Matéria ABC Cerrado-1

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Começa projeto para capacitar produtores e técnicos em tecnologias do Plano ABC A assinatura de um acordo de doação de US$ 10,6 milhões pelo Banco Mundial marcou o início do Projeto ABC Cerrado, a ser executado conjuntamente pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa. O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia, Waldyr Stumpf Jr., participou da solenidade realizada no dia 1º na sede do Senar, em Brasília. O Projeto ABC Cerrado tem o objetivo de capacitar produtores rurais e técnicos do bioma nas tecnologias preconizadas pelo Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), para aumentar a área ocupada por sistemas sustentáveis de produção e diminuir a pressão sobre as florestas nativas, contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito estufa. O documento de formalização do acordo foi assinado pelo secretário-executivo do Senar, Daniel Carrara, e pelo coordenador-geral de operações do Banco Mundial no Brasil, Boris Utria. Os recursos do Programa de Investimentos em Florestas (FIP, sigla em inglês) do Banco Mundial serão utilizados pela entidade para capacitação nas tecnologias de baixa emissão de carbono, formação profissional e assessoria em campo. “Para nós é uma satisfação participar desde a gênese desse projeto, que certamente será um marco na agricultura de baixo carbono. O Brasil sai na frente ao oferecer um conjunto de soluções tecnológicas viáveis e ousar investir no produtor rural”, disse Waldyr na cerimônia. Daniel Carrara destacou o processo participativo na construção da iniciativa, e que deve continuar na execução das ações. “É um projeto completo, que vai atuar na formação do produtor, do técnico e ainda oferecer assistência técnica”. Com a assinatura, o projeto entra numa nova fase. A expectativa é que as primeiras ações práticas aconteçam em 2015. De acordo com Marcio Silveira Armando, responsável pelo ABC Cerrado no DTT, a comissão executiva iniciou as reuniões esta semana.

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Começa projeto para capacitar produtores e técnicos em tecnologias do Plano ABC

A assinatura de um acordo de doação de US$ 10,6 milhões pelo Banco Mundial marcou o início do Projeto ABC Cerrado, a ser executado conjuntamente pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa. O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia, Waldyr Stumpf Jr., participou da solenidade realizada no dia 1º na sede do Senar, em Brasília.

O Projeto ABC Cerrado tem o objetivo de capacitar produtores rurais e técnicos do bioma nas tecnologias preconizadas pelo Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), para aumentar a área ocupada por sistemas sustentáveis de produção e diminuir a pressão sobre as florestas nativas, contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

O documento de formalização do acordo foi assinado pelo secretário-executivo do Senar, Daniel Carrara, e pelo coordenador-geral de operações do Banco Mundial no Brasil, Boris Utria. Os recursos do Programa de Investimentos em Florestas (FIP, sigla em inglês) do Banco Mundial serão utilizados pela entidade para capacitação nas tecnologias de baixa emissão de carbono, formação profissional e assessoria em campo.

“Para nós é uma satisfação participar desde a gênese desse projeto, que certamente será um marco na agricultura de baixo carbono. O Brasil sai na frente ao oferecer um conjunto de soluções tecnológicas viáveis e ousar investir no produtor rural”, disse Waldyr na cerimônia. Daniel Carrara destacou o processo participativo na construção da iniciativa, e que deve continuar na execução das ações. “É um projeto completo, que vai atuar na formação do produtor, do técnico e ainda oferecer assistência técnica”.

Com a assinatura, o projeto entra numa nova fase. A expectativa é que as primeiras ações práticas aconteçam em 2015. De acordo com Marcio Silveira Armando, responsável pelo ABC Cerrado no DTT, a comissão executiva iniciou as reuniões esta semana.

As capacitações se concentrarão em quatro tecnologias do Plano ABC: recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), sistema de plantio direto e florestas plantadas. A expectativa é atingir cerca de 10 mil pessoas em três anos em nove Estados: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Destes, em torno de 6.500 devem ser produtores. Considerando uma média de 300 hectares por propriedade, a equipe do projeto estima que as tecnologias do Plano ABC podem chegar a 500 mil hectares, se houver uma taxa de adoção de 25%.

O Projeto na Embrapa

A Embrapa dará o suporte técnico, fornecerá os conteúdos das capacitações e monitorará as avaliações das mesmas. Segundo Fernando Amaral, Chefe do DTT, a coordenação técnica ficará sob responsabilidade da Embrapa Cerrados cabendo ao DTT um papel mais estratégico no apoio à consecução das atividades, principalmente na relação com as unidades envolvidas, e nas tratativas com o Senar. “Tanto o DTT quanto a Embrapa Cerrados farão parte do Comitê Gestor do Projeto” pontuou Fernando.

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A gestão do projeto na Empresa será compartilhada entre o DTT, que cuida das relações com as Unidades, e a Embrapa Cerrado, que centraliza a parte técnica.

Quinze Unidades Descentralizadas com trabalhos relacionados ao bioma Cerrado participarão do projeto. No dia 11 de agosto será realizada uma primeira videoconferência com as equipes de TT e pesquisadores envolvidos. “Será uma oportunidade de começar a organizar a divisão de tarefas e chamar todos a participar”, explica Marcio Armando.

Em seguida será realizado um seminário presencial com o Senar em setembro para aprofundar os detalhes da execução. A data ainda não foi definida.