MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E...

21
MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO MODERNO. TENÓRIO, Luís Gustavo Barbosa 1 SOUTO, Leandro Matos 2 RESUMO O aludido artigo enseja aos psicólogos recém-formados repensarem as suas estratégias de marketing ou de divulgação de serviços psicológicos para a inserção no mercado de trabalho. No momento atual, a quantidade de profissionais é aritmeticamente maior que a quantidade de empregos ofertados, criando um mercado saturado de profissionais. A princípio fez-se uma recapitulação histórica referente a mercado de trabalho, conceito e suas transformações até os moldes atuais. Posteriormente, aborda-se a história da profissão do psicólogo até seu reconhecimento, enquanto ciência legitimada. Em seguida são pleiteadas ferramentas como mídias sociais, marketing, networking e marketing pessoal, dispositivos de grande valia para inserção destes profissionais no cenário de mercado atual, à medida que oportunizam informações, esclarecem e dão dicas, potencializando as chances de sucesso e alcance de empregabilidade. Vale salientar os cuidados que devem ser tomados na prática destes instrumentos de forma a resguardar a sociedade. Este estudo foi baseado em um levantamento bibliográfico, baseado em consultas de artigos especializados, livros, manuscritos, dentre outros. Palavras- Chave: Recém-formados em psicologia, Mídias sociais, Marketing pessoal, Empregabilidade. ABSTRACT The aforementioned article allows newly formed psychologists to rethink their marketing strategies or to promote psychological services for insertion in the job market. At the present time, the number of professionals is arithmetically greater than the number of jobs offered, creating a market saturated with professionals. At the outset, a historical recapitulation was made regarding the labor market, concept and its transformations to the current molds. Subsequently, the history of the psychologist's profession until its recognition, as a legitimized science, is approached. Next, tools such as social media, marketing, networking and personal marketing are sought, devices of great value for insertion of these professionals 1 Graduando do Curso de psicologia do Centro Universitário Cesmac. Maceió-AL. E- mail:[email protected]. 2 Professor orientador: Especialista, Centro Universitário Cesmac. Maceió-AL. E-mail: [email protected].

Transcript of MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E...

Page 1: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE

DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

MODERNO.

TENÓRIO, Luís Gustavo Barbosa1

SOUTO, Leandro Matos2

RESUMO

O aludido artigo enseja aos psicólogos recém-formados repensarem as suas estratégias de

marketing ou de divulgação de serviços psicológicos para a inserção no mercado de trabalho.

No momento atual, a quantidade de profissionais é aritmeticamente maior que a quantidade de

empregos ofertados, criando um mercado saturado de profissionais. A princípio fez-se uma

recapitulação histórica referente a mercado de trabalho, conceito e suas transformações até os

moldes atuais. Posteriormente, aborda-se a história da profissão do psicólogo até seu

reconhecimento, enquanto ciência legitimada. Em seguida são pleiteadas ferramentas como

mídias sociais, marketing, networking e marketing pessoal, dispositivos de grande valia para

inserção destes profissionais no cenário de mercado atual, à medida que oportunizam

informações, esclarecem e dão dicas, potencializando as chances de sucesso e alcance de

empregabilidade. Vale salientar os cuidados que devem ser tomados na prática destes

instrumentos de forma a resguardar a sociedade. Este estudo foi baseado em um levantamento

bibliográfico, baseado em consultas de artigos especializados, livros, manuscritos, dentre

outros.

Palavras- Chave: Recém-formados em psicologia, Mídias sociais, Marketing pessoal,

Empregabilidade.

ABSTRACT

The aforementioned article allows newly formed psychologists to rethink their marketing

strategies or to promote psychological services for insertion in the job market. At the present

time, the number of professionals is arithmetically greater than the number of jobs offered,

creating a market saturated with professionals. At the outset, a historical recapitulation was

made regarding the labor market, concept and its transformations to the current molds.

Subsequently, the history of the psychologist's profession until its recognition, as a legitimized

science, is approached. Next, tools such as social media, marketing, networking and personal

marketing are sought, devices of great value for insertion of these professionals

1 Graduando do Curso de psicologia do Centro Universitário Cesmac. Maceió-AL. E-

mail:[email protected]. 2 Professor orientador: Especialista, Centro Universitário Cesmac. Maceió-AL. E-mail:

[email protected].

Page 2: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

2

in the current market scenario, as they provide information, clarify and give tips, potentializing

the chances of success and scope of employability . It is worth emphasizing the care that must

be taken in practice of these instruments in order to protect society. This study was based on a

bibliographic survey, based on specialized articles, books, manuscripts, among others.

Keywords: Newly graduated in psychology, Social media, Personal marketing, Employability.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................2

1 MERCADO DE TRABALHO E EMPREGO.....................................................................5

1.1 Mercado de trabalho, conceito e perspectiva histórica................................................5

1.2 Emprego e o mercado de trabalho hoje.......................................................................7

2 PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO NO BRASIL...........................................................8

2.1 História da Psicologia como profissão........................................................................8

3 MARKETING, MÍDIAS SOCIAIS E EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO.......10

3.1 Marketing e marketing pessoal..................................................................................13

3.2 Redes sociais e networking........................................................................................14

3.3 Mídias sociais e divulgação de serviços do psicólogo..............................................16

CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................17

REFERÊNCIAS......................................................................................................................18

INTRODUÇÃO

Com o crescimento populacional, a melhora na distribuição de renda, a globalização, e

a divulgação da relevância do papel da Psicologia para os demais segmentos sociais através dos

veículos de informação, corroboraram para um aumento significativo de estudantes à procura

de instituições formadoras em Psicologia, e na busca dos serviços ofertados pela mesma no

cenário atual.

Sendo assim, a ciência da Psicologia passou a sinalizar um crescimento exponencial

nos serviços e atuação social, figurando-se em um patamar privilegiado dentre as profissões de

ensino superior mais requisitada.

Em decurso da sua importância, e atuação nos mais variados contextos, a Psicologia

exerce um alcance imensurável no que concerne a novos campos de operacionalização e

pesquisa a serem explorados, logo vem quebrando fronteiras e descontruindo estigmas sociais

onde seu modelo de atuação consistia apenas em ambientes clínicos, hoje, sabe-se que para o

Page 3: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

3

mercado atual é uma profissão-chave, pois envolvem pessoas, relacionamentos interpessoais,

comportamento, comunicação.

Isso significa que está havendo uma maior dialética entre a Psicologia e as demais áreas,

abrindo, assim, maior “leque” de oportunidade. Contudo, apesar do crescimento geométrico da

profissão, pode-se perceber que uma parcela significativa dos formandos em Psicologia não é

absorvida pelo mercado de trabalho.

