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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE ODONTOLOGIA MARCONE MAX DE ARAÚJO RODRIGUES ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA DISCREPÂNCIA DE MODELO NA DENTADURA MISTA NATAL - RN MAIO/2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

CURSO DE ODONTOLOGIA

MARCONE MAX DE ARAÚJO RODRIGUES

ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA

DISCREPÂNCIA DE MODELO NA DENTADURA MISTA

NATAL - RN

MAIO/2015

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MARCONE MAX DE ARAÚJO RODRIGUES

ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA

DISCREPÂNCIA DE MODELO NA DENTADURA MISTA

Trabalho de conclusão de curso, em formato

de artigo científico (estilo Vancouver),

apresentado como exigência para a obtenção

do título de Cirurgião Dentista à Faculdade de

Odontologia da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, sob orientação do Professor

Dr. Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas.

NATAL - RN

MAIO/2015

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Rodrigues, Marcone Max de Araújo. Análise comparativa de dois métodos de avaliação da discrepância de modelo

na dentadura mista /Marcone Max de Araújo Rodrigues. – Natal, RN, 2015.

39 f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade

Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Odontologia.

1. Ortodontia - Monografia. 2. Ortodontia preventiva - Monografia. 3. Dentição

mista - Monografia. I. Caldas, Sergei Godeiro Fernandes Rabelo. II. Título.

RN/UF/BSO Black D46 RN/UF/BSO Black D74

Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia

Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.

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ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA

DISCREPÂNCIA DE MODELO NA DENTADURA MISTA

MARCONE MAX DE ARAÚJO RODRIGUES

Aprovado em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________

Prof. Dr. Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas (Orientador)

Especialista em Ortodontia ABO/RN

Mestre em Ciências Odontológicas - Ortodontia UNESP/Araraquara

Doutor em Ciências Odontológicas - Ortodontia UNESP/Araraquara

__________________________________________________

Profa. Dra. Hallissa Simplício Gomes Pereira

Mestre em Ciências Odontológicas - Ortodontia UNESP/Araraquara

Doutora em Ciências Odontológicas - Ortodontia UNESP/Araraquara

__________________________________________________

Profa. Dra. Juliana Barreto Rosa de Sousa

Especialista em Ortodontia UNICSUL

Mestre em Odontologia - Odontopediatria USP

Doutora em Investigação Biomédica USP

CONCEITO FINAL: _____________________

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6

2 MATERIAIS E METODOS ........................................................................................... 7

3 RESULTADOS .............................................................................................................. 9

4 DISCUSSÃO .................................................................................................................. 9

5 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 11

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 13

LEGENDA DE FIGURAS..............................................................................................15

FIGURAS........................................................................................................................16

TABELAS.......................................................................................................................21

ANEXOS ......................................................................................................................... 27

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ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA

DISCREPÂNCIA DE MODELO NA DENTADURA MISTA

Marcone Max de Araújo Rodrigues1

Sergei Godeiro Fernandes Rabelo Caldas2

RESUMO

Introdução: O objetivo do estudo foi comparar dois métodos de análise da dentadura mista

(Moyers e Tanaka-Johnston) com a finalidade de descobrir se ambos possuem o mesmo grau de

previsibilidade. Materiais e Métodos: O estudo foi do tipo transversal e experimental com

amostra de 30 modelos de gesso e as medições dentárias foram realizadas por meio de um

paquímetro digital com precisão de 0,03mm. Para a calibração do examinador, 10 pares de

modelos foram selecionados aleatoriamente e a fidedignidade do processo de mensuração das

variáveis foi avaliada por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse (1,00). Os dados foram

submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e posteriormente aplicado o teste t pareado

para o arco superior e o teste de Wilcoxon para o arco inferior, considerando em ambos o nível

de significância de 95%. Resultados: Houve diferença estatisticamente significativa entre os

dois métodos de avaliação da dentadura mista para o arco inferior (p = 0,011). Contudo, apesar

do teste estatístico apresentar significância, esta diferença foi menor que 0,5mm, considerado

clinicamente desprezível. No arco superior não foi observado diferença significativa entre os

dois métodos de avaliação (p = 0,837). Conclusão: Ambos os métodos possuem a mesma

capacidade de previsibilidade de mensuração do tamanho mésio-distal dos caninos, primeiros e

segundos pré-molares que irão irromper.

Unitermos: Ortodontia, ortodontia preventiva, dentição mista.

1 Acadêmico do 9º período do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(UFRN) – Natal/RN.

2 Professor Adjunto do Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(UFRN) – Natal/RN.

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1 INTRODUÇÃO

O período de desenvolvimento da dentição que coincide como o período de transição

entre a dentição decídua e permanente é denominado de dentadura mista1. Nesse período, é

frequente observar na arcada inferior um apinhamento na região anterior, denominado de

apinhamento primário2.

Em muitos casos, essa desarmonia é temporária e tende a se dissolver de modo

espontâneo, devido ao aumento da distância intercaninos, migração dos caninos decíduos em

direção aos espaços primatas, posição mais vestibular dos incisivos permanentes em relação aos

seus antecessores decíduos, crescimento mandibular e aproveitamento do espaço livre de Nance.

