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MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Fruto da criação humana, a matemática surgiu e se desenvolveu a partir da busca de soluções para problemas do cotidiano. A história da matemática, como no campo de estudo, contempla as várias dimensões, do conhecimento matemático. Por meio dessa história, encontra-se a oportunidade de compreender a ciência matemática desde sua origem e como disciplina que está configurada no currículo brasileiro, possibilitando ao educando atribuir sentido e significado às idéias matemáticas; com essas idéias ser capaz de estabelecer relações justificar, analisar, discutir e criar. O Ensino fundamental deve, portanto, contribuir para a formação do cidadão e para o seu desenvolvimento como pessoa, em que as qualidades postuladas são a solidariedade, a participação, a criatividade e o pensamento. É preciso formar indivíduos autônomos completos, dotados de mais ampla capacidade de aprender e aperfeiçoar continuamente seus conhecimentos.

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MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Fruto da criação humana, a matemática surgiu e se desenvolveu a partir

da busca de soluções para problemas do cotidiano.

A história da matemática, como no campo de estudo, contempla as

várias dimensões, do conhecimento matemático. Por meio dessa história,

encontra-se a oportunidade de compreender a ciência matemática desde sua

origem e como disciplina que está configurada no currículo brasileiro,

possibilitando ao educando atribuir sentido e significado às idéias matemáticas;

com essas idéias ser capaz de estabelecer relações justificar, analisar, discutir

e criar.

O Ensino fundamental deve, portanto, contribuir para a formação do

cidadão e para o seu desenvolvimento como pessoa, em que as qualidades

postuladas são a solidariedade, a participação, a criatividade e o pensamento.

É preciso formar indivíduos autônomos completos, dotados de mais

ampla capacidade de aprender e aperfeiçoar continuamente seus

conhecimentos.

A educação tem por finalidade formar profissionais trabalhadores e

também cidadãos com domínio da linguagem, para compreensão dos

fundamentos das ciências e das novas tecnologias, do pensamento crítico da

capacidade de analisar os problemas, distinguir fatos e conseqüências;

adaptar-se a situações novas da linguagem matemática, saber trabalhar em

equipe, ter responsabilidade e disciplina, tanto pessoal e social-cultural-

econômica.

O objeto de estudo da matemática ainda está em construção, porém

está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem e conhecimento matemático e envolve o estudo de processos

que investigam como o estudante aprende e se apropriada própria

matemática.

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Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos

estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e

formulação de idéias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou

pela consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem

amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento

da sociedade.

OBJETIVOS

As finalidades do ensino da matemática visando à construção da

cidadania indicam como objetivos gerais da disciplina do ensino fundamental,

levar o aluno a:

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter

de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que

estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e

desenvolvimento da capacidade de resolver problemas;

Fazer observações Sistemáticas de aspectos quantitativos e

qualitativos do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior

número possível de relações entre eles, utilizando para isso o

conhecimento matemático (aritmético, geométrico, algébricos,

estatísticos, combinatórios, probabilísticos);

Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para

interpretá-las e avaliá-las criticamente;

Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e

resultado, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como

intuição, dedução, analogia, estimativa e utilizando conceitos e

procedimentos matemáticos, com instrumentos tecnológicos

disponíveis;

Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e

apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas

conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo

relações entre ela e diferentes representações matemáticas;

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Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferente campos

e entre seus temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;

Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na

busca de soluções;

Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando

coletivamente na busca de soluções para os problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um

assunto respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo

com eles.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Sistemas de numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e Radiciação;

Números Fracionários;

Números Decimais;

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de Comprimento;

Medidas de Massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de Tempo;

Medidas de ângulos;

Sistema monetário;

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GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria Espacial.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

7º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números inteiros;

Números racionais;

Equação e inequação do 1 grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria não-euclidianas.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística;

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Média Aritmética;

Moda e Mediana;

Juros Simples.

8º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Racionais e Irracionais;

Sistema de equações do 2 grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento;

Medias de área

Medidas de volume;

Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Gráfico e informação;

População e amostra.

9º ANO

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NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais;

Propriedades dos radicais;

Equação do 2 grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações Irracionais;

Equações Biquadradas;

Regra de três composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no Triângulo Retângulo.

FUNÇÕES

Noção intuitiva de Função Afim;

Noção intuitiva de Função Quadrada.

