MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

download MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

of 11

Transcript of MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

  • 5/10/2018 MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

    1/11

    i:\.-. . .~:. .~~~ .... '- '--- ' _. ,

    P o r que 0B r a s i l I o i di ferenfe?o c o n t e x t o d e i n dependendapAA '& 9 *K e n ne th M a x w el l

    .... ; .~~..,:

    ~ ~ . ~ z4-:;

  • 5/10/2018 MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

    2/11

    / ... __ , ~ 1 ._ .. - - . . ."' , '. .. .-~ -, ..

    .r.

    '~-..

    N a tiltirnn mctadc do scculo xx,PUblic~m-Se. surpreendentemente.poucos t ra balho s a cadcrni co s a respei to da independenci a do Bras il . Menosatenciio ainda {CO 'sido dcvotada ao estudo sobre 0 impacto que a desco- .Ionizacao do' v .ista i~p~'rI()-rort igues naArnerica do SuI teve sobre a pro-,pria metr6pole.

    Historiadores portugucses a inda p a r vezes e sc revem como se 0Brasilnunca tivesse s ido uma colonia de Portugal. e historiadores brasileirosf re qUent emente ignoran t a importante dimensao transatlantica dos conflitospol it icos internos edasl irni tncoes ceon6mieas do Brasi l. A hist ,r ia do perfo-do que trans corre das Gucrr as Napoleonicas -:- quando. no firn de 1807. ainva sf io de Por tugal pclo general Junot obr ig a a cor te po rtuguese a buscarr efug io no Bras 'i l' :: :' nt e IR25 . quando Por tugal e ~sgrandes pot6ncias_c,uro-reias r econhecc rn a indcpcndc ll t: i; l do Bras il se- re ssen te t in fal ta de u rn C~-boco interpretntivo, ainda que rudimcnt~r ..6J.?_esardisso. os eventog que sedesenrola ram nos dais, lados doAt];int ico_estavamint imamente vinculados e

    yiio podemscr explicados sem se compreendero,:queos conectava. Defato,_e_!1_tre I 815 e 1821. Portugal e B ras il faziam parte formal e institucionalde un1."~~ill

  • 5/10/2018 MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

    3/11

    ,:_ ~:~IIIICII / ' \ o r w d l.-~_:_-':""':':;':;":.:.' ----------~ ._._-------

    _ . ! : ~ /

    social e d~onomjca ~~jndcpendcnci :1 do 13r~si I, v is ta ;1 11:11"I i l " c I :1S gJ ' : l IH lncontilwid'aclcs entre o~'~crlodos co lo nia l c n ; l c i ( ) l 1 : l I r c i v i ru l i cndox 11cli' ; 1 1 l / : 1 ll it cr atura que d iz rcsP~fto no J3 rasi 1,c O:ISgr:tl\(k~; dl"S~'()1l1il\I i ":\1 1 1 ' . < ; :libcrda-'de", < 1 : 1 "cscrnvidao" snore a "libcrdaclc", de urn regime "impostb: . '~obre urregime "rcprcsc n r a t ivo". da olignrqui.. sobre a dcmcicrnci:i,:dart;'~uo sobrco l ib cr .r li xr no . ~ r cl iss( ) n o G1~nd~pcn d cnc i a do BrJsi l : . i~S CSSil: \cu! ' : l

  • 5/10/2018 MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

    4/11

    13 2 K c n n ~ l h M n x w c l l

    e a uma sd v ez usurparam a soberani a de uma grnndc.massa rlc popu 1n~iioi n c 1 ( g ~ l ! l l : e ~,~,,~~Eayosafricanos, A AmcricaLat inn n~ll podcscrcomprcen-d ida em sua tot ali dade se enxergada apenas pc ln 6r ic a do eon iex to das na-c ;:5 esdo"Tercei ro Mundo" que pa ssararn a ex is ti r n par ti r do co lap so do si rnpe ri os co loni als f ra nc es , b ri ta ni co e hol andc s ent re 1945 c 1965. Nc ssesenti do , 0Brasi l e ra , de fato, urn "Novo Mundt) nos trr ip icos", como disse_uma vez~Gi i"ber t; -F re ir e, uma soc iedade de co lone s que se irnp lan tou noNovo Mundo e onde a popul acao - fosse el a eu ropc ia, n fr icana ou nat iv a ~tornou-se de tal rnane ira miscigenada que n30 prIde scr outra vcz segrcgada

    :'fi:i-cilrrieiite:k:fMupdidad~extiaQrdinfu;tadpjD1ppctojlaeol9IJi.7:il.c;:n(){!sp

  • 5/10/2018 MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

    5/11

    '~ .

