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MARCO SITUACIONAL 1. DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Colégio Estadual “Cyríaco Russo”– Ensino Médio e Normal. Endereço: Benjamin Caetano Zambon, 530 Bairro: Centro CEP: 86360-000 Telefone/Fax: (43) 3542-4136 site:http://www.bntcyriacorusso.seed.pr.gov.br e-mail: [email protected] Município: Bandeirantes – PR NRE: Cornélio Procópio Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Paraná Regimento Escolar – Ato Administrativo nº024/2008 - Parecer nº018/08- SEF/EP/NRE. 1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS Denominação do curso Carga horária total do curso Regime de funcionamento Ensino Médio 2400 horas/aula Presencial Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Médio Integrado 4800 horas/aula Presencial Quadro 1: Identificação dos cursos ofertados 13

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MARCO SITUACIONAL

1. DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual “Cyríaco Russo”– Ensino Médio e Normal.

Endereço: Benjamin Caetano Zambon, 530

Bairro: Centro

CEP: 86360-000

Telefone/Fax: (43) 3542-4136

site:http://www.bntcyriacorusso.seed.pr.gov.br e-mail: [email protected]

Município: Bandeirantes – PR

NRE: Cornélio Procópio

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Paraná

Regimento Escolar – Ato Administrativo nº024/2008 - Parecer nº018/08-

SEF/EP/NRE.

1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS

Denominação do curso Carga horária total do curso

Regime de funcionamento

Ensino Médio 2400 horas/aula Presencial

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental - Médio Integrado

4800 horas/aula Presencial

Quadro 1: Identificação dos cursos ofertados

13

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1.3 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E RECONHECIMENTO DOS CURSOS

Cursos

Resolução de autorização de funcionamento

Resolução de Reconhecimento

Ensino Médio Resolução nº3514/88DOE 21/11/83

Resolução nº160/07DOE 26/02/07

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental

Resolução nº 368/06DOE 24/02/06

Resolução nº 1318/08DOE 18/06/08

Quadro 2: Autorização para funcionamento re reconhecimento dos cursos

1.4 NÚMERO DE TURMAS - ANO LETIVO 2011

Período: Matutino – Ensino Médio1ª série 6 turmas2ª série 4 turmas3ª série 4 turmas

Total: 14 turmas

Período: Vespertino – Formação de Docentes

1ª série 1 turma

2ª série 1 turma

3ª série 1 turma

4ª série 1 turma

Total: 4 turmas

Período: Noturno – Ensino Médio1ª séries 3 turmas2ª série 2 turmas3ª série 3 turmas

Total: 8 turmas

Período: Noturno – Formação de Docentes1ª série 1 turma2ª série 1 turma3ª série 1 turma4ª série 1 turma

Total: 4 turmas

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Período: Noturno - Colégio Estadual Vinícius de Morais – Ensino Médio e Normal - Santa Amélia - PR

2ª série 1 turma3ª série 1 turma

Pós-médio 1 turma

Total: 3 turmas

Total geral: 33 turmas30 em Bandeirantes

3 em Santa Amélia

CORPO ADMINISTRATIVO – PEDAGÓGICO

FUNÇÃO NOME VÍNCULO

Diretora

Diretora Auxiliar

Professoras Pedagogas - QPM

Coordenação de Curso/Estágio

Assessoria Pedagógica

(Biblioteca)

Secretária

Equipe Técnico-Administrativa

Agente de Execução

Agentes de Apoio - Serviços

Gerais

Nelci Maria Martins de QueirózResolução nº5909/08 - DOE 24/12/08

Osvaldir Chanque

Lucinéia de Souza Gomes MoreiraMarilda Martins TorresRosmali Maria Basoli

Maria Cristina Castanho de SantanaNilcéa Maciel Rando

Waelson de Oliveira

Sônia Raquel da Silveira

Célia Regina Monte SiãoEliana Luzia Costa FerreiraEva Campos da SilvaJuliana Aparecida PenaMarina Aiko FujiiTeresinha de Jesus Bragante Santos Waelson de Oliveira

Maria Tereza Coelho

Adriana Honorato de MedeirosAna Maria Cabral Fernandes da SilvaAngélica Ferreira da SilvaAparecida de Lourdes MarinhoAparecida de Medeiros Corsini

QPM

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Aparecida dos SantosEdilaine Cristina RozárioEliana Amaro de OliveiraIvone Souza Salle ArrudaMaria Rosa de OliveiraMaura Tofaneli Barbosa Mauro VenturinoNeide de Lima ParisotoTerezinha Manzalli

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Quadro 3. Corpo Administrativo – Pedagógico

1.5 CORPO DOCENTE EFETIVO

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal mantém em

seu quadro de professores efetivos os profissionais abaixo relacionados.

Nº Ordem Nome do Professor Vínculo Nível máximo de Escolaridade

01 Alice Maria Martins Rockenbach QPM PDE/10-Especialização

02 Ana Maria da Rocha QPM PDE/10-Especialização

03 Andrea Castanho de Lima Silva QPM Especialização

04 Beatriz Francisco Abdalla QPM Especialização

05 Dagmar Kop Maluf da Silva QPM Especialização

06 Denise Fátima Garcia Carvalho QPM Especialização

07 Dionísio Clovis Sezotzki QPM Especialização

08 Emilia Quesada Esposito QPM Especialização

09 Ester Amaro Costa de Souza QPM Especialização

10 Fulton Carlos Teixeira Ribeiro QPM PDE/10-Especialização

11 Heitor Batista dos Santos QPM Especialização

12 Iolanda Aparecida Rodrigues QPM Especialização

13 Lucinéia de Souza Gomes Moreira QPM Mestrado

14 Mara Cristina Campos Tomé QPM PDE/10-Especialização

15 Mara Delvaz Garcia Gandolfo QPM Especialização

16 Maria Cícera da Silva Benedito QPM PDE/10-Especialização

17 Maria Cristina C. de Santana QPM Especialização

18 Maria Regina Luciano R. Pinto QPM PDE/10-Especialização

19 Marlene Aparecida de S. Altizani QPM PDE/09

20 Mauro Ferreira da Silva QPM Especialização

21 Neila Martelli Toledo de Campos QPM Especialização

22 Nilcea Maciel Rando QPM Especialização

23 Nilda Moraes QPM PDE/10-Especialização

24 Priscilla Pascoal QPM Especialização

25 Regiane Cássia Piccioni Xavier QPM Especialização

26 Regiane Elizabeth Perez QPM PDE/10-Especialização

27 Rosangela Aparecida Palomares QPM Especialização

28 Roseli Bueno da Silva QPM PDE/08 -Especialização

29 Rosiane Giraldeli Fabian QPM PDE/07-Mestranda

30 Roziani Aparecida da S. Sarmanho QPM Especialização

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31 Sueli Gonçalves QPM PDE/09

32 Teresinha Richter Abujamra QPM PDE/10-Especialização

33 Vera Lúcia da Silva Pinto Lima QPM PDE/09-Especialização

34 Verônica Euclides B. Sbalqueiro QPM Especialização

Quadro 4. Corpo Docente Efetivo

1.7 ÓRGÃO COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

1.7.1 Conselho Escolar Como órgão deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político-

pedagógicos, legalmente instituídos por estatutos e regulamentos próprios, tem o

diretor da instituição como presidente nato. O quadro abaixo mostra a composição

do Conselho Escolar:

Função RepresentantePresidente Nelci Maria Martins de QueirózRepresentante da Equipe Pedagógica 1 Rosmali Maria BasoliRepresentante da Equipe Pedagógica 2 Marilda Martins TorresSuplente Teresinha de Jesus Bragante SantosRepresentante da Equipe Administrativa Célia Regina Monte SiãoSuplente Juliana Aparecida Pena Representante da Equipe de Apoio Aparecida Medeiros CorsiniSuplente Edevane Domingues de OliveiraRepresentante do Corpo Discente – Ens. Médio Vanessa Caroline CappiSuplente Paula Sayuri TagutiRepresentante do Corpo Discente – Form. de Docentes

Yasmin Correa Bezerra

Suplente Grazielle Bernardes da SilvaRepresentante do Corpo Docente - Ens. Médio Roseli BuenoSuplente Alice Maria RockenbachRepresentante do Corpo Docente - Form. de Docentes

Vera Lúcia Candioto do Prado

Suplente Ana Maria da RochaRepresentante do Grêmio estudantil Guilherme FerreiraSuplente Pedro Felizardo NetoRepresentante da Sociedade civil Carlos Roberto MoreiraSuplente Marcos Antônio da SilvaRepresentante de Pais Ens. Médio Maria Cícera da Silva BeneditoSuplente Eliana Luzia Costa FerreiraRepresentante de Pais Form. de Docentes Marta Coelho CamposSuplente Angélica dos Santos Donega Quadro 5. Composição do Conselho Escolar

1.7.2 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)

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A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação

dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político

partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus

dirigentes e conselheiros. A Associação é regida por estatuto próprio, aprovado e

homologado em assembleia geral, convocada especialmente para este fim.

Função Representante

Presidente Marina Keiko H. Taguti

Vice Presidente João Batista Oliveira Neto

Secretária Sônia Raquel da Silveira Lima

1ºTesoureiro Gilvan Aparecido Ramalho

2º Tesoureiro Simone de Brite Batista

Primeiro Diretor Sócio-Cultural-Esportivo Nilcea Maciel Rando

Segunda Diretor Sócio-Cultural-Esportiva Maria Cristina Castanho

Quadro 6. Diretoria da APMF

1.7.3 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil, de importância fundamental na formação de lideranças,

é um órgão máximo de representação dos estudantes com o objetivo de defender

os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária,

artística e desportiva. Fazem parte do grêmio todos os alunos matriculados. Regido

por estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembléia Geral, convocada

especialmente para este fim, faz eleição de sua diretoria para o mandato de um ano

civil (agosto a agosto). O quadro abaixo mostra a diretoria do grêmio vigente:

Função RepresentantePresidente Guilherme Ferreira

Vice Presidente Pedro Felizardo NetoSecretário-Geral Allysson Aparecido da Silva

1º Secretário Jean Carlo Nascimento VieiraTesoureira-Geral Késia Pedro dos Santos

1º Tesoureiro Matheus Henrique Fernandes LangameDiretora Social Jean Carlo Anzulin

Diretora de Imprensa Renan Fernandes GomesDiretor de Esportes Allysson Luiz DiasDiretora de Cultura Fernanda Cristina Vieira

Diretora de Saúde e Meio Ambiente Vinícius Henrique FontolanQuadro 7. Diretoria do Grêmio Estudantil

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1.7.4 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativa das questões

referentes ao processo didático-pedagógicos. Numa perspectiva democrática de

gestão pública o conselho de classe deve traduzir os interesses dos atores do

processo educativo, por isso nesta instituição de ensino fazem parte do conselho

de classe o diretor, os professores de cada turma, o professor tutor, líderes e

vice-líderes e alguns representantes de alunos. A reunião de Conselho de Classe

tem a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas

que busquem garantir o efetivo sucesso do processo ensino e aprendizagem. A

finalidade da reunião do Conselho de Classe é a de intervir em tempo hábil neste

processo oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos

conteúdos curriculares estabelecidos. Cabe ainda, aos participantes do Conselho de

Classe, verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos,

avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógica educativa, estão sendo

cumpridos de maneira coerente.

2. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

2.1 ATOS AUTORIZATÓRIOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

a) Autorização de Funcionamento: Decreto n.º 5324/78 (07/08/78);

b) Reconhecimento do curso Educação Geral: Resolução n.º 3514/88

(21/11/88);

c) Renovação de autorização de funcionamento do Ensino Médio: Resolução

n.º 4642/02 - DOE 20/01/2003.

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo”- Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes, é

resultado da reorganização de estabelecimentos de ensino preconizado pela Lei nº

5692/71. Participaram do processo de reorganização:

• Colégio Estadual “Professor Mailon Medeiros”;

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• Colégio Comercial “Cyríaco Russo”;

• Escola Normal Colegial “Professora Maria Juvelina dos Santos”.

2.2 ETAPAS DA ORGANIZAÇÂO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS

2.2.1 COLÉGIO ESTADUAL “MAILON MEDEIROS”

Ano de 1949: O Ginásio Municipal de Bandeirantes é criado pela Lei

Municipal nº 30 de 11/05/49 e inicia suas atividades na Serraria do Sr. Domingos

Regamulto. A Portaria nº 449, de 19/12/49 - MEC/RJ - concede autorização para

funcionamento condicional.

O curso é resultado do empenho do Professor Mailon Medeiros, nomeado 1º

diretor, pelo Decreto Municipal nº 45, de 10/11/49. O decreto nº46, de 10/11/49

nomeia secretário o Sr. João de Campos.

Ano de 1950: O Ginásio Municipal de Bandeirantes, através da Portaria nº

617, de 21/08/50, MEC/RJ, passa a denominar-se Ginásio Estadual de

Bandeirantes. Funcionou até 1952, no prédio do Grupo Escolar da Usina

Bandeirantes.

Ano de 1952: É inaugurado o prédio próprio do Ginásio Estadual de

Bandeirantes, na Rua Minas Gerais, s/nº, (hoje, Rua Prefeito Moacyr Castanho),

onde funciona a Escola Estadual “Nóbrega da Cunha”- Ensino de 1º grau, Regular e

Supletivo.

Ano de 1955: A Portaria nº235 de 31/03/55 - MEC concede autorização para

o Ginásio Estadual de Bandeirantes funcionar com o 2º Ciclo, condicionalmente pelo

prazo de dois anos. A denominação do estabelecimento de ensino secundário passa

a ser Colégio Estadual de Bandeirantes.

Ano de 1965: Com a Lei nº25 de 12/05/65 o Colégio Estadual de

Bandeirantes passou a denominar-se Colégio “Professor Mailon Medeiros”, em

homenagem ao seu fundador.

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Ano de 1975: Parecer nº 13/75 de 07/02/75 aprova, em caráter definitivo, o

Plano de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Professor “Mailon

Medeiros”, de Bandeirantes com as seguintes habilitações: Magistério, Redator

Auxiliar, Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e Secretario

Escolar; todas com a duração de 3 anos.

O Parecer nº 78/75 de 27/10/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de

Implantação da Lei 5692/71 - Ensino de 1º Grau apresentado pelas unidades

escolares Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros, Grupo Escolar Juvenal

Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa Terezinha e Casa

Escolar Dario Veloso.

Ano de 1976: Parecer nº 236/76, de 09/12/76 aprova a implantação da

Habilitação Promotor de Vendas no estabelecimento que funciona a partir de 1977.

O Parecer 020/76 aprova o plano de Implantação do Ensino de 1º Grau

apresentado pelo Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Grupo Escolar

Juvenal Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa

Terezinha e Casa Escolar Dario Veloso.

Ano de 1977: Decreto Estadual nº 2791, de 04/01/77 - Autoriza a funcionar o

Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros”- Ensino de 1º e 2º Grau, resultante

da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal

Professora “Maria Juvelina dos Santos”, Colégio Comercial Estadual “Cyríaco

Russo”, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.

O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a

Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau),

atualmente, Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino Fundamental,

Médio e Profissional.

2.2.2 Administração Técnico-Pedagógica

Enquanto manteve a denominação de Colégio Estadual “Mailon Medeiros”,

exerceram a função de diretor do Estabelecimento, os seguintes professores:

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1949 - 1950: Professor Mailon Furtado de Medeiros; 1951 - Professora Maria da Luz Miranda Conter;

1952 - 1955: Professor Thomaz Nicoletti; 1955 - 1957: Professora Maria da Luz Miranda Conter; 1958 - 1960: Professor Breno Trautwein; 1961 - 1962: Professor Thomaz Nicoletti; 1963 - 1964: Professor José Borsatto; 1965 - 1974: Professor Thomaz Nicoletti; 1975 - 1976: Professora Heloísa Helena Martins Páschoa.

2.2.3 Primeiros Docentes

- Mário Amaral Pacca- Milton Aparecido Chaves- Thomaz Nicoletti- Nivaldo Nicolau Conter- Israel Diniz- Castor Ferrer da Rosa- Ivone Terezinha Russo Chaves- Norival Camargo Valladão- Dorothéa Passos Mieweglowski- Ozório Gonçalves Nogueira- Breno Trautwein- Lysethi Boline M. da Silva

2.2.4 COLÉGIO COMERCIAL ESTADUAL DE BANDEIRANTES

Ano de 1952: Criado pela Lei Municipal nº 135/52, de 24/08/52, de 24/08/52.

Ano de 1956: O Colégio Comercial de Bandeirantes é estadualizado através

da Lei nº 4798, de 31/08/56, com funcionamento no período noturno, no mesmo

edifício do Colégio Estadual “Mailon Medeiros”.

Portaria Estadual nº 5689, de 25/05/68 solicita à rede de ensino comercial, a

escolha de um Patrono, cujo nome deveria ser proposto após criteriosa consulta à

comunidade. O Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes recebeu a incumbência

de escolher o seu Patrono em meados de 1970.

Ano de 1970: O Diretor do Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes, Sr.

Antônio Corder, após ampla consulta à comunidade e em concorrida reunião com

líderes comunitários e corpo docente, viu aprovar no dia 03/08/70, por unanimidade,

o nome do Sr. Cyríaco Russo, ex-professor e profissional atuante na área contábil,

para patrono do estabelecimento. No mesmo ano, pelo Decreto Estadual nº 22093

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da SEC, o Colégio Comercial de Bandeirantes, passou a denominar- se Colégio

Comercial “Cyríaco Russo”.

Ano de 1975: O Parecer 013/75 - CEE aprova, em caráter definitivo, o plano

de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Prof. “Mailon Medeiros”,

de Bandeirantes, com as seguintes habilitações: Magistério, Redator Auxiliar,

Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e Secretário Escolar;

todas com duração de 3 anos.

O Parecer nº 078/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de Implantação do

Ensino de 1º Grau, apresentado pelas unidades escolares: Colégio Estadual

Professor ”Mailon Medeiros”, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar

Santa Terezinha e Casa Escolar Dario Veloso.

Ano de 1977: O Decreto Estadual nº 2791 de 04/01/77 autoriza o

funcionamento do Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros”- Ensino de 1º e 2º

Graus, resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros,

Colégio Comercial Estadual Cyríaco Russo, Escola de Aplicação Cecília Meireles e

Casa Escolar Dario Veloso.

O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a

Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau),

atualmente Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”- Ensino Fundamental,

Médio e Profissional.

2.2.5 Administração Técnico-pedagógica

Enquanto perdurou o nome de Colégio Comercial Estadual “Cyríaco

Russo”, desempenharam a função de diretor, os seguintes professores:

- 1953 - 1955: Professor Antonio Corder- 1956 - 1957: Professor Nivaldo Moreira Fonseca- 1958 - 1960: Professor Thomaz Nicoletti- 1961 - 1966: Professor Antonio Corder- 1967 - 1969: Professor Thomaz Nicoletti- 1970 - 1971: Professor Antonio Corder- 1972 - 1975: Professor Luiz César Pinto Ribeiro- 1976 - 1977: Professor Thomaz Nicoletti

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2.2.6 Primeiros Docentes (1956)

- Mailon Furtado de Medeiros- Breno Trautwein- Gentil Augusto da Silva- Nivaldo Conter- Carlos Nardon- Cyríaco Russo- Maria Aparecida Nunes- Rosalina Barbosa de Lima- Irineu Soares- Nivaldo Fonseca Moreira

2.2.7. ESCOLA NORMAL COLEGIAL “PROFESSORA MARIA JUVELINA DOS

SANTOS”

Ano de 1953: Criada a Escola Normal Secundária, pela Lei Estadual nº 1188,

de 06/08/1953, resultado do empenho do Professor Thomaz Nicoletti. O referido

curso passa a ser ministrado no período vespertino, no mesmo prédio onde funciona

o Ginásio Estadual de Bandeirantes.

Ano de 1956: Por ato da SEC, a Escola Normal passa a denominar-se

“Escola Normal Secundária Professora Maria Juvelina dos Santos”.

Ano de 1977: O Decreto nº 2791 de 04/01/77 autoriza o funcionamento do

Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros”- Ensino de 1º e 2º Graus; resultante

da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal

Colegial Estadual Profª. Maria Juvelina dos Santos, Colégio Comercial Estadual

Cyríaco Russo, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.

2.2.8. Administração Técnica -Pedagógico

Exerceram a função de direção, os seguintes professores:

- 1953 - 1964: Professor Thomaz Nicoletti;- 1965 - 1977: Professora Neusa Russo da Cunha;

2.2.9. Primeiros Docentes (ano de 1954)

- Ivone Terezinha Russo Chaves

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- Osias Borges Feiges- Aglair Ap. Sabóia- Augusto C. V. Espínola- Clory Dondeo- Jamila Sale- Maria da Glória E. Henriques- Castor Ferrer da Rosa- Maria da Luz Aparecida Pereira- Alice Bonfim Metring

2.2.10 NOVA ALTERAÇÃO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO – ano 1978

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo”- Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes,

Estado do Paraná foi autorizado a funcionar com o nome de Colégio “Cyríaco

Russo”- Ensino de 2º Grau, resultante da reorganização do Colégio Estadual

Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal Colegial Estadual Profª. Maria Juvelina

dos Santos e Colégio Comercial Estadual “Cyríaco Russo”, conforme o Decreto nº

5324 de 02/08/78.

Portaria nº 1344/78 homologa o Parecer nº 37/78/DESG aprovando a

reformulação das habilitações: Técnico em Contabilidade, Técnico em Secretariado

e Assistente de Administração, ministradas pelo Colégio “Cyríaco Russo”- Ensino de

1º e 2º Graus. Neste período, o estabelecimento ofertava as seguintes habilitações

nos seguintes turnos:

Matutino Habilitação: Promotor de Vendas; Redator AuxiliarVespertino Habilitação: MagistérioNoturno Habilitação: Técnico em Secretariado; Assistente

Administrativo; Técnico em Contabilidade.

Ano de 1981: A Resolução nº 2585/81 aprova o Regimento Interno para

todas as Escolas Estaduais, a partir de 13/11/81.

Ano de 1982: Pela Resolução nº 779/82 de 17/03/82 fica reconhecido o

Curso de 2º Grau Regular, com as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade e

parcial: Promotor de Vendas, do Colégio Estadual “Cyríaco Russo”- Ensino de 2º

Grau, município de Bandeirantes.

Ano de 1983: Parecer nº 132/83 - DESG autoriza a implantação do curso

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Propedêutico.

Informação nº 169/83 - Protocolo 003979/83 - Adequação de grade curricular

à Lei 7044/82, Deliberação 035/82, do CEE.

Resolução nº 2358/83, de 15/07/83 - O Colégio “Cyríaco Russo” passa a

denominar-se Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau.

Ano de 1984: Informação 75/84 de 18/04/84 altera o Título Ill do Regimento

Escolar uma vez que as determinações contidas na Informação nº 454/83 foram

atendidas; desta forma pelo Parecer nº103/84 fica aprovado o Projeto de

Implantação gradativa do Curso de 2º Grau Regular – Propedêutico a partir de 1983.

Resolução nº 2413/84 autoriza o funcionamento do Curso Propedêutico, pelo

prazo de 2 anos, a partir de 1983.

Ano de 1986: pelo Parecer nº542/86 fica determinada a cessação definitiva

das atividades escolares das Habilitações Promotor de Vendas, a partir de 1985 e,

Assistente de Administração, a partir de 1986.

Parecer nº 768/86 aprova a adequação da Grade Curricular e do Plano de

Estágio da Habilitação Magistério.

Resolução nº 3149/86, de 14/07/86 cessa definitivamente, a partir de 1985, as

atividades escolares da Habilitação Promotor de Vendas e, a partir de 1986, as da

Habilitação Assistente de Administração.

Ano de 1987: Pelo Parecer 1041/87, Protocolo nº 362.399/87, fica aprovado

o adendo ao Regimento Escolar - Propedêutico, cuja denominação passa à

Educação Geral, conforme Deliberação nº 04/87 - CEE e Instrução nº01/87 da

SUED/SEED.

A Resolução nº1265/87, de 31/03/87 - prorroga o período de autorização de

funcionamento do curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, por mais seis meses, a

partir do início do ano letivo de 1987.

A Resolução nº3402/87, de 26/08/87 - prorroga o período de autorização de

funcionamento do Curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, a partir de 1985 até o

final do ano letivo de 1987. Fica revogada a Resolução nº1265/87 de 31/03/87.

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Ano de 1988: O Parecer nº 564/88 de 08/08/88 aprova o adendo ao

Regimento Escolar referente ao Estágio Supervisionado, Habilitação Magistério, a

partir do ano letivo de 1988.

A Resolução nº 1614/88 de 27/05/88 prorroga o período de autorização de

funcionamento do curso de 2º Grau - Educação Geral, por mais 1 (um) ano, a partir

do início do ano letivo de 1988.

Parecer nº2241/88 de 07/10/88 dá parecer favorável ao pedido de

reconhecimento do curso Educação Geral.

Pela Resolução nº 3514/88 de 10/11/88 fica reconhecido o Curso de 2º grau -

Educação Geral, no Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau;

Parágrafo Único: O curso acima integrará o reconhecimento original, declarado pela

Resolução Secretarial nº 779/82.

Ano de 1989: Implantação do Curso Auxiliar - Técnico em Contabilidade com

duração 4 anos.

Ato Administrativo nº 13/89-NRE aprova a proposta de avaliação para vigorar

a partir de 1989.

Parecer nº 799/89: aprova o adendo ao Regimento escolar referente à

administração das aulas de Educação Física, no Ensino de 2º Grau Regular -

noturno, com vigência a partir do início do ano letivo de 1989.

Ano de 1990: funcionamento da Habilitação Magistério, também no período

noturno.

Ano de 1991: adoção da grade Curricular da Habilitação Magistério, com

duração de 4 anos.