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Noções de Análise combinatória;

Noções de probabilidade;

Estatística;

Juros Compostos.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O ensino da matemática encontra-se relacionado a algumas reflexões

nas quais se destacam tendências temáticas e metodológicas para o

desenvolvimento da prática docente. Essas tendências buscam aprimorar as

maneiras do ensino-aprendizagem da matemática, dentre elas podemos

destacar.

a) resolução de problemas;

b) modelagem matemática;

c) etnomatemática;

d) história da matemática;

e) mídias tecnológicas;

f) investigações matemáticas;

Desta forma no ensino da matemática pretende;

Resgatar o conhecimento prévio do aluno, demonstrando a aplicação do

conhecimento matemático em seu cotidiano.

Desenvolver atividades em grupos estimulando, questionamentos

discussões de resultados e aplicabilidade e convivência. Divulgar os resultados

obtidos pelos grupos e discuti-los com toda a turma.

Explorar a história da matemática, a fim de estudar as contribuições de

culturas antigas, para que o aluno perceba que o avanço tecnológico é fruto da

herança cultural das gerações passadas.

Nas atividades envolvendo áreas e volumes, os alunos terão

oportunidade de calcular áreas de figuras planas de contorno curvilíneo usando

malhas quadriculadas e por meio de aproximações. Serão discutidos também

os cálculos de área de um círculo, o comprimento de uma circunferência e o

cálculo da área total do cilindro, pirâmides e prismas.

Trabalhar conceitos, ideias, demonstrações e teoremas matemáticos

explorados a partir de situações problema, ou seja, contextos em que os alunos

necessitem desenvolver algum tipo de estratégia para resolvê-los.

Propor situações que levam o aluno a analisar e interpretar gráficos;

Observando alguns aspectos que permitem confiar ou não nos

resultados apresentados, como por exemplo, de freqüência relativa,

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conveniência de escala utilizadas e a fonte. Assim eles terão oportunidade de

desenvolver conhecimento para compreender, analisar e apreciar as

estatísticas apresentadas pelos meios de comunicação.

Os recursos tecnológicos, como calculadoras, softwares e aplicativos da

internet serão utilizadas como recurso para verificar resultados, corrigir erros

auxiliando no processo de construção do conhecimento e auto-avaliação.

Alguns conteúdos serão trabalhados também através de jogos

possibilitando desenvolver diferentes habilidades, levando os alunos a

compreender regras, elaborar estratégias de ação, identificar regularidades e

raciocinar por analogias. O jogo representa um aspecto relevante, o desafio

provoca satisfação, interesse e prazer ao aluno.

Trabalhar os conteúdos com significados, levando o aluno a perceber

que é importante estudar e aprender o conteúdo que está sendo abordado, que

este conteúdo será útil para sua vida em sociedade ou para compreender o

mundo que o rodeia.

Estimular o uso e a consulta em jornais, revistas, embalagens de

produtos de consumo, material de publicidade, entre outros, tendo assim o

objetivo de retirar dados e elementos importantes associados aos conteúdos de

estudo.

Além do trabalho com as áreas da base nacional comum é ofertada

também a Sala de Apoio à Aprendizagem de matemática destinada aos alunos

de cinco séries com defasagens de aprendizagem em conteúdos referentes

aos anos iniciais de ensino fundamental e é efetivado com metodologias

adequadas às necessidades dos alunos diferenciando-se das atividades do

ensino regular.

O cronograma de atendimento se dá da seguinte maneira: Duas vezes

por semana, totalizando quatro horas-aula semanais para os alunos.

Todos os que atuam na educação e no campo das políticas sociais

voltadas à infância enfrentam neste início de século imensos desafios.

Questões relativas à situação política e econômica e à pobreza extrema das

nossas populações, sem falar nos problemas específicos do campo

educacional, que, cada vez mais, assumem proporções graves.

Devemos refletir sobre estes paradoxos e pensar em como podemos

nos preparar para atuar com essas populações infantis e juvenis, diante de

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uma realidade violenta, hostil, que não sabe lidar com as diferenças. Sendo

que os desafios contemporâneos: Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99);

Educação Fiscal (Portaria 413/2002); Cidadania e Direitos Humanos;

Enfrentamento a Violência na escola; Educação para as Relações Étnico

Racial; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Educação Escolar Indígena;

Gênero e Diversidade Sexual; e Diversidade Educacional (Inclusão

Educacional, Cultura Afrobrasileira e Africana (Lei nº 10.639/03), Educação

Indígena (Lei nº 11.645), serão trabalhados no desenvolvimento dos

conteúdos, quando os mesmos possibilitarem.

Em primeiro caso devemos conhecer e analisar o conceito de infância e

a nossa maneira de encarar e conhecer essa geração e tratar as crianças

como cidadãs, respeitando seus direitos e diversidades e educar contra

qualquer tipo de violência.

