Material Complementar Introdu o Ao Curso 1

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Olá! Quando o assunto é maquiagem encontramos de tudo um pouco, inclusive pela internet, porém muitas coisas importantes ainda podem auxiliar nesta arte milenar. Então, lembrese da importância de pesquisar fontes diferentes de conhecimento, pois isso sempre o ajudará a ser um profissional seguro e também sensato. Neste material pretendo esclarecer você sobre os principais tópicos que fazem deste curso um diferencial.

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Olá!

Quando o assunto é maquiagemencontramos de tudo um pouco,inclusive pela internet, porémmuitas coisas importantes aindapodem auxiliar nesta arte milenar.

Então, lembre-­‐se da importância de pesquisar fontesdiferentes de conhecimento, pois isso sempre o ajudaráa ser um profissional seguro e também sensato.

Neste material pretendo esclarecer você sobre osprincipais tópicos que fazemdeste curso um diferencial.

 

 

 

 

 

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Ambientação

 

Este curso está voltado para profissionais da área de beleza e estética, que buscamnovos conhecimentos e/ou atualização. Muitos profissionais já estão inseridos nomercado, realizando trabalhos maravilhosos e, por isso, não dispõem de tempo parafazer cursos presenciais que, em média, têm uma semana de duração.

Mas, como deixar de lado os iniciantes, que estão começando a carreira por talentonato e por inspiração e que, muitas vezes, têm outras profissões paralelas oudiferentes fontes de renda? Não dá pra largar o trabalho e, de repente, se aventurarem outra profissão sem criar uma situação para isso, não é mesmo?

Quando iniciei a educação superior, assumindo a disciplina de maquiagem, pudeamadurecer muitas questões profissionais, afinal estava ligada aos temas relacionadosà Estéticae Cosmética, que se combinavam ao universo do maquiador.

Hoje o número de maquiadores é muito grande, o que se difere às décadas de 1980 esuas precedentes. O mercado da beleza cresce em larga escala, sendo a profissão demaquiador uma das que mais se destacampor causa da sua considerável ascensão.

Dos conhecimentos adquiridos nessa experiência surgiu, então, a vontade de criar umcurso que falasse de conteúdos importantes que ficaram à margem em muitosoutros...

 

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Como  era  antigamente  ...

Para você que está começando agora esse tema pode não fazer sentido, mas paraaqueles que já estão na área, “antigamente” já se trata da década de 1990, que foiquase ontem...

De lá pra cá muitas coisas sobre maquiagem mudaram. BB cream não era nemimaginado e os biominerais estavam nos laboratórios sendo testados. Um maquiadornão precisava saber o que é côncavo, mas já tinha que saber esfumar.

Não vou pontuar tudo que mudou, porque várias mudanças aconteceram de modosilencioso,de acordo com os costumes e modismos que foram acontecendo.

Mas foi desse “modismo”, das “tendências” no sai inverno -­‐ entra primavera quecoloquei na pauta dos meus trabalhos dois conteúdos que valeram a pena:

COLORIMETRIAe

RECONHECIMENTO    DE    PERSONALIDADE  

 

Colorimetria

A cada modelo étnico farei as sugestões, por se relacionar com o tom da pele. Adiantoque as cores precisam contrastar e, ao mesmo tempo, harmonizar. Por isso éimportante!

Reconhecimento de personalidade

De modo geral, até 1980 havia um padrão de maquiagem que era seguido. Este“padrão” geralmente estava atrelado às novelas ou às atrizes de cinema americano.

Mas, se a pessoa tem um jeito tímido ela não ficará bem usando uma maquiagem à LaViúva Porcina (Regina Duarte, em Roque Santeiro).

Me lembro de uma vez acontecer da minha mãe voltar de um salão de beleza, inclusiverenomado. A visão que tive foi chocante – “Não era a minha mãe”, era umaassombração pálida e ao mesmo tempo escura. A maquiagem não estava adequadaporque ela pertence a um signo de fogo, com temperamento marcante, e tem umapersonalidade muito ativa. A maquiagem precisa manter essa conexão com a pessoa,senão desfigura e ninguém reconhece. E isso é uma visão moderna.

