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MÉDICOS, PARABÉNS PELO SEU DIA 18 DE OUTUBRO, DIA DO MÉDICO SETEMBRO DE 2017 • Nº 310 JORNAL DO ISSN 1980-394x O SUS pode dar certo Páginas 12 a 14 O irreverente traço de Henfil Página 15 Hospitais federais: continua a luta Páginas 10 e 11

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MÉDICOS, PARABÉNS PELO SEU DIA18 DE OUTUBRO,DIA DO MÉDICO

SETEMBRO DE 2017 • Nº 310

JORNAL DO ISS

N 1980-394x

O SUS podedar certo

Páginas 12 a 14

O irreverentetraço de Henfil

Página 15

Hospitais federais:continua a luta

Páginas 10 e 11

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JORNAL DO Setembro de 20172

Publicação Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro

DIRETORIAPresidente:Presidente:Presidente:Presidente:Presidente: Nelson NahonPrimeiro Vice-Presidente:Primeiro Vice-Presidente:Primeiro Vice-Presidente:Primeiro Vice-Presidente:Primeiro Vice-Presidente: Renato GraçaSegundo Vice-Presidente:Segundo Vice-Presidente:Segundo Vice-Presidente:Segundo Vice-Presidente:Segundo Vice-Presidente: Serafim Ferreira BorgesDiretor Secretár io Geral :Diretor Secretár io Geral :Diretor Secretár io Geral :Diretor Secretár io Geral :Diretor Secretár io Geral : Gil Simões BatistaDiretora Primeira Secretár ia : Diretora Primeira Secretár ia : Diretora Primeira Secretár ia : Diretora Primeira Secretár ia : Diretora Primeira Secretár ia : Ana Maria CabralDiretor Segundo Secretár io:Diretor Segundo Secretár io:Diretor Segundo Secretár io:Diretor Segundo Secretár io:Diretor Segundo Secretár io: Olavo Marassi FilhoDiretora TDiretora TDiretora TDiretora TDiretora Tesoureira:esoureira:esoureira:esoureira:esoureira: Erika Monteiro ReisDiretora Primeira TDiretora Primeira TDiretora Primeira TDiretora Primeira TDiretora Primeira Tesoureira:esoureira :esoureira :esoureira :esoureira : Maríl ia de AbreuDiretora de Sede e Representações:Diretora de Sede e Representações:Diretora de Sede e Representações:Diretora de Sede e Representações:Diretora de Sede e Representações: I lza FellowsCorregedor:Corregedor:Corregedor:Corregedor:Corregedor: Marcos BotelhoVice-Corregedor:Vice-Corregedor:Vice-Corregedor:Vice-Corregedor:Vice-Corregedor: José Ramon BlancoCONSELHEIROSAbdu Kexfe, Alexandre Pinto Cardoso, Alkamir Issa, AloísioTibiriçá Miranda, Ana Maria Correia Cabral, Armando deOliveira e Silva (+), Armindo Fernando Mendes Correia daCosta, Carlos Cleverson Lopes Pereira, Carlos Enaldo deAraújo Pacheco, Carlos Eugênio Monteiro de Barros, CelsoNardin de Barros (indicado  Somerj), Edgard Alves Costa,Erika Monteiro Reis, Felipe Carvalho Victer, Fernando Sérgiode Melo Portinho, Gil Simões Batista, Gilberto dos Passos,Guilherme Eurico Bastos da Cunha, Ilza Boeira Fellows, JoéGonçalves Sestello, Jorge Wanderley Gabrich, José MarcosBarroso Pillar, José Ramon Varela Blanco (indicado Somerj),Kássie Regina Neves Cargnin, Luiz Antônio de AlmeidaCampos, Luís Fernando Soares Moraes, MakhoulMoussallem, Márcia Rosa de Araujo, Marcos Botelho daFonseca Lima, Marília de Abreu Silva, Nelson Nahon, OlavoGuilherme Marassi Filho, Pablo Vazquez Queimadelos,Paulo Cesar Geraldes, Renato Brito de Alencastro Graça,Ricardo Pinheiro dos Santos Bastos, Rossi Murilo da Silva,Serafim Ferreira Borges, Sergio Albieri, Sergio Pinho CostaFernandes, Sidnei Ferreira, Vera Lúcia Mota da Fonseca

SEDEPraia de Botafogo, 228, loja 119BCentro Empresarial RioBotafogo - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22250-145Telefone: (21) 3184-7050 - Fax: (21) 3184-7120www.cremerj.org.brHorário de funcionamento: de segunda a sexta, das 9 às 18 horas

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Conselho Editorial: Diretoria, Marcos Araújo e Ângela De MarchiJornalista Responsável: Nicia Maria - MT 16.826/76/198Reportagem: Nicia Maria, Tatiana Guedes, Mariana Coutinho e Rodrigo ReisFotografia: José Renato, Henrique Huber e Paulo SilvaProjeto Gráfico: João Ferreira • Produção - Foco NotíciasImpressão: Edigráfica Gráfica e Editora S.A. • Tiragem: 60.000 exemplares • Periodicidade: Mensal

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Mesmo com dificuldades, médicos trabalham pelo bom funcionamento do SUS

No mês do médico, devemoscelebrar nossa profissão

“Nós temos, sim, o que

comemorar. Celebrar nossa

escolha. Comemorar como

no dia em que nos

formamos, cada conquista e

cada vez que nos levantamos

depois de um obstáculo.”Nelson NahonPresidente do CREMERJ

É chegado outubro, o mês emque devemos, sim, comemorar anossa profissão.

Em um mesmo mês, tivemos noCREMERJ dois eventos importan-tes: um para recepcionar os novosmédicos, recém-saídos da faculda-de, e outro para homenagear oscolegas que estavam completando50 anos ou mais de formados, aquem chamamos de Jubilados.Além da escolha pela medicina,havia uma grande semelhança en-tre os participantes das duas oca-siões: a empolgação e a alegria deserem médicos. Os mais jovens,que pouca experiência têm e ain-da não sabem exatamente o quevão enfrentar, demonstravam amesma felicidade dos mais velhos,que já vivenciaram as dificulda-des da profissão, mas também co-lecionam vitórias. E esse sentimen-to não há governo, ministro, se-cretário ou qualquer autoridadeque possa nos tirar.

Se na visão equivocada do mi-nistro da Saúde, Ricardo Barros, “omédico finge que trabalha” e “o SUStem que ser redimensionado”, en-contramos provas ao longo de di-versas fiscalizações do CREMERJem todo o Estado, mesmo com toda

a crise, de que o sistema públicode saúde é viável. O que afeta eprejudica o seu funcionamento é osubfinanciamento e as gestões in-capazes e ineficientes.

O próprio ministro já declarouque há 141 UPAs construídas nopaís que não serão inauguradas porfalta de verbas de custeio. Entãopor que foram construídas? VoltaRedonda possui um hospital regi-onal para assistência em média ealta complexidade, através de con-sórcio intermunicipal, pronto hádois anos, com capacidade paraatender cerca de 1 milhão de ha-bitantes da região, que abrange 12cidades, mas que até agora não foiaberto. Como é possível edificar emontar unidades, mas não colocá-las em atividade? Simples: por errode gestão. Ou devido à corrupção,como vimos acontecer no Estadodo Rio de Janeiro, cujos gover-nantes e gestores estão sendo, hoje,responsabilizados pelo sucatea-mento da saúde e de outras áreas.

Apesar de todas as deficiênci-as e falhas da rede pública, as vis-torias do CREMERJ constatam queexistem serviços extraordináriosno Estado, que determinam proto-colos e programas qualificados,

eficientes e que atendem satisfa-toriamente a população. E isso temse dado graças aos médicos e aosdemais profissionais de saúde que,juntos, realizam seu trabalho comdedicação e sem medir esforços,superando as adversidades.

Dentre eles podemos citar oprograma de vacinação brasileiro,tido como um dos melhores domundo; a Estratégia de Saúde daFamília, que mesmo ainda embri-onária no país, tem apresentadodados positivos; e o tratamento deaids no Brasil, pioneiro e reconhe-cido internacionalmente. São mui-tos os exemplos do que existe debom na assistência pública. Sabe-mos que ainda há muito a ser me-lhorado – muito – mas não pode-mos deixar de comemorar aquiloque temos de excelência e de re-conhecer o crédito de quem faz oSUS funcionar.

Nós temos, sim, o que come-morar. Celebrar nossa escolha.Comemorar como no dia em quenos formamos, cada conquista ecada vez que nos levantamos de-pois de um obstáculo.

Colega, parabéns pelo seu dia,o dia do médico!

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JORNAL DO 3Setembro de 2017

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JORNAL DO Setembro de 20174

A preocupante falta de ver-bas para a contratação de funci-onários extra-quadros para oHospital Universitário Clemen-tino Fraga Filho (HUCFF) moti-vou um Café com a Cocem entrea Comissão de Saúde Pública doCREMERJ e o a direção, a co-missão de ética médica e o cor-po clínico da unidade, no dia 12de setembro.

Diretor do HUCFF, EduardoCôrtes explicou a gravidade dasituação de falta de verba, quevem inviabilizando o pagamen-to de, aproximadamente, 700profissionais extra-quadro dohospital, que é subordinado àreitoria da Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ), nãopossuindo, portanto, poder decontratação.

– Estamos preocupados, poisno final de 2016, a reitoria nosinformou que não teria comopagar os 700 funcionários ex-tra-quadro, que atualmente são

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Hospital Universitário Clementino Fraga Filho recebe Café com a Cocem

Falta verba para pagamento de funcionários

importantes para manter o hos-pital funcionando – explicou.

Ele afir-mou, ainda,que até o fimde 2017 develiberar mais400 leitos, po-rém sem fun-cionários desaúde e do se-tor administrativo para mantê-los.

– Contamos hoje com 260 lei-

A Cocem deu posse, no dia 12 de setembro,a comissões de ética médica em seis unida-des de saúde. São elas:

HOSPITAL CAXIAS D’OREfetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos: André de Azevedo, Eric Perecma-nis, Yung Castro e Bruno BandeiraSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Adriane Ramos, Valter GabrielMaluly Filho, Pedro Guilherme Rothman eMérian Paula de AlbuquerqueMATERNIDADE MUNICIPAL MARIANA BULHÕESEfetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos: Robisney Avelar, Maria Betania Sou-za, Celio Roberto Campos e Carlindo Silva FilhoSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Ricardo de Souza, Maria Angé-lica Svaiter, Tatiana Rabello Panaino e Rosa-ne Cerqueiro MatheusHOSPITAL DO CÂNCER IIEfetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos: Edward Christian Lusis, Rodolfo Es-pinoza, Elisa Barroso e Luiz Fernando NunesSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Marcella Vaena, Alice de Alen-car, Bruno da Cruz e Fernando Cordero

CREMERJ EMPOSSA SEIS NOVAS COMISSÕES

UPA 24 HORAS NOVA IGUAÇU IIEfetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos: Mariana da Rosa e Juliane ThoméSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Priscila de Lima e Ederaldo da SilvaHOSPITAL MUNICIPAL RONALDO GAZOLLAEfetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos: Doris Augusta Rebello, Renata Orofi-no, José Everardo de Amorim e Gustavo da CostaSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Neuza Pereira, Yara de Mendon-

ça, Romulo Elizardo e Francisco José de SousaUNIMED-RIOEfetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos:Efetivos: Pedro Spineti, Luciano Mannari-no, Rafael da Cruz e Luiz Eduardo FerreiraSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Claudia de Almeida, AlexandreRouge Felipe, Eduardo Rodrigues Antonio eCristiane Ferraz

Diretores do CREMERJ com os novos membros empossados

tos, 19 leitos de CTI e Emergên-cia aberta 24 horas, mas sei que,

infelizmente,corremos orisco de fe-char. Esta-mos em umasituação difí-cil: se arcar-mos com opagamento

dos funcionários extras, teremosque fechar serviços e a Secretaria

MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ INCLUIRESIDENTES NA COMISSÃO DE ÉTICA

Já no dia 29 de agosto, o Café com a Cocem foi realizado na maternidade-escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Participaram da reu-nião os membros da comissão de ética e o diretor técnico da maternidade, JairBraga; o coordenador da Cocem e vice-presidente do CRM, Serafim Borges; e osconselheiros Erika Reis, Pablo Vazquez e Armindo Fernando da Costa.

