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MARKETING & RELACIONAMENTO

Bonequinha deSo

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Opatrocínio à peça Bonequinha de Pano éuma das principais ações culturais desen-volvidas pela Editora Positivo. Desde 2004, ela já foi apresentada no Brasil para mais

de 70 mil alunos de Escolas Conveniadas. Com o ob-jetivo de estimular as crianças ao teatro e também de levar a cultura brasileira ao Japão como forma de de-senvolvimento educacional, a Editora Positivo levou a peça ao Japão em 2006, com apresentação exclusiva para as Escolas Conveniadas ao SPE – Sistema Positivo de Ensino.

Em outubro de 2006, a peça Bonequinha de Pano foi vista por duas mil crianças e adolescentes de 17 das 20 escolas brasileiras do Japão. Ao todo foram nove apre-sentações em cinco regiões do Japão, com uma média de 220 alunos por sessão.

Para a assessora de Marketing e coordenadora do projeto, Mariane Weigert, a importância de um projeto cultural como esse é a aproximação que ele possibilita entre escolas, alunos e professores. “Ações como essa reforçam a filosofia do Positivo como um importante aliado ao processo de formação educacional e cultural do indivíduo”, explica Mariane. O gerente de Marketing

nhos Teatro e emoção

juntos pela primeira

vez no Japão

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e Relacionamento de Sistemas de Ensino da Editora Positivo, Hélcio Simões, afirma que a parceria com as escolas foi fundamental para o sucesso da turnê. “Foi essencial o apoio oferecido pelos brasileiros no Japão”, explica Hélcio. “Teatros, hos-pedagem, transporte e assessoria para a equipe da Editora Positivo e do teatro foram totalmente coorde-nados por representantes das Esco-las Conveniadas”, complementa.

Diversos públicosAo contrário das apresentações

no Brasil, onde a platéia é separa-da por faixa etária, a maioria das sessões encenadas no Japão tinha na platéia crianças do Maternal até alunos do Ensino Médio. Para a coordenadora Linda Yamamoto, do Colégio Latino de Shiga, esse foi um momento especial para os alu-nos. “Muitos dos alunos nasceram aqui no Japão. Assim, a maioria

dos pequenos nunca viu uma peça antes”, conta a professora. “Muitos achavam que era um desenho ani-mado. Mas todos estavam muito animados e entusiasmados, pois fa-lamos sobre a peça e trabalhamos com a peça nos dias anteriores à sessão”, complementa.

Para a atriz Zezé Fassina, que interpreta Pituxa, na peça Bonequi-nha de Pano, essa experiência de atuar para diversos públicos trans-formou-se numa emoção diferente. “Quando fazemos a peça somente para crianças pequenas, o ritmo e a energia são outros. Para um públi-co misto, às vezes a risada vem da frente, às vezes vem de trás. É uma questão de enfatizar mais – ou me-nos – cada parte, de acordo com o clima do público”, conta a atriz. “Mas o que realmente me encantou foi a concentração das crianças. Eram mais de 200 por sessão e o silêncio e o respeito pelo artista fo-ram admiráveis”, continua.

Sótão da vovóBonequinha de Pano conta a

história da boneca Pituxa e as lem-branças de sua dona, Leninha. Na peça, são discutidos temas univer-

TODAS AS IDADES: alunos do Colégio Dom Bosco Japan, da cidade de Komaki-Shi, também prestigiaram a peça

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sais como a infância, o amor, a sau-dade, o crescimento e a morte. Para muitas crianças – e alguns adultos – ,o sótão da casa da vovó da Leninha representou a saudade da família do Brasil e das brincadeiras com os amigos no fim de semana.

Uma das pessoas mais tocadas pela peça foi a professora Juliana Ni-colini Peres, do Centro Educacional Sorriso de Criança. No Japão há 6 anos, Juliana foi criada pela avó, que faleceu recentemente. “A beleza da peça é conseguir essa empatia com crianças e adultos. Ver a história da Leninha foi como ver minha própria história”, conta a professora. Para a aluna Tainara Batistela, 10 anos, do Colégio Conhecer, a peça permi-tiu a seus amigos entender melhor sobre teatro. “Alguns amigos meus não queriam ver a peça porque acha-vam que seria apenas uma peça in-fantil, mas depois se surpreenderam e muitos estavam até chorando no final”, relata a aluna.

Carinho e compreensãoAntes do início da turnê, a Edi-

tora Positivo encaminhou às Esco-las Conveniadas do Japão um livro da Bonequinha de Pano por aluno e

sugestões de atividades elaboradas pela assessora de Arte da Editora Positivo, Maristher Motta Bello. Isso permitiu que várias escolas traba-lhassem o tema com os alunos. No Instituto Educacional Gente Miúda, a personagem principal da peça as-sumiu ares de japonesa, com direito a quimono e penteado típicos. Os alunos brindaram ainda a atriz Zezé Fassina com diversas versões colori-das da boneca. A Escola Sorriso de Criança entregou também à atriz um grande painel da boneca pintado pelos alunos.

O fascínio pela personagem é explicado pelo diretor da peça, o Puruca. “As crianças menores pren-dem-se pelo fascínio que uma bone-quinha de pano exerce sobre elas, pela movimentação e pelas músicas. As crianças maiores já se prendem em tudo isso e mais na história, nas situações – às vezes, tristes; outras, engraçadas –”, explica. “Já os adul-tos revivem a sua infância e adoles-cência despertando aquela sensação de criança, que há muito tempo não sentiam”, complementa. Para a atriz Zezé Fassina, a peça encanta, a prin-cípio, pelas cores, pela música e pela performance da Bonequinha, mas

PROFa. JULIANA E A ATRIZ ZEZÉ FASSINA: lembranças da infância

um olhar mais atento revela o verda-deiro tom da peça. “O tema princi-pal da peça é a finitude, presente na infância, no casamento e na própria vida. Mas tudo é tratado de uma for-ma muito poética”, avalia Zezé.

Como diz a letra da canção fi-nal: se ela desapareceu, não sofreu e ficará na lembrança da criança que um dia ela pôde amar. E se a vovó foi pro céu, esse é mesmo o seu lugar! Eis aí duas razões para a gente não chorar”, analisa a atriz. Vendo os olhares emocionados de alunos e professores ao final de cada sessão, não há como não con-cordar com ela.

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