Ainda em uma realidade recente o maior desafio de um jovem era atravessar a fase do

vestibular. Após ter vivenciado esta árdua jornada e ter superado esta fase, o jovem esperançoso

carregava a certeza de que logo mais ao final do término do seu curso, com seu diploma em

mãos estaria com seu emprego assegurado.

Porém, hoje o cenário modificou-se, o maior desafio dos recém-formados e dos

profissionais mais experientes consiste não só em conseguir um bom emprego, mas conseguir

manter-se nesta nova realidade de trabalho pautada em processos seletivos cada vez mais

complexos.

Essa nova formatação regida pelo capital que modifica valores, relações entre o próprio

homem e o mundo é uma realidade que consiste em mais candidatos por vagas disponíveis,

tendo como dogma neste mercado: a competição.

Por sua vez, para que o psicólogo se assegure em um bom emprego, atualmente, já não

basta uma jornada acadêmica, títulos de bacharel, cursos, graduações, pois há um novo perfil

de profissional que o mercado clama, como pessoas ambiciosas, criativas, críticos, atualizados

e flexíveis, destarte, aqueles que não se adequarem a este molde, correm o risco de não se

adaptarem ao mercado.

Diante de tal cenário surge a seguinte indagação: Como o mercado de trabalho se

encontra para os profissionais recém-formados de Psicologia, e como as redes sociais, além do

marketing pessoal pode ajudar o psicólogo em sua empregabilidade?

Não é nenhuma novidade que no mundo moderno o uso das redes sociais vem ganhando

cada vez mais espaço, mais do que isso, elas passaram a ser o cartão de visita de muitas pessoas

à medida que se disponibiliza um perfil de informações com outras pessoas ou empresas.

Ao falar das redes sociais, suscita-se imediatamente alguns sites como: Facebook,

Twitter e Linkedin ou aplicativos: Snapchat, Instagram como meios propagadores de

informação, seja através de anúncios, oferecimento de produtos, serviços, ou convocando

pessoas para manifestações, espaços para debates. (grifos nossos).

A Internet ocupa uma posição cada vez mais importante na atual Era Digital e da

Informação. No Brasil, essa realidade não é diferente. Os usuários de Internet brasileiros,

Page 4: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

4

pessoas com 2 anos ou mais que navegaram na internet através de computadores no domicílio,

no mês em dezembro de 2012, passam cerca de 33:52 horas por mês na rede, conforme dados

do IBOPE/NetRaitings. Isso mostra que a Internet faz cada vez mais parte do cotidiano dos

indivíduos e com seu avanço, as novas mídias sociais também se tornaram integrantes da vida

das pessoas. Pode-se dizer que a Internet afetou também as indústrias, proporcionando maior

agilidade nos processos, flexibilidade nas operações, integração em escala mundial e

possibilitando novos meios de venda e também de comunicação. (MEDEIROS, et al, 2014,

p.2).

O uso da internet vem se incorporando cada vez mais ao cotidiano brasileiro, que

procura otimizar o tempo através de transações comerciais/profissionais rápidas, na obtenção

de conhecimento sobre algum assunto do seu interesse, na atualização das informações do dia,

na comunicação imediatista em longas distâncias num curto espaço de tempo, além da busca

pelo entretenimento através do avanço tecnológico.

Visando aproveitar esse mercado em crescimento, as empresas estão potencializando o

uso de ações de Marketing Digital com a intenção de captar a atenção do consumidor,

conquistar novos clientes, fidelizar os atuais, divulgar produtos e melhorar a sua rede de

relacionamentos. Entre essas ações, se destacam as que se aproveitam das novas mídias sociais

(das quais fazem parte, por exemplo, o uso do Twitter, Facebook, blogs, Instagram e Google).

(MEDEIROS, et al (2014, p.2). grifos nossos.

Diante de tais explanações, elucida-se que o objetivo deste artigo visa destacar os

cuidados e vantagens do uso das mídias sociais para fomentar o marketing pessoal, o network

e consequentemente ajudar na empregabilidade do profissional, em especial na

empregabilidade do psicólogo.

O presente estudo disponibilizará informações sobre o mercado de trabalho, sobre a

profissão do psicólogo, sobre as regras de divulgação de serviços do profissional de Psicologia,

sobre marketing pessoal e como utilizar o potencial das mídias sociais em favor da

empregabilidade.

A pesquisa será realizada através de livros especializados, artigos científicos, bem

como, da revisão bibliográfica e levantamento de dados oficiais do Conselho Federal de

Psicologia – CFP e do Conselho Regional de Psicologia 15ª Região.

1 MERCADO DE TRABALHO E EMPREGO

1.1 Mercado de trabalho, conceito e perspectiva histórica

Page 5: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

5

Os estudos de mercado de trabalho no Brasil são geralmente realizados pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, focando aspectos gerais sobre o emprego no país

e em suas regiões, no entanto não fornece um panorama sobre a empregabilidade na Psicologia.

Assim, os dados são escassos e pouca ênfase é dada às pesquisas que acompanham, ao

longo do tempo, as variáveis determinantes do emprego do psicólogo, visto que forças atuam

na sua absorção ou não no mercado profissional. Tal situação obriga o Conselho Federal de

Psicologia a se mobilizar, e se responsabilizar pelo levantamento de tais informações.

Para que se possa compreender a atual situação do psicólogo inserido no mercado de

trabalho atual, cabe primeiramente definir o termo ‘mercado de trabalho’ sem entrar em

contradições com suas vertentes ou perspectivas.

O objeto do mercado de trabalho se perfaz, no trabalho ofertado, ou ainda, de vagas de

emprego oferecidas pelas organizações, em determinado lugar e em determinada época.

(CHIAVENATO, 2014).

De fato, o mercado de trabalho engloba oferta e demanda de empregos que, por sua vez,

são considerados enquanto atividades orientadas ao exercício especializado da atividade

profissional, cuja competência e concorrência coexistem num mesmo espaço.

O mercado de trabalho pode ainda ser considerado como o local, no qual, as pessoas no

papel de agentes econômicos ou, popularmente falando, comerciantes procedem à troca de bens

seja por dinheiro ou outros bens.

Quanto à compreensão sobre o termo ‘trabalho’, Marx (1980) ensina que se reputa a

uma atividade realizada pelo homem, de forma consciente, onde permite o mesmo a

transformação da natureza, do seu eu, alterando relações de produção, gerando, ainda,

significação ao mundo que o cerca.