O presidente da Comissão de Ética da maternidade-escola, Alvio Palmiro, apre-sentou os integrantes da comissão, que tem como diferencial a participação deduas médicas residentes. Ele explicou que incentiva a participação dos residentesna comissão para que eles já se familiarizem com as questões éticas.

de Saúde, imediatamente, inter-romperá a nossa recontratualiza-ção, pois entenderá que a produti-vidade caiu. A única saída é a rei-toria assumir essa dívida e mantero nosso funcionamento. Enquantoeu for o diretor daqui não vou acei-tar o fechamento de nenhum servi-ço sem lutar – garantiu.

O coordenador da Comissãode Saúde Pública do CREMERJ,Pablo Vazquez, e a diretora Eri-ka Reis reforçaram o apoio àsunidades e aos profissionais desaúde e afirmaram que é indis-cutível a importância do HUCFFpara toda a população, médicose residentes.

Também participaram da reu-nião o presidente da Comissão deÉtica Médica da unidade, RenêMurilo, e os membros Solange Val-le e Ronaldo Vinagre, e os repre-sentantes do corpo clínico BeatrizPenedo, Maria Angélica, CarlosLima, André Rabelo, Ana LúciaRosso e Rosana Lopes Cardoso.

Comissão de Saúde Pública do CREMERJ com a Comissão de Ética do HUCFF

“Estamos em uma situação difícil:se arcarmos com o pagamento

dos funcionários extras, teremosque fechar serviços.”

Eduardo Côrtes, diretor do HUCFF

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JORNAL DO 5Setembro de 2017SAÚDE PÚBLICA

Em apoio ao ato contra vio-lência ocorrido no dia 20 de se-tembro, na porta do HospitalUniversitário Clementino FragaFilho - conhecido como Hospi-tal do Fundão - o CREMERJ en-viou um ofício à Secretaria deEstado de Segurança e à reito-ria da Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ), solicitan-do uma ação integrada junto àspolícias Militar e Civil para me-lhorar a segurança nos arredo-res da unidade. O documentotambém foi encaminhado aoMinistério Público do Rio deJaneiro (MPRJ).

A manifestação, que contoucom a participação de estudan-tes, residentes, professores egrande parte do corpo clínico dohospital, teve como objetivo co-brar um posicionamento da rei-toria da universidade sobre anecessidade de segurança no en-torno do campus. A unidade so-fre constantemente com os assal-tos em suas imediações e, muitasvezes, precisa dispensar seus fun-cionários mais cedo devido aosepisódios de violência.

Presente no ato, o presiden-te do CREMERJ, Nelson Nahon,frisou que o Conselho já havia

CREMERJ envia ofício à Secretaria de Segurança, ao MP e à reitoria da UFRJ

Fundão: ato reivindica segurança

HUPE INAUGURA NOVO CENTRO DE UROLOGIAO Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe)

inaugurou, no dia 6 de setembro, o Centro deTratamento da Litíase Urinária (Centralu), umaextensão da enfermaria do Serviço de Urologia.A unidade é direcionada ao tratamento de cál-culos que estão localizados no trato urinário.

Além do presidente do CREMERJ, NelsonNahon, integraram a mesa da solenidade odiretor e o coordenador da Urologia do Hupe,Edmar dos Santos e Ronaldo Damião, respec-tivamente; o reitor da Universidade do Esta-do do Rio de Janeiro (Uerj), Ruy Garcia Mar-ques; e o secretário Estadual de Saúde, LuizAntônio Teixeira.

Edmar Santos ressaltou a importância dainauguração do Centralu, em meio ao retornodos serviços que estavam prejudicados pelacrise financeira da unidade, que passa por umafase de reestruturação, apesar de ainda existirproblemas com o pagamento dos funcionári-os. Ele lembrou as dificuldades enfrentadaspelo hospital e parabenizou todos os funcio-nários pelo empenho e pela dedicação paramanter o Hupe aberto.

– Essa inauguração mostra o quanto pode-mos fazer mesmo ainda nos recuperando da cri-se que atingiu a unidade nos últimos anos. Esteato representa exatamente o espírito do Hupe:a vontade de superar as dificuldades e prestar

o melhor atendimento à população – disse.O Centralu possui cinco leitos e uma sala

no centro cirúrgico onde são realizadas, diari-amente, três cirurgias para cálculo. Conta comequipe multidisciplinar formada por urologis-tas, cirurgiões, anestesistas, nefrologistas e en-fermeiros e dispõe de equipamentos para exa-mes de imagem de alta complexidade.

Nelson Nahon parabenizou a direção e ocorpo clínico pelos esforços para manter o Hupeaberto, mesmo diante das dificuldades, e res-saltou que a unidade é um exemplo de como oSistema Único de Saúde pode dar certo.

– A Uerj deu uma lição de como o SUS éviável, resistindo à destruição da saúde públi-ca – salientou.

Nelson Nahon com médicos da unidade e autoridades durante a inauguração do novo serviço

se reunido com o Comando Ofi-cial da Polícia Militar, requisi-tando uma solução para o pro-blema da insegurança nos arre-dores das unidades de saúde.

O diretor da Associação dosMédicos Residentes do Estado do Riode Janeiro (Amererj) Francisco Ro-meiro também declarou apoio ao atoe pediu atenção às unidades de saú-de do Rio de Janeiro.

– A reitoria precisa tomar pro-vidências urgentes para conter aonda de violência que dominou ocampus do Fundão. Os funcioná-rios precisam de segurança paratrabalhar – destacou.

Médicos, estudantes e profissionais de saúde em manifestação no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Fundão)

“A reitoria precisa tomarprovidências urgentes paraconter a onda de violênciaque dominou o campus doFundão. Os funcionáriosprecisam de segurança paratrabalhar.”Francisco Romeiro, diretor daAssociação dos Médicos Residentesdo Estado do Rio de Janeiro (Amererj)

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JORNAL DO Setembro de 20176

Membros do Comitê de Monitoramento dosServiços de Cirurgia Cardíaca Pediátrica do CRE-MERJ, Serafim Borges e Ana Maria Cabral rea-lizaram uma visita ao Instituto Estadual de Car-diologia Aloysio de Castro (Iecac), no dia 19de setembro, para conhecer a funcionalidadedo setor de pediatria da unidade.

O diretor da Fundação Saúde, João Vello-so; o diretor do Iecac, Rossi Murilo; a direto-ra técnica, Maria Eulália Pfeiffer; e as pedia-tras, Ana Beatriz Regal e Lilian Studart parti-ciparam da reunião, que também contou comrepresentantes da Comissão de Fiscalização(Cofis) do CRM.

Serafim Borges ressaltou que a enorme fila- que está parada - de regulação do Estado paracirurgias cardíacas pediátricas é absurda, porvezes retirando dos pacientes chances de tra-tamento bem sucedido.

– Montamos um projeto visando ao forta-lecimento do setor público nessa especialida-de e um acompanhamento médico adequado àscrianças cardiopatas. Entre outras propostas,sugerimos a criação de um setor de reabilita-ção cardíaca dentro do Iecac, pois acreditamosque a unidade tem condições de executar essetrabalho – explicou Serafim.

João Velloso observou que a Secretaria

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Comitê de Monitoramento dos Serviços de Cirurgia Cardíaca Pediátrica visita Iecac

CREMERJ critica falta de soluçãopara enorme fila de cirurgias

Estadual de Saúde (SES) aumentou o númerode unidades de saúde administradas pela Fun-dação Saúde sem adequar o quantitativo defuncionários.

A diretora técnica do hospital, Maria Eu-lália, também reforçou a urgência da reali-zação de concurso público e de maior inves-timento na unidade.

– A demanda de crianças e a taxa de morta-lidade infantil são altas. Temos feito várias reu-

niões no CRM e na Defensoria Pública. Acredi-to que, com a união entre as instituições, con-seguiremos muitos avanços – disse.

A Comissão de Fiscalização do CRM fez umdetalhado questionário sobre o recursos hu-manos, equipamentos, insumos, leitos ativos epacientes internados no setor pediátrico, paraque se tenha amplo conhecimento de todas ascarências da unidade e que se possa tomar asprovidências necessárias.

Serafim Borges e Ana Maria Cabral em reunião com diretores do Iecac

A diretora do CREMERJ Ana Cabral participou da reuniãoda Associação de Cirurgia Pediátrica do Estado do Rio de Ja-neiro (Ciperj) com o Ministério Público do Rio de Janeiro(MPRJ), no dia 21 de setembro, para discutir o atendimento àscrianças cardiopatas.

NOVA DIRETORIA NA ABMLPM-RJFoi empossa-

da, no dia 9 deagosto, a novadiretoria da As-sociação Brasi-leira de Medici-na Legal e Perí-cias Médicas -Regional do Riode Janeiro (ABMLPM-RJ), composta por Luiz Carlos PrestesJunior (presidente); Oscar Cirne Neto (vice-presidente); RafaelSpinola (1º secretário); Egas Dáquer (2º secretário); Monica Maia(1ª tesoureira); Gilse Prates (2ª tesoureira); e os membros doConselho Fiscal Amaury da Cruz Junior, Tommasso Di Martino,Ruth Cytrynbaum e Gabriela Suares (suplente).

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JORNAL DO 7Setembro de 2017

O Conselho Estadual de Saúde do Rio deJaneiro (CES-RJ) promoveu uma reunião ex-traordinária, no dia 19 de setembro, para de-bater a descontinuidade do exame de tria-gem neonatal (Teste do Pezinho) no InstitutoEstadual de Diabetes e Endocrinologia LuizCapriglione (Iede).

Mais de 105 mil exames coletados entreagosto de 2016 e janeiro deste ano deixaramde ser realizados.

O diretor do CREMERJ Gil Simões desta-cou que houve reuniões com a Comissão deÉtica Médica do Iede para discutir o assunto,além de uma fiscalização na Apae para averi-guar as denúncias dos médicos.

– O Iede notificou inúmeras vezes a Secre-taria Estadual de Saúde sobre a constante fal-ta de insumos para a realização do teste e asolução encontrada pelo governo do Estadofoi a transferência do programa. Porém nãose pode assegurar a qualidade dos exames fei-tos pela Apae. Essa situação nos deixa muitopreocupados, pois sem o seu funcionamentoadequado, os bebês e suas famílias ficam de-sassistidos – frisou.

De acordo com a superintendente de Aten-ção Básica da Secretaria de Estado de Saúde,Thaís Severino, estão sendo estudadas soluçõespara sanar o atraso dos testes e o Instituto Vi-tal Brasil está em processo de avaliação para

Teste do Pezinho não está regularizado

também realizar o procedimento. Entre as deliberações do Conselho Estadual

de Saúde para a solu-ção do problema estãoa criação, pela Apae,de um kit de rastrea-mento completo dostestes realizados paraa busca ativa de casossuspeitos, a reativaçãodo laboratório de aná-lises clínicas do Iede para a realização dos exa-mes acumulados; e a solicitação de uma audi-toria do Departamento Nacional de Auditoria

do SUS (Denasus) nas verbas federais destina-das à Triagem Neonatal.

Também participa-ram do encontro o de-putado estadual Dr. Ju-lianelli, representando aComissão de Saúde daAssembleia Legislativado Estado do Rio de Ja-neiro (Alerj); a direto-ra técnica e o coorde-

nador do “Programa Primeiros Passos” de Tri-agem Neonatal do Iede, Márcia Marinho e LuizPóvoa, respectivamente.

Gil Simões ma reunião do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro

Entre as deliberações do ConselhoEstadual de Saúde está a criação, pela

Apae, de um kit de rastreamentocompleto dos testes realizados.

SAÚDE PÚBLICA

SIDNEI FERREIRAConselheiro do CREMERJ e do CFM

COLUNA DOCONSELHEIRO FEDERAL

REVISTA BIOÉTICA,MEIO AMBIENTE ESISTEMA DE SAÚDE

Revista Bioética está co-memorando 25 anos deexistência.

