................................................................................31

REFERÊNCIAS.........................................................................................................32

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1. INTRODUÇÃO

Bioconstrução é uma alternativa de se olhar conscientemente sobre as formas

de se construir um imóvel, atendendo não apenas as necessidades de construção e

habitação, mas também preservando a natureza e seus recursos naturais. Adotando

portanto, a sustentabilidade como conceito primordial na forma de se construir.

A sustentabilidade é o norte condutor para que os interessados no setor da

construção civil invistam recursos financeiros e tecnologias verdes a favor do meio

ambiente, essencial a nossa sobrevivência. Buscando assim, demonstrar a

população interessada que o primordial é escolher um imóvel não apenas pela sua

localização, segurança, conforto e requisitos sociais, mas sim visando os requisitos

ambientais, culturais e econômicos favoráveis à preservação do meio ambiente e a

vida no Planeta (Gaspar, 2012), para assim evitarmos sua destruição e poluição na

medida que for possível.

Segundo a Política Nacional do Meio Ambiente está regulamentada pela lei n°

6.938, de 31 de julho de 1981, define poluição como “a degradação da qualidade

ambiental resultantes de atividades que direta ou indiretamente que prejudiquem a

saúde, a segurança e o bem-estar da população, criando condições adversas às

atividades socioeconômicas, que afetem desfavoravelmente a biota, afetem as

condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente e lancem matérias ou energia

em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”.

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1.1 Objetivo geral Demonstrar por meio de um estudos de caso, formas de construção ecológica,

utilizando os princípios da bioconstrução.

1.1.1 Objetivo Específico Realizar levantamento sobre os usuários das técnicas da bioconstrução

na região de São Roque e Ibiúna;

Entrevistar os usuários sobre as técnicas de bioconstrução;

Analisar sob o enfoque da Gestão Ambiental, as contribuições que a

bioconstrução faz ao meio ambiente;

Demonstrar por meio de imagens fotográficas algumas formas de

construção sustentável.

1.1.2 ProblematizaçãoComo os princípios ligados a bioconstrução podem trazer benefícios para a

sociedade, quando comparada as técnicas utilizadas na construção convencional?

1.1.3 HipóteseA bioconstrução é uma alternativa ecologicamente sustentável e proporciona

benefícios sociais, culturais e financeiros, comparada com as formas convencionais

de construção.

1.1.4 MetodologiaA metodologia foi desenvolvida por meio de estudo de caso com propriedades

locais representativas que utilizam os princípios e formas da bioconstrução. Assim

foi possível verificar na prática as ações desenvolvidas. Bem como foi possível

coletar os depoimentos das pessoas que estão desenvolvendo estas ações.

Para realizar os objetivos deste projeto foram também apresentadas imagens

das propriedades locais para ilustrar e documentar as formas de construção

ecologicamente sustentáveis.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceito de bioconstrução e outras terminologias

A definição de bioconstrução teve momentos de redefinição e mudanças ao

longo dos últimos dez anos, como o advento de várias frentes da arquitetura que

focavam suas ações para as relações com a natureza. Assim surgiram as frentes da

bioarquitetura, arquitetura ecológica, arquitetura sustentável, e eco arquitetura que

buscam atuar com projetos sustentáveis e ecologicamente viáveis.

Entre os autores que apresentam está mesma linha de pensamento encontra-

se Castenou (1999) que definiu: “A eco-arquitetura ou ‘greenarchitecture’ referindo-

se à modalidade arquitetônica contemporânea que designa todo projeto com

preocupações ecológicas especialmente em pesquisa energética e gestão de

resíduos, assim como a soluções para moradias de baixo custo.”

Pena et al (2012), define como “A bioconstrução uma técnica construtiva que

busca a harmonização de técnicas milenares, inovação tecnológica e

sustentabilidade. Nela, a preocupação ecológica está presente desde sua

concepção até sua ocupação.”

Gonçalves e Duarte (2006) define a questão da sustentabilidade na

construção civil como “A Arquitetura sustentável é a continuidade mais natural da

bioclimática, considerando também a integração do edifício à totalidade do meio

ambiente, de forma a torná-lo parte de um conjunto maior. É a arquitetura que quer

criar prédios objetivando o aumento da qualidade de vida do ser humano no

ambiente construído e no seu entorno, integrando as características da vida e do

clima locais, consumindo a menor quantidade de energia compatível com o conforto

ambiental, para legar um mundo menos poluído para as próximas gerações”.