Então, vamos a um resumo que auxilia no atendimento em salões e afins, lembrandoque nosso tempo para “reconhecimento”é curto...

 

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A pessoa que procura nosso atendimento começa a dar dicas ao marcar amaquiagem, ainda pelo telefone. Mas, supondo que num salão outra pessoa faráessamarcação é apenas ao chegar lá que sua clientedará seus “sinais”.

Então, observe:

-­‐ Modo como anda até a cadeira-­‐ Modo como fala do evento que participará-­‐ Modo como se dirige a você enquanto explica os detalhes-­‐ Acessórios que serão utilizados-­‐ Roupa que será utilizada-­‐ Cabelos (se fará penteado ou deixará ao natural)

O ideal é que estas observações acompanhem a etapa da Pré-­‐maquiagem para quevocê não perca muito tempo “analisando”.

E, detalhe: não é sessão de psicanálise. Não precisamos entender de Psicologia(embora ajude bastante). Essa leitura é para auxiliar você numa escolha sensata demisturas, que pode contribuir para um trabalho harmonioso, uma vez que respeitaos elementosque estão no “conjuntoda obra”.

 

Vejamos a tipologia:

ClienteNormal– aquele que ouve com naturalidade, pensa, pondera e decide;

Cliente Grosseiro – aquele que em geral é agressivo, briga e discute, expõe suasopiniões, fala alto e é muito sensível;

Cliente Sabe Tudo – aquele que é crítico, autosuficiente, vaidoso e julga-­‐se maisimportanteque os outros, sendo esnobe e não aceitando opiniões;

Cliente Falador – aquele que é simples, espontâneo, aplica uma conversa agradável efala muito tornando difícil intercepta-­‐loem interromper;

Cliente Calado e/ou Tímido – aquele que é acanhado e fala baixo, apresentando-­‐seindeciso, pouco se manifesta temendo tomar decisões e possui dúvidas sobre tudoque se questiona. (¥ 1)

Mas  um  autor,  em  especial,  pode  contribuir  com  outros  detalhes,  se  consideramos  os  temperamentos.

 

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Philip Hallawell (¥ 2) , autor de Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza etambém Visagismo: harmonia e estética, leituras que recomendo a todos. Ele faz aanálise e explica. Eu apenas passo esse resumo para você:

Melancólico:  transmite  calma  e  organização;  Fleumático:  transmite  segurança  e  harmonia;Sanguíneo:  transmite  alegria  e  entusiasmo;Colérico:  transmite  coragem  e  determinação.

 

Bibliografias de apoio para Identificação de cliente

¥ 1 -­‐ FORMA-­‐TE. Tipos de clientes e como atende-­‐los. Forma-­‐te, 2010. Disponível em:<http://www.forma-­‐te.com/.../3435-­‐tipos-­‐de-­‐clientes-­‐e-­‐como-­‐atende-­‐los.html >. Acesso em:jun. 2010.

¥ 2 -­‐ HALLAWELL, Philip. Visagismo: harmonia e estética. São Paulo: Editora SENAC, 2008.

Pronto! Já temos alguns limites para nosso trabalho e também algumas fontes deinspiração.

Se a cliente for do tipo “Melancólica”, provavelmente se enquadra no tipo “Clientenormal” e, portanto, os acompanhamentos como roupas e acessórios refletirão aserenidadeque lhe é peculiar.

Porém, a Melancólica pode desejar uma produção Sanguínea. O que fazer?Misture tudo e coloque meio a meio de cada informação, realizando uma produção debom senso e com a sua marca pessoal.

Devagar fui criando minha leitura sobre as clientes e posso garantir que a qualidade domeu trabalhomudou -­‐ e muito -­‐ depois que harmonizei as informações.Experimente!

