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Max WeberEsprito do Capitalismo

1INTRODUO

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Karl Emil Maximilian Weber (Enfurt (Aleamanha) 21 de abril de 1864 Munique(Alemanha), 14 de junho de 1920). considerado, junto com mile Durkheim e Karl Marx, um dos pilares da sociologia.

Sobre o autorPrincipais realizaes: Estudos nos campos da economia, sociologia, poltica, religio e administrao pblica.Dentre diversos trabalhos aquele que obteve maior destaque foi o livro A tica Protestante e o Esprito do Capitalismo.

Inicialmente o livro foi publicado em partes, a saber:1 parte: O problema. Publicado como artigo em novembro de 1904 em uma revista Alem de cincias sociais e da poltica.2 parte: A ideia de profisso do protestantismo asctico. Publicado em junho de 1905.

Sobre o livro:

O livro dividido em uma Introduo ao autor e 5 captulos.Captulo I: Filiao religiosa e estratificao social.Captulo II: O esprito do capitalismo.Captulo III: A concepo de vocao de Lutero.Captulo IV: Fundamento religioso do ascetismo laico.A) O Calvinismo;B) O Pietismo;C) O Metodismo;D) As seitas batistas.Captulo V: O ascetismo e o esprito do capitalismo.

Sobre o livroO livro fornece uma explicao sobre o que o capitalismo e como o capitalismo surge. Lembrando que uma viso diferente da viso de Marx.Para Weber o capitalismo no o lucro, mas sim a racionalizao do mundo e da sociedade.A combinao uma administrao racional, uma mo de obra livre, assistncia moderna, a contabilidade, seriam formas de racionalizar a busca de lucro; seria isso o capitalismo para Weber. O livro destaca em como se deu a transformao da sociedade que antes trabalhava para viver e depois passou a viver para trabalhar.Weber no se interessa por todas s formas do capitalismo, mas unicamente pelo capitalismo moderno de empresa, que surgiu no final dosculo XVII e no comeo do XVIII (Freund, 1983) .

Sobre o livro A tica protestante e o esprito do capitalismo para a sociologia o que A origem das espcies, de Darwin, para a biologia, ou A interpretao dos sonhos, de Freud, para a psicanlise: um livro inaugural, um marco ao qual sempre convm retornar .

Segundo Weber o capitalismo surge a partir do pensamento capitalista, do Esprito do capitalismo, ou seja, da tica capitalista.Mas, para Weber, quando surgiu o capitalismo?

No incio do captulo II Weber destaca que qualquer tentativa de dar qualquer definio para o termo Esprito do Capitalismo implica em certas dificuldades, inerentes natureza deste tipo de investigao.Para isso indica que o conceito final e definitivo aparecer no fim da investigao, aps trabalhar os conceitos e chegar a uma formulao que melhor simplifique o ponto de vista que nos interessa nesta discusso.Quando Weber comea a falar da tica capitalista ele usa o texto de Benjamim Franklin chamada TIMES MONEY. Para ele est resumido o pensamento capitalista. Mas destaca que o esprito do capitalismo no est totalmente explicado neste texto:(...) conquanto estejamos longe de afirmar que tudo o que possamos entender como pertencente a ele esteja contido nisso.Mas quando surgiu o Esprito do Capitalismo e o que significa?Eles tiram sebo do gado e dinheiro dos homens (...) o que nos aqui pregado no apenas um meio de fazer a prpria vida, mas uma tica peculiar (...) No se trata de mera astcia de negcios, o que seria algo comum, mas de um ETHOS. E essa a qualidade que nos interessa.Para Weber fazer do capitalismo sua forma/conduta de vida o chamado esprito do capitalismo moderno. * Mas o autor quer se referir ao capitalismo da Europa Ocidental e da Amrica do Norte. O capitalismo existiu em vrios lugares do mundo, mas o ETHOS particular faltou.O esprito do CapitalismoA inverso desta relao (a relao natural onde a aquisio econmica no mais est subordinada ao homem como meio para a satisfao de suas necessidade materiais) evidentemente um PRINCPIO GUIA DO CAPITALISMO. Ela expressa ao mesmo tempo um tipo de sentimento que est intimamente ligado com certas idias religiosas. O ganho de dinheiro na moderna ordem econmica o resultado e a expresso da virtude e da eficincia em certo caminho, que a VERDADEIRA TICA DE FRANKLIN.

O esprito do CapitalismoWeber destaca em um dos trechos do captulo II que o dever do indivduo com relao carreira o que h de mais caracterstico na tica social da cultura capitalista, mas essa concepo no se manifestou sob condies capitalistas.Extrapolando esta ideia Weber quis dizer que o dever que o indivduo com relao a carreira pode ter se manifestado em outras pocas tais como a poca da Reforma Protestante.

O esprito do CapitalismoWeber destaca que ideias religiosas influenciaram para a formao deste esprito.Portanto a ordem, segundo alguns estudioso, foi:poca medieval Igreja catlica lucro proibido trabalhava-se somente para o sustento, etc A igreja com um imenso poder. A vem Lutero e tira esse poder para as mos dos burgueses e reclama que os cidados tinham que ser mais controlados pela igreja (no a catlica, mas a Luterana).Isso viria a modificar toda a histria da sociedade e trazer conseqncias diretas para a forma de viver da populao. Influenciando de forma direta o esprito do capitalismo.

