Material economia 10º ano (ii ciclo ensino secundário)
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Janísio Salomão
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ÍNDICE
1. Etimologia da palavra economia .............................................................. 2
2. DIVISÃO E DEFINIÇÃO DA ECONOMIA ................................................... 2
2.1 “ Porquê estudar a Economia?” ........................................................ 3
3. A globalização da economia e o mundo contemporâneo ...................... 4
4. Problemas básicos de organização económica ..................................... 5
5. A ECONOMIA NO CONTEXTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS ........................ 6
6. INTERLIGAÇÃO DA ECONOMIA COM OUTRAS CIÊNCIAS ................... 7
7. ACTIVIDADE ECONÓMICA E OS AGENTES ECÓNOMICOS .................. 9
7.1 CLASSIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES ........................................... 9
7.2 BENS E SERVIÇOS ........................................................................... 10
7.3 CLASSIFICAÇÃO DE BENS .............................................................. 11
8. Estudo das funções económicas ........................................................... 13
8.1 FUNÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CORRECTO FUNCIONAMENTO
DA ECONOMIA COMO UM TODO .............................................................. 13
8.2 FUNÇÕES SECUNDÁRIAS ............................................................... 14
9. AGENTES ECONÓMICOS ........................................................................ 14
10. O consumidor como parte integrante do sistema económico ......... 15
10.1 A família e o consumo ...................................................................... 15
10.2 Factores que influenciam o consumo ............................................. 15
11. DIREITOS DO CONSUMIDOR .............................................................. 17
Janísio Salomão
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1. ETIMOLOGIA DA PALAVRA ECONOMIA
A palavra “economia”deriva do grego:
Oikos (casa) + nomos (conhecimento)
Etimologicamente, a Economia é todo o conhecimento organizado que permite
o governo ou a administração da actividade caseira.
Note bem que na sociedade primitiva, como na Grécia Antiga, as unidades de
produção eram familiares: era no âmbito da casa de família que se produzia
praticamente todos os bens e serviços necessários à subsistência do agregado
familiar, havendo, quando muito, algumas trocas com a vizinhança. Eram
raríssimas as trocas de produtos oriundos de longas distâncias.
Também não repugna utilizar na definição do objecto da ciência económica a
palavra "economizar", no sentido mais corrente do termo. E assim, economia
será a ciência que estuda as formas de economizar, isto é, de poupar, ou
ainda, de não desperdiçar. Que é como quem diz: “procurar obter a mesma (ou
até maior) satisfação de necessidades (proveito) com o mínimo dispêndio
possível de recursos (esforço e custo)”.
2. DIVISÃO E DEFINIÇÃO DA ECONOMIA
A economia divide-se em 2 (dois) grandes grupos que são:
1- Economia Pura – Ocupa-se da teorização da matéria económica ou
leis.
2- Economia Social – Ocupa-se da aplicação das teorias ou leis
económicas.
Ambas são muito importantes mais a 2ª é de maior importância pelo
facto de através dela fazer-se o uso dos bens materiais e das leis que se
regem.
No que diz respeito a definição de economia com ciência, podemos dizer
que são muitas as definições dadas por vários especialistas.
Mas antes de abordarmos as várias contradições existentes no que tange a
definição da economia, vamos fazer uma breve análise:
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2.1 “ Porquê estudar a Economia?”
A produção, o investimento, o consumo, a poupança e a repartição do
investimento constituem os principais fenómenos estudados pela ciência
económica. Cabe à Economia estudar os problemas associados a esses
fenómenos. É na compreensão desses problemas que reside a importância do
estudo da Economia.
De forma sintetizada daremos algumas respostas em função da questão que
se levanta. Estudamos economia para:
1- Para: Compreender os problemas que se colocam ao cidadão e a família.
2- Para: Ajudar os governos tanto de nações subdesenvolvidas como de
nações avançadas ou desenvolvidas a promover o crescimento, melhorar a
qualidade de vida ao mesmo tempo contornar a recessão e a inflação.
