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Maturidade em Automacao Industrial - e-Paper
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MATURIDADE EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Avaliação Quantitativa e Qualitativa do Nível de Automação Industrial de uma Planta
1 MÁRCIO VENTURELLI
e-Paper
Márcio Venturelli
MATURIDADE EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
Avaliação Quantitativa e Qualitativa do Nível
de Automação Industrial de uma Planta
MATURIDADE EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Avaliação Quantitativa e Qualitativa do Nível de Automação Industrial de uma Planta
2 MÁRCIO VENTURELLI
Temos um cenário (...). A sua planta produtiva tem diversos
sensores e controladores, mas parece que não gera Valor na
produção industrial, isto é, o que foi investido não muda o
status da produção.
Foram feitos na planta diversos investimentos em Automação
Industrial ao longo de um tempo, porém a tecnologia não para
de evoluir, em que status atual você está e qual o grau de
maturidade tecnológica e de processos a automação está.
Como é o Plano Estratégico de Automação Industrial de sua
planta, está alinhado a uma visão de futuro da tecnologia ou
até mesmo do setor em que atua?
Essas perguntas acima são comuns em discussões sobre
investimentos em automação industrial, queremos aqui neste
texto traçar algumas diretrizes de estudos de tecnologia e
maturidade tecnológica aplicado em plantas industriais, com
principal objetivo de orientar investimentos na área de
automação.
Traçando uma evolução ao longo da história, a tecnologia da
automação industrial tinha o foco no controle operacional, hoje
dá lugar a informática industrial e a gestão da produção, sendo
os novos pilares da tecnologia.
Nos processos, antes eram manuais, não havia informações e
os mesmos não era padronizados, hoje temos processos
informatizados, com procedimentos padrões e podem ser
emulados na operação.
E quanto às pessoas, estes profissionais não tinham formação
e quando tinham conhecimentos era a figura do ofício, além de
não enxergar o negócio como um todo, hoje, demanda um
profissional qualificado, que conhece o processo produtivo que
opera e tem uma visão do negócio da empresa está
trabalhando.
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Na mudança destes paradigmas, tecnologia, processos e
pessoas, a automação industrial passa a lidar com alguns
desafios, que são:
Segurança operacional
Eficiência produtiva
Facilidade de manutenção
Alta disponibilidade
Custo de propriedade
Para que uma planta possa atender estas nuances e novas
demandas, um estudo ordenado e qualificado da planta se faz
necessários, este estudo nada mais é que um levantamento,
análise e modelagem, com quantificação e qualificação das
dimensões de automação de uma planta.
Baseado no tripé, tecnologia, processos e pessoas,
referenciam-se a segurança, operação, manutenção e gestão
da planta, dando indicadores capazes de traçar pontos de
melhoria e implantação de elementos nos projetos de
automação industrial, essa análise qualifica estas dimensões.
No âmbito maturidade, que indica como a relação tecnologia e
processos são tratados na planta, pode-se obter através de um
modelo, um índice que permite desenhar objetivos de melhoria
na automação, estes índices são:
1. Grau Inicial
2. Grau Gerenciado
3. Grau Definido
4. Grau Quantitativamente Gerenciado
5. Grau de Otimização
Para efetuar um estudo de planta, onde levantamos dados
quantitativos, qualitativos e de maturidade, segue um roteiro
que segue abaixo:
1. Análise de documentação
2. Auto-avaliação (cliente)
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3. Cronograma de atividades
4. Análise de Arquiteturas e Fluxogramas
5. Levantamento de dados em Campo
6. Análise Tecnológica da Planta
7. Análise de Maturidade da Automação
8. Análise de Impacto baseado em Práticas e Mercado
9. Lista de Melhorias e Implantações
10. Análise de Benchmarking
11. Check List para PDA
12. Apresentação do Projeto
Em relação aos benefícios de se fazer um estudo de
maturidade, podemos descrever conforme abaixo:
Entender as tendências de tecnologia, métodos e
pessoas no controle operacional.
Priorizar investimentos com base nas necessidades e
impactos na planta.
Estruturar uma documentação com diretrizes de
contratação.
Dentro de uma planta produtiva, no que se refere à automação
industrial, segue abaixo a lista dos elementos que são
estudados para que permita tais benefícios:
Instrumentação do Processo
Componentes Elétricos (CCM)
Sistema de Controle (PLC/DCS)
Malhas de Controle
Sistemas Supervisório / Operação
Gestão da Produção
Segurança
Manutenção
TI Industrial
Elétrica
Processos
Pessoas (Operação / Manutenção)
Tecnologia de Futuro
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Após o trabalho de quantificação, qualificação e maturidade da
planta, segue abaixo as entregas do estudo:
Documento que indica o status atual da planta com
indicadores quantitativos e qualitativos;
Descrição de diretrizes individuais de oportunidades de
melhorias e implantações de acordo com tecnologia e
maturidade;
O estudo acima permite a elaboração de uma ET
(Especificação Técnica) para contratação de um PDA
Plano Diretor de Automação.
O estudo descrito neste texto é só uma pequena parte da
proposta de elevar o grau de tecnologia e maturidade da planta,
ele direciona os elementos para elaboração de um PDA (Plano
Diretor de Automação) até a implantação do mesmo.
Uma das grandes questões em relação à elaboração de um
PDA está justamente nas diretrizes, isto é, caminhos que serão
seguidos para gerar documentações de uma engenharia
básica, este estudo permite inclusive fazer a priorização destes
investimentos.
Os estudos de maturidade em automação são uma tendência e
podemos eleger os direcionadores que demandam o mercado:
Automação industrial TA + TI estratégica
Investimentos em automação a partir de diretrizes
Automação é orientada por boas práticas de mercado
Concluímos que limitações de capital, retorno sobre
investimentos, mudanças tecnológicas e um novo perfil de
operador, demandam o estudo de maturidade, onde permite
direcionar investimentos para maximização de capital na área
de automação industrial.
MATURIDADE EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Avaliação Quantitativa e Qualitativa do Nível de Automação Industrial de uma Planta
6 MÁRCIO VENTURELLI
SOBRE O AUTOR
• Márcio Venturelli trabalha no
mercado de automação industrial há
20 anos, tendo passado por diversos
departamentos, tais como, assistência
técnica, treinamentos,
comissionamento, projetos,
engenharia, marketing e negócios.
• Trabalhou em diversos projetos de
implantação de sistemas de automação
de plantas de bioenergia,
transformação e manufatura, no Brasil
e no exterior.
• Atualmente trabalha em
desenvolvimento de mercados com
foco em engenharia conceitual na área
de automação industrial, tendo como
base viabilidades técnicas e financeiras,
otimização e gestão industrial
produtiva.
• É professor universitário de pós-
graduação de automação industrial e
gerenciamento de projetos.
• Membro Sênior da ISA (Sociedade
Internacional da Automação) e
Presidente da Seção ISA Sertãozinho-
SP, Membro do PMI-SP (Instituto de
Gerenciamento de Projetos) e
Coordenador do Comitê de Automação
Industrial do CEISE Br.
• Graduado em Ciência da Computação,
Pós-Graduado em Gestão Industrial e
Petróleo e Gás. MBA em Estratégia de
Negócios. Técnico em Automação
Industrial e Eletrotécnica.
• E-mail: [email protected]
AGO/2014 - R0