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    L I V R O D O

    A L U N O

    3VOLUME

    TEXTOS INFORMATIVOS,TEXTOS INSTRUCIONAIS E

    BIOGRAFIAS

    Ministrio da Educao

    Fundescola /Projeto Nordeste/Secretaria de Ensino Fundamental

    Braslia, 2000

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    Presidente

    Fernando Henrique Cardoso

    Ministro da Educao

    Paulo Renato Souza

    Secretria do Ensino Fundamental

    Iara Glria Areias Prado

    Fundo de Fortalecimento da Escola - Direo Geral

    Antnio Emlio Sendim Marques

    Coordenao Escola Ativa

    Fernando Pizza

    Elaborao: Ana Rosa Abreu, Claudia Rosenberg Aratangy, Eliane Mingues,

    Marlia Costa Dias, Marta Durante e Telma Weisz.

    Texto final: Denise Oliveira

    Projeto grfico e edio de arte: Alex Furini e Jos Rodolfo de Seixas

    Edio e reviso: Elzira Arantes

    Alfabetizao: Livro do aluno

    Volume 3

    2000 Projeto Nordeste/Fundescola/Secretaria de Ensino Fundamental

    Qualquer parte desta obra poder ser reproduzida desde que citada a fonte.

    Esta obra foi editada para atender a objetivos dos Programas Projeto de

    Educao Bsica para o Nordeste e FUNDESCOLA, em conformidade com

    os Acordos de Emprstimo nmeros 3663 BR e 4311 BR com o Banco Mundial,

    no mbito do Projeto BRA95/013 do PNUD Programa das Naes Unidas

    para o Desenvolvimento.

    Alfabetizao : livro do aluno / Ana Rosa Abreu ... [et al.] Braslia : FUNDESCOLA/SEF-

    MEC, 2000. 3 v. : 64 p. n. 3.

    Contedo: v.1: Adivinhas, canes, cantigas, parlendas, poemas, quadrinhas e trava-lnguas;

    v.2: contos, fbula, lendas e mitos; v.3: textos informativos, textos instrucionais e biografias.

    1. Alfabetizao. 2. Ensino fundamental. 3. Escola pblica. I. Abreu, Ana Rosa II.

    Aratangy, Claudia Rosenberg III. Mingues, Eliane IV. Dias, Marilia Costa V. Durante, Marta

    VI. Weisz, Telma VII. FUNDESCOLA VIII. MEC-SEF.

    CDD 379.24

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    NDICE

    Apresentao

    Textos informativos

    Borboleta-de-praia7 Mensageiros de doenas8

    Galo-de-campina 8

    Plo da gata pode ter mais cor que o do macho 9Desmatamento 9

    Quem inventou o fogo? 1 0

    Lixo orgnico e inorgnico 1 0Quando os animais mentem 10Defesas curiosas 1 1

    O nosso planeta est esquentando 1 1

    O Cruzeiro do Sul 1 3

    Tigres podem desaparecer em breve 1 4

    Borboletas urbanas 1 4

    Nem cobra nem minhoca 1 6

    As plantas e a medicina natural 1 7

    Os chs na medicina natural 1 8Os banhos curativos 1 9

    As plantas e suas propriedades curativas 1 9

    Textos instrucionais

    Receitas

    Pamonha do Norte2 5

    Bolinhos de tapioca2 5Broas de fub2 6

    Cocadas de ovos2 6

    Arroz-doce2 7

    Paoca de carne-seca2 7

    Batata frita2 8

    Bolinhos de arroz2 8Macarro ao alho e leo2 8

    Jogos e Brincadeiras

    Queimada 2 9

    Pique-bandeira 3 0

    DOCES

    SALGAD

    OS

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    49

    Vassourobol 3 1Bola ao centro 3 2

    Guerra das bolas 3 3Carimbo 3 3Bobinho 3 4

    Quem toca mais, ganha 3 5Alerta 3 5Beisebol de chute ou rebatida 3 6

    Cmbio3 7Taco ou btis 3 7Dois toques 3 8

    Ataque e defesa 3 8Controle 3 9Rebatida e drible 4 0

    Cinco corta 4 0Vinte e um 4 1Cabra-cega 4 1

    Coelhinho sai da toca 4 2Pega-pega corrente 4 2Me da rua 4 2Nunca trs 4 3Fugi fugi 4 3