3- Para: Analisar os padrões de comportamento sociais.
4- Para: Compreender e alternar as desigualdades na repartição de
rendimentos e das oportunidades.
5- Para: Gerir da forma mais proveitosa possível, um confronto permanente
entre recursos escassos (mas polivalentes) e necessidades humanas múltiplas
(mas desigualmente importantes, logo hierarquizáveis).
As várias opiniões dadas por vários economistas:
Paul Anthony. Samuelson: economia é a ciência que se ocupa com o
estudo das leis económicas indicadoras do caminho que deve ser
seguido para que seja mantida em nível elevado a produtividade,
melhorando o padrão de vida das populações e empregados
correctamente os recursos.
Raymond Barre: É a ciência voltada para administração dos escassos
recursos das sociedades humanas: ela estuda as formas assumidas
pelo comportamento humano na disposição onerosa do mundo exterior
em decorrência da tensão existente entre os desejos ilimitados e os
meios limitados aos agentes da actividade económica.
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Stonie e Hague: Se não houvesse escassez nem necessidade de
repartir os bens entre os homens, não existiriam tampouco sistemas
económicos nem economia. A economia é, fundamentalmente, o estudo
da escassez e dos problemas dela decorrentes.
No entanto podemos chegar a conclusão de que:
Segundo Paul Anthony Samuelson e William D. Nordhaus, economia
pode ser definida como a ciência que estuda a forma como as sociedades
utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor, e de como os
distribuem entre os vários indivíduos. Nesta definição estão implícitas duas
questões fundamentais para a compreensão da economia: por um lado a ideia
de que os bens são escassos, ou seja, não existem em quantidades suficientes
para satissfazer plenamente todas as necessidades e desejos humanos; por
outro lado a ideia de que a sociedade deve utilizar os recursos de que dispõe
de uma forma eficiente, ou seja, deve procurar formas de utilizar os seus
recursos de forma a maximizar a satisfação das suas necessidades.
3. A GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA E O MUNDO CONTEMPORÂNEO
Antes de abordarmos o tema em análise é de importância definirmos o sentido
lato da palavra globalização, mais então qual o significado de globalização que
tanto se fala?
Chama-se globalização, ou mundialização, o crescimento da interdependência
de todos os povos e países da superfície terrestre. Alguns falam em “aldeia
global”, pois parece que o planeta está ficando menor e todos se conhecem
(assistem programas semelhantes na TV, ficam sabendo no mesmo dia o que
ocorre no mundo inteiro).
Economia Global – significa que as actividades económicas não ficam
restringidas em exclusivos aos espaços nacionais de cada país nação ou
região.
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Os actos de produção, investimento, comércio, envolvem várias zonas e
recursos produtivos podendo definir-se como transaccionais, onde se perde
todos os significados das fronteiras politicas ou económicas.
A economia surge como um conjunto de processos que se desenvolvem em
forma global transpondo as fronteiras e os estados e aproveitando as
vantagens relativas e os recursos de cada região.
Estas vantagens relativas e os recursos, não são equilibrados devido a
especialização e a tecnologia de cada país.
Assim certos fluxos são mais valorizados do que outros dando origem ao
crescente endividamento dos países subdesenvolvidos relativamente aos
países mais desenvolvidos a quem compramos equipamento e tecnologia.
Na tentativa de resolução destes problemas estabeleceu-se uma nova ordem
económica internacional, esta ordem defende que o verdadeiro
desenvolvimento tem de contar numa reciprocidade de interesses dos diversos
países e na valorização do potencial dos países subdesenvolvidos isto é, dos
seus próprios recursos e capacidades, mais não segundo uma lógica que,
como até agora seja unicamente ditada pelo interesse dos países mais ricos.
4. PROBLEMAS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA
A economia procura responder a três questões, as quais constituem os três
problemas de qualquer organização económica: o quê, como e para quem:
O que produzir e em que quantidades? Quais os produtos e serviços
deverão ser produzidos por forma a satisfazerem da melhor forma possível as
necessidades da sociedade?
Ex: vamos produzir Maior quantidade de um bem com menor qualidade, vamos
produzir uma menor quantidade e maior qualidade.
Como devem os bens ser produzidos? Que tecnologias e métodos de
produção utilizar? Que matérias-primas deverão ser utilizados para produzir
determinado produto? Como maximizar a produção tendo em conta os
recursos disponíveis? Qual a tecnologia utilizada, e de que forma tecnológica
devem der eles produzidos?
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Para quem são os bens produzidos? Será que vamos produzir para uma
família com poucos recursos económicos? Que irá ter o poder de compra?
Como irá o produto ser repartido entre as diferentes famílias?
5. A ECONOMIA NO CONTEXTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
O ser humano não vive isolado, mas em grupo. E pertence, normalmente, a
vários grupos: a um Estado, Nação ou Povo e também a sociedades ditas
"menores" como sejam sindicatos, partidos, clubes desportivos, colectividades
diversas. A Economia é precisamente uma das Ciências do comportamento
humano em sociedade. E estuda a forma como conjuntos de pessoas
interdependentes desenvolvem e organizam actividades tendentes à satisfação
ordenada das suas necessidades pessoais e colectivas. A satisfação das
necessidades humanas é a finalidade última de todas as instituições e
actividades económicas. Isto não quer dizer que a Economia seja um
compartimento isolado e estanque da vida social; pelo contrário, todas as
dimensões da vida humana, mesmo as que nada têm a ver com a produção e a
troca, têm algum substrato económico que mais ou menos de perto as
condiciona. Por outro lado, em rigor, também não há problemas estritamente
económicos. Todas as Ciências Humanas (há quem prefira a designação de
"Ciências Sociais") são chamadas a dar o seu contributo na explicação do
comportamento humano em sociedade. Por isso a Sociologia diz que "todo o
fenómeno social é um fenómeno social total".
Enquanto ramo do conhecimento científico, a Economia também tem leis. Não
são leis em sentido jurídico-legal, mas sim relações de causa-efeito entre dois
ou mais fenómenos.
Atente na diferença fundamental entre as leis das Ciências Sociais e as leis
das Ciências Naturais e das Ciências Exactas. Nas Ciências da Natureza, as
leis obedecem a um certo determinismo e as relações de causa-efeito podem
ser estabelecidas e usadas com muito rigor:
As leis das Ciências Sociais não são tão exactas como esta, pela simples
razão do comportamento humano não estar sujeito ao determinismo ou ao
fatalismo. Na realidade, o ser humano não é um robot telecomandado à mercê
de leis que lhe são estranhas. As ciências sociais tem por função analisar,
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investigar, compreender e explicar objectivamente o comportamento do homem
na sociedade e das instituições sociais sobre diversos aspectos tais como: o
psicólogo, o sociólogo, o demográfico, o económico, o jurídico, o histórico, o
politico, etc...
Embora estas ciências se ocupem da mesma realidade social que é o homem,
elas são distintas entre si, não pela natureza do seu objecto que é o mesmo,
mas pelo seu particular ponto de vista ou ângulo de visão sobre a realidade
social.
Cada ciência fornece a sua própria visão parcelar da realidade pelo que só
poderá der completamente compreendida se conhecermos todas as visões
parcelares fornecidas por cada ciência social. Por isso se diz que a realidade
social e pluridimensional e as ciências sociais complementadas e
interdependentes.
6. INTERLIGAÇÃO DA ECONOMIA COM OUTRAS CIÊNCIAS
Economia embora seja uma ciência social tão autónoma como as demais deverá ser
sempre estudada em interligação com todas as restantes ciências sócias.
Certamente economia sozinha não nos pode dar respostas completas sobre os
problemas por ele estudados. De facto os problemas económicos que resultam
na vida social são problemas sociais, então numa perspectiva de abordagem,
devemos conjugar explicações dadas pela economia com produzidas por
outras ciências sócias capazes de dar resposta ao problema que estuda.
ECONOMIA
EETTNNOOGGRRAAFFIIAA DDEEMMOOGGRRAAFFIIAA
GGEEOOGGRRAAFFIIAA SSOOCCIIOOLLOOGGIIAA
MMAATTEEMMÁÁTTIICCAA
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Ex: O desenvolvimento económico de uma região não pode ser estudado só
pela economia.
GEOGRAFIA – Fornece aos economistas um conhecimento mais fecundo das
condições físicas e naturais das actividades económicas informa-o sobre as
concentrações espaciais da energia das meterias primas e da população.
DEMOGRAFIA – É a ciência que tem por objecto de estudo a população tem
interesse para a economia porque a população e o fim último de toda
actividade económica, isto porque pretende satisfazer as necessidades
humanas. A população representa a força de trabalho sem no qual deverá ver
a actividade económica e a capacidade de produção de uma economia
fortemente da quantidade e sobretudo da qualidade da sua produção.
SOCIOLOGIA – Estuda o comportamento humano quando inserido nos
diversos grupos sociais. Em matéria económica é de grande interesse estudar
a sociologia do trabalho humano, relativa ao comportamento do homem
enquanto produtor inserido na sua comunidade de trabalho.
ETNOGRAFIA – Esclarece-nos como é a referência de práticas culturais de
habitantes de uma localidade.
MATEMÁTICA – Fornece aos economistas dados históricos sistematizados e
tratados cujo conhecimento permitirá conclusões sobre a evolução conjuntural
ou estrutural e reflectir sobre medidas mais ajustadas a tomar.
Recordando as necessárias interligações a economia com outras ciências do
domínio social, o seu objectivo principal podemos afirmar que é a economia é a
ciência que tem como dever estudar de uma forma articulada com outras
ciências a problemática económica tendo em vista o bem estar e o progresso
da humanidade.
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7. ACTIVIDADE ECONÓMICA E OS AGENTES ECÓNOMICOS
7.1 CLASSIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES
O conceito económico de necessidade é pragmático, empírico e totalmente
abstraído de quaisquer conotações ou valores de ordem ética, filosófica ou
cultural:
Necessidade humana relevante para a análise económica é todo e
qualquer estado de carência, simples apetência ou de insatisfação que
move o indivíduo (ou o grupo social) a procurar obter coisas (ou a
prestação de serviços) que julga capazes de preencher esse vazio ou a
fazer cessar esse estado de insatisfação.
As necessidades podem ser:
1. Quanto a importância
2. Quanto ao dispêndio na aquisição
3. Quanto à abrangência
4. Quanto ao processo de aquisição
Quanto a importância as necessidades podem ser:
1. Básicas ou Primárias – São aquelas necessidades sem as quais
o homem não vive. Ex: Alimentação, Vestuário, Saúde, etc.
2. Secundárias ou não essências – São aquelas que apesar de
serem importantes delas não dependem a vida do homem, e
podem ser adiadas para secundo plano. Ex: Cultura e lazer,
educação, desporto e turismo.
Quanto ao dispêndio na aquisição as necessidades podem ser:
1. Económicas: Aquelas que para satisfazer necessitam da
intervenção da moeda, Ex: Pão, sapato, peixe, etc.
2. Não Económicas: Aquelas que para satisfazer não necessitam a
intervenção da moeda. Ex: o ar, praia. etc.
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Quanto a abrangência as necessidades podem ser:
1. Individuais: São aquelas necessidades que satisfazem apenas um
indivíduo isolado. Ex: Estudo, alimentação, habitação. etc.
2. Colectivas: Aquelas que atingem a comunidade. Ex: Segurança, defesa
nacional.
Quanto ao processo de aquisição:
1. Inatas: São aquelas necessidades que nascem com homem. Ex:
Alimentação.
2. Adquiridas: São aquelas que adquirimos de acordo com o meio.
Ex: Desporto.
7.2 BENS E SERVIÇOS
Os bens materiais são coisas ou objectos com realidade material (da
esferográfica ao avião). Podemos vê-los, apalpá-los, sentir-lhes o peso (e a
sujeição à atrás citada lei da queda livre dos graves).
Os serviços (bens imateriais) são actividades humanas cuja realidade, na
maior parte dos casos, se esgota no momento em que acabam de ser
prestados. É o caso dos serviços de transporte, de um espectáculo, de uma
aula, de um programa de televisão.
Na maior parte dos casos, é natural, ou pelo menos desejável, que os efeitos
da fruição da utilidade do serviço não se esgotem no momento em que acaba
de ser prestado, continuando a produzir novos efeitos durante muito tempo
como por exemplo a lição de Economia (ou de Inglês)...
Na realidade económica há complementaridade absoluta entre bens materiais
e serviços: não é possível produzir e usufruir de um bem, sem obter em
conjunto a prestação de alguns serviços (o do transporte, o da venda, por
exemplo). Também muito dificilmente se poderá prestar hoje um serviço sem a
utilização de vários bens materiais.
Matérias-primas / bens intermédios / bens de consumo final
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As matérias primas são bens tal qual são extraídos da natureza, quando ainda
não sofreram qualquer transformação indispensável à sua posterior utilização
na satisfação de necessidades.
7.3 CLASSIFICAÇÃO DE BENS
O conceito de bem económico é muito simples. Os bens são todo o tipo de
meios, coisas ou actividades (prestação de serviços) que julgamos capazes de
atenuar ou fazer cessar situações de carência ou de simples apetência. Ou,
mais resumidamente, são meios, coisas ou actividades que presumimos serem
capazes de satisfazer necessidades.
Para além da classificação de bens económicos podemos ainda classificar os
bens de acordo comos critérios o que é natural.
Se considerarmos a variedade de bens existentes e a infinidade que estes
devem satisfazer podemos classifica-los da seguinte forma:
Quanto a urgência ou prioridade de consumo podem ser:
1. Bens essências – São aqueles bens que necessitamos para a
nossa satisfação diária. Ex: pão, peixe, farinha, arroz.
2. Bens de consumo supérfluo – Aqueles que podem ser
substituídos. Ex: Desporto, lazer
Quanto função económica:
1. Bens de consumo – Aquele bem que destina ao consumo final, esta
pronto a ser consumido. Ex: pão, manga.
2. Bens de Produção – São aqueles bens utilizados na produção de
outros, sofrem uma alteração. Ex: farinha, a manga para a produção
do sumo de manga.
Quanto a utilização ou valor no mercado:
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1. Bens livres ou não económicos – São ou é qualquer bem que não
tem valor no mercado por não escassear existe em quantidade.
Ex: O ar
2. Bens económicos – Aquele bem que tem um valor, por ser um bem
escasso. Ex: tomate, arroz, etc.
Bens quanto ao mercado podem ser:
1. De consumo final – são aqueles bens que estão imediatamente a
disposição do consumidor, não sendo necessário acrescentar
qualquer operação de produção. Ex: gasolina, pão, energia.
2. Bens de consumo intermédio – Aquele bem que já sofreu
transformação, irá sofrer várias transformações até atingir o produto
final. Ex: Petróleo bruto.
Quanto a sua relação recíproca:
1. Bens complementares – São aqueles que se complementam, não
se utilizam sem a utilização de outros. Ex: o carro e as rodas; ou
combustível.
2. Bens sucedâneos ou substituíveis – Aqueles que se podem
substituir para uma satisfação idêntica: Ex: Margarina e a manteiga
Quanto a sua duração:
1. Bens duradouros – Aquele que ao satisfazerem uma necessidade
não perdem as suas qualidades iniciais: Uma casa. etc.
2. Bens não duradouros – São aqueles que ao satisfazerem as suas
necessidades perdem as suas qualidades iniciais. Ex: O combustível.
Os bens ainda podem ser classificados ainda em Bens Privados e Bens
Públicos.
Os Bens Privados - são os produzidos e possuídos privadamente.
Como exemplo termos os automóveis, aparelhos de televisão etc.
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Os Bens Públicos - referem-se ao conjunto de bens gerais fornecidos
pelo setor público: educação, justiça, segurança, transporte, etc.
8. ESTUDO DAS FUNÇÕES ECONÓMICAS
Duma forma geral, segundo o efeito substituição quando o preço de um
bem aumenta os consumidores tendem a substitui-lo por outros bens menos
caros. Com o intuito de atingir a satisfação de uma forma mais barata.
Uma vez que a produção é limitada devido a escassez do produto é
necessário fazer escolha entre os diversos tipos de bem isto leva-nos a um
conceito que é o custo de oportunidade. Significa que quando escolhemos
um bem deixa de ser consumido isto é o lucro máximo obtido se utilizarmos
factores produtivos empregos noutros usos alternativos.
Ainda em relação a classificação dos bens referimos as situações psicológicas
e culturais ligadas a procura de ostentação é um tipo de procura ligado ao
estatuto do consumidor.
Distinguimo-nos assim os chamados bem de consumo Superior e bem
de consumo inferior.
Bem de consumo Inferior – É um bem cujo consumo diminui quando
aumenta o rendimento.
Bem de consumo superior – Neste caso o acto de consumo é por
vezes irracional aumentando quando os preços aumentam e baixando quando
os preços baixam.
8.1 FUNÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CORRECTO FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA COMO UM TODO
A produção O consumo A poupança A distribuição A repartição do rendimento A redistribuição do rendimento
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8.2 FUNÇÕES SECUNDÁRIAS
A comercialização A armazenagem O transporte A publicidade Intermediação financeira
Produção: É a actividade que tem como objectivo a satisfação e obtenção
de bens e serviços que satisfazem as necessidades e é certamente uma das
importantes actividades humanas.
Consumo – é a dispesa total feito por cada indivíduo ou pelo país em bens
durante um certo período.
Poupança – É a parcela do rendimento que não é consumida. É a diferença
entre o rendimento disponível e o consumo. Não se destina ao consumo
imediato.
Distribuição – Trata-se da comercialização transporte e serviços que
apoiam as acções de venda. Faz chegar os produtos ou serviços aos locais de
consumo.
Repartição do rendimento – é a forma como o rendimento total é
distribuído o u repartido entre os indivíduos.
A redistribuição do rendimento – é assegurada pelo estado e a
segurança social, através da obtenção do imposto e contribuições e a sua
aplicação em benefícios sociais.
9. AGENTES ECONÓMICOS
Estado Família
Empresas
sfinanceiranão
sfinanceira
/
Agente Funções
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- Família....................................................................... Consumo - Empresa..................................................................... Produção - Estado.....................................................Administração e Redistribuição Há certas actividades que dado a sua natureza importante para a comunidade
não podem ser desempenhadas pelos particulares que as poderiam desviar
dos sus objectivos próprios.
Assim sendo estas actividades por regras são desempenhadas pelo estado isto
porque estão sujeitas a um certo controlo.
Ex: Instituições de saúde, Educação serviços Administração pública, etc
10. O CONSUMIDOR COMO PARTE INTEGRANTE DO SISTEMA ECONÓMICO
10.1 A família e o consumo
10.2 Factores que influenciam o consumo
Económicos Culturais Sociológicos Políticos Psicológicos
Dentro dos factores económicos temos as variáveis
O rendimento disponível O nível de preços O grau de informação económico possuída
O consumidor – Ao afectar as suas escolhas deve ter em conta o melhor
emprego dos recursos disponíveis na economia.
Isto é a escolha económica em relação ao consumo deve ser um acto
verdadeiramente consciente.
O que exige do consumidor necessária informação e uma formação para o
consumo.
Todos os consumidores independentes do seu estatuto económico-social são
influenciados por diversos factores que vão determinar as decisões e escolhas
relativas ao consumo. Assim sendo temos que ter em conta os chamados
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padrões de consumo, isto é formas típicas de realizar gastos por diversos
indivíduos.
Factores económicos (variável rendimento do consumidor)
A medida que se eleva o rendimento os consumidores despenderam mais em
bens essenciais e mais em bens não essenciais.
E a medida que o rendimento baixa os consumidores gastarão cada vez menos
em despesas essenciais, muito menos nas restantes despesas.
O NÍVEL DOS PREÇOS Quando os preços sobem as pessoas tem menos rendimento para gastar têm
menor rendimento real (isto é a quantidade total de bens e serviços que este
dinheiro permite comprar diminui menor rendimento real) e o mesmo
rendimento nominal (a quantidade de notas que possuem). Assim sendo será
necessário abdicar de alguns bens e serviços. As famílias de menor recursos
começaram por eliminar tudo o que não é essencial, tentando manter o mais
possível a quantidade de bens de 1ª necessidade. Já as famílias de maior
capacidade de compra começaram por eliminar alguns consumos não
essenciais, como o seu rendimento é mais elevado em regra não precisara de
efectuar cortes nos bens essenciais.
Concluindo podemos dizer que a subida de preços afecta as famílias de mais
baixo ou menor rendimento.
FACTORES CULTURAIS
Alguns podem ser intrínsecos a sua própria pessoa e outros são externos ao
consumidor.
Em relação aos factores externos ao consumidor temos:
Influencias culturais do meio envolvente. Os efeitos da publicidade, a
tradição cultural do pais, a família em que estamos inseridos,
comportamento do extracto cultural a que se pertence, os modelos
importados por consumo.
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Em relação aos factores intrínsecos:
Os conhecimentos e a formação que possuímos fruto do nosso esforço
pessoal, a educação adquirida, a formação profissional, etc.
FACTORES SOCIOLÓGICOS
Tem haver com os comportamentos que todo o homem tem pelo facto de viver
num meio social ou seja em grupos complexos.
Ex: a moda no vestuário, a pratica de certas modalidades no desporto, o
modelo de carro utilizado. Etc.
FACTORES PSICOLÓGICOS
São factores que levam o consumidor a ter um comportamento irracional, Ex:
publicidade e o meio.
Para promover a racionalização do consumo, de modo a evitar os excessos do
consumo (consumismo) o consumidor devera ter em conta certos aspectos:
Saber conhecer e distinguir os produtos,
Classificar o que é essencial e o que não é
Estabelecer prioridades, valorizar a poupança
Olhar a economia com um todo
Incentivar a pratica de protocolos entre os produtores e
consumidores, e formação do consumidor, a sua informação quanto as
alternativas de consumo, a quantidade dos produtos, os circuitos e
modalidades de venda, a legislação sobre os direitos e deveres dos
consumidores.
11. DIREITOS DO CONSUMIDOR
Os direitos dos consumidores são:
1. Direito a segurança – é uma protecção contra os produtos, serviços e
modos de produção prejudiciais a saúde e a vida do consumidor.
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2. Direito a livre escolha – direito ao acesso a produtos e serviços a
preços competitivos, com garantia de quantidade satisfatória e preço
justo.
3. Direito a informação – direito ao acesso á informação que permita a
realização de escolhas conscientes e devidamente fundamentadas.
4. Direito a representação – direito a ser ouvido e a participar nas
decisões politicas e económicas que lhes respeita.
5. Direito a reparação de danos – direito a satisfação de reclamações
justas.
6. Direito á educação – direito aos conhecimentos e acesso aos meios
que permitam ser um consumidor informado e consciente.
7. Direito ao meio ambiente – direito á um meio ambiente saudável que
lhe garante uma boa qualidade de vida no presente e no futuro.