Matão tem 70% do PIB concentrado na indústria kapp… · Andressa Fernandes - redacao4@ ......

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kappa magazine 1 Matão • Ano 1 | Edição 6 - Nº 6 auditada por: PricewaterhouseCoopers distribuição gratuita Matão tem 70% do PIB concentrado na indústria Perfil industrial diversificado, com destaque para metalurgia e suco de laranja, segmento que coloca a cidade no topo do ranking em exportações IMMES realiza vestibular de Administração IMMES realiza vestibular de Administração Eleição terá 3 candidatos Chico Dumont Neto Masselani Esquetini pág. 64 pág. 28

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Matão • Ano 1 | Edição 6 - Nº 6

auditada por:

PricewaterhouseCoopersdistribuição gratuita

Matão tem 70% do PIB

concentrado na indústria

Perfil industrial diversificado,

com destaque para metalurgia

e suco de laranja, segmento que

coloca a cidade no topo do ranking em exportações

IMMES realiza vestibular de Administração

IMMES realiza vestibular de Administração

Eleição terá 3 candidatos

Chico DumontNeto Masselani

Esquetini

pág.64

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24Em entrevista exclusiva à kappa, o prefeito Adauto Scardoelli (PT) fala de seu trabalho para incentivar o crescimento das indústrias do Município e atrair novos investimentos.

ENTREVISTA

28Disputa para a prefeitura promete ser acirrada. Matão possui a confirmação de três pré-candidatos, que já trabalham em seu plano de governo.

ELEIÇÕES 2012

ESPECIAL

38 KAPPINHACrianças não trocam as brincadeiras na pracinha por videogame ou computador. Elas curtem jogar bolinha de gude e empinar pipa.

48MEMÓRIAVereador Amaury Squisatti, falecido em 1990, com 24 anos, dá nome à avenida no bairro Nova Cidade e à sede do Legislativo de Matão.

52SERVIÇOTrabalhar em defesa das crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos e abuso sexual. Essa é a missão das integrantes do Conselho Tutelar de Matão.

58 SOCIALCirculamos por bares, restaurantes e principais eventos realizados em Matão. Confira a kappa social.

sUMÁrio

Nesta edição especial focamos a história da indústria e o desenvolvimento do setor no Município, que mantém duas incubadoras de empresas e terá mais três Distritos Industriais até 2014. Conheça também a estrutura do Sesi Matão.

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34 ESPORTEO Projeto Bom de Bola na Escola, mantido pelo grupo Fischer, já atendeu mais de 4 mil garotos em 10 anos e lançou jogadores que hoje atuam em clubes profissionais.

28Disputa para a prefeitura promete ser acirrada. Matão possui a confirmação de três pré-candidatos, que já trabalham em seu plano de governo.

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Vista aérea da Bambozzi

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Ano 1 | Edição 6 | Nº 6Matão, 2 de julho de 2012

Tiragem desta edição: 20.000 exemplares

Expediente: kappa é uma publicação da Abelhaneda Editora e Serviços de Comunicação Ltda.

Diretor Comercial - Adilson Haddad

Gerente Comercial RegionalAlexandre Roveri Piglialarme

Editora-chefeMarcia Bessa Martins - [email protected]. 24.567

ReportagemAndressa Fernandes - [email protected]. 38.154 Fernanda Andrade- [email protected]. 43.628Fernanda Manécolo- [email protected]. 36.744Gabriela Marques - [email protected] Patrícia Piacentini - [email protected]. 42.440Micheli Valala - [email protected] MTb. 48.230

Criação: Aldo Pasetto Francisco, Alexandre Veras, Luigi Ignacio e Michel Kary

Fotógrafos - Fabiano Vagner - MTb. 67.502/Kris Tavares - MTb. 25.604/ Lucas Tannuri - Mtb. 59.775

Colunista social - Antonieta Magalhã[email protected]

Jornalista ResponsávelLuciano Abelhaneda - MTb. 23.733

Revisão - Jussara Lopes

Diretor Jurídico - Fernando Abelhaneda

Diretor Financeiro - Mário Gonçalves de Mattos Jr.

Diretora de Eventos - Daniela Abelhaneda

kappa magazineVia Abdo Najn, 3555 - Jd. Santa Julia16 3305-5533 - Araraquara-SP | 14.811-000www.revistakappa.com.br

Elogios, críticas e sugestões:[email protected]

Quero anunciar: [email protected]

kappa não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.

EditorialPorLucianoAbelhaneda

A força de Matão

Que a força econômica de Matão está na indústria não é novidade para ninguém faz tempo. Mas o mais importante é que ela se man-tém com os avanços da tecnologia e com as mudanças impostas pelos novos meios de produção. Em Matão, pode se dizer, que a área de produção se reinventou: várias empresas são as mesmas,

mas veja por dentro o que elas mudaram para se tornarem competitivas.A cidade de 80 mil habitantes se prepara para um novo ciclo de crescimen-

to, levado pelo mercado de consumo de cidades com esta faixa de tamanho. Com o novo prefeito, a partir de janeiro, a cidade deve se preparar para buscar um caminho.

Setenta por cento da riqueza vêm da indústria. Ótimo. A cidade tem um grande caminho para crescer nos serviços. E se você olhar para a economia no geral o que cresce é o setor de prestação de serviços de todos os tipos.

Matão começa a receber redes de franquias, segmento que hoje responde pelo crescimento rápido da economia.

Na política, a cidade terá uma eleição bem acirrada. Nos bastidores hoje os três candidatos dividem a opinião pública. A população tem que ficar atenta às propostas de cada um, para fazer de Matão uma cidade do futuro.

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Vista aérea da Marchesan

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cartas

Quero parabenizar toda equipe da revista kappa de Matão, que revolucionou a forma de comunica-ção na cidade. Moro há oito anos na Rua Affonso Maccagnan e não sabia nada sobre ele. Achei bas-tante curiosa e inteligente a ideia de vocês conta-rem a história de pessoas que têm seus nomes nas ruas, como também ocorreu com a Sinharinha Frota.

Elizabeth Veiga da Silva

Adorei a matéria Esperando por um novo lar, da última edição da kappa de Matão. Este é um drama antigo vivido aqui na cidade e expor o problema é fundamental para que as autoridades tomem as de-vidas precauções. Parabéns a todos, em especial à ONG Amigos da Mulekada.

Gustavo Araújo

Fiquei emocionada ao ler a reportagem sobre o Grupão. Meu avô estudou lá e me contava várias histórias engraçadas. Falecido em 2004, pude re-

lembrar com carinho dos finais de semana que pas-sava ouvindo suas histórias. Vocês me trouxeram boas lembranças.

Isabel da Cunha Vergas

A festa tradicional de Corpus Christi de Matão há anos vem sendo exibida na imprensa, mas a cober-tura e o espaço da revista kappa são realmente de tirar o chapéu. Foi incrível. Adorei. Parabéns.

Roselene Freitas

Todos os comentários, elogios, críticas e sugestões de matérias de nossos

leitores são bem-vindos. Quer falar com a gente? Basta enviar email para contato@

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História

Uma cidade com vocação industrialA grandeza de Matão está em seus moradores, que contam com uma herança industrial muito forte e gana de progresso, que os faz enxergar cada vez mais longe

Por andressa FernandesFotos Fabiano Vagner

M atão pode se considerar hoje uma potência indus-trial com números que fa-

zem o diferencial no mercado brasi-leiro. Seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita é de R$ 66.315, sendo que a média do estado de São Paulo, se-gundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), é de R$ 22.202.

Hoje, a cidade possui 2.737 em-presas, ocupando 27.697 pessoas as-salariadas, com remuneração média de 2,8 salários mínimos. O nível de emprego industrial no mês de maio deste ano apresentou resultados po-sitivos com variação de 1,36%, signi-ficando um acréscimo de 150 postos de trabalho. No entanto, nos últimos 12 meses, apresentou um acumula-do de -1,16%, representando a perda de 100 postos de trabalho.

A melhora do índice no mês de maio, segundo a Centro das Indús-trias do Estado de São Paulo (Ciesp), foi influenciada pela variação positi-va dos setores de produtos alimentí-cios (5,14%), metal, exceto máquinas e equipamentos (3,68%), e máqui-nas, aparelhos e materiais elétricos (0,53%). “Todos os anos há essa sazo-

nalidade de empregos na indústria alimentícia, pois nos períodos de en-tressafra, se contrata e depois se de-mite. Porém, estes trabalhadores que deixaram as lavouras acabam sendo absorvidos por outros setores fortes na cidade, como o caso da constru-ção civil”, justifica o diretor do Ciesp, Roberto Cadioli. Ele lembra que 70% do PIB da cidade vêm da indústria, sendo os 30% restantes da área de serviços.

A história da indústria de Matão justifica toda essa capacidade. Ela também se confunde com a história da indústria no País, pois foram im-pulsionadas no final do século XVIII e começo do XIX, com a vinda de imigrantes europeus, em sua maio-ria italianos, que fugiam da 1ª Guer-ra Mundial. Com o fim do trabalho escravo, as lavouras de café, laranja e cana precisavam de mão de obra. Muitas destas famílias chegadas ao país latino-americano trabalharam duro nas lavouras, visando o pro-gresso prometido. Foi assim que grande parte destas famílias, cansa-das do trabalho exaustivo nas lavou-ras, começou a se organizar na mon-tagem de seus próprios negócios. Consequentemente, começaram a surgir as primeiras fábricas e oficinas de produção e conserto de maquiná-

rios e implementos agrícolas. Desde aquela época, Matão já

apresentava uma produção bastan-te diversificada de produtos, tendo o café, a cana e a laranja como car-ros-chefe. Mas merecem destaque também o cultivo do milho, limão, tangerina, manga, amendoim, algo-dão, e tantas outras culturas, além da produção animal. O grande dife-rencial de Matão, porém, não foram simplesmente suas empresas fami-liares, que se desenvolveram com grande facilidade e muito trabalho, mas também a sua vocação indus-trial, pois muitas empresas foram e são abertas até hoje por pessoas que trabalharam em indústrias maiores por muitos anos. A perspectiva de enxergar uma brecha no mercado e produzir peças para um setor cada vez mais forte parece arraigada na mentalidade dos matonenses.

PIONEIROS - Revirando os li-vros de história da cidade, podemos constatar a chegada dos irmãos Bambozzi para Matão em 1925, e a família Baldan também no mesmo ano. Em 1946, os Marchesan funda-ram a Oficina Brasil e, no mesmo ano, Luiz Faggioni abriu a fábrica de facas Cruzeiro. “Também a fábrica de facas do Ivo e do Rômulo, em sociedade

O diretor do Ciesp, Roberto Cadioli: “70% do PIB da cidade vêm da indústria”

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com o Dumas e o Bento, e os Cadioli, e os Mariani, e os Trolezi, e os Frigieri; os Martins com o curtume, os Pinotti com a WPP, os Modé, os Monazzi, os Mossocato e até a fábrica de óleos, lá em Toriba. Depois vieram A Elite, a EMMES, a Troféu, a Tangran, a Rede, a Tuca...”, como conta o livro Uma His-tória para Matão, de Azor Silveira.

E até o final da década de 1950,

a fabricação de implementos agríco-las era o grande forte da cidade. Esse cenário passa a mudar nas décadas seguintes, quando a cidade atinge um período de grande desenvolvi-mento industrial, com o surgimento de indústrias no ramo de confecções, artigos esportivos, gêneros alimentí-cios, tintas residenciais e industriais, peças automotivas e muitos outros.

A consequência dessa diversidade é que hoje Matão tem sua vocação in-dustrial como fortaleza.

Família BambozziBasilio e Ferdinando Bambozzi

vieram para o Brasil de Ózimo, pro-víncia de Ancona na Itália, com seus pais e mais duas irmãs no ano de 1898. Moraram em Analândia, Do-

A primeira oficina de conserto de carroças e equipamentos agrícolas da Bambozzi, em 1910

Vista aérea da Bambozzi

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brada e em seguida vieram para Ma-tão, onde compraram um sítio de 10 alqueires. Em 1910, abriram a primei-ra oficina de conserto de carroças, carroções e equipamentos agrícolas às margens da Estrada Boiadeira.

Em 1920 fundaram a Aparelhos Elétricos Bambozzi Ltda. Trinta e cin-co anos depois abriram a Bambozzi Máquinas Hidráulicas e Elétricas, que produzia grupo de geradores de sol-da, máquinas para soldas elétricas, alternadores, motores elétricos, tam-bores e uma infinidade de produtos. Hoje, a marca se trata de uma multi-nacional, exportando seus produtos para o mundo inteiro.

Família BaldanTambém da Itália, província de

Veneza, vieram para o Brasil os ir-mãos Carillo e Narciso Baldan, no ano de 1925. Trabalharam por 90 dias na cidade de Guariba e depois se separaram, indo um para Lins e o outro para Bebedouro. Não tardou muito e os irmãos voltaram a se reu-nir em Matão, onde implantaram a primeira oficina, ainda na garagem

de sua casa, na Av. Tiradentes, no ano de 1928. Eram responsáveis por carpintaria, serraria, ferramentaria, fabricação e conserto de carroças, arados, charretes, carrocerias para caminhão, carretões de tração ani-mal, pontes e tonéis para aguarden-te. Trabalharam duro, prosperaram. Em 1976, inauguraram as novas ins-talações da empresa em uma área de 220 metros quadrados. Hoje, a empresa conta com um parque in-dustrial com 256 mil m² e oferece ao mercado cerca de 200 produtos.