Ano de 1992: Resolução nº 4.496 de 24/12/91 autoriza o funcionamento da

4ª série da Habilitação Técnico em Contabilidade, a partir de 1992.

Ano de l993: Parecer nº 727/93 de 03/12/93 aprova a alteração proposta da

Grade Curricular de Auxiliar de Contabilidade e Técnico em Contabilidade, a partir

de 1994. A alteração proposta refere-se à substituição da disciplina de Contabilidade

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Agrícola (3ª série), por Introdução à Informática (3ª série).

Resolução nº 6778/93 de 15/12/93 homologa o Parecer nº 727/93 do DESG

que aprova a alteração da Grade Curricular da Habilitação Auxiliar de Contabilidade,

do turno noturno, com implantação gradativa a partir do início do ano letivo de 1994.

Resolução nº 3252/93 homologa o Parecer nº 417/93 do DESG que aprova a

alteração da Grade Curricular do Curso de 2º grau - Educação Geral - Preparação

Universal, com implantação a partir do início do ano letivo de 1994.

Parecer nº 622/93 de 20/10/93 aprova a Grade Curricular da Habilitação

Auxiliar de Contabilidade, período diurno, a partir de 1994.

Resolução nº 6012/93 de 08/11/93 homologa o Parecer nº 622/93 do DESG

que aprova a Grade Curricular da habilitação Auxiliar de Contabilidade, período

diurno, com implantação a partir do ano de 1994.

Ano de 1994: Resolução nº 5135/94 de 24/10/94 homologa o Parecer nº

604/94 do DESG que aprova a Grade Curricular Transitória da habilitação em

Técnico de Contabilidade, para efeito exclusivo de Registro Escolar dos alunos

matriculados no ano letivo de 1987.

Resolução nº 5437/94 de 07/11/94 concede, a partir de 1995, a implantação

da Habilitação Técnico em Processamento de Dados.

Ano de 1995: Resolução nº 3363/95, de 25/08/95 - Autoriza o funcionamento

da habilitação Técnico em Processamento de Dados. Implantação gradativa a partir

do início do ano letivo de 1995.

Ano de 1996: Parecer nº 94/96 e Resolução nº 2862/96 de 17/07/96

autorizam o funcionamento da 4ª série, Habilitação Técnico em Contabilidade,

período noturno, para 1996.

Ano de 1997: Resolução nº 420/97, de 07/02/97 - Autoriza o funcionamento

da 4ª série da habilitação Técnico em Contabilidade, diurno (Parecer nº 216/96) e

noturno ( Parecer nº 217/96), para o ano letivo de 1997.

Parecer nº 863/97 - CEF e Resolução nº 2.277/97 de 03/07/97 - SEED

autorizam a cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação Técnico em

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Contabilidade. Determina a cessação gradativa cumprindo o seguinte cronograma:

1997 - 1ª série; 1998 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000 - 1ª, 2ª, 3ª e 4ª

séries.

Parecer nº 975/97 - CEF e Resolução nº 2288/97 de 03/07/97 - SEED

autorizam a cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação Magistério.

Determina a cessação gradativa, cumprindo o seguinte cronograma: 1997 - 1ª série;

1988 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000 - 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.

Parecer nº 226/97 – CEE e Resolução nº 3086/97 do DOE de 30/09/97 –

SEED reconhecem a Habilitação Técnico em Processamento de Dados em caráter

excepcional, exclusivamente para fins de cessação a partir do ano letivo de 1997.

Resolução nº 2288/97 – DOE nº 5052/97 de 24/07/97 cessa definitivamente

as atividades escolares da Habilitação Técnico em Contabilidade, cumprindo o

seguinte cronograma: 1997 a 1ª série; 1998 a 1ª e 2ª séries; 1999 a 1ª, 2ª e 3ª séries

e 2000 a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.

Resolução nº 4482/97 – DOE nº 5198/97 de 26/02/98 cessa definitivamente

as atividades escolares da Habilitação Técnico em Processamento de Dados, no

Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino de 2º Grau, do município de

Bandeirantes.

Resolução nº 4482/97 publicado no DOE nº 5198 de 26/02/1998, página 29,

cessa definitivamente as atividades escolares de Habilitação Técnico em

Processamento de Dados.

Ano de 1998: O ato administrativo nº 289/98 do NRE de 23/09/1998 faz

adequação de nomenclatura dos estabelecimentos de ensino de Educação Básica –

Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio, conforme Resolução nº 3120/98

DOE 11/09/98.

Ano de1999: Autorização de funcionamento de 4ª série do Curso Técnico de

Contabilidade pela Resolução nº3189/99 de 16/08/1999.

Ano de 2000: Parecer nº070/2000 de 07/12/2000 – NRE aprova o Regimento

Escolar a partir de 2001. O Parecer nº271/2000 de 07/12/2000 homologa o parecer

nº070/2000 referente ao Regimento Escolar do Colégio Estadual Cyríaco Russo –

Ensino Médio.

29

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Ano de 2002: Parecer nº028/2002 de 18/12/2002 aprova o Regimento

Escolar a partir de 2002. O Parecer nº192/2002 de 18/12/2002 homologa o parecer

028/2002. Resolução nº4642/02 de 20/01/2003 aprova a renovação de autorização

do Ensino Médio.

Resolução 3069/2001 – DOE de 31/01/2002 nomeia Nelci Maria Martins de

Queiróz para o cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo; a Resolução

nº 4254/2003 – DOE de 23/01/2004 nomeia Nelci Maria Martins de Queiroz, para o

cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo. Após a unificação dos cursos,

o Colégio Estadual “Cyríaco Russo”- Ensino de 2º Grau teve à frente de sua

administração os seguintes professores:

1978 - 1980: Professora Neusa Russo da Cunha (diretora) Professora Yoshiko Kawata Maeda (diretora auxiliar)

1981 - 1982: Professor Gentil Augusto da Silva1982 - 1983: Professora Yoshiko Kawata Maeda1984 - 1985: Professora Neusa Russo Cunha (primeira diretora eleita por voto direto da comunidade escolar) 1986 - 1989: Professora Derli Ferraz Pedroso

1990: Professor Mario Luciano1991 - 1995: Professora Marina Yukiko Kikuta1996 - 2000: Professor Fulton Carlos Teixeira Ribeiro (diretor)

Professor Ademar Ribeiro Richter (diretor auxiliar) Professor Mauro Ferreira (diretor auxiliar)

2001- até a presente data: Nelci Maria Martins de Queiróz – Diretora

2.3. BIOGRAFIA DO PATRONO CYRÍACO RUSSO

Cyríaco Russo nasceu na cidade de Guaxupé, Estado de Minas Gerais, aos 8

dias de mês de agosto de 1898. Filho de Raphael Russo e de Manoela Cândida

Russo foi o primogênito de uma família de sete membros e durante toda a sua

infância e juventude viveu em sua cidade natal.

Lutando com grandes dificuldades financeiras, começou muito cedo a

enfrentar o trabalho diário, exercendo juntamente com seu pai a profissão de

pedreiro. Tinha muita vontade de continuar os estudos e, com a abertura da

Academia de Comércio em sua cidade, nela ingressou, continuando a trabalhar

como pedreiro durante o dia e estudar a noite. Formou-se Guarda-livros em 1922 na

Academia de Comércio “São José” de Guaxupé. Em 1923 diplomou-se perito

contador na primeira turma do referido estabelecimento. Sempre se distinguiu nos 30

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estudos e, devido a isso, foi convidado para fazer parte do corpo docente dessa

escola logo que se diplomou. Atuou como professor durante um período de 04 anos.

Em 1918, deixou a profissão de pedreiro e, a convite de seu professor, Dr.

André Cortês Granero, submeteu-se a um concurso para escrevente juramentado,

na cidade de Muzambinho, Estado de Minas Gerais. Neste concurso havia 30

candidatos inscritos, sendo aprovados apenas quatro e, entre eles, estava Cyríaco

Russo. Após esse concurso, ocupou o cargo de escrevente do Tabelionato de 1º

Ofício de Guaxupé.

Casou-se em 1921 com a senhora Rachel Paschoa Russo e tiveram 5 filhos:

Maria, Neusa, Cyra, Ivone e William. Anos mais tarde sua filha Neusa Russo da

Cunha assumiria a direção do colégio por duas gestões: 1978-1980 / 1984-1985.

Em 1924, deixou o cartório para exercer a profissão de contador abrindo um

Escritório de contabilidade em Guaxupé – Minas Gerais. Em 1933, submeteu-se a

um concurso para ingressar no Banco Hipotecário de Minas Gerais S.A., e em 1938,

foi transferido para Monte Santo de Minas, como Gerente da referida Casa de

Crédito; em 1941, encerrada a sua carreira bancária, continuando com seu escritório

contábil, o qual mesmo durante seu exercício na carreira bancária, nunca

abandonou.

Em 1939, ingressou na Loja Macônica “Caridade Montessantense”, onde atingiu o

grau 33 de estudos filosóficos. Mais tarde, no período de 1965-1968, vivendo no

Estado do Paraná, seria nomeado Delegado do Grande Oriente do Paraná.

Na cidade de Monte Santo de Minas foi professor fundador da Escola de

Comércio. Em 1943, transferiu residência e escritório para a cidade de Itamogi/ MG,

onde permaneceu até o ano de 1952, onde exerceu também o cargo de Professor

Fundador no Ginásio Municipal, ocupando a cadeira de Matemática, atuando

também como Secretário.

Transferiu sua residência para o Estado do Paraná, cidade de Bandeirantes,

em junho de 1952. Nesta cidade continuou com seu Escritório de Contabilidade, fez

parte do Corpo Docente do Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes durante 07

anos, ocupando as cadeiras de Contabilidade Comercial, Bancária, Contabilidade

Geral Aplicada e Matemática.

Recebeu em 1968, por Decreto do Grande Oriente de Paraná, o título de

Benemérito da Maçonaria Paranaense. Ocupou a Provedoria da Santa Casa de

31

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Misericórdia de Bandeirantes de 1959 a 1969. Foi fundador e primeiro Presidente do

Albergue Noturno “João Francisco Ferreira”, desta cidade, em sua fase de

organização e construção. Foi membro do Rotary Club de Bandeirantes durante 10

anos.

Exerceu sua profissão de contador até os seus últimos dias. Faleceu no dia

07 de junho de 1970, na cidade de Bandeirantes, onde foi sepultado.

3. CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO

3.1 DEPENDÊNCIAS FÍSICAS

As instalações do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio

encontram-se em um terreno 2.880 m2, sendo 1.959,262 m2 de área construída. As

dependências podem assim serem descritas:

Quant. Descrição da dependência03010404020101010107060101010101010101010101011501

AlmoxarifadosBanheiro Feminino de professoresBanheiro Feminino de alunosBanheiro Masculinos de alunosBanheiro Masculino de professoresBibliotecaCantina

Casa do Zelador Coordenação do Curso de Formação de Docentes

Corredores – Ala superiorCorredores – Ala TérreaCozinhaDepósito de merendaLaboratório de InformáticaLaboratório de Química, Física e BiologiaPátio CobertoRefeitórioSala de Arquivo Sala de direçãoSala de Equipe PedagógicaSala de ProfessoresSala hora atividadeSalão de uso múltiploSalas de aulaSecretaria

Quadro 8. Dependências físicas

3.2 EQUIPAMENTOS DE USO PEDAGÓGICO

O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, possui

atualmente 24 microcomputadores (Paraná Digital), 10 microcomputadores

32

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(PROINFO), 01 aparelho de televisão 29 polegadas, 01 aparelhos de televisão 21

polegadas, 01 aparelhos de televisão 32 polegadas, 01 aparelhos de televisão 14

polegadas (TV Paulo Freire ), 03 DVDs, 02 retroprojetores, 14 Televisores Pendrive,

01 Data show, 01 Lap top, 06 Cd players, 01 filmadora e 01 câmera fotográfica, 16

câmeras de segurança.

3.3. RECURSOS HUMANOS

3.3.1 Quadro de Professores – 20101

Para a realimentação do presente documento foi realizada uma pesquisa com

toda a comunidade escolar. Os resultados apontaram para uma realidade atípica,

uma vez que a saída de professores para o PDE alterou significativamente o perfil

do quadro docente. No entanto, decidiu-se pelo registro de alguns dados que

perfilam, não só o professorado do município, mas o paranaense, isso porque a

inserção dos professores efetivos dos últimos níveis no Programa de

Desenvolvimento Educacional causou mudanças de diferentes ordens na rotina

escolar do estado.

Os respondentes do instrumento de pesquisa, N=67, contabilizam 88% do

corpo docente. Destes 23% são homens e 77% são mulheres, o que legitima as

pesquisas que apontam a supremacia feminina no reduto escolar em todos os níveis

de ensino.

23% 77%

Ilustração 1. Percentual de homens e mulheres no quadro de Professores

A idade mínima está no intervalo compreendido entre 21-25 anos e a idade

máxima encontra-se no intervalo compreendido entre 61-65 anos. O maior índice foi

registrado no intervalo 41- 50 anos, qual seja, 40% dos professores estão nesta

faixa etária. O quadro abaixo mostra as ocorrências das idades nos intervalos:

1 A listagem de professores efetivos e lotados no colégio pode ser visualizada na página 16.33

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Intervalo Ocorrências Percentagem21- 30 20 30%31- 40 14 21%41 - 50 27 40 %51 - 60 5 8%

Acima de 61 1 1% Quadro 9. Faixa etária dos professores

A faixa etária explica o tempo de serviço no estado, isto porque 74% tem

menos de 5 anos; 15% de seis a dez anos; 4% tem de 11 a 15 anos e 4% de 16 a

20 anos. Os professores efetivos e lotados no estabelecimento estão todos no

intervalo que somam 26%, ou seja, está há mais de seis anos na rede.

Dos respondentes, N=67, 24% atua em outra rede de ensino e 76% só atua

no ensino público. O quadro abaixo mostra o número de escolas em que o

profissional de escola pública atua:

Número de escolas em que o profissional atua

Númerode professores

Percentual

01 09 13%02 25 37%03 19 28%04 11 16%05 03 6%

Quadro 10. Número de escolas em que os professores trabalham

A formação continuada dos profissionais da educação, como proposta do

Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE Nacional e da Secretaria de Estado

de Educação – SEED, tem reflexos no nível escolaridade dos professores dessa

instituição:

12% do total de professores têm mais de uma graduação;

20% do total de professores têm duas pós-graduações;

08% do total de professores têm três ou quatro pós-graduações;

12% do total de professores concluíram o PDE edição 2007, 2008, 2009.

09 professores efetivos e lotados na instituição estão inseridos no PDE 2010.

Mestrado: 01 professor mestre em Educação pela UEL; 02 alunos matriculados

em disciplinas especiais no Programa de Mestrado da UEL e 01 mestrando, também no

Programa de Mestrado da UEL.

A profissão religiosa dos professores reflete a pluralidade de nossa sociedade

e exige a proposição de ações que vislumbrem o respeito à diversidade e a

tolerância nas relações interpessoais. Dos entrevistados, N=67, 4% não informou a

34

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profissão religiosa, 8% não professa nenhuma religião, 15% são evangélicos e 73%

são católicos.

3.3.2 Quadro de Funcionários 2010– Agente Educacional I2

Há na instituição 15 profissionais na função de Agente Educacional, dos quais

dois estão afastados da função por concessão de Licença Especial e Licença

Médica. Dos treze, onze são do sexo feminino e um do sexo masculino. A idade dos

mesmos está no intervalo 21- 58 com maior incidência no intervalo de 51-60 anos;

25% trabalham em duas escolas. O tempo de serviço no Estado pode ser visto no

quadro abaixo:

Intervalo Percentagem1 – 5 anos 17%

6 – 10 anos 8%11 – 15 anos 50%16 – 20 anos 25 %

Quadro 11. Tempo de serviço no Estado (Professores)

O tempo de serviço no Estabelecimento pode ser visualizado no quadro que

se segue:

Intervalo Percentagem1 – 5 anos 46%

6 – 10 anos 9%11 – 15 anos 30%16 – 20 anos 15 %

Quadro 12. Tempo de serviço no Estabelecimento (Professores)

O vínculo empregatício assim se apresenta:

Vínculo PercentagemQPM 38%PSS 23%

PR - Educação 16%CLT 23%

Quadro 13. Vínculo empregatício (Professores)

A escolaridade pode assim ser descrita:

Nível de Escolaridade Percentagem

2 A listagem de funcionários do colégio pode ser visualizada na página 14.35

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Ensino Fundamental Completo 8%Ensino Médio Incompleto 31%Ensino Médio Completo 53%

Ensino Superior 8% Quadro 14. Nível de escolaridade dos Professores

Os funcionários estão inseridos nos programas de Formação Continuada

propostos pela SEED; 76% participam dos grupos de estudo aos sábados e

participou do Itinerante/10; 53% participou de seminários em Faxinal do Céu e

Londrina.

A profissão religiosa dos funcionários, assim como a dos professores, reflete

o cenário plural de nossa sociedade. Dos entrevistados, N=13, 30% são evangélicos

e 70% são católicos.

3.3.3 Quadro de Funcionários 2010– Agente Educacional II, Direção e Equipe

Pedagógica3

Os profissionais que ocupam as funções de agentes educacionais II, direção

e equipe pedagógica totalizam o número 16, N=16. Destes, 12,5% são do sexo

masculino e, 87,5% são do sexo feminino. As idades podem ser visualizadas no

quadro que se segue:

Intervalo Percentagem21 – 30 anos 7%31 – 40 anos 31%41 – 50 anos 37%51 – 60 anos 18%61 – 70 anos 7%

Quadro 15. Faixa etária dos Agentes Educacionais II

O tempo de serviço no Estado pode ser definido nos intervalos e respectivas

percentagens:

Intervalo Percentagem1 – 10 anos 43%

11 – 20 anos 25%

3 O quadro de funcionários do colégio pode ser visualizado na página 14.36

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21 – 30 anos 18%31 – 40 anos 14%

Quadro 16. Tempo de serviço no Estado Agentes Educacionais II

O tempo de serviço no Estabelecimento pode ser visualizado no quadro que

se segue:

Intervalo Percentagem1 – 10 anos 50%

11 – 20 anos 31%21 – 30 anos 7%31 – 40 anos 12%

Quadro 17. Tempo de serviço no Estabelecimento Agente Educacionais II

O vínculo empregatício assim se apresenta:

Vínculo PercentagemQPM 38%PSS 23%

PR - Educação 16%CLT 23%

Quadro 18. Vínculo Empregatício dos Agentes Educacionais II

O nível de escolaridade, Superior com Especialização, atinge o patamar de

100% e pode assim ser descrito:

Graduação Número de concluintes

Biologia 2Ciências Contábeis 4

Geografia 2Pedagogia 8

Letras 3Licenciatura em Ciências 1

Quadro19. Graduação da Direção, Agentes

As especializações compõem o seguinte quadro descritivo:

Pós – Graduação Número de concluintes

Botânica 1Didática e Metodologia do Ensino Superior 5

37

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Educação Especial e Inclusiva 4Língua Portuguesa e Literatura 4

Supervisão Escolar 1Mestrado em Educação 1

Quadro 20. Especializações da Direção, Agentes Educacionais II e Equipe Pedagógica

Os profissionais que participaram do Itinerante/10 atingiram o patamar de

87,5%; a participação em seminários, congressos e simpósios perfaz 56% do grupo.

Quanto à profissão religiosa, a maioria, 93,75%, é católica e, 6,25%, é

evangélica.

3.3.4 Agente de Execução

A instituição conta com apenas um profissional na função de agente de

execução. Seu vínculo é QPM, está há quatro anos na rede e há um ano no

estabelecimento. Nível de escolaridade: superior completo, Ciências Biológicas, com

pós-graduação em Biologia aplicada à Saúde – Educação no Campo.

3.3.5. Perfil dos alunos do Período Matutino – Ensino Médio/10

Em pesquisa realizada com fins específicos de traçar o perfil dos alunos do

colégio, como condição precípua de formular encaminhamentos pedagógicos

coerentes, alguns pontos mereceram destaque na análise realizada. Os índices de

evasão da instituição são extremamente preocupantes, principalmente no período

noturno, o que acabou determinando a organização do Ensino Médio por Blocos de

Disciplinas.

A tabela a seguir comprova que os índices do turno matutino estão dentro de

um padrão aceitável, o mesmo não se verificará no noturno.

Tabela 01. Dados de Evasão Escolar no Ensino Médio Matutino. Série histórica 2004 a 2009. Exposição sintética.

Série Matrículas* Transferidos Evadidos Reprovados Concluintes

Orig. Real Nº % Nº % Nº % Nº %

1ª 1223 1148 75 6,53 99 0,86 241 20,99 808 70,38

38

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2ª 800 756 44 5,82 36 0,47 66 8,73 654 86,50

3ª 649 627 22 3,50 16 0,25 39 6,22 572 91,22

Total 2672 2531 141 5,57 151 0,59 346 13,67 2034 80,36

*Original é o total de alunos matriculados no ano letivo. Real é o original subtraído os transferidos.

No entanto a taxa de aprovação dos alunos é significativa em razão do

percentual dos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez, como

mostra o quadro a seguir:

Figura 1. Percentual de alunos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez

Quanto aos quesitos que perfilam o nível sócio-econômico dos alunos foram

analisados três aspectos: proveniência (lugar onde moram), como se locomovem até

a escola e as condições de moradia. Embora localizada em zona central do

perímetro urbano a instituição atende, substancialmente, alunos de bairros e vilas

urbanos, uma parcela significativa da zona rural e considerável número de

moradores de cidades circunvizinhas. O quadro abaixo mostra os percentuais:

39

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Figura 2. Demonstrativo da proveniência dos alunos do turno matutino

O quadro abaixo mostra o meio de locomoção dos alunos. A pesquisa

suscitou discussões no sentido de rever as atitudes tomadas pela escola quando a

Prefeitura Municipal suspende o transporte escolar em recessos municipais, e

quando chuvas fortes incidem nos horários de entrada dos alunos, uma vez que é

altíssimo o percentual de alunos que vêm a pé e utilizam o transporte escolar:

80,05% como mostra o quadro abaixo:

Figura 3. Demonstrativo da proveniência dos alunos do turno matutino

A renda familiar e as condições de moradia também foram consideradas no

perfil dos alunos. Embora a renda familiar não seja alta o investimento na casa

própria foi priorizado por 69,40% das famílias. Os quadros que se seguem mostram

a renda familiar e as condições de moradia dos alunos do turno matutino:

40

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Figura 4. Demonstrativo da renda familiar dos alunos do turno matutino

Figura 5. Demonstrativo das condições de moradia dos alunos do turno matutino

A prática religiosa foi investigada porque faz parte do rol dos casos de

maior incidência da prática do bullyng, o que exige tomada de decisão pelo coletivo

da escola e proposição de ação pedagógica cuidadosamente planejada.

41

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Figura 6. Profissão religiosa dos alunos do turno matutino

Pesquisas recentes têm buscado traçar o perfil do ambiente familiar como

determinante de alguns aspectos importantes do desempenho da vida escolar de

adolescentes. Um dos itens de destaque é a escolaridade dos pais, que foi

analisado cuidadosamente na construção do presente documento e está descrita

nos quadros a seguir:

Figura 7. Demonstrativo da escolaridade das mães de alunos do turno matutino

42

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Figura 8. Demonstrativo da escolaridade dos pais de alunos do turno matutino

3.3.6. Perfil dos alunos do Período Noturno – Ensino Médio/10

O período noturno apresenta características peculiares. Na decisão pela

implantação do Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas os altos índices

de evasão detectados nos últimos seis anos tiveram um grande peso. A tabela

abaixo mostra os resultados ano a ano e o total geral. Em destaque os números que

apontam os índices de evasão:

Tabela 02. Dados de Evasão Escolar no Ensino Médio Noturno. Série histórica 2004 a 2009. Exposição Sintética.

Série Matrículas* Transferidos Evadidos Reprovados Concluintes

Orig. Real Nº % Nº % Nº % Nº %

1ª 708 610 98 13,84 235 38,52 99 16,23 276 45,26

2ª 619 542 77 12,44 120 22,14 75 13,84 347 64,02

3ª 703 651 52 7,37 130 19,97 60 9,22 461 70,81

Total 2030 1803 227 11,18 485 26,9 234 12,98 1084 60,12

*Original é o total de alunos matriculados no ano letivo. Real é o original subtraído os transferidos.

Assim como no turno matutino, muitos alunos evadem ao final do período

letivo e são contabilizados, na maioria das vezes como reprovas. No entanto a

instituição teve o cuidado de verificar os casos de “desistência” para que o estudo se 43

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aproximasse do real. A grande maioria dos remanescentes é aprovada, e o índice de

reprovas está na média do Estado, como mostra o gráfico abaixo com dados de

2010.

Figura 9. Percentual de alunos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez – Ensino Médio Noturno

Quanto aos quesitos que perfilam o nível sócio-econômico dos alunos foram

analisados três aspectos nos três turnos: proveniência (lugar onde moram), como se

locomovem até a escola e as condições de moradia. A novidade está nos alunos

que provêm da zona rural: 21,53%, e nenhum aluno de outro município. O quadro

abaixo mostra os percentuais

Figura 10. Demonstrativo da proveniência dos alunos do turno noturno

Destaque ao transporte escolar como meio de acesso à escola neste período;

44

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muitos também vêm a pé embora morando nos bairros e vilas. Considere-se

também que 77,46% dos alunos são trabalhadores, por isso as faltas e atrasos são

questões a serem consideradas na pauta de discussões da instituição.