Contudo, em casos limítrofes, ou seja, na dúvida se o espaço presente será suficiente para

acomodar a dentição permanente corretamente, indica-se o emprego da análise de dentadura

mista (ADM) para estimar o diâmetro mésio-distal dos dentes permanentes ainda não

irrompidos na cavidade oral. Portanto, é possível estimar com razoável grau de confiabilidade se

o volume dentário está em concordância com o tamanho da base óssea disponível2.

Assim sendo, a ADM nos permite então prever se existe uma discrepância dentária em

relação à base óssea, e de acordo com os resultados observados, ter fundamentação para tomar

decisões em relação ao plano de tratamento a ser realizado, principalmente na realização de

extrações dentárias3.

Muitos métodos de análise foram desenvolvidos com o propósito de verificar a

diferença entre o espaço presente e o requerido, podendo estes serem classificados em métodos

não radiográficos (baseados em correlações, tabelas de predição e equações), radiográficos

(baseados em radiografias periapicais e cefalométricas em 45º) e a combinação de ambos4-5-6-7

.

Embora se obtenha ótimos resultados na predição de dentes não-irrompidos através de métodos

radiográficos, a baixa praticidade, multiplicidade de cálculos e maior demanda de tempo de

execução limitam a utilização dessas técnicas8-9-10

. Segundo alguns estudos8,5

, os métodos não

radiográficos, em contrapartida, apresentam-se de maneira bem mais simplificada e prática,

proporcionando também ótimos resultados na predição dos dentes não irrompidos (caninos, 1ºs

e 2ºs pré-molares), onde a predição da largura destes deriva de dentes já presentes na cavidade

oral. A literatura demonstra que essa correlação positiva é mais significativa com os incisivos

permanentes inferiores. Desta maneira, como estes são um dos primeiros dentes a irromperem

durante o desenvolvimento da dentição, é possível se basear no seu tamanho mésio-distal para

prever o tamanho dos dentes permanentes que irromperão durante o segundo período transitório

da dentadura mista.

Dentre os métodos não radiográficos, a análise de Moyers tem sido utilizada

frequentemente e é apresentada como padrão-ouro na literatura11

. Esse método clássico se

fundamenta no somatório das larguras mésio-distais dos incisivos permanentes inferiores para

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determinar a largura dos caninos e pré-molares permanentes, mediante a tabela de

probabilidades proposta por Moyers5. Além deste método, Tanaka e Johnston propuseram um

método alternativo que consiste em uma forma mais facilitada de se obter a mesma informação,

uma vez que não é necessária a consulta da tabela de probabilidades, podendo ser realizada

diretamente na cavidade oral ou em modelos de estudo. Os autores elaboraram uma fórmula

matemática de rápida aplicação, onde o valor dos pré-molares e caninos permanentes de uma

hemiarcada são definidos pela soma da metade do diâmetro mesiodistal dos incisivos inferiores

permanentes, acrescido de uma constante predeterminada8.

Na literatura encontra-se uma carência de artigos que compararam estes métodos de

predição de tamanho dentário e ambas as análises foram desenvolvidos com base nos dados

obtidos a partir de uma população Norte Americana. Portanto, o objetivo do estudo foi

comparar dois métodos de análise da dentadura mista (Moyers e Tanaka-Johnston) com a

finalidade de descobrir se ambos possuem o mesmo grau de previsibilidade.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizado um estudo transversal e experimental, com utilização de modelos de

gesso, onde as medições foram realizadas por meio de um paquímetro digital (Eletronic Digital

Caliper com 0,03mm de precisão) (Figura 1). A pesquisa foi dividida em 3 partes: a primeira

compreendeu a obtenção dos modelos, a segunda envolveu a calibração do examinador e a

terceira a comparação dos resultados obtidos a partir dos métodos propostos.

O estudo foi realizado no Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte e protocolado na plataforma Brasil com número do parecer 787.090.

Determinou-se o tamanho da amostra utilizando uma diferença esperada de 1,5mm, com

poder 80% e um nível alfa de 5%. O tamanho da amostra calculado por esses parâmetros foi de

24 pares de modelos de gesso. Entretanto optou-se por aumentar o tamanho da amostra em seis

modelos, totalizando trinta pares de modelos de gesso. O cálculo amostral foi realizado através

do programa Epi Info 6.4 (CDC/EUA).

Foram obtidos 30 pares de modelos de gesso a partir da documentação ortodôntica

inicial dos pacientes atendidos na disciplina de Clínica Infantil II e do Projeto de

Aprimoramento em Ortodontia Preventiva e Interceptativa da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte (UFRN).

Os critérios de inclusão dos modelos de gesso no estudo consistiram em:

Presença dos incisivos superiores e inferiores permanentes, e primeiros molares

permanentes em ambas as arcadas;

Morfologia normal presente em todos os elementos dentários;

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Como critérios de exclusão foram considerados:

Presença de irregularidades no gesso proveniente de lesões cariosas e

restaurações que possam afetar o diâmetro mésio-distal da coroa dentária;

Modelos de estudo em mau estado de conservação;

Presença de bolhas negativas e positivas nos modelos de gesso;

Presença de dentes supranumerários.