Família MarchesanJoão Marchesan veio da Itália

para o Brasil em 1895. Trabalhou na construção de uma estrada que liga Jaboticabal a Porto Taboado; depois em uma olaria em Américo Brasilien-se, além de passar pelas cidades de Valinhos e Campinas. Em 1897 veio para Silvânia formar cinco mil pés de café, na fazenda Lagoa Seca. Consti-tuiu família. Em 1912, ele monta uma cervejaria em Matão, que teve de ser

fechada com o início da 1ª Guerra Mundial na Europa, devido à proibi-ção de importação de cevada. Então ele empreende em outros ramos, como armazéns de secos e molha-dos, venda de combustível, benefi-ciamento de arroz e café. Em 1946, seus netos Armando e Luiz resolvem iniciar seu próprio negócio e abrem a Oficina Brasil, no Centro de Matão e que, anos mais tarde viria a se tornar a Marchesan Implementos Agrícolas. No início, eles fabricavam charretes e carrinhos de molas. Hoje ela é uma das maiores empresas de implemen-tos agrícolas da América Latina.

CadioliBeniamino Cadioli chegou ao

Brasil na década de 1920, vindo da Itália direto para Matão, juntamen-te com a mulher Melide e os dois filhos Aldo e Ágide. Beniamino che-gou a montar uma ferraria no fundo da oficina de Gino Tórchio, mas não deu certo. Resolveu trabalhar na in-dústria metalúrgica da cidade e nas horas vagas fazia bicos. Tempos de-pois, abriu seu próprio negócio que deu certo e teve continuidade com os filhos e seus descendentes. Em 1967 a empresa fez a primeira cava-deira universal. Hoje, a Cadioli possui fábrica em área de 6 mil m² e 80 cola-boradores que trabalham para aten-

O parque industrial da Baldan

Marchesan Implementos Agrícolas, uma das maiores da

América Latina

Fachada da fábrica, nos anos 80

História

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der 3 mil clientes em todo o mundo.

CitrosucoEm 1963, Matão foi a cidade esco-

lhida por um grupo de três empresá-rios americanos para a implantação de uma indústria de suco concen-trado de laranja. Glynn Davies, Carl Fisher e Ludwig Eckes fundaram a Citrosuco em março de 1964. No ano seguinte, moeu 1,8 milhão de caixas de laranja, produção que já alcançava diversos países do mundo. Quatorze anos depois, em 1979, foi responsável por 41% das exporta-ções brasileiras, tendo moído 41 mi-lhões de caixas de laranja. Em 1986, a empresa entrou na produção de álcool hidratado, atingindo a marca de 120 mil litros por dia. Atualmen-te o grupo possui quatro fábricas no Brasil e uma nos Estados Unidos e é responsável indireto por mais de 30 mil empregos.

EMMESA princípio pode não parecer ló-

gico, mas para quem conhece a his-tória sabe que o nome da fábrica criada em 1979, a EMMES, diz respei-to aos nomes de seus fundadores: Malzoni e Monazzi. A ideia de abrir uma fábrica de calções esportivos surgiu de uma conversa entre Carlos

Fernando Malzoni, José Luiz Monazzi e seu tio Geraldo Monazzi. Ela foi im-pulsionada pelo destaque que pas-sou a ter o futebol naquele momen-to que o país vivia e a pouca oferta de produtos esportivos. A fábrica foi aberta e administrada por sete inte-grantes das duas famílias e o traba-lho deu tão certo que em nove me-ses tiveram de mudar-se para um lugar com maior espaço. O que no início era feito por apenas dez fun-cionárias teve uma expansão enor-me para 850 pessoas trabalhando

na confecção e desenvolvimento de novos produtos. Atualmente, a fá-brica está instalada em terreno de 5 mil m² e tem capacidade de produ-ção de 300 mil peças por mês.

(Fontes: “Uma História para Matão”, de Azor Silveira; escritor José Carlos Marcolino da Silva; bambozzi.com.br; baldan.com.br; marchesan.com.br; citrosuco.com.br; emmes.com.br; cadioli.com.br)

Cadioli: atendendo 3 mil clientes em todo o mundo

Citrosuco de Matão: uma das quatro fábricas no Brasil

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incUBaDora

Por andressa FernandesFotos Fabiano Vagner

A incubadora de empresas de Matão existe desde 2004 e apoia a criação e consolida-

ção de micro e pequenas empresas da cidade, em duas sedes: uma na Rua Domingos Schiavetto, no Jardim Balista, com 15 empresas de diversos segmentos, e outra na Avenida José Lian, 180, no bairro Nova Cidade, com duas metalúrgicas.

Os micros e pequenos empre-sários podem permanecer no local por um período de até três anos,

mediante pagamento de uma taxa mensal de manutenção de R$ 200 que garante infraestrutura adequa-da para produção, incluindo espaço físico individual, internet, serviço de escritório, limpeza e segurança nas áreas comuns.

As parcerias propiciam formação de qualidade aos novos empresários, que recebem ainda aulas de admi-nistração, noções de lucros e inves-timentos e estratégias de compra e venda, de modo a garantir um iní-cio adequado para a nova empresa, com estabilidade e perspectiva de vida longa. Esta formação é ofere-

cida pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), par-ceiro da Prefeitura na incubadora, e que facilita a participação dos em-presários em exposições, palestras e workshops.

Além disso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) também oferece cursos profissio-nalizantes, propiciando a formação de mão de obra qualificada para estas empresas. Atualmente, são oferecidos cursos de costura indus-trial, pedreiro assentador, pedreiro revistor, pintor de obras, eletricista residencial e instalador hidráulico.

Claudio Duque, há dois anos na incubadora e 120 clientes em todo o País

Fomentando o sonho do negócio próprioA incubadora de empresas de Matão é um projeto municipal, em parceria com Senai e Sebrae, que já comporta cerca de 450 pessoas

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“Cerca de 95% dos alunos do Senai de Matão saem dos curso já empre-gados. Nossa indústria consegue ab-

sorver. A média nacional é de 65%”, confirma Sergio Alves de Oliveira, secretário municipal de Desenvolvi-

Com apoio e formação, tudo dá certo

Claudio Duque está há dois anos na primeira unidade da incubadora de empresas de Matão, com a Diamanbrocas, que fabrica brocas diamantadas para a perfuração de concreto. O tamanho das peças é variado e pode ir de meia polegada até 20 polegadas. Ele já possui 120 clientes em todo o País, principalmente em Santa Catarina, Paraná, Goiania, Brasilia e Sergipe.Mas nem sempre foi assim. Duque já investiu em outras duas empresas no passado e acredita que não prosperou por falta de conhecimento administrativo. “O apoio do Sebrae fez muita diferença, porque antes eu não sabia o que fazer com o lucro da empresa e em pouco tempo eu gastava sem planejamento. Hoje, 100% do nosso lucro é reinvestido nela mesma”, diz o empresário, que já fabricou serras e pedra para mesa de bilhar. “Foi observando o mercado que a ideia de fabricar brocas começou a surgir”, relembra.Ele conta também que começou seu novo negócio com perspectiva de suprir a demanda de 1% do mercado nacional, mas se surpreendeu ao saber que seu produto já é consumido por 3% deste público, cerca de 120 empresas. Sua produção é de 700 peças por mês, com o trabalho de 13 funcionários. Um deles é seu representante de vendas André Elias Grecco, que leva os produtos da empresa a todo o País.Mas, nos próximos dois anos, este cenário deve mudar. A Diamanbrocas é uma das indústrias que vai para o Distrito Industrial de Toriba, e a perspectiva da empresa é expandir a linha de produção para a fabricação de peças de mineração. “Para começar, precisamos apenas de um laboratório e um escritório. Vamos começar a construir o quanto antes”, diz Claudio, que admite ter de aumentar o quadro de funcionários para 35 trabalhadores.

André Elias Grecco, representante comercial da Diamanbrocas

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mento Econômico. Ele adianta que a Prefeitura já estuda a aquisição de mais uma área, de 15 mil m², para as novas instalações do Senai. Com a

expansão, devem aumentar o núme-ro de cursos e as vagas oferecidas.

Os cursos são gratuitos e as ins-crições podem ser feitas na Secre-

taria de Desenvolvimento Econô-mico, instalada junto ao Banco do Povo na Rua 28 de Agosto, no Cen-tro de Matão.

Aquela luz no fim do túnel

Outro empresário matonense que hoje ocupa um box na incubadora de empresas e que não vê a hora de erguer as paredes de sua indústria em Toriba, novo distrito industrial já liberado pela Prefeitura para instalação de mais de 200 indústrias, é o engenheiro elétrico Ronald Eduardo Tristão, 48 anos. Ele, que é também proprietário de uma empresa de consultoria energética, e outros dois sócios, William Pelegrini e Valdete Tristão, apostam há um ano e meio na Interactive Lighting, empresa que fabrica luminárias com tecnologia de estado sólido, utilizando diodos emissores de luz (LEDs). Eles apostam na qualidade e maior eficiência do produto, para o aumento

da demanda nos próximos anos, pois cada luminária pode funcionar por até 50 mil horas contínuas, o que faz com que a empresa possa entregar o produto com até três anos de garantia. Algo tão durável como uma luminária desta tem preços variados entre R$ 250 e R$ 1,2 mil. A empresa ainda trabalha no estudo e desenvolvimento de novos produtos. Um funcionário faz o serviço. Eles já contam com a possibilidade de contrato de uma rede de shoppings centers de Ribeirão Preto que, caso seja assinado, a nova empresa precisará do suporte de mais 18 funcionários. Hoje, todos os sócios da Interactive Lighting exercem outros ofícios e fazem investimentos na empresa.

O engenheiro elétrico Ronald Eduardo Tristão, que produz luminárias com tecnologia LED, na incubadora

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Novos parques industriais estão surgindo225 empresas de Matão já receberam autorização para começar a construir em três distritos industriais; a previsão de instalação é de menos de dois anos

Por andressa andradeFotos Fabiano Vagner

M atão possui apenas um distrito industrial, o Adolfo Baldan, cuja área foi plane-

jada pela Prefeitura. No entanto, qua-se três mil empresas foram surgindo aos poucos em pequenos polos.

Esse cenário deve começar a mudar neste segundo semestre de 2012, com a organização de 225 empresas em três novos distritos industriais. Depois de um longo período de entrave, no final do ano passado a Prefeitura assinou os contratos de concessão de uso de área. No caso do Distrito de Toriba,

um dos três que vão se formar, os empresários que vão se instalar no local já receberam autorização para construir.

Toriba está localizado em área de 270 mil m², paralela à Rodovia Brigadeiro Faria Lima, de frente com a Via Vicente Barbosa da Silva e ao lado do Distrito Adolfo Baldan. Lá

Secretário de Desenvolvimento

Econômico de Matão, Sergio Alves de

Oliveira: “Demanda por empresas é

grande”

inVEstiMEntos

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serão implantadas 52 empresas de grande porte, como metalúrgicas e de tintas. A área já conta com três ruas asfaltadas, faltando outras três. Também já foram instaladas redes de água, esgoto e de energia secun-dária, pois o cabeamento definitivo deve ser feito até o final de julho.

O mesmo deve ocorrer no Dis-trito Industrial de Silvânia, que tem área de 316 mil m², perto da Vicinal Clito Bastia, nas proximidades do cruzamento da linha férrea. Vai com-portar 67 empresas. Lá, a autoriza-ção para construção deve sair até o final deste mês de julho, isto porque falta apenas a implantação de rede elétrica, que já foi licitada, segundo o secretário. “O saldo da balança co-mercial de Matão é de 297 milhões de dólares. Ocupamos uma posição

O Distrito Industrial de Toriba será o primeiro a

ser ocupado

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muito importante neste país e deve-mos trabalhar para este desenvolvi-mento. Por isso recebi a missão de fazer com que estes parques saiam do papel ainda neste ano”.

Já o Distrito do Portal Terra da Saudade conta com mais de 60 mil m² e fica na região do Jardim Popu-lar. A autorização para ocupação do lugar deve sair em outubro, com a implantação de rede elétrica. “Lá, implantaremos indústrias de ali-mentos e confecções, visando ab-sorver a força de trabalho dos mora-dores do conjunto habitacional que será construído ao lado.

Serão 650 casas do programa Minha Casa Minha Vida da Caixa Econômica Federal”, revela o secre-tário, que diz ainda que a Prefeitura planeja a instalação de um Parque de Transportes nesta mesma região, devido à proximidade com a Rodo-via Brigadeiro Faria Lima. Mas este é um projeto para o futuro.

DEMANDA - Sergio Alves disse que cerca de 700 empresas de-

monstraram interesse pelos terre-nos. Muitas das que foram benefi-ciadas já estão instaladas na cidade e pretendem ampliar sua capacida-de, e há aquelas que estão em pro-cesso de desenvolvimento dentro das duas unidades da Incubadora Empresarial, mantidas pela Prefeitu-ra de Matão. “Estou em Matão há 32 anos e me surpreendi com a diversi-

dade de indústrias que há nesta ci-dade. Por isso, nosso desafio en-quanto autoridade pública é trabalhar para manter estas empre-sas aqui”, diz o secretário, ressaltan-do a vocação industrial da cidade. Ele assumiu a Secretaria de Desen-volvimento Econômico de Matão em outubro de 2011, tendo os dis-tritos industriais como missão.