 

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Leitura  Facial  Compreendendo    as    partes    e    os    contornos    de    rosto

Imagem  disponível  em:  http://boaforma.abril.com.br/beleza/rosto-­‐corpo/maquinas-­‐poderosas-­‐tratam-­‐rosto-­‐corpo-­‐699729.shtml  

 

Topo    da    testa

Lateral    da    testa Centro    da    testa

Zigomático Lateral    do    narizAba    do    nariz

Dorso    do    nariz

Base    do    narizLateral    mandibular

Lateral    do    queixo Topo    ou    centro  do    queixoBase    do    queixo

Laterais  temporais

Laterais  temporais

Região  submandibular

Pescoço

Partes  do  rosto

Base  do  pescoço

1

2

 

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SobrancelhaSupercílio

CôncavoParte  móvel

Partes  dos  olhos    -­‐ leitura  vertical

Linha  dos  cílios  superioresLinha  d’água Linha  dos  cílios  inferiores

Pálpebra  superior

Pálpebra  inferior

Partes  dos  olhos    -­‐ leitura  horizontal

Canto  interno

Centro

Canto  externo

3

3

 

Contornos  faciais

Para compreender o contornofacial é importante pensar nalargura, na altura do rosto, masprincipalmentenas laterais.

A largura deve ser referenciadapela parte mais larga do rosto,que no caso deste exemplo ficana região do zigomático.

No caso da altura mede-­‐seentre topo da testa e regiãomandibular, conforme imagemao lado.

Vejamos alguns exemplos ...

5

 

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6

Contorno  retangular

Gwyneth Paltrow apresenta ascaracterísticas de um rostoretangular.

Contorno reconhecido pelasquinas nas laterais de testa enas laterais da mandíbula.

Observe que o rosto é maislongo que largo.

 

Contorno  quadrado

Alinne Moraes apresentacaracterísticas de um rostoquadrado.

Contorno reconhecido pelasquinas nas laterais de testa enas laterais da mandíbula.

Observe que o rosto temaltura semelhanteà largura.

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Contorno  hexagonal

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Kirsten Dunst apresentacaracterísticas de um rostohexagonal.

Contorno reconhecido pelainclinação nas laterais detesta, alinhamento entrelaterais temporais/maxilar ena altura da mandíbulainclina novamente.

Observe que o rosto temaltura semelhante à largura,porém pode ser mais longoque largo.

 

Contorno  losangular9

Camila Pitanga apresentaas características do rostolosangular.

Contorno reconhecidopela inclinação do rosto.

Lateral de testa maisestreita que o zigomático,estreitando novamentena região das lateraismandibulares.

Pode ser mais longo oumais largo.

 

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Contorno  triangular10

Anne Hathaway apresenta ascaracterísticas de um rostotriangular.

Contorno reconhecido pelainclinação sendo a regiãomandibular a parte mais largado rosto.

Laterais de testa e regiãozigomática mais estreitas que alateral da mandíbula.

Pode ser mais longo ou maislargo.

 

Contorno  triangularinvertido

Scarlett Johansson apresenta ascaracterísticas de um rostotriangular invertido.

Contorno reconhecido pelainclinação sendo a região daslaterais de testa a parte maislarga do rosto, estreitando nalateralmandibular.

Tende a ser mais longo quelargo.

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Contorno  redondo

Isis Valverde apresenta ascaracterísticas de rostoredondo, quebrando avelha noção de que esterosto é das “gordinhas”.

Contorno reconhecidopelas laterais de rostoarredondadas, semapresentarquinas.

Largura e altura sãoproporcionais.

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Contorno  oval

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Leandra Leal apresenta ascaracterísticas de rostooval, que é consideradoreferencial ou “universal,pois não apresenta quinase obedece a anatomiahumanamais equilibrada.

Este contorno pode serreconhecido porque aslaterais do rostoarredondam suavemente,estreitandono queixo.

É mais longo que largo.

