MARIA ADRIANA DE CARVALHO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · dúvida de quais escolher e como melhor...
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O que escrever?
Se os poetas já escreveram tudo?
E eu nem sei o que sou?
Morro na areia da praia
Bebo do sal dessa água suja
E procuro entender…
Mas as palavras não vêm…
As palavras não falam
São seres inanimados com vida
Que aguardam o tempo,
Como eu…
Como eu a observar o tempo
O tempo me observa,
Mas não para, corre
A 150, 200, 300 Km/h
Fugindo não sei do quê…
Fujo não sei do quê?
Procuro as palavras
Que formam frases desconexas
Que algum poeta escreveu
Em algum lugar
Para alguém ler…
By Mariana Josceni Treska (2011).
Assim como no poema, muitas vezes diante de tantas palavras, ficamos em
dúvida de quais escolher e como melhor usá-las... para auxiliá-los neste processo de seleção e
combinação, apresento uma proposta de atividades, na forma de sequência didática. Espero
que gostem e compreendam melhor a sua importância ao elaborar ideias e produções textuais!
2
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como foco primordial o ensino de Língua Portuguesa
voltado para a análise linguística, utilizando para a sua efetivação prática o gênero
“propaganda”.
A escolha deste gênero se deve por se tratar de uma modalidade presente a
todo momento em nosso meio, em todo tipo de mídia, apresentado de forma criativa e de certa
forma influenciando a vida das pessoas; facilitando assim a compreensão e o interesse,
oportunizando ainda que sua leitura seja crítica e reflexiva, tanto quanto sua intencionalidade,
como na elaboração, podendo assim valorizar a correta aplicabilidade das noções gramaticais
de forma mais agradável e produtiva.
Uma vez que a função da propaganda não é apenas de mera informação, mas
também de persuasão, valendo-se de recursos visuais, escritos, sonoros e etc; para melhor cumprir esta
função, observei então uma valiosa ferramenta auxiliar no desenvolvimento da capacidade
argumentativa, assim como para desenvolver a análise linguística, focando não o gênero propaganda,
mas a sua utilização ao sistematizar a escrita.
De acordo com Sandmann (2000, p. 27) ela tem “a função de vender um
bem de consumo – um produto, um serviço – ou uma idéia; é persuadir alguém, é levar
alguém a um comportamento.” Esse gênero de propósito comunicacional tem sempre a
linguagem inserida, de forma simples e direta, tornando-se bastante acessível; ratificando
então um dos meus objetivos, ao escolher este gênero, é o de propiciar instrumentos que
facilitem a produção escrita dos alunos, mas que também desenvolva sua criatividade e
argumentação.
Segundo Rocha (1995), o mundo da propaganda como um lugar onde “a
criança é sempre sorriso, a mulher desejo, o homem plenitude, a velhice beatificação”, ela é
aquilo que as pessoas querem e desejam. Mesmo sendo um reflexo social ou do que as
pessoas gostariam de representar.
A propaganda, que tem sido xingada, ameaçada, caluniada e bajulada,
tem sido, também, a mola propulsora do desenvolvimento nacional. A
pesquisa e a genialidade publicitária modernas substituíram o velho
refrão o segredo é a alma do negócio, pelo conceito a propaganda é a
alma do negócio, e, finalmente, pela temática mais real: a propaganda
vende, educa e estimula o progresso (SANT' ANA apud ROCHA,
1995, p. 46).
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A seguir, apresentaremos alguns recursos utilizados nas propagandas,
analisando e orientando os alunos a entender o processo e avaliar a estrutura.
AMBIGÜIDADE
A função da ambiguidade é sugerir significados diversos para uma mesma
mensagem. É uma figura de palavra e de construção. Embora funcione como recurso
estilístico, a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má
colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois compromete o significado da
oração (NAKAMURA, 2011).
AULA 1
O objetivo desta aula ao apresentar as imagens abaixo, na TV pendrive,
após a visualização, verificar nem tudo o que se vê é o que parece; que por trás de uma
imagem, assim como numa fala, ou mensagem, estão inseridas conotações mais abrangentes,
que não se limitam apenas ao que se vê, ao que se diz, mas a um contexto muito mais
complexo, que toma como base, muitas vezes, o contexto social, as experiências vividas, a
leitura de mundo de cada indivíduo. Esperamos que ocorra uma leitura bem mais abrangente
de tudo que envolve uma propaganda, um texto escrito, assim como a sua intencionalidade.
Somos seres repletos de “intenções”... desde a seleção das palavras que iremos utilizar em
determinado contexto, ao texto produzido. Com esta aula esperamos levá-los a essa
percepção.
Um coelho ou um pato?
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Um rosto?
<http://www.internerd.xpg.com.br/ilusoesdeoptica/31_ambigua.html>
Após a visualização, levá-los a perceber também sobre a possibilidade de
um texto transmitir mais de uma mensagem, seja ele composto por linguagem verbal, não
verbal, ou por ambas; sendo também um dos recursos da propaganda que nem sempre deixa
explícita a sua intenção ou mensagem, daí a necessidade de selecionar e utilizar
adequadamente as palavras.