Algumas empresas já vão começar as obras nas áreas de Toriba

Mapeamento feito pela Prefeitura do DI de Toriba

inVEstiMEntos

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Região ganha franquia da BentecLoja oferece móveis personalizados e planejados de alto padrão

A Bentec Mobília Ambientes Pensados acaba de ser inau-gurada na cidade: são móveis

de alto padrão com design diferen-ciado para qualquer tipo de ambien-te, seja residencial, comercial, hotéis ou área de lazer.

A ideia de abrir a franquia foi de Diego e Nivaldo Elias, que já atuam no ramo de marcenaria há 25 anos. “Conhecemos a fábrica da Bentec, em Bento Gonçalves, e gostamos da qualidade dos móveis e da tecnolo-gia”, justifica Nivaldo. “É uma oportu-nidade para as pessoas comprarem produtos de alto padrão sem ter que sair de Araraquara”, complementa Diego Elias.

A loja realiza o projeto 3D para

qualquer ambiente, e o cliente tem a disposição mais de 50 cores em MDF e vidros, além de ampla linha de acessórios.

Aliás, tudo o que o cliente en-contra na Bentec está disponível para sua casa, incluindo enxoval e decoração. Segundo Nivaldo, a loja tem parceria com a Ramos Presen-tes, Juma Enxovais, Alpha Colchões Terapêuticos, Carpet-Lar, além de quadros do artista Rui César. “Temos também portas de vidro decoradas da Perlare, assinado pelo designer Victor Hugo”, acrescenta Priscila Elias.

ECOBLOCK – A Bentec é a única de Araraquara que trabalha com o material ecológico Ecoblock, uma

tecnologia inovadora que imita a madeira. É produzido a partir da uti-lização de resíduos plásticos e fibras pós-uso, sem gerar subprodutos ou contaminação ao meio ambiente. Tem variedade em cores, não precisa envernizar, não solta farpas e nem requer manutenção. Pode ser utiliza-do em decks para áreas de lazer e piscinas.

Empresa familiar: Érika, Diego, Nivaldo e Priscila Elias

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PErsonaGEM Da KaPPaAdélio Antoniosi

54 anos dedicados à indústriaDepois de 40 anos de serviços na Baldan, Adélio Antoniosi montou há 14 sua própria fábrica

Por andressa FernandesFotos Fabiano Vagner

A Antoniosi Tecnologia Agro--industrial, instalada em Matão desde 1998, emprega

em torno de 400 funcionários que trabalham na produção de imple-mentos agrícolas para o plantio, co-lheita e transporte de cana e laranja. Foi a primeira empresa do Brasil a produzir implementos com a marca

John Deere, o que antes era exclu-sividade de multinacionais america-nas. A parceria foi assinada em 2008 e hoje a Antoniosi é responsável pela produção de 80 itens da mar-ca. Produção que deve chegar a mil itens até 2015, conforme o contrato assinado. Para tanto, a empresa deve dobrar seu quadro de funcionários na construção de nova unidade em terreno doado pela Prefeitura no Dis-trito de Toriba.

Mas até alcançar este nível de empreendimento bem-sucedido, responsável pela geração de cen-tenas de empregos em Matão, a trajetória foi longa e começou a ser galgada com a aposentadoria de Adélio Antoniosi, depois de 40 anos de trabalho na indústria Bal-dan. “Sempre pensei em abrir meu próprio negócio, mas esbarrava no medo de perder o emprego”, diz o industrial matonense, que hoje

O empresário Adélio Antoniosi, em sua fábrica que hoje emprega 400 funcionários

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está com 68 anos.Em 1958, aos 13 anos de idade,

Antoniosi começou a trabalhar na Baldan, pintando arado. Ele conta que foi o 15º funcionário a ser re-gistrado. “Naquele tempo, a em-presa era pequena, éramos em 15 e trabalhávamos junto com os pa-trões”, relembra. Em 1971, iniciou o curso de Ciências Econômicas no Colégio São Bento, hoje Unia-ra, mas não concluiu. Formou-se em Administração de Empresas pela Unaerp de Ribeirão Preto em cursos extensivos que eram minis-trados em Matão. Por meio dos cur-sos profissionalizantes e dentro da

própria empresa, foi aprendendo novos ofícios e subindo de posto.

Trabalhou como torneiro mecâ-nico, ferramenteiro, desenvolvedor de protótipos e, em 1980, tornou--se gerente de desenvolvimento de produtos, função que exerceu até 1996, quando se aposentou. Como gerente, teve a oportunidade de via-jar por toda a Europa e América La-tina, participando de exposições de novas tecnologias para implementos agrícolas, o que lhe rendeu vasto co-nhecimento no setor.

RECOMEÇO - Como nunca teve vocação para ficar parado, Adé-

Reprodução de elevador de automóvel projetado por

Antoniosi

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lio acabou assinando contrato de trabalho em Brotas (SP), em uma empresa para a montagem de má-quinas de colher café. Nesta nova missão, foi enviado à Itália para aprender a tecnologia implantada lá e desenvolver 18 colheitadeiras aqui no interior paulista.

Fim do contrato e com medo de se ver desempregado, comprou um torno velho e desenvolveu um elevador de carros para exposição em fábricas e lojas de automóveis. A ideia foi patenteada e ele vendeu 400 unidades, as quais ainda são fabricadas pela empresa de Adélio, mas apenas por encomenda.

A partir daí, nascia a Antoniosi

Tecnologia Agroindustrial, que co-meçou com 14 funcionários em uma área de 2 mil m² e hoje se expande em 45 mil m². “Um dia, um usinei-ro daqui me pediu para fazer mu-danças em um transbordo de cana para melhor adequação às nossas estradas. Depois, me encomendou um transbordo só para saber se eu sabia fazer. Demorei 32 dias para concluir. Daí, ele me encomendou mais quatro e hoje tem uma frota de 150 transbordos de cana-de--açúcar produzidos por nós”, conta o empresário orgulhoso, que produz atualmente 12 transbordos por dia e exporta seus produtos para todo o Brasil, além de países como Angola

e Costa Rica.Mesmo com uma trajetória de

conquistas, fruto de seu interesse e trabalho, o matonense Adélio An-toniosi orgulha-se e muito de dizer que sua empresa é um negócio fa-miliar como muitos outros inicia-dos em Matão. Casado há 44 anos com Nadir Cadicciolli Antoniosi, tem três filhos – Adeliane, Alex e Angelica, que trabalham com ele na empresa, e os netos Pedro e Ma-nuela. “Em todos estes anos, nunca parei de trabalhar. Até mesmo quando saí de férias com a esposa para a Itália, aproveitei para com-prar uma máquina de soldar que hoje usamos na fábrica”.

Parceiros idênticos

Tantos anos de trabalho não poderiam deixar de render muitas e boas histórias no dia a dia do matonense Adélio Antoniosi. Principalmente, quando se tem um irmão gêmeo, Adelino, cópia fidelíssima, conforme ele mesmo diz, andando por aí, à solta. “Lá pelos anos de 1958, eu era um garotão ainda e um diretor da fábrica me pediu que ficasse até depois da hora do expediente para pintar um arado. Eu concordei. Só que, quando ele caminhava pela rua para a sua casa, encontrou meu irmão gêmeo e o indagou por que não estava cumprindo a tarefa passada minutos atrás. Então, ele pegou meu

irmão pelo braço e o levou até a fábrica para conferir se o trabalho estava feito. Foi aí que o diretor me encontrou trabalhando e se espantou ao ver que éramos dois [risos]. Meu irmão foi contratado na hora. O diretor disse ‘já que são dois, então você começa a trabalhar a partir de amanhã’”, recorda. “Nós aprontávamos todas. Chegamos a ter a mesma namorada e uma única carta de motorista”, confessa, ressaltando que, em muitos eventos em que é convidado a participar, acaba sendo confundido com o irmão Adelino, que também trabalha na Antoniosi Tecnologia Agroindustrial.

Adélio ou Adelino Antoniosi?: Adélio diz que até hoje são confundidos, ainda mais porque trabalharam juntos

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EntrEVista

Foco é a qualificação de mão de obra para o setor industrialIncentivar o crescimento das indústrias do Município e atrair novos investimentos são questões abordadas pelo prefeito Adauto Scardoelli

Por andressa FernandesFotos Fabiano Vagner

O prefeito Adauto Scardoelli (PT) avaliou, em entrevista exclusiva à kappa magazi-

ne, o perfil industrial diversificado que Matão conquistou ao longo dos anos e o potencial econômico que hoje a cidade goza. Ele sinaliza como foco principal de políticas públicas o investimento em qualificação de mão de obra como forma de garantir trabalho para a população e suprir as necessidades das empresas que in-vestem em modernização. Confira os principais pontos desta entrevista.

kappa magazine – Há como

definir o perfil econômico de Ma-tão hoje?

Adauto Scardoelli – Matão tem um perfil industrial, mas está en-cravada em uma região agrícola. Se compararmos Matão e Taquaritinga, lá tem mais de 1,3 mil propriedades rurais e nós temos menos de 400. Isso significa que a concentração ru-ral aqui é maior, porque temos gran-des propriedades rurais no entorno da cidade. Essas grandes áreas fazem um tripé: laranja, cana e álcool. Ma-tão, por exemplo, não tem nenhu-ma usina de álcool, somos apenas fornecedores, mas poucas cidades têm um parque industrial que nós temos, e não é só um setor, é diver-

sificado. Temos o metalúrgico que é muito forte, com a Baldan, Marche-san e Bambozzi. E também o suco de laranja: se somarmos a Citrosuco e a Citrovita, ocupamos o segundo e o terceiro lugares em exportações, re-presentando 60% de todo o produto escoado no Brasil.

kappa – Mas a variação do nível de empregos no começo dos dois últimos anos foi negativa, por quê?

Scardoelli – Nós temos uma di-versidade de fábricas muito grande. Por exemplo, nós temos fábrica de guidão de bicicleta, fábrica de alça de sutiã, de bola de futebol, equi-pamentos para montagem de fogão e que agora está ampliando para

Adauto Scardoelli (PT): ”Processo de

desenvolvimento do País hoje passa pela

interiorização das indústrias”

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fabricar peças para montagem de micro--ondas. Depois temos pequenos nichos nesse entorno. Na metalurgia, temos soldadores, tor-neiros mecânicos. Portanto, a cidade tem uma variedade industrial muito grande, o que é bom, porque quan-do você tem indústria de proces-samento para agricultura direta, o pessoal cobre essa sazonalidade. E já se espera uma supersafra de laranja para este ano. Portanto, se a econo-mia for depender só da agricultura, ela pode ter uma série de quedas. Mas, normalmente, como essas sazo-nalidades não ocorrem simultanea-mente nas cadeias produtivas, o que é bom, uma supera a outra e assim se tem a garantia de uma certa esta-bilidade econômica. Isso é bom para todos, para a comunidade em geral e para o município, que vive dessa re-ceita. Dessa forma não temos altos e baixos. Eu sempre falo que Matão é um mini ABC, encravado no Marajó agrícola.

kappa – Qual o maior fator de atração de indústrias para a cidade?

Scardoelli – O processo de de-senvolvimento do País hoje passa pela interiorização das indústrias, nos dois sentidos. Décadas atrás, as indústrias estavam no ABC por causa do porto de Santos, pois havia mão de obra formada, transporte, enfim, vantagens que o interior do Brasil não tinha. E quando o interior evolui, se prepara, isso muda de figura. Hoje, a localização geográfica das empre-sas garante logística, comunicação com a internet, energia, infraestru-tura, malha rodoviária de qualidade. Por isso que hoje se vê um êxodo muito grande das indústrias do ABC.

E o interior de São Paulo é um dos me-lhores do País, sendo

que nossa região é privilegiada. Um exemplo: costumo dizer que hoje a laranja está pulando o Tietê, chama-mos de ‘dar o salto no Tietê’, porque a terra lá é mais barata. Percebemos uma migração muito grande para a região de Avaré, Bauru. Aqui, muita gente trabalhou no plantio da cana, por causa da energia renovável, o etanol, o álcool e o alcoolduto, que começou em Ribeirão Preto e vai para o porto. Então, você vê que nós vamos ter uma mudança lenta. E nós vamos ver com mais frequência a vinda de grandes empresas para o Interior, como foi o caso da Embraer em Gavião Peixoto, o que alavancou o setor produtivo.

kappa – E como andam os in-vestimentos em qualificação dos trabalhadores na indústria?

Scardoelli – A questão de qua-lificação nós temos que correr atrás. Conseguimos trazer o Senai para Matão em 2008; antes só tinha em Araraquara. Doamos o terreno e o prédio e eles entraram com material. Agora o Senai está pequeno, por isso estamos doando uma outra área de 15 mil m² para a Fiesp para a cons-trução de uma nova sede. Também conseguimos o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, uma rede que o ex-presidente Lula come-çou a implantar em todo o País para aumentar os cursos técnicos, sendo que cada um tem mais ou menos um perfil. O nosso está mais focado para pesquisa. Inauguramos em agosto do ano passado um laboratório que só tem em Matão, importado da Alemanha, custou mais de R$ 2,5 mi-

“Eu sempre falo que Matão é um mini

ABC, encravado no Marajó agrícola”

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lhões. Esse laboratório é responsável, dentre outras coisas, por descobrir as impurezas, sejam elas em álcool, sementes. Já dispomos do curso de Tecnologia em Alimentos e vamos ter o de Tecnologia em Biocombus-tível, que vai ser o primeiro do Brasil, além da especialização em Álcool e Açúcar. O curso também consegue suprir outras carências como a falta de professores de química, física e biologia na rede pública. Muitos dos nossos alunos estão fazendo estágio nas empresas e eles saem pratica-mente empregados.

kappa – O instituto de pesqui-sa veio para despertar outra voca-ção de Matão?