Editada pelo ConselhoFederal de Medicina desde 1993,a revista oferece a oportunidadede discussão de diversos aspectosda ética médica e da bioética evem contribuindo para o seu de-senvolvimento, da medicina, dasociedade e dos que trabalhamcom a saúde, direta ou indireta-mente, no país e no mundo.

Durante esse período, forampublicados 56 números, 55 edito-riais e 873 artigos, sendo a únicapublicação brasileira especializa-da em bioética, indexada em ba-ses de dados internacionais.

A Revista Bioética mobilizamais de três centenas de colabo-radores brasileiros e duas deze-nas de estrangeiros para, a cadaedição, possibilitar aos leitoresreflexões sobre a medicina e seusaspectos simples e complexos,harmônicos e contraditórios, hu-manos e solidários.

Ela serve como combustívelpara a busca do melhor caminhoa percorrer, para que se possaoferecer primorosa fração dessaciência e arte.

Podemos afirmar que a bioéti-

Mais de 105 mil exames entre agosto de 2016 e janeiro deste ano deixaram de ser realizados

ca evoluiu mundialmente, em es-pecial no Brasil, ganhando emimportância e credibilidade, cres-cendo em interesse, em número deespecialistas, pesquisadores, cur-sos e publicações. Nas universi-dades, há um interesse crescente,envolvendo, cada vez mais, alu-nos, professores e pesquisadores.Comissões são criadas em hospi-tais e conselhos de medicina, comapoio e estímulo do CFM e CRMs.

Os três poderes usam a expe-riência e conhecimentos adquiri-dos pelos que estudam e discutemcotidianamente a bioética para acriação de leis, de programas degoverno, de regulamentação denormas, como, por exemplo, nareprodução assistida.

O meio ambiente e o riscoiminente de morte da terra jáeram, naquele tempo, razão depreocupação de parte da socie-dade. Fruto da omissão e negli-gência, como a discreta e insufi-ciente mobilização de muitosgovernos, culminando com o ab-surdo e irresponsável abandonodos EUA do pacto de Paris, dasprecárias informações à socieda-de e do tempo perdido por to-dos, inclusive pela ciência, lide-ranças e entidades nacionais e

internacionais, cientistas e estu-diosos desse fenômeno concluemque muitos males são irreversí-veis e que a recuperação do queé possível levaria séculos.

Portanto, se não mudarmosradicalmente nosso comporta-mento, em poucas décadas tere-mos perdido irremediavelmentea Terra, nossa morada que nos dásegurança, conforto, energia enutrientes indispensáveis, quenão desaparecerá como planeta,mas não mais nos manterá sau-dáveis e vivos.

Temos, então, um momentocrucial com relação ao que é pre-ciso e possível fazer com o meioambiente e com nossas vidas. Nãoé diferente do que está aconte-cendo com o sistema de saúde donosso país.

Incompetência, corrupção,desinteresse, interesses escusospessoais, políticos e empresariais,tomadas de decisões equivocadas,excesso de escolas médicas, en-sino de má qualidade, mudançasna nossa cultura e outras evolu-ções, pressão da indústria, deempresários da intermediação dasaúde e empobrecimento da po-pulação, entre outros aspectos,

nos levou a essa situação. O sistema mostra-se em tem-

po de gravidade extrema e, à se-melhança da questão ambiental,estamos frente a uma emergên-cia. Se não houver decisão ade-quada rápida e universal, o qua-dro será irreversível e morrere-mos todos precocemente, de umaforma ou de outra, figurada oureal, acompanhando nossos ir-mãos que, aos milhares, entregamsua saúde e suas vidas a esse sis-tema corrompido, mal cuidado,mal entendido e negligenciado.

Não é somente um problemado usuário, do governo, do ges-tor, do médico ou da enfermeira,da assistente social ou dos servi-ços gerais, do estudante, dos seuspais ou do reitor, do fornecedorou da polícia. É um problema detodos, da criança e do adulto, dooperário e do empresário, do fã edo artista, do homem e da mulher,do ateu e do crente, do doente edo são. É de todos, sem exceção.Como o é o problema ambiental.

É, principalmente, uma ques-tão ética e bioética, na qual de-vemos interferir imediatamente,unidos em um grupo que pense,entenda e aja da mesma forma.

A

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JORNAL DO Setembro de 20178ES

TADO

AFO

RA

Durante reunião da Coordena-ção das Seccionais e Subsedes doCREMERJ (Cosec), no dia 22 desetembro, na sede do Conselho,coordenadores e representantes dasseccionais e subsedes debateram asituação da saúde em suas regiões.No encontro, foram relatados di-versos problemas, como o déficitde médicos, o atraso no repasse deverbas, o sucateamento das unida-des e o fechamento de serviços.

Além do presidente do CRE-MERJ, Nelson Nahon, conduzirama reunião os conselheiros OlavoGuilherme Marassi e José RamonBlanco.

– O que temos visto em todasas regiões é o resultado da crisefinanceira do Estado e da falta decomprometimento dos gestorescom a saúde da população. O quesó reforça que devemos continuarna luta pelo Sistema Único de Saú-de (SUS) de qualidade e para to-dos – disse Nahon.

Ele também falou sobre asações do Conselho para comemo-rar o Dia do Médico e o lançamentodo aplicativo de celular e da TVdo CRM, em outubro.

Leia ao lado alguns dos prin-cipais relatos:

Cosec: seccionais e subsedes do CREMERJ relatam situação da saúde em suas regiões

Falta de médicos é o maior problema

ANGRA DOS REISO Hospital Geral de Japuíba,

transformado em fundação, con-tinua com déficit de médicos eoutros profissionais de saúde. Nãohá previsão de concurso parasuprir a carência, e uma empresadeve ser contratada pela prefei-tura para admitir os profissionais.No fim de setembro, uma equipeda seccional participou de fisca-lização com a Defensoria Públi-ca do Estado para averiguar a si-tuação das unidades públicas dacidade e fazer um mapeamentoda situação.

BARRA DO PIRAÍOs postos de saúde estão su-

cateados e o atendimento cadavez mais precário. Além disso, asunidades hospitalares estão comserviços reduzidos, muitos exa-mes não são mais oferecidos e hácarência de médicos.

CAMPOS DOS GOYTACAZESO fim dos contratos de RPA

(Recibo de Pagamento Autô-nomo) na rede pública muni-cipal fez com que diversas es-pecialidades ficassem com dé-ficit de médicos.

PETRÓPOLISDuas Unidades de Pronto

Atendimento (UPAs) passaram aser administradas por um consór-

cio. No entanto, desde que assu-miu a gerência, as unidades es-tão fechadas devido à falta demédicos e de outros profissionaisde saúde.

VOLTA REDONDAOs dois hospitais públicos da

cidade - o São João Batista e oMunicipal Doutor Munir Rafful -continuam com deficiência demedicamentos e insumos.

ILHA DO GOVERNADORO Hospital Municipal Evan-

dro Freire sofre com a falta derepasses financeiros da prefeitu-ra, o que levou a unidade a fe-char diversos serviços.

Diretores doCREMERJreunidos comrepresentantesdas seccionais esubsedes

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JORNAL DO 9Setembro de 2017

O fim das Organizações Soci-ais (OSs), a criação de um Planode Cargos Carreiras e Salários, aregularização dos vencimentos queestão atrasados, o pagamento do13º salário de 2016 e novos con-cursos públicos para a área de saú-de foram as principais ações pro-postas durante a audiência públi-ca na Assembleia Legislativa doEstado do Rio de Janeiro (Alerj),realizada no dia 18 de setembro,sobre a grave crise que atinge asaúde do Estado.

Além do presidente do CRE-MERJ, Nelson Nahon, a reuniãocontou com a participação de re-presentantes de conselhos profis-sionais de saúde, sindicatos, fe-derações, sociedades, movimen-tos sociais e parlamentares esta-duais e federais.

Durante a sessão, os presentesrelataram os diversos problemasenfrentados pelas unidades das trêsesferas de governo, além das difi-culdades dos pacientes para teracesso a atendimento.

O presidente da Comissão deSaúde da Alerj, deputado FábioSilva, lembrou que nos últimosdois meses o CREMERJ e a Defen-soria Pública do Estado do Rio deJaneiro (DPRJ) visitaram 52 uni-

SAÚDE PÚBLICA

Audiência pública na Alerj debate problemas das unidades federais, estaduais e municipais

Entidades e movimentos da saúde propõemações para atenuar crise no Estado do Rio

Uma audiência pública coman-dada pela Frente Parlamentar emDefesa do Sistema Único de Saúde(SUS) debateu, no dia 1º de setem-bro, a situação da saúde públicana cidade do Rio de Janeiro. Areunião na Câmara dos Vereado-res recebeu representantes dosconselhos e sindicatos profissio-nais de saúde, do Tribunal de Con-tas do Município e das unidades.

O presidente do CREMERJ,Nelson Nahon, discursou na audi-ência e recebeu apoio do públicopresente ao defender o SUS e secolocar contra o sucateamento e aprivatização da saúde pública.

A audiência foi presidida pelovereador Paulo Pinheiro, que re-presentou a frente parlamentar de36 vereadores, criada para discu-tir a saúde do Rio. A ideia era ou-vir pessoas que representam a pon-ta do sistema em diferentes áreasda saúde no município para co-

CREMERJ DEFENDE O SUS NA CÂMARA DOS VEREADORES

nhecer a real situação e a partirdela redigir um documento queseria encaminhado ao prefeito e aosecretário municipal de Saúde.

Segundo o auditor do Tribu-nal de Contas do município do Rio,Ricardo Levorato, o orçamento de5,3 bilhões, que já era insuficien-te, caiu para 4,9 bilhões por conta

dos contingenciamentos. Outro ponto abordado pelo

encontro foi a ameaça de corte dosagentes comunitários e das equi-pes de saúde bucal. Ronaldo Mo-reira, presidente do Sindicato dosAgentes Comunitários, defendeu aimportância desses profissionais naatenção básica, principalmente no

dades de saúde no Estado e com-provaram a precariedade dos hos-pitais.

Dentre os participantes estavao médico Renato Santos, que re-presentou o movimento “NenhumServiço de Saúde a Menos”, cria-do por profissionais das Clínicasda Família do município do Rio.Ele leu em plenário um manifestodirecionado a trabalhadores e usu-ários do SUS, que fala sobre o des-monte do SUS no Rio de Janeiro.

Para Nelson Nahon, a união de

todas as entidades é fundamentalpara cobrar das autoridades umamudança no cenário atual da saú-de pública do Rio.

– O que tem acontecido nasaúde do Rio de Janeiro e de todoo Brasil é algo inaceitável. Nãopodemos permitir que a precari-zação e a privatização continu-em. Vamos reunir esforços paramudar este cenário por uma saú-de de qualidade para todos, con-forme a Constituição determina– acrescentou.

alcance de pacientes em situaçãode vulnerabilidade.

– Nós ajudamos a tirar o Bra-sil dos maiores índices de morta-lidade infantil e hoje somos ummodelo na atenção primária. O tra-balho dos agentes comunitários éessencial e o governo quer acabarcom ele – disse.

Nelson Nahondurante suaexplanação naCâmara dosVereadores dacapital

Presidente do CREMERJ participa de audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado

“O que tem acontecido nasaúde do Rio de Janeiro ede todo o Brasil é algoinaceitável. Não podemospermitir que a precarizaçãoe a privatizaçãocontinuem.”Nelson Nahon,presidente do CREMERJ

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JORNAL DO Setembro de 201710SA

ÚDE

PÚBL

ICA

Dando continuidade às açõescontra o desmonte dos hospi-tais federais no Rio de Janei-ro, o CREMERJ participou dereuniões e manifestações nasunidades ao longo do mês desetembro.

CREMERJ participa de reuniões e manifestações nas unidades

Hospitais federais: continua a lutaINC

O médico Rafael Diamante, in-dicado para o cargo de diretor doINC, protocolou no CRM, no iní-cio de setembro, uma carta envia-da ao Ministério da Saúde abrin-do mão da nomeação, na mesmadata de sua designação.