Nosso maior objetivo é construir uma educação fundada no

reconhecimento do outro e suas diferenças de cultura, etnia, religião, gênero,

classe social, idade. Pois somente assim poderemos tirar desse debate as

conclusões importantes para a construção de nossa história futura.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem,

em que o objetivo não é verificar (através de uma medição) a quantidade de

informações retidas pelo aluno ao longo de um determinado período, já que

não se concebe ensino como transmissão de conhecimento.

Quando o termo refere-se à avaliação ele está diretamente ligado à

intencionalidade do ensino de um determinado conteúdo, bem como, com o

objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos.

Assim, é essencial estabelecer a relação entre os conteúdos que se

pretende ensinar, o objetivo para este ensino, a forma de sistematização

destes conteúdos, para então, estabelecer instrumentos e critérios de

avaliação, claros e específicos que serão utilizados no processo avaliativo, tais

como: compreender por meio da leitura o problema matemático; elaborar

planos que possibilitem as soluções dos problemas; encontrar meios diversos

para a resolução de um problema matemático; realizar o retrospecto da

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solução de um problema. Não basta, apenas, a divisão dos conteúdos, mas é

fundamental que se tenha clareza do que se quer com este ou aquele conteúdo

(objetivos) e a forma como serão sistematizados (metodologia) e também o

modo que estes conteúdos serão avaliados, ou seja, a definição de alguns

instrumentos para avaliações pontuais da aprendizagem e o estabelecimento

de critérios de avaliação pertinentes e coerentes com os conteúdos

determinados”(BATISTA, 2008).

Os critérios decorrem dos conteúdos, isto é, uma vez selecionados os

conteúdos essenciais que serão sistematizados, cabe ao professor definir os

critérios que serão utilizados para avaliar o conhecimento do aluno, com

encaminhamentos metodológicos diversos como a observação, a intervenção,

a revisão de noções e subjetividades, buscando para isso diversos

instrumentos avaliativos, como provas, debates, trabalhos em grupos, registros

escritos (pesquisa, lições de casa) podem mostrar ao professor como o aluno

expressa seu conhecimento, o grau de entendimento alcançado, e aplicação da

linguagem matemática.

A recuperação paralela ocorrerá sempre que os objetivos propostos não

forem atingidos, paralelamente as aulas e com instrumentos diversificados,

permitindo várias formas de o aluno expor sua aprendizagem e do professor

avaliar seu trabalho. É importante ressaltar que, antes da recuperação será

proporcionado aos alunos momentos de revisão para novos entendimentos e

esclarecimento de dúvidas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PIRES, Célia Caroline &CURI, Edda. Educação matemática, 2002, Atual

Editora, 1ª edição, São Paulo.

GIOVANE, José Rui. Aprendendo matemática, 2002, FTD, 1ª edição, São

Paulo;

PARANA. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de

Matemática para a Educação Básica- Matemática. Curitiba, 2008.

BATISTA, A.M.P. Critérios de avaliação com enfoque no Ensino Médio, OAC.

PDE SEED, 2008.

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VIDIGAL, Ângela & REGO, Carlos Afonso, Matemática e Você, 2002,

Formato, 1ª edição, São Paulo;

DANTE, Luiz Roberto, Matemática, 2004, Editora Ática, 1ª edição, São Paulo.

MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIOFUNDAMENTAÇÃO TEORICA

A Matemática está impregnada na história da humanidade desde seus primórdios, surgindo para suprir as necessidades do cotidiano das primeiras civilizações. Ao longo dos séculos sofreu influências, contribuições e modificações de diversas culturas até atingir o estágio atual, seu estudo ainda encontra-se em processo de construção e está centrado na prática pedagógica da Matemática de forma a envolver-se com as relações entre o conhecimento matemático e a práxis.

A História da Matemática, como campo de estudo, contempla várias dimensões, do conhecimento matemático. Por meio dessa história, encontra-se a oportunidade de compreender a ciência matemática desde sua origem e como disciplina que está

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configurada no currículo escolar, possibilitando ao educando atribuir sentido e significado as ideias matemáticas.

O conhecimento matemático pode ser entendido como uma forma de pensamento a ser desenvolvido nos indivíduos. Constitui-se em um sistema de expressões através do qual podemos organizar, interpretar e dar significado a certos aspectos da realidade que nos rodeia.

A sociedade em que vivemos exige, cada vez mais tomada de decisão e opções feitas responsavelmente. Por isso a Matemática, no mundo das calculadoras sofisticadas, da automação, da informatização, passa a exercer funções mais importantes do que simples técnicas de efetuar operações e medidas. É necessário organizar o pensamento, estruturar dados e informações, fazer previsões para decidir, avaliar riscos quantitativamente, relacionar os conhecimentos e aplicá-los a novas situações.