Scardoelli – A tendência do nos-so instituto federal é ser um centro de estudos de pesquisas científicas no campo da energia renovável. Ob-viamente que a nossa fonte maior é o álcool, mas nós já temos plantação de mamona, babaçu, essas energias renováveis e não o fóssil do petró-leo, que é muito caro. É um negócio legal porque ele vai independer do nicho produtivo da cidade, que hoje tem um foco industrial. Antigamen-te, para plantar o milho, tínhamos que colocar cinco tipos de veneno; hoje, já temos sementes que não precisamos mais pulverizar, porque já vêm com essa tecnologia. E nós vamos vender esta tecnologia para todo o Brasil. O País tem que inves-tir em pesquisa, porque se não tiver conhecimento, ficamos atrasados e o desenvolvimento depende disso. Por isso que a Dilma, corretamente, está fazendo este intercâmbio internacio-nal para a formação de profissionais: nossos jovens vão lá, aprendem e voltam para trabalhar aqui.

kappa – A Prefeitura está for-mando mais três distritos indus-

triais, que vão comportar mais de 200 empresas, mas pelo menos 700 empresas buscam terrenos para investir no setor industrial. Como atender essa demanda?

Scardoelli – Se cria uma ilusão, que é o mau da promessa na políti-ca, de que o prefeito é mágico, que resolve o problema de falta de em-

prego, traz indústrias. O Brasil mos-trou que o desenvolvimento com a geração de emprego e renda é uma dinâmica que está atrelada à políti-ca nacional. Agora, nós temos uma característica rara que poucas cida-des têm, nós temos um nicho de empresas, a maioria delas é familiar, e outras multinacionais. Adotei essa política de cessão de áreas, porque nós vamos pegar empresas que

hoje têm cinco, dez empregados e elas vão se transformar em empre-sas de 20 e 30 funcionários. A ques-tão não é só preservar as empresas, é também dar condições para que elas cresçam e aí o próprio nicho vai atraindo empresas que vão agre-gando valores umas às outras. Um exemplo disso: houve época em que a Marchesan teve mais de 3 mil funcionários, sendo 300 soldadores. Hoje, ela tem três robôs que fazem a solda. Então, para cada robô daque-le, vamos contar umas 30 pessoas e aquele antigo soldador, hoje, não está necessariamente trabalhando mais na solda. Ele formou outra em-presa menor, que é manual, ou ele se qualificou e está dirigindo o robô. O primeiro curso que consegui tra-zer para cá, com a parceria da CUT e da Unicamp, era o Projeto Integrar, cujo objetivo é qualificar a mão de obra metalúrgica, porque com o avanço da mecanização da cana, te-mos que qualificar essa pessoa para um novo posto. Assim, vamos in-centivando novos investimentos no setor industrial.

“A questão não é só preservar as empresas que temos, é também

dar condições para que elas cresçam”

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Eleições 2012 já têm seus personagens definidosMatão está dividida em relação aos três pré-candidatos à prefeitura, o que promete uma disputa acirrada

Por andressa Fernandes Fotos Fabiano Vagner e Divulgação

O cenário para as eleições municipais deste ano em Matão já está delineado e

registra seus personagens. A cidade já possui a confirmação de três pré--candidatos à prefeitura, os quais entram em campanha oficialmente a partir do dia 6 de julho, após ratifi-cadas as candidaturas junto à Justiça Eleitoral. As convenções acontece-ram na última semana de junho. A opinião pública está bastante dividi-da e os três précandidatos aparecem tecnicamente empatados.

Chico Dumont (PT)

O pré-candidato do PT, José Fran-cisco Dumont, tem o apoio do atual prefeito Adauto Scardoelli (PT). A pré--candidatura de Chico foi ratificada no dia 29 de junho em convenção dos partidos da coligação que são PT, PMDB, PPS, PDT, PC do B e PT do B. O evento aconteceu na Câmara Munici-pal. Seu vice-prefeito será Wilson Luiz Bertachini, o Moio, vereador por vá-rios mandatos em Matão pelo PMDB.

Quanto ao plano de governo, Dumont disse que ainda está sendo formatado conforme as discussões

que têm tido nos últimos dias. “Es-tamos fazendo reuniões com os pré--candidatos a vereadores da nossa coligação e também com a popula-ção, ouvindo os pedidos e necessi-dades mais urgentes para formatar este plano de governo que iremos registrar na Justiça Eleitoral logo na primeira semana de julho”, informa. O pré-candidato afirmou que, se eleito for, deve dar continuidade a todas as ações do prefeito Scardoelli. “O projeto é de continuidade, temos várias obras em andamento hoje na cidade e pretendemos trabalhar pela conclusão e entrega destas obras. Também estamos desenvolvendo

Chico Dumont (PT)

Neto Masselani (DEM)

Edinardo Esquetini (PSB)

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estratégias de ação em vários outros setores, conforme o que temos ouvi-do da população, como saúde, distri-tos industriais e habitação” disse.

Chico Dumont, que é aposenta-do do Banco do Brasil, afastou-se re-centemente do cargo de secretário de Saúde de Matão, para entrar nas eleições. Ele participou diretamen-te dos três mandatos de Adauto Scardoelli. Revelou que seu nome sempre foi cogitado para disputar a Prefeitura de Matão dentro do par-tido, afirmando que não houve dis-putas internas. “Sou militante do PT desde sua criação em Matão e fui o primeiro candidato a prefeito do partido na cidade, isso no ano de 1989. Depois, levantamos o nome do Adauto, que sempre foi muito bem recebido pela população por seu trabalho e, como agora ele não pode mais se candidatar, meu nome foi o primeiro a ser falado pe-los colegas partidários, saiu espon-taneamente. Claro que também contei com a aprovação de minha família”. Ele informa que pretende levar pessoalmente suas propostas de plano de governo à população. “No PT já temos tradição de andar de casa em casa, conversar com as pessoas, e é isso que vamos fazer”, finaliza.

Edinardo Esquetini (PSB)

O vereador Edinardo Esquetini (PSB) é outro nome deste cenário elei-toral. Sua pré-candidatura foi lançada no dia 26 de junho em evento na Câ-mara Municipal. Sua vice está definida e trata-se de Cleuza Salatta (PSB). Des-ta forma, apesar da coligação “Juntos vamos fazer muito mais” com o PSC,

PSL, PSOL e PSD, o PSB lança uma “cha-pa pura” para concorrer às eleições.

Esquetini informou que até o começo de julho seu plano de go-verno deve estar formatado para registro junto à Justiça Eleitoral com a sua candidatura. Ele disse que falta apenas terminar a ata dos trabalhos. O documento está sen-do feito por uma equipe com base em seu trabalho junto à população nos últimos sete anos como verea-dor. “Muitas coisas na cidade têm que ser melhoradas, seja na saúde, segurança, emprego. Matão tem próprios públicos bons, mas o que adianta se não temos organização e profissionais para trabalhar nes-tes prédios. Afinal, os Programas de Saúde da Família (PSFs) precisam de médicos”, critica ele.

O pré-candidato também res-salta as empresas que ficaram de fora das doações de terrenos nos três novos distritos industriais que começam a sair do papel neste ano. “Matão fala que tem distritos, mas não tem para todas as empresas e elas estão indo embora, fora as que deixaram de vir para a cidade. São empresas com capacidade para 30, 40 funcionários. Temos muitas áreas em locais excelentes e que pode-riam servir de novos distritos, faltou empenho”, diz.

Esquetini trabalhou no Banco do Povo Paulista até o ano de 2004, quando se afastou para concorrer às eleições e ganhou como o 4º verea-dor mais votado. “Nesse período me dispus a dedicar-me integralmente à política, por isso atuo em várias áreas, conheço a população, conhe-ço os caminhos para buscar uma saúde melhor, uma educação de qualidade, os caminhos para chegar

aos governos estadual e federal”.Ele conta que seu nome foi co-

locado como candidato dentro do partido por unanimidade dos inte-grantes e por aparecer desde 2009 nas pesquisas realizadas com a po-pulação. “Minha candidatura está bem alicerçada, não é empurrada, pois ela veio da população que co-meçou a pedir por ela. Tenho muito apoio do partido estadual e federal”, afirma. O pré-candidato informou que tão logo possa ser registrada sua candidatura, participará de reu-niões diárias com partes da popula-ção para a divulgação de seu plano de governo.

Neto Masselani (DEM)

Um terceiro nome para concorrer à Prefeitura de Matão é o de Ernes-to Masselani Neto (DEM). Sua pré--candidatura foi colocada pela pri-meira vez oficialmente em evento do PSDB no mês de junho, que marcou a união das duas siglas para as próxi-mas eleições.

O pré-candidato do DEM dispu-tou também as últimas duas eleições para a Prefeitura de Matão. Empresá-rio do ramo de transportes, já foi as-sessor parlamentar da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Matão.

O diretório municipal do PSDB chegou a cogitar em lançar can-didatura própria à prefeitura, mas acabou se resolvendo pela coliga-ção com o DEM.

A definição do vice aconteceu no dia 29, em que foi escolhido o nome do presidente local do PSDB, Moacir Maturro.

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Ensino de qualidade para os filhos dos trabalhadores da indústriaO Centro de Atividades do Sesi Matão é o segundo do país no número de atendidos, o que rende educação, esporte e lazer de qualidade para seus filhos

Por andressa FernandesFotos Fabiano Vagner

Em 1996, Matão foi a segunda cidade brasileira a ser contem-plada pela superintendência

do Serviço Social da Indústria (Sesi) a receber um Centro de Atividades, a primeira foi Votorantim (SP). A dife-rença desta unidade para as demais é que, além dos prédios escolares, ela possui uma grande área para cul-tura e lazer. Para a ampliação da sede foram investidos R$ 7 milhões na construção de quadras esportivas, campos de futebol, sendo um com grama artificial, piscina aquecida, refeitório para os alunos e salas de

dança e academia, numa área de 88 mil m². Ela também possui laborató-rios e salas de informática completas e modernas, salas para atividades lú-dicas, como aulas de música e teatro e uma biblioteca com um acervo de 10 mil livros.

Hoje, o Sesi Matão se responsa-biliza pela educação de 491 alunos que cursam desde o primeiro ano

do ensino fundamental até o tercei-ro do ensino médio. Há dois anos, também mantém quatro turmas de período integral, onde os 193 alunos têm aulas normais da grade curricu-lar e no segundo período fazem au-las de informática, robótica, dança, teatro, natação, dentre tantas outras. Por dia, eles recebem três refeições, sendo que a unidade prepara e serve

Uma das salas do ensino fundamental do Sesi Matão

Alexandre Minghin, diretor do Sesi Matão

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mais de 6,7 mil por mês e mais de 8 mil lanches no mesmo período.

O Sesi Matão é ainda responsável pelas unidades de Monte Alto (SP), onde possui 740 alunos; e Jabotica-bal (SP), com 642 alunos dos ensinos fundamental e médio.

Todos os serviços são gratuitos e visam acolher os filhos de empre-gados das indústrias. “Por ano, abri-mos apenas 128 vagas. Isso porque, além de reservarmos vagas para os alunos que já estudam aqui, temos um controle das crianças, filhos de trabalhadores da indústria que irão entrar em idade escolar, então, estas vagas também são pensadas e re-servadas”, confirma o diretor do Sesi Matão, Alexandre Minghin. Ele diz ainda que, por meio de uma parceria com o Senai, hoje os alunos do ensi-no médio podem fazer cursos profis-

sionalizantes paralelamente às aulas.

EJA - O Sesi também monta salas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que podem ser ministradas na unidade ou nas próprias indústrias, variando conforme a disponibilidade dos trabalhadores e as parcerias fir-madas com os industriários. A qualifi-cação profissional dos trabalhadores também não para por aí. A entidade desenvolve programas específicos de acordo com os pedidos das em-presas. “Nossa principal vertente é

trabalhar de modo que a indústria procure o Sesi e nós possamos ir até ela. Por exemplo, temos um projeto onde levamos profissionais de saúde para as empresas para avaliação dos funcionários. Além de um questioná-rio, eles passam por exames simples. Esse material é compilado em um diagnóstico onde se verifica o perfil do seu quadro de funcionários: se há hipertensos, diabéticos, sedentários. Assim, o empresário pode pensar em ações especificas voltadas a suprir as necessidades destes trabalhadores e

Aula de informática: uma das atividades do segundo período de aulas

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nós também direcionamos os nossos programas”, conta Alexandre. No ano passado, 20 indústrias participaram deste programa.

Ele cita também outro exemplo: 1,5 mil cortadores de cana de uma usina que fazem todos os dias pela manhã ginástica laboral com uma professora do Sesi. A atividade traz melhorias para a vida e o trabalho destas pessoas. E estas são as metas de trabalho do Sesi: educação, saú-de, esporte, cultura, nutrição e res-ponsabilidade social. Nos dois últimos anos, a procura pelos projetos cresceu 25%, e é esta procura que qualifica ain-da mais os serviços da unidade, que hoje tem mais de cem pessoas em seu quadro de funcionários.