Ainda reforçando o objetivo já citado, de ler nas entrelinhas, através da
projeção da propaganda abaixo, apenas oralmente, para inicialmente conduzir a leitura do
texto, destacar os pontos que queremos ressaltar, como: intenção, ambiguidade, seleção de
imagem e vocabulário, estrutura sintática e morfológica.
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<http://www.1001franquias.com.br/noticia/562/Bio_Ritmo_lanca_ToTTal_Promocao._Seu_p
eso_vale_desconto_em_dobro.htm>.
1. Qual é o tema da propaganda?
2. Que tipo de serviço é oferecido nela?
3. Qual o nome da empresa prestadora do serviço anunciado?
4. A imagem utilizada é comum em propagandas de academias?
5. Qual a relação da balança com o anúncio?
6. Qual o sentido da palavra trincar no texto?
7. Por que a pessoa deve comemorar se conseguir trincar a balança?
Ainda, sobre a propaganda apresentada, agora tendo como base o texto
abaixo, deixar que exponham suas respostas, e desafie-os com as seguintes perguntas ( agora
para serem respondidas por escrito):
Qual a ambiguidade presente na propaganda?
Qual a mensagem transmitida, e com qual objetivo?
A que público esta propaganda se destina?
Na sua opinião, ela é eficaz? Justifique.
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Texto a ser entregue para os alunos:
Ela pode ser redonda, quadrada, digital ou até mesmo analógica, mas, de
fato, não é muito adorada pelas pessoas. A relação com a balança é ambígua, mas isso pode
mudar. Para incentivar as pessoas a perderem os quilinhos extras, a Bio Ritmo Academia
acaba de lançar mais uma promoção de peso. Ou melhor, que transformará a massa corporal
em desconto no ato da matrícula ou rematrícula do plano anual integral ou parcial. Trata-se da
campanha: “Se a balança trincar, comemore!”. A peça, que se diferencia das demais feitas
pelo mercado fitness que sempre aborda o corpo sarado, já pode ser vista nas revistas Veja e
no portal Uol. Em breve as rádios Band News, Sul América Trânsito, Metropolitana e 89FM
receberão spots de 30 segundos.
Os interessados têm até o dia 31 de dezembro para passar em uma das
unidades participantes e conferir até onde vai o ponteiro. O índice apontado será multiplicado
por dois e convertido em reais, sendo o limite de peso de 150 quilos. Por fim, o valor obtido
corresponderá ao crédito concedido e debitado somente na primeira parcela da mensalidade
do plano escolhido.
Pessoas com obesidade ou patologias não serão contempladas e menores de
18 anos deverão ser acompanhados dos respectivos pais no ato da matrícula e na concessão da
dedução. “A principal intenção é desarticular a ideia de que o peso é algo totalmente negativo.
Neste caso, ele pode ser muito útil e ainda servir de estímulo para entrar em forma”, afirma
Edgard Corona, CEO da Bio Ritmo. A promoção é válida para as 11 unidades de rua da rede
em São Paulo (Paulista, Santo Amaro, Centro, Studium Morumbi, Continental Shopping,
Shopping Interlagos, Shopping West Plaza, Shopping Tamboré, Shopping Pátio Higienópolis,
Campo Belo e Cerro Corá) bem como as franqueadas Belém e Santo André.
Se houver dúvidas quanto ao vocabulário, oriente os alunos a tentarem ler o
texto globalmente e, a partir da compreensão apresentada por eles, refletir sobre os
significados das palavras desconhecidas.
Explorando mais a ambiguidade, pedir aos alunos que após a leitura do texto
abaixo, em duplas, pensem e escrevam em uma folha, argumentos para cada tópico do texto,
tendo como questão norteadora: Quando é que uma palavra carrega...
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"AIDÉTICO”
Antes de pronunciar essa palavra, lembre que uma palavra pode esconder muitos sentidos.
• Uma palavra carrega ódio.
• Uma palavra carrega repulsa.
• Uma palavra carrega desprezo.
• Uma palavra exclui.
• Uma palavra isola.
• Uma palavra machuca.
• Uma palavra humilha.
• Uma palavra, às vezes, mata.
• Uma palavra não é só uma palavra
Fonte: Fonte: Site falaeducador.com.br, 2011.
AULA 2 E 3
Com a exibição do filme “O discurso do Rei”, pretendemos levá-los a
percepção de uma das mensagens presente no filme, que mais vem ao encontro com o
objetivo deste trabalho, que é a de que quem tem domínio da linguagem, da capacidade de
argumentação e criatividade, desenvolve autoestima e segurança, possibilitando o sucesso não
só a nível profissional, mas principalmente no campo pessoal.