No dia 30 de agosto, médicos

e demais funcionários de saúde doINC se reuniram em frente à uni-dade em uma manifestação quepedia mais estabilidade adminis-trativa e reivindicava recursospara os institutos federais. Em 18meses, o INC teve quatro diretoresdiferentes, o que têm prejudicado

o funcionamento da unidade, epode comprometer a linha de cui-dado dos pacientes. Uma reclama-ção dos médicos é que o critériopara escolha da direção é política,não técnica. Até o fechamento destaedição, a unidade ainda não tinhadiretor definido.

Nelson Nahon na manifestação contra o desmonte dos hospitais federais, em frente ao INC

INCAO déficit de pessoal qualifi-

cado no Instituto Nacional deCâncer (Inca) motivou uma reu-nião entre a direção da unidade,o CREMERJ e a Comissão Parla-mentar em Defesa da Saúde Pú-blica, no dia 4 de setembro.

O instituto conta com cercade 3.200 servidores e 158 pro-fissionais de saúde com contra-tos temporários, que vão até ofinal de 2018. Um estudo inter-no de dimensionamento apon-tou a necessidade de mais 1.300profissionais.

Diretora do Inca, Ana Cristi-na Pinho diz que os principaisgargalos na linha de cuidados on-cológicos são o diagnóstico e oscuidados paliativos. Sobre o di-agnóstico, ela apontou entravesna média complexidade, que atra-sam o processo.

Outro problema apontado peladiretora é a paralisação do pro-jeto de ampliação do prédio-sededo Inca. O projeto compreendeum Centro de Diagnóstico, entreoutras melhorias.

A ineficiência da regulação- que impede a agilidade do di-

agnóstico e do tratamento - ehoje é feita pelo Sistema Esta-dual de Regulação (SER), tam-bém foi debatida. Há um con-senso de que a regulação onco-lógica deveria ser diferenciada,com uma fila própria.

Por fim, foram discutidos o

papel do Inca como gestor deuma rede oncológica do Estadoe a possível mudança de perfildo Hospital Federal CardosoFontes, que pode passar a serapenas oncológico - propostaque o CREMERJ é contra, poisos pacientes da região ficariam

ainda mais desassistidos.A Comissão da Câmara dos De-

putados em Defesa da Saúde Pú-blica se comprometeu a levar asdiscussões da reunião à frente eagir junto às três instâncias degoverno para melhorar a situa-ção da oncologia no Estado.

O vice-presidente do CRE-MERJ, Renato Graça, a conselhei-ra Márcia Rosa de Araujo e a de-putada Jandira Feghali participa-ram do debate.

Diretores doCREMERJ emreunião commédicos doInca

A Comissão da Câmara dos Deputados em Defesa daSaúde Pública se comprometeu a levar as discussões dareunião à frente e agir junto às três instâncias de governo.

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JORNAL DO 11Setembro de 2017SAÚDE PÚBLICA

HOSPITAL DEIPANEMA

Profissionais de saúde doHospital Federal de Ipanemapromoveram, no dia 26 de se-tembro, uma manifestação con-tra o desmonte das unidadesfederais no Estado do Rio deJaneiro. O coordenador daComissão de Saúde Pública doCREMERJ, conselheiro PabloVazquez, participou do ato.

HOSPITAL CARDOSO FONTESNo dia 25 de setembro, o CRM,

em conjunto com o Colegiado dosConselhos Profissionais de Saúde,esteve no Hospital Federal Cardo-so Fontes (HFCF) para uma reuniãocom membros do corpo clínico, dacomissão de ética e da direção téc-nica da unidade. O encontro tevecomo objetivo conhecer os proble-mas enfrentados e deliberar açõesconjuntas contra o desmonte quetem prejudicado a população quenecessita do atendimento e os pro-fissionais de saúde que lá traba-lham. O banco de sangue, por exem-plo, corre risco de encerrar suasatividades devido à falta de recur-sos humanos e, inclusive, estavafechado no dia da reunião.

O presidente do CREMERJ,Nelson Nahon, reforçou a neces-sidade da união dos conselhos desaúde e do corpo clínico da uni-dade na luta pela manutenção dosserviços do HFCF, assim comomelhores condições de trabalhopara os profissionais.

– Temos ouvido muitos boa-tos sobre mudanças no perfil doHFCF. Se seu modelo de atendi-mento for alterado, provocarádesassistência. Nossa batalha épara evitar a redução de serviços– enfatizou.

Flávio Moutinho, diretor docorpo clínico, relatou que o dé-ficit de recursos humanos é umdos principais problemas do Car-doso Fontes. Desde janeiro, diver-

sos médicos foram demitidosapós o fim dos contratos tempo-rários com o Ministério da Saú-de. E a situação pode se agravarainda mais até o início do próxi-mo ano, já que diversos contra-tos irão terminar.

Hoje uma unidade com emer-gência de porta aberta, o Cardo-so Fontes atende a uma grandepopulação da Zona Oeste da ca-pital fluminense, um dos motivos

pelo qual o CREMERJ não é fa-vorável à mudança de perfil.

Foi deliberado no encontroque o Colegiado dos Conselhossolicitará uma reunião com o di-retor do Nerj em conjunto com ocorpo clínico do Cardoso Fontespara debater a manutenção daunidade como hospital geral e detodos os serviços, a renovaçãoimediata dos contratos e a reali-zação de concurso público.

Reunião commembros docorpo clínico eda comissãode ética daunidade

O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das suas atribuições conferidas pela Lei n° 3.268/57, regulamentada pelo Decreto n° 44.045/58, alterada pela Lei nº 11.000/04, e pelo Decreto n° 6.821/09, com fulcro no artigo 38 e seus incisos do Código de Processo Ético-

. 2432/17, vem a público NOTIFICAR os médicos MARCELO LOPES CARDOSO – CRM 52 76713-1 e ANDRÉ CARNEVALE IGREJA – CRM 52 65794-8, a apresentarem por escrito, suas , juntando provas e arrolando testemunhas,

, contados a partir da data de publicação deste Edital, sob pena de revelia, quando lhes serão nomeadas Defesas Dativas. Informamos que V.S.as. poderão ter acesso aos autos para vistas, na sala 109 deste Conselho, situada na Praia de Botafogo, nº 228, no horário de 11:00 às 16:00 horas, sem que isto implique em dilação do prazo.

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2017

CNPJ 31.027.527- 0001/33

EDITAL DE NOTIFICAÇÃO DE DEFESA PRÉVIA

O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das suas atribuições conferidas pela Lei n° 3.268/57, regulamentada pelo Decreto n° 44.045/58, alterada pela Lei nº 11.000/04 e pelo Decreto nº 6.821/09, consoante a decisão exarada pela 406ª Sessão Plenária do Corpo de Conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, realizada em 22/08/2017, nos autos do , vem tornar pública a

, nos termos da Resolução CFM nº 2145/16, artigo 26 § 2º do Código

Rio de Janeiro, 11 de setembro de 2017

O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

no uso das suas atribuições conferidas pela Lei n° 3.268/57, regulamentada

pelo Decreto n° 44.045/58 e regida pela Lei nº 9.649/98 e Lei nº 11.000/04 e

pelo Decreto n° 6.821/09, exarado pelo Conselho Regional de Medicina do

Estado do Rio de Janeiro e abrandado pelo Conselho Federal de Medicina, nos

autos do , vem tornar pública a pena

de ,

prevista na do artigo 22 do aludido diploma legal, a ser cumprida

, pelo médico LUIS FERNANDO

, por infração aos artigos 29, 69, 104 e 142

do Código de Ética Médica aprovados pela Resolução CFM nº 1246/88, vigente

à época dos fatos.

Rio de Janeiro, 11 de setembro de 2017

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JORNAL DO Setembro de 201712

O Sistema Único de Saúde (SUS) foicriado junto à Constituição de 1988,como a estrutura que responderia ao de-ver do Estado de prover acesso universale igualitário à saúde a todos os cidadãosbrasileiros. Embora seu objetivo seja cla-ro e sua estrutura sólida, o SUS seguedesacreditado em um momento de insta-bilidade política e econômica e de des-valorização da saúde pública. Medidaspropostas e implementadas pelo atual go-verno vêm reafirmar esse posicionamen-to e pretendem enfraquecer um sistemaque é eficiente em muitas áreas e tem po-tencial para se tornar em outras. Progra-mas como o de vacinação e de combate àaids, dentre outros, são exemplos de ser-viços de excelência na saúde pública. Noentanto, eles estão sob intenso risco, as-sim como todo o sistema.

A Emenda Constitucional 95/2016 ins-tituiu um teto de gastos públicos para ospróximos 20 anos apenas com correçãode acordo com o Índice Nacional de Pre-ços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essamedida se apresenta como uma ameaçaaos serviços públicos de saúde, ainda maisquando se leva em conta que a área temuma inflação que chega ao dobro da me-dida pelo IPCA. O projeto da Lei Orça-mentária Anual para 2018 prevê um cor-te de 14% nos recursos da saúde.

Além disso, o governo tem cortado osinvestimentos em pesquisa. Nos últimos me-ses, o presidente do Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq) veio a público apresentar suas preo-cupações quanto ao contingenciamento deverbas do Ministério da Ciência, Tecnologia,Inovações e Comunicações que colocaria emrisco não só a concessão futura de bolsas depesquisa, mas as vigentes em todos os níveis,incluindo a Iniciação Científica, Mestrado,Doutorado e Pós-Doutorado. A UniversidadeFederal do Rio de Janeiro chegou a anunciaro corte de suas bolsas de Iniciação Científicafinanciadas pelo órgão.

Outras ações do governo demonstramque não consideram a saúde pública umaprioridade, como o desmonte que tem sidoempreendido nos hospitais federais, como esvaziamento de profissionais, já quenão há concursos públicos e nem mesmoa renovação de contratos temporários, oque leva ao fechamento de serviços. E,ainda, as mudanças na Política Nacionalde Atenção Básica (Pnab).

Nesta reportagem especial, o CRE-MERJ buscou exemplos de bons serviçosdo Sistema Único de Saúde que compro-vam a eficiência possível dessa estrutura.O SUS não só pode dar certo, como jáestá dando em diversas áreas.

O SUS pode dar certoProgramas de excelência apresentam resultados que provam a eficiência da saúde pública

Segundo dados do InstitutoBrasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), a taxa de mortali-dade infantil vem caindo ao lon-go dos anos, tendo registrado, em2015, 13,8 mortes por mil nasci-dos vivos no Brasil. Essa é a me-nor taxa em 11 anos. E essa que-da se deve muito à Estratégia deSaúde da Família (ESF), que or-ganiza a atenção básica no país.

A ESF é construída, hoje,com uma equipe multiprofissi-onal composta por médico ge-neralista ou especialista em saú-de da família, enfermeiro, auxi-liar de enfermagem e agentes co-munitários de saúde. Esses últi-mos têm um papel importante demediação, já que são pessoas quefazem parte das comunidadesatendidas. A equipe pode ter ain-da profissionais de saúde bucal.

A ideia de uma atenção pri-mária baseada na Medicina deFamília e Comunidade é a de umacompanhamento próximo elongo, que pode prevenir doen-ças e direcionar melhor os pa-cientes dentro do sistema de saú-de. Esse modelo já é aplicado emdiversos países e o Brasil vem

se tornando uma referência.Hoje, cada equipe de Saúde daFamília tem um raio de atendi-mento que abrange, em média,3 mil pessoas.

O presidente da Associação deMedicina de Família e Comuni-dade do Estado do Rio de Janei-ro e membro da Câmara Técnicada especialidade, Moisés Nunes,acredita que 80% dos problemasde saúde podem ser resolvidospelo médico de família.

O sucesso do programa, noentanto, pode ser comprometi-do com as mudanças que forampropostas pelo governo na Po-

lítica Nacional de Atenção Bá-sica (Pnab). Na sua opinião, adecisão de desregulamentar o fi-nanciamento da atenção básicadiminui o incentivo para a ESFe pode significar uma descarac-terização das equipes:

– A verba antes vinha carim-bada para essa área. Uma aparenteflexibilização disso proposta pelogoverno, na verdade, pode acabardesfazendo o incentivo e nos co-locando como refém das políticaslocais. Poderíamos acabar retor-nando ao modelo tradicional quejá ultrapassamos – explica.

Segundo ele, outro pontoque preocupa nas mudanças daPnab é o trabalho dos agentescomunitários de saúde, porqueela flexibiliza demais a quanti-dade de agentes por equipe.