O Sesi na comunidade

Além das atividades curriculares da escola Sesi, a unidade também abre seu espaço para a comunidade. Hoje, ela dispõe de mais de 9 mil associados que têm acesso à área de lazer, como a piscina e os quiosques; à academia e aulas de ginástica e aos campos e quadras esportivas. As atividades são marcadas em horários e dias específicos. Os associados precisam ter uma carteirinha e pagar uma taxa simbólica para utilizar os serviços. “O interessante é que conforme aumenta o número de associados, diminui o valor da taxa de mensalidade. O Sesi hoje é visto como um campus e não mais como um clube”, afirma o diretor Minghin. Mensalmente, cerca de 15 mil pessoas passam pelo Centro de Lazer e Esporte do Sesi.A entidade também volta seus projetos para a comunidade, como é o caso do programa Atleta do Futuro, que hoje tem 400 alunos de 6 a 17 anos, em diversas modalidades esportivas. Qualquer um pode participar, pois o intuito é implantar os benefícios da prática esportiva na sociedade, incentivando essas pessoas para hábitos mais saudáveis. As equipes chegam a participar de campeonatos pela região. Outro setor que está em franca expansão em Matão, e com desenvolvimento do Sesi, é o de projetos culturais. Tanto que para este ano, estão programadas mais de 40 atividades, entre apresentações de teatro, música, dança, exposições de pinturas e fotografias. Tudo gratuito e aberto à comunidade que deseja participar. Há, inclusive, visitas monitoradas para alunos de todas as escolas da cidade. A intenção é contratar o trabalho de artistas locais, como também entrar no calendário cultural local, fazendo com que a comunidade conheça seus próprios trabalhos e alavancando renda no setor. Cerca de 1,6 mil pessoas participam atualmente dos variados projetos do Sesi.

Na quadra, o estímulo ao esporte

Quadra descoberta para quem é adepto de futebol

Exposição de fotografias faz parte das atividades culturais

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Alunos aprovam o sistema didático

“Gosto muito de estudar aqui, é tudo muito legal, mas gosto mais das aulas de português e matemática. Quando eu crescer, quero ser artista plástico”, conta Wellinton Roger da Silva, 12 anos, aluno da 6ª série do fundamental. Ele faz parte da turma de período integral, por isso tem acesso às aulas de robótica, informática, orientação de estudo e vivência tecnológica. Ele diz que tem facilidade para desenhar e por isso participa de aulas de pintura em tela e desenhos de mangás (HQ japonês). Daí, a vontade de ser um artista. Elogiado pelos professores, no ano passado ele foi premiado em primeiro lugar em um concurso de redação e ganhou uma viagem para um parque de diversões em Santa Catarina.Da mesma forma, Aline Gabrieli da Silva, 9 anos, aluna do 4º ano do fundamental, aprova a escola que frequenta também desde o primeiro ano. “A comida daqui é um espetáculo. É muito gostosa e eu não jogo nada fora, temos que evitar o desperdício”, conta a menina indicando que as monitoras e nutricionistas da escola também fazem a orientação das crianças para uma alimentação mais saudável.

Aline Gabrieli da Silva, 9 anos, aluna do 4º ano do fundamental: “A comida daqui é um espetáculo”

Academia com equipamentos de

última geração

Complexo de piscinas

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EsPortE

Atleta bom de bola é aluno bom de escolaMais de quatro mil garotos já passaram pelo projeto esportivo mantido pelo grupo Fischer

Por andressa Fernandes Fotos Fabiano Vagner

H á dez anos, o grupo Fischer mantém um projeto espor-tivo com garotos de 10 a 16

anos, montando equipes de fute-bol com treinamento profissional e que participam de campeonatos no estado de São Paulo. Neste tempo, o Projeto Bom de Bola na Escola já atendeu mais de quatro mil garotos e lançou jogadores que hoje figuram em equipes profissionais do futebol brasileiro, como o Alberto Rafael da Silva, ou somente Rafael, que já jo-gou em clubes do interior paulista,

passou pelo Fluminense entre 2009 e 2011 e joga hoje pelo Botafogo de Ribeirão Preto. Outro é o goleiro Car-los Eduardo Lulio, o Mandioca, leva-do pelo Palmeiras ainda adolescente, além de Eliandro, atacante do Cruzei-ro (MG) e Victor Russo, goleiro juvenil da Portuguesa.

O trabalho desenvolvido com os jovens tem muitos resultados posi-tivos, porém, seu objetivo principal não é ganhar campeonatos nem lançar estrelas do futebol. Vai muito além. Segundo Wilson Rodrigues, co-ordenador do Bom de Bola, o projeto visa um futuro melhor para os garo-tos, oferecendo novas perspectivas

social, esportiva e cultural. Isso por-que, para participar do projeto, os 110 garotos selecionados têm que comprovar rendimento diferenciado na escola, aplicando-se nos estudos e tirando boas notas.

“Aqui, eu nunca fui cobrado pela coordenadoria da empresa sobre

Garotos treinam no campo cedido pela Prefeitura e mantido pela Fischer

Dedicação total durante os treinos do Bom de Bola na Escola

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posição em campeonatos, sobre nú-mero de troféus. A cobrança é para saber o desempenho destes garotos na escola, nota, frequência e postura. Posso dizer que a grande maioria se compromete”, confirma Rodrigues. E os garotos se dedicam, mesmo por-que quem não tira boas notas, não entra nos jogos e não participa dos passeios culturais. Todos os anos as turmas participam de atividades, que incluem visitas a museus, expo-sições, teatro, cinema e biblioteca. “Fazemos passeios para São Paulo, no Museu do Futebol no Pacaembu, também na praia de Santos, onde uma turma conheceu um dos navios da Fischer, responsável pela exporta-ção de suco de laranja para a Europa, e de quebra deram uma chegadinha à Vila Belmiro, casa do Santos Fute-bol Clube”, detalha o coordenador.

Dos resultados obtidos, foram comprovados melhoras nas notas e do comportamento no ambiente es-colar. Também foi registrado aumen-to da frequência. Nos campos, o sal-do não é diferente. De 2002 a 2007, os atletas conquistaram 30 títulos, sendo 20 campeonatos, 10 vice--campeonatos e 2 terceiros lugares.

Eles participam ainda de pales-tras sobre profissionalização, conhe-cendo novas oportunidades de for-mação, e fazem visitas às empresas do grupo Fischer.

REQUISITOS - São requisitos de seleção os garotos serem matricula-dos na rede pública de ensino, com prioridade para aqueles de famílias carentes. Eles treinam quatro dias por semana em um campo cedido pela Prefeitura de Matão e mantido pela Fischer. Têm transporte gratuito, merenda e atendimento médico e odontológico. Todos os garotos rece-bem uniformes novos e são respon-sáveis pela conservação deles.

Os pais são chamados, tomam conhecimento de todo o trabalho desenvolvido e assinam um compro-misso de contribuir para a participa-

Uma amostra dos resultados em campo

na sala de troféus

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ção do jovem.“Assim que completam 16 anos,

eles têm que abandonar o projeto, mas até lá já estão preparados para o futuro, sendo muitos encaminhados para equipes profissionais e ama-doras da região”, ressalta Rodrigues, garantindo que cada aluno que de-monstra interesse em seguir carreira no futebol tem amparo jurídico e psi-cológico pelos profissionais do Bom de Bola. “Entramos em contato com as equipes para indicar nossos ga-rotos. Há ainda muitos olheiros nos campeonatos que disputamos pelo Estado, que demonstram interesse e vêm nos procurar. Filmamos todos os jogos e mandamos o CD quando procurados pelas equipes”, completa o coordenador Wilson.

Ainda de acordo com ele, aconte-cem duas seleções por ano e geral-mente são escolhidos poucos garo-tos, isso porque cada um pode entrar com 10 anos e ficar até os 16. A cada saída, um novo garoto é convocado, conforme a ordem de classificação nas peneiras. Os critérios seguidos incluem avaliação inicial da criança feita por assistentes sociais, avalia-ção bimestral educacional e exame médico admissional e periódico.

Higor Donato quer fazer história como goleiro

O goleiro Higor Donato Braga mostrou a que veio logo que che-gou ao projeto, com apenas 10 anos. Foi em uma decisão de campeonato contra o Matão Atlético Clube, quan-do a partida foi para os pênaltis e ele agarrou uma bola que tinha tudo pra entrar no gol.

Ano passado, o garoto, que hoje está com 15 anos, fez teste para o

Higor Donato Braga, goleiro, há cinco anos no Bom de Bola

O coordenador Wilson Rodrigues: “Projeto visa dar oportunidade de um

futuro melhor para os garotos”

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Corinthians, mas acabou não sendo selecionado. Mas ele diz que não de-sanima. Sabe que quando comple-tar 16 anos terá de deixar o projeto Bom de Bola e, por isso, já começou a demonstrar interesse pelas equi-pes profissionais do interior paulista. Diz que quando pequeno chegou a jogar na linha, mas sempre quis mes-mo defender o gol, influenciado pelo pai Leandro, que chegou a ser golei-ro pela Matonense Junior. “O projeto é uma grande oportunidade. Aqui temos a chance de praticar um es-porte com treinamento profissional ao invés de estar nas ruas. Foi muito importante para mim”, diz o garoto. Ele revela ainda que pretende seguir com os estudos, pois ainda cursa o 1º ano do ensino médio.

Ex-goleiro Veneno é treinador exclusivo da posição

Com tantos goleiros lançados pelo projeto e que hoje figuram em equipes profissionais, só poderia ter um motivo muito especial. É que no projeto, os goleiros têm treinamen-

to separado dos demais jogadores, com um treinador exclusivo. E eles treinam nada mais, nada menos do que com o Luiz Pinto, o Veneno, nas-cido em Matão e que já brilhou em diversas equipes do interior paulis-ta. Veneno foi destaque da edição 3 da kappa. Modesto, ele diz que o importante não é descobrir craques, mas trabalhar pela nossa juventude. “Só de tirar essa criançada da rua já é uma grande vitória, ver eles se inte-ressarem pelo esporte, se esforçarem por isso. Claro que é gratificante ver nossos garotos brilhando em gran-des equipes; é sinal de que nosso trabalho está surtindo efeito”, revela o ex-goleiro.

Veneno afirma ainda que um bom goleiro já tem algo diferencia-do, tem vocação, e que em campo basta aprimorar este talento com as técnicas. “Ele não pode ter medo de se jogar e cair. Na minha época não tinha essa coisa de goleiro alto e tí-nhamos bons profissionais”, finaliza o treinador.

O ex-goleiro Luiz Pinto, o Veneno: “Goleiro tem

que ter vocação”

De repente, zagueiro

“Quando garoto, eu jogava futebol só de brincadeira, aí, vim com um amigo meu conhecer o projeto e gostei tanto que acabei participando da seleção e ficando”, relata o zagueiro de 15 anos, Gabriel Pereira Bianchini. O garoto conta que tem vontade de ser jogador de futebol e que o projeto lhe proporcionou técnicas de posicionamento em campo, como controlar erros de passe, cuidado com jogadas fortes e o respeito ao adversário. Jogando pelo Bom de Bola, Gabriel já conquistou dois campeonatos regionais e conseguiu melhorar as médias escolares. “Aprendi aqui que se eu me esforçar, sempre vou conseguir tudo o que eu quero. E jogador de futebol também tem que estudar, por isso, vou terminar meus estudos, mesmo se entrar para uma equipe profissional”, finaliza o garoto, acrescentando que tem vontade de estudar arquitetura.

Gabriel Pereira Bianchini, zagueiro, 15 anos: “Aprendi aqui que se eu me esforçar, sempre vou conseguir tudo

o que eu quero”

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KaPPinHa

Por andressa FernandesFotos Fabiano Vagner

V itor José Ramos, 12 anos, e sua trupe de amigos, o João Vitor da Silva, de 11 anos, e o

Victor Eduardo Reina da Silva, de 12 anos, estão sempre juntos: estudam na mesma sala do 6º ano do ensino fundamental no período da manhã, e passam as tardes juntos sempre brin-cando, na maioria das vezes, na praça perto de casa. E aí, tudo é diversão. A galerinha gosta de soltar pipa, jogar bolinha de gude, também de futebol e, porque não, de videogame.

No caso das bolinhas de gude, Vi-tor José herdou a habilidade da mãe, Maria José da Silva Tomé. Joga des-de cedo e hoje o menino tem duas garrafas de refrigerante de dois litros cheias de bolinhas de gude. Parte ele mesmo comprou e o restante ga-nhou de um tio que também gosta-va de jogar com ele.

“Bolinha de gude eu jogo na pra-ça perto de casa, mas futebol só pos-

so jogar no quintal, porque minha mãe tem medo da bola correr para a rua. E, em casa, não tem tanto es-paço”, diz Vitor, que não esconde o orgulho que tem de sua coleção de bolinhas de gude. “Eu não costumo apostar as bolinhas. Todas são mi-nhas, então empresto para os meus amigos. Sou eu que costumo chamá--los para brincar”, conta o garoto, que ensinou os amigos a jogar. “A gente se diverte bastante jogando”, diz o Victor Eduardo. “Eu já tive muitas bo-linhas, mas acabei perdendo todas. Também tinha esquecido como se jogava, mas agora brincamos sem-pre”, completa o amigo João Vitor.