Para a calibração do método de mensuração foram escolhidos 10 pares de modelos,

selecionados aleatoriamente por meio de amostragem casual simples, medidos duas vezes pelo

mesmo examinador, com um intervalo de tempo de uma semana. Com a finalidade de se avaliar

a fidedignidade do processo de mensuração das variáveis, sendo utilizado o teste estatístico

coeficiente de correlação intraclasse (ICC).

Inicialmente foi determinado o espaço presente (EP) dos 30 pares de modelo de gesso.

Foram medidos os valores dos incisivos centrais e laterais superiores e inferiores, e esses

valores foram marcados ficha avaliação (figuras 2, 3, 4, 5 e 6). Após este passo, foi medido o

espaço correspondente aos incisivos de cada hemiarcada quando alinhados (somatório mésio-

distal) e este valor foi transferido ao modelo tendo como referência a linha média (figuras 7 e 8).

A partir dessa marcação até a mesial do primeiro molar permanente era realizada outra medição,

a qual nos dava o valor do espaço presente para irrupção dos caninos, 1ºs e 2ºs pré-molares

(figura 9). Após a determinação do espaço presente, determinou-se o espaço requerido (ER), por

meio dos métodos de Moyers e Tanaka-Johnston.

O método de Tanaka-Johnston determina o espaço requerido para acomodação do

canino, primeiro e segundo pré-molares não irrompidos, através da inclusão da soma das

larguras dos quatro incisivos permanentes inferiores em uma fórmula. A fórmula de Tanaka-

Johnston consiste: ER = Li/2 + 11,0 (para arco superior) e ER = Li/2 + 10,5 (para arco

inferior)8, onde Li representa a soma dos diâmetros mésio-distais dos incisivos inferiores

permanentes.

O método de Moyers determina o espaço requerido para acomodação do canino,

primeiro e segundo pré-molares não irrompidos, através da soma das larguras dos quatro

incisivos permanentes inferiores submetidos à tabela de probabilidades criada por Moyers5.

Na determinação do espaço requerido em ambos os métodos citados anteriormente foi

adotado um nível de probabilidade de 75%. Após a determinação do espaço presente e do

espaço requerido, foi realizado o cálculo da discrepância de modelo (DM), que consiste na

diferença entre o espaço presente e o espaço requerido.

A normalidade ou não dos dados foi realizada por meio do teste de Shapiro-Wilk

(n<50). Para os dados com distribuição normal, a análise estatística utilizada para comparação

das médias de discrepância de modelo foi o teste t pareado. Por outro lado, nos dados que não

apresentaram distribuição normal, a análise estatística utilizada pata comparação das medianas

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foi o teste de Wilcoxon, ambos considerando o nível de significância de 95%. O banco de dados

confeccionado no software Excel (Microsoft Windows - Excel 12.0 - Office 2007) e a análise

estatística por meio do software SPSS®, v.20.0 (SPSS Inc, Chicago, Il, USA).

3 RESULTADOS

A amostra foi composta por 30 pares de modelos, sendo 11 de pacientes do sexo

masculino com média de idade de 10,83 (dez anos e oito meses) e 19 do sexo feminino com

média de idade de 9,22 (nove anos e dois meses) (Tabela 1).

Para a calibração dos métodos de mensuração, 10 pares de modelos, selecionados

aleatoriamente por meio de amostragem casual simples, foram medidos duas vezes pelo mesmo

examinador medida o tamanho dos incisivos inferiores com intervalo de uma semana. A

fidedignidade do processo de mensuração das variáveis foi avaliada por meio do Coeficiente de

Correlação Intraclasse (ICC) com valor de aproximadamente 1,00.

Foi observado que os valores de discrepância de modelo obtidos por meio dos métodos

de Moyers e Tanaka-Johston para o arco inferior apresentaram distribuição não-normal,

enquanto que, os do arco superior apresentaram uma distribuição normal (Tabela 2).

A análise descritiva dos dados obtidos na pesquisa estão descritas na tabela 3. Houve

diferença estatisticamente significativa entre os dois métodos de avaliação da dentadura mista

para o arco inferior (p = 0,011), enquanto que, no arco superior não foi observado diferença

significativa entre os dois métodos de avaliação (p = 0,837).

4 DISCUSSÃO

Na época correspondente à fase de dentadura mista, ocorrem grandes alterações nos

arcos dentais. É bem sabido que trata-se de uma fase de intenso crescimento da criança, na qual

alguns desvios da normalidade podem se instalar, daí a importância de diagnosticar e tratar

sempre que possível as alterações morfológicas e funcionais desta fase de desenvolvimento da

dentição.

Assim sendo, o cirurgião dentista deve conhecer os padrões normais de crescimento e as

alterações de desenvolvimento da dentição que ocorrem em cada faixa etária. A dentição em

desenvolvimento é caracterizada por uma grande quantidade de alterações, onde podem surgir

más oclusões transitórias ou não, que fazem parte do processo de crescimento e que,

posteriormente, podem ser autocorrigidas ou então necessitar de tratamento ortodôntico1.