As alterações na Pnab foramaprovadas no final de agosto pelaComissão Intergestores Triparti-te (CIT), mas ainda não foramapresentadas pelo Ministério daSaúde. A Associação Brasileira deSaúde Coletiva (Abrasco) publi-cou nota colocando-se contra asalterações e espera que elas se-jam revistas pelo Ministério.

SAÚDE DA FAMÍLIA

Moisés Nunes

ESPE

CIAL

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JORNAL DO 13Setembro de 2017

Outro programa estratégico doSUS que tem tido muitos resulta-dos positivos é o de combate à hi-pertensão arterial. Segundo a Or-ganização Mundial de Saúde, umem cada três adultos sofre de hi-pertensão. E esse problema é o prin-cipal fator relacionado às doençascardiovasculares. Calcula-se que80% dos casos de Acidente Vascu-lar Cerebral (AVC) tenham comocausa a hipertensão arterial, e 60%dos de doenças coronarianas. Aprincipal causa de morte no Brasil,segundo o Ministério da Saúde, cos-tumava ser o AVC, seguido de do-enças coronarianas. Mas essas po-sições se inverteram nos últimosanos, um reflexo das ações contraa hipertensão, que tem ligação maispróxima com os AVCs.

A hipertensão vem sendo com-batida por várias frentes: a conces-são gratuita de medicamentos pormeio das Farmácias Populares; ofortalecimento da atenção básica,

com acompanhamento dos pacien-tes hipertensos nas clínicas da fa-mília; uma forte campanha antita-bagismo e o incentivo à atividadefísica e à alimentação equilibrada.

– Antes, muitos pacientes nãotinham condições de tomar os re-médios de forma contínua. Agora,se tiverem uma receita, eles podemconseguir a medicação gratuita-mente. E essa receita precisa ser

sempre revalidada, o que acaba ge-rando um acompanhamento maisregular e garante que o pacientetenha sempre a prescrição adequa-da – explica Andrea Brandão, pro-fessora associada de cardiologiana Universidade do Estado do Riode Janeiro (Uerj), que assume, esteano, a presidência da Sociedade deCardiologia do Estado do Rio deJaneiro (Socerj).

Andrea destaca também o com-bate à hipertensão arterial dentroda Estratégia da Saúde da Famíliae a importância de um acompanha-mento mais próximo que melhoraa qualidade de vida dos pacientese evita complicações.

– Quanto mais cedo se diag-nostica alterações na pressão,melhor se pode controlar. Vemos,hoje, muitos jovens com altera-ções de pressão, principalmentepor conta da obesidade e do se-dentarismo. Na Uerj, fizemos umapesquisa em escolas 30 anos atrásem que avaliamos cerca de 4 milcrianças. Voltamos agora, 30anos depois, nas mesmas escolase observamos que as taxas deobesidade dobraram entre os jo-vens de 10 a 15 anos. Isso é algoque precisamos melhorar. Preci-samos focar nos jovens, até por-que a mudança de hábitos delespode significar a mudança da fa-mília toda – observa.

HIPERTENSÃO

“Antes, muitos pacientes nãotinham condições de tomaros remédios de formacontínua. Agora, eles podemconseguir a medicaçãogratuitamente.”Andrea Brandão, professoraassociada de cardiologia naUniversidade do Estado do Rio deJaneiro (Uerj)

TUBERCULOSEO Brasil tem cerca de 68 mil

casos novos de tuberculose porano. E a doença ainda é a maiorcausa de morte entre os porta-dores do vírus HIV. Desde 1957,o Rio de Janeiro conta com tra-tamento público para a doençapelo antigo Instituto de Tisio-logia, que passou, nos anos1990, à curadoria da Universi-dade Federal do Rio de Janeiroe se transformou no Instituto deDoenças do Tórax (IDT). A uni-dade oferece tratamento para osportadores do bacilo da tuber-culose, mas também acompanha-mento para contatos próximosao paciente, trabalhando, assim,com a prevenção do contágio.

O ambulatório do IDT já aten-deu 3 mil pacientes de tubercu-lose - dos quais 20% eram por-tadores de HIV - e abrange atéquatro contatos de cada paciente.O IDT conta, ainda, com seis lei-tos de isolamento respiratório.A unidade recebe pacientes comtuberculose resistentes do mu-nicípio e do Estado do Rio deJaneiro por meio da regulação.Há um laboratório de bacterio-logia e um sistema de controlede infecção hospitalar.

– Para se ter uma ideia doimpacto do programa, em 1998,quando ele começou na UFRJ, oíndice de abandono do tratamen-

to no IDT era de 26%, hoje giraem torno de 5% a 7% na cidadee no Estado – conta a diretorado Instituto, Fernanda Queiroz.

Contudo, a falta de investi-mento em infraestrutura e ma-nutenção e o esvaziamento deprofissionais da rede públicacom as aposentadorias e falta deconcursos ameaçam os bons nú-meros do IDT.

– Hoje recebemos recursosno Ministério da Saúde, masestamos preocupados com essasituação de contingenciamen-to de verbas. Esse programaconstruído dentro do SUS é vi-ável e possível, mas precisa demanutenção e investimentospara expandir suas potenciali-dades – afirma.

Fernanda Queiroz

ESPECIAL

Criado em 1973, o ProgramaNacional de Imunizações (PNI) bra-sileiro é reconhecido no mundo todo.São aplicados no país cerca de 300milhões de imunobiológicos por ano,o que o coloca como um dos paísesque mais oferecem vacinas pela redepública de saúde. O Brasil conta commais de 36 mil salas de vacinação ejá erradicou a varíola e eliminou do-enças como a poliomielite, a rubéo-la e o sarampo.

– Um dos fatores para o Brasilter apresentado um envelhecimen-to rápido, diferente da Europa, porexemplo, foi a vacinação. Temosuma conjunção entre um bom pro-grama de imunização, que dá aces-so à vacina na rede pública e quetrabalha com estratégias de políti-cas públicas de saúde relacionadasà imunização, e uma população quese vacina. Isso influiu no aumentoda expectativa de vida – comenta apresidente da Sociedade Brasileirade Imunizações, Isabela Ballalai.

Ela lembra que, recentemen-te, uma pesquisa mostrou que70% dos brasileiros confiam emvacinas e 20% tendem a confiar.

– O Brasil é referência tambémna produção de vacinas. Apesar dacrise de desabastecimento mundi-al, o país já é autossuficiente naprodução de imunobiológicos.Hoje, além de oferecer gratuita-mente 25 tipos de vacinas, o Bra-

sil ainda exporta para mais de 70países – acrescenta.

Conforme Isabella Ballalai, omaior desafio hoje é vacinar os ado-lescentes. Segundo ela, a coberturade imunização alcança 90% do pú-blico infantil, mas apenas 70% tomaa primeira dose da vacina do HPV,que tem como público-alvo os jo-vens de 9 a 15 anos. E a segundadose só é aplicada em cerca de 40%.

VACINAÇÃO

Isabela Ballalai

“A cobertura de imunizaçãoalcança 90% do públicoinfantil, mas apenas 70%toma a primeira dose davacina do HPV”Isabela Ballalai, presidente daSociedade Brasileira de Imunizações

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JORNAL DO Setembro de 201714

HEMODINÂMICAOutro modelo de serviço de

excelência do SUS no Rio de Ja-neiro é o Centro de Hemodinâmi-ca do Instituto Nacional de Cardi-ologia (INC). A unidade possui trêssalas de hemodinâmica e mais umasala híbrida, que comporta pro-cedimentos de grande complexi-dade. Lá são atendidos cerca de30 pacientes por dia e são feitos7 mil procedimentos por ano, sen-do 1.500 de angioplastia.

O chefe do serviço, Sérgio Le-andro, destaca a qualidade do tra-balho prestado pela unidade e seuviés de formação por meio da resi-dência médica em hemodinâmica.

– Um crescimento da ordemde 30% ao ano nos coloca nopatamar de referência nacional eestadual no âmbito da cardiolo-gia intervencionista. Somos tam-bém referência em treinamento,recebendo médicos dos mais di-ferentes Estados brasileiros. Atu-almente contamos com 10 médi-

cos na residência – diz.O INC utiliza técnicas e proce-

dimentos modernos, como o usoda imagem intravascular para me-lhorar os resultados nos implantesde stent em angioplastia coroná-ria, o uso do ultrassom e a tomo-grafia de coerência ótica.

– Em caso de dúvida quanto

à necessidade real de se tratar umaobstrução, por exemplo, contamoscom uma análise digital e quan-titativa da obstrução, além deaparelhagem e cateteres paraquantificarmos o fluxo coronário(FFR) – explica Sérgio Leandro.

O serviço de hemodinâmicarecebe pacientes por meio da re-

gulação municipal (Sisreg) e tam-bém diretamente das Unidades dePronto Atendimento (UPAs), pormeio da Cardio Rede, um sistemade informação, diagnóstico e re-gulação criado em conjunto coma cardiologia do município.

– Observamos, ainda, um au-mento dos procedimentos fárma-co-invasivos, em que o pacientetem o diagnóstico de uma Síndro-me Coronariana Aguda e é trom-bolizado em um serviço do muni-cípio e, em até 24 horas, é recebi-do no INC para realizar o catete-rismo e, se necessário, a angioplas-tia – destaca o cardiologista in-tervencionista do INC FabrícioCaied.

Ainda que com preocupaçõesem relação ao investimento em saú-de, que também vem diminuindonos institutos federais, os profissi-onais do INC tentam manter o oti-mismo e esperam atender uma par-cela cada vez maior da população.

Fabrício Caied

Outra área em que a Estratégiada Saúde da Família tem se pro-vado essencial é no combate à di-abetes. Desde 2007, a cidade doRio de Janeiro vem distribuindoinsumos por meio das clínicas dafamília: glicosímetros, tiras, lan-cetadores, lancetas e seringas. Arecomendação da Portaria nº2.583, de 10 de outubro de 2007,é que o SUS disponibilize essesinsumos, assim como medicamen-tos, para os portadores de diabe-tes mellitus. Hoje, no Rio de Ja-neiro, 165 mil pacientes portado-res de diabetes são atendidos nasclínicas da família. Destes, cercade 50 mil usam insulina.

entes de diabetes é o ProgramaAcademia Carioca, que consiste

DIABETES

As infecções pelo HIV no Bra-sil começaram na década de 1980e, já em 1986, foi criado o Pro-grama Nacional de Doenças Se-xualmente Transmissíveis, visan-do à prevenção e à universaliza-ção do tratamento, com rápida in-corporação tecnológica. Com aintrodução do AZT em 1987,houve uma grande queda na mor-talidade dos soropositivos e me-lhora na sua qualidade de vida.As transmissões verticais, da mãepara o bebê, caíram em 90%.

De acordo com o subsecre-tário de Vigilância em Saúde doEstado do Rio de Janeiro e mem-

bro da Câmara Técnica de Aids,Alexandre Chieppe, a epidemiade HIV está estabilizada desde

2000 por conta dos três pilarestrabalhados pelo programa: aprevenção, com oferta de pre-servativos femininos e mascu-linos, a expansão do diagnósti-co e o acesso universal e gra-tuito ao tratamento retroviral.

– Atualmente, a rede oferece,por exemplo, a profilaxia pós-ex-posição, que já está implantadaem toda a rede do Rio de Janei-ro. Temos também a profilaxiapré-exposição, que é algo que estácomeçando a ser introduzido nopaís – acrescenta.

Chieppe diz que, no Rio de Ja-neiro, já há alguns projetos-pi-

em aparelhos para a prática deexercícios instalados nas Unida-des Básicas de Saúde.

As academias contam comeducadores físicos e nutricionis-tas e incentivam a prática de ati-vidades pelos pacientes. Cláudiaconta que há grupos educacionaistemáticos também.

– Ajuda muito o paciente tercontato com outras pessoas namesma situação, especialmentequando se trata de uma doençacrônica. Vemos que esse tipo degrupo, com atividades educacio-nais, aumenta a adesão ao trata-mento e o potencial de melhorados pacientes – explica.