Não se faz ideia de quando surgiu a brincadeira com bolinha de gude, mas se sabe que é muito mais antiga do que muita gente imagina, bem antes do tempo do vovô. Um museu na Inglaterra tem bolinhas encon-tradas na ilha de Creta, na Grécia, datadas de 2000 a.C., feitas de diver-sos materiais. O historiador Câmara Cascudo, autor do livro Dicionário do

Folclore Brasileiro, conta que também há registros desta brincadeira duran-te o Império Romano.

Então o jeito é juntar os amigos para uma partida e garantir que a brincadeira continue sendo passada pelas gerações.

BOM MESMO É SOLTAR PIPA – Outra brincadeira antiga que atrai a criançada matonense é a pipa. Nada mais gostoso para a garota-da em dias de sol e muito vento do que soltar pipa ou papagaio no céu. É o que faz nas horas vagas o garoto Juan Carlos dos Santos, de 10 anos. Sempre que tem um tempinho, lá vai ele levantar a pipa com a turma da rua onde mora em Matão. “Aque-la ali enroscada no fio, perdi ontem, enquanto tentava sair da pipa de ou-tros meninos que queriam me derru-bar. Eu também gosto de derrubar a pipa dos outros, mas sempre devol-vo quando pego, porque todos eles são meus amigos”, comenta.

E ele gosta mesmo de fazer e de

Brincadeira de criançaA violência das ruas acabou com algumas brincadeiras de antigamente, mas há aqueles que não dispensam uma disputa de bolinhas de gude ou uma pipa

KaPPinHa

Por andressa FernandesFotos Fabiano Vagner

V itor José Ramos, 12 anos, e sua trupe de amigos, o João Vitor da Silva, de 11 anos, e o

Victor Eduardo Reina da Silva, de 12 anos, estão sempre juntos: estudam na mesma sala do 6º ano do ensino fundamental no período da manhã, e passam as tardes juntos sempre brin-cando, na maioria das vezes, na praça perto de casa. E aí, tudo é diversão. A

so jogar no quintal, porque minha mãe tem medo da bola correr para a rua. E, em casa, não tem tanto es-paço”, diz Vitor, que não esconde o orgulho que tem de sua coleção de bolinhas de gude. “Eu não costumo apostar as bolinhas. Todas são mi-nhas, então empresto para os meus amigos. Sou eu que costumo chamá--los para brincar”, conta o garoto, que ensinou os amigos a jogar. “A gente se diverte bastante jogando”, diz o Victor Eduardo. “Eu já tive muitas bo-linhas, mas acabei perdendo todas. Também tinha esquecido como se jogava, mas agora brincamos sem-

Folclore Brasileiro

Brincadeira de criançaA violência das ruas acabou com algumas brincadeiras de antigamente, mas há aqueles que não dispensam uma disputa de bolinhas de gude ou uma pipa

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soltar a pipa. “Às vezes eu faço e às vezes eu compro. Gosto de comprar as folhas de seda coloridas e depois invento um modelo legal. No come-ço, elas ficavam um pouco tortas, agora faço direitinho. Aprendi a sol-tar pipa com meu tio Rafael, eu devia ter uns 3 anos de idade. Como meus pais trabalham fora, acabam não tendo tempo de me levar em cam-pos e áreas abertas para soltar pipa, por isso brinco aqui na rua em fren-te de casa com meu primo Murilo e os meus vizinhos”, diz Juan, que no momento tem duas pipas rasgadas e três novinhas.

Além de aplicado, o garoto é consciente e responsável, pois sabe os motivos pelos quais não se deve usar cerol na linha da pipa, material feito com vidro moído para cortar a pipa dos outros. “É perigoso e pode machucar alguém, principalmente motoqueiros”, diz. “Gosto de dar re-tão’, que é quando você baixa a pipa de uma vez. Gosto de ‘dar carioca’, que é quando você dá muita linha na pipa porque está sem vento. Para derrubar a pipa dos outros, eu ergo a minha e tento enrolar nas rabiolas para descer a pipa deles”, diz Juan que, como os garotos de antigamen-te, se recusa a ficar dentro de casa em frente ao computador ou videogame.

O garoto, que estuda no perío-

do da tarde e está no 4º ano do en-sino fundamental, também acorda cedo três vezes por semana para treinar futebol. Ele ocupa, há um ano, a posição de zagueiro e já dis-putou campeonatos em Taquaritin-ga e Itápolis.

Victor Eduardo, Vitor José e João Vitor: inseparáveis,

com suas bolinhas de gude na praça

O garoto Juan Carlos dos Santos gosta de fazer e soltar as pipas

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intErnEt

Região ganha portal k3 O site de notícias, entretenimento e serviços cobre Araraquara, Matão e região

Por Fernanda Manécolo Foto Fabiano Vagner

A Abelhaneda Editora e Servi-ços de Comunicação, editora da kappa magazine Matão,

Araraquara e São Carlos, lançou mais um produto jornalístico que em me-nos de 20 dias conquistou leitores de toda a região. É o portal k3, que ofere-ce a melhor cobertura jornalística, de entretenimento e de serviços. O portal, que está sendo desenvolvido desde 2011, tem o objetivo de atender toda população de Araraquara e região.

O diferencial do k3 é a completa interatividade com o leitor, podendo ele escolher suas notícias favoritas e ter em destaque apenas as editorias que mais gosta. Ambientada em 2.0, o internauta organiza a home da for-ma que preferir e interage com redes sociais, envia e-mail e fala direta-mente com a equipe k3, mandando críticas e sugestões de pauta.

O objetivo do k3 é informar com ética e credibilidade, mas com a ra-pidez que um site pede. “Queremos que os nossos internautas tenham as notícias em primeira mão. Estamos

lançando um produto que vai infor-mar e prestar serviço à população”, diz Luciano Abelhaneda, diretor da Abelhaneda Comunicação.

O k3 conta com 12 editorias, mais de 20 subeditorias e um ban-co de imagens de acesso livre. Na editoria de notícias, por exemplo, o internauta terá acesso a conte-údos diários sobre Cidade, Econo-mia, Política, Polícia, Região, entre outros. Destaque também para as editorias de Esportes, Divirta-se, Pet, Autoka, Casa, Publidigital, Be-leza, Cultura, Moda e Estilo, Saúde

O diretor Luciano Abelhaneda

discursa na festa de lançamento do

portal k3

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e Bem-estar e um banco de ima-gens recheado de fotos.

Além destas, o k3 terá o Karaka, uma coluna social que abrirá espaço para os principais eventos e baladas.

A navegação pelo site é fácil e intuitiva. A visualização também chama atenção pelo layout moder-no e limpo. “Com o portal, queremos aliar a modernidade da web, já que não podemos negar que o virtual tem tomado cada dia mais conta das nossas vidas, com o bom jornalismo”, resume Abelhaneda.

MARCO - Na opinião de Adílson Haddad, diretor comercial, não será apenas um novo produto jornalístico e de entretenimento e, sim, um marco para a publicidade. “Este portal está antenado com o dia a dia da cidade e região de uma forma ágil, moderna e atuante. Será uma opção de ferra-menta muito eficaz para os publicitá-

rios, pois a expectativa no número de acessos é enorme, passando a ser a re-ferência em informação de qualidade”, enfatiza Haddad.

E para garantir informação rápida e com credibilidade, o portal k3 reuniu uma equipe grande de profissionais competentes e comprometidos, que chegou para somar às equipes jorna-lística e comercial da revista kappa, já se consolidada como importante veí-culo de comunicação da região.

O portal k3 tem Marcia Bessa Martins como editora-chefe e, ao seu lado, as editoras Fernanda Manéco-lo e Fernanda Miranda. Das equipes que circulam pelas ruas da cidade fazem parte os repórteres Fernanda Andrade, Gabriela Marques, Marcos Leão, William Bizarro, Patricia Pia-centini, Micheli Valala e Andressa Fernandes, e os fotógrafos Fabiano Vagner, Kris Tavares e Lucas Tannuri.

Confira: www.portalk3.com.br

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Criolipólise: lipo sem agulhas O procedimento é feito por meio de equipamento não invasivo

Q uem não gosta de fórmulas promissoras e eficientes para acabar com a gordura loca-

lizada? Essa é uma questão que não envolve somente as mulheres; muitos homens vão às clínicas de estética à procura de procedimentos capazes de melhorar seu porte físico. A academia define e muito, a alimentação saudá-vel é essencial, mas a ajuda da ciência também é bem-vinda quando se pen-sa em potencializar o tratamento.

Há dois anos foi apresentada uma nova técnica chamada criolipólise,

que pode revolucionar o tratamento da gordura localizada, isso porque segue linha oposta das usadas até então. A técnica foi desenvolvida por pesquisadores da Harvard Medical School, de Boston.

“O método consiste em resfriar o corpo de maneira gradual, até con-gelar a gordura subcutânea, sen-do que o frio é capaz de provocar a desagregação dos adipócitos, as células envolvidas na síntese e arma-zenamento de gorduras. Desta ma-neira as células de gordura são dani-ficadas e metabolizadas pelo sistema linfático; o organismo reage com uma resposta inflamatória que leva à eliminação dessas células”, explica a fisioterapeuta, especialista em saúde da mulher, Vanessa Falconi.

Ela aponta como outra grande no-vidade o fato de o procedimento ser feito por meio de equipamento não

invasivo, ou seja, a ponteira do apare-lho é apenas pressionada na área a ser tratada e resfria o local sem machucar a pele. Outra vantagem é que não são utilizadas agulhas nem cânulas, nem há necessidade de anestesia e a re-cuperação é rápida. “A paciente faz o tratamento e ao final da sessão pode voltar as suas atividades normais na mesma hora”, pontua a profissional.

O aparelho é utilizado a 4ºC e a sensação, de acordo com Vanessa, é a de um pequeno puxão. Os efeitos colaterais são discretos; a pele pode ficar um pouco sensível e vermelha devido ao resfriamento. O método é indicado para pessoas que estão com peso ideal, porém possuem gordurinhas localizadas. Uma sessão pode durar entre uma e três horas.

Portanto, é importante uma opi-nião médica para o melhor direcio-namento de tratamento.

saÚDE

Vanessa Falconi, fisioterapeuta,

especialista em saúde da mulher

Um dos equipamentos utilizados no procedimento de criolipólise

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VariEDaDEs

O senhor das Copas: 62, 70 e 86Paulo Cesar Álvares já foi prefeito de Dobrada, empresário e jogador de futebol. Mas do que se orgulha mesmo é de ter assistido à seleção brasileira em três Copas do Mundo

Por andressa FernandesFoto Fabiano Vagner

P aulo Cesar Álvares nasceu em 1932, em Pirajuí (SP). Entrou para a política mais tarde e,

em 1973, foi eleito prefeito de Do-brada (SP). Mas isso é uma outra his-tória, boa como as tantas que o seu

Paulinho, como é conhecido pe-los amigos, tem pra contar.

Ele, que morou também em Descalvado, foi para Dobrada com 14 anos e trabalhava junto com o pai e os irmãos na fazenda de café da família e no armazém de secos e molhados, onde tam-bém vendiam gasolina.

de café da família e no armazém

Paulo Cesar Álvares, em sua residência, com

lembranças que trouxe das três Copas do Mundo

Na década de 50, com o uniforme da Matonense

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Formou-se professor normalista em 1950. Tinha futuro garantido e pro-missor com os negócios do pai, mas era apaixonado por futebol, chegando a jogar profissionalmente por todo o interior paulista. Começou em Matão. Com 16 anos, defendeu o Grêmio Es-tudantil de Matão, depois jogou pela Matonense, sendo campeão em 1954, Sãocarlense, Clube Atlético de Taqua-ritinga, Catanduvense e vários outros. Chegou a ser campeão pelo Guaribi-nha na categoria Amador do Interior. Morou um ano em São Paulo.

Mas a conquista do primeiro cam-peonato mundial de futebol pela se-leção brasileira, em 1958, mudou sua vida. “Escutei os jogos pelo rádio. E na escalação daquele nosso time tinha um garoto de 17 anos chamado Edson Arantes do Nascimento, que deixou o mundo impressionado. Eu sou corin-tiano, mas desde aquela época acom-

panho o Santos, por causa do Pelé. Quando joga Santos e Corinthians, eu torço para o Santos. Conheci o Pelé e tenho muitos autógrafos dele”, orgu-lha-se Paulinho, relembrando o jogo em Ribeirão Preto quando o Santos goleou o Botafogo por 9 a 1, sendo 7 gols do “rei do futebol”.

E foi aí que o ex-jogador de Do-brada decidiu que assistiria ao vivo e em cores a Copa do Mundo de 1962, disputada no Chile. Juntou as reservas que tinha com uma ajuda que recebeu de um primo e seguiu no rastro da se-leção, tendo em mãos 20 cartelas de selos dos Correios com a imagem de Pelé, o que lhe abriu muitas portas.

Sozinho, foi de São Paulo a Bue-nos Aires, na Argentina, de avião, e lá pegou um trem que o levaria a San-tiago, no Chile. “Pegamos um trem que parou em Mendonça, na planí-cie argentina, no pé da cordilheira,

Selos dos Correios em homenagem a Pelé: parte da coleção

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onde trocamos por outro. Um trenzão inglês (risos)... olha, eu tive coragem, porque quando vi era só neve e frio por todos os lados. O trem parou a uma hora da manhã lá em cima da cordilheira para pernoi-tarmos. Estava dez graus abaixo de zero”, lembra.