Portanto, em casos limítrofes, onde há dúvida se o espaço presente será suficiente para

acomodar a dentição permanente corretamente, indica-se o emprego da ADM para estimar o

diâmetro mésio-distal dos dentes permanentes ainda não irrompidos na cavidade oral. Assim, é

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10

possível estimar com razoável grau de confiabilidade se o volume dentário está em

concordância com o tamanho da base óssea disponível2.

Dentre os métodos utilizados para análise da dentadura mista está a análise de Moyers

que é apresentada como padrão-ouro na literatura11

. Em contrapartida, Tanaka - Johnston

propuseram um método alternativo que consiste em uma forma mais facilitada de se obter a

mesma informação, uma vez que não é necessária a consulta da tabela de probabilidades,

podendo ser realizada diretamente na cavidade oral ou em modelos de estudo8. Baseado nessa

dualidade entre os métodos de ADM, foram comparados ambos os métodos para saber se

apresentam a mesma capacidade de estimar o diâmetro mésio-distal dos dentes permanentes

ainda não irrompidos. Por apresentar uma metodologia mais simples e dispensar o uso de uma

tabela de probabilidades, o método de Tanaka e Johnston simplificaria a maneira de se realizar a

análise de dentadura mista e poderia ser empregada consistentemente nos serviços públicos e

escolas de Odontologia mais facilmente.

Os resultados mostraram que houve diferença estatisticamente significativa entre os dois

métodos de avaliação da dentadura mista para o arco inferior (p= 0,011). Uma vez constatada

essa diferença para ambos os métodos na arcada inferior, optou-se por realizar uma média das

diferenças dos valores obtidos a partir de cada análise (Tabela 6), na qual foi verificado um

valor médio de -0,23mm. Apesar do teste estatístico apresentar significância, esta diferença foi

menor que 0,5mm, o que é clinicamente desprezível7. Com isso, do ponto de vista clínico o

resultado obtido não consiste em uma diferença real que influencie no diagnóstico e

planejamento do tratamento ortodôntico subseqüente. Porém, se levarmos em comparação os

valores de DM obtidos pelas duas análises, os resultados revelaram que o método de Moyers

subestima as medidas dos dentes a irromperem, o que em alguns casos poderia fazer com que o

profissional se depare com uma falta de espaço maior que o esperado, assim como, não ter

preparado a manutenção do perímetro do arco por meio de um arco lingual. Neste sentido, se

uma análise que superestima o tamanho dos dentes, faz com que, de forma intuitiva o

profissional fique mais atento ao desenvolvimento da oclusão, evitando assim, problemas

futuros.

Em contrapartida, não houve diferença estatística significativa entre os dois métodos de

avaliação da dentadura mista para o arco superior (p= 0,837), significando que ambos os

métodos possuem a mesma capacidade de aferir a discrepância de modelo. No arco superior,

diferentemente do arco inferior, a ADM não é crítica, visto que pode-se adequar o espaço

presente disponível por meio de expansões maxilares com abertura da sutura palatina mediana,

distalização dos dentes posteriores, desgastes interproximais, extrações dentárias e

vestibularização dos incisivos. Contudo, na arcada inferior, estes recursos ficam restritos as

pequenas expansões dento-alveolares, desgastes interproximais e extrações dentárias. Por este

motivo, faz necessário o aproveitamento do Lee Way Space e estudo cuidadoso da ADM3,5,13

.

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11

Os autores17

realizaram um estudo comparando a tabela de Moyers ao nível de 50%,

com os valores preconizados por Tanaka e Johnston. Ao comparar os dois métodos, foi

observado que não houve diferença significativa entre ambos, no entanto, consideraram o

método de Tanaka e Johnston mais apropriado por utilizar valores físicos e não necessitar de

tabelas. Na pesquisa desenvolvida pelos autores13

foi observado que o método de Moyers pelo

percentil 75% e o de Tanaka-Johnston apresentam uma capacidade de previsão semelhante.

Portanto, os resultados obtidos do trabalho estão em concordância com a literatura e, portanto,

confirmam que a utilização do método de Tanaka-Johnston deve ser mais difundido devido a

sua praticidade e facilidade de execução.

5 CONCLUSÃO

Baseados nos resultados observados, podemos concluir que o Método de Tanaka -

Johnston possui a mesma capacidade de previsibilidade em relação ao método de Moyers.

Mesmo que tenhamos encontrado uma diferença estatisticamente significativa, no âmbito

clínico, ela se traduz como uma diferença desprezível que não influenciará no planejamento e

tratamento ortodôntico subseqüente.

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12

COMPARATIVE ANALYSIS OF TWO METHODS OF EVALUATION OF MODEL

DISCREPANCY IN MIXED DENTITION

ABSTRACT

Introduction: The aim of this study was to compare two methods of analysis of mixed dentition

(Moyers and Tanaka-Johnston) in order to find out whether both methods have the same degree

of prediction. Materials and Methods: It was cross-sectional and experimental study with a

sample of 30 dental casts. Dental measurements were made using a digital caliper with a

precision of 0.03 mm. For the calibration of the examiner, 10 pairs of models were randomly

selected and the reliability of the measurement process of the variables was assessed using the

Intraclass Correlation Coefficient (1.00). The data were submitted to the Shapiro-Wilk

normality test and then applied the paired t-test for the upper arch and the Wilcoxon test for the

lower arch, considering a significance level of 95% to both archs. Results: There was a

statistically significant difference between the two methods of assessing mixed dentition for the

lower arch (p = 0.011). However, despite the statistical significance presented by the test, this

difference was less than 0.5 mm, which is considered clinically negligible. In the upper arch

there was no significant difference between the two methods of assessment (p = 0.837).