Cláudia Ramos

COMBATE À AIDS

ESPE

CIAL loto com o uso de medicamento

mesmo antes da relação sexualem grupos classificados de altís-simo risco para infecção por HIV,identificados por meio de dadosepidemiológicos.

– Nossa meta para que a aidsdeixe de ser um problema de saúdepública é diagnosticar 90% dosportadores do vírus e tratar toda essapopulação, de forma a zerar a car-ga viral e a transmissão – explica.

Segundo dados da Unaids, es-tima-se que, no Brasil, 60% dosportadores do vírus estejam emtratamento. Desses, 54% estãocom a carga viral suprimida.

Alexandre Chieppe

- É evidente que a oferta dosmedicamentos e insumos e oacompanhamento mais próximosão um grande diferencial. A açãoda equipe técnica, que pode fa-zer visitas ao diabético todos osmeses, dependendo da gravidadeda doença, diminui muito a chan-ce de complicações e de interna-ções por condições sensíveis –conta Cláudia Ramos, médica defamília e coordenadora de Linhasde Cuidado de Doenças CrônicasNão-transmissíveis da Superin-tendência de Atenção Primária domunicípio do Rio de Janeiro.

Segundo ela, outro ponto quetem feito diferença para os paci-

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JORNAL DO 15Setembro de 2017

Cartunista, que criou mais de 20 mil charges, também defendeu a qualidade na saúde pública

O irreverente traço de Henfil

REVOLUÇÃO NA QUALIDADE DAS DOAÇÕES

HISTÓRIA

“Morro, mas meu desenho fica.”Essa frase foi dita várias vezes porHenrique de Souza Filho, maisconhecido como Henfil, jornalis-ta, escritor e cartunista criador dedezenas de famosos personagensde histórias em quadrinhos quecriticavam os problemas sociais noBrasil, como a desigualdade soci-al, o desmatamento, o racismo, aeducação, o milagre econômicoutilizado como propaganda peloregime militar e a saúde precáriada população.

Em uma época de censura editadura militar, Henfil foi umexemplo de resistência contra arepressão durante os anos dechumbo, lançando revistas na im-prensa e fazendo história com osemanário Pasquim, em companhiade Millôr Fernandes, Jaguar, Zi-raldo e Paulo Francis. Tambémteve forte engajamento na conjun-tura política durante o processo deredemocratização do Brasil, coma criação da expressão “DiretasJá”, o movimento político com aparticipação popular que determi-nava as eleições diretas para a pre-sidência da República.

Seu único filho, Ivan CosenzaSouza, que fundou o Instituto Hen-fil com o intuito de preservar aprodução artística de mais de 15mil desenhos originais, explica queo cáustico humor e o estilo irre-verente de seu pai fizeram toda adiferença no sentido de incomo-dar as autoridades.

– Suas charges apontavam osproblemas do país e suas conse-quências, geradas pelo descaso dosgovernantes, como o desempregoe a deficitária assistência da saúdepública – explica.

Certamente se Henfil estivessevivo, teria um vasto material paraser produzido, observando a con-juntura política atual. Graúna,uma de suas personagens maisemblemáticas e que revelavam oseu traço minimalista, era a repre-sentação de uma ave nordestina,faminta e analfabeta que discutiaa demagogia dos políticos e a cor-rupção. A frase “tô vendo a espe-rança”, eternizada com a ave fes-tejando o fim da ditadura militare da censura, certamente teria umaversão atual com a protagonistamuito decepcionada com o con-gelamento das verbas de saúde eeducação por 20 anos, as reformastrabalhista, tributária e previden-ciária, que retiram direitos dos tra-balhadores e da população.

Henfil, assim como seus doisirmãos, o sociólogo Herbert deSouza (o Betinho) e o músico Fran-cisco Mário, sentiram na própriapele as dificuldades no tratamen-to público de saúde, frequente-mente abordado em suas charges.Os três nasceram com gene da he-mofilia, doença hereditária queacomete, aproximadamente, 15 milbrasileiros. Com saúde precária,os três eram submetidos periodi-camente a transfusões de sangueem uma época em que ainda nãohavia políticas públicas para aqualidade e a procedência do ma-terial coletado. Por esse motivo,contraíram o vírus HIV e morre-ram em decorrência das compli-cações da aids. No dia 4 de janei-ro de 1988, o Brasil perdia o hu-

mor crítico do cartunista, sempreconectado ao seu tempo e comaguçada convicção política.

Depois de sua morte, o contro-le das doações passou a ser maisrigoroso, motivado pela campanha“Salvem o sangue do povo brasi-leiro”. Foi, então, estabelecido ocadastramento de doadores de san-gue bem como a realização de exa-mes laboratoriais, o embrião parapressionar o poder público a re-gulamentar a decisão, que se deucom a lei federal 10.205, promul-gada em março de 2001.

– Henfil foi a primeira pessoapública a admitir que estava comaids e denunciar os bancos de san-gue clandestinos. Foi a partir de sualuta que houve a revolução na qua-lidade das doações – revela Ivan.

O cartunista Henfil

Charge mostra o médico que se desdobra para atender os pacientes, apesar daestrutura precária (e que pode piorar nos próximos 20 anos)

Em outra arte, o cartunista faz uma crítica aos baixos saláriosdos médicos e demais profissionais de saúde

Em mais uma de suas obras, Henfil denuncia aassistência deficitária na rede hospitalar

A personagem Graúna, cujo corpo éformado basicamente por um ponto deexclamação, é um exemplo do traçominimalista de Henfil

Henfil foi a primeira pessoapública a admitir que estava

com aids e denunciar osbancos de sangue

clandestinos.

Imagens: divulgação do Instituto Henfil

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JORNAL DO Setembro de 201716PO

R DE

NTR

O D

O C

REM

ERJ

O Conselho não se resume a registrar e fiscalizaros médicos, mas atua na defesa de condições

dignas de trabalho e da valorização profissional

O que faz o CREMERJAs funções e a estrutura dos conselhos de medicina podem ser des-

conhecidas de boa parte dos médicos. Infelizmente, esse não é um temaabordado nas faculdades. Embora todos saibam que a existência dessaautarquia seja obrigatória e esteja disposta em lei, muitos colegas nãoconhecem as ações e os serviços que o CREMERJ têm. Desta forma,elaboramos esse material especial de forma bem didática para dar co-nhecimento ou esclarecer aos médicos inscritos no Rio de Janeiro sobreo que realmente o Conselho faz.

O CREMERJ atua na• Defesa da qualidade da

assistência, seja públi-ca, suplementar ou pri-vada

• Luta por condições dig-nas de trabalho, pelavalorização profissio-nal, por carreira médi-ca no serviço público,pela qualificação dosmédicos, pela residên-cia médica

• Integração com as de-mais entidades médi-cas, com as demais pro-fissões não somente daárea da saúde

• Luta pelo fortalecimen-to da democracia e dasinstituições públicasde saúde

O CREMERJ tem

66.263MÉDICOS REGISTRADOS

ATIVOS e

15.177EMPRESAS CADASTRADAS

Para que serve o CREMERJ?Aos olhos da lei, o CREMERJ serve, basicamente,

para registrar os médicos e fiscalizá-los ao longo desua vida profissional. Mas o Conselho defende funda-mentalmente as condições éticas para que possa havero melhor desempenho profissional, como a valorizaçãoe condições de trabalho e de assistência adequados.

A lei também determina aos conselhos regionaisde medicina que promovam, “por todos os meios aoseu alcance, o perfeito desempenho técnico e moralda medicina e o prestígio e bom conceito da medici-na, da profissão e dos que a exerçam”. Assim sendo, oCREMERJ faz muito mais do que registrar e fiscalizaros profissionais.

O que faz umconselheiro?

O CREMERJ conta com 42conselheiros, sendo 40 eleitospelos médicos inscritos no Esta-do do Rio de Janeiro e dois in-dicados pela Associação dos Mé-dicos do Estado do Rio de Janei-ro (Somerj). O pleito ocorre acada cinco anos, no qual todosos médicos devem obrigatoria-mente votar, à exceção daquelescom mais de 70 anos e dos mé-dicos militares - sendo opcional- e dos estrangeiros que não fo-rem naturalizados.

Cabe aos conselheiros,Cabe aos conselheiros,Cabe aos conselheiros,Cabe aos conselheiros,Cabe aos conselheiros,principalmenteprincipalmenteprincipalmenteprincipalmenteprincipalmente:

• Participar das plenárias (reu-niões em que são debatidostodos os assuntos relativosao funcionamento e às po-líticas da instituição)

• Elaborar pareceres e reso-luções que normatizem aética médica

• Acompanhar e instruir osprocessos ético-profissio-nais e sindicâncias

• Participar das sessões dejulgamento

• Coordenar, orientar e par-ticipar das Câmaras Técni-cas, Grupos de Trabalho,Comissões e Coordenações

• Acompanhar e coordenar asações das subsedes e secci-onais

• Representar o CREMERJ emeventos

Passeata em defesa dos hospitais federais

Reunião com o secretário Estadual de Saúde

Isso tudo é feito através de uma estrutura organizada em benefício dosmédicos. Veja nas próximas páginas um resumo das principais atividades.

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JORNAL DO 17Setembro de 2017PO

R DENTRO

DO CREM

ERJ

Coordenação das Comissões de Ética Médica (Cocem)

237 comissõesem atividade nas unidades em todo o Estado

55 Câmaras Técnicas,que contam com mais de mil médicos17 Grupos de Trabalho,que reúnem mais de uma especialidade eaté mesmo profissionais de outras áreasComissão de Saúde Pública (CSP)Comissão de Saúde Suplementar (Comssu)Comissão de Defesa das Prerrogativas do Médico (Codeprem)Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame)Comissão Disciplinadora de Pareceres (Codipar)Comissão de Ensino MédicoComissão de Médicos Recém-FormadosComissão de Fiscalização (Cofis)

Fiscalizações

2016 309

2017 (até julho) 216

Central de RelacionamentoCentral de RelacionamentoCentral de RelacionamentoCentral de RelacionamentoCentral de Relacionamento

2017 (até julho)2017 (até julho)2017 (até julho)2017 (até julho)2017 (até julho)

Atendimentos presenciais 21

Atendimentos telefônicos 17.688

Demandas do Fale Conosco e por e-mail 7.311

Demandas nas urnas 26

CosecRepresentações da entidade em todo o Estado

7 SUBSEDES E 19 SECCIONAIS

Centro de Pesquisa e Documentação (Cpedoc)Acervo com mais de 10 mil livros de obras literárias e especi-

alizadas em medicina, ética médica e bioética.

BASES DE DADOS CIENTÍFICOS PARACONSULTA DE ACESSO GRATUITO:

Atendimentos nas seccionais e subsedes

2016 25.769

2017 (até julho) 18.949

1 Angra dos Reis

2 Barra do Piraí

3 Barra Mansa

4 Cabo Frio

5 Campos

6 Duque de Caxias

7 Itaperuna

8 Macaé

9 Niterói

10 Nova Friburgo

11 Nova Iguaçu

12 Petrópolis

13 Resende

14 São Gonçalo

15 Teresópolis

16 Três Rios

17 Valença

18 Vassouras

19 Volta Redonda

A Barra da Tijuca

B Campo Grande

C Ilha do Governador

D Jacarepaguá

E Madureira

F Méier

G Tijuca

A a G

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JORNAL DO Setembro de 201718PO

R DE

NTR

O D

O C

REM

ERJ

DenúnciaPode ser feita por qualquer pessoa, desde que devidamen-

te identificada, datada e assinada. Deve ser escrita à mão oupor meio eletrônico e conter informações claras sobre o ocor-rido. Pode ser entregue na sede, nas subsedes ou nas seccio-nais ou ser enviada pelos Correios.

SindicânciaProcesso para averiguar denúncia. Havendo elementos

que a fundamentem, transforma-se em processo ético-pro-fissional.

Processo Ético-Profissional (PEP)Processo Ético-Profissional (PEP)Processo Ético-Profissional (PEP)Processo Ético-Profissional (PEP)Processo Ético-Profissional (PEP)2017 (até julho)

Processos instaurados 46

Processos julgados 52

Médicos apenados 24

Médicos absolvidos 35

Sindicâncias abertas 309

Sindicâncias apreciadas 624

Sindicâncias arquivadas 354

Cursos, fóruns e palestrasEventos produzidos pelas CTs e GTs

(em todo o Estado)

2016 75

2017 (até setembro) 88

Educação Médica Continuada e outros eventosDevido à necessidade de constante atualização dos colegas, o

CREMERJ promove eventos de educação médica continuada emdiversos formatos e nas mais variadas áreas, não apenas médicas.