Seu Paulinho diz que não havia comprado ingressos antecipados para ver os jogos, tinha apenas a es-calação da seleção na cabeça: Pelé, Garrincha, Pepe, Zagallo, Vavá... Em Santiago, fez dois amigos cariocas, instalados no mesmo hotel que o seu, e assistiram juntos aos jogos. “Em dois dias embarcamos para Viña del Mar, onde ali o Brasil ganhou os cinco jogos. Jogamos a semifinal contra o Chile e ganhamos de 4 a 2. Por fim, ganhamos a Copa de 3 a 1 da Tchecoslováquia. Estávamos em poucos brasileiros no estádio e co-memoramos o título de bicampeão comendo uma bela macarronada com vinho”.

Na viagem de volta, fez questão de parar no mesmo hotel que per-noitou na Argentina durante a ida,

para presentear um dos rapazes que trabalhavam lá. “Esse rapaz tinha me dito pra não ir ver a Copa porque era perda de tempo, pois o campeonato já era dos argentinos. E a equipe deles aca-bou apanhando nos dois primeiros jogos e indo embora mais cedo. Por isso busquei o rapaz e lhe presenteei com uma tacinha. Perguntei-lhe se a Argentina tinha ido à Copa”, conta com bom humor.

De volta a Dobrada, seu Paulinho continuou levando a vida trabalhan-do junto à família. Passou a Copa de 1966, onde o Brasil acabou sendo desclassificado logo na primeira fase, perdendo de 3 a 1 para Portugal. Nada entusiasmante.

RUMO AO MÉXICO – Mas, em 1970, seu Paulinho decidiu que iria novamente ver o Brasil lutar pelo tricampeonato. Acompanhado do amigo Norberto, que na época era prefeito de Dobrada, seguiu rumo ao México. “Foi uma beleza. Lá, Pelé com 25 anos fazia chover, viu. Jogou todos os jogos e nunca machucou. Daí, trouxemos a taça Jules Rimet de-

pois de marcar 4 a 1 contra a Itália”.Exceto a final da Copa, todos os

outros jogos aconteceram em Gua-dalajara, onde havia muitos brasi-leiros na torcida, que se engrossava com os mexicanos. “Depois do jogo, descobri que a seleção iria para uma chácara jantar e partimos para lá. Co-loquei terno com a bandeira do Bra-sil na lapela e me apresentei como representante da torcida brasileira e presenteei o porteiro com um selo do Pelé. Aí entramos, jantamos com os jogadores, conversamos, tirei muitas fotos e peguei muitos autó-grafos. O presidente da República, Emilio Médici, estava lá. O Pelé esta-va louco para voltar para o Brasil e trazer a taça”, conta entusiasmado.

Passou 1974, 78, 82, e nada de chegar o tetracampeonato. Em 1986, investiu novamente na vontade de ver a seleção jogar e decidiu voltar ao México. Paulinho conseguiu pa-trocínio da empresa Elite de Matão e foi assistir à seleção ser derrotada nas quartas de final pela França, em um jogo decidido nos pênaltis. “O pessoal saiu muito chateado do es-tádio. Havia muitos brasileiros. Neste ano levamos um time bem inferior aos outros que assisti. O Pelé não jo-gava mais, o Zico estava machucado. Mas valeu a pena”.

Hoje, com 80 anos, aposentado, ele leva a vida com mais tranquilida-de, assistindo aos jogos pela televi-são no conforto de casa. Das Copas, sobraram muitas lembranças que ele faz questão de contar, além das boas histórias como a namorada chilena que arrumou e que queria vir com ele para o Brasil. “Mas eu não tinha como trazê-la. O dinheiro que tinha no bolso dava só para mim”, comple-ta. Do futebol ele não ganhou muito dinheiro nem fez fama, mas conquis-tou muitas alegrias.

grafos. O presidente da República, Emilio Médici, estava lá. O Pelé esta-va louco para voltar para o Brasil e

Paulo Álvares, na

cordilheira dos Andes, a

caminho dos jogos do

Brasil na Copa do Chile

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Casa Sênior: onde o amor aumenta com a idadeCasa de repouso para idosos oferece equipe multidisciplinar qualificada e humanização no processo de cuidar

N o Brasil, de acordo com o IBGE, os idosos representam 9% da população, e a previsão é de

que em 2020 esta representatividade se eleve para 12%. Assim, é necessário que a sociedade, os profissionais de saúde e as famílias se preparem para li-dar com os aspectos do processo de en-velhecimento. Porém, diante dos com-promissos do dia a dia, muitas famílias não têm a disponibilidade necessária para atender as necessidades do idoso, que variam desde um cuidado a saúde mais complexo, até momentos de lazer apropriados para a idade.

A Casa Sênior é uma instituição que surge em Araraquara com uma pro-posta inovadora de atenção integral ao idoso, onde se alia o cuidado à saúde ao conforto de um verdadeiro lar. Os sócios Dr. Francisco Moretti Duch, médico ge-riatra, Sr. Otávio Répele, administrador, e Cátia Haddad, enfermeira gerontóloga, explicam que o local segue um padrão

de qualidade rigoroso baseado nas nor-mas da Vigilância Sanitária e na qualifica-ção dos profissionais que atendem estes idosos. “Temos uma equipe qualificada para atender desde o idoso com poucas dependências até o mais dependente, acamado, seja em situação de moradia permanente ou em períodos de conva-lescença, pós cirurgia, dentre outras situ-ações” afirma Cátia, também professora de enfermagem e gerontologia.

De acordo com Dr. Duch, o objetivo da Casa é oferecer ao idoso o conforto e segurança para a manutenção de sua qualidade de vida. “Os familiares al-cançam um patamar de tranquilidade importante na manutenção do vínculo afetivo com o idoso. Muitas vezes fica di-fícil para a familia manter este equilibrio com tantos compromissos e podem sur-gir angústias relacionadas à dificuldade de cuidar do idoso. A proposta é levar às famílias esta tranquilidade” , afirma.

Com vasta experiência no geren-

ciamento de instituições de longa per-manência, o administrador Sr. Répele foi diretor de uma delas em Presidente Venceslau por 10 anos. Agora traz para a Casa a seriedade de uma administra-ção voltada para a humanização do cuidado ao idoso. O local está solida-mente estruturado para atender todos os aspectos de vida do idoso, sem ja-mais tirar-lhe autonomia e o vínculo com seus entes queridos. “É impor-tante a presença constante da famí-lia no processo de cuidado ao idoso. Estaremos sempre abertos para fazer esta ponte” declara.

Serviço

Casa Sênior

Av. D. Pedro II, 1446 - Carmo

Araraquara/SP

Telefone: (16) 3397-5111

Kris

Tav

ares

Info

rme

Publ

icitá

rio

Sr. Otávio Répele, administrador, Cátia Haddad, enfermeira

gerontóloga e Dr. Francisco Moretti Duch, médico geriatra

EstrUtUra

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MEMória

Quem foi Amaury SquisattiJovem vereador, falecido em 1990, dá nome à avenida no bairro Nova Cidade e à sede do Legislativo de Matão

Por andressa FernandesFotos Fabiano Vagner e arquivo pessoal

O vereador Amaury Squisat-ti, falecido em 1990, dá nome à avenida localizada

no bairro Nova Cidade, próxima à Rodovia Brigadeiro Faria Lima, em área industrial. Ela é paralela à Rua Marlene David dos Santos e passa nos fundos do Centro de Atividades do Sesi Matão. Sua denominação se

deu por meio de projeto apresenta-do pelo vereador Aparecido do Car-mo Souza (PT), o Cidinho, em 1997. Amaury Squisatti nomeia ainda a sede do Legislativo de Matão, com projeto também proposto por Cidi-

O vereador Amaury Squisatti (2o da dir.

para esq.), que tomou posse em 1989 e faleceu em 1990

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nho e aprovado ainda em 1990.Tantas homenagens se devem ao

fato de Cidinho ter sido amigo e com-panheiro partidário de Squisatti, que teve uma trajetória política em Matão bem curta, mas marcante. Ele faleceu em um acidente automobilístico, em setembro de 1990, aos 24 anos. Em novembro de 1988, foi eleito verea-dor, sendo o mais votado na história do PT na cidade. Ficou na Câmara Mu-nicipal de Matão do dia 1º de janeiro de 1989 a 15 de setembro de 1990,

dia de sua morte. Na opinião de Cidinho, a expres-

sividade de seus votos foi reflexo dos trabalhos prestados por Amaury

à comunidade matonense. “Ele era seis anos mais novo que eu e nos conhecemos desde pequeno, prin-cipalmente nos trabalhos da igreja.

Amauri Squisatti, no

plenário da Câmara de

Matão

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Começamos o nosso engajamento social dentro da Teologia da Liberta-ção, onde traçamos muitos objetivos que foram alcançados com o passar do tempo, incluindo a organização de associações de moradores para reivindicação de melhores condições de vida, como infraestrutura e sanea-mento”, relembra o amigo vereador.

Amaury nasceu em São Paulo, mas seus pais Orlando e Rosa Fonse-ca Squisatti são matonenses. Quan-do ele tinha 8 anos, a família retor-nou à cidade. Seus pais trabalharam por anos nas lavouras de Matão. Na Capital, seu pai tornou-se operário.

No retorno a Matão, a família morou no Bairro Alto, em chácara de propriedade da família Gardini. Amaury estudou na Escola Estadual “Profa. Chlorita de Oliveira Penteado Martins”, onde concluiu o primeiro

grau, e na Escola Estadual Prof. Henri-que Morato”, concluindo o 2º grau. Começou a trabalhar muito cedo, primeiro como sorveteiro e de-pois em uma ótica. Por fim, virou operário de metalúrgica e depois tornou-se analista de laboratório de eficiência de uma indústria ali-mentícia da cidade.

Se destacou como organiza-dor das comunidades de base da Paróquia Nossa Senhora Apare-cida e da comunidade São José do Jardim do Bosque, onde vivia. Exerceu, inclusive, mandato de mi-nistro extraordinário da eucaristia. Foi trabalhando pelos interesses religiosos de sua comunidade que conheceu Maria Helena Ferraz, com quem se casou em 1989.

Trabalhando como operário nas indústrias alimentícias de Matão,

ele se tornou sindicalista e ocupou o posto de diretor do Sindicato da Alimentação, que ajudou a fundar.

Em seu curto período como ve-reador, conseguiu desenvolver tra-balhos com os moradores da peri-feria de Matão, além de projetos visando melhorias para estudan-tes e para assentados da Fazenda Monte Alegre, hoje Horto Florestal de Silvânia. Era presidente da Co-missão de Ordem Social na Lei Or-gânica do Município e líder da bancada do PT na Câmara. “Na vés-pera do acidente, um domingo, conseguimos marcar um encontro com o nosso candidato ao Senado, Eduardo Suplicy, com moradores do Bairro Alto. O Suplicy veio, mas acabou participando do velório do Amaury. Foi muito triste”, finaliza Cidinho.

Avenida localizada no bairro Nova Cidade, próxima à Rodovia Brigadeiro Faria Lima, em área industrial

MEMória

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Informação abre caminho para o envolvimento da comunidadeO principal obstáculo do Conselho Tutelar de Matão é fazer a população entender seu trabalho e colaborar para a diminuição de casos de crianças e adolescentes em situação de risco

Por andressa Fernandes Foto Fabiano Vagner T odos os dias, o Conselho Tu-

telar de Matão atende entre 12 e 15 casos, sendo em sua

grande maioria de maus-tratos e abuso sexual praticados contra crianças e adolescentes, principal-

sErViço

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mente envolvendo pais usuários de droga. As denúncias chegam das mais variadas formas, entre ligações anônimas, e-mails e até cartas. O trabalho é mantido pela Prefeitura e coordenado pelo Con-selho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Concria-ma). Por ser uma cidade com mais de 50 mil habitantes, Matão teria direito a ter uma segunda equipe de conselheiros, porém o trabalho continua sendo desempenhado por apenas cinco mulheres que fo-ram eleitas em votação e ficam no

cargo por até três anos. O pré-re-quisito é ter formação em Direito ou Assistência Social.

Para a diretora do Conselho, a advogada Andrea Rodrigues Sera-fim, o maior obstáculo enfrentado hoje é o pouco conhecimento da população sobre a função do Con-selho Tutelar. “Quando as pessoas nos veem, logo pensam que vamos levar as crianças, e isso é um erro, pois nosso trabalho é tentar rees-truturar a família para que os me-nores tenham condições de uma vida digna”, completa.

A diretora observa, porém, uma modesta aceitação em parte da população nos últimos anos, de-vido às campanhas de divulgação. Conselheira pelo 3º mandato, ela ressalta que em Matão, apesar do grande número de casos, o traba-lho é feito com êxito graças à efi-cácia da rede a serviço do menor. “O Poder Judiciário está sempre à nossa disposição, dando agilidade aos processos. Quando precisamos sair em diligência fora do horário de expediente, a Guarda Municipal sempre está conosco, resguardan-do o nosso trabalho. No caso de assistência psicológica e de saúde para uma família desestruturada, acionamos as assistentes sociais

de cada bairro. Por isso, nosso tra-balho é eficaz e consegue atender de todas as formas”, diz Andrea. As cinco conselheiras trabalham em esquema de revezamento de plan-tão, 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo feriados.