    Jogos de cartas para crianas

    Bum! 4 4Anote o Bum! 4 5A batalha 4 5Jogue ou pague 4 6Trinta e um 4 7

    Biografias

    talo Calvino 4 9 Irmos Grimm4 9Manuel Bandeira 5 0

    Vincius de Moraes 5 0Carlos Drummond de Andrade 5 0Mrio Quintana 5 1

    Ceclia Meireles 5 2Gonalves Dias 5 2Dom Pedro I 5 2

    Santos Dumont5 2Luiz Gonzaga 5 3Jackson do Pandeiro 5 6

    Lus da Cmara Cascudo 5 8Padre Ccero 5 9

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    Caro aluno,

    Neste terceiro volume voc encontrar Textos Informativos,Textos Instrucionais e Biografias. So textos que trazem muitasinformaes e explicaes sobre os mais variados assuntos.

    Os textos informativos so aqueles que encontramos emenciclopdias, jornais, revistas de cincias e outras revistas. Tratam

    de um determinado assunto e so escritos de modo objetivo e direto,em uma linguagem clara e precisa. Seus autores so, geralmente,especialistas, ou jornalistas, que pesquisam e tm bastanteconhecimento sobre aquilo que escrevem. No costumam emitiropinio, e sim fazer descries e dar explicaes. So textos timospara voc estudar e aprender muitos dos assuntos que so dadosnas aulas.

    Os textos instrucionais so, principalmente, as receitas,os manuais de uso e as instrues de jogos. So textos que nosexplicam como fazer alguma coisa. Geralmente, esto divididosem duas partes: a primeira, com os materiais necessrios (nocaso da receita, so os ingredientes) e, na segunda, o modo defazer (ou de jogar, no caso de um jogo). So muito teis no dia-

    a-dia das pessoas.As biografias so histrias da vida das pessoas. Contamdesde o nascimento (s vezes comeam pela vida dos pais dapessoa biografada) at a morte, ou at os dias atuais, se a pessoaestiver viva. Podem serromanceadas, ou seja, contadas comose a pessoa biografada fosse um personagem; ou maisobjetivas com as datas e os principais acontecimentos, sem muitosdetalhes. costume escrever a biografia de pessoas conhecidas,que ficaram famosas principalmente por alguma razo poltica,econmica ou social.

    Este livro ser muito til para voc aprofundar seusconhecimentos, testar seus dotes culinrios e aprender novasbrincadeiras.

    Bom trabalho, e divirta-se!

    APRESENTAO

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    TEXTOS INFORMATIVOS

    BORBOLETA-DE-PRAIA

    Sem a planta em que deposita os ovos, no h postura. Por isso,

    a invaso imobiliria e os portos de areia, que destruram a

    vegetao, a tornaram o nico inseto na lista de animais

    ameaados de extino no Brasil.

    Supersties assombram as borboletas desde a Antigidade. Para

    os egpcios, quando uma pessoa morria, seu esprito deixava ocorpo sob a forma de borboleta. A crena viajou at Roma,passando pela Grcia, onde a palavrapsik, a psique, servia aomesmo tempo para a alma, o esprito e a borboleta.

    Sob a tica popular, no Brasil, esses insetos da ordemLepidoptera, superfamlia Papilionoidea, so mensageiros deboas ou de ms notcias, dependendo da cor possivelmenteporque os supersticiosos consideram agourentas as noturnas,escuras, que pertencem a outra superfamlia.