Figura 11. Demonstrativo do meio de locomoção dos alunos do turno noturno

As condições de moradia revelam a priorização da família em investir na casa

própria. Apenas 15,97% moram em casa alugada e 10,42% em casa cedida,

conforme mostra o gráfico a seguir:

Figura 12. Demonstrativo do tipo de moradia dos alunos do turno noturno

A investigação da profissão religiosa já está justificada neste documento e

será considerada na proposição de ações que minimizem a incidência de bullyng e,

em alguns casos, configuram-se como justificativa para faltas:

45

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Figura13. Demonstrativo da profissão religiosa dos alunos do turno noturno

Pesquisas recentes têm buscado traçar o perfil do ambiente familiar como

determinante de alguns aspectos importantes do desempenho da vida escolar de

adolescentes. A renda familiar e a escolaridade dos pais estão descritas nos

quadros a seguir, por entendermos que sejam quesitos de grande relevância:

Figura 14. Demonstrativo da renda familiar dos alunos

46

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Figura 15. Demonstrativo da escolaridade dos pais dos alunos do turno noturno

Figura 16. Demonstrativo da escolaridade mães dos alunos do turno noturno

3.3.7. Perfil dos alunos do Curso Formação de Docentes/10 dos turnos

vespertino e noturno

O curso Formação de Docentes é um curso predominantemente feminino:

99%. Todos os alunos cumprem uma carga horária de estágio em contraturno, mas

ainda assim, 58% deles estão inseridos no mercado de trabalho. Esta inserção é

mais comum nos alunos do noturno, o que explica também o grande número de

mudanças de turmas expedidas do vespertino para o noturno, pedido de

47

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transferência para outras localidades ou mesmo o alto índice de evasão do

vespertino, pois deixam a escola por necessidade de trabalho. As tabelas abaixo

mostram os altos índices de evasão dos dois turnos:

Tabela 03. Dados de Evasão Escolar no Curso Formação de Docentes - Vespertino Série histórica 2005 a 2009. Exposição Sintética.

Série Matrículas* Transferidos Evadidos Reprovados Concluintes

Orig. Real Nº % Nº % Nº % Nº %

1ª 189 179 10 5,58 63 35,19 31 17,31 125 69,83

2ª 89 85 04 4,70 24 28,23 10 11,76 55 64,70

3ª 50 49 01 2,04 05 10,20 03 6,12 42 85,71

4ª 25 25 00 0,0 00 0,0 00 0,0 25 100

Total 334 320 15 4,68 92 28,75 44 13,75 248 77,50

*Original é o total de alunos matriculados no ano letivo. Real é o original subtraído os transferidos.

Tabela 04. Dados de Evasão Escolar no Curso Formação de Docentes Noturno. Série histórica 2005 a 2009. Exposição Sintética.

Série Matrículas* Transferidos Evadidos Reprovados Concluintes

Orig. Real Nº % Nº % Nº % Nº %

1ª 297 290 07 0,02 72 0,24 31 0,10 186 64,13

2ª 128 128 00 0,0 23 0,17 16 0,12 93 72,65

3ª 92 88 04 0,04 13 0,14 09 0,10 72 81,81

4ª 66 66 00 0,0 03 0,45 02 0,30 63 95,45

Total 583 572 11 0,98 111 0,19 67 0,11 414 72,37

*Original é o total de alunos matriculados no ano letivo. Real é o original subtraídosos transferidos

Entre os remanescentes os índices de reprovas estão dentro de um padrão

aceitável. No gráfico que se segue, pode-se visualizar os que cursam a série pela

primeira, segunda e terceira vez.

48

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Figura 17. Demonstrativo dos alunos que cursam a série pela primeira, segunda e terceira vez

Os mesmos itens foram considerados para traçar o nível sócio-econômico dos

alunos do referido curso: proveniência, locomoção e condições de moradia.

Destaque deve ser dado ao número de alunos de outros municípios e zona rural,

totalizando 21% do geral.

Figura 18. Demonstrativo da procedência dos alunos do Curso Formação de Docentes

O meio de locomoção dos alunos está em consonância com a

proveniência dos mesmos:

49

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Figura 19. Demonstrativo da procedência dos alunos do Curso Formação de Docentes

O gráfico abaixo mostra as condições de moradia. Destaque para os que

moram em casas cedidas, ou seja, vivem na zona rural, mas não são os donos da

propriedade e nem da moradia.

Figura 20. Demonstrativo das condições de moradia dos alunos do Curso Formação de Docentes

A investigação da profissão religiosa já está justificada neste documento e

será considerada na proposição de ações que minimizem a incidência de bullyng.

50

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Figura 21. Demonstrativo da profissão religiosados alunos do Curso Formação de Docentes

Como já citado no corpo deste documento, pesquisas recentes têm buscado

traçar o perfil do ambiente familiar como determinante de alguns aspectos

importantes do desempenho da vida escolar de adolescentes. A renda familiar e a

escolaridade dos pais estão descritas nos quadros a seguir, por entendermos que

sejam quesitos de grande relevância:

Figura 22. Demonstrativo da renda familiar dos alunos do Curso Formação de Docentes

Os quadros abaixo mostram a escolaridade de pais e mães de alunos do

Curso Formação de Docentes:

51

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Figura 23. Demonstrativo da escolaridade de pais dos alunos do Curso Formação de Docentes

Figura 24. Demonstrativo da escolaridade de mãesdos alunos do Curso Formação de Docentes

3.3.8. Perfil Geral dos alunos do Colégio Estadual Cyríaco Russo/10

3.3.8.1 Idade

A idade dos alunos do Ensino Médio do matutino está no intervalo 14 - 20

anos; no entanto a grande maioria encontra-se no intervalo da idade/série correta e

52

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por isso a idade máxima é 17 anos; apenas seis alunos têm 18 anos. No período

noturno o intervalo se alarga para 16 – 34 anos e no curso Formação de Docentes a

idade está entre 15 – 43 anos.

3.3.8.2 Gênero

Pesquisa realizada para a construção deste documento mostrou um dado

interessante. Todas as turmas do turno diurno são formadas por uma maioria do

gênero feminino. O curso Formação de Docentes, por razões históricas, confirmou

quase que a totalidade do gênero feminino; em contrapartida, em todas as turmas do

noturno a maioria é do gênero masculino. Numa primeira leitura associaram-se as

determinantes deste dado à inserção do universo do trabalho.

5.3.8.3 Inserção no universo do trabalho

A inserção no universo do trabalho é maior no turno noturno e,

significativamente menor, no turno diurno. O Curso Formação de Docentes cumpre

carga horária de estágio em contraturno e, ainda assim, muitos trabalham

eventualmente e sem registro. As percentagens estão descritas no quadro a seguir:

Curso Inseridos no universo do trabalho

Não Inseridos no universo do trabalho

Ensino Médio - Matutino 35,24% 64,76%

Ensino Médio - Noturno 77,46% 22,54%

Formação de Docentes 42% 58%

Quadro 21. Inserção no universo de trabalho

O quadro a seguir descreve a situação (vínculo empregatício) dos alunos nos

três turnos.

CursoCentro de

Integração Empresa Escola - CIEE

Com registro

Sem registro

Autônomo Trabalha eventual-

mente

Ensino Médio Matutino 7% 0% 3% 5% 11%

Ensino Médio Noturno 3% 4% 14% 4% 2%

Formação de Docentes 17% 2% 8% 8% 15%

Quadro 22. Vínculo empregatício de alunos

53

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As profissões/ocupações mais comuns de alunos podem ser visualizadas no

quadro a seguir:

Curso Ocupações profissionais mais comunsEnsino Médio -

MatutinoBabá, repositor de mercadorias, ajudante de pedreiro, manicure, passadeira de roupa, cobrador, fotógrafo, eletricista, ajudante em granja, garçonete, operador de máquina, balconista, salão de beleza, atendente em centro infantil (creche)4.

Ensino Médio - Noturno

Babá, mecânico, auxiliar de produção, designer, agricultor, Office boy, servente de pedreiro, secretária, auxiliar de cabeleireira.5

Formação de Docentes

Babá, doméstica/diarista, auxiliar de professor, manicure, garçonete.6

Cozinheira, balconista, comerciária.7

Quadro 23. Ocupações/profissões mais comuns entre os alunos

A profissão/ocupação dos pais e das mães também foram consideradas pela

pesquisa, isso porque liga-se diretamente à renda familiar.

Curso Ocupações profissionais mais comuns dos paisNúmero de

pais aposentados

Ensino Médio - Matutino

Tratorista/motorista, lavrador (corte de cana), moto taxista, pedreiro, comerciante, vencedor

8

Ensino Médio - Noturno

Agricultor (corte de cana), motorista, pedreiro, vigilante, mecânico, vidraceiro.

10

Formação de Docentes

Agricultor, comerciante, pintor, pedreiro, motorista.8 14

Quadro 24. Ocupações profissionais mais comuns dos pais de alunos

Curso Ocupações profissionais mais comuns das mãesMães

aposentadasEnsino Médio -

MatutinoDo lar, doméstica, diarista, auxiliar de enfermagem, lavradora (corte de cana), professora.

2

Ensino Médio - Noturno

Do lar, doméstica, zeladora, lavradora (corte de cana),comerciante, cozinheira, vendedora, professora, reciclagem.

8

Formação de Docentes

Doméstica, do lar, zeladora/serviços gerais, agricultora, professora.9

3

Quadro 25. Ocupações profissionais mais comuns das mães de alunos

3.3.8.4 Organização familiar

Para traçar o perfil da organização familiar apenas os seguintes itens foram

considerados: estado civil do aluno, se os pais/mães são falecidos, se os pais/mães 4 Nesta listagem a indicação “babá” e “repositor de mercadorias” tiveram maior incidência.5 No Ensino Médio noturno há uma diversidade maior de ocupações, por isso foram registradas às de maior ocorrência. 6 Ordem decrescente (as primeiras referem-se às de maior incidência).7 Estas ocupações tiveram o mesmo número de indicação: 2%.8 Estas ocupações/profissões foram consideradas às dos maridos de alunas.9 Ordem decrescente (as primeiras referem-se às de maior incidência).

54

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são casados civilmente, se os pais/mães são separados, se os alunos convivem

com padrastos e/ou madrastas. Para este dados foram levantados os seguintes

resultados.

O maior número de alunos casados e/ou vivendo com companheiro (a) está

no Curso Formação de Docentes: 19%; no Ensino Médio Noturno: 6% e no Ensino

Médio Matutino apenas 0,01%.

O quadro a seguir mostra com quem os alunos solteiros vivem:

CursoVive apenas com

a mãeVive com

avósVive com

irmãosVive com parentes

Ensino Médio - Matutino 73 20 4 5

Ensino Médio - Noturno 27 11 7 2

Formação de Docentes 12 3 3 3

Quadro 26. Demonstrativo da organização familiar: “com quem os alunos solteiros vivem”

O gráfico a seguir mostra o percentual de pais separados:

Curso Pais separadosEnsino Médio - Matutino 19%Ensino Médio – Noturno 21%Formação de Docentes 16%

Quadro 27. Percentual de pais separados

O gráfico a seguir mostra o percentual de alunos que convivem com padrasto

e madrasta:

Curso Têm padrasto Têm madrastaEnsino Médio -

Matutino 8% 1%Ensino Médio -

Noturno 9% 4%Formação de

Docentes 4% 4% Quadro 28. Percentual de alunos que convivem com padrasto e/ou madrasta

3.3.8.5 Condições de saúde

Para traçar o perfil das condições de saúde consideramos apenas os que

alegaram ser portadores de uma deficiência, os que fazem uso de medicamento

contínuo e Plano de Saúde. Destaque para a existência de 04 alunos com

55

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deficiência importante: uma cadeirante, um portador de prótese de pé esquerdo, e

dois com deficiência auditiva, sem, no entanto, a exigência de utilização de aparelho.

Há de se considerar os alunos com deficiência visual e que muitas vezes “não se

vêem” como deficientes porque fazem uso de lentes corretivas.

Quanto ao uso de medicamento contínuo há alunos que fazem tratamento

para anemia, diabetes e depressão.

O número de alunos cujas famílias têm plano de saúde pode ser visualizado

no quadro a seguir:

Curso Plano de Saúde10

Ensino Médio - Matutino 14%

Ensino Médio - Noturno 7%

Formação de Docentes 9%

Quadro 29. Percentual de alunos que possuem plano de saúde

3.3.8.6 Atividades no contraturno

Os alunos não trabalhadores apontaram o que fazem em período alternado.

Essa informação será considerada nas na proposição de ações pedagógicas que

exijam a disponibilidade do aluno. Essas atividades também reforçam a veracidade

no traçado do perfil sócio-econômico do aluno, conforme o quadro a seguir:

Atividade Ensino Médio Matutino

Ensino Médio Noturno

Formação de Docentes

Tarefas domésticas 64% 40% 84%CELEM 4% 2% 2%Curso pago 22% 8% 15%Treino modalidade esportiva 17% 4% 4%Academia 11% 5% 2%Clube 8% 3% 1%Atividade Complementar de Aprofundamento da Aprendizagem – Preparatório para o vestibular

3% - -

Cursinho Municipal 4% - -Estágio supervisionado - - 100%

Quadro 30. Atividades dos alunos não trabalhadores no contraturno

3.3.8.7 Participação em Plano do Governo

10 Ordem decrescente dos planos de saúde citados: Plano de Saúde Santa Terezinha, SAS e UNIMED.

56

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Para finalizar o perfilamento comparativo dos alunos considerou-se a inserção

dos mesmos e, de suas famílias, em programa do governo (Bolsa Família,

principalmente). A pesquisa apontou o seguinte resultado:

Curso Plano do Governo

Ensino Médio - Matutino 19%

Ensino Médio - Noturno 24%

Formação de Docentes 18%

Quadro 31. Percentual de alunos inseridos em programas do governo

Registre-se que os resultados acima analisados foram publicados no início do ano

letivo de 2011 e, a partir da discussão travada, algumas tomadas de decisões foram

previstas a partir deles como descrito no marco operacional.

MARCO CONCEITUAL

57

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“A passagem para um novo paradigma não é abrupta e nem radical. É um processo que vai crescendo, se construindo e se legitimando”.

Behrens

As contradições são inerentes ao processo de organização social em

quaisquer épocas, no entanto, a dialética nem sempre subsidiou a tomada de

decisões em todas as sociedades, isso porque a aceitação do statu quo em

algumas, com liderança centralizadora, por vezes tirana, foi assumida passivamente

como uma atitude política.

A educação, tomada aqui em sentido restrito, a escolar propriamente dita,

está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica, entre outros, que implicam em

diferentes concepções de homem e de sociedade e, em razão disso, diferentes

pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, entre outros. Vista desta

forma, ora assume postura emancipadora, ora atua apenas como aparelho

ideológico do estado podendo, em algumas vezes, ser repressora defendendo o

interesse da classe dominante.

Assim, o modo como os profissionais da educação realizam o seu trabalho

está diretamente ligado aos pressupostos teóricos, que explícita ou implicitamente,

embasam a prática, e consequentemente, explicam sua práxis.

Sistematicamente, as tendências educacionais podem servir de parâmetro

entre a prática dos profissionais da educação e o referencial teórico construído nas

últimas décadas. Em linhas gerais, Libâneo (1990), usando como critério a posição

que adotam em relação aos condicionantes sociopolíticos da escola, classificou as

tendências pedagógicas liberais e progressistas, a saber:

Pedagogia Liberal Pedagogia Progressista

Tradicional Libertadora

Renovada progressivista Libertária

Renovada não-diretiva Crítico-social dos conteúdos

Tecnicista

Quadro 32: Tendências Pedagógicas

A doutrina liberal defende a liberdade e os interesses individuais e por isso

estabeleceu uma forma de organização social alicerçada na propriedade privada dos

58

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meios de produção, ou seja, suscita uma sociedade de classes. A pedagogia liberal

é, portanto, uma manifestação dessa concepção de sociedade. Nos últimos

cinquenta a educação brasileira tem sido marcada pelas tendências liberais, ora na

forma conservadora, ora na forma renovada e, tais tendências manifestam-se nas

práticas escolares e no ideário pedagógico de muitos professores, ainda que não se

dêem conta dessa influência, lembra Libâneo (1990), isso porque a escola nesta

perspectiva tem a função de preparar indivíduos para o desempenho de papeis

sociais de acordo com aptidões individuais.

Historicamente, a pedagogia liberal evoluiu para a pedagogia renovada,

denominada Escola Nova, no entanto ambas conviveram e convivem na prática

escolar. Os conteúdos, os procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não

têm nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades

sociais. Predomina, neste contexto, a palavra do professor, regras impostas pelas

hierarquias, e a supervalorização do intelectual. O aluno é educado para atingir sua

realização pelo próprio esforço, e assumir os seus fracassos como resultado de

esforço insuficiente.

Ainda segundo Libâneo (1990)

a tendência liberal renovada apresenta-se, entre nós, em duas versões distintas: a renovada progressivista, ou, pragmática, principalmente na forma difundida pelos pioneiros da educação nova, entre os quais se destaca Anísio Teixeira (deve-se destacar, também, a influência de Montessori, Decroly e, de certa forma, Piaget); a renovada não-diretiva, orientada para os objetivos de auto-realização (desenvolvimento pessoal) e para as relações inter-pessoais, na formulação do psicólogo norte-americano Carl Rogers. [...] A tendência liberal tecnicista subordina a educação à sociedade, tendo como função a preparação de "recursos humanos" (mão-de-obra para indústria). A sociedade industrial e tecnológica estabelece (cientificamente) as metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina (também cientificamente) nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas. No tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação.

Saviani (1981) apropriadamente descreveu as confusões que se

emaranhavam nos professores da época (e que ainda emaranham). Segundo ele:

os professores têm na cabeça o movimento e os princípios da

escola nova. A realidade, porém, não oferece aos professores condições para instaurar a escola nova, porque a realidade em

59

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que atuam é tradicional. (...) Mas o drama do professor não termina, aí. A essa contradição se acrescenta outra: além de constatar que as condições concretas não correspondem à sua crença, o professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase, nos meios (tecnicismo).(...) Ai o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é escolanovista a realidade é tradicional;"(...) rejeita o tecnicismo porque sente-se violentado pela ideologia oficial; não aceita a linha crítica porque não quer receber a denominação de agente repressor (SAVIANI, 1981).

Há unanimidade na constatação de que as tendências não aparecem em sua

forma pura e nem conseguem descrever todas as nuances da prática escolar, no

entanto servem de parâmetro de análise e avaliação da prática do professor.

Emprestando as palavras de Libâneo (1994) temos que:

a pedagogia progressista manifesta-se em três tendências: a libertadora, mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire, a libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto cor as realidades sociais. As versões libertadora e libertária têm em comum o anti-autoritarismo, a valorização da experiência vivida como base da relação educativa e a idéia de autogestão pedagógica. Em função disso, dão mais valor ao processo de aprendizagem grupal (participação em discussões, assembléias, votações) do que aos conteúdos de ensino. Como decorrência, a prática educativa somente faz sentido numa prática social junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de educação popular “não-formal”. A tendência da pedagogia crítico social de conteúdos propõe uma síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Entende a escola como mediação entre o individual e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido num contexto de relações sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente re-elaborado (LIBÂNEO, 1994)

Conforme Libâneo (1994), a tendência progressista crítico-social dos

conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos

conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola consiste

na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe

um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma

participação organizada e ativa na democratização da sociedade.

Na visão da pedagogia dos conteúdos, admite-se o princípio da

aprendizagem significativa, partindo do que o aluno já sabe. A transferência da

aprendizagem só se realiza no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera

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sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 foi dada à escola maior

autonomia na construção de sua Proposta Pedagógica e ênfase à atualização

constante do professor que, através do conhecimento dessas tendências

pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições

de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala de aula.

No Estado do Paraná a aprovação da versão final das Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica, a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais –

DCNs, mobilizou o professorado paranaense no estudo do referencial teórico que as

subsidiam. Desta forma, as ideias de Piaget, Vygotsky e Wallon são potencializadas.

Os pontos de convergência entre eles os qualificaram como interacionistas, porque

concebem o conhecimento como resultado da ação que se passa entre o sujeito e

um objeto. De acordo com ARANHA (1998). o conhecimento não está, então, no

sujeito, como queriam os inatistas, nem no objeto, como diziam os empiristas, mas

resulta da interação entre ambos.

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em

atendimento às orientações da SEED, durante as semanas pedagógicas,

grupos de estudos e outras situações de formação continuada pode

aprofundar discussões acerca do referencial teórico sugerido por ela. Desta

forma esta instituição, depois de muito refletir sobre as tendências

educacionais, pautará suas ações na Pedagogia Crítico-social dos conteúdos

fundamentando-se nos referenciais teóricos de Demerval Saviani, na didática

de João Luiz Gasparin (vale lembrar que estes referenciais assentam-se na

filosofia de Karl Marx e Gramsci) e na psicologia de Vygotsky.

1. A PEDAGOGIA PROGRESSISTA: BREVES CONSIDERAÇÕES

Segundo Mercado (1996) a pedagogia crítico-social dos conteúdos, surgida

no final dos anos 70, adentrando a década de 80, foi uma reação à pedagogia

libertadora que, na ótica de alguns educadores, dava pouca relevância ao “saber

elaborado” historicamente acumulado e que constitui parte do acervo cultural da

humanidade. Na ótica do autor:

a "pedagogia crítico-social dos conteúdos" assegura a função

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social e política da escola através do trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva participação nas lutas sociais. Entende que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe. (MERCADO, 1996).

Desta forma, a escola assume o papel de socializadora dos conhecimentos e

saberes universais que, na verdade, são produzidos pelo grupo dominante. Para

Saviani (2003):

Esta é a base da ideia da socialização do saber que a gente tem formulado em termos pedagógicos. Aqui é preciso desfazer uma confusão. Elaboração do saber não é sinônimo de produção do saber. A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. Daí a importância da escola: se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do saber, embora continuem, pela sua atividade prática real, a contribuir para a produção do saber. O saber sistematizado continua a ser propriedade privada a serviço do grupo dominante. (2003, p.91).

A atuação da escola, na fala de Libâneo (1985, p.39), consiste “na preparação

do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhes um

instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização da sociedade”.

Os conteúdos, neste enfoque, são os acervos culturais universais,

incorporados pela humanidade, relidos e reavaliados frente às realidades sociais. Os

conteúdos, desta forma, não são só ensinados, mas são incorporados, de maneira

indissociável ao seu significado humano e social. Com isso passa-se da experiência

imediata e desorganizada ao saber sistematizado.

A aplicação destes princípios teóricos responde aos três grandes passos do

método dialético de construção do conhecimento: prática-teoria-prática. Saviani

elaborou o significado de práxis, entendendo-a como um conceito sintético que

articula a teoria e a prática a partir de uma reflexão científica. A prática, para

desenvolver-se e produzir suas consequências, necessita da teoria e precisa ser por

ela iluminada. É a prática ao mesmo tempo, fundamento, critério de verdade e

finalidade da teoria. É, portanto, da prática que se origina a teoria. Para que esse

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processo de aprendizagem se efetive, é preciso percorrer o seguinte caminho

metodológico, sistematizado por João Luiz Gasparin, a partir do construto de

Dermeval Saviani.

Artigo científico de Alves (2005), que toma por base a obra de Gasparin,

sintetiza com precisão os passos propostos inicialmente por Saviani (2003):

1.1. PRÁTICA SOCIAL INICIAL

Saviani evidencia que a prática social é comum a educadores e educandos. Consiste

no primeiro contato que o educando mantém com o conteúdo trabalhado pelo educador.

Sendo a visão do educando, uma visão de senso comum, empírica, geral, uma visão um

tanto confusa, ou seja, sincrética, onde tudo, de certa forma, aparece como natural. Nesta

fase, deve, então, o educador posicionar-se em relação à mesma realidade de maneira mais

clara e, ao mesmo tempo, com uma visão mais sintética, a fim de conduzir o processo

pedagógico com maior segurança e realizar o planejamento de suas atividades

antecipadamente. Ao dialogar com os educandos sobre o tema a ser estudado mostrará a

eles o quanto já conhecem sobre o assunto, evidenciando, que a temática desenvolvida

está presente na prática social, ou seja, em seu dia-a-dia.

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO

O segundo passo constitui o elo entre a prática e a instrumentalização. "Trata-se de

detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em

consequencia, que conhecimento é necessário dominar" (SAVIANI, 1999, p. 80).

A problematizarão é o elemento-chave na transição entre prática e teoria,

fundamental para o encaminhamento de todo o processo de trabalho docente-discente.

Deve-se enfatizar os principais problemas relacionados ao tema/conteúdo proposto, pois as

questões fundamentais que foram apreendidas anteriormente pelo educador e alunos

precisam reelaborados, ou resolvidas, não pela educação ou na escola, mas no âmbito da

sociedade como um todo.

A problematização é, ou deveria ser, o fio condutor de todas as atividades que os

educandos desenvolverão no processo de construção do conhecimento.

1.3. INSTRUMENTALIZAÇÃO

A instrumentalização, segundo Saviani (1991, p. 103), consiste na apreensão "dos

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instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas detectados

na prática social (...) trata-se da apropriação das ferramentas culturais necessárias para se

libertar das condições de exploração em que vivem". É o momento do método que passa da

síncrese à síntese a visão do educando sobre o conteúdo presente em sua vida social.

A tarefa do educador e dos educandos, nesta fase, desenvolve-se através de ações

didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento nas

dimensões científica, social e histórica. Consiste em realizar as operações mentais de

analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, conceituar, deduzir,

generalizar, discutir explicar, entre outras. Na instrumentalização, educando e educador

efetivam o processo dialético de construção do conhecimento que vai do empírico ao

abstrato chegando, assim, ao concreto, ao realizável.