O pedido de guarda do menor acontece quando não existe ou-tro caminho. O processo normal, quando os pais não apresentam condições de criar os filhos, é que os jovens sejam encaminhados para alguém da família. Mesmo com a retirada da guarda, esses pais são encaminhados para trata-mento médico e psicológico, para que a família possa ser reestrutura-da e a guarda restituída.

ABRIGO - Quando não há outro meio, as crianças são levadas para a Casa Abrigo, que em Matão exis-te há 15 anos e possui duas uni-dades, sendo uma no Centro com 15 menores em atendimento no momento, e a segunda em um Lar Espírita, onde hoje cinco meninas estão abrigadas. Na Casa, elas são atendidas com escola, alimentação e vestuário, além de atividades lú-dicas e culturais. A cada seis meses, o Poder Judiciário realiza uma au-diência concentrada, em que cada

Raqueline, Lúcia Aparecida, Ana Maria, a presidente Andrea e Flávia Andréia: conselheiras tutelares de Matão

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família é avaliada. Havendo me-lhora, a criança sai da Casa Abrigo e é devolvida ao seu lar. O foco é sempre a família, tanto que não há tempo determinado para a inter-nação da criança. A possibilidade de adoção só é cogitada se consta-tada a dissolução total da família. “Esta semana mesmo, encontra-mos uma jovem de 24 anos an-dando na chuva na pista que liga Matão a Dobrada, com um bebê de um mês no colo. O pior é que ela é usuária de drogas e tem outros três filhos; destes, ela já perdeu a guarda para as avós paterna e ma-terna. Retiramos o bebê e o trou-xemos para a Casa Abrigo até que o caso seja julgado. Já trabalhamos com esta família há algum tempo. Procuramos tratamento médico, para que ela seja reabilitada e bus-camos cursos de capacitação para que tenha um ofício e reestabeleça sua família”, revela a diretora.

Muitos dos internados acabam ficando anos na Casa Abrigo, por isso a entidade encaminha os ado-lescentes para cursos profissionali-zantes, onde possam aprender um ofício e seguir uma profissão ao completarem a maioridade. E nes-te caso, acaba sendo impossível não criar vínculos de afeto com os abrigados.

“Temos famílias que trabalha-mos há uns 10 anos, por isso não tem como não pegar amor pelas crianças. Elas também acabam pe-gando confiança na gente, o que ajuda no trabalho, porque elas têm mais facilidade em falar dos casos de maus-tratos”, completa Andrea.

Coesão e harmonia explicam trabalho bem-sucedido

“Procuramos criar um ambiente de trabalho bem descontraído, somos muito harmoniosas, estamos sempre sorrindo. Caso contrário, acho que não conseguiríamos lidar com os atendimentos do dia a dia, que são muito tensos”, diz a educadora Flávia Andréia Galdino, conselheira tutelar pelo 1º mandato. Ela conta que cada uma das cinco conselheiras tem experiências diferentes de trabalho e modos distintos de lidar com os atendimentos, que se completam no resultado final. Flávia diz que se tornou conselheira pela possibilidade de trabalhar com a família. “Na escola, conseguimos trabalhar apenas a problemática do aluno, aqui o nosso trabalho é abrangente, posso atuar de forma completa.”É o caso também da assistente social e gestora em Pedagogia, Ana Maria Ignácio, que trabalhou na área da saúde municipal por 23 anos. “Me tornei conselheira por ideologia mesmo. Sempre trabalhei com a mesma parcela da população, só que agora de modo diferente, onde posso fazer algo para mudar a realidade”, diz.Para a conselheira Lucia Aparecida Apollonio, o que a despertou para o trabalho foi seu lado humanitário. “Já fui bancária, tesoureira, trabalhei no comércio e conheço muita gente. Vi o edital do concurso e me identifiquei com o cargo. Estou adorando participar da minha comunidade, pois nunca gostei de ficar parada”, afirma.A mais nova conselheira da casa exerce a função pelo 2º mandato e é formada em advocacia, atuando nas áreas criminal, previdenciária e de família. Para Raqueline Talita Alberto Pereira, o trabalho comunitário começou bem cedo. “Por dez anos participei do grupo Escoteiros de Matão, onde prestávamos muitos trabalhos comunitários. Sempre tive curiosidade em conhecer o Conselho”, conta a advogada. Ela diz que após os primeiros atendimentos chegou a chorar escondida. “Eu sentia revolta pelos pais destas crianças em situação de risco. Hoje, entendo melhor sobre o sistema e a rede de assistência, por isso consigo controlar meu lado emocional”, finaliza.

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Land Rover lança a Freelander 2 a dieselModelo acaba de chegar em todas as concessionárias da marca no Brasil

Depois do grande sucesso de vendas da Freelander 2 da Land Rover no Brasil nos últi-

mos cinco anos, agora a marca dispo-nibiliza para todas as concessionárias do país a versão a diesel.

Extremamente silenciosa e eficiente, possui motor 2.2 SD4 que desenvolve 190 cavalos de potência e 420 Nm de torque. O propulsor possui um turbo compressor de geometria variável que otimiza seu desempenho, pois traz um sistema de refrigeração a água que per-mite o funcionamento em temperaturas extremamente elevadas.

O motor também traz o sistema common rail de injeção de combustível, com injetores de elevada velocidade e

com máxima otimização no processo de combustão.

O veículo é ainda equipado com o Sistema Inteligente de Gestão de Potência (IPMS), que utiliza energia ci-nética gerada pelas frenagens para o carregamento da bateria, dispensando a utilização de combustível para a fun-ção. Um sistema de sensores posicio-nado no coletor de escape permite o monitoramento extremamente preciso da temperatura interna do turbo com-pressor, o que proporciona maior efici-ência e menor consumo de combustí-vel, sem comprometer o desempenho.

Todos estes recursos permitem ao modelo ter níveis de consumo extre-mamente baixos e ampla autonomia,

que pode chegar a 972 quilômetros com um tanque.

O Freelander 2 vai de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos, sendo que os 190 km/h de velocidade máxima garantem o excelente rendimento do veículo. A transmissão automática de seis veloci-dades Aisin Warner AWF21 foi desenha-da para proporcionar uma condução extremamente confortável, com res-postas rápidas e trocas quase que im-perceptíveis ao motorista. Um sistema inteligente reduz as rotações do motor quando o veículo encontra-se parado no modo Drive.

A relação das marchas foi confi-gurada de forma a proporcionar di-rigibilidade com extremo conforto e

LANÇAMENTO

POR Andressa Fernandes | FOTOS Divulgação

Freelander 2 vai de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos, sendo que os 190 km/h de velocidade máxima garantem o excelente rendimento do veículo

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respostas rápidas sem prejudicar o desempenho fora da estrada devido às características do exclusivo sistema Terrain Response® que, ao simples giro do botão, adapta todas as configura-ções de motor, câmbio e tração do ve-ículo de acordo com o tipo de piso em que se trafega, seja asfalto, areia, terra, lama, grama ou neve.

DESIGN IMPECÁVEL – A Freelan-der 2 possui design exterior com deta-lhes cromados na tampa do porta-ma-las, para-choque dianteiro arrojado e rodas de 18 ou 19 polegadas com de-sign esportivo. Seu interior Premium traz bancos em couro com opções de cores, regulagem elétrica com 10 ou 14 posições diferentes, teto solar, con-troles de inúmeras funções no volante e acabamento impecável.

O Command Driving Position oferece boa visibilidade dos quatro cantos do ve-ículo, que tem ainda nove airbags, sendo um para proteger os joelhos do condutor.

A disposição do motor do Free-lander 2 aumenta o espaço interno e garante segurança em caso de colisão. Este sistema rendeu ao modelo 5 es-trelas no teste Euro NCAP, considerado referência mundial em segurança.

Mais que um simples veículo, o Freelander 2 foi testado sob condições extremas em diversas regiões do

mundo, sob temperaturas que podem variar de -40ºC e +50Cº, e até 95% de umidade relativa do ar, além de percorrer locais em altitudes de até 4 mil metros.

Mais informações na Eurobike Ribeirão Preto: Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1560 - tel.: (16)3913-1100 ou no www.eurobike.com.br

Design exterior com detalhes cromados na tampa do porta-malas

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Alexandre e Tatiane

Carmem e Elaine

Sandra e Ricardo

Angelica e Silvio

Carlinhos Radaeli e Agnes

Elmo, Fernanda

e os filhos Edson e Gabriel

socialkappa Por

AntonietaMagalhães

Daniela

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Dirceu e Roseli

Romualdo Bottura, dona Nete e padre Marcos Pião

Bruno e Lucas Trevizanelli

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sociaL

Micheli, Driely e Cláudio

Lucas (Som Sat) e Samira

Silvio e Ivone Lanza

Silvio e Soraia

Richelly, Cecília e Thiago

André, Juliana, Carol e Vinicius

Jair, Lucelia, Tania, Tatiane

e Robert

Hozana e Joice

Galera na Vila Dorana

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Ana Paula e Ripiado

Ronaldo (Planacon) e Campi

Fabio Manzi e Nelsinho

Carol e Willliam

Dr. Orlando e Totó

Reinaldo (Brekão) e Valdirene

Jessica, Luciana e Fabiana

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Marcelo Galli, Marina e Maria Luiza

Naiara, Ripiado, Jormir Pinotti e Iberê

Priscila e Lizete Marconatto

Jhonatas da banda Jemije

Mara, Gilvan e Marisa (Pernambucanas)

Beto Pinotti, Chiquinho Maturo (Marchesan) e netos

Fabiana, Hugo e Argeo

sociaL

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Fernando e João Paulo

Fernando, Gabriel, Naiara

e Daniel Vitor

Angela e Beto Mastropietro (Copres)

Magali e Selma (Prado

Eletrônica)

Alcides (Unimoto) e Nani

Vinicius e Vanessa

Paolo, Bel e Paulo (Maribel)

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Ensino

IMMES abre processo seletivo no meio do anoOportunidade para cursar Administração ainda em 2012

Por Patricia Piacentini Fotos arquivo immes e Fabiano Vagner

O Instituto Matonense Muni-cipal de Ensino Superior – IMMES abre inscrições para

o processo seletivo no meio do ano para vagas remanescentes do curso de Administração. É uma oportuni-dade para quem quer começar uma graduação ainda neste ano.

Os interessados podem se inscre-ver até o dia 16 de julho pelo site do IMMES (www.immes.edu.br), na re-cepção da faculdade ou pelo telefone (16) 3383-1353, das 13h30 às 19h. No momento da inscrição deve ser feito o agendamento do melhor dia para a realização da prova de seleção.

Segundo a diretora do IMMES, prof. dra. Valquíria Pereira Tenório, na graduação de Administração o estudante tem a oportunidade de ampliar e fortalecer o conhecimen-to teórico adquirido ao longo do curso nas visitas técnicas realizadas

durante o ano. “Essas visitas têm o papel de atuar na constante atuali-zação de seus estudantes em temas prioritários do curso”, diz ela. “No dia 14 de junho, por exemplo, os alunos estiveram na capital para conhecer a realidade financeira paulista e nacio-nal na Bolsa de Valores de São Paulo. Além dessa visita, outras estão pro-gramadas para o decorrer do segun-do semestre”, acrescenta a diretora.

O instituto oferece também gra-duação em Direito e MBA nas áre-

as de Gestão do Agronegócio e da Agroindústria, Gestão de Marketing, Gestão de Recursos Humanos, Gestão da Produção, Logística, Gestão Em-presarial e especialização em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho.

Mais informações no IMMES: Unidade I - Av. Tiradentes, 629 - Cen-tro - Tel. (16) 3383-1353; na Unidade II - Av. Habib Gabriel, 1360 - Residen-cial das Acácias - Tel. (16) 3384-9008 ou pelo site www.immes.com.br

IMMES arrecada leite para instituições beneficentes

O instituto tem desde 2010 o programa IMMES Solidário, que ajuda a comunidade local. A última ação foi a arrecadação de leite em frente aos supermercados de Matão. “A iniciativa tem a participação de professores e alunos dos cursos de Direito e Administração da instituição e contou com a solidariedade da comunidade matonense”, detalha Valquíria. Foram arrecadados 2.100 litros de leite e a doação foi destinada ao Gaspa e à Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer. “Incentivamos o espírito solidário dos alunos e nos preocupamos com a formação do profissional consciente de seu papel enquanto cidadão”, salienta a diretora.

Alunos do curso de Administração em visita à Bovespa Fachada IMMES

Leite foi doado ao Gaspa e à Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer

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José Roberto Cardoso e Aluisio Braz

Portal K3

O portal k3 foi apresentado em grande estilo, no Bazuah Café. O evento reuniu parceiros, autoridades e políticos. Nesta edição, destacamos alguns flashes da festa. A galeria completa de fotos você encontra acessando o www.portalk3.com.br

Renata Gregolin, Luciano Abelhaneda com Zi e

Marcelo Barbieri

Greice e João Farias

Dimas Ramalho

Gali, Marquinho e Regina

Marcia e Nicolino Lia Jr.

Maria Helena Massi e Ronaldo Napeloso

Regina e Elias Chediek Neto

Maury Junior, Vinícius e Vera Lúcia Lunarde

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João Magnata e Cebola

César e Sônia

Marquinhos, Pablo, Laerte, Valtinho, Guto e Amigão

Zezé e Eliane (Predilecta)

Eduardo Bozelli e Filho

Equipe de costureiras da Tricom

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