    No foram bruxarias, porm, que tornaram as borboletas-de-praia, ou Parides ascanius, quase extintas. Foram os portosde areia, as drenagens e a construo de prdios nas restingaspantanosas entre o litoral de Campos e a baa de Sepetiba, no

    Rio, seu habitat preferencial. Assim, destruiu-se boa parte daAristolochia macroura, trepadeira da qual as larvas da espciedependem para se alimentar; tambm em outros pontos do litoralbrasileiro, onde viviam, as borboletas foram sendo extintas.

    possvel, no entanto, observ-las ainda na ReservaBiolgica Nacional Poo das Antas, no Parque Zoobotnico deMarapendi, e em equilbrio precrio na baixada de Jacarepagu,todos no Rio. Nesta ltima rea, a Fundao Parques e Jardinsdesenvolve atualmente o projeto de criao de um borboletrio.Ser no bosque da Barra, local protegido, onde havia ocorrncianatural da espcie, at que a Aristolochia macrourafoi extintana regio.

    A exigncia de uma planta nica no caractersticaapenas da borboleta-de-praia; a maioria dasPapilionoideae se

    alimenta de uma s espcie vegetal. Trata-se de um processoevolutivo, que minimiza a competio pelo alimento: cadaespcie de inseto se utiliza de uma planta diferente. tambmuma estratgia chamada co-evoluo, pois cada planta possuisubstncias txicas para a maioria dos insetos; porm alguns adigerem sem problemas e usam as toxinas para afastarpredadores. No caso, a trepadeiraAristolochia torna a lagartada Parides ascanius um bicho muito amargo para os predadores,

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    em geral pssaros. Por aprendizado experimentam e achamabominvel as aves reconhe cem a lagarta pelas cores e passama evitar outras iguais.

    MENSAGEIROS DE DOENAS

    Quase ningum resiste tentao de jogar migalhas de po emuma praa cheia de pombos. Nem todo mundo sabe, porm, queaquelas aves lindas, escolhidas pelo homem para simbolizar apaz, so um perigo para a sade. Transmitem vrias doenas,por meio de caros e piolhos presentes nas penas, ou fungos e

    bactrias alojados nas fezes secas e frescas.O contato com os pombos pode acarretar, entre outros

    problemas, diarrias, a temvel toxoplasmose, que chega a causarcegueira, ou a histoplasmose, doena pulmonar grave, cujossintomas so confundidos com os da pneumonia.

    O professor Arif Cais, do Instituto de Biocincias, daUniversidade Estadual Paulista, campus de Rio Preto, alerta:antes de remover fezes secas dos pombos, jogue gua sobre elas;no alimente estas aves, nem deixe as crianas brincarem comelas; certifique-se de que na sua casa ou na escola do seu filhono h ninhos.

    Pode parecer horrvel dizer que preciso destruir oscriadouros, mas no h outra sada. Ao contrrio do que muitos

    pensam, os pombos domsticos no fazem apenas sujeira. Temosde dificultar a vida deles, para defender a nossa, avisa Cais.

    GALO-DE-CAMPINA

    O galo-de-campina, conhecido na Amaznia por tangar,pertence famlia do cardeal. Suas penas so escuras, mas acabea e o pescoo so vermelhos. Alimenta-se de sementes,frutinhas e insetos.

    Vive em bandos nas caatingas do Nordeste e no BrasilCentral, do mesmo jeito que outro pssaro, o corrupio. Os doisso considerados as mais belas aves da regio.

    O galo-de-campina no canta quando est engaiolado. S

    canta em liberdade, numa certa poca do ano, e de manh bemcedinho.Em Alagoas, onde ele tem fama de cantor, treinado e

    vendido a preos muito elevados.

    Superinteressante, novembro de 1996.

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    PLO DA GATA PODE TERMAIS COR QUE O DO MACHO

    Por que a variedade de cor to maior

    nas gatas do que nos gatos?

    A cor da pelagem dos gatos definida pelos genes que esto nocromossomo X, o mesmo que determina o sexo. Na reproduo,a fmea sempre contribui com um cromossomo do tipo X, e omacho pode enviar um X ou um Y. Se o feto se formar por umacombinao de cromossomos XX, ser fmea; sefor XY, macho.