2.2. Bioconstrução e o desenvolvimento sustentável

A construção civil é uma das atividades que mais degradam o meio ambiente,

e debater a sustentabilidade na arquitetura tem sido um campo bastante fértil e que

traz inovações ao resgatar princípios da construção que, ao olhar de muitos está

associado a técnicas antigas ou primitivas e ao mesmo tempo aborda questões de

contemporâneas de sustentabilidade. No entanto, não se pode julgar que estás

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técnicas sejam não duráveis ou confiáveis, pois uma bioconstrução quando bem

feita pode durar muitas décadas.

Algumas técnicas foram sendo aprimoradas em termos de tecnologia,

adaptadas para cada região. Há vestígios desta ao longo da história da humanidade

se buscarmos numa oca indígena ou nas termas romanas e nos prédios

contemporâneos, é possível encontrar conceitos de bioarquitetura, mas cada um em

seu momento histórico, cultural e regionalizado. Em termos contemporâneos o que

se observa é que a sua definição de bioconstrução fortificou-se ao longo dos anos,

definindo como bioarquitetura, Arquitetura Ecológica ou, Arquitetura Sustentável.

As ações concreta das bioconstruções, não utilizam ferramentas alternativas

para construir ou decorar suas obras, seus princípios estão ligados ao

direcionamento dos materiais que consuma menos energia, matéria orgânica e

outros, ou mesmo, uma arquitetura mais renovável, que utilize o meio minimizando

seus impactos, segundo Klinke (1999).

“Não adianta só levantar a bandeira verde sem analisar os vários processos

que envolvem uma construção. Não basta só substituir um material por outro. A

utilização de tanta energia para se fazer uma fotocélula para energia solar, por

exemplo, ela só será ecológica onde não existe energia elétrica de fácil localização

ou onde a falta dos recursos que a substituam sejam condições estritamente raras."

2.3 História e progresso

A necessidade básica de moradia para o homem, bem como a necessidade de

abrigo e proteção, são evidentes desde o homem primitivo que ocupava as cavernas

e as copas das árvores como meio de se proteger do ambiente.A cerca de 10.000

anos o homem usa como matéria-prima a “terra” para a construção civil, e com o

aumento da sociedade e pólos industriais nos últimos 100 anos, a principal matéria-

prima passa a ser os recursos naturais que até então eram desenvolvidos para o

seu uso sem a conscientização que esses mesmos recursos iriam acabar um dia.

O progresso e melhorias na condição de vida favoreceu o uso de combustíveis

fósseis e a exploração dos recursos naturais, o que trouxe como conseqüência

sérios problemas ambientais enfrentados por toda a humanidade.

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17

Os EUA por exemplo tornou-se um ícone em aceleração do desenvolvimento

desenfreado embasando seu crescimento através do desmatamento sem controle e

a exploração excessiva dos recursos naturais existentes, tendo como metodologia o

“jeito americano de viver” (Santoro, 2009). Posteriormente, junto com o progresso

técnico, o homem passou a construir seu próprio local de habitação.

Com o desenvolvimento tecnológico, os benefícios conseguidos pelo homem

foram diversos, em contra partida, enquanto algumas sociedades desfrutam das

mais avançadas tecnologias, outras vivem em condições precárias e desumanas.

2.4 Materiais Alternativos

Os resíduos produzidos pela atividade econômica, associados como resíduos

industriais, agropecuários, metalúrgicos, resíduos de mineração e etc, são as

principais fontes de matéria-prima na produção alternativa da construção civil. Sua

utilização infelizmente esbarra na sua coleta, no seu armazenamento, na sua

transformação e principalmente na sua aceitação.

Em 1970 um encontro com especialistas em produção de painéis de resíduos

agrícolas, sob o patrocínio da United Nations Industrial Development Organization

tratou de assuntos de suma importância como copilar resultados de experiências

agrícolas para a fabricação de painéis construtivos (materiais prensados para a

fabricação de divisórias ou isolantes térmicos), direcionando o desenvolvimento de

pesquisas do assunto estudado, investigação de aspectos econômicos e

tecnológicos, e recomendou medidas para outros países para melhor e maior uso

dessas matérias-primas potencialmente inutilizáveis.