Pela educação matemática almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulações de ideias.

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

O objeto de estudo da Matemática ainda está em construção, porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações e determinações entre ensino e aprendizagem e conhecimento matemático e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante aprende e se apropria da própria Matemática.

Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos; influenciando na formação do pensamento do aluno.

É preciso formar indivíduos autônomos, completos, dotados de mais ampla capacidade de aprender e aperfeiçoar continuamente seus conhecimentos, nesse contexto a educação matemática no ensino fundamental e médio contribui para a formação do cidadão e de profissionais trabalhadores com domínio da linguagem, para compreensão dos fundamentos das ciências e das novas tecnologias, do pensamento crítico, da capacidade de analisar os problemas, distinguir fatos e consequências; adaptar-se em situações novas da linguagem matemática, saber trabalhar em equipe, ter responsabilidade e disciplina, tanto pessoal quanto social-cultural-econômico.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Direcionar a construção do conhecimento para uma visão histórica em que os conceitos foram apresentados discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano tornando os estudantes críticos, capazes de agir com autonomia matemática desenvolvendo valores e atitudes na sua formação integral e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias.

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e desenvolvimento da capacidade de resolver problemas;

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Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, algébricos, estatísticos, combinatórios, probabilísticos);

Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpreta-las e avaliá-las criticamente;

Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultado, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, com instrumentos tecnológicos disponíveis;

Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre elas e diferentes representações matemáticas.

Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;

Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções;

Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para os problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

1ª ANO

1. NÚMEROS E ÁLGEBRA.

Conjunto dos números reais. Equação e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares.

2. GRANDEZAS E MEDIDAS

Relações métricas no triângulo retângulo.

3. GEOMETRIA

Geometria plana;

4. FUNÇÕES

Função afim; Função quadrática; Função exponencial Função logarítmica Progressão aritmética

5. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

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Matemática financeira, juros simples;

2ª ANO

1. NÚMEROS E ÁLGEBRA.

Conjuntos dos números reais; Matrizes; Determinantes; Sistema lineares;

2. GRANDEZAS E MEDIDAS

Relações trigonométricas no retângulo; Relações trigonométricas na circunferência;

3. GEOMETRIA

Geometria plana;

4. FUNÇÕES

* Progressão geométrica

5. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Matemática financeira, juros compostos; 3ª ANO

1. NÚMEROS E ÁLGEBRA.

Conjuntos dos números reais; Noções de números complexos; Polinômios

2. GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas derivadas, área e volume;

3. GEOMETRIA Geometria plana; Geometria espacial; Geometria analítica; Noções básicas de geometria não-euclidiana;

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4. FUNÇÕES

Função trigonométrica

5. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Análise combinatória; Probabilidade; Binômio de Newton;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Apropriação de um conhecimento mediante a organização de um trabalho escolar, que se inspire e se expresse em articulações entre os conteúdos específicos pertencentes ao mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos pertencentes a conteúdos estruturantes diferentes, de forma que as significações sejam reforçadas, redefinidas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações. Ensinar matemática está vinculado a algumas reflexões onde se encontram apontamentos para o exercício da prática docente nas tendências temáticas e metodológicas que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina matemática, entre elas destacam-se: a) resolução de problemas; b) modelagem matemática; c) etnomatemática; d) história da matemática; e) médias tecnológicas f) investigações matemáticas;

Dentre essas tendências pretende-se: Resgatar os conhecimentos prévios do aluno, demonstrando a aplicação de conhecimentos matemáticos no seu cotidiano. Atividades em grupo estimulando, questionamentos discussões de resultados, aplicabilidade e a convivência. Resultados obtidos pelos grupos serão discutidos com todos os alunos da turma. As contribuições de culturas antigas e o avanço tecnológico sendo fruto da herança cultural de gerações passadas. Calculo de área de figuras planas de contorno curvilíneo usando malha quadriculadas e por meias aproximações. Serão discutidos também os cálculos da área de um circulo, o comprimento da circunferência e o cálculo da área total do cilindro, prismas e pirâmides. Conceitos, ideias, demonstrações e teoremas matemáticos serão explorados a partir de situações problema, ou seja, contextos em que os alunos necessitem desenvolver algum tipo como: elaborar um plano de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia se necessário até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006). Observando alguns aspectos que permitem confiar ou não nos resultados apresentados, como por exemplo, da frequência relativa, conveniência de escalas utilizadas e a fonte. Assim eles terão oportunidade de desenvolver conhecimento para