 

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Fontes  das  imagens

Imagem  1  -­‐ http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/09/voce_ag/vida/4290-­‐acabe-­‐com-­‐a-­‐flacidez-­‐embaixo-­‐do-­‐queixo.html

Imagem  2  -­‐ http://lindamulherbycamilasilverio.blogspot.com.br/2013/02/dicas-­‐para-­‐disfarcar-­‐as-­‐imperfeicoes.html

Imagem  3  e  4  -­‐ não  disponível

Imagem  5  -­‐ http://lindamulherbycamilasilverio.blogspot.com.br/2013/02/dicas-­‐para-­‐disfarcar-­‐as-­‐imperfeicoes.html

Imagem  6  -­‐ http://www.justjared.com/photo-­‐gallery/42461/gwyneth-­‐paltrow-­‐babel-­‐03/

Imagem  7  -­‐ http://vipnovelas.blogspot.com.br/2013/01/alinne-­‐moraes-­‐maravilhosa-­‐em-­‐tudo.html

Imagem  8  -­‐ http://www.hdofblog.com/tag/kirsten-­‐dunst/

Imagem  9  -­‐ http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/variedades/noticia/2012/09/filmes-­‐brasileiros-­‐premiados-­‐no-­‐primeiro-­‐festival-­‐unasul-­‐3894650.html

Imagem  10  -­‐ http://itbeauty.com.br/2012/12/14/um-­‐olhar-­‐sobre-­‐o-­‐corte-­‐joaozinho-­‐de-­‐anne-­‐hathaway/anne-­‐hathaway-­‐1-­‐300x400/

Imagem  11  -­‐ http://www.therichest.org/celebrity-­‐beauty-­‐2/sexiest-­‐women-­‐in-­‐the-­‐world-­‐2013/

Imagem  12  -­‐ http://www.maquiagem.art.br/maquiagem-­‐colorida-­‐da-­‐isis-­‐valverde/

Imagem  13  -­‐ http://fotos.noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2012/09/06/confira-­‐a-­‐trajetoria-­‐de-­‐leandra-­‐leal.htm

 

 

Observação  dos  olhos  para  equilíbrio  visagista

A  medida  entre  olhos  maior que  a  medida  do  olho  =  olhos  afastados

A  medida  entre  olhos  menor  que a  medida  do  olho  =  olhos  juntos

A  medida  entre  olhos  proporcional à  medida  do  olho  =    olhos  equilibrados  

Composição  do  rosto

 

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Identificar se os olhos da cliente são afastados, equilibrados ou próximos é ocomeço da definição das cores e dos traçados que serão utilizados naprodução.

O que fazer na maquiagem?

Em olhos afastados podemos provocar a sensação de aproximação através doescurecimento no início das sobrancelhas, pequeno traço no canto internodos olhos e o escurecimento do côncavo na parte interna ou ainda oescurecimento das laterais do nariz.

Em olhos equilibrados temos mais liberdade, pois não precisamos “juntar”nem “separar”.

Em olhos próximos podemos provocar a sensação de afastamento através doclareamento do canto interno dos olhos ou sua iluminação apenas. Éimportante considerar outros modelos específicos e mais comuns de olhos,que virão a seguir...

 

OLHOS FUNDOS -­‐

A região do supercílio sobrepõe-­‐se ao côncavoe o canto interno é escuro.

OLHOS INVERTIDOSOU INCHADOS -­‐

A pálpebra inferior apresenta inchaço,normalmente desproporcional à pálpebrasuperior.

OLHOS COM PÁLPEBRASCAÍDAS -­‐

No canto externo do supercílio a pele apresentaconsiderável flacidez, provocando a sensação de“depressão”do olhar. O côncavo torna-­‐se imperceptível.

OLHOS  SALTADOS  -­‐

Pálpebras  inferior  e  superior  proeminentes.

 

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OLHOS CAÍDOS -­‐

Independente da flacidez de pálpebra, o canto internodos olhos apresenta-­‐se superior ao canto externo.

OLHOS PEQUENOSE REDONDOS -­‐

Canto interno e externo encontram-­‐searredondandoo olhar.