O resultado desse encontro foi de uma classificação técnica de matérias-

primas altamente benéficas e úteis para a construção de painéis na área civil, tais

como, linho, banhaçõ, bagaço de cana-de-açúcar, palhas de cereais, e etc, tudo isso

para a construção de painéis de baixa, média e grande densidade. Quase todos os

tipos de palhas, desde a mais leve até as mais pesadas, podem produzir na forma

prensada excelentes divisórias e isolantes térmicos e de alta durabilidade e

resistência.

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18

2.4.1 A terra como material na construção

A terra é um dos materiais mais abundantes do planeta, desde os tempos mais

primitivos, ela era usada como material de construção. A mistura da terra com fibras

vegetais para a formação de tijolos é uma das técnicas mais conhecidas desde a

Antiguidade. Tijolos feitos nessa época, 4 mil anos depois, ainda estão em forma de

uso, e prédios construídos com esse material ainda estão erguidos. Tijolos Adobe

como são chamados, foram encontrados em Picardia na França em perfeito estado

para comprovar a veracidade do fato tendo sido fabricado no século VX.

O adobe pode ser seco ao sol ou empregado cru, é confeccionado com um

teor de água e amassamento elevado, 20 a 40% de palha, 50% de terra úmida e o

restante em água, dando origem ao tijolo adobe.

Inúmeras vantagens associadas a construção com Adobe, como por exemplo;

ele é resistente ao fogo, é mais barato que outros materiais utilizados para

construção de paredes, apresenta características de isolamento térmico e acústico,

e também é fácil de trabalhar não exigindo mão de obra qualificada. Apesar disso,

são também apresentadas algumas desvantagens do Adobe como; sensibilidade a

água, apresentação de fissuras a exposição de variável clima e também requer

freqüentes reparos de manutenção quando aplicados em moradia.

Hoje, por exemplo, essas desvantagens são superadas com o uso de aditivos

estabilizadores de solo para juntar as partículas da terra, tornando-as mais

resistente e de certa forma impermeáveis, reduzindo assim sua manutenção

periódica. Para finalizar indicam alguns estabilizadores disponíveis em construções

tradicionais; como areia e argila, palhas e fibras vegetais que são inseridas ao

Adobe, também como cevada, fibra de coco, bagaço da cana-de-açúcar, capim-

elefante, bananeira com um pouco de cal que ajuda a retardar a absorção de água,

dentre inúmeros outros, até mesmo urina de cavalo é usado no lugar da água,

eliminando efetivamente a fissuração e a melhoria a resistência à erosão. Portanto,

está constatado porque o Adobe é o material mais usado desde a antiguidade e

duradouro até os dias de hoje.

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19

2.4.2 O bambu como material de construção

Existem algumas características e aplicações para o Bambu, dentre elas

podemos destacar algumas como; cultura, anatomia, características anatômicas,

propriedades físicas, umidade, massa, flexão estática, propriedades mecânicas; e

em sua aplicação podemos citar; confecção de tubos para condução da água, união

dos tubos de bambu para montagem de vigas, irrigação, vigas de concreto

reforçadas com o bambu, lajes de concreto em forma permanente de bambu e

várias outras utilidades, sendo adotadas até mesmo o broto de bambu como

alimento.

A funcionalidade do bambu é citado por Ghavami e Zielinski da Universidade

de Concórdia, Montreal (Canadá), no uso da construção civil é perfeitamente

possível na confecção de lajes e associados com concreto, deu-se especial atenção

por suas formas e adaptação do concreto com o bambu, preenchendo seus

espaçamentos e provocando uma espessa parede ou laje duradoura e impermeável.

Um fato muito importante é que os dados a respeito da produtividade do bambu

são muito variáveis, as espécies encontrados no Brasil são de origem asiática,

trazidos pelos colonizadores portugueses, apenas algumas espécies de bambu

ocorreram naturalmente no Brasil. Os bambus por terem um custo bem reduzido e

aplicabilidade alta, deveriam ser mais utilizados principalmente nas comunidades

pobres. Diferentemente das madeiras, o bambu ainda não sofreu a exploração de

tantas aplicações, podendo permitir assim a preservação dos recursos florestais,

diminuindo a forte pressão exercidas sobre as espécies florestais (JIANG; MING,

1992 apud MISKALO 2011).