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poder poder compreender, analisar e apreciar as estatísticas apresentadas pelos meios de comunicação. Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da internet, serão utilizados para favorecer as experimentações matemáticas e potencializando formas de resolução de problemas. Uso de jogos desenvolvendo diferentes habilidades, levando o aluno a compreender regras, elaborar estratégias de ação, identificar regularidades e raciocinar por analogias. O jogo representa um aspecto de relevante desafio, provocando satisfação, interesse e prazer ao aluno. Estimular o uso e a consulta de jornais, revistas, embalagens de produtos de consumo, material de publicidade, entre outros; tendo assim o objetivo de retirar dados e elementos importantes associados aos conteúdos do estudo. Sempre que necessário, deverão ser retomados assuntos que fazem parte dos conhecimentos prévio do aluno. Sendo a escola principal referência aos conhecimentos acumulados pela humanidade ao longo da história, e, sendo hoje, responsável também, pela formação cidadã de seus alunos, não há como deixar de se contemplar na formação escolar os Desafios Contemporâneos,sendo eles : Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal (Portaria 413/2002); Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola; Educação para as Relações Étnicas Raciais; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Escolar Indígena; Gênero e Diversidade Sexual; e Diversidade Educacional ( Inclusão Educacional, Cultura Afro-brasileira e Africana ( Lei nº 10.639/03), Educação Indígena ( Lei nº 11.645), Educação do Campo ( DCE do Campo), História do Paraná ( Lei nº 13.381/01) , os quais serão contemplados dentre os conteúdos de Matemática, abordando-os em sua totalidade de forma contextualizada, através de leitura, imagens, análise de gráficos e tabelas.

AVALIAÇÃO O conhecimento matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente, nesse contexto, a avaliação deve servir como um instrumento de diagnóstico sendo contínua e oferecendo elementos para uma revisão de postura (aluno-professor-conteúdo-metodologia-instrumentos de avaliação). A avaliação deve ainda possibilitar atividades que explicitem os procedimentos adotados e que tenham oportunidade de explicar oralmente ou por escrito as suas afirmações, com encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividades, buscando para isso diversos instrumentos avaliativos, definidos pelo professor junto as suas turmas como provas, debates, trabalhos em grupos, exercícios de avaliação, feito em grupo, onde o professor vai poder acompanhar algumas discussões, explicações e redimensionar seu encaminhamento, registros escritos (testes, lições de casa, pesquisa) podem mostrar ao professor como o aluno expressa seu conhecimento, o grau de entendimento alcançado, e aplicação da linguagem matemática. Elaboração de um plano que possibilite a solução de um problema, se o aluno encontra vários meios para resolução de problemas. Deve ainda contemplar explicações, justificativas e argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas vezes não ficam evidentes nas avaliações escritas.

O professor deve considerar o conhecimento prévio do aluno, decorrentes da sua vivência, de modo que ele consiga relaciona-los com os novos conhecimentos abordados na sala de aula.

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Para ser completa precisa abarcar toda a completa relação do aluno o conhecimento e em que medida o aluno atribui significado ao que aprendeu e consegue materializa-lo em situações que exigem raciocínio matemático, com encaminhamento metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço a interpretação e a discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do aluno. É fundamental o diálogo entre professores e alunos na tomada de decisões, nas questões relativas aos critérios utilizados para se avaliar, na função da avaliação e nas constantes retomadas avaliativas, se necessário.

Haverá a recuperação de estudo sempre que os objetivos propostos não forem atingidos, ela ocorre durante o processo de ensino e aprendizagem de forma contínua utilizando atividades e instrumentos diversificados de acordo com as dificuldades dos alunos visando a apropriação dos conteúdos trabalhados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PIRES, Célia Caroline & CURI, Edda. Educação Matemática, 2002, atual Editora, 1ª edição, São Paulo.

GIOVANE, José Rui. Aprendendo Matemática, 2002, FTD, 1ª edição, São Paulo.

VIDIGAL, Ângela & REGO, Carlos Afonso, Matemática e Você, 2002, formato, 1ª edição, São Paulo.

DANTE, Luiz Roberto, Matemática, 2004, Editora Ática, 1ª edição, São Paulo.

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PPP – Apostilas fornecidas pela SEED e NRE – Textos diversosLDB- Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D'AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre a tradição e a modernidade – 2ª edição. 1ª reimp. - Belo Horizonte: Autêntica, 2005 PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica –

Matemática, SEED/DEB, Curitiba 2008