    Como a fmea tem dois X, a variao das cores pode ser

    maior, explica o veterinrio Ladislau Deutsch, da Imparque,empresa que planeja zoolgicos em So Paulo.

    Superinteressante, novembro de 1996.

    DESMATAMENTO

    alarmante a situao no Brasil, sobretudo nos estados litorneos,primitivamente recobertos pela Mata Atlntica, e na regioAmaznica. Restam hoje apenas 3% da extenso de FlorestaAtlntica que existia no Brasil colonial. A existncia de matas aindaextensas na regio Norte no significa que espcies ameaadas peladestruio da Mata Atlntica possam se abrigar na Amaznia, poiso clima e o relevo so diferentes, assim como a flora e a fauna.

    As florestas tropicais, que s cobrem 7% da superfcieterrestre, abrigam mais da metade das espcies vegetais e animaisconhecidas. Das 100.000 espcies de plantas da Amrica Latina,cerca de 30.000 se concentram na Amaznia, onde o desmatamentoatinge taxas alarmantes. A harmonia, popularmente conhecida comoequilbrio ecolgico, est sendo perturbada e as conseqnciasso desastrosas.

    Uma primeira e bem evidente conseqncia a extino deespcies animais e vegetais. S para dar uma idia da proporoalarmante com que a taxa de extino vem crescendo, vamos tomar asaves como exemplo. At o ano de 1700, dez espcies de aves foramconsideradas extintas no planeta; de 1700 a 1900, num perodo deapenas duzentos anos, noventa espcies desapareceram; e de 1900 em

    diante, calcula-se que desaparea uma espcie ou subespcie por ano.A derrubada da mata tambm provoca enchentes. Como?A folhagem da Floresta Amaznica intercepta uma parte

    das guas da chuva que, por isso, no chega ao solo. Com a remooda floresta, essa gua toda escorrer para os rios.

    Texto adaptado, extrado de:Terra O corao ainda bate; guia de conservao ambiental de

    Adolfo Talla Pria Pereira e outros. Porto Alegre, Tch, 1990, p. 36.

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    QUEM INVENTOU O FOGO?

    Ningum! O fogo j existia muito antes de aparecerem os primeiroshomens. Isso porque ele pode se produzir sozinho na natureza.Numa tempestade, por exemplo, grandes fascas de eletricidadecortam o cu: so os relmpagos. Acontece que alguns relmpagospodem atingir o cho e incendiar o mato seco, ou as rvores: ofogo do cu!

    Como o homem aprendeu a fazer fogo?Observando os incndios naturais, os homens pr-

    histricos tiveram a idia de apanhar galhos de rvores emchamas. Assim, puderam manter acesas as fogueiras para se

    aquecer, para ter iluminao e cozinhar a caa. S mais tarde que eles mesmos aprenderam a produzir fascas, batendo duaspedras uma na outra, mais ou menos como funciona um isqueiro.

    As grandes invenes. So Paulo, Scipione, 1991, p. 8.

    LIXO ORGNICO E INORGNICO

    Todo lixo pode ser dividido basicamente em material orgnicoe inorgnico. Orgnico todo dejeto biodegradvel, como restosde comida cascas de fruta, por exemplo , que serdecomposto pela ao de microorganismos, o que se chamaapodrecimento. Largado na rua, esse lixo apodrecido servir de

    alimento a ratos, baratas e moscas, transmissores de doenas.A parte inorgnica do lixo composta de dejetos que noapodrecem, como papel, plstico, borracha, metais e vidro. Taisrestos tambm contribuem para a proliferao de formas daninhasde vida, para as quais servem de ninho. Alm disso, podem causarestragos quando no so varridos das ruas. Com a chuva, plsticose papis navegam na enxurrada at as bocas-de-lobo e galeriaspluviais que, se no forem limpas periodicamente, entopem,provocando as inundaes to conhecidas dos habitantes dasgrandes cidades brasileiras.

    Superinteressante, maio de 1989.