Conclusion: Both methods have the same capacity of measurement prediction of the

mesiodistal size of canines, first and second premolar that will erupt.

Keywords: Orthodontics, mixed dentition, preventive orthodontics.

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REFERÊNCIAS

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brasileiras. Seminários: Ciências biológicas e da saúde. v.24, Londrina. jan.-dez. 2003, 67-76.

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Odonto/PUCRS, v. 22, n. 56, 2007.

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Americans. Am J OrthodDentofacialOrthop, v. 113, 1998, 293-299.

8. Tanaka MM, Johnston L. E.The prediction of the size of unerupted canines and premolars in

a contemporary orthodontic population. J AmDentAssoc, v. 88, 1974, 798-801.

9. Cecilio E, Vigorito JW. Avaliação do índice de Moyers na predição das dimensões mésio-

distais de caninos e pré-molares em pacientes adolescentes, brasileiros, leucodermas, do sexo

masculino e feminino. Rev Ortodontia, v.34 (1), n. 8, 2001.

10. Diagne F, Diop-Ba K, Ngom PL, Mbow, K. Mixed dentition analysis in a Senegalese

population: elaboration of prediction tables. Am J OrthodDentofacialOrthop, v. 124(2), 2003,

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11. Galvão MAB, Dominguez GC, Tormin ST, Akamine A, Tortamano A, Fantini SM.

Applicability of Moyers analysis in mixed dentition: A systematic review, Dental Press J

Orthod, v.18(6), 2013, 5-100.

12. Camacho OC, Piquero GG, Isasi RC. Estudo comparativo entre a tabela de Moyers ao nível

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13. 18. Alves S, Luís R, Vale F, Lavado N. Métodos de previsão na análise da dentição mista –

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LEGENDA DAS FIGURAS

Figura 1: Paquímetro digital utilizado no estudo;

Figura 2: Aferição do diâmetro mésio-distal do incisivo central inferior direito;

Figura 3: Marcação do valor do diâmetro mésio-distal do incisivo central inferior direito;

Figura 4: Aferição do diâmetro mésio-distal do incisivo lateral inferior direito;

Figura 5: Marcação do valor do diâmetro mésio-distal do incisivo lateral inferior direito;

Figura 6: Aferição da soma do diâmetro mésio-distal dos incisivos central e lateral inferior;

Figura 7: Marcação no modelo de gesso do valor da soma dos incisivos inferiores direito após

alinhamento;

Figura 8: Marcação no modelo de gesso após alinhamento dos incisivos central e lateral direito;

Figura 9: Aferição do espaço presente após alinhamento dos incisivos inferiores direito.

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FIGURA 1

FIGURA 2

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FIGURA 3

FIGURA 4

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FIGURA 5

FIGURA 6

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FIGURA 7

FIGURA 8

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FIGURA 9

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Tabela 1. Descrição da amostra.

n Idade

Masculino 11 10,83

Feminino 19 9,22

Total 30 20,05

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Tabela 2. Teste de normalidade das variáveis*.

DM p

DMIM 0,001

DMITJ 0,01

DMSM 0,739

DMSTJ 0,319

* Teste de Shapiro-Wilk (n<50)

DMIM: Discrepância de Modelo Inferior Moyers

DMITJ: Discrepância de Modelo Inferior Tanaka e Johnston

DMSM: Discrepância de Modelo Superior Moyers

DMSTJ: Discrepância de Modelo Superior Tanaka e Johnston

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Tabela 3. Análise descritiva da amostra.

Intervalo de Confiança Percentil

Média DP Superior Inferior Mediana 25 75 Skewness Curtose

DMIM 4,65 2,87 5,73 3,58 5,02 3,74 6,37 -1,35 -1,93

DMITJ 4,88 2,84 5,94 3,82 5,33 3,62 6,59 -1,03 1,27

DMSM 1,06 2,8 2,1 0,01 1,29 -0,74 2,58 0,08 0,15

DMSTJ 1,09 3,01 2,22 -0,02 1,82 -1,2 2,51 0,23 -0,1

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Tabela 4. Teste de Wilcoxon para o arco inferior.

Percentil

Mediana 25 75 p

DMIM 5,02 -0,74 2,58 0,011

DMITJ 5,33 -1,2 2,51

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Tabela 5. Teste T pareado para arco superior.

Média DP p

DMSM 1,06 2,8 0,837

DMSTJ 1,09 3,01

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Tabela 6. Diferença da discrepância de modelo Moyers e Tanaka-Johnston.