Além disso, o CREMERJ também realiza atividades de incentivo aosestudantes de medicina, aos residentes e à arte.

Prêmio de ResidênciaEdição anual, para incentivar a produção científica dos residentes.

Salão de FotografiasEdição anual, incentiva a produção artística dos médicos.

JubiladosDuas cerimônias por ano, para homenagear os médicos com 50 anosou mais de formados.

Fórum de EmergênciaEvento anual para mais de 800 pessoas, que conta com cerca de 40renomados palestrantes e apoio do Corpo de Bombeiros e de ou-tros órgãos e empresas.

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JORNAL DO 19Setembro de 2017PO

R DENTRO

DO CREM

ERJ

Divulgação das ações do CREMERJ

Aplicativo CREMERJ

EM BREVE, TV CREMERJ

SAÚDENovidades: teste toxico-lógicoedrogariacompro-dutos ortopédicos.P. 13

A MELHOR COBERTURA DA REGIÃO www.odia.com.br

MAIRA COELHO

SAÚDENA UTI

BaixadaDOMINGO11/12/2016

Cinco unidades foramdenunciadas pelo

Cremerj por problemasdiversos. P. 8

Matéria publicada no jornal O Dia

Mídia impressa Mídia televisiva

Entrevistacoletiva doCRM

Vice-presidente doCREMERJ em

entrevista à TV Globo

Mídia eletrônica

Matéria do site G1

Reportagem publicada

no O Globo online

Comunicação institucional impressa

ISS

N 1

980-

394x

É alarmante o número Santa Casa de Barra

JORNAL DO PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ABRIL/MAIO DE 2016 • Nº 294

ISS

N 1

980-

394x

Informativo oficial do Conselho

Comunicação institucional eletrônica

Boletim eletrônico enviado aos médicos

Mídias sociais

Canal oficialno YouTube

Páginaoficial doFacebook

Programa de vantagens para os médicoscom 280 empresas parceiras

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JORNAL DO Setembro de 201720SA

ÚDE

SUPL

EMEN

TAR

VALOR MAIOR QUE 100,00 VALOR IGUAL/MAIOR A 90,00 VALOR IGUAL/MAIOR A 80,00 VALOR MENOR QUE 80,00

FIPE Saúde – Acumulado últimos 12 meses IPCA – Acumulado últimos 12 mesesSetembro 2015/2016 14,15% Março 2016/2017 11,79% Setembro 2015/2016 8,4764% Março 2016/2017 4,571%Outubro 2015/2016 13,71% Abril 2016/2017 13,65% Outubro 2015/2016 7,87% Abril 2016/2017 4,08%Novembro 2015/2016 12,36% Maio 2016/2017 11,87% Novembro 2015/2016 6,99% Maio 2016/2017 3,59%Dezembro 2015/2016 12,05% Junho 2016/2017 9,77% Dezembro 2015/2016 6,29% Junho 2016/2017 2,99%Janeiro 2016/2017 11,8% Julho 2016/2017 9,47% Janeiro 2016/2017 5,354% Junho 2016/2017 2,71%Fevereiro 2016/2017 11,78% Agosto 2016/2017 10,91% Fevereiro 2016/2017 4,7588% Agosto 2016/2017 2,46%

PROPOSTAS APRESENTADAS PELOS PLANOS DE SAÚDECONSULTAS PROCEDIMENTOS

VALOR ANTERIOR VALOR VIGENTE/PROPOSTA APRESENTADA VALOR ANTERIOR VALOR VIGENTE/

PROPOSTA APRESENTADA

PETROBRAS

102,00 para Pessoa Física(01.10.16)

Com este reajuste os valores de Consulta PF e PJ ficarão bem próxi-mos e na negociação de 2017 serão

igualados

102,00 para Pessoa Física e Pessoa Jurídica

(01.10.17)

FIPE SAÚDEConforme a data de aniversário do

contrato

5ª ed. CBHPM (2009)+ 7,02%

(01.10.17)

BNDES - FAPES 95,46 (8,975%)(01.10.16)

100,00 (4,59%) (01.10.17)

5ª ed. CBHPM (2009) plena (01.10.16)

CBHPM 2010(01.10.17)

REAL GRANDEZA (FURNAS)

94,07 (8,12%)(01.10.16)

R$ 98,36 (4,56%)(01.10.17)

CBHPM (2012) - 20%(01.10.16)

CBHPM (2012) - 20%Vão submeter às Patrocinadoras dos

Planos a diminuição do deflator de 20% para 15%

CASSI 94,00 (11,90%)(01.10.16)

100% do IPCA (01.10.17)

5ª ed. CBHPM plena(01.10.16)

5ª ed. CBHPM plena +100% do IPCA (01.10.17)

C E F 94,00 (9,89%)(01.10.16)

98,00 (4,08%)(01.10.17)

5ª ed. CBHPM (2008) plena(01.10.16)

CBHPM 2010 - 5%(01.10.17)

FIOSAÚDE 92,50 (9,71%)(01.09.16)

95,01 (9,71%)(01.09.17)

5ª Edição CBHPM (2008) -12% (01.09.16)

5ª Edição CBHPM (2008) -11,5% (01.09.17)

CABERJ 88,00 (10%)(01.01.16)

94,00 (6,38%)(01.01.17)

0,66 (10%)(01.01.16)

0,70 (5,71%)(01.01.17)

CAPESESP 92,05 (8,29%)(01.10.16)

100% IPCA (01.10.17)

5ª ed. CBHPM (2008) +8,84%(01.10.16)

CBHPM: manutenção da negociação vigente

CAURJ 85,00(01.10.16)

90,10 (6%)(01.07.17)

4ª Ed. CBHPM + 9,38%(01.10.16)

(4ª Ed. CBHPM + 9,38%) + 6%(01.07.17)

SOMPO (MARÍTIMA) 87,1026 (18.10.15)

90,00 (3,32%)01.03.17

FIPE SAÚDE (18.10.15)

11,27%01.03.17

SUL AMÉRICA 85,09 (9,09%)(01.09.16)

90,00 (5,77%)01.09.17

Aumento de 9,09%nos valores anteriores

Tabela própria(01.09.16)

Tabela própria6%

(01.09.17)

BRADESCO 85,00 (8,97%)(15.09.16)

89,60 (5,41%)(01.10.17)

Aumento de 8,74%nos valores anteriores

Tabela própria(15.09.16)

Tabela própria 3%

(01.10.17)

GOLDEN CROSS 85,00 (8,97%)(01.09.16)

88,40 (4%)(01.09.17)

0,66 (8,19%)(01.09.16)

0,68 (3,03%)(01.09.17)

AMIL 86,00 (7,5%)(01.11.16)

88,00 (2,33%)(01.10.17)

0,66(01.11.16)

0,68 (3,03%)(01.10.17)

PORTO SEGURO 86,96 (8,7%)(01.08.16)

IPCA acumulado (01.08.17)

Família Cristal e Bronze: 0,63Família Prata: 0,64

Família Ouro e Diamante: 0,67(01.08.16)

Equiparação dos honorários médicosAgo/16 a Jul/17

(01.08.17)

DIX 84,00 (7,69%)(01.11.16)

86,00 (2,325%)(01.10.17)

0,66(01.11.16)

0,68 (3,03%)(01.10.17)

MEDIAL 84,00 (7,69%)(01.11.16)

86,00 (2,325%)(01.10.17)

0,66(01.11.16)

0,68 (3,03%)(01.10.17)

POSTAL SAÚDE (CORREIOS)

80,00 (6,67%)(01.10.16)

82,50 (6,67%)(01.10.17)

5ª ed. CBHPM -20%(01.03.15)

5ª ed. CBHPM (2008) -20%(01.10.17)

UNIMED RIO 80,00(01.03.16)

5ª ed. CBHPM -15%(01.04.15) Proposta não definida em Assembleia de Cooperados

VALORES AINDA EM NEGOCIAÇÃO COM PLANOS DE SAÚDE

GEAP 80,00 (14,28%)(01.08.15)

91,00 (13,75%)(01.09.17)

FIPE SAÚDE (01.08.15) Proposta não apresentada

PLANOS DE SAÚDE QUE NÃO MANDARAM PROPOSTA

CAC 80,00 (14,28%)(01.04.15)

90,00 (12,5%)(01.12.16)

0,60 (9,09%)(01.04.15)

5ª ed. CBHPM (2008) -20%(01.12.16)

ASSIM 70,00 (7,69%)(01.04.15)

78,00 (10,71%)(01.08.16)

0,54 (8%)(01.04.15)

0,60 (10,71%)(01.08.16)

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JORNAL DO 21Setembro de 2017M

ÉDICO JO

VEM

Reconhecida como uma dasmelhores instituições de ensinosuperior do país, o curso de me-dicina da Universidade Estadualdo Rio de Janeiro (Uerj) atingiuo conceito 4 no Exame Nacionalde Desempenho dos Estudantes(Enade) 2016, o mais alto índiceda área no Rio de Janeiro nestaúltima edição.

O exame realizado pelo Insti-tuto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais Anísio Tei-xeira (Inep) mede o desempenhodos estudantes ao longo da gra-duação e qualifica os cursos se-lecionados com notas de 0 a 5. Oresultado foi divulgado no co-meço de setembro pelo Ministé-rio da Educação.

A Uerj e, consequentemente, oHospital Universitário Pedro Er-nesto (Hupe), vem se recuperandode uma das piores crises que en-frentou, fruto dos problemas finan-ceiros do Estado.

Ligado à Faculdade de Ciên-cias Médicas, o Hupe é referên-cia na formação e especializaçãomédica e nas demais áreas da saú-de. O complexo da unidade abri-ga um dos mais antigos e maio-res conjuntos de programas deresidências do país, englobando55 no total.

O Pedro Ernesto, referênciaem alta complexidade para o todoo Estado, possui capacidade de350 leitos e perfil quaternário,além de envolver também açõesem instâncias de atendimento pri-mário e prevenção.

O coordenador da Comissão deResidência Médica (Coreme) doHupe, Roberto Esporcatte, destacaque, vencida a fase mais crítica dacrise financeira, o Hupe e a resi-dência voltam a se fortalecer.

– Nos momentos de maioresdificuldades que passamos o tomfoi de enfrentamento, priorizandosempre a qualidade da assistênciae do treinamento. Isso se devemuito pela superação demonstra-da pelo corpo clínico, em especialpelos residentes – frisa.

Anualmente, são oferecidaspelo Hupe cerca de 250 vagas com-preendendo áreas gerais e de es-pecialidade clínicas, cirúrgicas,métodos complementares e inter-vencionistas e o processo seletivode 2018 dos programas de resi-dência começa em outubro.

Hupe é referência na formação médica e nas demais áreas da saúde

Uerj: Enade confirma qualidade do ensino

A cardiologista Fernanda Pin-to conta que ainda na faculdadedecidiu que iria fazer a especiali-zação no Hupe. A médica ingres-sou na residência em 2014 e fina-lizou no ano passado.

– Eu sempre procurei me in-formar sobre os melhores cursosda área e, no período do interna-to e em outros hospitais, ouviamuitos elogios para a residênciade cardiologia no Pedro Ernesto,e isso acabou virando um sonhopara mim – disse.

A residente ainda sinalizaque, mesmo com a carência derecursos, em nenhum momento ohospital e o corpo clínico deixa-ram que a assistência à popula-

ção ou o ensino da especialida-de fossem prejudicados.

– Tivemos um caso na hemo-dinâmica no qual a equipe de lim-peza estava em greve em razãoda falta de pagamento e não tí-nhamos pessoal para realizar a hi-giene da sala. Sendo assim, o nos-so preceptor fez a higienizaçãopara que não deixássemos de re-alizar o procedimento. Muitasvezes, residentes e demais profis-sionais se revezavam para execu-tar essa tarefa – conta.