OLHOS AMENDOADOS-­‐

Podem ser pequenos ou grandes. O canto internoapresenta-­‐se inferior ao externo, provocando umformato ascendente.

OLHOS RASOSOU ORIENTAIS -­‐

A parte móvel da pálpebra quase desaparece com osolhos abertos. O supercílio é plano, ou seja, nãoapresenta curva e o côncavo fica imperceptível.

 

A primeira coisa a ser identificadaé a proximidade dos olhos.

Em seguida, os demais tipos de olhos vão nortear a composição da maquiagem...

São trêsmodelos básicos de esfumados para disfarçar ou realçar.

1. Esfumado Vertical:

a sombra mais escura pode ser aplicada na partemóvel, a intermediária no côncavo e a mais clara nosupercílio. Isto dará um efeito conhecido como dégradéna pálpebra superior, como mostra o exemplo ao lado.

2. Esfumado Horizontal:

a sombra mais escura pode ser aplicada no cantoexterno, a intermediária no centro e a mais clara nocanto interno. Isto dará um efeito conhecido comodégradé na pálpebra superior, como mostra o exemploao lado.

 

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3. Marcação de côncavo:

a sombra mais escura pode ser aplicada no côncavo de diversas formas e a maisclara na parte móvel e no supercílio. Isto dará um efeito conhecido comodégradéde profundidade na pálpebra superior, comomostramos exemplos.

 

A  “marcação”  de  côncavo  é  o  grande  coringa  que  realça  qualquer  olhar.  Porém,  para  cada  tipo  de  olho  existe  uma  marcação  ideal...

Omodelo A é adequado para quem tem olhos afastados...Na verdade, não se aplica para quem tem olhos próximos ou fundos.

Omodelo B é uma clássico, e foi muito usado por MarilynMonroe.Na verdade, não se aplica para quem tem olhos afastados, invertidos etambémos olhos saltados .

O modelo C é um clássico contemporâneo, oferecendo destaque aos cíliosque, semelhante ao modelo B, suspende olhos caídos, realça olhospequenos e alivia a profundidade dos olhos fundos.

As composições podem receber cores diferenciadas. Os modelos colocadosnestematerial são comuns de vermos nas produções de maquiagematuais.

ATIVIDADE  DE  FIXAÇÃO    -­‐ PARA  ADEQUAÇÃO  DO  ESFUMADO  DE  OLHOS

Anne Hathaway, Penélope Cruz, Débora Secco, Sophia Loren, Lucy Liu, GiseleBündchen, Cameron Diaz e Juliana Paes possuem características diferentes. Procureidentificar qual modelo de esfumado se adéqua para cada personalidade citada acima.

 

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NARIZ

Observação  para  equilíbrio  visagista

O nariz está no centro do rosto. Necessita de harmonia, porém a correção emmaquiagem deverá ser bem sutil, pois a realidade em salão de beleza e noscentros estéticos nos mostra que as correções intensas não se aplicam, sendosomente indicadas para produções de foto e de vídeo.

Quando  se  trata  de  maquiagem  social,  ou  seja,  para  eventos  sociais,  menos  é  mais.

Para saber se é pequeno ou grande deve-­‐se observar as dimensões do rosto como um todo!

Vamos aos formatos mais comuns e suas características:

Chato  ou  largo:  possui  dorso  baixo  e,  geralmente,  abas  largas  ou  abertas.Estreito  ou  fino:  o  dorso  é  alto  e  proeminente  e,  geralmente  as  abas  são  fechadas.Arrebitado:  dorso  alonga  até  a  ponta  do  nariz,  ou  seja,  no  topo  suspende.Irregular  ou  desviado:  o  dorso  não  é  reto  e  as  abas  são  diferentes  uma  da  outra.

 

Chato ou largo: por suas características, deve-­‐se escurecer a lateral do nariz e iluminar odorso.Na vídeo-­‐aula de pele negra encontra-­‐sedemonstração

Estreito ou fino: somente alteramos esteformato se ele for muito alongado em relaçãoao rosto. Para provocar sensação dediminuição escurecemos a base e um poucoda ponta do nariz.