A escolha do filme se deve por ser de caráter biográfico sobre um terapeuta
e também ao fato dele narrar a história do rei George VI, que antes de ascender o trono, era
conhecido como Príncipe Albert, e até que conheça o terapeuta da fala Lionel Longue, estava
destinado para uma vida de relativa obscuridade, pois sofria de um grave distúrbio da fala ,
em que a ideia de ter que falar em público e ter que fazer rádio conferência para a nação , o
traumatizava. Trauma este que muitas vezes nossos alunos também possuem, mas não têm a
sorte ou conhecimento que os leve a procurar ajuda profissional, acarretando assim em
dificuldades de aprendizagem, o desestímulo e até o abandono da vida escolar. Com a
exibição do filme esperamos também ressaltar a importância deste profissional da fala, que
assim como o professor, nem sempre é valorizado e reconhecido; profissionais que deveriam
atuar conjuntamente na busca de qualidade na educação.
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Se quiser enriquecer seus conhecimentos com mais informações sobre a
profissão de fonoaudiólogo, é só acessar o link abaixo:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-18462011000300001&script=sci_arttext
AULA 4
A proposta desta aula é desenvolver a criatividade e sutilmente revisar
noções gramaticais, por meio das palavras utilizadas na elaboração dos slogans.
Inicialmente, a definição sobre o que é um slogan perfeito, uma vez que é
uma das ferramentas para a criação de uma propaganda bem sucedida; apresentando
fundamentos teóricos e modelos na TV pendrive. Os exemplos abaixo serão entregues em
folhas xerocadas para que possam comentar, analisar, elaborar um resumo das principais
características de um slogan e criar novos slogans a partir do vídeo citado, no link abaixo, de
uma rede de supermercados que utilizou como tema dos slogans títulos de filmes do cinema,
apresentados ao público por meio de outdoors, toda segunda-feira, criando assim a
expectativa e curiosidade nos consumidores.
Disponível em: <http://comunicacaomilitante.blogspot.com/2009/05/o-slogan-perfeito.html>.
Disponível em: <http://www.ooutroladodamoeda.com/empreendedorismo/160-propaganda-
genial-hortifruti.html>
"Cuidado. Nesta Época do ano os anúncios estão cheios de ding dings, blénbléns e ho ho hos. Mas o
que eles querem mesmo é o seu 13º.. "Citibank)"
“Tão fascinante como a Disney. Mas o mouse é mais inteligente."(Computador Compaq)
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"Se você é uma pessoa sensível, vai gostar de saber que Pinho Sol mata os germes sem dor nem
sofrimento." (Desinfetante Pinho Sol)
"Mais valem quatro cabeças de vídeo do que uma bem na sua frente no cinema."(Semp Toshiba)
“Toma que o BB é seu.” (Banco do Brasil)
Fonte: JESUS, 2011.
AULA 5
Aprofundar um pouco mais os conhecimentos e estruturação sintática é o
objetivo desta aula, utilizando o conteúdo “slogan”, visto e trabalhado na aula anterior.
1-Responda aos questionamentos sobre os slogans:
“ Mais valem quatro cabeças de vídeo do que uma bem na sua frente no cinema.”
1-Que tipo de gênero textual tem a mesma estrutura que este slogan? Cite um exemplo
2- A que classe gramatical pertencem as palavras “quatro” e “uma”?
3- O verbo está se referindo a que palavra? A que classe ela pertence?
1-Que outro adjetivo poderia ser usado no lugar de fascinante?
2- Qual a diferença entre as palavras mais e mas?
3- Na primeira frase existe uma relação de comparação. Qual o sentido da segunda?
2- Listem alguns produtos do universo jovem e escolham dentre eles, algum em especial para que
possam criar um slogan . É preciso enfatizar a importância de haver um planejamento das ações para
esta criação, antes mesmo da sua execução:
1. Escolha do produto
2. Lista de características principais
3. Lista de vantagens de se ter esse produto
4. Palavras do campo semântico do produto ou das características listadas
Fonte: FORTES, 2011.
“Mais valem quatro cabeças de vídeo do que uma bem na sua frente no cinema.”
“Tão fascinante como a Disney. Mas o mouse é mais inteligente...”
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Semântica é o estudo do significado, no caso das palavras, a semântica estuda a significação
das mesmas individualmente, aplicadas a um contexto e com influência de outras palavras. O
campo semântico, por sua vez, é o conjunto de possibilidades que uma mesma palavra ou
conceito tem de ser empregada(o) em diversos contextos. O conceito de campo semântico está
ligado ao conceito de polissemia.
Uma mesma palavra pode tomar vários significados diferentes em um
mesmo texto, dependendo de como ela for empregada e de que palavras a acompanham para
tornar claro o significado que ela assume naquela situação. Por exemplo:
conhecer: ver, aprofundar-se, saber que existe, etc.
bacia: utensílio de cozinha, parte do esqueleto humano.
brincadeira: divertimento, distração, passa-tempo, gozação, piada, etc.
estado: situação, particípio de estar, divisão de um país, etc.