Nesse sentido, Marx (1980, p.118) enfatiza, ainda que

O trabalho é, em primeiro lugar, um processo entre o homem e a natureza um

processo integrado no qual o ser humano faculta, regula e controla a sua forma

material com a natureza através de sua atividade [...]. Ao atuar sobre a natureza

externa a si, modificando-a, o ser humano modifica simultaneamente sua

própria natureza [...].

É possível, então, considerar ‘trabalho’ como sendo a relação inicial entre o homem e a

natureza, onde o mesmo busca regular, controlar a sua forma material, no intuito de dominar as

suas propriedades químicas, e físicas, a fim de modificá-la para si, facilitando a sua vida

doméstica através da aplicabilidade da sua atividade física e intelectual.

De acordo com Martins (2000, p.3), quanto à origem do ‘trabalho’, explana que

Page 6: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

6

A primeira forma de trabalho a ser lembrada é a escravidão, e m que o escravo

era considerado apenas uma coisa, não tendo qualquer direito, muito menos

trabalhista. O escravo, portanto, não era considerado sujeito de direito. Nesse

período, constatamos que o trabalho do escravo continuava no tempo, até de

modo indefinido, ou mais precisamente até o momento e m que o escravo

vivesse ou deixasse de ter essa condição. Entretanto, não tinha nenhum direito,

apenas o de trabalhar. Na Grécia, Platão e Aristóteles entendiam que o

trabalho tinha sentido pejorativo. Envolvia apenas a força física. A dignidade

do home m consistia e m participar dos negócios da cidade por meio da

palavra. Os escravos faziam o trabalho duro, enquanto os outros poderiam ser

livres. O trabalho não tinha o significado de realização pessoal. As

necessidades da vida tinham características servis, sendo que os escravos é

que deveriam desempenhá-las, ficando as atividades mais nobres destinadas

às outras pessoas, como a política. Hesíodo, Protágoras e os sofistas mostram

o valor social e religioso do trabalho, no sentido de que agradaria os deuses,

criando riquezas e tornando os homens independentes. A ideologia do trabalho

manual como atividade indigna do home m livre foi imposta pelos

conquistadores dóricos (que pertenciam à aristocracia guerreira) aos aqueus.

Nas classes mais pobres, na religião dos mistérios, o trabalho é considerado

como atividade dignificante.

Nos primórdios o trabalho tinha um caráter manual e artesanal, a produtividade se dava

por manufaturas, fornecendo aos artesões o manejo de todas as fases do processo produtivo, os

trabalhos eram realizados nas residências dos próprios artesões e a depender da quantidade de

trabalho poderia ser dividido entre grupos, ficando cada um responsável por cada etapa do

processo, ainda assim, um único artesão poderia ficar como responsável por todo o processo,

desde a garantia da matéria prima até sua confecção e comercialização final.

O trabalho passou a ser explorado demasiadamente durante a Revolução Industrial. A

chegada das máquinas nas indústrias trouxe uma reformatação da produção. Os artesões

perceberam que sua força de trabalho seria incipiente quando comparada à produção das

máquinas. A maquinofatura, potencializou os lucros e acelerou a produção.

Nesse sentido, Martins (2000, p.5) diz que

A Revolução Industrial acabou transformando o trabalho em emprego. Os

trabalhadores, de maneira geral, passaram a trabalhar por salários. Com a

mudança, houve um a nova cultura a ser apreendida e uma antiga a ser

desconsiderada.

Destarte, o trabalho artesanal perdeu espaço dentro do processo produtivo, o artesão

passou manipular máquinas submetendo-se a condição de empregado. Começava a história das

relações de emprego.

1.2 Emprego e o Mercado de Trabalho Hoje

Page 7: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

7

O mundo globalizado sofre constantes transformações, sejam elas políticas, ideológicas,

religiosas, culturais, sociais. As mudanças destas esferas repercutem diretamente em seu plano

de fundo marcado pelo capital, mais precisamente o mercado de trabalho.

Inevitavelmente, estas modificações alteram a realidade concreta indo desde a sociedade

como configuração social mais ampla até suas particularidades, de cada indivíduo. A soma

desses efeitos pode ser observada no estabelecimento das relações sociais quanto à

competitividade, indo um pouco mais além, na forma como o indivíduo irá se comportar frente

a estas novas necessidades que o mercado impõe, logo só há um caminho: adaptar-se.

Em outras palavras, se o jovem de hoje não buscar uma atualização, aprimoramento ou

desenvolvimento pessoal constante para saber lidar com estas novas realidades, suas chances

de serem absorvidos por este mesmo mercado de trabalho serão nulas.

O mercado de trabalho vem se tornando cada vez mais competitivo ano após ano, e a

formação do indivíduo enquanto profissional não compreende mais apenas ensinar as técnicas

do trabalho especializado, ou seja, treinar outrem acerca das suas competências laborais, mas

também ensinar a necessidade de desenvolver as próprias competências. (ROCHA-PINTO, et

al., 2007).

Diante desta situação e de um mercado de trabalho tão competitivo, fica claro que uma

boa formação profissional ou o término de sua caminhada acadêmica não assegura a sua

inserção no mercado de trabalho.

Em resposta a este cenário inseguro e vivenciado com muita expectativa e aflição por

parte dos formandos e recém- formados, a escolha do tema pode ajudar não só os profissionais

de Psicologia, mas também de outras áreas e profissões a obter dicas e orientações de como

utilizar as mídias sociais e o marketing pessoal ao favor de sua empregabilidade, como também

pode ajudar os profissionais que já estão atuando no mercado de trabalho a se manterem de

forma atuante.

Nesse sentido, Minarelli (1995, p. 17). “O emprego já representou segurança

profissional para muitos trabalhadores em tempos anteriores, em que as pessoas ingressavam

em uma determinada empresa e saiam das mesmas aposentadas”.

De fato, o emprego gerava segurança na vida profissional do indivíduo que tinha a

ciência que ao longo das suas atividades laborais mensais receberia a contraprestação ao serviço

realizado, bem como, observava que era o caminho produtivo essencial para garantir-lhe

segurança financeira na velhice com a obtenção da aposentadoria.

Quanto ao desemprego, explica Reinert (s/d, p.2) que o “[...] é caracterizado como sendo

a não possibilidade do trabalho assalariado nas organizações de um modo geral”.

Page 8: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

8

O desemprego é, ainda, o indivíduo que se encontra fora do exercício das suas atividades

produtivas, e que, consequentemente, se não produz, não ganha dinheiro.