1.4. CARTASE

Esta é a fase em que o educando mostra que de uma síncrese inicial sobre a

realidade social do conteúdo que foi trabalhado, chega-se à síntese, que é o momento em

que ele estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que o conduziram à

construção do conhecimento. Segundo Saviani (1999 p. 80-81), "o momento cartático pode

ser considerado como o ponto culminante do processo educativo, já que é aí que se realiza,

pela mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem da síncrese à

síntese".

1.5. PRÁTICA SOCIAL FINAL

Conforme Saviani (1999, p. 82), a prática social inicial e final é a mesma, embora

não o seja. É a mesma enquanto se constitui "o suporte e o contexto, o pressuposto e o

alvo, o fundamento e a finalidade da prática pedagógica. E não é a mesma, se

considerarmos que o modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente

pela mediação da ação pedagógica". Educadores e educandos se modificaram

intelectualmente e qualitativamente em relação as suas concepções sobre o conteúdo que

reconstruíram, passando de um estágio de menor compreensão científica, social e histórica

a uma fase de maior clareza e compreensão.

Essa proposta de trabalho pode referir-se tanto às ações intelectuais quanto aos

trabalhos manuais físicos. A prática social final é assim, o momento da ação consciente do

educando dentro da realidade em que vive. É uma proposta metodológica de apropriação e

de reconstrução do conhecimento sistematizado buscando evidenciar que todo o conteúdo

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que é trabalhado na educação e pelo educando, através do processo pedagógico, retorna

agora, de maneira nova e compromissada, para o cotidiano social a fim de ser nele um

instrumento a mais na transformação da realidade.

Seus passos, aqui apresentados, embora de modo formal, aparecem como se

fossem independentes e estanques, mas na realidade prática eles constituem um todo

indissociável e dinâmico, onde cada fase interpreta as demais. Assim, a prática social inicial

e final é o conteúdo reelaborado pelo processo educativo. A problematização, a

instrumentalização e a catarse são os três passos de efetiva construção do conhecimento

na e para a prática social.

Em síntese, segundo Gasparin (2003), o primeiro passo da pedagogia

histórico-crítica diz respeito ao nível de desenvolvimento real do educando -

prática social inicial; o segundo constitui o elo entre a prática social e a

instrumentalização - é a problematização; o terceiro relaciona-se às ações

didático-pedagógicas para a aprendizagem - instrumentalização; o quarto, a

expressão elaborada da nova forma de entender a prática social - catarse; e o

quinto e último, ao nível de desenvolvimento atual do educando - prática social

final. Sendo que os três passos intermediários compõem a zona de

desenvolvimento imediato ou proximal do educando (Vygotsky, 1991).

2. UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY

“Uma palavra que não representa uma idéia é uma coisa morta, da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.” Vygotsky

A psicologia sócio-histórica tem como base a teoria de Vygotsky e concebe o

desenvolvimento humano a partir das relações sociais que a pessoa estabelece no

decorrer da vida. Nesse referencial, o processo de ensino-aprendizagem também se

constitui dentro de interações nos diversos contextos sociais.

De acordo com Vygotsky, todas as atividades cognitivas básicas do indivíduo

ocorrem de acordo com sua história social e acabam se constituindo no produto do

desenvolvimento histórico-social de sua comunidade. Portanto, as habilidades cogni-

tivas e as formas de estruturar o pensamento do indivíduo não são determinadas por

fatores congênitos. São isto sim, resultado das atividades praticadas de acordo com

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os hábitos sociais da cultura em que o indivíduo se desenvolve. Consequentemente,

a história da sociedade na qual a criança se desenvolve e a história pessoal desta

criança são fatores cruciais que vão determinar sua forma de pensar. Neste proces-

so de desenvolvimento cognitivo, a linguagem tem papel crucial na determinação de

como a criança, e por extensão o aluno, vai aprender a pensar, uma vez que formas

avançadas de pensamento são produzidas através de palavras. Para Vygotsky, um

claro entendimento das relações entre pensamento e língua é necessário para que

se entenda o processo de desenvolvimento intelectual. Linguagem não é apenas

uma expressão do conhecimento adquirido. Existe uma inter-relação fundamental

entre pensamento e linguagem, um proporcionando recursos ao outro. Desta forma

a linguagem tem um papel essencial na formação do pensamento e do caráter do in-

divíduo.

2.1 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL

Um dos princípios básicos da teoria de Vygotsky é o conceito de "zona de de-

senvolvimento proximal". A zona de desenvolvimento próximo representa a diferença

entre a capacidade do aprendente resolver problemas por si mesmos e a capacida-

de de resolvê-los com ajuda de alguém. A zona de desenvolvimento próximo abran-

ge todas as funções e atividades que o aluno consegue desempenhar apenas se

houver ajuda de alguém. Esta pessoa que intervém para orientá-lo pode ser tanto

um adulto (pais, professor, responsável, instrutor) quanto um colega que já tenha de-

senvolvido a habilidade requerida.

A ideia de zona de desenvolvimento próximo é de grande relevância em todas

as áreas educacionais. Uma implicação importante é a de que o aprendizado huma-

no é de natureza social e é parte de um processo em que a criança desenvolve seu

intelecto dentro da intelectualidade daqueles que a cercam (Vygotsky, 1978).

De acordo com Vygotsky, uma característica essencial do aprendizado é que

ele desperta vários processos de desenvolvimento internamente, os quais funcionam

apenas quando o aprendente interage em seu ambiente de convívio. Frente ao ex-

posto, esse processo pode ser metaforicamente descrito em forma de espiral.

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Ilustração 2. Metáfora descritiva da teoria de Vygotsky

Jimenez (1989) utiliza esta mesma metáfora para mostrar como este proces-

so também ocorre na produção, assimilação e perpetuação da cultura. Segundo ele,

a partir dos anos 70 constata-se a necessidade de se valorizar a questão da cultura,

passando esta de simples saber enciclopédico para reconhecer que no povo existem

saberes que dialogam com o saber culto, num processo que se chama de espiralida-

de cultural, ou seja:

aquela que pretende mostrar como as culturas não ocorrem em estado puro: mas em seus processo de constituição e desenvo-lvimento, encontram-se com outras culturas populares, cultas ou de massa e vão assumindo características dessa última, in-tegrando-as em seus elementos mais primitivos, mas fornecen-do-nos um sujeito do qual a característica fundamental é a mestiçagem e, precisamente, o traço vai se criando, a partir de seu eixo cultural básico, fornecido este por sua origem só-cio-histórico de classe (JIMENEZ,1989).

O pensamento do educador Saviani – teórico da pedagogia histórico-

crítica – aponta a dialética como pressuposto desta, posicionando a filosofia que

fundamenta a referida tendência, qual seja, o materialismo histórico-dialético.

Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão “Pedagogia Histórico-Crítica” é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana. No Brasil, esta corrente pedagógica se firma, fundamentalmente, a partir de 1979 (SAVIANI, 2008, p.102).

2.2. MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA

“O trabalho educativo é o ato de produzir, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica

e coletivamente pelo conjunto dos homens”. (Saviani)

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A humanidade, produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos

homens, diz respeito ao conjunto de instrumentos com os quais os homens se

relacionam com a natureza e com os outros homens para promover a sobrevivência.

A forma histórica de produzir a humanidade chama-se trabalho, portanto a

centralidade do trabalho nas relações sociais diz respeito também à educação

segundo o que preconizam os referenciais de Karl Marx e Antônio Gramsci, como

aqui já foi exposto.

Para que a educação seja um instrumento do processo de humanização, o

trabalho, categoria central de análise da materialidade histórica dos homens enquan-

to a forma mais simples, mais objetiva, que eles desenvolveram para se organiza-

rem em sociedade, deve ser tomado como princípio educativo. Saviani (1991) afir-

ma:

num primeiro sentido, o trabalho é princípio educativo na medi-da em que determina, pelo grau de desenvolvimento social atingido historicamente, o modo de ser da educação em seu conjunto. Nesse sentido, aos modos de produção [...] corres-pondem modos distintos de educar com uma correspondente forma dominante de educação [...]. Num segundo sentido, o tra-balho é princípio educativo na medida em que coloca exigên-cias específicas que o processo educativo deve preencher em vista da participação direta dos membros da sociedade no tra-balho socialmente produtivo. [...]. Finalmente, o trabalho é prin-cípio educativo num terceiro sentido, à medida que determina a educação como uma modalidade específica e diferenciada de trabalho: o trabalho pedagógico (SAVIANI, 2008, p. 56).

Em síntese, o trabalho, como princípio educativo, traz para a educação a

tarefa de educar pelo trabalho e não para o trabalho, isto é, para o trabalho amplo,

filosófico, trabalho que se expressa na práxis, ou seja, pela articulação da dimensão

prática com a dimensão teórica, de forma refletida, pensada.

Saviani (1991), discutindo a necessidade de o educador brasileiro passar do

senso comum para a consciência filosófica na compreensão de sua prática educati-

va, aponta o método materialista histórico dialético como instrumento desta prática e

explica, para isto, a superação da etapa de senso comum educacional (conhecimen-

to da realidade empírica da educação), por meio da reflexão teórica (movimento do

pensamento, abstrações), para a etapa da consciência filosófica (realidade concreta

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da educação, concreta pensada, realidade educacional plenamente compreendida).

Sobre estas questões Saviani escreve:

Com efeito, a lógica dialética não é outra coisa senão o proces-so de construção do concreto de pensamento (ela é uma lógica concreta) ao passo que a lógica formal é o processo de cons-trução da forma de pensamento (ela é, assim, uma lógica abs-trata). Por aí, pode-se compreender o que significa dizer que a lógica dialética supera por inclusão/incorporação a lógica for-mal (incorporação, isto quer dizer que a lógica formal já não é tal e sim parte integrante da lógica dialética). Com efeito, o acesso ao concreto não se dá sem a mediação do abstrato (mediação da análise como escrevi em outro lugar ou “detour” de que fala Kosik). Assim, aquilo que é chamado lógica formal ganha um significado novo e deixa de ser a lógica para se con-verter num momento da lógica dialética. A construção do pen-samento se daria, pois da seguinte forma: parte-se do empírico, passa-se pelo abstrato e chega-se ao concreto. (SAVIANI, 2008, p.11).

As discussões travadas no interior de nossa escola apontaram para a

dificuldade de professores das áreas de exatas trabalharem os conteúdos de suas

disciplinas nesta perspectiva, pois estão fundamentados, aos olhos da maioria, em

bases conceituais abstratas. Neste sentido discussões foram travadas no sentido de

buscar outros referenciais que tornem mais concretos os conteúdos das ciências

exatas, com ênfase à adoção de uma postura metodológica que valorize a

interdisciplinaridade, a contextualização e a problematização na perspectiva do

materialismo histórico.

3. A INTERDISCIPLINARIDADE, A CONTEXTUALIZAÇÃO E A

PROBLEMATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em ampla

discussão nas semanas pedagógicas, destaque para as de 2001/2010 inferiu que

no ambiente de sala de aula, o professor, como bem colocam Amaral e Oliveira

(2003), além de lidar com uma avalanche de informação, convive com

alunos de diferentes origens culturais. Sendo assim, há inúmeros detalhes,

negociações, trocas e interações “harmoniosas” que precisam ocorrer para

tornar a aprendizagem mais eficiente.

Nessa ótica, a interdisciplinaridade é um desafio ao atual ensino mé-

dio, isso porque os professores foram formados de maneira segmentada,

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compartimentalizada, percebendo pouca ou nenhuma relação entre as dis-

ciplinas. Necessário se faz, dessa forma, revisão de alguns conceitos já

cristalizados, romper com alguns paradigmas e tomar a interdisciplinarida-

de como postura metodológica educativa.

Fazenda (2007) sustenta que

no limiar do século XXI e no contexto da internacionalização caracterizada por uma intensa troca entre os homens, a inter-disciplinaridade assume um papel de grande importância. Além do desenvolvimento de novos saberes, a interdisciplinaridade na educação favorece novas formas de aproximação da reali-dade social e novas leituras das dimensões socioculturais das comunidades humanas. (FAZENDA, 2007. p. 3)

Para garantir um desenvolvimento adequado de práticas interdisci-

plinares, torna-se importante estabelecer diferenças básicas entre esta e a

contextualização.

Uma questão que Zacharias (2007) esclarece que o entrecruzamen-

to dos conteúdos, independente das áreas do conhecimento, constitui a

mola propulsora da interdisciplinaridade, concomitantemente ao inter-rela-

cionamento entre os conteúdos da disciplina. Ao passo que os conteúdos im-

pregnados da(s) realidade(s) do aluno demarcam o significado pedagógico da con-

textualização. A contextualização, dessa forma, imprime significados e relevância

aos conteúdos escolares. À interdisciplinaridade caberá a explicitação dos conteú-

dos contextualizados.

A contextualização aponta para a necessidade de se trabalhar os

conteúdos, ultrapassando a realidade do aluno, pois, do contrário, incorre

no risco de proporcionar um esvaziamento dos conteúdos. É necessário

transpor o contexto do aluno, enfocando situações históricas, sociais, cul-

turais, éticas que se imbricam na produção do conhecimento e uma práti-

ca social refletida, diz Zacharias (2007).

Ao lado da interdisciplinaridade e contextualização a problematiza-

ção deve ser considerada, como nos lembra Pozo (1998)

um dos veículos mais acessíveis para levar os alunos a aprender a aprender é a solução de problemas [...] A solução de problemas baseia-se na apresentação de si-tuações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma atitude ativa e um esforço para buscar suas pró-prias respostas, seu próprio conhecimento. O ensino baseado na solução de problemas pressupõe promover

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nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização de conhecimentos disponíveis, para dar res-posta a situações variáveis e diferentes. Assim, ensinar os alunos a resolver problemas supõe dotá-los da capa-cidade de aprender a aprender, no sentido de habitu-á-los a encontrar por si mesmos as respostas às per-guntas que os inquietam ou que precisam responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por ou-tros e transmitida pelo livro-texto ou pelo professor (POZO, 1998.p.9).

Isto posto, apresentamos a seguir, as bases filosóficas da tendência

progressista "crítico-social dos conteúdos" sob a qual esta instituição assenta suas

ações, considerando também as contribuições de Vygotsky.

3.1. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO 3.1. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação, na perspectiva da pedagogia histórico-crítica, é concebida como

“produção do saber”, pois o homem ao longo da história tornou-se capaz de elaborar

ideias, assimilar comportamentos e atitudes com base nos conceitos que formulou

na relação com o seu meio. O ensino, tomado como parte da ação educativa, é visto

como processo, no qual o professor é o produtor do saber e o aluno consumidor. Ou

ainda, o professor, detentor de competência técnica, é o responsável pela

transmissão e socialização do saber escolar, cabendo ao aluno aprender os

conteúdos para ultrapassar o saber espontâneo, de caráter empírico.

A educação em sentido restrito, a escolarizada propriamente dita, deverá

enfatizar o currículo escolar, a escrita e o conhecimento científico, e a escola será a

mediadora entre o saber popular e o saber erudito, vislumbrando a sua superação.

Segundo Saviani “pela mediação da escola, dá-se a passagem do saber espontâneo

ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita” (SAVIANI, 1991, p. 29).

O saber popular seria o ponto de partida e o saber científico o ponto de chegada. A

igualdade para Saviani estaria no acesso ao saber sistematizado, portanto, pelo

ponto de chegada.

Neste sentido Saviani afirma que professor e aluno são agentes sociais na

medida em que são parceiros na solidificação de uma sociedade menos desigual

pelo direito de aquisição/reconstrução do conhecimento historicamente construído.

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3.2. CONCEPÇÃO DE HOMEM 3.2. CONCEPÇÃO DE HOMEM

Em Freire (2002) reitera-se a importância e a necessidade de se entender a

existência humana a partir de sua substancialidade, ou seja, o reconhecimento de

todos os homens como verdadeiros sujeitos históricos. Os atributos dados aos

homens não podem, assim, sobrepujar o dado mais importante da existência

humana: a sua presença no mundo como sujeito.

Em Vygotsky (1988)11 toma-se como referência, no desvelamento do homem

histórico, o ambiente cultural onde ele nasce e se desenvolve. Na abordagem

vygotskyana o processo de construção do conhecimento ocorre através da interação

do sujeito historicamente situado com o ambiente sócio-cultural onde vive. A

educação deve, nessa perspectiva, tomar como referência toda a experiência de

vida própria do sujeito.

Neste sentido, o Colégio Cyríaco Russo, a partir do construto destes dois

autores, concebe o aluno como sujeito socialmente inserido num meio

historicamente construído. O meio social do aluno e visto como veiculador da

cultura, desta forma constitui-se também em fonte de conhecimento. Nesse sentido,

respeitar-se-á o aluno enquanto ser histórico e o seu meio como gerador da cultura,

sem, no entanto, perder de vista a superação dos saberes do senso comum

vislumbrando a aquisição dos saberes científicos historicamente construídos.

3.3. CONCEPÇÃO DE MUNDO 3.3. CONCEPÇÃO DE MUNDO

A contradição é a essência da dialética. Esta instituição ao buscar a

concepção de mundo que pautasse suas expectativas, considerou aquela que

traduzisse a dimensão dialética. Para tanto, considera os seguintes princípios, ou

leis, da Dialética conforme quadro a seguir:

1º Princípio 2º Princípio 3º Princípio 4º Princípio

11 VYGOTSKY, L. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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Tudo se relaciona: princípio da totalidade

Tudo se transforma: princípio do movimento

Mudança qualitativa:

princípio da não repetição

Unidade e luta dos contrários: princípio da

contradição

A natureza se apresenta como um todo onde objetos e fenômenos são ligados entre si, condicionando-se reciprocamente. Essa compreensão da totalidade significa não só que as partes se encontram em conexão entre si e com o todo, mas também que o todo não pode ser petrificado na abstração situada por cima das partes, visto que o todo se cria a si mesmo na interação das partes.

A natureza e a sociedade não são realidades acabadas, mas em contínua transformação, jamais estabelecidos definitivamente.

A mudança das coisas não se realiza num processo de eterna repetição. Esta mudança qualitativa dá-se pelo acúmulo de elementos quantitativos que num determinado momento produzem o qualitativamente novo.

A transformação das coisas só é possível porque no seu interior coexistem forças opostas tendendo simultaneamente à unidade e à oposição. A contradição é a essência da dialética.

Quadro 33: Princípios da Dialética

3.4. CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE

Conceituar história, cultura e sociedade a partir do entendimento do conceito

de Materialismo Histórico foi uma necessidade apontada no coletivo da escola em

razão do que prescreve a SEED. O materialismo diz respeito à teoria que atribui à

realidade material o sentido e explicação da realidade; concebe a realidade

explicada e entendida a partir de uma relação dinâmica e contraditória de vários

processos que dão origem a novas realidades. Segundo os princípios do

Materialismo Histórico a maneira ou modo como uma sociedade realiza a produção

da vida material (bens culturais e serviços) interfere e define o processo social, a

política, a produção intelectual em geral. Desta forma as manifestações do

pensamento humano surgem a partir da estrutura econômica da sociedade.

De acordo com Russ (1994)

As relações sociais e culturais se auto definem e são influenciadas pelo modelo econômico. Os fenômenos econômicos explicam todos os outros aspectos da sociedade. A estrutura econômica definida nas relações de produção e forças de produção forma a infra-estrutura de uma sociedade, e sobre esta se organiza a superestrutura, ou seja, todo o arcabouço de explicações, ideias, definições, conceituações, organismos e instituições. A superestrutura representa, justifica, reproduz e promove a estrutura econômica ou infraestrutura. As maneiras de pensar se explicam pelas relações econômicas e sociais (RUSS,1994).

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A escola é, potencialmente, uma superestrutura que pode estar a serviço de

estruturas injustas ou a serviço da contestação destas estruturas. É uma questão de

opção política que pode legitimar mecanismos de coerção social ou rompimento com

os mesmos.

Severino (1994) entende que as mudanças sociais são fruto de uma

permanente luta de contrários, mas podem ser aceleradas com atuação consciente

dos homens, através de uma vinculação comprometida do pensamento à prática

social no sentido de desvelar as contradições da realidade (SEVERINO, 1994).

Com base nos princípios do Materialismo Histórico esta instituição buscará,

em todas as disciplinas, intermediar a análise das mudanças sociais acima

mencionadas abrindo o horizonte de expectativas dos alunos para que nelas

possam interferir quando possível.

3.5. CONCEPÇÃO DE GESTÃO3.5. CONCEPÇÃO DE GESTÃO

No epicentro da gestão escolar, norteada pelos princípios democráticos, estáNo epicentro da gestão escolar, norteada pelos princípios democráticos, está

a busca incessante pela melhoria da qualidade de ensino. Todos os esforços doa busca incessante pela melhoria da qualidade de ensino. Todos os esforços do

coletivo da escola devem primar pela valorização do trabalho desenvolvido peloscoletivo da escola devem primar pela valorização do trabalho desenvolvido pelos

profissionais da educação gerindo mecanismos que efetivem esta qualidade. Noprofissionais da educação gerindo mecanismos que efetivem esta qualidade. No

entanto, ele precisa ser balizada pelos princípios da democracia, da igualdade, daentanto, ele precisa ser balizada pelos princípios da democracia, da igualdade, da

universalidade e da laicidade.universalidade e da laicidade.

Para que este objetivo-mor seja alcançado é de fundamental importância aPara que este objetivo-mor seja alcançado é de fundamental importância a

compreensão dos limites e possibilidades da ação diretiva e o conhecimento decompreensão dos limites e possibilidades da ação diretiva e o conhecimento de

novas práticas e experiências, novas tecnologias e novos métodos da gestão danovas práticas e experiências, novas tecnologias e novos métodos da gestão da

escola pública como resposta a uma concepção democrática e dialógica.escola pública como resposta a uma concepção democrática e dialógica.

Segundo Canário (1996)Segundo Canário (1996)

O acesso a novas experiências e aos resultados a que a investigação vemO acesso a novas experiências e aos resultados a que a investigação vem chegando, devem corresponder a um recurso fundamental das escolaschegando, devem corresponder a um recurso fundamental das escolas quando se pretende promover a substituição de práticas de organização equando se pretende promover a substituição de práticas de organização e gestão baseadas fundamentalmente na reprodução de hábitos adquiridos,gestão baseadas fundamentalmente na reprodução de hábitos adquiridos, por uma prática refletida, geradora de soluções inovadoras (CANÁRIO,por uma prática refletida, geradora de soluções inovadoras (CANÁRIO, 1996). 1996).

A partir da década de 80 a prática reflexiva tem sido incentivada como meioA partir da década de 80 a prática reflexiva tem sido incentivada como meio

eficaz de rever conceitos e práticas, antever fenômenos e situações que requeiram aeficaz de rever conceitos e práticas, antever fenômenos e situações que requeiram a

tomada de decisões já previstas em lei, isso porque a Lei de Diretrizes e Bases datomada de decisões já previstas em lei, isso porque a Lei de Diretrizes e Bases da

74

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Educação Nacional prescreve como função dos sistemas de ensino aEducação Nacional prescreve como função dos sistemas de ensino a

regulamentação da gestão democrática nos termos do artigo 3º, inciso VIII: “gestãoregulamentação da gestão democrática nos termos do artigo 3º, inciso VIII: “gestão

democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas dedemocrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de

ensino” e complementa no artigo 14: “os sistemas de ensino definirão normas deensino” e complementa no artigo 14: “os sistemas de ensino definirão normas de

gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suasgestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas

peculiaridades (...)”.peculiaridades (...)”.

Esta instituição, após analisar as suas peculiaridades, definiu como prática naEsta instituição, após analisar as suas peculiaridades, definiu como prática na

perspectiva de gestão democrática o pré-conselho/conselho de classe com aperspectiva de gestão democrática o pré-conselho/conselho de classe com a

participação de alunos, a fomentação da atuação de professores tutores e líderes departicipação de alunos, a fomentação da atuação de professores tutores e líderes de

turma, a realização de reuniões periódicas com a Equipe Pedagógica, Agentesturma, a realização de reuniões periódicas com a Equipe Pedagógica, Agentes

Educacionais, APMF, Conselho Escolar e a manutenção de uma urna no pátio ondeEducacionais, APMF, Conselho Escolar e a manutenção de uma urna no pátio onde

os alunos podem apresentar suas denúncias, críticas, sugestões e elogios.os alunos podem apresentar suas denúncias, críticas, sugestões e elogios.

Outra prática que merece destaque está para a tomada de decisõesOutra prática que merece destaque está para a tomada de decisões

importantes que interferirão na rotina do processo educativo. Sempre que estasimportantes que interferirão na rotina do processo educativo. Sempre que estas

decisões se fazem necessárias, todo o coletivo é acionado e, enquanto a totalidadedecisões se fazem necessárias, todo o coletivo é acionado e, enquanto a totalidade

não é consultada, a decisão é postergada. Um exemplo disto foi a implantação donão é consultada, a decisão é postergada. Um exemplo disto foi a implantação do

Ensino Organizado por Blocos de Disciplinas após reuniões sucessivas e, plebiscitoEnsino Organizado por Blocos de Disciplinas após reuniões sucessivas e, plebiscito

que decidiu pela sua continuidade. que decidiu pela sua continuidade.

3.5.3.5. CONCEPÇÃO DE TRABALHO CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Estudos recentes, final do século XX e início do século XXI, têm apontado o

conceito de trabalho na vertente marxista. Segundo Luckacs (1981):

o trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade (LUCKÁCS, 1981, p.12).

O homem possui a capacidade potencial de realizar-se como ser livre e

universal, ao efetivar-se, no curso da História, ao mesmo tempo em que dá rumos à

sua existência. Isso quer dizer que o homem está em um constante processo de

autoconstrução possibilitada por sua atividade essencial, o trabalho.

Nesta perspectiva, esta instituição reitera o pensamento de Marx quando

afirma que:

75

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é por meio dessa atividade vital, que o homem objetiva o seu espírito no mundo e materializa em objetos suas inquietações, idéias e sentimentos, resultando daí os bens materiais necessários à existência, bem como toda a riqueza social, descrita como a objetivação do trabalho” (MARX, 2004, p. 80).