DMIM DMITJ Diferença DMSP DMSTJ Diferença

1 6,46 6,8 -0,34 -4,66 -4,52 -0,14

2 4,67 5,31 -0,64 -2,2 -1,96 -0,24

3 3,8 4,44 -0,64 -0,58 -0,34 -0,24

4 4,97 5,17 -0,2 1,86 1,86 0

5 6,62 6,84 -0,22 3,24 3,26 -0,02

6 4,83 6,21 -1,38 0,99 1,17 -0,18

7 8,05 8,95 -0,9 5,92 6,82 -0,9

8 6,86 6,98 -0,12 2,47 2,41 0,06

9 4,91 4,83 0,08 2,91 2,83 0,08

10 5,98 6,26 -0,28 7,42 7,5 -0,08

11 -2,76 -2,46 -0,3 3,13 3,23 -0,1

12 3,21 3,65 -0,44 -3,85 -3,81 -0,04

13 3,59 3,35 0,24 0,48 -0,92 1,4

14 4,94 5,52 -0,58 1,74 2,12 -0,38

15 7,77 8,33 -0,56 1,6 2,07 -0,47

16 8,98 9 -0,02 2,29 2,11 0,18

17 4,83 5,35 -0,52 -1,25 -1,13 -0,12

18 4,83 5,11 -0,28 0,99 3,93 -2,94

19 6,22 6,06 0,16 2,39 2,23 0,16

20 6,35 6,53 -0,18 0,93 0,91 0,02

21 5,08 5,6 -0,52 2,28 2,2 0,08

22 5,43 5,47 -0,04 1,97 2,01 -0,04

23 5,29 4,91 0,38 3,08 1,78 1,3

24 -3,04 -1,19 -1,85 -1,6 -0,86 -0,74

25 1,72 2,72 -1 -2,04 -1,44 -0,6

26 5,54 3,62 1,92 -0,45 -2,37 1,92

27 -1,08 -1,56 0,48 -3,03 -2,99 -0,04

28 2,04 2,2 -0,16 0,41 0,37 0,04

29 8,05 8,95 -0,9 5,92 6,82 -0,9

30 5,54 3,62 1,92 -0,45 -2,37 1,92

Média -0,23 -0,03

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ANEXOS

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NORMAS DE PUBLICAÇÃO:

1. OBJETIVO

A revista OrtodontiaSPO, de periodicidade bimestral, destina-se à publicação de

trabalhos inéditos de pesquisa aplicada, bem como artigos de atualização, relatos de

casos clínicos e revisão da literatura na área de Implantodontia e de especialidades

multidisciplinares que a envolvam.

2. NORMAS

2.1. Os trabalhos enviados para publicação devem ser inéditos, não sendo permitida a

sua apresentação simultânea em outro periódico.

2.2. Os trabalhos deverão ser enviados via e-mail ou correio.

2.2.1. No caso de envio por correio, o arquivo deverá ser gravado em CD, em formato

DOC, acompanhado de uma cópia em papel, com informações para contato (endereço,

telefone e e-mail do autor responsável). O CD deverá estar com a identificação do autor

responsável, em sua face não gravável, com caneta retroprojetor.

2.2.2. No caso de envio por e-mail, é necessário colocar no assunto da mensagem o

título do trabalho, além de especificar no corpo do e-mail, em tópicos, o que está sendo

enviado.

2.3. O material enviado, uma vez publicado o trabalho, não será devolvido.

2.4. A revista OrtodontiaSPO reserva todos os direitos autorais do trabalho publicado.

2.5. A revista OrtodontiaSPO receberá para publicação trabalhos redigidos em

português.

2.6. A revista OrtodontiaSPO submeterá os originais à apreciação do Conselho

Científico, que decidirá sobre a sua aceitação. Os nomes dos relatores/avaliadores

permanecerão em sigilo e estes não terão ciência dos autores do trabalho analisado.

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2.7. O trabalho deverá ser enviado juntamente com o Termo de Cessão de Direitos

Autorais e Formulário de Conflito de Interesses, assinados pelo(s) autor(es) ou pelo

autor responsável, conforme modelo encontrado nessa página.

2.8. As informações contidas no Formulário de Conflito de Interesses deverão ser

acrescentadas ao final do artigo, em forma de texto, como Nota de Esclarecimento.

Exemplo: Nota de esclarecimento Nós, os autores deste trabalho, não recebemos apoio

financeiro para pesquisa dado por organizações que possam ter ganho ou perda com a

publicação deste trabalho. Nós, ou os membros de nossas famílias, não recebemos

honorários de consultoria ou fomos pagos como avaliadores por organizações que

possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho, não possuímos ações ou

investimentos em organizações que também possam ter ganho ou perda coma

publicação deste trabalho. Não recebemos honorários de Como enviar seus trabalhos

apresentações vindos de organizações que com fins lucrativos possam ter ganho ou

perda com a publicação deste trabalho, não estamos empregados pela entidade

comercial que patrocinou o estudo e também não possuímos patentes ou royalties, nem

trabalhamos como testemunha especializada, ou realizamos atividades para uma

entidade com interesse financeiro nesta área.

2.9. Os trabalhos desenvolvidos em instituições oficiais de ensino e/ou pesquisa deverão

conter no texto referências à aprovação pelo Comitê de Ética. A experimentação

envolvendo pesquisa com humanos deve ser conduzida de acordo com princípios éticos

(Declaração de Helsinki, versão 2008 –

http://www.wma.net/en/20activities/10ethics/10helsinki/index.html).

2.10. Todos os trabalhos com imagens de pacientes, lábios, dentes, faces etc., com

identificação ou não, deverão conter cópia do Formulário de Consentimento do

Paciente, assinado por este.

3. APRESENTAÇÃO

3.1. Estrutura

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3.1.1. Trabalhos científicos (pesquisas, artigos e teses) – Deverão conter título em

português, nome(s) do(s) autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos,

introdução e/ou revisão da literatura, proposição, material(ais) e método(s), resultados,

discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em inglês

(abstract), unitermos em inglês (key words) e referências bibliográficas. Limites: texto

com, no máximo, 35.000 caracteres (com espaços), 4 tabelas ou quadros e 20 imagens

(sendo, no máximo, 4 gráficos e 16 figuras).

3.1.2. Revisão da literatura – Deverão conter título em português, nome(s) do(s)

autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou proposição,

revisão da literatura, discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês,

resumo em inglês (abstract), unitermos em inglês (key words) e referências

bibliográficas. Limites: texto com, no máximo, 25.000 caracteres (com espaços),10

páginas de texto, 4 tabelas ou quadros e 20 imagens (sendo, no máximo, 4 gráficos e 16

figuras).

3.1.3. Relato de caso(s) clínico(s) – Deverão conter título em português, nome(s) do(s)

autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou proposição,

relato do(s) caso(s) clínico(s), discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em

inglês, resumo em inglês (abstract), unitermos em inglês (key words) e referências

bibliográficas. Limites: texto com, no máximo, 18.000 caracteres (com espaços), 2

tabelas ou quadros e 34 imagens (sendo, no máximo, 2 gráficos e 32 figuras).

3.2. Formatação de página:

a. Margens superior e inferior: 2,5 cm

b. Margens esquerda e direita: 3 cm

c. Tamanho do papel: carta

d. Alinhamento do texto: justificado

e. Recuo especial da primeira linha dos parágrafos: 1,25 cm

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f. Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas

g. Controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado

h. As páginas devem ser numeradas.

3.3. Formatação de texto:

a. Tipo de fonte: times new roman

b. Tamanho da fonte: 12

c. Título em português: máximo de 90 caracteres

d. Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulos principais

e. Resumos em português e inglês: máximo de 250 palavras cada

f. Unitermos e key words: máximo de cinco. Consultar Descritores em Ciências da

Saúde – Bireme (www.bireme.br/decs/)

3.4 Citações de referências bibliográficas

a. No texto, seguir o Sistema Numérico de Citação, no qual somente os números

índices das referências, na forma sobrescrita, são indicados no texto.

b. Números sequenciais devem ser separados por hífen (ex.:4-5); números aleatórios

devem ser separados por vírgula (ex.: 7, 12, 21).

c. Não citar os nomes dos autores e o ano de publicação.

Exemplos:

Errado:

"Bergstrom J, Preber H2 (1994)..."

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Correto:

"Vários autores1,5,8 avaliaram que a saúde geral e local do paciente é necessária para o

sucesso do tratamento";

"Outros autores1-3 concordam..."

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

4.1. Quantidade máxima de 30 referências bibliográficas por trabalho.

4.2. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade única e exclusiva

dos autores.

4.3. A apresentação das referências bibliográficas deve seguir a normatização do estilo

Vancouver, conforme orientações fornecidas pelo International Committee of Medical

Journal Editors(www.icmje.org) no "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted

to Biomedical Journals".

4.4. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o "List of Journals

Indexed in Index Medicus" (www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html) e impressos sem

negrito, itálico ou grifo/sublinhado.

4.5. As referências devem ser numeradas em ordem de entrada no texto pelos

sobrenomes dos autores, que devem ser seguidos pelos seus prenomes abreviados, sem

ponto ou vírgula. A vírgula só deve ser usada entre os nomes dos diferentes autores.

Incluir ano, volume, número (fascículo) e páginas do artigo logo após o título do

periódico. Exemplo: "Schmidlin PR, Sahrmann P, Ramel C, Imfeld T, Müller J, RoosM

et al. Peri-implantitis prevalence and treatment in implantorientedprivate practices: A

cross-sectional postal and Internetsurvey. Schweiz Monatsschr Zahnmed

2012;122(12):1136-44."

4.5.1. Nas publicações com até seis autores, citam-se todos.

4.5.2. Nas publicações com sete ou mais autores, citam-se oss eis primeiros e, em

seguida, a expressão latina et al.

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4.6. Deve-se evitar a citação de comunicações pessoais, trabalhos em andamento e os

não publicados; caso seja estritamente necessária sua citação, as informações não devem

ser incluídas na lista de referências, mas citadas em notas de rodapé.

4.7. Exemplos

4.7.1. Livro: Brånemark P-I, Hansson BO, Adell R, Breine U, Lindstrom J,Hallen O et

al. Osseointegrated implants in the treatment of theedentulous jaw. Experience form a

10-year period. Stockholm: Alqvist & Wiksell International, 1977.

4.7.2. Capítulo de livro: Baron R. Mechanics and regulation on ostoclastic bone

resorption. In: Norton LA, Burstone CJ. The biology of tooth movement. Florida: CRC,

1989. p.269-73.

4.7.3. Editor(es) ou compilador(es) como autor(es):Brånemark PI, Oliveira MF (eds).

Craniofacial prostheses: anaplastologyand osseointegration. Chigago: Quintessence;

1997.

4.7.4. Organização ou sociedade como autor: Clinical Research Associates. Glass

ionomer-resin: state of art.Clin Res Assoc Newsletter 1993;17:1-2.

4.7.5. Artigo de periódico: Diacov NL, Sá JR. Absenteísmo odontológico. Rev Odont

Unesp1988;17(1/2):183-9.

4.7.6. Artigo sem indicação de autor: Fracture strength of human teeth with cavity

preparations. JProsthet Dent 1980;43(4):419-22.

4.7.7. Resumo: Steet TC. Marginal adaptation of composite restoration with and without

fl owable liner [abstract]. J Dent Res 2000;79:1002.

4.7.8. Dissertação e tese: Molina SMG. Avaliação do desenvolvimento físico de

préescolaresde Piracicaba, SP [tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas;

1997.

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4.7.9. Trabalho apresentado em evento: Buser D. Estética em implantes de um ponto de

vista cirúrgico. In: 3º Congresso Internacional de Osseointegração: 2002; APCD- São

Paulo. Anais. São Paulo: EVM; 2002. p. 18.

4.7.10. Artigo em periódico on-line/internet:Tanriverdi et al. Na in vitro test model for

investigation ofdesinfection of dentinal tubules infected whith enterococcusfaecalis.

Braz Dent J 1997,8(2):67- 72. [Online] Available fromInternet

(http://www.forp.usp.br/bdj/t0182.html). [cited30-6-1998]. ISSN 0103-6440.

5. TABELAS OU QUADROS

5.1. Devem constar sob as denominações “Tabela” ou “Quadro” no arquivo eletrônico e

ser numerados em algarismos arábicos.

5.2. A legenda deve acompanhar a tabela ou o quadro e ser posicionada abaixo destes

ou indicada de forma clara e objetiva no texto ou em documento anexo.

5.3. Devem ser auto explicativos e, obrigatoriamente, citados no corpo do texto na

ordem de sua numeração.

5.4. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzido sem nota colocada abaixo do

corpo da tabela/quadro ou em sua legenda.

6. IMAGENS (Figuras e Gráficos)

6.1. Figuras

6.1.1. Devem constar sob a denominação “Figura” e ser numeradas com algarismos

arábicos.

6.1.2. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivo ou folha impressa à parte.

6.1.3. Devem, obrigatoriamente, ser citadas no corpo do texto na ordem de sua

numeração.

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6.1.4. Sinais ou siglas devem estar traduzidos em sua legenda.

6.1.5. Na apresentação de imagens e texto, deve-se evitar o uso de iniciais, nome e

número de registro de pacientes. O paciente não poderá ser identificado ou estar

reconhecível em fotografias,a menos que expresse por escrito o seu consentimento, o

qual deve acompanhar o trabalho enviado.

6.1.6. Devem possuir boa qualidade técnica e artística, utilizando o recurso de resolução

máxima do equipamento/câmera fotográfica.

6.1.7. Devem ser enviadas via e-mail ou gravadas em CD, com resolução mínima de

300dpi, nos formatos TIF ou JPG e largura mínima de 10 cm.

6.1.8. Não devem, em hipótese alguma, ser enviadas incorporadas a arquivos de

programas de apresentação (PowerPoint), editores de texto (Word for Windows) ou

planilhas eletrônicas (Excel).

6.2. Gráficos

6.2.1. Devem constar sob a denominação “Figura”, numerados com algarismos arábicos

e fornecidos, preferencialmente, em arquivo à parte, com largura mínima de 10 cm.

6.2.2. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivo ou folha impressa à parte,

ordenadas sequencialmente comas figuras.

6.2.3. Devem ser, obrigatoriamente, citados no corpo do texto,na ordem de sua

numeração.

6.2.4. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzido sem sua legenda.

6.2.5. As grandezas demonstradas na forma de barra, setor, curva ou outra forma gráfica

devem vir acompanhadas dos respectivos valores numéricos para permitir sua

reprodução com precisão.

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TERMO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS:

Eu (nós), [nome(s) do(s) autor(es)], autor(es) do trabalho intitulado [título do trabalho],

o qual submeto(emos) à apreciação da revista OrtodontiaSPO para nela ser publicado,

declaro(amos) concordar, por meio deste suficiente instrumento, que os direitos autorais

referentes ao citado trabalho tornem-se propriedade exclusiva da revista OrtodontiaSPO

a partir da data de sua submissão, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial,

em qualquer outra parte ou meio de divulgação de qualquer natureza, sem que a prévia e

necessária autorização seja solicitada e obtida junto à revista OrtodontiaSPO.

Declaro(amos) serem verdadeiras as informações do formulário de Conflito de

Interesses. No caso de não aceitação para publicação, essa cessão de direitos autorais

será automaticamente revogada após a devolução definitiva do citado trabalho,

mediante o recebimento, por parte do autor, de ofício específico para esse fim.