Broucker (1996, p.227) informa que o desemprego implica, ainda, em

[...] alguém que não desenvolveu qualquer tipo de trabalho (ou o fez, mas por

menos que uma hora) durante a semana de referência, que procurou

ativamente por trabalho ou esperou pelo resultado da última pesquisa, mas

mesmo assim, ficou disponível para o trabalho.

Fato é que o desemprego vem aumentando exponencialmente, principalmente nos

grandes centros das capitais do país. Os mais diversos seguimentos da população vêm sendo

atingidos, mesmo aqueles, cuja qualificação é diferenciada.

2. PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO NO BRASIL

2.1. História da Psicologia como profissão

Para compreender o momento atual da profissão de Psicologia é necessário que se faça

uma viagem no tempo. Será recapitulada a história da Psicologia como uma nascente, vista sob

o prisma da produção de saberes, em decorrência da sua evolução, a mesma passa por um

processo de regulamentação de suas práticas e reconhecimento enquanto atividade profissional.

A primeira fase caracteriza-se pela criação das faculdades do Rio de Janeiro e da Bahia

(1833) e o final do século XIX (1890). Nesta época não havia nenhuma sistematização ou

institucionalização do conhecimento psicológico. A Psicologia não era definida ou

regulamentada, logo ainda não havia o reconhecimento da profissão de psicólogo no Brasil.

(PEREIRA; PEREIRA NETO, 2003).

A segunda fase consistiu em 1890/1906 e 1975. Compreende a institucionalização da

prática psicológica até a regulamentação da profissão e a elaboração dos seus dispositivos

formais. Esse período é marcado pela Reforma de Benjamin Constant (1890), a inauguração

dos laboratórios de psicologia experimental na educação (1906) e a criação do código de ética

(1975). Desde então a psicologia passa a ter um conhecimento autônomo, reconhecido e

institucionalizado, passando a deter um mercado de trabalho ainda dividido com a medicina e

a educação. (PEREIRA; PEREIRA NETO, 2003).

Quando da criação das faculdades no Brasil, a ciência da Psicologia ainda não estava

definida, tampouco era regulamentada ou institucionalizada. A profissão do psicólogo, por sua

Page 9: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

9

vez, era desconhecida no Brasil. Posteriormente, a Psicologia passou a ser reconhecida, e

institucionalizada, desenvolvendo e expandido o seu conhecimento autônomo.

Massimi (1990, p.70) acrescenta ainda que,

a psicologia experimental, recém-constituída, parece oferecer à pedagogia o

método objetivo para o conhecimento do homem e de seu processo evolutivo,

substituindo-se ao método empírico ou filosófico da tradição anterior.

De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, seu artigo 1º, (2007, p.15), dispõe

que “a formação em psicologia iria estar associada às faculdades de Filosofia, em cursos de

bacharelado e licenciatura”. Já a regulamentação da lei nº. 4.119, de agosto de 1962, dispôs

sobre a profissão de psicólogo.

Outro momento importante da Psicologia ocorreu em 1975, quando a profissão de

psicólogo passou a ser estabelecida. A profissão ficou suscetível a alterações socioeconômicas.

O surgimento de inúmeras faculdades de psicologia e o lançamento desenfreado de

profissionais repercutiu na precarização no valor da mão de obra. A Psicologia descentralizou-

se do âmbito clínico e passou a surgir novos campos de atuação. (PEREIRA; PEREIRA NETO,

2003).

Quando a Psicologia passou a ser institucionalizada, e portanto, estabelecida como

ciência, obtendo o a aceitabilidade científica do seu conhecimento autônomo, a profissão de

psicólogo passou a ter maior credibilidade, e também, e com isso, sofrera alterações

socioeconômicas, haja vista que se expandia o mercado de trabalho para novos profissionais.

Sendo assim em 1988, o Conselho Federal de Psicologia realizou o primeiro

levantamento da profissão no Brasil. Essa pesquisa, cujo os dados foram coletados no final de

1985 e início de 1987, apontam que a profissão se caracteriza por: profissão feminina (o número

de psicólogas chegava a 85%); profissão jovem (73% à 90% dos profissionais estavam na faixa

de 22 e 30 anos) e aglomerados em cidades, onde há a predominância do mercado de trabalho.

A pesquisa apurou que os psicólogos eram profissionais mau-remunerados e que trabalhavam

em períodos parciais, ou seja, trabalhavam em outra atividade remunerada, com o objetivo de

compensar a renda. Nessa época havia 58.277 profissionais registrados nos conselhos de

psicologia (ROSAS, ROSAS E XAVIER, 1988).

Duas outras pesquisas foram realizadas em 1944 e em 2001, pelo conselho federal de

psicologia, indicam que os dados apurados em 1988 permanecem os mesmos (ACHCAR, 1994,

CFP 2001). A profissão de Psicologia no Brasil continua sendo em sua maioria composta por

mulheres, jovens, mal remuneradas. Predominantemente a área que mais se sobressai é a

clínica, em especial o âmbito dos consultórios.

Page 10: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

10

3. MARKETING, MÍDIAS SOCIAIS E EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO

Este capítulo irá explanar a colaboração das mídias sociais articulando o marketing

como ferramenta fundamental para propiciar a empregabilidade do psicólogo no cenário atual

de mercado de trabalho.

Antes de aprofundar-se no assunto, é pertinente esclarecer a definição de marketing,

mídias sociais e empregabilidade para que posteriormente com tal compreensão possa

correlacionar estes conceitos.

De acordo com Kotler (1998, p.27), “Marketing é um processo social e gerencial pelo

qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da

livre troca de produtos e serviços de valor com outros”.

Em outras palavras o marketing é um conjunto de estratégias que busca agregar valor às

marcas ou produtos e afins, seu propósito não se limita a venda de produtos e também uma

interação, confecção de produtos ou serviços que atendam às necessidades do seu público alvo.

Já as mídias sociais são meios que permitem a produção e um intercâmbio de material

produzido pelo próprio usuário.

Por volta do início dos anos de 1990 que, num sentido mais estrito, mídia se referia

especificamente aos meios de comunicação de massa, especialmente aos meios de transmissão

de notícias e informação, tais como jornais, rádio, revistas e televisão. Também se passou a

chamar de mídias todos os meios de que a publicidade se serve, desde outdoors até as

mensagens publicitárias veiculadas por jornal, rádio, TV. Em todos esses sentidos, a palavra

"mídia" se referia aos meios de comunicação de massa. (SANTAELLA, 2003).

Antes da chegada da internet, bem como da tecnologia virtual desenvolvida

posteriormente, a mídia se limitava aos meios comunicacionais presentes na época como os

impressos, a televisão e o rádio. Além disso, os meios de disseminação de propaganda que a

publicidade utilizava para informar o indivíduo sobre determinado produto ou serviço, também,

eram reputados enquanto mídia, no caso dos outdoors. (grifos nossos).