    QUANDO OS ANIMAIS MENTEMA mentira, na natureza, uma arma de sobrevivncia. Muitasvezes, na luta contra o predador, a presa s tem chance de escaparse souber mentir bem. o caso dos camalees que, graas pigmentao especial de sua pele, se confundem com o ambiente.Ou de certos caranguejos, que vivem com a carapaa cobertapor algas ou esponjas. Os insetos so especialistas em se fingirde cortia ou de gravetos no tronco de rvores. Estas e muitas

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    outras formas de mentira atendem por um nico e verdadeironome cientfico mimetismo.

    O fenmeno foi estudado pela primeira vez pelo naturalistaingls Henry Walter Bates (1825-1892), que observou ocomportamento das borboletas no vale do rio Amazonas. Eledescobriu uma famlia de borboletas que conseguia escapar dospssaros tornando-se parecida na forma e na cor com outra famlia,cujo sabor no agradava s aves. As borboletas apetitosas tratavamde voar, misturadas s outras.

    Hoje, sabe-se que os animais memorizam certos padres deaparncia quando associam determinada presa a um gosto nauseante,ou dor. Portanto, mentiroso competente aquele que consegueassumir uma aparncia pouco atrativa para o predador.

    Existem, porm, casos de automimetismo: animais queimitam outros da prpria espcie. Os zanges, por exemplo,quando esto prestes a ser atacados, voam e zumbem comoabelhas que, como bem sabem os atacantes, tm ferres para sedefender se a mentira pega, os zanges se salvam. Nemsempre, contudo, a presa o mentiroso. Isso acontece no casoclssico do lobo em pele de cordeiro, ou seja, o animal que fingeser manso, se aproxima calmamente de outro com ar de quemno quer nada e sai ganhando uma refeio.

    Superinteressante no 4, p. 27

    DEFESAS CURIOSAS

    Para escapar dos seus inimigos, certos animais e vegetais possuemmaneiras curiosas para se defender. O gamb e o percevejo exalammau cheiro para afugentar seus atacantes. O ourio-do-mar temespinhos protetores em volta do corpo. O polvo solta uma tinta queescurece a gua, facilitando assim a sua fuga. O cacto tambm temespinhos protetores. As flores do aafro so parecidas com as deoutra planta chamada clquico que, por ser venenosa, evitadacomo alimento por certos animais. Por causa dessa semelhana, oaafro fica protegido tambm.

    O NOSSO PLANETAESTESQUENTANDOUma srie de gases que envolvem a Terra provocam o efeitoestufa, semelhante ao utilizado para cultivar certas plantas . Osprincipais desses gases so: vapor dgua (H2O), dixido decarbono (CO2), nitrognio (N2), metano (CH4) e oznio (O3).

    Os raios solares que atingem a Terra so emitidos de volta,mas parte deles (cerca de 30%) retida por essa camada de gases,provocando o aquecimento terrestre. Esse fenmeno, essencial

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    para a vida no planeta, o responsvel pela manuteno datemperatura mdia terrestre de 18 C. Se no houvesse o efeitoestufa, a temperatura mdia baixaria para insuportveis 20 Cnegativos.

    Ocorre que, nos ltimos 150 anos, vem crescendoassustadoramente a concentrao de gases estufa na atmosfera,sobretudo CO2, xidos de nitrognio e metano. At meados dosculo XIX, data da Revoluo Industrial, por exemplo, aconcentrao de CO2 no ar no excedia 290 pm (partes pormilho). A concentrao atual do dixido de carbono est nacasa dos 370 pm, causada principalmente pela queima decombustveis fsseis (petrleo, carvo e gs) e pordesmatamentos.

    Mais da metade do aumento dessa concentrao ocorreu de1950 para c. Hoje so lanados na atmosfera 3 bilhes de toneladasde CO2 por ano. O campeo disparado dessas emisses so osEstados Unidos, seguidos de perto pela Unio Sovitica e de longepela China. O Brasil vem em quarto lugar, sobretudo por causa dosdesmatamentos, responsveis por 80% do dixido de carbonoproduzido no pas.