O trabalho modifica o meio que o circunda e, ao modificá-lo, cria uma nova

realidade, da qual os demais homens usufruem, engendrando assim um feixe de

relações sociais. É nessa estreita relação com a natureza e os demais homens,

mediada pelo trabalho, que o ser humano constrói sociedades, reconfigura a história

e, simultaneamente, molda a sua essência.

O trabalho humano, em sua essência, difere-se substancialmente da atividade

produtiva dos demais seres vivos porque ele envolve consciência, vontade e um

comportamento próprio de seu gênero; ao trabalhar, o homem não realiza uma mera

atividade animal, instintiva, para satisfazer suas necessidades imediatas. O homem,

tomado de racionalidade que lhe é peculiar, pensa, planeja e imprime sentido a tudo

o que faz. É essa capacidade que diferencia a atividade produtiva humana da mera

atividade animal. Enquanto este produz sob o domínio da carência física, o homem

produz universalmente, embora seja com base na sua condição objetiva que

produza.

Neste sentido o simples ato de estudar sintetiza os princípios da produção

vistos nesta ótica. Essa produção da vida por meio do trabalho não deve ser

compreendida como uma mera reprodução da existência física dos homens. Ela é,

antes, um determinado modo de vida dos indivíduos, o ato de exteriorização de sua

vida, ou seja, a vida dos homens em cada época histórica coincide com a sua

produção; os homens são aquilo que eles fazem de si mesmos pelo trabalho.

3.7. CONCEPÇÃO DE ESCOLA 3.7. CONCEPÇÃO DE ESCOLA

O conceito de escola pode ser definido pela sua tarefa primordial, qual seja, a

difusão do conhecimento científico historicamente construído. Estes conhecimentos

integram-se na rotina da escola, no entanto são indissociáveis das realidades

sociais. Cumpre ainda à escola contribuir para eliminar a seletividade imposta pela

sociedade e torná-la democrática. Se a escola é parte integrante do todo social, agir

dentro dela é também agir no rumo da transformação da sociedade.

76

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Na perspectiva histórico-crítica dos conteúdos Saviani (2003) lembra que:

a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida dos átimos. Entendida nesse sentido, a educação é uma atividade mediadora no seio da prática social global, ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética), a uma visão sintética, mais organizada e unificada (sintética) (SAVIANI,2003).

Em síntese, a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o

mundo adulto e suas contradições, fornecendo lhe um instrumental, por meio da

aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa

na democratização da sociedade.

3.8. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA3.8. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A concepção de cidadania só pode ser compreendida a partir do conceito de

democracia, pois há entre estas duas realidades uma estreita afinidade, pois

perpassam pelas duas exigências básicas de vida em sociedade: o conhecimento

dos direitos e cumprimento dos deveres que legitimam o equilíbrio necessário entre

os interesses individuais e o interesse público. Desta forma, ao longo da história a

cidadania vem se afirmando e se consolidando com a conquista de direitos, quais

sejam, os direitos os políticos, os econômicos e sociais.

Tomamos aqui democracia como “regime que assegura a igualdade, a

participação coletiva de todos na apropriação dos bens coletivamente criados”

(COUTINHO, 2000), pois esta instituição entende que a desigualdade que permeia

as relações nem sempre assegura os direitos do cidadão, desta forma buscará

articular mecanismos que minimizem as evidências das diferenças, pelo respeito e

tolerância. Para tanto, nas discussões das semanas pedagógicas definiu-se que o

Projeto Gentileza gera Gentileza pode intermediar a formação de conceitos para

efetivação da cidadania.

3.9. CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO

77

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“O currículo não é um conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não se trata de um conceito abstrato que tenha algum tipo de existência fora e previamente à experiência humana. É, antes, um modo de organizar uma série de práticas educativas” (GRUNDY, 1987)

Existe uma relação de inegável interdependência entre cultura, currículo, co-

nhecimento e conteúdos de ensino. Ao estabelecermos a estreita relação que perce-

bemos entre cultura e currículo, relação esta já anunciada por Grundy (1987 apud

SACRISTÁN, 2000, p.14) recorremos ao dicionário Aurélio (s.d) destacando apenas

as definições que julgamos pertinentes:

Cultura. [Do lat. cultura]. S.f. [...] 3. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização: a cultura ocidental; a cultura dos esquimós. 4. O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores; civilização, progresso: A Grécia do séc.V a .C atingiu o mais alto grau de cultura de sua época. 5. Atividade e desenvolvimento intelectuais; saber, ilustração, instrução: Ministério da Educação e Cultura; a cultura do espírito. 6. Apuro, esmero, elegância [...] (p.409).

A abrangência significativa de cultura contrapõe-se à restrição significativa do

termo currículo. O mesmo dicionário assim o define: “Currículo. [Do lat.curriculu].

S.m. 1. Ato de correr. 2. Atalho, corte. 3. Bras. Parte de um curso literário. 4. Bras.

As matérias constantes de um curso”. (p.412).

No viés que buscaremos assentar nossas reflexões destacamos a análise

apresentada por Saveli (2001) para o vocábulo cultura para estabelecermos as

aproximações com o currículo. Segundo a autora, todas as definições imputadas

pela metalinguagem são pertinentes e apóiam-se em dois pólos básicos: um de

caráter individual e outro de caráter coletivo. A cultura assim, ao mesmo tempo,

assenta-se numa acepção puramente descritiva e objetiva desenvolvida pelas

ciências sociais contemporâneas, podendo ser considerada como o conjunto dos

traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade ou

de um grupo; e, numa acepção individual, a cultura desarticula-se na relação dos

indivíduos entre si e percebe-se num contexto unilateral, ou seja, refere-se à cultura

do espírito no qual o indivíduo se banha de uma tradição cultural que ele herda e do

qual os outros, seus contemporâneos, são os herdeiros e as testemunhas (SAVELI,

2001, p.7-8).

Tomando os conceitos anteriormente apresentados como

78

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complementares e não contraditórios, posicionamento este também adotado por

Forquin (1993) ao afirmar que certos aspectos da cultura que, são reconhecidos

como podendo ou devendo dar lugar a uma transmissão deliberada e, mais ou

menos institucionalizadas, enquanto outros constituem objetos de aprendizagens

informais e outros tantos, enfim, que não sobrevivem ao envelhecimento de

gerações e não conseguem deixar marcas no tempo. Desse modo “falar de

transmissão cultural supõe, então, sempre, em qualquer nível, a idéia de uma

permanência (pelo menos seletiva), e a idéia de um valor, ou de uma excelência.”

(FORQUIN,1993,p.11). Assim sendo, o autor define cultura como

um patrimônio de conhecimentos e de competências, de instituições, de valores e de símbolos, constituído ao longo de gerações e característico de uma comunidade humana particular, definida de modo mais ou menos amplo e mais ou menos exclusivo (FORQUIN, 1993, p. 12).

Partindo dessa polarização conceitual de cultura, concordamos com

Forquin (1993) ao ponderar que a cultura simultaneamente

pode ser compreendida como herança coletiva, patrimônio cultural e espiritual trazendo em seu bojo uma face pluralista que norteia a idéia de que o essencial daquilo que a educação transmite, ou deveria transmitir, transcende as fronteiras entre os grupos humanos e os particularismos psicológicos; advém de uma memória coletiva e de um destino comum a toda a humanidade (FORQUIN 1993, p. 15)

No construto reflexivo de Pérez Gómez (1998) encontramos que

a cultura não é um conjunto de determinações e normas claras e precisas, é antes de mais nada, um conglomerado aberto de representações e normas de comportamento que contextualizam a rica, mutante e criadora vida dos membros de uma comunidade e que vai se ampliando, enriquecendo e modificando precisamente como conseqüência da vida inovadora daqueles que atuam sob o guarda-chuva de sua influência. (PÉREZ GOMÉZ,1998, p. 60 - 61).

Revisitando Saveli (2001) concordamos que o currículo, nesta

perspectiva, deva ser tomado, então

não como a soma bruta de tudo o que pode ser vivido, pensado, produzido pelos homens desde o começo dos tempos, mas como aquilo que, ao longo do tempo, pôde aceder como valor e significado social, cristalizando-se nos saberes cumulativos e controláveis, nos sistemas de símbolos inteligíveis, nos instrumentos aperfeiçoáveis, nas obras admiráveis [...] Através de um trabalho docente a cultura se transmite e se perpetua. Assim, educação e cultura são duas faces, rigorosamente recíprocas e complementares, de uma mesma realidade (SAVELI, 2001, p. 11).

Avançando nesse raciocínio concordamos com Reboul (apud SAVELI, 2001)

79

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quando afirma que “a educação é o conjunto dos processos e dos procedimentos

que permitem à criança humana chegar a um estado de cultura, sendo a cultura o

que distingue o homem do animal”; considerando ainda que, o currículo seja a

materialização da seleção de conhecimentos que garantirão a educação das

gerações que passam pela educação escolarizada, é que reafirmamos a estreita

relação entre cultura e currículo.

3.10. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO

A visão de conhecimento está vinculada às visões de homem e de mundo. O

conhecimento escolar deve se apoiar na realidade concreta do aluno, sendo assim,

ele não é um produto pronto e acabado.

A escolha dos conteúdos, portanto, não é uma escolha “do gosto do

professor” ou “da imposição dos conteúdos por eles mesmos” ou da “vida pregressa

dos alunos”. A escolha dos conteúdos deve estar intimamente ligada aos grandes

problemas enfrentados na prática social.

Os conteúdos de ensino são, segundo Libâneo (1985), os bens culturais

universais que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente

autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face

às realidades sociais. Embora se aceite que os conteúdos são realidades exteriores

ao aluno, que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados, eles não

são fechados e refratários às realidades sociais. Desta forma, não basta que os

conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados, é preciso que se

liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social.

3.11. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO3.11. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

O termo letramento, hoje associado à pesquisadora Magda Becker Soares

(2003) teve seu conceito ampliado nas últimas décadas a partir da distinção do mes-

mo em relação ao termo alfabetização. Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler

e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam

80

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parte da vida do aluno. Neste sentido, o letramento compreende tanto a apropriação

das técnicas para a alfabetização quanto o convívio e hábito de utilização da leitura

e da escrita.

A pesquisadora considera ainda a possibilidade de uma pessoa ser alfabe-

tizada e não ser letrada e vice-versa. Segundo Magda Soares “No Brasil as

pessoas não lêem. São indivíduos que sabem ler e escrever, mas não pra-

ticam essa habilidade e alguns não sabem sequer preencher um requeri-

mento.” Paralelamente existem pessoas que conhecem e fazem distinção

entre gêneros textuais diversos e dominam a sua estrutura, mas não fo-

ram alfabetizados.

Esta instituição de ensino entende que além de alfabetizar precisa

dar condições para o letramento de seus alunos e, em razão disso a APMF

investiu recursos nas instalações da biblioteca, provendo seus alunos com

bancadas de estudo, cadeiras ergométricas, acervo atualizado e disponibi-

lização de funcionário responsável nos três turnos.

3.12.3.12. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

O termo tecnologia, de forma ampla, tem sido usado para designar todo o

aparato criado pelo homem para expandir seus domínios e tornar o seu trabalho

mais fácil pelo melhor aproveitamento do tempo. No entanto, vale ressaltar que o

termo não se restringe apenas ao instrumento, ferramenta ou equipamento tangível.

Tecnologia também agrega realidades intangíveis, como procedimentos, métodos,

técnicas, algoritmos e linguagens. Enfim, todo o conhecimento utilizado na

produção dos aparatos tecnológicos configura-se como tecnologia.

De uma maneira simples pode-se elencar algumas grandes revoluções

tecnológicas que tiveram enorme impacto na educação, segundo Chaves (1999):

A Invenção da Fala, que permitiu o surgimento da educação como diálogo pessoal e individualizado. Sócrates é o principal educador a representar esse estágio de desenvolvimento tecnológico. A Invenção da Escrita Alfa-bética, que representa os sons e não os objetos e que permitiu o surgimento da correspondência e do livro manuscrito e, portanto, o aparecimento da educação a distância. A Invenção da Impressão Tipográfica, que permitiu a criação do livro impresso e que criou condições para a educação em massa

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e, portanto, para a criação da escola moderna. A Invenção do Computador e da Comunicação Digital, que permitiu o surgimento da Internet e, com ela, de multimídia, isto é, pessoas em contato umas com as outras e com a in-formação num ambiente interativo que incorpora som (como a voz humana), imagem, e texto e que, portanto, torna possível educação presencial e a dis-tância que é ao mesmo tempo personalizada e individualizada e em massa (CHAVES, 1999).

Com o aparecimento da multimídia tornou-se possível a criação de novos es-

paços, tempos e ambientes presenciais e virtuais de aprendizagem. O caráter inova-

dor de multimídia, do ponto de vista da educação, não está na forma de aprender

por ela viabilizada (aproveitamento do som, do texto escrito, e a imagem), mas na

dialogicidade virtual global mediada pelo som, texto escrito e imagem. O que implica

dizer que, se a dialogicidade não estiver presente, a utilização da multimídia perde-

se na ausência de objetivos pré definidos.

Nosso desafio é integrar a multimídia sem que se perca de vista o foco do

processo ensino aprendizagem que deve ser mediado pelo professor e não pelo

aparato tecnológico.

Esta instituição utiliza a TV Paulo Freire, TV pen drive, laboratório de informá-

tica com acesso à internet, vídeos e data show. Para garantir a segurança dos alu-

nos, professores e funcionários foram instaladas câmeras em pontos estratégicos.

Vale citar ainda o grande avanço garantido pelo uso de computadores e internet na

sistematização das informações e registros de cunho administrativo que viabilizam

tomadas de decisões pedagógicas.

3.13.3.13. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEMCONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, na interação

com outros sujeitos. Formas de pensar são construídas por meio da apropriação do

saber da comunidade na qual está inserido o sujeito numa estreita relação entre ho-

mem e mundo. Esta relação é mediada por alguns e elementos que auxiliam nas ati -

vidades humana. Estes elementos de mediação são os signos e os instrumentos. O

trabalho humano, que une a natureza ao homem e cria, então, a cultura e a história

do homem, desenvolve a atividade coletiva, as relações sociais e a utilização de ins-82

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trumentos. Os instrumentos são utilizados pelo trabalhador, ampliando as possibili-

dades de transformar a natureza, sendo assim, um objeto social.

Para Tozoni (2004)

A valorização dos conhecimentos, contextualizados histórico e socialmente como verdades em movimento, como instrumentos mediadores da relação dialética homem natureza, fornecidos e modificados pela cultura, está no fato de serem considerados por diversos autores (como Vygotsky e Saviani) produtos e produtores sociais. A apropriação desses conhecimentos (consi-derados, assim, não-neutros), pelo capitalismo (como ciência e tecnologia) em benefício do capital numa lógica exploratória degradante, é vista como ferramenta do processo de humanização e, certamente de transformação social.

Esse mecanismo proposto por Tozoni (2004) exemplifica o mecanismo de en-

sino e aprendizagem na perspectiva dialética onde professores e alunso ensinam à

medida que aprendem.

3.14.3.14. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A avaliação não é um processo meramente técnico, pois implica num posicio-

namento político e inclui valores e princípios. Neste sentido, entendemos que o de-

safio da escola pública foi e, continua sendo, o do avanço na direção do desvela-

mento dos princípios que vêm norteando e permeando as práticas avaliativas.

Ao longo do tempo, houve alterações quanto à concepção de avaliação subja-

cente à legislação: inicialmente, consistia em julgar o desempenho do aluno, de for-

ma imparcial e objetiva, computando acertos e erros apresentados nas questões de

provas e exames; posteriormente, a avaliação da aprendizagem como procedimento

de julgar o desempenho do aluno passou a se basear em critérios expressos nos ob-

jetivos previstos a ser realizada de forma ampla e contínua.

O conceito de avaliação de aprendizagem, que tradicionalmente tem como

alvo o julgamento e a classificação do aluno, e ainda persiste na prática de alguns

profissionais necessita ser redirecionado, pois a competência ou incompetência do

aluno resulta, em última instância, da competência ou incompetência da escola. A

avaliação escolar, portanto, não pode restringir-se a um de seus elementos, de for-

ma isolada. Importa, pois, enfatizar a relação entre avaliação da aprendizagem e

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avaliação do ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada

com o desempenho do professor e com as condições contextuais da própria escola.

No início de cada semestre letivo, ou seja, de cada bloco de disciplinas, os

professores são orientados a expor aos alunos os critérios segundo os quais serão

avaliados e os riscos de acumular faltas não justificadas. Uma vez conhecidos os cri-

térios os professores devem utilizar estratégias avaliativas diversificadas ponderan-

do os valores atribuídos a cada uma delas.

A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num

momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Cabe ao professor verificar

os alunos que a ela serão submetidos, em razão do baixo rendimento ou perda de

avaliações. Muito embora se privilegie a recuperação de conteúdos ao aluno é opor-

tunizada a substituição da nota.

3.15. CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA3.15. CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da

vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do

Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas

mudanças físicas, psicológicas e comportamentais.

Estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja, quase

20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes*,

21,84% da população total do país. Destes 34 milhões: 1,1 milhão são

analfabetos/as; 76,5% desses analfabetos/as se encontram no nordeste; 2,7 milhões

de 07 a14 anos estão fora da escola (10% da faixa etária); 4,6 milhões de 10 a 17

anos estudam e trabalham; 2,7 milhões de 10 a 17 anos só trabalham; desses dois

grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas semanais.

Partimos dessa exposição para apresentarmos a concepção de adolescência

porque “toda adolescência leva, além do selo individual, o selo de meio cultural e

histórico” (ABERASTURY, 1981, apud OZELLA, 2007).

O adolescente formado nesta instituição leva consigo “a juventude eterna,

notavelmente idêntica a si própria no decurso dos séculos (DEBESSE, 1946, apud

84

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OZELLA, 2007) e seus formadores estão atentos às transformações decorrentes

desta fase de vital importância, uma vez que os conceitos formados poderão definir

o devir.

MARCO OPERACIONAL

Muitos são os desafios com os quais os profissionais da educação deparam-

se no dia-a-dia no sentido de operacionalizar o ideário sobre o qual se assentam as

bases da escola pública no país cuja função social é possibilitar acesso e

emancipação humana e transformação social através da aquisição de saberes

85

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historicamente sistematizados pela humanidade.

Sistematizar as ações que expressassem as concepções descritas no marco

conceitual deste documento exigiu um esforço coletivo em interpretar questões

evidenciadas em pesquisa em todos os segmentos da escola (anexos 1, 2 e 3). A

participação dos atores da escola é uma exigência na construção do PPP, como nos

lembra Veiga (1995):

a participação é elemento inerente à consecução dos fins, em que se busca e se deseja práticas coletivas e individuais baseadas em decisões tomadas assumidas pelo coletivo escolar, exige-se da equipe diretiva, que é parte desse coletivo, liderança e vontade fir-me para coordenar, dirigir e comandaro processo decisório como tal e seus desdobramentos de execu-ção. Liderança, firmeza no sentido de encaminhar e viabilizar deci-sões com segurança, como elementos de competência pedagógi-ca, ética e profissional para assegurar as decisões tomadas de for-ma participativa e respaldadas, técnica, pedagógica e teoricamen-te sejam cumpridas por todos. (VEIGA, 1995, p.45)

A construção do PPP, independente da nomenclatura utilizada, deve

ser elaborado pelos sujeitos envolvidos no processo educativo da escola em ato

deliberativo, sendo resultado de um processo complexo de discussões e debates,

cuja concepção requer tempo, estudo, reflexão e aprendizagem de trabalho coletivo.

De acordo com Veiga

O projeto político pedagógico, como projeto/intenções, deve constituir-se em tarefa comum da equipe escolar e, mais especificamente, dos serviços pedagógicos (Supervisão Escolar e Orientação Educacional). A esses cabe o papel de liderar o processo de construção desse projeto pedagógico. Se, por um lado, a coordenação do processo de construção do projeto pedagógico é tarefa do corpo diretivo e da equipe técnica, por outro, é co-responsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal técnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando, ainda, com a colaboração e a assessoria efetivas de profissionais ligados à educação (1998, p.31).

Em linhas gerais as ações pensadas pautaram-se em referencial teórico

disponibilizado pela SEED para as semanas pedagógicas. Desta forma, o

entendimento que o coletivo desta instituição tem de Projeto Político Pedagógico,

está em consonância com o apontado por Libâneo (2001, p.125). Segundo ele o

projeto pedagógico “deve ser compreendido como instrumento e processo de

organização da escola”, tendo em conta as características do instituído e do

instituinte. 86

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Segundo Vasconcellos (1995, p.85), o projeto pedagógico é:

Um instrumento teórico-metodologico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita resignicar ação de todos os agentes da instituição.

O projeto político-pedagógico, enquanto um dos principais instrumentos

estratégicos de realização de reforma da educação escolar prescrita na lei de

diretrizes e bases 9.394/96, tornou-se umas tarefas dos estabelecimentos de ensino.

Como bem nos sintetizou Cardeiro (1998) o inciso I do artigo 12 estabelece que

cada escola deverá “elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Já no inciso VII

do mesmo artigo especifica-se outra incumbência para os estabelecimentos de

ensino: dar aos pais e responsáveis pelos alunos informações sobre a execução de

sua proposta pedagógica. No artigo 14 estabelece por meio dos seus incisos, para

os professores que “participação dos profissionais da educação na elaboração do

projeto pedagógico da escola.” (CARDEIRO,1998, p.73)

Nesse sentido é que o PPP não é apenas uma listagem de objetivos e

metodologias estanques concebidos por seus gestores, uma vez que a

administração escolar está longe de ser simplesmente a gerenciadora de processos

burocráticos estrategicamente planejados, mas deve se fazer presente desde a

sensibilização e mobilização, passando pela construção coletiva até chegar à

execução da proposta. Para Pacífico (2007)

a gestão democrática nas escolas requer, pois, participação coletiva viabilizando os procedimentos de gestão, capazes de propiciar o comprometimento dos envolvidos; decidir e implementar as idéias acordadas; estabelecer procedimentos institucionais adequados à igualdade de participação; articular interesses coletivos, de forma a melhorar o projeto pedagógico; estabelecer mecanismos de controle das ações efetivadas e desenvolver um processo de comunicação claro e aberto entre as comunidades escolar e local. A gestão democrática do ensino e da escola assegura o direito de todos à educação, fortalece a escola como instituição, e contribui para a redução das desigualdades sociais, éticos e culturais.(PACÍFICO, 2007)

Vale lembrar que a elaboração do projeto político pedagógico, dentro do

princípio da autonomia, passa por dois momentos cruciais, que aqui chamaremos de

níveis: a organização da escola com um todo e a organização da sala de aula,

incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a visão 87

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de totalidade.

A autonomia dada à escola, no entanto, não a desobriga de conhecer os

desígnios constitucionais e o princípio da gestão democrática, a LDB nº9394/96, os

dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente nº 8069/1990, a Resolução nº

04/2010 – CEB/CNE que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a

Educação Básica, a Resolução nº 07/2010 – CEB/CNE que fixa as Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino de 9 anos; a Deliberação nº 14/1999 que

normatiza a elaboração do Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica; a

Deliberação nº 16/1999 que normatiza a elaboração do Regimento Escolar.

A principal possibilidade de construção do projeto político-pedagógico passa

pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria

identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate,

diálogo, fundado na reflexão coletivo. Portanto, é preciso entender que projeto

político-pedagógico da escola dará indicações necessárias à organização do

trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do professor na dinâmica interna da sala

de aula e do gesto que deve ter uma visão globalizada do processo educativo.

Após levantamento criterioso de elementos para compor o pano de fundo do

PPP, com a utilização de questionários, algumas questões levantadas exigiram

tomadas de medidas pontuais; outras, no entanto, clamavam pela criação de

estratégias metodológicas que só poderão ser avaliadas ao longo do processo

educativo em anos subsequentes, o que exigirá realimentação do presente

documento.

Para as ações que passaremos a descrever um desafio se apresenta: o

enfrentamento das amarras que tem impedido profissionais que, mesmo

participando de uma formação continuada, não se sentem co-responsáveis pelo

sucesso e fracasso do processo educativo, escondendo-se muitas vezes em

justificativas como a proposição de políticas públicas que não valorizam o trabalho

do professor, culpabilizando-os pelas falhas do próprio governo, mais

especificamente da SEED, falta de recursos, desinteresse dos alunos, jornada

excessiva, baixos salários, entre outros. Parece estar longe está o dia para que

muitos percebam as exigências da sua profissão e assumam as responsabilidades

88

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dela inerentes, quais sejam, proporcionar uma educação de qualidade aos alunos

possibilitando a estes a melhoria da qualidade de vida; evidenciar, na prática,

valores éticos da cidadania.

Hoje a escola que temos não é, ainda, a escola que atende as reais

necessidades de seus alunos, mas a que queremos deve ser traduzir os objetivos

fixados, utilizar metodologias coerentes e, utopicamente, revelar o sonho de uma

escola ideal, que crie oportunidade para todos equitativamente, que tenha qualidade

pedagógica e social, que prime pela igualdade de direitos. Uma escola que forme

cidadãos críticos, conscientes de seus direitos e deveres, comprometidos com a

coletividade, bons profissionais nas atividades que optarem, éticos e responsáveis

pela vida do outro e do planeta.