As mídias não simplesmente convivem, mas convergem na coexistência de uma cultura

de massa que permanece e da cultura das mídias ainda em plena atividade (SANTAELLA,

2003).

Page 11: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

11

De fato, as mídias não se limitaram aos meios de comunicação preexistentes, ao

contrário, se desenvolveram e expandiram para âmbitos informacionais cada vez mais

tecnológicos, como a internet.

As mídias sociais digitais são do que sistemas populares que difundem notícias e outros

conteúdos de interesse pessoal. As mídias sociais vêm sendo usadas como uma ferramenta

online, uma plataforma para o compartilhamento de opiniões, percepções, experiência e

perspectivas, em mensagens que utilizam texto, imagens, áudio e vídeo. Esse conteúdo pode

ser hospedado em sites populares como Facebook, Instagran, Twitter, Youtube e Wikipédia e

Blogs. (THEVENO, 2007).

Branco e Matsuzaki (2009) os autores propõem que o termo social media, traduzido

para o português como "mídia social", caracteriza o uso do meio eletrônico para interação, bem

como para a comunicação entre pessoas, combinando textos, imagens, sons e vídeo,

possibilitando, consequentemente, a criação de uma interação social de compartilhamento de

experiências, construídas com base nos fundamentos ideológicos e tecnológicos da Web 2.0.

Mídias sociais podem ser encaradas como uma relação online entre pessoas que se

comunicam, difundem ideias sobre temas diversos, exercem influência sobre pessoas e são

influenciados pelos mesmos, com seus posts, opiniões e afins. As pessoas se relacionam

partilhando seus pontos de vista profissional ou pessoal.

Pela facilidade de liberdade de expressão nas mídias sociais, os comentários

provenientes dos usuários podem repercutir positivamente na catalisação de determinada marca

de produto ou serviço, ou em sua degradação com o mau posicionamento.

Com o advento da inovação tecnológica, tornou-se indispensável para um mercado tão

competitivo, que as empresas passassem a planejar e vislumbrar uma realidade baseada em

qualidade e produtividade, reformulando-se em direção de um movimento empreendedor que

valoriza o capital humano intelectual e impelindo uma revolução no quadro empregatício.

Um perfil de qualificações como dedicação às atividades, desenvolvimento de

habilidades, inovação, criatividade, suscita na combinação de diferenciais que incutem valores

à sua sustentabilidade no mercado. Este novo modelo de mercado, obriga as empresas e

profissionais a estarem atentos às oportunidades e oscilações do comércio para que sempre

estejam à frente dos seus concorrentes, tendo um olhar visionário de forma a alcançar e

estabelecer seu reconhecimento e remuneração.

No que concerne o termo empregabilidade, refere-se às capacidades do indivíduo além

de sua formação acadêmica e profissional, mas ao desenvolvimento de aptidões que lhe

permitam se adaptar à configuração do mercado de trabalho.

Page 12: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

12

Um dos primeiros autores a abordar o tema foi Minarelli (1995, p.11) que entende a

empregabilidade como sendo:

condição de ser empregáveis, isto é, de dar e conseguir emprego para os seus

conhecimentos, habilidades e atitudes intencionalmente desenvolvidas por

meio de educação e treinamentos sintonizados com as necessidades do

mercado de trabalho.

Conforme explana o estudioso, a empregabilidade é a condição dada ao indivíduo de ser

empregado, e de conquistar seu espaço empregatício através de habilidades, e atitudes

intencionais que foram desenvolvidas com o fito de se harmonizar com as necessidades

pleiteadas pelo mercado de trabalho.

Segundo, Carvalho (2006, p.57)

Um conceito no qual se estabelece para os profissionais, empregados ou não,

a obrigatória preocupação no sentido maior de se manterem permanentemente

atualizados e empregáveis, diante das exigências de formação, em face das

habilidades, especializações e talentos que o mercado de trabalho requer.

Consequentemente, cabe a cada profissional buscar atualizações constantes para se

manterem competitivos no mercado. Atualmente a inserção no mercado de trabalho, em uma

abordagem mais específica, por estudantes universitários, é mais difícil do que era antigamente.

Tal situação é resultado da própria necessidade dos estudantes de se manterem atualizados e

motivados e também pelo fato do ingresso no mercado de trabalho estar cada vez mais

disputado. (CAMPOS, et al., 2008).

O mundo contemporâneo é marcado pela era digital, as tecnologias de comunicação

exercem um papel fundamental na dispersão de informação, alcançando um público cada vez

mais alarmante. Mas afinal, qual a relevância das mídias sociais, marketing e sua incidência na

empregabilidade do psicólogo?

Fora visto que o sistema empregatício sofreu revoluções, que o mercado interpela um

perfil profissional cada vez mais sofisticado para se manter e adaptar-se a estes novos tempos

marcados pela era digital. O marketing, através das mídias sociais, nos dias de hoje, tornou-se

uma ferramenta fundamental para colocar o profissional em evidência no mercado, a medida

que expõe, para um público estratégico e de quantidade maciça, habilidades, aptidões, projetos,

trabalhos desenvolvidos, produtos, serviços de empresas e profissionais a serem ofertados para

a sociedade, e permite uma maior aproximação das relações com outros usuários de forma mais

dinâmica e direta, do que por outras mídias como a televisão, o rádio e o jornal impresso.

O alcance da era digital transcende ao que, uns tempos atrás, seria julgado como algo

futurístico. A velocidade da informação ocorre de forma vertiginosa. A divulgação de um curso,

Page 13: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

13

de uma palestra, de um artigo pode ser acessada por milhares de pessoas que tenha interesse

por tal assunto ou simplesmente de forma aleatória com tanto que esteja conectado a esta rede.

O marketing pode fomentar a atratividade por intermédio dos aspectos psicológicos

como emoções, pensamentos, esquemas visuais e sinestésicos captando a atenção e o interesse

de uma massa de consumo de informação cada vez mais crescente, sem esquecer-se de cultivá-

lo e estimulá-lo.

A possibilidade do profissional de Psicologia recém- formado projetar-se de forma

mais eficiente no mercado e aumentar suas chances de empregabilidade pode ser alcançado

através do manejo cauteloso, e responsável do marketing concomitantemente articulada com as

mídias sociais.

Por fim, a segurança profissional só será alcançada administrando sua própria carreira,

se reinventando no mercado à medida que desenvolve suas competências, gerando um

diferencial competitivo no mercado saturado de profissionais de preço.