2.5 Importância da habitação sustentável no bem estar

A segunda metade do século XX foi um período no qual ocorreu acelerado

processo de urbanização dos países menos desenvolvidos. Para Davis (2006), autor

do livro “Planeta Favela”, isso se explica pelo fortalecimento da globalização que, ao

gerar drásticas modificações à estrutura produtiva, gerou o deslocamento de grande

quantidade de desempregados para os núcleos urbanos em busca de futuros

promissores.

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Com o objetivo de promover o desenvolvimento integrado e o equilíbrio das

cidades após a explosão do processo de urbanização, disseminou-se no Brasil, na

década de 1970,a institucionalização do planejamento urbano nas Administrações

Municipais. Rolnik escritor e historiador, explica que, durante esse período,

consolidou-se a conhecida clivagem da paisagem urbana brasileira:

“Uma parte da cidade com alguma condição de urbanidade; uma porção

pavimentada, ajardinada, arborizada, com infra-estrutura completa –

independentemente da qualidade desses elementos, que em geral, é pouca; e outra

parte, normalmente de duas a três vezes maior que a primeira, cuja infra-estrutura é

incompleta, o urbanismo inexistente, que se aproxima muito mais da idéia de um

acampamento do que propriamente de uma cidade.” (Rolnik, 2008)

A situação real de desigualdade, onde uma minoria possui condições

urbanísticas adequadas e uma maioria em condições precárias, gera exclusão

territorial, onde cada vez mais a população rica possui acesso à infra-estrutura e,

conseqüentemente à oportunidade de crescimento, e a população em situação

desfavorável acaba tendo pouco – ou nenhum –acesso a oportunidades de trabalho,

cultura ou lazer. Desta forma, a permeabilidade entre as duas partes se torna muito

pequena (Rolnik, 2008).

Ainda segundo Rolnik (2008), é esse o mecanismo que faz com que as cidades

se estendam cada vez mais, fazendo com que a população de baixa renda procure

terras cada vez mais periféricas e que ainda não possuem nenhum tipo de infra-

estrutura – o que torna o local mais barato. Desta forma, essas pessoas têm a

possibilidade de construírem suas casas aos poucos, na medida em que vão

conseguindo pagar por suas moradias construídas de maneira precária,

normalmente estão inseridas em locais ambientalmente frágeis, que teoricamente

não poderiam ser urbanizadas, como margens de córregos, terrenos íngremes,

charcos ou áreas de mangue.

Essas ocupações, por estarem em áreas de risco, facilmente podem sofrer

danos como por exemplo por conta de erosão, porém, problemas ambientais como

enchentes, contaminação dos mananciais e outros, atingem além dos próprios

moradores, a cidade como um todo. Forattini (1991) chama a atenção para a baixa

qualidade de vida que a população ali residente possui. A manipulação do ambiente

natural com uma elevada densidade populacional num espaço limitado resulta, além

dos problemas já citados, a alteração do estado psicológico e fisiológico dos próprios

Page 19: Marcio Valeriano de Araújo Lima

21

habitantes, além de darem origem a fatores culturais, econômicos e políticos, o que

influenciam ou mesmo determinam a qualidade de vida da população ali residente.

2.6 Contribuição das técnicas da bioconstrução para o meio ambiente

A "mudança de perspectiva" (GARLAND 1998), não parece tão simples. A

empresa de consultoria em inovação estratégica chamada SeedInnovation, garante

que para se incluir o tema da sustentabilidade na agenda das empresas é preciso

alterar o foco da inovação mudando as perguntas, e não as respostas (para os

mesmos questionamentos de sempre), exemplificando sua teoria com uma história

bem simples. Quando os homens ainda pensavam em como criar armas de caça

mais eficientes, alguém pensou em caçar sem sair do lugar e criou a domesticação

de animais. Isso foi uma mudança de perspectiva. "Hoje, ao invés de nos

perguntarmos como fazer para nos transportarmos com energias mais limpas,

devemos questionar por que estamos nos transportando tanto". Para Garland

(1998), não basta pensar em novas formas de economizar energia mantendo o

padrão vigente, é preciso mudar o padrão vigente (social, de trabalho etc).