A escola que queremos e, acima de tudo, devemos construir, é a que forma

bons leitores de mundo emancipados, que saibam utilizar o conhecimento escolar na

vida cotidiana, efetivando assim, sua inserção na vida social e comunitária. A escola

que queremos é, efetivamente, o espaço propenso para o respeito às diferenças de

quaisquer naturezas, pelo respeito dos direitos humanos hoje tão fragilizados. Enfim,

a escola que queremos não anula o indivíduo, mas propõe, pela convivência

harmoniosa, a redescoberta das inúmeras vantagens decorrentes do trabalho

cooperativo, isso porque atualmente a humanidade está voltada para o

desenvolvimento científico-tecnológico, desconsiderando os valores humanos.

Diante de tal dado identificou-se que as pessoas tornaram-se apáticas aos

problemas existentes na sociedade e, como consequência, não assumem seu papel

de cidadão. Contudo, a escola - enquanto instituição - preocupa-se em resgatar sua

verdadeira função: desenvolver no aluno atitudes, habilidades e valores que

ampliem sua possibilidade presente e viabilizem sua capacidade plena de

participação social.

Nesse sentido, frente aos desafios atuais, é necessário estabelecer propostas

e objetivos comuns, fruto do trabalho coletivo, que visem colaborar para a

construção de uma sociedade humanizada.

1. PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS

89

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1.1 ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS

A elaboração da Proposta do Ensino Médio Organizado por Blocos de Disci-

plinas Semestrais, pela Secretaria de Estado de Educação, constitui-se em uma

ação com vistas o combate à evasão escolar e proporcionar uma forma de organiza-

ção que possibilite a dinamização do trabalho com os conteúdos, e principalmente, a

possibilidade de um novo olhar sobre o Ensino Médio.

Cada Bloco de Disciplinas Semestrais deverá ser cumprido, no mínimo 100

dias letivos, previstos em Calendário Escolar.

O aluno terá a garantia de continuidade dos seus estudos quando concluir

cada um dos Blocos de Disciplinas Semestrais.

A conclusão da série ocorrerá quando o aluno cumprir os dois Blocos de

Disciplinas Semestrais ofertados em cada série.

Quando a conclusão da série ocorrer, no final do 1º semestre do ano letivo, o

aluno poderá realizar a matrícula na série seguinte, no 2º semestre no mesmo ano

letivo.

1.1.1 Proposta Curricular Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas

A proposta curricular do Colégio Estadual “Cyríaco

Russo” – Ensino Médio e Normal, caracteriza-se pela concepção

dialética de educação, implicando uma abordagem de aprendizagem

que respeite tempos e espaços diferenciados, associados ao

desenvolvimento dos sujeitos.

A proposta curricular da escola faz opção pela concepção histórico-crítica-

social dos conteúdos, uma vez que toma as contribuições de Dermeval Saviani e

João Luiz Gasparin, e a importância da mediação proposta por Vygotsky. Desta

forma, a Proposta Pedagógica Curricular se organiza a partir dos seguintes eixos:

Trato ético nas relações de diferentes naturezas do processo pedagógico;

Socialização dos conhecimentos historicamente construídos;

Respeito aos conhecimentos culturais trazidos pelos alunos;

Práticas interdisciplinares;

90

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Acesso às tecnologias disponíveis no espaço escolar;

Construção da cultura da pesquisa;

Desenvolvimento e prática da escrita, leitura nos diferentes gêneros

discursivos nas diferentes disciplinas;

Prática da oralidade pela preparação de temas polêmicos apresentados

em forma de seminário, mesa redonda, artes cênicas;

Inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais, temporárias

ou permanentes.

Preparação globalizada para a inserção no universo do trabalho e

universidade.

1.1.2. Matriz curricular do ensino médio organizado por blocos de disciplinas

Matriz CurricularAno Letivo2011Estabelecimento: CYRIACO RUSSO, C E - E MEDIO NORMALCurso: ENSINO MEDIOAno de Implantação: 2011 – SIMULTANEA

Disciplina Série / Carga Horária SemanalBL1 BL2 BL1 BL2 BL1 BL2

1001 - BIOLOGIA BNC 4 4 4 0601 - EDUCACAO FISICA BNC 4 4 4 2201 - FILOSOFIA BNC 3 3 3 0501 - HISTORIA BNC 4 4 4 0106 - LINGUA PORTUGUESA BNC 6 6 6 0704 - ARTE BNC 4 4 4 0901 - FISICA BNC 4 4 4 0401 - GEOGRAFIA BNC 4 4 4 0201 - MATEMATICA BNC 6 6 6 2301 - SOCIOLOGIA BNC 3 3 3 0801 - QUIMICA BNC 4 4 4 1107 - L.E.M.- INGLES PD 4 4 4 1108 - L.E.M.- ESPANHOL* PD 4 4 4 Carga Horária Total 29 25 29 25 29 25

91

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1.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E

SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

1.2.1. Dados gerais do curso

O referido curso funciona no período vespertino e noturno com aulas de 50

minutos, perfazendo uma carga horária de 4800 h/a distribuídas em 200 dias

letivos/ano na modalidade presencial. O módulo do curso é cumprido em 40

semanas, cuja carga horária destinada aos estágios supervisionados ( práticas de

docência) é cumprida em contraturno.

O curso pelo seu formato estrutural (matriz curricular, carga horária, estágios)

e pela metodologia utilizada (baseada no construto de Saviani e Gasparin) como

busca propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural que o habilite a

exercer, com êxito, a função docente nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

As atividades escolares propostas consolidam-se por meio do resgate de

valores éticos, como a integridade, liberdade, responsabilidade, respeito,

compromisso com o próximo e exercício dos deveres e direitos, aliados à aquisição

dos conhecimentos historicamente acumulados.

O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais objetivos:

• Tornar a escola um espaço de formação e informação;

• Desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a

compreensão e transformação da realidade, por meio da participação nas

relações culturais, políticas e sociais;

• Possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,

favorecendo seu êxito no exercício do magistério pela compreensão de referenciais

teóricos que nortearão sua prática docente.

Neste sentido, o processo de escolarização dos futuros profissionais da

educação adquire um novo significado social e cultural, claramente expresso nos

princípios e fins da educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, onde o educador compreende

que os conhecimentos não podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a

aprender, e aprender para ensinar é sempre um ato único e criativo. Exige um

esforço de construção e ressignificação através de uma atividade que é,

simultaneamente, teórica e prática, individual e coletiva.

92

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1.2.2. Matriz curricular do curso formação de docentes

Matriz Curricular - Ano Letivo 2011

Estabelecimento: CYRIACO RUSSO, C E - E MEDIO NORMAL Curso: FORM.DOC.ED.INF.ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Turno: Tarde/Noite Módulo: 40 semanas

Ano de Implantação: 2010 - GRADATIVA

DisciplinaComposição Curricular

Série / Carga Horária Semanal

1 2 3 4 0104 - LINGUA PORT. E LITERATURA BNC 2 3 2 3 0704 - ARTE BNC 2 0601 - EDUCACAO FISICA BNC 2 2 2 2 0201 - MATEMATICA BNC 2 2 4 2 0901 - FISICA BNC 3 2 0801 - QUIMICA BNC 2 2 1001 - BIOLOGIA BNC 2 2 0501 - HISTORIA BNC 2 2 0401 - GEOGRAFIA BNC 3 2301 - SOCIOLOGIA BNC 2 2 2201 - FILOSOFIA BNC 2 2 1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 1743 - FUNDAMENTOS HIST.EDUCACAO FE 2 1786 - FUNDAMENTOS FILOS.EDUCACAO FE 2 1742 - FUNDAMENTOS SOCIOL.EDUCACAO FE 2 1710 - FUNDAMENTOS PSICOL.DA EDUCACAO FE 2 1712 - FUNDAMENTOS HIST.POL.DA ED INF FE 2 1725 - CONCEPCOES NORTEADORAS ED.ESP. FE 2 1726 - TRABALHO PEDAG.NA EDUC.INFANTI FE 2 2 1803 - ORGANIZACAO DO TRAB.PEDAGOGICO FE 2 2 0108 - LITERATURA INFANTIL FE 2 1635 - METODOLOGIA DO ENS.PORT.ALFAB. FE 2 2 1637 - METODOL.ENS.MATEMATICA FE 2 1638 - METODOL.ENS.HISTORIA FE 2 1639 - METODOL.ENS.GEOGRAFIA FE 2 1640 - METODOL.ENS.CIENCIAS FE 2 1642 - METODOL.ENS.DE ARTE FE 2 1641 - METODOL.ENS.EDUC.FISICA FE 2 1669 - PRATICA DE FORMACAO (EST.SUPE) FE 5 5 5 5 Carga Horária Total 30 30 30 30 Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96. BNC=BASE NACIONAL COMUM PD=PARTE DIVERSIFICADA

93

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FE=FORMACAO ESPECIFICA

1.2.3. Matriz curricular do curso formação de docentes – Aproveitamento

Matriz Curricular - Ano Letivo 2011 Turno: Noite Módulo: 20 semanas

Estabelecimento: CYRIACO RUSSO, C E - E MEDIO NORMAL Curso: FOR.DOC.ED.INF.A.I.E.F.N.M-APROVEITAMENTO Ano de Implantação: 2010 - GRADATIVA

Disciplina

Comp. Curri

Série / Carga Horária Semanal

1 2 3 4 5 1743 - FUNDAMENTOS HIST.EDUCACAO FE 3 3 1786 - FUNDAMENTOS FILOS.EDUCACAO FE 3 3 1742 - FUNDAMENTOS SOCIOL.EDUCACAO FE 3 3 1710 - FUNDAMENTOS PSICOL.DA EDUCA-CAO FE 3 3 1712 - FUNDAMENTOS HIST.POL.DA ED INF FE 3 3 1725 - CONCEPCOES NORTEADORAS ED.ESP. FE 2 2 1726 - TRABALHO PEDAG.NA EDUC.INFANTI FE 3 3 2 1803 - ORGANIZACAO DO TRAB.PEDAGOGI-CO FE 3 3 2 2 0108 - LITERATURA INFANTIL FE 2 2 1813 - FUNDAMENTOS DA EDUC.JOV E ADUL FE 2 3 1608 - METODOL.ENS.PORT.E ALFABETIZ. FE 2 3 2 1637 - METODOL.ENS.MATEMATICA FE 2 2 3 1638 - METODOL.ENS.HISTORIA FE 2 2 3 1639 - METODOL.ENS.GEOGRAFIA FE 2 2 3 1640 - METODOL.ENS.CIENCIAS FE 2 2 3 1642 - METODOL.ENS.DE ARTE FE 2 2 3 1641 - METODOL.ENS.EDUC.FISICA FE 2 2 3 1669 - PRATICA DE FORMACAO (EST.SUPE) FE 5 5 10 10 10 Carga Horária Total 30 30 30 30 30 Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96. FE=FORMACAO ESPECIFICA

2. SISTEMA DE AVALIAÇÃO

2.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO ORGANIZADO

POR BLOCOS DE DISCIPLINAS

A avaliação nesta instituição, conforme exposto em seu marco conceitual,

percebe a avaliação e recuperação de estudos de forma contextualizada e em não

94

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um momento estanque, pontual, por isso, a diagnose, avaliação propriamente dita e

recuperação de conteúdos é contínua.

Ressalte-se ainda a relação que se faz entre a avaliação da aprendizagem e avalia-

ção do ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada com

o desempenho do professor e com as condições contextuais da própria escola.

A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num

momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Cabe ao professor verificar

os alunos que a ela serão submetidos, em razão do baixo rendimento ou perda de

avaliações. Muito embora se privilegie a recuperação de conteúdos ao aluno é opor-

tunizada a substituição da nota.

O Regimento interno do estabelecimento prevê o cumprimento

de 75% de frequência, 100 (cem) dias letivos previstos em cada Bloco

de Disciplinas Semestrais. Deverão ser ainda cumpridas as normas

vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz respeito:

a) aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas

Semestrais;

b) à apuração assiduidade;

c) aos estudos de recuperação;

d) ao aproveitamento de estudos;

e) à atuação do Conselho de Classe.

A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória

de 02 (duas) Notas, resultantes das avaliações realizadas ao longo do semestre

letivo:

MF= 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE

Cada bimestre de nota será expresso em uma escala de 0 (zero) a 5,0 (cinco

vírgula zero), totalizando para a Média Final 10,0 (dez vírgula zero).

Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do 95

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resultado da avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na

escala de notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.

Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%

(setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e a

média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) resultante da soma das notas

de cada bimestre com valor 5,0 nas respectivas disciplinas.

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

a) frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da carga

horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero);

b) frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga

horária do período letivo, com qualquer média anual.

c) O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e

cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os

Estudos de Recuperação Concomitante ao longo da série ou período

letivo, será submetido à análise do Conselho de Classe que definirá pela

sua aprovação ou não.

2.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O CURSO FORMAÇÃO DE

DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL

A avaliação deve ser entendida como parte do processo ensino e

Aprendizagem, pois:

Indica ao professor o momento da aprendizagem dos alunos: os que já

aprenderam, e não aprenderam, quais seus avanços, quais suas

dificuldades, dando possibilidade de intervenção no sentido da superação

de possíveis dificuldades;

Permite ao aluno que se torne consciente do seu processo de

aprendizagem, perceba seus avanços e suas dificuldades e possa, em

conjunto com seu professor, buscar novos modos de resolver estas

dificuldades;

96

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Indica ao professor a necessidade de rever seu planejamento e fazer

ajustes na sua prática docente.

Nesse sentido, a avaliação é contínua, exigindo observação sistemática dos

alunos, não apenas com relação ao domínio dos conceitos de conteúdos

específicos, mas também com relação ao desenvolvimento de competências e

habilidades.

Portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer situações

que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação constante do

desempenho do aluno nos trabalhos de classe, extraclasse, estágios

supervisionados e pelo uso sistemático de procedimentos e instrumentos de aferição

da aprendizagem que se mostrem aconselháveis e, de aplicação possível, em cada

situação, observando-se os aspectos quantitativos e qualitativos.

1.3.2.1 Avaliação Semestral

A avaliação semestral tem como objetivos:

Oportunizar aos alunos um espaço de tempo maior para conhecimento do

ambiente escolar e sua estrutura;

Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento com o

aluno, conhecendo-o e analisando-o de maneira minuciosa os critérios

avaliativos adotados;

Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em

consonância com o disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho

Docente;

A avaliação semestral terá como funções:

Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os

meios de detectar as próprias capacidades e limitações;

Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se

maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal.

97

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Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito de

determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como

identificar possíveis causas de dificuldades de aprendizagem, tendo em

vista o avanço e o crescimento do educando o que exige do educador uma

postura pedagógica clara e definida.

• A avaliação desempenho do aluno se dará em diferentes experiências de

aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais como:

provas escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos (relatórios,

pesquisas bibliográficas, entre outros), seminários, debates, produção textual

de gêneros diversos, estudos dirigidos, painéis, murais, cartazes, pesquisas

de campo, oficinas, leituras diversas, entre outros.

A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de cada

período letivo (semestre). É vedada a avaliação em que o educando é

submetido a uma única oportunidade de aferição.

O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será

registrado em documentação própria, assegurada a regularidade da vida

escolar do aluno.

A nota dos períodos letivos será resultante da somatória de valores

atribuídos de cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos

em várias aferições.

Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da

avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de

notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.

Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%

(setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e a

média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) resultante da média

ponderada dos semestres nas respectivas disciplinas. A média do 1º

semestre terá peso 4 e a média do 2º semestre peso 6.

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da carga

98

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horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero);

frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga

horária do período letivo, com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e

cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os

Estudos de Recuperação.

Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do

Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.

Para aprovação, exige-se média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e

frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento). O cálculo é

procedido da seguinte forma:

Média 1º semestre x 4 + Média do 2º semestre x 6 = ou > 6,0

10

2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos será proporcionada no decorrer do período letivo,

destinando-se aos alunos com aproveitamento insuficiente, atendendo à Deliberação

02/99 “A recuperação será oferecida de forma paralela sempre que for diagnostica

insuficiência durante o processo regular de apropriação, de conhecimento e de

competência pelo aluno”. (CEE, 2000).

Durante o processo de aprendizagem toda vez que o professor constatar que o

aluno está demonstrando muitas dificuldades, deverá providenciar estratégias que

favoreçam as novas aprendizagens: replanejamento do processo de ensino e de

aprendizagem, por meio de atividades de reforço, ampliação de atividades de apoio,

revisão das atividades de ensino em geral e planos individuais de ação. Estas

estratégias deverão estar fundamentadas nas informações obtidas através da

avaliação.

Serão atribuídas notas aos trabalhos, exercícios, testes ou outras atividades

desenvolvidas nos estudos de recuperação, substituindo as notas que expressem

99

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baixo rendimento.

A instituição poderá também, oferecer atividades complementares para que

os alunos possam recuperar seus conteúdos de estudos, sendo de sua

responsabilidade a participação, como também a de seus pais, ou responsável, que

deverão ter conhecimento e acompanhar tal processo.

2.4 CRITERIOS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

Os critérios de avaliação utilizados deverão estar em consonância com os

objetivos propostos e com o disposto no Planejamento de Trabalho Docente de

acordo com as sugestões apontadas nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica.

Para cada conteúdo, deve-se ter claro o que se deseja efetivamente ensinar e

os objetivos a serem alcançados pelo aluno no processo de aprender, portanto, o

quê e, para quê avaliar.

Segundo Luckesi (1995)

“dificilmente os professores definem com clareza, no ato do planejamento do ensino, qual é o padrão de qualidade que se espera da conduta de um aluno, após ser submetido a uma determinada aprendizagem” (p.44). Mas, se um mínimo necessário fosse estabelecido, “... a aprovação ou reprova-ção em uma unidade de ensino não estaria a depender da arbitrariedade do professor, mas sim do fato de o aluno ter apresentado em sua conduta de aprendizagem os caracteres mínimos necessários. Ou seja, o juízo de quali-dade estaria fundamentado no real” (p.45).

Definidos os critérios, estes subsidiarão a definição dos instrumentos de ava-

liação. Os instrumentos são as formas que o professor estabelece previamente para

avaliar um conteúdo. Fundamentam-se no processo decisório da avaliação e devem

ser coerentes com o que e como foi trabalhado em sala de aula. Devem estar ade-

quados para coletar os dados necessários pra dar ao professor indicações do estado

de aprendizagem do aluno. Tanto adequados na linguagem, clareza e precisão ao

que se pretendem, quanto aos conteúdos essenciais planejados e de fato trabalha-

dos no processo de ensino e de aprendizagem. Eles devem significar um aprofunda-

mento das aprendizagens do aluno e não um meio de dificultar sua compreensão a

respeito de um conteúdo.

100

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Em estudo nas semanas pedagógicas optou-se pelo conhecimento/ aprofun-

damento da Taxionomia de Bloom para maior clareza da diferenciação de critérios e

instrumentos.

Ilustração 3. Taxionomia de Bloom

A taxionomia de Bloom pauta-se em três domínios:

a) Domínio cognitivo: as habilidades no domínio cognitivo tratam de conhecimento,

compreensão e o pensar sobre um problema ou fato.

• Conhecimento: memorização de fatos específicos,de padrões de

procedimento e de conceitos.

• Compreensão: imprime significado, traduz, interpreta problemas, instruções,

e os extrapola.

• Aplicação: utiliza o aprendizado em novas situações.

• Análise: de elementos, de relações e de princípios de organização.

• Síntese: estabelece padrões

• Avaliação: julga com base em evidência interna ou em critérios externos.

b) Domínio afetivo: na hierarquia de Bloom, o domínio afetivo trata de reações de

ordem afetiva e de empatia. É dividido em cinco níveis:

101

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• Recepção: Percepção, Disposição para receber e Atenção seletiva

• Resposta: participação ativa, Disposição para responder e Satisfação em

responder

• Valorização: Aceitação, Preferência e Compromisso (com aquilo que

valoriza)

• Organização: Conceituação de valor e Organização de um sistema de

valores

• Internalização de valores: comportamento dirigido por grupo de valores,

comportamento consistente, previsível e característico.

c) Domínio psicomotor: o domínio psicomotor, na hierarquia de Bloom,

trata de habilidades relacionadas com manipular ferramentas ou objetos.

Bloom não criou itens para esse domínio, no entanto outros autores

fizeram propostas.

• Percepção

• Resposta conduzida

• Automatismos

• Respostas complexas

• Adaptação

• Organização

Quanto aos instrumentos estes devem ser variados:

• Provas escritas (individuais ou em grupo)

• Trabalhos escritos (relatórios, pesquisas bibliográficas, e outros)

• Seminários

• Debates

• Produção textual de gêneros diversos

• Estudos dirigidos

• Painéis, murais, cartazes

• Pesquisas de campo

• Oficinas

102

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• Leituras diversas, entre outros.

• Utilização de recursos midiáticos e produção de material com a utlização

destes recursos

O aluno que por motivo justificado faltar em dia de avaliação terá uma nova

oportunidade a ser negociada com o professor. A solicitação deverá, sempre que

possível, ser acompanhada da justificativa da falta (atestado médico, comunicação

dos pais) até três dias do retorno, na Equipe Pedagógica.

3. ADAPTAÇÃO

O aluno do Ensino Médio e Normal, transferido de outro estabelecimento com

plano curricular diferente do previsto neste documento, está sujeito à adaptação nas

matérias ou disciplinas, áreas de estudos e atividades que não tenha cursado em

série idêntica ou equivalente.

Caberá à secretária do estabelecimento, juntamente com a Equipe

Pedagógica fazer o ensalamento do aluno de modo que a adaptação seja

oportunizada da melhor forma.

A adaptação deverá ser promovida até o final do curso respectivo, de forma

que nenhum aluno possa concluí-lo sem que tenha cumprido o currículo pleno

previsto para o curso, com a respectiva carga horária.

A adaptação se faz em períodos concentrados de aulas ou no decorrer do

período letivo, em contraturno, mediante a execução de trabalhos, tarefas e testes.

Considerar-se-á adaptado o aluno que obtiver nota final igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero) na disciplina, matéria ou atividade que requererem adaptação.

O aluno que for julgado inadaptado deverá cursar a(s) disciplina(s) na série

anterior, de outro turno ou sujeitar-se a outra modalidade determinada pela direção.

O resultado obtido pelo aluno na adaptação, mesmo na hipótese anterior,

deverá ser registrado no Livro Registro do professor designado a propor as

atividades de adaptação.

4. APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

103

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Nos casos de transferência de um estabelecimento para outro e, mudança

de curso, serão considerados a carga horária configurada no boletim de

transferência, ou do curso anterior, o aproveitamento nas disciplinas e a freqüência

conforme prescreve o Regimento Escolar em sua Seção XI.

5. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo

critérios próprios, para posicionar o aluno em série compatível com a idade,

experiência e desempenho, adquiridos por meio formais ou informais.

A Classificação poderá ser realizada:

I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série, na

própria escola;

II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país

ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem;

III- independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita

pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e

permita sua inscrição na série adequada.

Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo compatível com sua

experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico

escolar.

A promoção resultará na combinação do resultado da avaliação com

aproveitamento escolar do aluno, expresso na escola de notas de 0,0 (zero) a 10,0

(dez vírgula zero), e apuração da assiduidade.

6. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio do qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursa-la

subsequentemente e concomitantemente às séries seguintes.

104

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Este estabelecimento a partir de 2008, NÃO OFERTARÁ O REGIME DE

PROGRESSÃO PARCIAL, porém, garantirá aos alunos com transferências

recebidas com dependência até três disciplinas serão aceitas e deverão ser

cumpridas mediante plano especial de estudos.

7. PROGRAMAS E PROJETOS

Na proposta curricular a escola prevê programas institucionais e projetos que

permitem ao aluno seu desenvolvimento integral nos mais diferentes contextos.

Cada projeto tem um professor orientador, que é responsável por disseminar,

motivar e agregar os alunos em sua execução.

1.10.1 Programa Gentileza gera gentileza

Por sugestão de um grupo de professores, em semana pedagógica, ao

analisarem a distinção entre programa e projeto, sugeriu que o projeto Gentileza

gera gentileza, fosse transformado em programa, em razão dos anos de sua

implantação, assimilação dos seus objetivos pela comunidade escolar, tornando-se

conhecido, inclusive, fora da instituição.

O Projeto Gentileza gera gentileza surgiu no ano de 2008, inspirado na música

de Marisa Monte que revela a lendária figura do Profeta Gentileza, inicialmente com

o objetivo de levar os alunos a perceberem a Arte como elemento de transformação

social, bem como um bem cultural necessário na formação de atitudes éticas e

estéticas. Posteriormente foi reformulado com o objetivo melhorar as relações intra e

interpessoais como condição básica para a construção de uma sociedade mais

tolerante, mais fraterna e mais gentil.

1.10.2 Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior

A Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico

do Estado do Paraná, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino

Superior (SETI) do Estado do Paraná, em parceria com o Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mediante acordo de cooperação

105

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técnica e, com a participação da SEED/PR através dos NREs e gestores dos

estabelecimentos de ensino médio concede bolsas de a alunos com o intuito de

despertara vocação científica, incentivar talentos, favorecer o aprendizado de alunos

pela prática diferenciada de pesquisa. Alguns alunos foram contemplados em 2010

e 19 alunos em 2011.