3.1 Marketing e marketing pessoal

A oscilação de capital e o fluxo intenso de bens e serviços fez com que empresas e

indivíduos fossem galgar seu próprio espaço, necessitando de mais visibilidade e evidência, e

buscam isso através de estratégias de marketing. Cabe fazer uma rápida explanação sobre

marketing pessoal.

O marketing pessoal consiste em amplificar e solidificar a imagem de uma pessoa pelo

público, ou por uma parcela deste público. Sob outra perspectiva marketing pessoal caracteriza-

se por projetar uma “marca” do indivíduo, como se fosse um produto ou serviço.

Para Kotler (2003, p.91) o marketing pessoal é

(...) uma nova disciplina que utiliza os conceitos e instrumentos do marketing

em benefício da carreira e das vivências pessoais dos indivíduos, valorizando

o ser humano em todos os seus atributos, características e complexa estrutura.

No marketing pessoal, dois fatores são primordiais para alcançar o êxito na

empregabilidade, e para que o profissional recém-formado de psicologia deva está atento para

facilitar seu ingresso e permanência no mercado de trabalho.

Primeiro fator é a comunicação verbal, direta e clara. Comunicar-se com fluidez e de

forma natural é essencial para mostrar seu potencial e competência. A comunicação verbal

nesse contexto não irá se deter a capacidade de discurso do sujeito, mas também da sua

capacidade de se mostrar profissionalmente através de currículos, exposições, palestras e etc.

Page 14: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

14

De acordo com Knapik (2008) apud Silva, et al., (2018, p.1)

A comunicação é um processo de interação e troca de informações, de

transmissão de ideias e sentimentos por meio de palavras ou símbolos que

veiculam uma mensagem, ideia ou sinal. O objetivo é a compreensão e a

interpretação da mensagem por parte de quem a recebe, embora nem sempre

as pessoas entendam.

O outro fator primordial para o marketing pessoal se refere à comunicação não verbal.

A comunicação não compreende, apenas, a linguagem verbal, mas também, não verbal.

Conforme afirma Pease (2005, p. 19), “a linguagem do corpo é o reflexo do estado

emocional da pessoa. Cada gesto ou movimento pode ser uma valiosa fonte de informação sobre

a emoção que ela está sentindo num dado momento”.

A postura corporal, o semblante, as gesticulações, as atitudes, hábitos, manias etc,

emitem informações a respeito da personalidade do indivíduo, como timidez, agressividade,

organização, dentre outros, por isso é importante apresentar uma linguagem corporal

congruente com o que se fala, se vestir de forma coerente agindo com atitudes éticas e

condizente com a profissão, esses itens devem ser considerados para o marketing pessoal

eficiente.

Nas estratégias de marketing a embalagem do produto, ou seja, sua apresentação pode

ser fator diferencial na atratividade do cliente e consequentemente no aumento das vendas do

produto. No marketing pessoal o princípio se aplica de forma semelhante.

De acordo com Ritossa (2009, p. 32), “No marketing pessoal, em vez de vendermos um

objeto, vendemos a nós próprios”. Nós nos tornamos o produto a ser “vendido”. A apresentação

pessoal, bem como, a continua promoção à obtenção e aprofundamento de técnicas e

conhecimentos sobre a área de atuação profissional faz com que o indivíduo ganhe destaque no

mercado de trabalho, e assim, possua elementos diferenciados, logo atrativos às empresas.

3.2 Redes sociais e networking

O mercado de trabalho atual exige dos profissionais para conseguir manter-se

empregado ou para conseguir manter a venda de produtos e serviços, uma eficiente rede de

contatos. É possível iniciar com pessoas conhecidas, no trabalho ou na vida social.

Salienta Peters (2000, p.79) que

A internet é uma excelente ferramenta para construir e interagir com

uma rede de contatos, o Networking. Por meio dela as chances de

conquista de novos contatos aumentam consideravelmente. Sites como

Page 15: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

15

Instagran e Twitter se usados de forma responsáveis e adequados

podem ser importantes aliados para fazer contatos e se propagar no

mercado. Quanto mais pessoas conhecemos, quanto mais circulamos,

maiores as chances das oportunidades aparecerem.

A internet disponibiliza através da sua tecnologia virtual a possibilidade de maior

interação entre os indivíduos. Assim, viabiliza no âmbito profissional, maior contato com os

clientes, bem como, a disseminação do profissional e suas habilidades.

O Networking é a técnica de criar, desenvolver e manter uma rede de contatos informais,

buscando criar condições para a satisfação de interesses mútuos. É uma rede de relacionamentos

em que os participantes se mantêm em contato e buscam usar os recursos uns dos outros no

momento da necessidade. Recursos tais como, informações, possibilidade de indicação ou

apresentação. (CAMPOS, et al., 2008).

O sentido do networking é viabilizar vínculos mútuos de solidariedade entre pessoas.

Para alcançar é necessário fazer uma manutenção não se limitando a momentos em que se

precisa, mas cultivar relações, fazer contato para saber como o outro estar ou disponibilizar-se

para o outro, de forma gratuita.

Para fomentação desta rede de contatos é indispensável a aplicação do marketing nas

mídias sociais, visto que, as mídias são os meios de exposição de trabalhos, de produtos,

serviços, informações, para nutrir o desejo e atenção do seu público-alvo; já o marketing

desempenha a função de um catalisador criativo à medida que expõe estes conteúdos de forma

vistosa, estética e sedutora que potencialize o alcance de novos interessados pelo seu trabalho.

Seguindo esta linha de pensamento, em outras palavras diz-se que, muitas vezes a

credibilidade de um serviço ou produto que é vendido pela internet e que atinge um número

gigantesco de visualização não está associado diretamente a qualidade do serviço e/ou produto,

mas associado ao número de visualizações, curtidas, comentários e/ou compartilhamentos

destas publicações.

Quanto maior forem os contatos, vínculos, “seguidores” nas redes sociais, e

relacionamentos profissionais, ou seja, networking, maior será a probabilidade desse

reconhecimento expandir através de mais visualizações e consequentemente, de mais contratos

de serviço firmados. (grifos nossos).

Esta “onda” de influência pode ser compreendida pela sistemática: se um seguidor

passa a ter acesso a um material disponibilizado na rede social e esse conteúdo atende ao seu

interesse, este passa a ser propagado ou “compartilhado” no seu ciclo social, ou seja, como um

efeito dominó, mais pessoas se interessarão e passarão a propagar e “compartilhar” com mais

Page 16: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

16

outras pessoas, tal metodologia é utilizada por profissionais ligados diretamente a internet como

blogueiros, digitais influencers, lojas online, dentre outros. (grifos nossos).