Numa perspectiva mais ampla, quando se fala em bioconstrução para

sustentabilidade, é preciso considerar não apenas as empresas, seus produtos e

processos, mas também as possíveis maneiras de tornar o ambiente das cidades e

seu entorno, onde se localizam muitas empresas e onde vivem grandes

contingentes populacionais, mais limpos, mais arejados, mais integrado aos ciclos

naturais. Assim, tomando as cidades e arredores como eixo, pode-se analisar os

diversos setores econômicos que interagem com o espaço, afetando diretamente a

vida de seus habitantes.

O setor da construção civil é responsável pelo delineamento da paisagem

urbana e foco do IDH envolve uma série de outros setores, e tem se beneficiado

cada vez mais dos desenvolvimentos da arquitetura "verde", um segmento que

envolve muita criatividade em busca da beleza e do aproveitamento de espaços,

serve também para inovações de caráter ecológico.

Nas construções, já é possível a utilização de sistemas de aproveitamento de

água de chuva, tratadas com areia reciclada, argamassa mineral, impregnante para

madeiras, massa corrida ecológica, além de adesivos, vernizes, resinas, pisos,

tintas, telhas e até telhados verdes, os "jardins suspensos" estruturados sobre as

edificações, equipamentos poupadores de energia não-poluentes, que fazem uso de

Page 20: Marcio Valeriano de Araújo Lima

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tecnologias limpas ou renováveis, tais como sistemas de energia eólica e solar,

entre outros, também são adequados às construções que visam a sustentabilidade,

pois são capazes de atender à demanda energética sem comprometer os recursos

naturais locais nem alterar drasticamente a geografia dos ecossistemas.

Em termos de custos, algumas soluções não representam despesas adicionais,

mas outras já exigem um investimento maior, como os painéis fotovoltaicos que

captam e transformam a energia solar em energia térmica.

Estudo de Caso 1 -Visão Ambiental

Foi realizado uma entrevista com o senhor Leonardo Umuarama "Leo"

residente no bairro do Saboó aqui na cidade de São Roque, onde o mesmo realiza

trabalhos de sustentabilidade e os coloca em prática em seu domicílio e ainda ajuda

o Instituto Federal a realizar trabalhos de agroecologia e bioconstrução, tendo como

princípio trazer algumas alternativas sustentáveis para agregação de valores no

meio ambiente e de mais conhecimento aos alunos.

Dentro das dependências de sua residência realizou dentre outras, uma obra

chamada de banheiro seco (fig. 1 e 2), onde os resíduos humanos são soterrados

por terra e bambu picado, que posteriormente virarão adubo; também uma parede

já feita com bambu trançado mas sem o devido acabamento. O mesmo tem projetos

de término dessa obra para breve, calculando também realizar um sobrado com

quartos com sua estruturação totalmente sustentável, com previsão para término do

ano de 2014.

Existem também já em construção um cabril, (fig.4, com sua estrutura toda feita

de bambu para abrigar cabras a noite que ficam soltas no terreno, ) com enfoque no

detalhe da amarração entre vigas feitas com pinos do próprio bambu (fig. 5);

também uma parede fechada com bambu trançado para facilitar a entrada de ar e

impedir o acesso de animais dentro de uma garagem (fig. 3).

Todas construções sustentáveis aproveitando os recursos naturais no local

encontrados e adotando a reutilização de materiais obtendo por conseqüência

também ganhos econômicos.

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23

Figura 1: Parte da frente do Banheiro Seco.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

Figura 2: Parte de trás do banheiro seco

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

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Figura 3: Parede de bambu trançado.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

Figura 4:Cabril sendo construído com bambu.

Autor da Foto: Marcio Valeriano.

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25

Figura 5: Detalhe da amarração com pinos internos feitos do próprio bambu.

Autor da Foto: Marcio Valeriano.

Figura 6: Material usado para essas construções encontradas em abundância.

Autor da Foto: Marcio Valeriano.