Irregular ou desviado: seja no dorso, nas abas,nas laterais do nariz e na sua base, este narizprecisa ser escurecido onde a irregularidaderealça.Na vídeo-­‐aula de RUIVAS há exemplo dessacamuflagem.

 

 

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LÁBIOS

Observação  para  equilíbrio  visagista

Os  lábios  somente  necessitam  de  correção  quando  apresentam  irregularidades  entre  o  superior  e  o  inferior,  ou  quando  apresentam  formação  de  sulcos,  que  são  aquelas  linhas  que  atravessam  o  contorno  labial  natural.

Vamos  desmembrar  as  partes  dos  lábios,  rapidamente...

Canto  externoCanto  externo

“biquinho”  ou    vinco

Contorno  inferior

esquerda direita

Sulcos  labiais

Contorno  superior  

 

 

1.  GROSSOS  E  CARNUDOS:    são  volumosos  e  destacam-­‐se  nas  proporções  do  resto  do  rosto.

2.  PEQUENOS  E  CARNUDOS:  são  volumosos,  mas  não  são  os  que  mais  se  destacam  no  rosto.  

3.  FINOS:  quando  a  pessoa  sorri  os  lábios  praticamente  “desaparecem”.

4.  CAÍDOS:  os  cantos  externos  se  encontram  caídos,  ou  em  “depressão”.

5.  DESIGUAIS:  inferior  ou  superior  mais  fino  ou  mais  grosso.

6.  SEM  CONTORNO:  não  formam  o  “biquinho”  no  lábio  superior.  

7.  ENRUGADOS:  formação  de  sulcos  no  contorno  labial.  

2 6

15

4

3

7

 

 

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QUEIXO

Observação  para  equilíbrio  visagista

O queixo faz parte do contorno inferior do rosto. Embora não entre na leiturafacial dos contorno (conforme visto anteriormente), ele influencia na sensaçãode rostos longos ou curtos, de acordo com sua formação. A alteração dele emmaquiagem também deve ser bastante sutil para não oferecer aspecto desujidade ao rosto, quando se trata de escurecimento para sua diminuição.

Vamos  desmembrar  os  tipos  de    queixo  mais  comuns...

Observe  que  ele  está  relacionado  à  mandíbula,  então  sempre  procure  identifica-­‐lo  neste  contexto.  O  que  os  exemplos  abaixo  lhe  parecem?

 

Se  o  primeiro parece  ter  pontas  nas  laterais  podemos  identifica-­‐lo  como

QUADRADO

Se  o  segundo parece  avançado  para  a  frente  podemos  identifica-­‐lo  como

PROEMINENTE

Se  o  terceiro parece  recuado  em  relação  ao  rosto  podemos  identifica-­‐lo  como

PEQUENO  ou  CURTO

E  se  o  último parece  ter  um  inchaço  na  região  submandibular  identificamos  como

DUPLO

CORREÇÕES

Para  altera-­‐los  devemos  escurecer  as  pontas  do  quadrado,  e  também  o  topo  do  proeminente.Para  o  queixo  pequeno   iluminamos  ou  passamos  base  mais  clara  no  topo,  tentando  “avança-­‐los”.Para  o  duplo  vamos  escurecer  a  região  submandibular  com  base  ou  pó  compacto  mais  escuro  .