3.3 Mídias sociais e divulgação de serviços do psicólogo

Em decurso da importância das mídias sociais como ferramenta de projeção do

profissional, vale salientar os cuidados a serem tomados pelo psicólogo recém-formado, durante

a publicação ou oferecimento de serviços e bens.

O psicólogo ao viabilizar seus serviços publicamente, individual ou coletivamente, por

qualquer meio, incluindo nas mídias Sociais, deverá informar: Informar seu nome completo,

CRP e seu número de registro, referenciar apenas títulos ou qualificações profissionais que

possua, divulgar qualificações, atividades recursos relativos a técnicas e práticas que sejam

reconhecidas ou regulamentadas pela profissão, não utilizar preços de serviço como forma de

propaganda, não fará previsão taxativa de resultados, não fará autopromoção em relação à

outros profissionais, não irá propor atividades privativas de outras categorias profissionais, não

fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais, segundo o Código de Ética

Profissional do Psicólogo (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2014, p.15).

Só é permitido ao psicólogo sobre seu exercício profissional, no que se refere à

divulgação e a publicidade, através dos meios de comunicação, vincular ou associar o seu título

de psicólogo e/ou ao seu exercício profissional, somente técnicas ou práticas psicológicas, já

reconhecidas como próprias do profissional psicólogo e que estejam de acordo com os critérios

científicos estabelecidos no campo da psicologia.

Segundo os critérios do Conselho Federal de Psicologia (2007), através da Resolução

010/97, estabelece-se a divulgação, publicidade e o exercício profissional do psicólogo,

associados às práticas que não estejam de acordo com os critérios científicos estabelecidos no

campo da psicologia.

Conforme o Conselho Federal de Psicologia (2007, p.46):

A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas

no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos, a proteção

contra publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou

desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no

fornecimento de produtos e serviços, a efetiva prevenção e reparação de danos

patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos. Da publicidade: A

publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e

imediatamente, a identifique como tal, é proibida toda publicidade enganosa

ou abusiva.

Page 17: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

17

A explanação dos direitos e deveres do psicólogo recém-formado é fundamental para a

manutenção de uma relação de respeito entre os psicólogos e seus pares, atestando para a

sociedade serviços psicológicos que possuam respaldo técnico e ético.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante o estudo realizado foi possível perceber as reformulações que o conceito e as

relações de trabalho sofreram dentro do sistema capitalista marcado pela competitividade.

Atualmente com mercado instável, a quantidade de empregos se torna incipiente para

a quantidade de profissionais que são lançados no mercado de trabalho, exponencialmente. Os

efeitos desse sistema empregatício geram a necessidade de produzir profissionais que atendam

a criatividade, atualização constante, inovação e que saibam manejar estratégias que lhes

possibilitem uma projeção e reconhecimento no cenário atual.

Com o advento tecnológico, a disseminação da informação vem se dando de forma

célere. As redes sociais têm se tornado excelentes ferramentas de propagação de conteúdos

diversos, possibilitando a conquista de novos mercados de consumidores de informação em um

curto espaço de tempo.

Instrumentos essenciais para os psicólogos recém-formados é a utilização do marketing

nas mídias sociais, uma vez que, podem explorar seu lado laboral, perspectivas, opiniões e

cursos apresentando, assim, um material estético que se identifica com seu público alvo,

fomentando-os e estimulando o networking, dessa forma aumentam as possibilidades de criar

uma imagem positiva, de alcançar o reconhecimento e sua empregabilidade no mercado do

trabalho.

Além dos benefícios trazidos pela divulgação de serviços através das redes sociais, é

imperativo destacar os cuidados éticos segundo o Conselho Federal de Psicologia para que o

oferecimento dos serviços atenda aos padrões e normas delimitadas por tal entidade, buscando

assim legitimar os serviços para a sociedade.

Este artigo enseja, informa e alerta os profissionais de Psicologia recém-formados a

respeito da conduta ética, e das benesses ao se utilizar da divulgação de seus serviços através

das mídias sociais, disponibilizando dispositivos e maneiras de usufruir os mesmos em favor

da inserção e manutenção da sua empregabilidade no mercado atual.

Page 18: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

18

Salienta-se que o sucesso será advindo da administração da sua própria carreira

profissional, se expondo aos novos desafios, buscando atualizações constantes, sendo criativo,

tornando-se um profissional de valor qualitativo.

Por fim, todos estes fatores elucidados no artigo têm contribuído com algumas

mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais, pois hoje, percebe-se o aumento do público

masculino nas universidades de psicologia, bem como na busca pelos serviços ofertados pela

Psicologia de forma espontânea, o que demonstra os avanços na quebra de paradigmas sociais,

tabus, preconceitos em direção a uma profissão digna de respeito, valorização e

reconhecimento, além do enaltecimento e notoriedade da profissão através dos veículos de

informação.

REFERÊNCIAS

ACHACAR, R. (Coord.). Psicólogo brasileiro: práticas emergentes e desafios para a

formação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.

BASTOS, Antônio Virgílio P. Mercado de trabalho: uma velha questão e novos dados.

Disponível em (1990):< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-

98931990000200006>. Acessado em 15/02/2018.

BIRCK, Vera Regina. KESKE, Humberto Ivan. A Voz do Corpo: A Comunicação Não-

Verbal e as Relações Interpessoais. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos

Interdisciplinares da Comunicação XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

– Natal, RN, de 2008.

BORIN, Fabio Augusto. et al. Empregabilidade como a nova realidade do mercado de

trabalho. Disponível (s/d) em:< http://aems.edu.br/iniciacao-

cientifica/download/5c56c422cd.pdf>. Acessado em 25/02/2018.

BRANCO, C.F.; MATSUZAKI, L. Olhares da rede. São Paulo. Disponível em (2009):<

http://www.culturaderede.com.br/>. Acessado em 03/12/2017.

BROUCKER, Patrice de. Low Unemployment in Japan: The Product of Socio-Economic

Coherence. In The Unemployment Crisis. Edited by Brian K. MacLean & Lars Osberg.

McGill-Queen's University Press. London, 1996.

CAMPOS, K.C.L. et al. Empregabilidade e competências: uma análise de universitários sob

a ótica de gestores de recursos humanos. Vol.8. RPOT. 2008.

CARLOS, Larissa. 3 dias valiosas de marketing digital para psicólogos. Disponível em

(2017):< http://www.dosedemarketing.com.br/marketing-digital-para-psicologos/>. Acessado

em 29/12/2017.