O campo semântico pode também ser o conjunto das maneiras que são
utilizadas para expressar um mesmo conceito. Exemplos:
Campo semântico em torno do conceito de morte: bater as botas, falecer, ir dessa para a
melhor, passar para um plano superior, falecer, apagar, etc.
Campo semântico em torno do conceito de enganar: trapacear, engabelar, fazer de bobo,
vacilar, etc.
Fonte: Araújo (2011).
AULA 6
Nesta aula utilizaremos um texto com humor, para destacar certos
“enganos” que podem ocorrer, principalmente na linguagem falada, explicitando assim, a
necessidade da correta utilização da Língua Portuguesa, tanto no aspecto oral como escrito.
Quem de nós já não ouviu piada semelhante?
Policial para o motorista:
- teje preso!
Ele responde:
- NÃO TEJO!
Agora, quando não é piada é que fica "complicado"...
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Alguém, ao se perceber “tropeçando” na língua, começou a desfiar um enorme rosário de
explicações gramaticais para aquilo que ele considerou um verdadeiro pecado contra o Santo
Idioma Nosso de Cada Dia. E aí que me lembrei de um texto que falava exatamente sobre isso
e que vale à pena ser lido, principalmente, por seu estilo.
Afinal de contas, apesar de que tanta gente fala que língua oral pouco tem a ver com a língua
escrita, a gente costuma ficar sem graça quando se percebe cair nestas armadilhas.
O que fazer, então?
Tentar se explicar
Fingir que nem cometeu o tal erro...
Corrigir a própria gramática
Apresentar razões que a própria razão desconhece
Pedir desculpas
Não fazer nada.
Disfarçar
Vamos ao texto...
Tropeços - A graça e a lógica de certos enganos da fala
O compenetrado pintor de paredes olhou as grandes manchas que se
expandiam por todo o teto do banheiro do nosso apartamento, as mais antigas já negras, umas
amarronzadas, outras esverdeadas, pediu uma escada, subiu, desceu,subiu, apalpou em vários
pontos e deu seu diagnóstico:
- Não adianta pintar. Aqui tem muita "humildade".
Levei segundos para compreender que ele queria dizer "umidade". E
consegui não rir. Durante a conversa, a expressão surgiu outras vezes, não escapara em falha
momentânea.
Há palavras que são armadilhas para os ouvidos, mesmo de pessoas menos
humildes. São captadas de uma forma, instalam-se no cérebro com seu aparato de sons e
sentidos - sons parecidos e sentidos inadequados - e saltam frescas e absurdas no meio de uma
conversa. são enganos do ouvido, mais do que da fala. como o tropeção de uma pessoa de
boas pernas não é um erro do caminhar, mas do ver.
Resultam muitas vezes formas hilárias. O zelador do nosso prédio deu esta
explicação por não estar o elevador automático parando em determinados andares:
- O computador entrou em "pânico".
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Não sei se ele conhece a palavra "pane". Deve ter sido daquela forma que a
ouviu e gravou. Sabemos que é "pane", ele assimilou "pânico" - a coisa que nomeamos é a
mesma, a comunicação foi feita. Tropeço também é linguagem.
O cheque bancário é frequentemente vítima de um tropicão desses. Muita
gente diz, no final de uma história de esperteza ou de desacordo comercial, que mandou
"assustar" um cheque. Pois outro dia encontrei alguém que mandou "desbroquear" o cheque.
Linguagens... Imagino a viagem que a palavra "desbroquear" fez na cabeça da pessoa: a troca
comum do "l" pelo "r", a estranheza que se seguiu, o acréscimo de um "n" e aí, sim, a coisa
ficou parecida com alguma coisa, bronca, desbronquear, sem bronca. Muitas palavras com
status de dicionário nasceu assim.
Já ouvi de um mecânico que o motor do carro estava "rastreando", em vez
de "rateando". Talvez a palavra correta lhe lembrasse rato e a descartara como improvável.
"Rastrear" parecia melhor raiz, traz aquela ideia de vai e volta e vacila e vacila, como quem
segue um rastro... Sabe-se lá. Há algum tempo, quando eu procurava um lugar pequeno para
morar, o zelador mostrou-me um quarto-e-sala "conjugal". Tem lógica, não? Muitos erros são
elaborações. Não teriam graça se não tivesse lógica.
A personagem Magda, da televisão, nasceu deles. Muito antes, nos anos 70,
um grupo de jornalistas, escritores e atores criou o Pônzio, personagem de mesa de bar que
misturava os sentidos das palavras pela semelhança dos sons. Há celebridades da televisão
que fazem isso a sério. Na casa dos Artistas, uma famosa queria pôr um "cálcio" no pé da
mesa. U&ma estrela da Rede TV! falou em "instintores" de incêndio. A mesma disse que
certo xampu tinha"Ph.D. neutro.
Estudantes e candidatos à universidade também tropeçam nos ouvidos. E
não apenas falam, mas registram seus equívocos. Nas provas de avaliação do ensino médio
aparecem coisas como "a gravides do problema", "micro-leão-dourado" e, este é ótima, "raios
ultraviolentos".
