Material didatico

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Projeto Interdisciplinar “As artes visuais da tribo Kaxinawá na Escola Delzuite Barroso” Disciplina: Projeto Interdisciplinar de Ensino Aprendizagem 2 – UAB1/UnB Autora: Antonia Elissandra do Nascimento Aragão

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Projeto Interdisciplinar “As artes visuais da tribo

Kaxinawá na Escola Delzuite Barroso”

Disciplina: Projeto Interdisciplinar de Ensino Aprendizagem 2 – UAB1/UnB

Autora: Antonia Elissandra do Nascimento Aragão

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Historia

Os Kaxinawá constituem a população indígena mais numerosa do Acre, com cerca de quatro mil habitantes distribuídos em doze terras indígenas, situadas nos rios Purus, Envira, Tarauacá, Jordão, Murú, Humaitá e Breu.

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Os primeiros relatos de contatos com viajantes consideram que os rios Murú, Humaitá e Iboaçu, afluentes do Envira, que por sua vez é afluente do rio Juruá, como região de origem dos Kaxinawá. Desde o século XVII, colonizadores já realizavam incursões nessas regiões em busca de escravos. No fim do século XIX, as invasões tornaram-se freqüentes em decorrência da exploração da borracha, intensificando-se no começo do século XX, trazendo mudanças de costumes, doenças e, consequentemente, conflitos.

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Alguns grupos decidiram ao longo dos anos permanecerem reclusos na mata virgem, isolados do contato com o “homem branco”, enquanto outros acabaram usufruindo deste contanto e utilizando recursos como machados e espingardas no seu dia-a-dia. As atividades produtivas giram em torno da caça e pesca, do plantio e da colheita. Plantam banana, mandioca, feijão, amendoim e algodão em roçados. A caça é realizada exclusivamente pelo homem, sendo aprendida desde a infância, e cercada de técnicas e rituais, como observar os hábitos de cada tipo de animal, reconhecer seus rastros e imitar seus sons. A pesca é feita tanto por homens quanto mulheres, usando principalmente o timbó, cipó venenoso, que quando diluído na água, mata os peixes e faz com que saltem na superfície, tornando mais fácil capturá-los.

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Artes

A arte Kaxinawa gira em torno do Kene Kuin, estilo de desenho que, utilizando tinta de jenipapo, adorna os corpos dos membros da comunidade em datas festivas. Esse tipo de pintura também é aplicado em objetos do uso cotidiano, como cestos e esteiras.

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O Kene Kuin, desenho verdadeiro

é uma marca importante da identidade Kaxinawá. Os povos vizinhos (Kulina, Yaminawa, Kampa) não têm um estilo de desenho comparável ao kene kuin. Para os Kaxinawá o desenho é um elemento crucial na beleza da pessoa e das coisas.

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O estilo do kene kuin contém uma variedade de motivos que têm nomes. Quando um motivo tem dois ou mais nomes, isto geralmente se deve à ambigüidade, típica do estilo Kaxinawá, entre fundo e figura. Os mesmos motivos, ou desenhos básicos, usados na pintura facial, são encontrados na pintura corporal, na cerâmica, na tecelagem, na cestaria e na pintura dos banquinhos.

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Em contraste com o que ocorre na tecelagem, a unicidade na pintura corporal ou facial não é de difícil obtenção; surge a partir do suporte, assim como do estilo da mão que pinta: cada face refletirá o mesmo padrão diferentemente, e a superfície complexa força o desenho a adaptar seus ângulos em curvas, acompanhando o relevo do corpo pintado. Dessa maneira, o desafio da pintura corporal ou facial não reside tanto no detalhe assimétrico (que, no entanto, aparece), mas na habilidade em cobrir a superfície irregular sem que se percam a coerência do desenho e a regularidade da distância entre as linhas que compõem o padrão.

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Referencia:

- Povos Indígenas do Brasil. Disponível em: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kaxinawa/400 acessado em 25 de abril de 2011.

- Natureza Divina: http://naturezadivina.org/comunidade/meio-ambiente/cultura-indigena/os-indios-kaxinawa-2/ acessado em 07 de junho de 2011.