 

 

 

 

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REFERENCIAIS  TEÓRICOS

BEZERRA,  Sandra  Vasconcelos.  Guia  de  produtos  cosméticos.  São  Paulo:  Ed.  SENAC,  2001.  CEZIMBRA,  Marcia.  Maquiagem:  técnicas  básicas,  serviços  profissionais  e  mercado  de  trabalho.  Rio  de  Janeiro:  Senac Nacional,  2005.HALLAWELL,  Philip.  Visagismo:  Harmonia  e  estética.  São  Paulo:  Editora  SENAC,  2003.MOLINOS,  Duda.  Maquiagem  /  Duda  Molinos ?  7ª  ed.  ?  São  Paulo:  Editora  Senac São  Paulo,  2004.TRINKA,  Cláudia  Monteiro.  FONTES,  Edgar  Leonel  Carballo.  Imagem  pessoal:  visagismo.  Canoas:  Ed.  ULBRA,  2010.VITA,  Ana  Carlota  Regis.  História  da  Maquiagem,  da  Cosmética  e  do  Penteado:  Em  busca  da  perfeição.  Anhembi-­‐Morumbi,  1ª  ed,  2008.ZUANETTI,  Rose.  Salão  de  beleza:  maquiagem.  Rio  de  Janeiro:  Ed.  Senac Nacional,  2000.  

E,  claro,  tudo  que  aprendi  nas  experimentações,  ao  longo  dos  20  anos  em  Maquiagem!

Porque  a  evolução  da  leitura  facial  aconteceu?

Culpa das “divas”.É isso aí!Da evolução da fotografia aconteceu a evolução cinematográfica.Com o advento do cinema, a imagem feminina começou a receber o que costumochamar de “marcas de associação”.

“Ela  parece  com  a  Audrey”  – “Ela  estava  vestida  como  a  Marilyn”

Sem exagerar, vejamos algumas marcas que estão mencionadas na vídeo-­‐aula, e queilustram, resumidamente,nossa noção de beleza contemporânea...

 

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http://www.infoescola.com/civilizacao-­‐egipcia/cleopatra/

Observe a imagem ao lado

Como não pensar na Cleópatra ?

Pois é ela que puxa o carro da beleza, dos cuidadosestéticos, da vaidade e de tudo que se relaciona àautoestima feminina, até nos dias de hoje.

Pense em Amy Winehouse...A delineação, exageradamente negra, marcando osolhos são uma leitura pós-­‐moderna de uma mulherque quer ser vista como “poderosa”?

http://meuolharfeminino.blogspot.com.br/2011/07/fotos-­‐de-­‐amy-­‐winehouse.html  

Mas, indo em busca das nossas raízes culturais,deflagramos um momento de “abstração” da belezafeminina, que aconteceu séculos depois de Cleópatra:

A VirgemMaria

Personagem marcante da nossa cultura cristã, carregaconsigo a noção de beleza naturalizada, sem artifícios,pois é bela pela “natureza”. Ela transmite serenidade,equilíbrio e afetividade em sua imagem sagrada.

Essa noção se perdurou por séculos – até a revoluçãorenascentista -­‐ e, ainda hoje, interfere na nossaconcepção de beleza...

http://brasilfranciscano.blogspot.com.br/2011/02/maria-­‐na-­‐idade-­‐media.html

http://www.verdinhobasico.com.br/?p=3143  

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Eis o Renascimento

Veja que a concepção de beleza natural aindapermeia a cultura, mas com uma mudança quechamaria de fundamental:

A beleza feminina não é Maria e sim umapessoa

Com Leonardo da Vinci, Monalisa torna-­‐semarca da mudança que ocorre na arte emrelação à pintura da VirgemMaria.

Veja que um sorriso discreto é a fonte sedutoradesta pintura, arrebatando a todos que visitamhoje o Museu do Louvre, em Paris.

http://www.sabercultural.com/template/obrasCelebres/LeonardoDaVinciMonaLisa.html

http://revistashape.uol.com.br/component/content/935/materia/herpes-­‐zoster-­‐saiba-­‐mais  

Do Cientificismo ao Iluminismo aconteceram diversasmudanças, tanto em âmbito social como fortemente emtermos de conhecimentoe economia.

Madame Pompadour, a grande revolucionária daconcepção de vaidade feminina, e não exatamentebeleza, é um referencial substancial do século XVIII.

Com uma história controversa e cheia de melindres,fazia-­‐se notar pelo exagero de vaidade, num momentoem que o poder social associava-­‐se ao exibicionismo,não importando o pensamento dos demais. Importanteera chocar e pasmar a todos.