Crianças cometem coisas tais, para a delícia dos pais. O processo é o
mesmo: ouvir, reelaborar, inserir lógica própria e falar. Minha filha pequena dizia "água
solitária", em vez de "sanitária". A sobrinha de uma amiga, que estranhava a irritação mensal
da tia habitualmente encantadora, ouviu desta uma explicação que era quase uma desculpa e
depois a repassou para a irmã menorzinha:
- A tia Pat está "misturada".
Fonte: ANGELO, 2003.
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1. Qual a causa das confusões que as personagens do texto fazem com as palavras? Coloque V
para as alternativas verdadeiras e F para as falsas:
( ) As brincadeiras com as palavras
( ) Palavreas com sons semelhantes, mas significados diferentes.
( ) Desconhecimento do significado de algumas palavras.
( ) Falta de atenção na hora de falar.
2. Explique a seguinte frase, dita pelo narrador do texto:
" Ha palavras que são armadilhas para os ouvidos..."
________________________________________________________
3. Cite pelo menos duas "armadilhas para os ouvidos" citados no texto acima.
__________________________________________________________
4. Releia o trecho do texto, depois reeescreva os termos em negrito com as expressões que
deveriam ser empregadas:
" Nas provas de avaliação do ensino médio apareceram coisas como " a gravidez do
problema" , "micro-leão-dourado" e, esta é ótima, "raios ultraviolentos".
________________________________________________________________
5. Qual o tipo de narrador e em que pessoa foi narrada a história?
__________________________________________________________________
II - Análise Linguística:
1. Leia as orações abaixo, depois diga a classe gramatical das palavras destacadas.
a) "Durante a conversa, a expressão surgiu outras vezes..."
b) " Talvez a palavra correta lhe lembrasse rato e a descartara como improvável."
c) "Há celebridades da televisão..."
d)".... que fazem isso a sério."
a _______________________ b____________________
c _______________________ d ___________________
Fonte: VIRGINIA, 2011
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AULA 7
Ao lançarmos mão do gênero entrevista, a proposta é que a cada resposta,
haja uma seleção e combinação de palavras que tornarão a produção escrita, bem elaborada ou
não, facilitando a sua compreensão ou deixando lacunas para ambiguidade, sendo percebida
pelos alunos. O próximo passo será realizar uma atividade de análise sintática e morfológica
de algumas respostas selecionadas pelo grupo.
Responda à entrevista fictícia, publicada no jornal “Folha de Londrina”
(06/02/2011) como se estivessem respondendo a uma repórter dessas revistas importantes:
Quem é você?
O que faria de novo?
O que diria a alguém que nascesse agora?
O que diria a alguém que vai partir para sempre?
Você é feliz?
Você ama com o corpo ou com a alma?
A beleza é um conceito ou um estado de espírito?
Você bebe a lua todas as noites?
Em que local do seu corpo fica a saudade?
Sua mente sente?
Seu coração dispara todos os dias?
Que sonho você sonharia novamente
Qual a sua melhor lembrança?
Para que possam se inspirar e respondê-las com mais profundidade, algumas
respostas dadas por alguns leitores do jornal: (13/02/2011)
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Os leitores respondem
Fiz algumas perguntas aos leitores da Folha e eles me responderam com criatividade
Na semana passada, publiquei uma “entrevista fictícia”, com perguntas que alguns leitores
responderam. Mônica L., Luiz G. R. e Lívia P. estão entre os que me escreveram. Selecionei
alguns trechos do que eles disseram e publico só as iniciais dos seus sobrenomes por uma
questão de privacidade. Seguem algumas respostas:
- Quem é você?
Mônica L. - Eu sou uma menina no corpo de uma mulher de 43 anos. Sou um pássaro que
voa alto quando solto minha imaginação e meus sonhos.
Luiz G.R. - Recém formado em Relações Públicas pela UEL, funcionário recém contratado
por uma empresa e aprendiz dos meus próprios sonhos.
Lívia P. - Ainda estou me descobrindo ou retirando partes que me impuseram.
- O que você faria de novo?
Mônica L. - Me separaria do meu ex-marido, pegaria meus filhos, nossas roupas, cinquenta
reais emprestados da minha mãe e fugiria novamente de São Paulo para Londrina.
Luís G.R. - Viajaria 2.997 milhas (Boston-MA / Hollywood - CA) a fim de reencontrar um
amor.
Lívia P. – Sei o não faria de novo: dizer “sins” em excesso só para agradar.
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- Você ama com o corpo ou com a alma?
Mônica L. - Já amei muito só com o corpo ou só com a alma. Agora que estou aprendendo a
amar com os dois de mãos dadas.
Luis G.R - O corpo traduz muito do que é a nossa alma. Para nós homens, idealizar uma
mulher atraente é fácil, mas conduzir as sutilezas de um sentimento verdadeiro é uma das
maiores dificuldades.