    18 4 K C l i n e l h M i : w e i l

    de 1810 impunhano Bra si l. ta ri fas ma is al ta s aox portnuucses do que aospr6prios bri tanicos, um a im po si , Jose Bon .i fn ci o d e And rada e S il va , Obras c ienl (f i~as, poli ti cos e soc iai s. :3 vols. , col ig idos ereprodu;udos por Edgard de.Cerqucira F~lc30 (Santos, 1965), pp. 115-58.

  • 5/10/2018 MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

    6/11

    18 6 K ~ n n e lh M a x w e l l

    , r ef or rn a p ro po sto s p er Jose B onifac io . D . Pedro e ra . a urnn.so.vcz, ql1g

  • 5/10/2018 MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

    7/11

    " ' : ', : ;, I :! : ." i\ ~ 'I~.., . ~.:" " _ _ . . . . . . , 1 1 " ., _ " . : . . . " , . . : . . _ __

    18 8 rO I qu e 0 B r a s il f o i d i f e r e n f e ? 0 c o n t e x t o d o innpl\On~"nrin... ... _ .._- 189; _, L- -; . ~ '

    = /L; \ 111 tr~~aportug~esa_,_O sistema da monarquia centralizaoa navia estabeleci-do urnn forte presenca insti tucionaldesde 1808;e essefator foi c rf tico parac l tcrrnlnar 0 succsso dcd, Pedro na protecao d e seunovo i ~ pe r i6 n o sd Ol io fi s impastos pclos rcpublicanos. Portanto, a resposta a s perguntas act-m a f orm ulad as C , pravavelmcn!c,"ni'io"; E m o ur ra s p al av ra s, a base socialp rcdi: p sta a e n fr e nr n r m u d an c as radicai~~~~;-~~jsforte em Portugal. na~ c cn d o . d ~ 1820. do qu e no Brasil. c omotivo disso e que 0movimento aJa,\;ol'.O~

  • 5/10/2018 MAXWELL, Kenneth - Por Que o Brasil Foi Diferente 179-195

    8/11

    P or Q i i ~0 - B r o s i ff a i d r f er e n le ' G c o o t e r t a d o i n d e ~ o d in C i oe n n e t h M o x m U.~__.,--__:_----------- ,---,---,' e sc r av o s . t a l c om o J os e Bonifacio, 0 faziam riao par c a us a d a h u rn a ni da d edos escravos, mas porque desejavam eliminar os negros.

    AS ide61ogos do "livre cornercio" ,n o Brasil t ambem adotaram es saposturaesscncialmente r ac is m . J os e d a Sflva Lisboa.que havia c lamado pelaabertura dos portos aoprfncipc rcgcnt e em 1808. argumentava, em 181 S,que 0prcgressodc Sao Paulosc devia "a extraordinaria preponderancia [In)da raca branca", 0 Rio Grande do SuI. 0celeiro do Brasil.Jiavia sido, igual-mente, colonizado "pela rnca por tuguesa, e nao pela populacao do.Etiopia".Tornando como exemplo a Ilha da Made ira , ele gar an tia que "a experienciatern rnostrado que urna vcz quese estanca 0 suprimentode african os, a raca

    _ ,n?,Q.diminui e declina, mas se torna rnelhor e mais branea [ : .. ]" EIe desejava. , - < t~rocancer da escfavjdaoe1imfhadode:S'deorio-driPJ;"a.faate;6:d8Jlibi:6nns.~;.:,'~ , ,',. '.