Page 19: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

19

CARVALHO, Pedro Carlos de. Empregabilidade: A competência necessária para o sucesso

no novo milênio. 4. ed. Campinas: Editora Alínea, 2006.

CHIAVENATO, I. Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal: Como agregar

talentos à empresa. São Paulo: Altas, 2004.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Aprova o código de ética profissional do

psicólogo. Resolução CFP nº 010/05. Disponível em (2014):< https://site.cfp.org.br/wp-

content/uploads/2012/07/Co%CC%81digo-de-%C3%89tica.pdf>. Acessado em 10/11/2017.

_____________. Institui a Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profissional de

Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro.

Resolução CFP n.º 013/2007. Disponível em (2007):< https://site.cfp.org.br/wp-

content/uploads/2008/08/Resolucao_CFP_nx_013-2007.pdf>. Acessado em 10/12/2017.

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICAS E ESTUDOS

SOCIOECONÔMICOS - DIEESE. Projeto 2 - Levantamento de informações sobre a

inserção dos psicólogos no mercado de trabalho brasileiro. Relatório final. Análise de

dados. São Paulo, 2016.

GUIMARÃES, Amanda Veridiana. Empregabilidade. Disponível em (2009):<

http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/empregabilidade/34297/>. Acessado

em 12/01/2017.

JORGE, Elói. Marketing e psicologia. Disponível em (2012):<

http://www.psicologiafree.com/areas-da psicologia/ psicologia_organizacional/marketing-e-

psicologia/>. Acessado em 20/01/2018.

_________. Psicologia e marketing pessoal. dicas e importância. Disponível em (2012):<

http://www.psicologiafree.com/conselhos_praticos/psicologia-marketing-pessoal-dicas-e-

importancia/>. Acessado em 18/11/2017.

KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 Conceitos que Todo Profissional Deve Saber. 3°

ed. São Paulo: Elsevier, 2003.

LANZARIN, Lovenir José. ROSA, Maria Olicéia da. Marketing pessoal: uma poderosa

ferramenta para ser um profissional de sucesso. Disponível em (s/d):<

https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/marketingpessoalumapoderosaferramenta

paraserumprofissionaldesucesso.pdf>. Acessado em 11/11/2017.

LEITE, Weslei Rangel. et all. Análise das expectativas do psicólogo recém-formado.

Encontro: Revista de Psicologia. vol 14. n°. 21. São Paulo, 2012.

MADEIRA, Carolina Gaspar. GALLUCCI, Laura. Mídias Sociais, Redes Sociais e sua

Importância para as Empresas no Início do Século XXI. Intercom – Sociedade Brasileira

de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da

Comunicação – Curitiba, PR, 2009.

MASSIMI, Marina. História da psicologia brasileira: da época colonial até 1934. São

Paulo: EPU, 1990.

MATINS, Sergio Pinto. Breve histórico a respeito do trabalho. Disponível em (2000):<

http://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/viewFile/67461/70071>. Acessado em 14/02/2018.

Page 20: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

20

MARX, Karl. O capital: critica da economia política. 6. ed. São Paulo: Civilização Brasileira,

1980.

MEDEIROS, Beatriz, et al. A influência das mídias sociais e blogs no consumo da moda

feminina. Disponível em (2014):<

https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/44020524.pdf>. Acessado em 14/12/2017.

MENEGASSO, Maria Ester. O declínio do emprego e a ascensão da empregabilidade: um

protótipo para promover a empregabilidade na empresa pública do setor bancário. Disponível

(s/d):< ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/EPD-

075_OrganizacaoDoTrabalho/O%20RESGATE%20HIST%D3RICO%20DA%20EVOLU%C

7%C3O%20DO%20TRABALHO%20-%202010.pdf>. Tese de doutorado, 1998. Acessado

em 17/04/2018.

MESQUITA, Renato. O que é marketing: tudo o que você precisa saber sobre o assunto.

Disponível em (2015):< https://marketingdeconteudo.com/o-que-e-marketing/#conceito>.

Acessado em 10/01/2018.

MINARELLI, J. A. Empregabilidade: o caminho das pedras. 15 ed. São Paulo: Editora

Gente, 1995.

PEASE, Allan & Barbara. Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal. 7. ed. Rio

de Janeiro: Sextante, 2005.

PEREIRA, Fernanda Martins; PEREIRA NETO, André. O psicólogo no brasil: notas sobre

seu processo de profissionalização. Disponível em (2003):<

http://www.scielo.br/pdf/pe/v8n2/v8n2a02>. Acessado em 14/12/2017.

PETERS, T. Reinventando o trabalho. São Paulo: Campus, 2000.

REINERT, José Nilson. Desemprego: causas, consequências e possíveis soluções. Disponível

(s/d):< file:///C:/Users/Dayse%20Scoot/Downloads/8065-24311-1-PB.PDF>. Acessado em

11/11/2017.

RITOSSA, C.M. Marketing Pessoal - Quando o produto é você. 1°. ed. vol.1 Curitiba: Ibpex,

2009.

ROSAS, P.; ROSAS, A. & XAVIER, I. B. Quantos e quem somos. Em: Conselho Federal de

Psicologia. Quem é o psicólogo brasileiro? São Paulo: Edicon, 1988.

ROCHA-PINTO, S.R, et al. Dimensões funcionais da gestão de pessoas. 9° ed. Rio de

Janeiro: Editora FGV, 2007.

SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à

cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

SANTEIRO, Tales Vilela. et al. O uso do Facebook por estagiários de Psicologia Clínica:

estudo exploratório. Disponível em (2016):<

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702016000100006>.

Acessado em 14/01/2017.

Page 21: MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE … pessoal e re… · MARKETING PESSOAL E REDES SOCIAIS NA EMPREGABILIDADE DO PSICÓLOGO RECÉM-FORMADO NO MERCADO DE TRABALHO

21

SILVA, Marielly Caroline da., et all. Marketing Pessoal. Disponível em (2018):<

http://www.administradores.com.br/artigos/academico/marketing-pessoal/110470/>.

Acessado em 13/03/2018.

THEVENO, G. Blogging as a social media. Tourism and Hospitality Research, vol. 7.

Birmingham, 2007.

VERMELHO, Sônia Cristina. et al. Refletindo sobre as redes sociais digitais. Disponível

em (2014):< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-

73302014000100011>. Acessado em 03/02/2018.

ZAMBIASI, Fábio. Empregabilidade. Disponível em (2018):<

http://www.administradores.com.br/artigos/academico/empregabilidade/109068/>. Acessado

em 30/03/2018.