Lívia P. - Já amei mais pelos sentidos. O corpo era o instrumento máximo do prazer. Mas o
corpo se perde, muda, envelhece, é preciso amar com a alma para superar estas fragilidades.
- Você bebe a lua todas as noites?
Mônica L. - Todas as vezes em que está visível, eu a bebo, namoro e queria poder abraçá-la.
Luis G. R. - Não. Mas guardo uma piada que meu avô contou. Um casal estava sob a luz da
lua, quando uma nuvem a escondeu. A moça disse: “Olha amor, a lua se escondeu pra gente
se beijar!” E o rapaz respondeu: “Que beijo que nada, você não percebeu que vai chover?”
Lívia P. - Miro a lua sempre, ela me fascina pela distância e por representar os mitos do
imaginário coletivo.
- Em que local do seu corpo você sente saudade?
Mônica L. - Eu a sinto na região do umbigo.
Luis G. R. - Em constante transição entre meu coração e a minha mente.
Lívia P. - Nos braços, por causa dos abraços. Se alguém parte, fico com cãimbras.
- Sua mente sente?
Mônica L. - Sente, ri, chora, reage.
Luis G.R. - Demais, principalmente quando não estou envolvido com questões rotineiras.
Lívia P. - A mente é a memória, todas as lembranças estão nela.
- Seu coração dispara todos os dias?
Mônica L. - Várias vezes.
Luis G.R. - Disparava quando estava apaixonado. Mas o velho futebol também dispara meu
coração.
Lívia P. – Meu coração se agita sim. Hoje mais por medo, às vezes acho que vou surtar.
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- Qual sua melhor lembrança?
Mônica L. - As viagens de caminhão ao lado do meu pai, quando ele conversava com os
outros motoristas.
Luis G.R. - As da infância, com a família toda reunida.
Lívia P. - As histórias que minha avó contava. O mundo dos contos rurais, com mães d’água,
sacis, lobisomens. Sou racional, mas com um pé nas coisas mágicas.
Fonte: Folha de Londrina (2011)
AULA 8 E 9
Nesta aula faremos referência a uma propaganda veiculada na televisão, que
foi criticada por um jovem e cumprimentado por um advogado, por meio do gênero “carta ao
leitor”. Propomos então algumas atividades para melhor compreensão do gênero.
As cartas de leitores possibilitam medir o grau de sucesso dos artigos
publicados nos jornais, visto que os leitores escrevem reagindo, positiva ou negativamente, ao
que leram. Por meio desse gênero, os leitores interagem com jornais e revistas, dando sua
opinião e sugestões a respeito dos mais variados assuntos. As cartas de leitores constituem,
sobretudo, um dispositivo eficaz de divulgação de problemas, por exemplo, para se fazer
denúncias de responsáveis por mal serviços prestados à sociedade.
Atividade
1. O professor deverá levar para sala de aula algumas revistas, tais como Veja,
Superinteressante, Época, etc., para que os alunos, em grupo, leiam a seção “carta do leitor”.
2. O professor deverá solicitar aos alunos que comentem sobre as cartas lidas em relação ao
assunto e à estrutura do texto.
O professor deverá reproduzir para os alunos – xerocopiar – o artigo de
Stephen Kanitz, “O poder da Validação”, publicado na Revista Veja – junho/2001.
Texto: O poder da validação
Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente
disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.
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Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros
minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só
depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte
tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada
novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos
neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos
menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta
insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais
resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da
gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é
conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para
os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um
dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém
seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém
tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O
autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode
autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como
alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim".
Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você
é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-
versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira
amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você
validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não
temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o
"máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo"
são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que
admiramos.
20
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o
ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou
dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não
pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a
acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos
treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um
sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um
"valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você
esteja (KANITZ, 2001, p. 22)
Stephen Kanitz, consultor de empresas e conferencista, vem realizando seminários em grandes
empresas no Brasil e no exterior. Já realizou mais de 500 palestras nos últimos 10 anos. Mestre em
Administração de Empresas pela Harvard University, foi professor Titular da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Criador de Melhores e Maiores da
Revista Exame, avaliou até 1995 as 1000 maiores empresas do país.Sua experiência como consultor
lhe rendeu vários prêmios.
21
3. Após a leitura oral do texto, feita pelo professor, os alunos deverão, em duplas, responder
ás questões propostas.
4. Questões sobre o texto.
a. O texto lido é um artigo de opinião. Onde, geralmente, é veiculado esse gênero textual?
b. Segundo Kanitz, “todo mundo é inseguro, sem exceção”. Qual é o primeiro argumento do
texto que apóia essa afirmação?
c. Para defender sua opinião, o autor utiliza um argumento de autoridade – traz para o texto a
voz de pessoas públicas importantes. Localize esse argumento no texto e comente-o.
d. Em um artigo de opinião, para defender o seu ponto de vista, o autor analisa uma série de
fatores relacionados ao assunto, destacando diferentes discursos.