    A concentrao desses gases na atmosfera (principalmenteCO2) retm maior quantidade de raios solares, aumentando atemperatura da Terra. Isso poder trazer terrveis conseqncias parao clima e o equilbrio ecolgico, a comear pelo derretimento dascalotas de gelo polares, aumentando o nvel da gua do mar. Calcula-

    se que, quando dobrar a concentrao de CO2 na atmosfera, atemperatura da Terra ter aumentado em mdia 4 C, sendo mais12 C nos plos e mais 2 C nos trpicos.

    Isso tudo, obviamente, so projees e suposies feitaspelos cientistas, a partir do conhecimento que se tem hoje que , todos reconhecem, limitado. Alm do mais, essesfenmenos apontados tm acontecido em um perodo de tempomuito curto (150 anos), para que se tenha certeza do queacontecer no futuro.

    A Terra j passou por perodos de aquecimento etambm de resfriamento em outras pocas, sem a intervenodo homem.

    O que se tem como certo, no entanto, que essainterferncia est alterando o meio ambiente e a evoluo naturaldo planeta, colocando em risco a biodiversidade terrestre.

    Acamada de oznio ameaadaO chamado buraco na camada de oznio , pode-se dizer grossomodo, o resultado oposto do que ocorre com o aumento do efeitoestufa. Alm do oznio de origem industrial, que est intensificandoo efeito estufa, h uma camada natural desse gs situada naestratosfera (a aproximadamente 18 quilmetros de altitude), que

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    protege a Terra dos raios ultravioleta do sol. Esses raios provocamvrios tipos de cncer na pele, fazem diminuir a produo agrcola epodem danificar as algas marinhas, responsveis pela produo damaior parte do oxignio que respiramos.

    Essa camada protetora de oznio est sendo destruda porum gs que no existia at recentemente: o clorofluorcarbono(CFC). Ele foi criado pelo homem para ser usado na indstriade refrigerao, nos sprays , na limpeza de componenteseletrnicos e na produo de espumas. Os xidos de nitrogniotambm afetam a camada de oznio, mas em proporo muitomenor.

    O CFC um gs que no reage quimicamente com nada,a no ser com o oznio. Os ons livres de cloro de suacomposio, ao entrar em contato com o O3, roubam uma desuas partculas, formando oxignio (O2) e outras substncias.Os cientistas avaliam que essa catlise j tenha reduzidoglobalmente em 4% a camada de oznio da estratosfera. Oproblema se tornar cada vez mais srio medida que novasnuvens de CFC chegarem camada de oznio percurso quedemora de 20 a 100 anos.

    O efeito mais devastador tem sido notado sobre a camadade oznio localizada na Antrtida, onde vulces soterrados tambmtm expelido gases que contribuem para a destruio do O3.

    Nova Escola , maro de 1992.

    O CRUZEIRO DO SUL

    O Cruzeiro do Sul uma das mais conhecidas constelaes dohemisfrio sul. Depois do descobrimento da Amrica e do Brasil,os navegantes comearam a se orientar por ela, em alto mar.

    Embora parea ser formada por apenas cinco estrelas, essaconstelao constituda por 54 estrelas. Dezoito delas sovisveis a olho nu, isto , sem instrumentos. A estrela s ituada nop da cruz chama-se Magalhes, mas de fato um conjunto detrs estrelas.

    Alm de ser usado na orientao, o Cruzeiro do Sul servetambm para a determinao de posies e como relgio

    celestial. Prolongando-se imaginariamente sua haste maior cercade 4,5 vezes, termos a determinao do plo sul celeste, em tornodo qual a constelao gira durante o ano, num movimentoaparente. Por isso, atravs da posio que o Cruzeiro do Sulocupa no cu, possvel determinar com bastante aproximaoas horas noturnas.

    Adaptado de Cincia Ilustrada, vol. 3, p. 1.301 eDicionrio Enciclopdico Brasileiro , p. 509.