PROJETO ORIENTADOR ALUNOSLevantamento das espécies arbóreas encontradas na UENP – campus Luiz Meneghel

Carla Gomes de Araújo Camila Cristina Aparecida Batista Natália Trindade da Silva Thaís Crislaine Dias de Oliveira

2º A –N2º A –N2º A –N

Consumo de sal (NaCi) pelos adolescentes de Bandeirantes – PR II

Christiane Luciana da Costa

Gabriela Aparecida PavinatoMaria Victória Bertachi LopesMylena Ellen Campos

2º A –M2º A –M2º A –M

Efeito do agrotóxico Thiodan sobre os testículos de lambari: asteyanax Altiparam (Teleostei characidae)

Fabiano Gonçalves Costa

Allison Luid Ávila dos Santos Luis Otávio Machado de SouzaMayara Gabriely Thomaz Leite

2º A –M2º C –M2º C –M

Consumo de sal (NaCi) pelos adolescentes de Bandeirantes – PR III

Juliane Priscila Diniz Sachs

Anna Flávia Martin MoraesLaís CappiRithielle Aparecida Castellani

2º C –M2º C –M2º C –M

Bagaço de cana como suporte de inoculante para agricultura sustentável

Leopoldo Sussumu Matssumoto

Crislaine Aparecida de OliveiraDayane Monteiro FariaElisa Mara Santiago

2º D –M2º D –M2º D –M

Consumo de sal (NaCi) pelos adolescentes de Bandeirantes – PR I

Luis Guilherme Sachs Juliana Oliveira DuarteMarina de Souza GomesThaila Carolina DiasThiago Ribeiro Toracio

2º B –N2º B –N2º B –N2º C –M

Quadro 34. Projetos do PIBIC, orientadores e orientandos

Nos anos de 2010 e 2011 a instituição foi contemplada com os projetos do

CELEM e EUREKA, ambos propostos e formatados pela SEED. Além destes, em

conformidade com a política de formação continuada da SEED, alguns professores

se inscreveram no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE e aplicaram

seus projetos de implementação nesta instituição. Estes projetos poderão ser

realimentados e reaplicados em anos posteriores.

Professor PDE/2001 ProjetosAlice Maria Martins Rockenbach Modelagem matemática: uma abordagem

histórica e possibilidades no ensino da

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matemáticaDagmar Kopp Maluf da Silva História local, identidade e memória de

BandeirantesFulton Carlos Teixeira Ribeiro Aplicação de um kit experimental de Química para

a determinação do sal (cloreto de sódio) em alimentos

Mara Cristina Campos Tomé O ensino da dança e seus elementos articuladores

Maria Regina Luciano Rodrigues Pinto Ginástica laboral como instrumento de prevenção, alívio da dor e bem estar no ambiente de trabalho

Regiane Elizabeth Perez O uso do cinema nas aulas de HistóriaTeresinha Richter Abujamra A modernização da agricultura como

condicionante à nova relação urbano-rural no município de Bts – PR Teresinha Richter Abujamra

Quadro 35. Professores PDE 2011 e seus respectivos projetos

1.10.4. Projetos em parceria com universidades locais e demais instâncias da

comunidade

Esta instituição prevê a parceria com as duas universidades locais: Universidade

Estadual do Norte do Paraná – UENP e Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.

Para o ano de 2011 os acadêmicos da UENP, orientados pela professora Priscila

Costa, do curso de Biologia, médicos da comunidade local e outros convidados

estiveram na escola abordando os seguintes assuntos:

Palestra: Gravidez na adolescência e métodos contraceptivosPalestrantes: Drº Fernando Dal Porto (rapazes)Drª Tânia Dal Porto (meninas)

Palestra: Drogas Lícitas/IlícitasPalestrantes: Drº Fernando Dal Porto e Tânia Dal Porto

Palestra: A nova lei Anti-drogasPalestrante: Mariana Fordeloni Cruz – Advogada

1.10.5 Projeto Teatro e literatura

O teatro itinerante do ator Rodrigo Leste visita o município regularmente. Esta

instituição, contactou o artista e, há dois anos, traz seu espetáculo no colégio. Num

trabalho coletivo com os professores de Língua Portuguesa, Artes, Sociologia e

Filosofia, é oportunizada a leitura e análise de obras pré referendadas para melhor 107

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compreensão do espetáculo. Esta ação deverá tornar-se um projeto permanente,

uma vez que há quase dez anos o ator visita o município.

No ano de 2011 o espetáculo intitulou-se O clã da bandeira branca e exigiu a

leitura de seis textos literários, a saber: Auto da Feira de Gil Vicente; Poema em

linha reta - Fernando Pessoa (Álvaro de Campos); SABINA - Artur Azevedo; O

CUCO - Artur Azevedo; O califa e o office-boy - Millor Fernandes; O futuro é róseo

– João Ubaldo Ribeiro.

8. ORGANIZAÇÃO ESCOLA

O Colégio Estadual Cyríaco Russo adota o regime semestral para cursos

Médio e Normal, respeitando a duração mínima prevista em lei.

A duração do curso é de 3 (três) anos para o Ensino Médio e de 4 (quatro)

anos para o Curso de Formação Docente para a Educação Infantil e Séries Inicias

do Ensino Fundamental. Cada ano letivo, tem duração de 200 dias letivos, com 800

horas de efetivo trabalho pedagógico. O estabelecimento funciona em três turnos e

oferta ensino na modalidade presencial.

8.1. CONDIÇÕES DE TRABALHO E PLANO DE CARREIRA

Organizado pela Secretaria de Estado da Educação.

8.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio implantara a Avaliação

Institucional a partir de 2008.

O Curso de Formação Docente para a Educação Infantil e Ensino

Fundamental Anos Iniciais, vem procedendo a avaliação do curso e sistematizando-

a em forma de questionário. O ensino médio, representado pelos alunos dos

terceiros anos, apresenta a sua avaliação em forma de relatório redigido pelos

representantes de turma, a partir dos quatro itens da urna democrática: denúncias,

críticas, sugestões e elogios. 108

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9. DA ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DO TRABALHO ESCOLAR

9.1MATRÍCULA

Somente aos alunos devidamente matriculados no Colégio Estadual Cyríaco

Russo – Ensino Médio e Normal, é permitida a freqüência às aulas.

A escola poderá aceitar, a título de colaboração, alunos estrangeiros dentro

dos programas de intercâmbio Cultural Internacional, sem a exigência de matrícula.

As datas de início e término das matrículas são determinadas pela direção.

A critério da direção, podem ser aceitas matrículas fora do prazo normal,

arcando o candidato com o ônus que possa advir do fato.

A petição para matricula em qualquer curso se faz mediante requerimento do

interessado, acompanhada dos seguintes documentos:

I - Certidão de nascimento ou carteira de identidade;

II - Certidão de conclusão do Ensino Fundamental ou documento equivalente;

III - Duas vias do histórico escolar do Ensino Fundamental ou documento

equivalente;

IV - Matriz curricular da escola de origem para alunos da 2ª e 3ª série;

V - Comprovante de residência – Talão de luz

VI - Uma foto 3x4 colorida, recente.

9.1.1. Matrícula com dependência

Será permita a matrícula com dependência para alunos recebidos com

transferência externa, em três matérias/disciplinas.

Cabe à direção da escola determinar o turno e a turma em que se dará a

freqüência e a apuração do rendimento escolar.

9.1.2. Cancelamento de Matrícula

A matrícula pode ser cancelada em qualquer época do ano letivo pelo aluno,

se maior, ou pelo seu responsável, se menor, ou compulsoriamente pela direção,

por conveniência pedagógica ou disciplinar, em se tratando, no último caso, de

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grave infração ou reiteradas faltas contra o dispositivo legal que rege a escola e

ouvido o Conselho Escolar. Neste caso, será expedida imediatamente a

transferência ao estudante.

9.2.TRANSFERÊNCIA

A direção do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal,

decidirá sobre a conveniência ou não da aceitação da transferência, em razão da

época, da existência de vagas, da adaptação necessária, da dependência, do tipo

de curso e dos estudos realizados pelos pretendentes.

Em qualquer época, o aluno poderá transferir-se do Colégio Estadual

Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal.

Para o recebimento de transferência externa no decorrer do período

letivo, serão utilizados os critérios previstos neste documento e a legislação

pertinente, para as apurações da assiduidade e rendimento escolar.

9.3 FREQUÊNCIA

A frequência é apurada do primeiro ao último dia letivo, em cada disciplina,

em conformidade com o artigo 24, inciso VI da LDB 9394/96, no entanto para o

cálculo do 75% é considerada a soma das faltas nas diferentes disciplinas.

10.PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESCOLAR

O planejamento de uma instituição demanda a visão de futuro, o “aonde” se

quer chegar, bem como a sistematização e prazos.

O planejamento requer tomada de decisão coletiva, comprometimento

da comunidade escolar, na formulação de metas para a garantia do sucesso do

processo ensino e aprendizagem. Nesse sentido, o Colégio Estadual “Cyríaco

Russo” – Ensino Médio e Normal organizará seu planejamento nos seguintes níveis:

a) Planejamento Estratégico – definirá as grandes metas a médio e

longo prazo a serem alcançados, construídos pelo coletivo da

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escola;

b) Planejamento Anual e Calendário Escolar – definirá o início e o

término do período letivo por meio do calendário escolar. Este

documento, em obediência às determinações legais e decisões dos

órgãos competentes fixará os dias de feriados, recessos escolares e

os destinados às comemorações cívicas, sociais e atividades de

recuperação. Contar-se-ão como incluídos no trabalho escolar, os

dias e horas destinados à avaliação e apuração do rendimento

escolar.

c) Planejamento do processo ensino-aprendizagem – a organização

do Plano de Ensino dar-se-á semestralmente, no ensino médio

organizado por blocos de disciplinas, e anualmente, no curso

Formação de Docentes, com a participação dos professores de

cada disciplina, considerando: objetivos da disciplina, conteúdos,

metodologia, recursos, avaliação e referências bibliográficas e

previsão do número de aulas. Os professores entregarão os

planejamentos à Equipe Pedagógica no início do período letivo e

poderão discutir com os alunos na primeira semana de aula, os

conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo. A escola

poderá também, realizar reuniões por área do saber para planejar e

avaliar atividades e projetos comuns às áreas.

10.1. DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS

Esta instituição organiza suas turmas atentando para o espaço físico e para

um número de alunos que seja possível o (a) professor (a) atender às necessidades,

diversificando sua abordagem. Para tanto, a definição do número de alunos em sala

é importante, à medida que professores e alunos são reconhecidos como sujeitos do

processo.

Os alunos são agrupados de acordo com o Georreferenciamento da Copel, no

ato da matrícula.

111

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11. NORMAS DE CONVIVÊNCIA

Todos os integrantes da comunidade são considerados sujeitos

históricos, portanto ser devem respeitados em seus direitos, ao mesmo tempo em

que são exortados a cumprir as normas previstas no Regimento Escolar, para que a

função social da escola pública seja garantida, a saber: (transcrição fiel do

Regimento Escolar)

TÍTULO III

DIREITOS E DEVERES DA COMUNIDADE ESCOLAR

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS DOCENTES, EQUIPEPEDAGÓGICA E DIREÇÃO

Seção IDos Direitos

Art. 159- Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além dos direitos que lhes são assegurados pelo Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Paraná - Lei nº 6.174/70 e Estatuto do Magistério - Lei Complementar nº 07/76, são garantidos os seguintes direitos:

I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções;

II. participar da elaboração e implementação do Projeto Político- Pedagógico da escola, Regimento Escolar e Regulamentos Internos;

III. participar de grupos de estudos, encontros, cursos, seminários e outros eventos, ofertados pela Secretaria de Estado da Educação - SEED e pelo próprio estabelecimento de ensino, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

IV. propor aos diversos setores do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento das atividades;

V. requisitar ao setor competente o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino;

VI. propor ações que objetivem o aprimoramento dos procedimentos de ensino, da avaliação do processo pedagógico, da administração, da disciplina e das relações de trabalho no estabelecimento de ensino;

VII. utilizar-se das dependências e dos recursos materiais da escola para o desenvolvimento de suas atividades;

VIII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins;

IX. participar de associações e/ou agremiações afins;X. participar da definição da Proposta Pedagógica Curricular da escola e sua Matriz

Curricular, conforme normas emanadas da Secretaria de Estado da Educação - SEED;XI. ter assegurado, pelo mantenedor, o processo de formação continuada;XII. ter acesso às orientações e normas emanadas da Secretaria de Estado da

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Educação - SEED;XIII. participar da Avaliação Institucional, conforme orientação da Secretaria de

Estado da Educação - SEED;XIV. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)

Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino;XV. compor equipe multidisciplinar, para orientar e auxiliar o desenvolvimento das

ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do período letivo;

XVI. ter assegurado gozo de férias previsto em lei.

Seção IIDos Deveres

Art. 160- Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além das atribuições previstas no Capítulo I do Título II, deste Regimento Escolar, compete:

I. possibilitar que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função, no âmbito de sua competência;

II. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;

III. elaborar exercícios domiciliares aos alunos impossibilitados de frequentar a escola, em atendimento ao disposto na Seção IX, do Capítulo II, do Título II, deste Regimento Escolar;

IV. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;

V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento;

VI. manter e promover relações cooperativas no âmbito escolar;VII. cumprir as diretrizes definidas no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino, no que lhe couber;VIII. manter o ambiente favorável ao desenvolvimento do processo pedagógico;IX. comunicar aos órgãos competentes quanto à frequência dos alunos, para tomada

das ações cabíveis;X. dar atendimento ao aluno independentemente de suas condições de

aprendizagem;XI. organizar e garantir a reflexão sobre o processo pedagógico na escola;XII. manter os pais ou responsáveis e os alunos informados sobre o Sistema de

Avaliação da Escola, no que diz respeito à sua área de atuação;XIII. informar pais ou responsáveis e os alunos sobre a frequência e desenvolvimento

escolar obtidos no decorrer do ano letivo;XIV. estabelecer estratégias de recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo,

visando à melhoria do aproveitamento escolar;XV. receber e analisar o pedido de revisão de notas dos alunos no prazo

estabelecido no Sistema de Avaliação;XVI. cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar;XVII. ser assíduo, comparecendo pontualmente ao estabelecimento de ensino nas

horas efetivas de trabalho e, quando convocado, para outras atividades programadas e decididas pelo coletivo da escola;

XVIII. comunicar, com antecedência, eventuais atrasos e faltas;XIX. zelar pela conservação e preservação das instalações escolares;XX. cumprir as disposições do Regimento Escolar.Parágrafo Único - A equipe pedagógica deverá acompanhar o trabalho docente,

quando das reposições de conteúdos e carga horária aos discentes.

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Seção IIIDas Proibições

Art. 161 - Ao docente, a equipe pedagógica e a direção é vedado:I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico;II. ministrar, sob qualquer pretexto, aulas particulares e atendimento especializado

remunerado a alunos do estabelecimento de ensino;III. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

qualquer membro da comunidade escolar;IV. expor colegas de trabalho, alunos ou qualquer membro da comunidade a

situações constrangedoras;V. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer

documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;VI. ocupar-se com atividades alheias à sua função, durante o período de trabalho;VII. receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino,

durante o período de trabalho, sem a prévia autorização do órgão competente;VIII. ausentar-se da escola, sem prévia autorização do órgão competente;IX. transferir para outras pessoas o desempenho do encargo que lhe foi confiado;X. utilizar-se em sala de aula de aparelhos celulares, recebendo e fazendo

chamadas telefônicas;XI. divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou

indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;

XII. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, envolvendo o nome da escola, sem a prévia autorização da direção;

XIII. comparecer à escola embriagado ou com indicativos de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;

XIV. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme Legislação vigente.

Art. 162 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar serão apurados ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.

CAPÍTULO IIDOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DA EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA,

ASSISTENTES DE EXECUÇÃO E DA EQUIPE AUXILIAROPERACIONAL

Seção IDos Direitos

Art. 163 - A equipe técnico-administrativa, assistentes de execução e a equipe auxiliar operacional, além dos direitos que lhes são assegurados em lei, têm, ainda, as seguintes prerrogativas:

I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções;

II. utilizar-se das dependências, das instalações e dos recursos materiais do estabelecimento, necessários ao exercício de suas funções;

III. participar da elaboração e implementação do Projeto Político- Pedagógico da escola;

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IV. colaborar na implementação da Proposta Pedagógica Curricular definida no Projeto Político-Pedagógico da escola;

V. requisitar o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino;

VI. sugerir aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento de suas atividades;

VII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins;

VIII. participar de associações e/ou agremiações afins;IX. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)

Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino;

Seção IIDos Deveres

Art. 164- Além das outras atribuições legais, compete:I. cumprir e fazer cumprir os horários e Calendário Escolar;II. ser assíduo, comunicando com antecedência, sempre que possível, os atrasos e

faltas eventuais;III. contribuir, no âmbito de sua competência, para que o estabelecimento de ensino

cumpra sua função;IV. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de

igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;

V. manter e promover relações cooperativas no ambiente escolar;VI. manter e fazer manter o respeito e ambiente favorável ao desenvolvimento do

processo de trabalho escolar;VII. colaborar na realização dos eventos que o estabelecimento de ensino

proporcionar, para os quais for convocado;VIII. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do

seu segmento;IX. zelar pela manutenção e conservação das instalações escolares;X. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade;XI. cumprir as atribuições inerentes ao seu cargo;XII. tomar conhecimento das disposições contidas no Regimento Escolar;

XIII. cumprir e fazer cumprir as disposições do Regimento Escolar, no seu âmbito de ação.

Seção IIIDas Proibições

Art. 165- À equipe técnico-administrativa, assistente de execução e à equipe auxiliar operacional é vedado:

I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento geral da escola;

II. retirar e utilizar qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino, sem a devida permissão do órgão competente;

III. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente qualquer membro da comunidade escolar;

IV. ausentar-se do estabelecimento de ensino no seu horário de trabalho sem a prévia autorização do setor competente;

V. expor alunos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a situações

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constrangedoras;VI. receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino

durante o período de trabalho, sem prévia autorização do órgão competente;VII. ocupar-se, durante o período de trabalho, de atividades estranhas à sua função;VIII. transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado;IX. divulgar assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola , por

qualquer meio de publicidade, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;X. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de

qualquer natureza, que envolvam o nome da escola, sem a prévia autorização da direção;XI. comparecer ao trabalho e aos eventos da escola embriagado ou com sintomas de

ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;XII. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em

vigor.

Art. 166 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.

CAPÍTULO IIIDOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E

AÇÕES DISCIPLINARES DOS ALUNOS

Seção IDos Direitos

Art. 167- Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos dispositivos constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75:

I. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no ato da matrícula;

II. ter assegurado que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de ensino e aprendizagem;

III. ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino;

IV. ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação;V. solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino;VI. utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da escola,

de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno;VII. participar das aulas e das demais atividades escolares;VIII. ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos casos previstos

em lei;IX. ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício

de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento;X. ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta Pedagógica Curricular do

estabelecimento de ensino;XI. participar de forma representativa na construção, acompanhamento e avaliação

do Projeto Político-Pedagógico da escola;XII. ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino;XIII. tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua frequência, no

decorrer do processo de ensino e aprendizagem;XIV. solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão do

aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação

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do mesmo;XV. ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo,

mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;XVI. contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares

superiores, Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;XVII. requerer transferência quando maior, ou através dos pais ou responsáveis,

quando menor;XVIII. ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela

disciplina;XIX. solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na legislação vigente

e normatizados pelo Sistema Estadual de Ensino;XX. sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, ações

que viabilizem melhor funcionamento das atividades;XXI. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho

Escolar e associações afins;XXII. participar de associações e/ou organizar agremiações afins;XXIII. representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho e do

Conselho de Classe;XXIV. realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante

justificativa e/ou atestado médico;XXV. receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola,

sempre que compatível com seu estado de saúde e mediante laudo médico, como forma de compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de frequentar a escola por motivo de enfermidade ou gestação;

XXVI. receber atendimento educacional hospitalar, quando impossibilitado de frequentar a escola por motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar.

Seção IIDos Deveres

Art. 168 - São deveres dos alunos:I. manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar;II. realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes;III. atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino,

nos respectivos âmbitos de competência;IV. participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas pelo

estabelecimento de ensino;V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do

seu segmento;VI. cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares;VII. compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio da

escola, quando comprovada a sua autoria;VIII. cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino;IX. providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário ao

desenvolvimento das atividades escolares;X. tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas;XI. comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos

gerais, sempre que lhe for solicitado;XII. comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares;XIII. manter-se em sala durante o período das aulas;XIV. apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas;XV. comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor

competente;

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XVI. apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas;

XVII. apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, em caso de falta às aulas;

XVIII. responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os pertencentes à biblioteca escolar;

XIX. observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal, deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento;

XX. respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios estabelecidos;

XXI. cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.

Seção IIIDas Proibições

Art. 169 - Ao aluno é vedado:I. tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento das

atividades escolares;II. ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo

pedagógico;III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer

documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;IV. trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao estudo;V. ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão

competente;VI. receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão

competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino;VII. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino;VIII. expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a

situações constrangedoras;IX. entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo

professor;X. consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do

estabelecimento de ensino;XI. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em

vigor;XII. comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de

substâncias químicas tóxicas;XIII. utilizar-se de aparelhos eletrônicos, na sala de aula, que não estejam vinculados

ao processo ensino e aprendizagem;XIV. danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de

seus colegas, funcionários e professores;XV. portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em risco

a segurança das pessoas;XVI. portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de

outrem;XVII. divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou

indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;

XVIII. promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização da

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direção.

Seção IVDas Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares

Art. 170 - O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes ações:

I. orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe pedagógica e direção;

II. registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura;III. comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis,

quando criança ou adolescente;IV. encaminhamento a projetos de ações educativas;V. convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com

registro e assinatura, e/ou termo de compromisso;VI. esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, inclusive

do Conselho Escolar, será encaminhado ao Conselho Tutelar, quando criança ou adolescente, para a tomada de providências cabíveis.

Art. 171 - Todas as ações disciplinares previstas no Regimento Escolar serão devidamente registradas em Ata e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos competentes para ciência das ações tomadas.

12.. SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO,

EQUIPE PEDAGÓGIA E SECRETARIA APONTADAS PELO COLETIVO APÓS

DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA

12.1 Direção

É função primordial da direção administrar a escola e o processo educacional

no seu âmbito, agindo com habilidade para que o trabalho de todos (professores,

equipe pedagógica, funcionários e alunos) seja direcionado para os objetivos e fins

da educação, proporcionando condições necessárias para o seu desenvolvimento.

A direção será a articuladora de projetos e ações que visem à melhoria do

processo ensino-aprendizagem, bem como, promoverá o planejamento participativo.

A escolha do diretor e vice-diretor é decorrente de processo eletivo, por

sufrágio direto e secreto de professores, funcionários e alunos maiores de 16 anos

ou de pais ou responsáveis, sendo o voto único (aluno ou um dos responsáveis).

São atribuídas as seguintes tarefas ao diretor:

a. Responsabilizar-se pelo processo pedagógico e

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garantir a qualidade do ensino;b. Representar a escola perante órgãos e entidades

de ensino, responsabilizando-se pelo seu funcionamento;

c. Presidir o Conselho de Classe, reuniões de acompanhamento, reuniões pedagógicas, reuniões administrativas e de pais;

d. Propor ao Núcleo Regional de Educação a abertura de sindicância de funcionários e docentes;

e. Convocar e presidir o Conselho Escolar;f. Assinar documentos escolares e administrativos;g. Acompanhar e avaliar o estágio probatório dos

professores;h. Encaminhar ao Núcleo Regional de Educação

necessidade de abertura de concurso público e teste seletivo para atendimento às demandas da escola;

i. Convocar docentes e funcionários para atividades do calendário escolar;

j. Acompanhar e gerenciar o orçamento da escola em parceria com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários;

k. Definir juntamente com a equipe pedagógica o calendário escolar e de matrículas;

l. Organizar a escala de férias dos funcionários e professores;

m. Definir, acompanhar e avaliar os Projetos e Programas Institucionais.

12.2 Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é exercida por professores pedagogos (antigos

supervisores e orientadores) e a ela compete:

a. Ser assíduo, pontual de modo a servir de referência para o corpo docente;b. Organizar com anuência da direção da escola, seus horários de trabalho;c. Participar das atividades organizadas pela escola;d.Manter o espírito de equipe, para o bom funcionamento da escola;e. Apresentar à direção da escola, informações, irregularidades e outros encaminhamentos, sugerindo medidas que julgar necessárias;f. Zelar pelo cumprimento do Projeto Político-Pedagógico;g. Ser ético e guardar sigilo dos assuntos pertinentes à escola.h. Assessorar diretamente à direção nas atividades administrativas e escolares tais como: distribuição de turmas, organização de horários, distribuição e controle das atividades exercidas pelos professores;i. Manter os alunos informados com vistas à orientação

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vocacional, à formação para o trabalho e ao convívio do grupo social;j. Proporcionar aos pais, professores e alunos encontros, palestras, seminários, cursos ou outras formas de eventos que permitam ampliar a formação de todos e o desenvolvimento da comunidade;k. Acompanhar as faltas, chegadas tardias, saídas antecipadas e o uso do uniforme discente, conhecendo as reais causas e promovendo as orientações necessárias;l. Realizar e coordenar o processo de escolha de representantes de turma, orientando para o senso democrático e o desenvolvimento de lideranças, bem como, acompanhar o desempenho e atuação destes;m. Fornecer dados e informações sobre aspectos educacionais, sociais e culturais dos alunos nos Conselhos de Classe, avaliando resultados, acompanhando e encaminhando decisões tomadas;n. Sistematizar, o processo de acompanhamento dos alunos em todos os aspectos do seu desenvolvimento, detectando em Conselho de Classe ou em outras situações, as causas determinantes do baixo rendimento, reprovação ou evasão escolar.o. Responsabilizar-se , enquanto equipe pedagógica, pela disciplina dos alunos.p. Promover reuniões de estudo e a discussão do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem;q. Realizar o planejamento das atividades da adaptação de estudos conjuntamente com a direção;r. Planejar e organizar reuniões pedagógicas e formação continuada do corpo docente, juntamente com a direção da escola;s. Supervisionar e acompanhar projetos e programas institucionais;t. Organizar e coordenar, juntamente com a orientação educacional, o Conselho de Classe e demais reuniões, providenciando acompanhamentos necessários;u. Propor, intervir e subsidiar o trabalho do corpo docente da escola com vistas à melhoria da prática pedagógica;v. Promover e acompanhar o planejamento didático-pedagógico em suas diferentes dimensões;w. Coordenar com a direção da escola o processo de avaliação institucional.