O esprito do CapitalismoPara Weber os escritos de Benjamin Franklin so convices puritanas. Weber ento faz uma ligao com isso e chama de tica protestante.tica protestante para Weber era a maneira como os protestantes viviam, ou seja, como entendiam a vida e colocavam em prtica em suas atitudes dirias.Weber destaca que para que um tal modo de vida pudesse ser selecionado ele teve de se originar em algum lugar, no em indivduos isolados, mas como modo de vida de inteiro grupos humanos (...) (Massachusetts) o esprito do capitalismo, (no sentido adotado) estava presente antes da ordem capitalista.

O esprito do CapitalismoAntes de prosseguirmos importante destacar o seguinte trecho:

A fome de riqueza sempre existiu, ento no tem muita conseqncia ao esprito do capitalismo. Veremos, porm, que aqueles que a ela se entregam sem reservas, como um impulso, descontrolado, no so de fato representantes daquela atitude mental da qual deriva especificamente o esprito do moderno capitalismo, como fenmeno de massa, que o que interessa.

O esprito do CapitalismoEm contraste ao esprito do capitalismo Weber cita um novo tipo de atitude que o Tradicionalismo.Um dos meios tcnicos que os empregadores modernos lanam mo para garantir o maior volume possvel de trabalho de seus homens o volume de pagamento por tarefa. No entanto, a oportunidade de ganhar mais menos atraente do que trabalhar menos, segundo Weber esse conformismo o que ele d o nome de tradicionalismo.TradicionalismoOutra possibilidade bvia, teria sido tentar a poltica oposta, para forar o trabalhador reduzindo o valor da tarefa, a trabalhar mais para ganhar o mesmo dinheiro que ganhava antes. Mas a eficcia desse mtodo tem seus limites. Obviamente, um excesso de mo de obra possa ser empregado a baixo preo no mercado de trabalho uma necessidade do capitalismo. Mas (...) baixos salrios no so vista puramente quantitativa, a eficincia da inpcia.Baixos salrios no compensam, e seus efeitos so opostos ao que se pretendia (...) o trabalho deve ser executado como se fosse um fim absoluto em si mesmo, como uma vocao (vemos aqui uma expresso calvinista). Contudo, tal atitude no produto da natureza no pode ser estimulada apenas por baixos salrios, mas s pode ser produzido por um longo e rduo processo educativo.

TradicionalismoSegundo Weber, as oportunidades de superar o tradicionalismo so maiores por conta da formao religiosa.

TradicionalismoWeber supe que a expresso do esprito do capitalismo (moderno) que ele usa provisoriamente, aquela usada designar a atitude que busca o lucro racional e sistematicamente, da maneira ilustrada com o exemplo de Benjamim Franklin.O processo de racionalizao no contexto do esprito do capitalismo indica o seguinte nos escritos de Weber: aqueles que no seguiram o mesmo processo, tiveram de sair do negcio; Ou seja, aqueles que no seguiram o processo designado sero indiretamente e/ou diretamente excludos.

Consideraes finaisPor conseqncia deste processo de racionalizao: A antiga atitude prazerosa e confortvel para com a vida cedeu lugar a uma rgida frugalidade, da qual alguns participaram e chegaram ao topo, pois que eles no queriam consumir, mas ganhar, enquanto outros, que quiseram conservar o modo de vida antigo, foram forados a cortar seu consumo. E o que mais importante nessa relao, o que trouxe essa revoluo, em tais casos, no foi geralmente o fluxo de dinheiro novo investido na indstria (...) mas foi o novo esprito, o esprito do moderno capitalismo que fez o trabalho. (Weber, --).

Consideraes finaisA questo das foras que motivaram a expanso do moderno capitalismo no em primeira instncia, uma questo sobre a origem dos momentos de capital disponibilizado para os usos capitalsticos, mas bem acima disso, a origem do esprito do capitalismo.Parece to irracional este tipo de vida na qual o homem existe para o seu negcio, quando deveria ser o contrrio.Obviamente o desejo de poder e de reconhecimento pela prpria riqueza desempenha seu papel.

Consideraes finaisPara weber, no presente sob nossas instituies econmicas, (...) o esprito tornou-se compreensvel, como j disse, puramente como resultado da adaptao.Sob tais circunstncias, o interesse social e comercial dos homens tende a determinar suas opinies e atitude. Quem quer que no adapte seu modo de vida s condies do sucesso capitalista sobrepujado, ou pelo menos impedido de subir.Trabalhar a servio de uma organizao racional para suprir a humanidade de bens materiais certamente sempre representou para o esprito um dos mais importantes propsitos da vida profissional.

Consideraes finaisWEBER, Max. A tica Protestante e o Esprito do Capitalismo (2 captulo). So Paulo: Pioneira Editora, 1989.

Referncias Bibliogrficas