Na introdução, o articulista geralmente apresenta a ideia principal (ou tese)
que será desenvolvida.
No desenvolvimento, ele procura apresentar argumentos – razões provas,
raciocínios – que fundamentam a idéia principal, de modo que o leitor considere coerente o
ponto de vista defendido. No último ou nos últimos parágrafos do texto, o autor deve
apresentar uma conclusão, a respeito do assunto discutido, podendo retomar e reforçar a ideia
principal.
Recursos Complementares
O professor poderá levar os alunos ao laboratório de informática para
conhecerem o gênero “carta do leitor” on line. A seguir, os alunos deverão comparar as
características do gênero estudado em suportes diferentes.
Disponível em:
<http://wp.clicrbs.com.br/sembarreiras/2010/01/08/carta-do-leitor/>
<http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/cartas-leitor.htm>
<http://www.paginazero.com.br/site/cartas-do-leitor.html?start=10>
Ao responder a entrevista, ao fazer um curriculum, um perfil em um site de
relacionamento e em tantas outras situações de sua vida, você sem perceber tem que
primeiramente selecionar no arquivo de sua memória palavras que melhor expressem e
22
respondam aos questionamentos sobre você, sua vida e paralelamente combiná-las de forma
que sejam compreendidas e estabeleçam uma relação de concordância e coerência. Para que
isto ocorra você sempre recorrerá às classes gramaticais que compõem a gramática da Língua
Portuguesa e à capacidade de argumentar, convencer e expor suas idéias.
Com base na propaganda, citada no link abaixo, o estudante Lukas
Henrique, utilizou-se da seleção e combinação de palavras para expor sua opinião e recebeu
elogios:
Recursos Complementares
O professor poderá levar os alunos ao laboratório de informática para
conhecerem o gênero “carta do leitor” on line. A seguir, os alunos deverão comparar as
características do gênero estudado em suportes diferentes.
Disponível em:
<http://wp.clicrbs.com.br/sembarreiras/2010/01/08/carta-do-leitor/>
<http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/cartas-leitor.htm>
<http://www.paginazero.com.br/site/cartas-do-leitor.html?start=10>
<http://www.youtube.com/watch?v=aPqvzV-L3o8>
<http://www.youtube.com/watch?v=3CAB-XZreTk>
Bom exemplo!
Cumprimento o jovem Lukas Henrique dos Santos (Cartas, 02/08) pela sua opinião. Sempre defendi
essa mesma ideia de que é preciso tomar uma providência séria contra essa propaganda enganosa das
bebidas alcoólicas. É um vício destruidor e porta de entrada de drogas pesadas. Surpreendi-me com o
teor da carta, primeiro por ser corretíssimo e, em segundo lugar, por ser escrita por um jovem quando
se observa diariamente que justamente os jovens estão cada vez entrando pelo caminho de vício que
não tem volta. As autoridades precisam acordar e criar leis que coibam essa propaganda enganosa de
um produto que não tem nada de bom: destrói a saúde, gera conflitos familiares e fora do lar também,
provoca acidentes (é só acompanhar as notícias diárias), custa caro para quem usa e caro para o poder
público por ter que tratar os viciados (ou não). Parabéns Lukas, incentive seus colegas estudantes a
tomarem o mesmo caminho! (Edgar Baer – Advogado - Folha de Londrina)
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3CAB-XZreTk>
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Incentivo negativo
Vendo um comercial de uma cerveja em que o indivíduo é influenciado a degustar em um bar ao invés
de ficar em casa, me veio à mente como a televisão e as propagandas influenciam na vida de muitas
pessoas. Será que o comercial não está incompleto? Faltou colocar a cena em que o indivíduo sai de
um barzinho alcoolizado, não usa cinto de segurança, bate seu veículo em outro podendo provocar
uma tragédia. Ou o cidadão bebe muito sai do bar para em uma boca de fumo, usa crack só porque
amigos disseram para ele provar, nisso ele se torna viciado no álcool e nas drogas. Até quando
seremos influenciados por comerciais protagonizados por celebridades que deveriam dar exemplo,
mas preferem pedir para seus fãs tomarem cerveja. Muitas desses fãs são crianças e adolescentes que
acabam tomando escolhas erradas por incentivo de pessoas nas quais se espelham (Lukas Henrique
dos Santos - Estudante de Direito – Folha de Londrina)
Escolham uma propaganda veiculada na mídia, comentem a respeito e
elaborem uma carta ao leitor, expressando sua opinião e tentando convencer alguém a pensar
como vocês.
Leia o texto abaixo e teste seus conhecimentos na hora de reconhecer as
classes gramaticais;
DÚVIDAS
Às vezes
eu sinto que ela quer.
Outras vezes
eu acho que não.
Ah, como grita
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o meu peito...
Cala a boca,
coração!
Ela não pode
desconfiar
que este vai ser
o meu primeiro...
Sufoco de vergonha
e de falta de jeito.
E agora, meu Deus?
O que é que eu faço
Com as mãos?