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26

Figura 7: Local de onde são retirados o material dentro do terreno.

Autor da Foto: Marcio Valeriano.

3. Estudo de caso 2 - Visão Empreendedora

Considerando outras formas importantes de estudo, mas desta vez utilizando a

visão de um empreendedor, foi realizada uma visita a uma fábrica de tijolos adobe

localizada na cidade de Ibiúna, cujo o proprietário é o senhor Ronélio Fernandez

Barreto, onde ele realiza a construção de tijolos adobe para sua comercialização.

Uma extraordinária fábrica de sonhos para construção onde foi possível realizar

várias fotos e importantes informações sobre o produto, tais como:

O tijolo adobe desta fábrica é construído com 76% de terra vermelha, 10%de

areia, 10% de argila e 4% de cimento.

Nesta fábrica é possível a construção de 2.800 tijolos por dia com 4

funcionários.

O material é retirado do próprio local onde se encontra a fábrica.

O preço do milheiro desse tijolo é de R$ 600,00, sendo que do tijolo comum

convencional por volta de R$1.400,00 o milheiro.

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A medida de construção para fabricação em larga escala é de 6 carrinhos de

terra para um de cimento;

Uma parede de um metro quadrado vai o equivalente a 60 tijolos adobe.

O elo entre os tijolos pode ser cola própria ou bem pouco de cimento diferente

das construções convencionais

Seguem algumas imagens que mostram os tijolos depois de pronto (fig. 8),

uma parede construída para que haja a riqueza em detalhes da amarração entre

eles (fig. 9); local onde inicialmente foi retirado um dos materiais para a

construção do tijolo (fig. 10); uma casa ainda em construção (fig. 11); uma

máquina que faz os tijolos, está de forma industrial (fig. 12); outra máquina de

construção dos tijolos de forma manual (fig. 14); e para finalizar, uma fossa

construída com esses tipos de tijolos para o enriquecimento da pesquisa (fig. 13).

Fotografia 8: Tijolo adobe.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

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Figura 9: Parede de tijolo adobe.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

Figura 10: Local da retirada do material.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

Page 27: Marcio Valeriano de Araújo Lima

29

Figura 11: Casa sendo construída com tijolos adobe.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

Figura 12: Maquina de construção dos tijolos adobe.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

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Figura 13: Fossa de tijolos Adobe.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

Figura 14: Máquina de tijolos adobe manual.

Autor da Foto: Marcelo Suzuki.

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4. CONCLUSÃO

A evolução das técnicas no meio da construção civil se encontra no regresso

na forma de se construir, lembrando que a cerca de 10.000 anos o homem usava

como matéria-prima a “terra” e materiais como bambu por exemplo para a

construção civil e, com o aumento da sociedade e pólos industriais nos últimos 100

anos, a principal matéria-prima passou a ser os recursos naturais que foram

degradados de forma negligente. Hoje a evolução se encontra em voltarmos a usar

materiais em abundância sem que haja uma degradação do meio ambiente. Nesse

estudo de caso isso foi bem definido e comprovado perante as técnicas

apresentadas e desenvolvidas.

Devido a todos os problemas enfrentados como o excesso da demanda de

recursos naturais, problemas como sustentabilidade, déficit de moradia por grande

parte da população pelo aspecto econômico, juntamente com problemas culturais,

ambientais e sociais. Concluo por meio dos estudos de caso pesquisados, que é

possível sim se construir de formas duráveis e confiáveis e de forma sustentável

favorecendo o meio ambiente e a população de um modo geral usando táticas de

construção mais econômicas, socialmente e também culturalmente mais viáveis de

acordo com a realidade em que vivemos hoje. Em específico os estudos de caso

realizados foram com o bambu e a terra como norte condutor, comprovando sua

viabilidade na reutilização e aproveitamento dos recursos naturais que existem em

abundancia no próprio local onde será localizada e construída a obra, evitando mais

gastos com transporte de materiais e energia desnecessária.

Temos que nos conscientizar que não podemos viver degradando o ambiente

sem a sua devida reposição, que devemos pensar em maneiras de suprir o que já foi

degradado e também de ajudar e colaborar com o sonho de moradia de uma grande

parte da população. A moradia é um direito comum a todos.

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