Recém-formado em cardiolo-gia pela universidade, o diretorda Associação dos Médicos Re-sidentes do Estado do Rio de Ja-neiro (Amererj) Vitor Alvarenga

Formandos da Faculdade deMedicina de Campos entregaram aoCREMERJ, no dia 28 de setembro,a documentação necessária para a

emissão da carteira profissional edo número do CRM e participaramda palestra “Conhecendo o CRE-MERJ”, proferida pelo presidente

do CRM, Nelson Nahon. Tambémestiveram presentes os conselhei-ros Makhoul Moussalem e Maríliade Abreu.

EXCELÊNCIA NO ENSINOrelata que a excelência no ensi-no foi uma das razões que o fezretornar à unidade para fazer aespecialidade.

– Mesmo com os atrasos nopagamento de funcionários e nasbolsas dos residentes, o corpo clí-nico fez de tudo para manter aqualidade da nossa formação. To-das as conquistas na minha car-reira se devem ao aprendizado eexperiência que tive na residên-cia da Uerj – destaca.

Também formado em clínicamédica, Vitor teve seu primeirocontato com a instituição na gra-duação. Atualmente, ele faz partedo Serviço de Cardiologia do Hos-pital da Força Aérea do Galeão.

Hospital Pedro Errnesto possui capacidade de 350 leitos e perfil quaternário, além de atendimento primário e prevenção

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JORNAL DO Setembro de 201722

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AcupunturaLeila Maria Chaves Ribeiro - 0040479-6Alergia e ImunologiaMichele Viegas Rocha - 0082045-8AnestesiologiaBruna Maria Teixeira de Magalhães - 0094530-7Bruno Cunha da Silva - 0085161-2Fabio Costa Vieitas - 0082399-6Flávia Sant’anna Corrêa - 0094535-8Flávio Fernando Contrera Soler Parra - 0097578-8Leticia de Aquino Coutinho Araújo - 0090624-7Lorena Dias Guimarães - 0097749-7Mayron dos Santos Pereira Junior - 0059011-2Rywa Feldman de Mendonca - 0057944-1CardiologiaEduardo Carneiro Fagundes - 0096215-5Luísa de C. G. e Figueiredo - 0103211-9Mariane Oliveira da Silva Gonçalves - 0087877-4Cirurgia CardiovascularValdo Jose Carreira - 0059951-5Cirurgia do Aparelho DigestivoBruno dos Santos Viana Carvalho - 0085437-9Cirurgia GeralJoão Alexandre Oliveira dos Santos - 0061224-2Luid Rodrigues Vidal - 0109116-6Pedro Ferreira Barbosa - 0102031-5Priscilla Martins Viana de Medeiros - 0102529-5Área de Atuação: Cirurgia VideolaparoscópicaBruno dos Santos Viana Carvalho - 0085437-9Cirurgia PlásticaAlvaro Cosac Daher - 0094033-0Luciano Motta Maldonado - 0079523-2Cirurgia VascularDanielle Cartaxo Jácome - 0103314-0Clinica MédicaDaniel Castro Crespo - 0093196-9Eduardo Carneiro Fagundes - 0096215-5Gabriel Agostinho Louback - 0093263-9Ludimilla dos Reis Malvão - 0067974-7Luísa de C. G. e Figueiredo - 0103211-9Luiz Felipe Faria da Costa de Souza - 0102757-3Silvia Teresa de A. C. Sartoretto - 0097448-0DermatologiaAna Cláudia Lima Salgado - 0077582-7Anna Anderson Madrid Francisco - 0091274-3Ayres Cavalcanti da Cunha - 0069449-5Beatriz Furtado Rosa - 0089380-3Camile Figueira Hijaz - 0090675-1Clarissa Pereira dos Santos Martins - 0093716-9Kelen Marques Pinto - 0086939-2Marcela Studart Frota Guerreiro - 0070603-5Mariana França da Cunha e Silva - 0056333-9Mariana Paulsen Fernandes - 0090728-6Thales Pereira de Azevedo - 0095803-4Vanessa Labanca Freire de Oliveira - 0092762-7Endocrinologia e MetabologiaGabriel Agostinho Louback - 0093263-9Silvia Teresa de A. C. Sartoretto - 0097448-0EndoscopiaRolantre Lopes da Cruz - 0091225-5

GastroenterologiaMarcela da Silveira Loretti Mathias - 0094526-9Ginecologia e ObstetríciaAdriana Helena Ramos Faro Gulias - 0057838-7Clicia Maria Magnino Crosara Itagiba - 0043493-0Manuele Bonatto Calil Urtecho - 0091703-6Marcela da C. S. Guimarães Pires - 0093327-9Mateus Barbosa Leite - 0089979-8Medicina de Família e ComunidadeAnnie Helena Bastos Wilson - 0102645-3Cristine Siston de Oliveira - 0102940-1Medicina do TrabalhoAnderson dos Santos Hamada - 0110123-4Ricardo Eizerik Machado - 0110079-3NefrologiaDaniel Castro Crespo - 0093196-9NeurologiaLarissa Picanço Damian Resende - 0095741-0Thaila Rodrigues Pereira - 0094778-4NutrologiaAdriana Helena Ramos Faro Gulias - 0057838-7Silvia Teresa de A. C. Sartoretto - 0097448-0OftalmologiaAline Camargo Guimarães Desiderati - 0088488-0Luiz Gustavo A. Werneck Pereira - 0092985-9Ortopedia e TraumatologiaJuliano de Melo Morais - 0095172-2Newton Oliveira Valladão - 0050139-6Yuri Laender Oliveira Diamantino - 0109054-2OtorrinolaringologiaAlexandre José de Sousa Cunha - 0095759-3Laiani Confalonieri Bertoldi - 0099679-3Luiz Felipe Lira de Moraes - 0090623-9Sabryna Farneze Nunes Sant’anna - 0099023-0PediatriaCamilla Pitanga de Souza Lima - 0094844-6Fernanda Christina Dias de Noronha - 0092844-5Jose Ricardo Costa - 0040965-8Maíra Torres da Silva - 0097971-6Michele Viegas Rocha - 0082045-8Renata Ribeiro Fernandes - 0101798-5Stefan Franz Guttmann - 0100444-1Vanessa Alvarez Dias Lucena - 0083735-0Vívian Falci Lopes - 0090605-0Viviane Alves dos Santos - 0099555-0Área de Atuação: Gastroenterologia PediátricaFernanda Christina Dias de Noronha - 0092844-5Vívian Falci Lopes - 0090605-0Área de Atuação: Medicina do SonoMonica Paes Vieira Martins - 0061286-8PsiquiatriaDavid Rajs - 0034111-8Francisco Luiz V. Campinho Pereira - 0033753-6Radiologia e Diagnóstico por ImagemDiego de Lacerda Barbosa - 0095579-5Raquel de Oliveira Monteiro Tavares - 0078160-6UrologiaJoão Alexandre Oliveira dos Santos - 0061224-2

SERV

IÇO

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JORNAL DO 23Setembro de 2017

“Antes que a tarde amanheçae a noite vire dia, põe poesia nocafé e café na poesia.” Foram es-sas palavras do poeta curitiba-no, Paulo Leminski, que inspira-ram o médico patologista Antô-nio Gutman a aprofundar-se naliteratura e na obra do escritor,que virou o seu autor preferido.

Nascido no Maranhão e for-mado pela Faculdade de Medici-na de Petrópolis, Gutman é filhode um radiologista e de uma bi-oquímica e assegura que o cami-nho da medicina foi uma esco-lha totalmente natural.

– Nos primeiros anos de facul-dade já estudávamos patologia e meencantei. Sempre gostei do sossegoe essa especialidade me deu a opor-tunidade de trabalhar com mais cal-ma e no silêncio – recorda.

Assim que terminou a residên-cia em anatomia patológica e cito-logia, Gutman prestou concurso parao Instituto Nacional de Câncer (Inca)e, enquanto aguardava o resultadoda prova, foi contratado pela Fun-dação das Pioneiras Sociais com de-dicação exclusiva. Para sua surpre-sa, logo veio a notícia de que pas-sara no concurso para o Inca.

– Estava gostando muito dotrabalho na Pioneiras e pedi queme deixassem trabalhar meio pe-ríodo. Para minha sorte, concor-daram e pude conciliar os doistrabalhos – conta Gutman.

Na Fundação Pioneiras Soci-ais, o patologista dava aulas so-bre sistema nervoso e, como otema era muito árido, começou acriar poesias e versos que uniammedicina e ciência. Foi sucessoabsoluto entre os alunos. A for-ma lúdica e diferente de ensinaraumentou o desejo de mergulharmais profundamente na escrita.

De início, nas horas vagas, escre-

O médico das letrasPatologista criou poesias e versos que uniam medicina e ciência para ministrar suas aulas

ALÉM DA M

EDICINA

veu poemas e os publicou em for-mato de coletâneas - livro que reúnetextos de diversos autores. Ao todo,o patologista participou de 16 cole-tâneas e seu estilo sempre foi a escri-ta curta e com toques de humor.

Aos 68 anos, Gutman se apo-sentou pelo Inca e ganhou maistempo livre para participar dasdezenas de encontros de poesiaque acontecem no Rio de Janei-ro. Aliás, foi em um desses even-tos que ele ouviu falar pela pri-meira vez em Leminski e CharlesBukowski, entre outros autores.

– Também gosto muito do Fer-reira Gullar, mas me aprofundeitanto no Leminski que já fui con-vidado, diversas vezes, para fa-lar sobre a vida e a obra dele.Conheço a fundo e me orgulhoda semelhança na cadência denossos textos – disse Gutman.

Em 2000 e 2001, Antonio escre-veu os livros Caminhos e Encontros.Em 2005, formou um trio com doisamigos e, juntos, criaram uma na-noliteratura: uma publicação comfrases curtas e divertidas. Só cincoanos mais tarde o patologista vol-tou a publicar um livro sozinho.

– O Doutor Formol tinha queexistir, pois era meu apelido en-tre os amigos. Nele, faço uma sá-tira dos planos de saúde. Acre-dito que a vida deve ser levadacom humor – diz ele, que tam-bém faz parte da Sociedade deMédicos Escritores (Sobrames) eda Academia Brasileira de Mé-dicos Escritores (Abrames).

Neste ano, Gutman lançou o li-vro Bar, em que reúne, em versosdivertidos, histórias de botequim.

Sobre como consegue tantainspiração, o médico conta queanda sempre com um caderni-nho e uma caneta por perto.

– Nunca se sabe quando a ins-piração vai nos alcançar. Como mé-dico, não posso me emocionar comos pacientes, mas a literatura medeu oportunidade de expressar mi-nhas emoções – acrescentou.

■ NA ESTANTEERA UMA VEZ OMENINO JESUSAutor:Autor:Autor:Autor:Autor: Jose Humber-to Cardoso ResendeEditora: Editora: Editora: Editora: Editora: Prefixo Edi-torialPáginas: Páginas: Páginas: Páginas: Páginas: 132Esta é uma obra didá-

tica e de fácil compreensão, direcionada aopúblico infantil. O autor apresenta 40 histori-nhas que se passam na infância do meninoJesus, além de propor algumas atividades lú-dicas relacionadas às histórias contadas.

FORA DA CASINHA: UMAANÁLISE HISTÓRICA DALOUCURA ATRAVÉS DOSSÉCULOSAutor:Autor:Autor:Autor:Autor: Paulo Rogério Bitten-courtEditora:Editora:Editora:Editora:Editora: Design EditoraPáginas:Páginas:Páginas:Páginas:Páginas: 298Trata-se de uma análise his-tórica da loucura através

dos séculos, que avalia a relação existente en-tre o ser humano e sua mente. O título utiliza aexpressão “fora da casinha”, que significa umaloucura do bem.

CORRENTESPARALELASAutor:Autor:Autor:Autor:Autor: Lília Fi-gueiredoEditora: Editora: Editora: Editora: Editora: PenaluxPáginas: Páginas: Páginas: Páginas: Páginas: 223Este romance narraa história da perso-nagem MelindaGrenet, uma médi-

ca que está passando uma temporada detrabalho no exterior com seu marido esofre uma reviravolta em sua vida apósser sequestrada.

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APLICATIVO

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