Às vezes
eu sinto que ela quer.
Outras vezes
eu acho que não.
Beijo ou não beijo...
eis a questão.
Fonte: Telles (1990)
1. Relacione as colunas, classificando as palavras do texto.
( 1 ) substantivo
( 2 ) artigo
( 3 ) adjetivo
( 4 ) numeral
( 5 ) pronome
( 6 ) verbo
( 7 ) advérbio
( 8 ) preposição
( 9 ) conjunção
(10) interjeição
( ) sinto
( ) ela
( ) ou
( ) meu
( ) o (meu peito)
( ) coração
( ) agora
( ) primeiro
( ) ah!
( ) com
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2. Agora que você fez a classificação das palavras, identifique qual classe não apresentou
correspondência na atividade anterior? Escreva uma frase com uma palavra que pertença a
essa classe e sublinhe-a.
___________________________________________________________________________
3. Identifique no texto três artigos e os substantivos aos quais se referem:
___________________________________________________________________________
Disponível em:
<http://desmontandotexto.blogspot.com/search/label/Classe%20de%20palavras>
4. Escreva um texto falando sobre a importância das palavras, procure citar as 10 classes
gramaticais e sua aplicabilidade:
___________________________________________________________________________
AULA 10
Nesta aula, a proposta é que utilizando os conhecimentos estudados, tenham
ferramentas suficientes, aliadas a sua criatividade os apliquem, produzindo um vídeo, que
também servirá como instrumento de avaliação.
Utilizando a TV pendrive apresentaremos propagandas impactantes,
apresentadas no link abaixo, propagandas que conscientizam e alertam sobre comportamentos
para uma melhor qualidade de vida, ou seja, tentam não vender um produto, mas uma ideia,
um conceito, uma filosofia de vida.
Atividade: Criem uma propaganda sobre um produto que faz de quem o usa
todos os dias, uma pessoa de sucesso: as palavras ! A propaganda deve conter imagem, slogan
e texto e apresentada em forma de vídeo.
Disponível em: <http://www.slideshare.net/vinilocomelo/publicidades-impactantes-8845676
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REFERÊNCIAS
ANGELO, Ivan. Tropeços: a graça e a lógica de certos enganos. Veja, São Paulo, 23 abr.
2003.
ARAÚJO, Ana Paula de. Campos lexicais e semânticos. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/redacao/campos-lexicais-e-semanticos/>. Acesso em: 11 jun.
2011.
BATISTA, Sílvio da Costa Bringel. O outro lado da moeda. Disponível em:
<http://www.ooutroladodamoeda.com/empreendedorismo/160-propaganda-genial-
hortifruti.html>. Acesso em: 11 jun. 2011.
BIO ritmo lança total promoção, seu peso vale desconto em dobro. Disponível em:
<http://www.1001franquias.com.br/noticia/562/Bio_Ritmo_lanca_ToTTal_Promocao._Seu_p
eso_vale_desconto_em_dobro.htm>. Acesso em: 11 jun. 2011.
COMUNICAÇÃO MILITANTE. O slogan perfeito. Disponível em:
<http://comunicacaomilitante.blogspot.com/2009/05/o-slogan-perfeito.html>. Acesso em: 11
jun. 2011.
FOLHA DE LONDRINA, Londrina, 3 ago 2011. Opinião de leitores.
FOSTER, Timothy R. V. Como funcionam os slogans publicitários. Disponível em:
<http://empresasefinancas.hsw.uol.com.br/slogans-publicitarios2.htm>. Acesso em: 11 jun.
2011
ILUSÕES de óptica. Disponível em:
http://www.internerd.xpg.com.br/ilusoesdeoptica/31_ambigua.html>. Acesso em:
INSTITUTO EXERCITO DE CRISTO. O que é Soropositivo?Disponível em:
<http://www.inec-aids.org.br/abrir.php?link=14>. Acesso em: 11 jun. 2011.
JESUS, Paula Renata Camargo. O slogan: frase de efeito. Disponível em:
<www.paularenata.com/sitenovo/index.php?option=com...task...>. Acesso em: 11 jun. 2011.
KANITZ, Stephen. Poder de validação. Revista Veja, edição 1705, ano 34, n. 24, jun. 2001,
p. 22. Disponível em: <http://www.kanitz.com.br/veja/o_poder_da_validacao.asp>. Acesso
em: 11 jun. 2011.
NAKAMURA, Tânia Serrano. Ambigüidade. Disponível em:
<http://vestibular.uol.com.br/redacao/ult2826u17.jhtm>. Acesso em:
ROCHA, 1995, p. 46: http://www.artigonal.com/marketing-e-publicidade-artigos/o-que-e-
propaganda-1666628.html
SANDMANN, 2000, p. 27:
http://www4.uninove.br/ojs/index.php/dialogia/article/viewFile/1938/1553
TELLES, Carlos Queiroz. Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna, 1990.
TRESKA, Mariana Josceni. Palavras esgotadas. Disponível em: