Matisse uma semiótica da alegria

download Matisse uma semiótica da alegria

of 13

Transcript of Matisse uma semiótica da alegria

Cap.6 Matisse: Uma semitica da alegria.

Daiane Bottega Azambuja Gisele Valrio

Henri Matisse (1869 -1954) Importante pintor Francs do sculo XX e lder fiel o Movimento Fauvista, sua obra foi base da analise semitica neste capitulo.

Interieur Rouge, Natureza morta sobre mesa azul. (1947). Obra faz parte da coleo de Interiores Vermelhos de Matisse, e se enquadra no movimento Fauvista.

2. Experincia fenomenolgica e fundamentos sgnicos da pinturaPercepo sensorial contemplativa - Qualisigno Disponibilidade contemplativa, deixar abertos os poros do olhar; com singeleza e candidez, impregnar-se das cores, linhas, superfcies, formas, luzes, complementaridades e contrastes; demorar-se tanto quanto possvel sob o domnio do puro sensvel. Singularidade ,observao e contemplao - Sinsigno O sin-signo a sua realidade particular, considerando tambm o ambiente onde a obra est inserida. A obra tem os seus sin-signos e a reproduo tem os seus distintos um do outro. Observar atentamente a situao comunicativa em que a pintura nos coloca; a experincia de estar aqui e agora diante de algo que se apresenta na sua singularidade, um existente com todos os traos que lhe so particulares. Anlise, sntese , generalizao - Legisigno Generalizar o particular em funo da classe a que ele pertence. Neste nvel, no se trata mais apenas de qualidades apreendidas, nem de singularidades percebidas, mas de enquadramentos do particular em classes gerais.

Contemplativa - Deixando cada detalhepenetrar em nosso olhar leve o tempo que for.

Singularidade - Depois precisamoscompreender a situao comunicativa de estar diante de algo nico.

Generalizao - E por fim, generalizar oparticular num todo enquadramento geral.

Signo: Pinturaa pintura um signo no deve haver dvidas. Ela algo que representa algo, sendo capaz deQue produzir efeitos interpretativos em mentes reais ou potenciais. Condies estas que toda pintura preenche [....]

O que importa,no entanto, discemir o modo como esta pintura particularmente representa o que professa representar e, em funo disso, quais efeitos est habilitada a produzir em possveis intrpretes.Outro aspecto importante trabalhar segundo Santaella com o quando original, pois ele tem seus sinsignos e as replicadas os seus prprios.

3. Nos interstcios da sugesto e da sinalizao As relaes, que podem ser

icnicas, indiciais ou

simblicas, esto no objeto imediato do signo. O quali-signo sugere seus objetos possveis, O sin-signo indica seus objetos existentes e, por fim, O legi-signo representa seu objeto.

4. Os objetos do Interior VermelhoAspecto Icnico: A forma que Matisse Reinterpreta a natureza morta. Aspecto Indicial: A obra indica natureza morta, Porem, h umahesitao, entre o estilo Natureza morta e a forma com que apresentada.

Aspecto simblico: O objeto imediato faz referencia a padres pictricospertencentes arte moderna (Fauvismo)de que o pintor fez uso. tais como a tela-superfcie, a gestualidade marcante das pinceladas e dos traos, os paralelismos entre os planos pictricos etc. Objeto dinmico: aquilo a que a pintura se Reporta,ou seja um quadro de natureza morta Pag. 90

5.Os efeitos interpretativos do Interior Vermelho O primeiro nvel do interpretante o imediato, que percebetodos os...

efeitos que o signo est apto a produzir no momento em que encontrar um intrprete. Que potencial interpretativo essa pintura tem? H nela, sem dvida, uma predominncia do sensrio sobre o documental e simbolico pag.95

Interpretante dinamico emocionalfixa-se nas sensaes que as cores, linhas dinamicas e planos destacados provocam em seus sentidos A exuberncia das cores, sua exaltao, est destinada a produzir uma exultao do olhar, um certo efeito de alegria visual, leveza, flutuao, que, alis, se constitui em marca de identidade de Matisse. Apartir da, h uma exitao quanto a referencialidade das figuras e da composio como um todo.Inicia-se a anlise propriamente dita.Geralmente

Interpretante dinamico lgicoaplica as regras interpretativas, faz associaes que o intrprete acionar dependendo do seu repertrio. dependem da experincia colateral que esse intrprete j teve com o campo contextual do signo (pintura), dos conhecimentos histricos e culturais que j internalizou. Assim sendo, a sintese de tudo que sentiu, observou, levantou hipoteses e agora est associando a seus conhecimentos e conluindo. Pag.95 Aqui o interpretante

Interpretante finalinterpretante final por sua vez pode perceber o quao importante ou relevante esta obra ser representante no fututo, Quais as relaes ou indagaes sero levantadas a partir dela? como ser sentida? Quais as possiveis reaes? Pag.97 O

ReferenciasSANTAELLA.Lucia.Semitica Aplicada.Tomson