12.3. SECRETARIA ESCOLAR

Este serviço é executado por um profissional cujas atribuições são:

a) Coordenar os serviços de secretaria escolar;b) Controlar o livro ponto da escola;c) Acompanhar e subsidiar os Programas e Projetos

Institucionais;d) Organizar e proceder os processos de matrícula,

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transferência e certificação dos alunos;e) Assinar a documentação pertinente, juntamente com a

direção;f) Realizar trabalho integrado com a Equipe de Ensino

(Supervisão Orientação e Coordenação);g) Atualizar o acervo de leis, regulamentos, instruções,

circulares e despachos que dizem respeito às atividades do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal;

h) Fazer cumprir a legislação de ensino;i) Participar do Conselho de Classe e das Reuniões de

Acompanhamento auxiliando nos acompanhamentos necessários.

j) Fixar, em lugar visível, o horário de funcionamento da secretaria para atendimento de alunos, professores e demais pessoas, para que a comunidade usuária dos serviços tome conhecimento.

k) Manter em rigorosa ordem a escrituração e o arquivamento dos documentos escolares e assegurar, em qualquer tempo, a verificação da identidade de cada aluno, a regularidade de seus estudos, a autenticidade de sua vida escolar e a documentação específica.

l)

13. HORA ATIVIDADE

A hora-atividade representa uma conquista significativa do professor. Nesse

espaço de tempo o professor pode dialogar com os colegas, discutir as questões

inerentes à disciplina que ministra, elaborar os projetos, elaborar e corrigir

avaliações e estudar os textos de interesse para enriquecimento pessoal e

profissional.

Nesta instituição, buscou-se agrupar a hora-atividade com as disciplinas

correlatas, na medida do possível, exigindo o seu total cumprimento. Quando há a

necessidade do professor ausentar-se da instuição, o mesmo deverá notificar a

Equipe Pedagógica.

14. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Conforme estabelece a Deliberação 04/2006 – CEE/PR, Resolução Nº

3399/2010 – GS/SEED e Instrução 010/2010 – SUED/SEED, a Equipe

Multidisciplinar ficou assim composta:

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Pedagoga: Marilda Martins Torres

Agente Educacional: Sônia Raquel da Silveira

Representante das Instâncias Colegiadas: Roseli Bueno da Silva

Professoras da área de Humanas: Beatriz Francisco Abdalla

Mara Delvaz Garcia Gandolfo

Professor/a da área de Exatas: Ester Amaro Costa de Souza

Professor/a da área de Biológicas: Marlene Aparecida de Souza Altizani

15. CARREIRA DO MAGISTÉRIO

O professor estatutário tem acesso na carreira pelo avanço diagonal, que

decorre da avaliação de desempenho, constando assiduidade e pontualidade do

professor, realizado de dois em dois anos, podendo ascender até três níveis e

avanço vertical, que envolve a gratificação de mérito estipulada pela titulação do

professor: Lato Sensu, em nível de Especialização e, Stricto Sensu, em nível de

mestrado e doutorado.

As elevações de nível são programadas pela Secretaria de Estado da

Educação e executadas pelos Núcleos Regionais de Educação.

16. POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada, enquanto política de governo, tem sido oportunizada

com objetivo promover o aprofundamento teórico que possa subsidiar o fazer

pedagógico do professor, visando sempre o sucesso do aluno. Esta formação tem

sido garantida pela SEED/PR, uma vez que está prevista em calendário, duas vezes

ao ano, nas semanas pedagógicas. Vale ressaltar que, para a realização das

semanas pedagógicas a SEED/PR encaminha às escolas, via NRE, o cronograma

das ações e materiais pertinentes. A participação nestes eventos garante

certificação.

Além da Semana Pedagógica está previsto em calendário a realização de

duas reuniões pedagógicas, sem certificação.

A instituição incentiva ainda a participação dos professores em eventos

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proporcionados pela SEED/PR (cursos, seminários, palestras, congressos, entre

outros) ou promovidos pelas agências de fomento educacional, visando o

enriquecimento cultural e profissional.

17. CONSELHOS DE CLASSE

É o órgão colegiado, de natureza deliberativa em assuntos didático-

pedagógicos. Tem como objetivos:

a) Avaliar e propor melhorias do processo ensino-aprendizagem.

O Conselho de Classe é constituído pelos professores da classe, pela direção

e equipe pedagógica, ainda, um representante de turma para acompanhamento.

O Conselho de Classe deverá:

a) Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na relação com o

trabalho pedagógico do professor;

b) Avaliar os resultados da aprendizagem do aluno, na perspectiva do

processo de apropriação de conhecimento, da organização de

conteúdos e dos encaminhamentos metodológicos da prática

pedagógica.

O Conselho de Classe se reunirá bimestralmente para acompanhamento do

desempenho dos alunos e ordinariamente semestralmente, para avaliação dos

resultados e diagnóstico de intervenção pedagógica.

As reuniões do Conselho de Classe dar-se-ão por convocação da direção,

sendo obrigatório o comparecimento de todos os convocados.

Das decisões do Conselho de Classe, caberá recurso ao Conselho Escolar

da escola, com a participação de todos os professores da turma, e alunos quando

necessário.

18. CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é a instância máxima da instituição. É um órgão

deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político- pedagógicos da escola

e tem a seguinte constituição:

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I – Diretor

II – Representante dos Professores;

III- Representante da Equipe Pedagógica;

IV – Representante dos Funcionários;

V- Representante dos pais de alunos.

É competência do Conselho Escolar:

I – Sugerir e organizar o funcionamento de novos cursos;

II- Julgar atos e procedimentos de membros do corpo docente,

propondo ao órgão superior, quando for o caso, a adoção de medidas preventivas

cabíveis;

III- Decidir em primeira instância, sobre penas previstas neste

documento;

IV – Deliberar e resolver em grau de recurso, sobre assuntos de

natureza pedagógica desta instituição escolar;

V – Deliberar sobre providências preventivas, corretivas ou repressivas

a atos de indisciplina;

VI – Sugerir alterações no PPP da escola e participar da construção do

Calendário Escolar Anual em suas alterações;

VII – Apreciar as propostas de hora-atividade;

VIII- Deliberar o processo de Avaliação Institucional.

19. ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A APMF é um órgão colegiado, representativo, deliberativo que contribui para

a melhoria do processo de integração e da comunidade escolar.

É constituída por todos os pais ou responsáveis pelos alunos, pelos

professores e professores pedagogos (equipe de ensino) e funcionários da escola.

Tem como tarefa principal, preocupar-se com a melhoria de qualidade do

ensino médio e normal, apresentando sugestões e implementando ações aditivas ao

processo educacional desenvolvido na escola.

A APMF é estruturada de conformidade com as normas da SEED e expressas

em regimento próprio, determinando a caracterização dos dirigentes, sua

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competência, direitos, obrigações, tempo de mandato, procedimentos e critérios de

escolha.

As reuniões da APMF não têm data fixa, mas é acionada sempre que

necessário.

20. PLANO DE AÇÕES

A partir de discussões travadas nas formações continuadas e reuniões

pedagógicas o quadro de ações foi delineado a partir das fragilidades detectadas e

dos avanços já conquistados.

TÓPICOANALISADO

FRAGILIDADES AÇÕES PROPOSTAS PERÍODO RESPONŚAVEL

Projeto Político Pedagógico

Pouco envolvimento de alguns professores em sua real execução

Rendimento insuficiente

Evasão e repetência

Forte influência da pedagogia tradicional

Projeto social

Ampliar as discussões acerca do PPP para maior envolvimento dos professores;

Implantar monitoria

Projeto que incentive acesso a permanência do aluno na escola

Promover estudos sobre os novos paradigmas da educação

Montar projetos sociais em parceria com as universidades e outras instituições ampliando o envolvimento da escola com a comunidade

Ano todo

Ano todo

Ano todo

Reuniões pedagógicas

Reuniões pedagógicas

Direção Equipe Pedagógica

Equipe Pedagógica TutoresAlunos

Equipe PedagógicaMarilda Torres – Projeto PDE

DireçãoEquipe Pedagógica

DireçãoEquipe pedagógica

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Regimento Escolar Descumprimento de regras do Regimento Escolar justificado pelo seu desconhecimento

Avaliação Semestral

Recuperação paralela

Disponibilizar o RE e “cobrar” a leitura

Rever critérios e instrumentos avaliativos Redistribuir melhor os valores da avaliação semestral

Rever conceito de Recuperação paralela e final

Ano todo

Reuniões pedagógicas

Reuniões pedagógicas

DireçãoEquipe pedagógica

DireçãoEquipe pedagógica

Equipe pedagógica

InstânciasColegiadas

Grêmio

Estudantil

Conselho Escolar

APMF

Incentivar ações propostas pelo grêmio

Criar um cronograma de reuniões

Divulgar as decisões da APMF

Momentos pontuais

Bimestral

Nos momentos oportunos

Equipe PedagógicaProfº responsávelDireção

Direção

DireçãoAPMF

Entidades Externas 1. Manter as parcerias e ampliá-las quando possível.

Ano todo Direção

Planejamento participativo

Pouco envolvimento da comunidade externa

Promover maior integração da escola e comunidade externa

Semana Pedagógica

Eventos com a participação da comunidade

Direção

Calendário Escolar e Hora atividade

Atestados médicos

Atraso na contratação de substitutos que tiram licença

Falta de professores por motivos justificados

Reposição de conteúdos em contraturno, inclusive aos sábados

Oferecer reposição de conteúdos

Preparar atividades para a equipe pedagógica trabalhar com a turmaNão havendo a reposição em 30 dias, a contar da falta, haverá desconto em folha

Quando necessário

Quando necessário

Quando necessário

Equipe Pedagógica

Relação Pouco Promover encontros, 2º e 3º Direção

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comunidade escola envolvimento palestras de interesse comunitário

bimestres

Paraná Alfabetizado Não ocorreu demanda

Incentivar a demanda Ano todo Secretaria

Proposta Pedagógica curricular/ Plano de Trabalho Docente

Não envolvimento de alguns professores na elaboração da proposta pedagógica e na discussão de questões pertinentes ao PTD

Incentivar o Plano Docente para assegurar maior eficiência no processo ensino aprendizagem

Planejamento por disciplina, por semestre, e se possível, com professores de disciplinas correlatas (interdisciplinaridade)

Semana Pedagógica Planejamento Escolar

Equipe Pedagógica

Avaliação Escolar Falta de cumprimento da determinação regimental que prevê o mínimo duas avaliações

Falta de compromisso de docentes com a avaliação

Maior rigor no controle das avaliações feitas pelos docentes

Aplicar o regimento escolar aos docentes negligentes com o processo de avaliação

Mensal

Quando necessário

Equipe Pedagógica

DireçãoEquipe Pedagógica

Conselho de classe Ausência de docentes na participação do conselho de classe em razão de trabalhar em mais de uma escola

Fazer o conselho por turma, com a presença dos alunos e professores

ReuniãoBimestral com os tutores e semestral com os alunos

Direção Equipe Pedagógica

Hora Atividade Dificuldade de conciliar os horários dos professores da mesma disciplina

Montar o horário buscando coincidir os horários de professores de mesma disciplina

Início do período letivo

Secretaria

Recuperação de Estudos

Indisponibilidade de tempo dos alunos do noturno

Alunos trabalhadores não realizam trabalhos pedidos

Falta de interesse e compromisso de alguns alunos

Adoção de monitoria em contraturno para os alunos com tempo disponível

Conscientização do aluno para a realização de tarefas extra

Aplicação de recursos tecnológicos para motivação, como TV pendrive, laboratório de informática, Programa Eureka, entre outras

Semanalmente Professor da disciplina/aluno monitor / pedagogo do turno

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Sala de apoio Não dispõe

Reunião Pedagógica/ Semana Pedagógica

Referencial teórico pouco voltado para a área específica do professor

Exigência de participação de funcionários no mesmo grupo dos professores

Textos dirigidos por área

Palestras e discussões de temas pertinentes ao trabalho dos funcionários

Início dos semestres

DireçãoEquipe Pedagógica

Enfrentamento à Evasão

Desinteresse do aluno, falta de motivação dos professores, inserção no universo do trabalho, gravidez, omissão da família, Feira da lua às 5ªs feiras à noite

Sensibilização dos alunos para a importância dos estudos

Trabalhos para elevar a estima

Conversa com os pais ou responsáveis para tomada de atitude frente aos filhos

Ano todo DireçãoEquipe Pedagógica

Grupos de Estudos para professores

Falta de organização dos grupos

Atraso na remessa de material para leitura e discussão

Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar a discussão

Textos orientados mais para a prática.

Ano todo Professor Coordenador do Grupo

Grupos de Estudos para alunos

Falta de organização dos grupos

Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar o estudo

Convidar/designar alunos monitores

Ano todo Professor Coordenador do Grupo

PDE/GTR Falta de domínio da informática

Falta de tempo para estudar (equipe pedagógica)

Atraso na disponibilidade do material para estudos

Treinamento para docentes

Revezamento da Equipe Pedagógicapara estudo

Cumprimento do calendário da SEED/PR

Ano todo Direção

Produção material escrito científico

Falta de tempo para pesquisar e escrever

Falta de

Incentivar ao docente ser autor

Ano todo Equipe Pedagógica

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informações gerais

Produção de material escrito pelos alunos

Escassez de produção de material escrito pelos alunos

Professores das diferentes disciplinas devem conhecer o formato dos diferentes gêneros discursivos para orientar a produção dos alunos: resumo, resenha, relatório, artigo de opinião, textos argumentativos, paper, artigo científico (noções através de leituras)

Ano todo Equipe PedagógicaTodos os Professores

Incentivo à leitura Uso inadequado do livro didático como material de leitura e consulta

Poucas retiradas de livros na biblioteca

Falta de profissional habilitado para o trabalho em biblioteca

Uso efetivo do livro didático como material de leitura e consulta

Indicar leituras do acervobibliográfico

Funcionamento da biblioteca nos três turnos

Ano todo Todos os Professores

Dinâmica das aulas Administração inadequada do tempo

Privilegiar quatro momentos distintos nas aulas: ouvir, falar, ler e escrever

Ano todo Todos os Professores

Projetos Específicos da Escola

Falta de sistematização das ações dos docentes e Equipe Pedagógica

Desvalorização da produção intelectual dos alunos

Implantar novos projetos interdisciplinares

Criar espaços e situações para divulgar a produção textual

Ano todo DireçãoEquipe Pedagógica Corpo Docente

Programas institucionaiscomo: Fera, Comciencia, JOCOPS

Falta de envolvimentos dos professores das áreas contempladas

Maior disponibilidade do professor

Datas pontuais Direção Professores

Desafios Educacionais Contemporâneos12

Falta de definição de metas

Criação de projetos/ações coletivas

Ano todo DireçãoEquipe Multidisciplinar

Educação sócio-ambientalAgenda 21

Pouco envolvimento dos professores

Leitura de material enviado pela SEED/PR sobre Educação sócio-

Ano todo Direção Equipe Pedagógica

12 Quadro de ações específico na página a seguir.130

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ambiental disponibilizado na sala de Hora Atividade

Relacionar os conteúdos das aulas com as questões ambientais

Coleta de embalagens para o Programa Terracycle

Mobilização para o cuidado com as carteiras e não uso de errorex

Alunos

Materiais e ambientes didático-pedagógicos: laboratório de ciências e de informática;, TV Paulo Freire, TV multimídia

Pouco uso do laboratório de Biologia, Química e Física

Não disponibilidade do laboratório de informática para os alunos

Descaso pela programação da TV Paulo Freire

Inadequação no uso da TV multimídia

Estimular o professor e agente de execução para o uso

Treinar os professores

Incentivo para a produção de material e ser mostrado na TV Paulo Freire

Orientação/normatizaçãodo uso da TV multimídia

Ano todo

Ano todo

Ano todo

Ano todo

DireçãoEquipe Pedagógica

Recursos financeiros da escola

Nenhuma fragilidade detectada

Plano de Aplicação dos recursos são publicados e fixados em mural da sala dos professores

Semestral Direção

Implantação de novos cursos profissionalizantes

Demanda para cursos profissionalizantes

Pedido de autorização de funcionamento de cursos (noturno e vespertino) na área profissionalizante – Pós médio de Formação de Docentes

Final do ano letivo

Direção

Reforma do prédio Pintura, cobertura da quadra, fiação elétrica

Solicitar à SEED/PR Início de ano Direção

Aquisição de mobiliário

Falta de mesas do professor em sala de aula

Solicitar mesas para o professor junto à SSED/PR

Final do ano letivo

Direção

PDE Substitutos despreparados

Pleitear junto à SEED/PR revisão de critérios de inscrição, número de vagas

Ano todo Direção

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Alguns projetos envolvem um número reduzido de participantes, por isso não impactam a rotina da escola

ofertadas

Maior envolvimento do coletivo na escola durante a implementação dos projetos dos professores PDE

Ano todo

Professor Tutor Apresentou bons resultados

Continuar incentivando o trabalho do professor tutor como mediador no processo ensino aprendizagem e nas questões disciplinares

Ano todo DireçãoEquipe Pedagógica

Interdisciplinaridade Falta de diálogo entre as disciplinas

Disponibilização no site da escola o conteúdo programático das disciplinas

Elaboração de projetos interdisciplinares

Ano todo Todos osprofessores

Diversidade/Inclusão

Falta de tolerância de alguns frente à diversidade

Diagnose de alunos com necessidades especiais

Reunião com os professores da turmapara definir adequação curricular e metodologia (quando necessário)

Reunião com os alunos para conscientização (se necessário)

Fixar em sala de professores/hora atividade os nomes dos alunos com necessidades especiais leves, ou temporárias, para ciência do professor

Ano todo DireçãoEquipe PedagógicaProfessores

Simulado Inviável no ensino organizado por blocos de disciplinas

Buscar alternativas para preparar alunos para o ENEM e vestibular

2º Semestre Equipe PedagógicaProfessores dos 3ºs anos

Mostra Pedagógica Não é realizada Organizar mostra pedagógica das produções dos alunos nas diferentes disciplinas

Final do ano letivo

ProfessoresAlunosEquipe Pedagógica

CELEMATIVIDADE COMPLEMENTAR DE APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM (Preparação para o

Pouca frequência e envolvimento dos alunos e comunidade

Estratégias diferenciadas para conseguir maior participação

Ano todo DireçãoEquipe pedagógicaProfessores envolvidos

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vestibular)

Estágios obrigatórios (acadêmicos)

Congestionamento de pedidos de estágios para acadêmicos

Postura inadequada de alguns acadêmicos pela falta de orientação

Exigir agendamento prévio para notificar professores das turmas que receberão os estagiários

Contactar a universidade para oficializar pedido ao coordenador no sentido de orientar os acadêmicos quanto ao vestuário, postura, uso de celular, pontualidade preparo das aulas, entre outros

Ano todo Equipe Pedagógica

Estágios obrigatórios(formação de Docentes)

Espaço físico insuficiente para atender os alunos do vespertino

Readequar espaço físico Início do ano letivo

DireçãoSEED/PR

Urna democrática Resistência de alguns professores/ funcionários diante das denúncias e críticas apresentadas pelos alunos

Promover discussões acerca do avanço que a urna representa

Semana PedagógicaReuniões pedagógicas

DireçãoEquipe Pedagógica

Projetos Interrupção de projetos em determinados períodos por questões pontuais

Revitalizar/implementar projetos existentes:GGGLiteratura (Mara)Sexualidade (Marlene)Música como ferramenta de ensino - Gravação de vídeos clip (Roseli)Maquetes arquitetônicas – Fotografia (Iolanda)Canto CoralRecepção aos novos alunos e Bota-fora das terceiras sériesVencendo os limites a partir da dançaPIBIC Júnior

Ano todo Equipe Pedagógica Professores envolvidos

Quadro 36. Plano de Ações

Sistematização das ações da escola para o efetivo trabalhocom os Desafios Educacionais Contemporâneos

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Quadro 37. Sistematização das ações com os desafios educacionais contemporâneos

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Educação para as relações étnico-raciais• Palestras com profissionais e testemunhos

de pessoas da comunidade;• Leitura de textos de gêneros diversos (no-

tícias, artigos, ensaios, poemas)• Análise de textos literários• Cultura africana e afrodescendente nas ar-

tes: música e dança;• Debates e reflexões a partir de filmes;• Relação histórica inerente ao tema atra-

vés deanálise contextualizada dos múltiplos papéis sociais dos diferentes segmentos da sociedade através dos tempos;

• Literatura afro-brasileira;• As imagens e representações dos afro

descendentes nos livros didáticos de His-tória.

Educação Fiscal• Coleta de dados relacionados à educação fis-

cal;• Conscientização da função socioeconômica

dos tributos;• Pesquisa orientada sobre a natureza dos di-

versos tributos;• Pesquisas e discussões acerca dos gastos pú-

blicos;• Participação em audiências públicas da Câma-

ra de Vereadores (planejamento orçamentário, prestação de contas);

• Palestras com profissionais da área;• Pesquisa de campo sobre o hábito de exigir

nota fiscal;• Ações que incentivem o pedido de nota fiscal;• Visitação à prefeitura e suas principais secre-

tarias;• Entrevistas (prefeito, presidente da câmara,

secretário de finanças);• Conhecimento e interpretação do Código do

Consumidor;• Debate sobre a aplicação de recursos públicos

na escola;

• Implantação de projetos que fomentem a soli-dariedade humana e a solução coletiva de problemas comunitários.

Educação Ambiental• Reciclagem na Arte;• Coleta seletiva no ambiente escolar;• Incentivo à prática da separação do lixo

reciclável;• Palestras com profissionais da área;• Elaboração de projetos de impacto ambi-

ental;• Pesquisa de campo: tratamento de esgoto

doméstico e industrial;• Conhecimento da Agenda 21;• Seminários;• Leituras pertinentes e elaboração de tex-

tos dissertativos e de opinião;• Visitas ecológicas (parques, reservas, in-

dústrias de reciclagem, entre outros);• Campanhas para redução do desperdício

de água;

• Oficinas; Gincanas; Passeatas.

Cidadania e direitos humanos • Enfoque nos trabalhos em grupo;• Reflexões e discussões acerca dos direitos e

deveres do cidadão;• Seminário sobre o ECA;• Conhecimento do Regimento do colégio;• Filmes pertinentes;• Intensificação das ações do GGG;• Semana da Cidadania

Prevenção ao uso indevido de drogas• Palestras com profissionais da área;• Semana de prevenção às drogas;• Filmes pertinentes;• Conscientização acerca dos prejuízos cau-

sados pelas drogas (ações e efeitos);• Drogas socialmente aceitas: Álcool e Ta-

baco• Alcoolismo e trânsito;• Relacão: uso de drogas X criminalidade;• Políticas públicas sobre drogas;• Leitura de textos diversos;• Conversas informais;• Mostra de vídeos;• Pesquisas para debates posteriores.• Leituras pertinentes e elaboração de tex-

tos dissertativos e de opinião;• Palestras e filmes para os pais.

Sexualidade (alguns dos itens já citados podem ser utilizados)

• Oficinas em parceria com a UENP;• Elaboração de um plano de ação a partir

de Projeto de Professor PDE.

Enfrentamento à violência na escola• Disseminação de uma cultura de paz pela con-

vivência harmoniosa (GGG);• Oração pela paz – Time out;• Intensificação das ações do GGG;• Palestra com a Patrulha Escolar;• Seminário sobre bullyng;• Práticas colaborativas (enfoque aos trabalhos

em grupo);• Ações pontuais em parceria com a Patrulha

Escolar, Conselho Tutelar e Promotoria Públi-ca (art. 56 ECA);

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nessa luta surda, no cotidiano, na lenta tarefa de transformação da ideologia, na guerrilha ideológica [...]. Por que ela pode ser transfor-madora? Porque o trabalho educativo é essencialmente político e, é o político que é transformador.

Moacir Gadotti

O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, diante

das demandas da sociedade e das próprias mudanças na legislação educacional

(LDB 9394/96) necessitou rever suas práticas e posturas com o intuito de estar

sintonizada com tais mudanças.

Nesse sentido, a escola revisitou seu Projeto Político-Pedagógico para que,

de forma coletiva, democrática e transparente pudesse discutir os avanços da escola

e propor alternativas para as suas fragilidades.

A reconstrução do PPP aconteceu a partir de uma pesquisa com os diversos

segmentos, em encontros com Conselho Escolar, APMF, alunos (as). Os encontros

professores (as), equipe pedagógica e direção foram aconteceram nas semanas

pedagógicas e reuniões pedagógicas.

A cada encontro, a construção era socializada com o grupo para sugestões,

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alterações e adendos, para o seu aprimoramento. Contudo, o documento não é

completo e acabado, pelo contrário, tem-se a clareza que deve ser revisto

constantemente, por ser dinâmico e flexível a ponto de atender as demandas e

garantir o sucesso de todo o alunado.

A incomplitude, inconclusão e imperfeição deste documento, como bem nos

lembra Paulo Freire, legitima o movimento ininterrupto da história e os desafios do

fazer a história. O homem, segundo Freire (2006) como ser de relações, desafiado

pela natureza, a transforma com seu trabalho; e que o resultado desta

transformação, que se separa do homem, constitui seu mundo. O mundo da cultura

que se prolonga no mundo da história. Na inter-relação homem-mundo, o homem

cria, por meio de seu trabalho, o seu mundo.

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REFERÊNCIAS

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Somente amarrados uns aos outros é que se escalam certas montanhas.

D. Perrot

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