Aqui Meryl Streep é lembrada em seu papel exibicionistae tirano, que abusa do poderio, em “O diabo vestePrada”.

http://www.territoriomasculino.com.br/2012/03/12/perfil-­‐meryl-­‐streep/

http://parisapartment.wordpress.com/2006/11/05/madame-­‐pompadour/madame-­‐de-­‐pompadour/

 

Page 23: Material Complementar Introdu o Ao Curso 1

Em Delacroix, começamos a notarque os personagens se misturam ecomeça a acontecer a presença daexistência feminina negra na arte,embora ainda marginalizada pelaescravidão.

Observe como os estilos de belezasiniciamo processo de identidade.

Cada personagem tem uma posturae uma função diferente em nossaleitura visual...

Mulheres de Argel – Delacroix – 1834

http://l-­‐influenze.blogspot.com.br/2012/04/diferentes-­‐mulheres-­‐diferentes-­‐looks.html

 

“Helena Rubinstein em torno de 1910inventa um creme para a pele – Valaze –no fim do século XIX, que ela completacom uma série de produtos de beleza.Os cuidados do corpo se combinam aoscuidados do rosto, com ‘duchaescocesa’, ‘massagens’, ‘eletrólise’ e‘hidroterapia’. Os institutos HelenaRubinstein estabeleceram um modelointernacional nos anos 1910. Surge,então a ‘esteticista’, ausente ainda dosdicionários do início do século, mas comfunção já pré-­‐determinada pelosinstitutos.”

Vigarello, em poucas palavras, resumea marca Rubinstein. E você percebecomo o mercado da vaidade e daautoestimavem pra ficar...

http://hprints.com/Helena_Rubinstein_1921_Gazette_du_Bon_Ton_Valaze-­‐7799.html

 

Page 24: Material Complementar Introdu o Ao Curso 1

Mais  tarde,  as  criações  de  Max  Factor para  nós,  maquiadores...

“Ele fez história ajudando a forjar a imagem de atrizescomo Clara Bow, Jean Harlow, Katharine Hepburn, RitaHayworth, Bette Davis e Claudette Colbert, entre outras.Enfim: ele criou as divas. Nos anos de 1920 começou avender seus produtos para o grande público, consolidandoas bases da indústria da beleza.Max foi o primeiro a usar o termo ‘make-­‐up’ e a aplicar oconceito da harmonia de cores, criando maquiagensespecíficas para combinar com os tons de pele, com oscabelo e olhos das mulheres. Ele teria sido também oprimeiro profissional de make-­‐up para imagens emmovimento (1914) e o primeiro a produzir cílios postiços,gloss (1930), Pan Cake (1937), lápis de sobrancelha, dandosubsídios para o Pan Stik (1948), o corretivo (1954), amáscara com aplicador em bastão e a maquiagem à provad’água (1971).Para a produção do filme ‘Ben Hur’, ele e sua equipeproduziram mais de 2.200 litros de maquiagem azeitonadapara combinar com o exército de pálidos já filmados naItália.Ao morrer em 1938, Max Factor deixou um legado deinovação e glamour, além de uma certeza: depois dele, asmulheres nunca mais seriam as mesmas.” (JOHN UPDIKE,escritor. Este texto foi publicado na "New Yorker". Trad. deLuiz Roberto Mendes Gonçalves.) http://www.cosmeticsandskin.com/bcb/cake.php

 

Referencial  bibliográfico

VIGARELLO,  G.  Trad.:  Léo  Schlafman.  História  da  beleza:  o  corpo  e  arte  de  se  embelezar,  do  renascimento  aos  dias  de  hoje.  Rio  de  Janeiro:  Ediouro,  2006.

VITA,  Ana  Carlota  Regis.  História  da  maquiagem,  da  cosmética  e  do  penteado:  em  busca  da  perfeição.  São  Paulo:  Anhembi-­‐Morumbi,  2008.