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    TIGRES PODEM DESAPARECER EM BREVE

    Estudo do WWF alerta que a populao

    da espcie nunca foi to pequena

    Gland, Sua. Um estudo do Fundo Mundial para a Natureza(WWF) alertou que o tigre pode se extinguir nos prximos anos,se o ritmo atual de caa e destruio das matas habitadas pelaespcie continuar. Especialistas do WWF estimam que h apenas4.600 tigres em todo o mundo, nmero considerado insuficientepara a preservao da espcie na natureza. Apesar dos esforosinternacionais de preservao, a cada dia morre um animal da

    espcie. Os cientistas temem que o destino do tigre seja serconservado apenas em zoolgicos.O tigre, o maior felino do mundo, vive apenas nas florestas

    asiticas. Ele pode ser encontrado nas matas de catorze pases, mas andia sozinha abriga 75% da populao mundial. O problema que,embora a caa ao tigre seja oficialmente proibida, as autoridades dospases asiticos pouco ou nada fazem para impedi-la. Alm disso, asflorestas que so habitats da espcie esto sendo devastadas numritmo cada vez maior.

    A maior inimiga do tigre a crena existente em vriospases asiticos de que seus testculos e ossos tm poder curativo eafrodisaco. Devido a isso, os animais so caados para a produode medicamentos.

    O Globo, 16 de maio de 1996.

    BORBOLETAS URBANAS

    As cidades so lugares cinzentos, barulhentos e poludos. Mas elastambm tm seus encantos. Um dos mais coloridos animais, asborboletas, alegram os ares das cidades, voando e fazendomalabarismos.

    Apesar de viverem melhor em ambientes naturais, comoflorestas e campos, as borboletas tambm so encontradas nascidades.

    Costuma-se dizer que onde h plantas, h borboletas,porque, na maioria das vezes, as herbvoras aparecem em todos

    os lugares onde existe alimento.Por isso, importante que as praas, as ruas e os jardinsdas cidades tenham flores e rvores que, alm de alegrar ohomem, do casa e comida para os animais, permitindo queconvivam com a sociedade urbana.

    Apesar disso, as borboletas brasileiras enfrentam umproblema nas cidades: a maior parte das plantas presentes nasruas, usadas para arborizao, estrangeira, ou seja, foi trazida

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    de outras regies. E, em geral, essas plantas estrangeiras nofazem parte do cardpio natural das nossas borboletas.

    Desse modo, os melhores lugares para encontrarmosborboletas nas cidades so terrenos baldios, encos tas de morros,quintais e parques com vegetao nativa brasileira.

    Nesses ambientes, h flores que servem de alimento paraas borboletas adultas e folhas, para as lagartas. Deve-se lembrarque, quando saem dos ovos, as borboletas so lagartas, no tmasas, sendo totalmente diferentes dos adultos. Portanto, aalimentao tambm diferente.

    As cidades no so os ambientes mais adequados paraesses insetos viverem. Alm da falta de alimento, enfrentamoutros problemas, como a poluio e a baixa umidade do ar.

    Algumas borboletas so resistentes e conseguemsobreviver em ar poludo, como a borboleta-do-manac,encontrada nas cidades. Mas outras no agentam os efeitos dapoluio. Em conseqncia, existem espcies que j estoextintas ou ameaadas de extino, por causa das atividadeshumanas, que modificam ou destroem o ambiente natural.

    Na rea urbana de So Paulo, por exemplo, existemapenas cerca de 20 a 30 espcies de borboletas, enquanto nosparques da cidade podem ser encontradas at 300. Isso ocorreporque a maioria das borboletas se alimenta de frutos que caemno solo e, nas cidades, existem poucas plantas frutferas.

    Os grupos de borboleta que vivem melhor em cidades so os

    que se alimentam de flores e vivem naturalmente em reas abertas,como campos. Essas borboletas encontram ambientes ensolaradossemelhantes aos campos nos quintais e nos jardins das cidades.

    Entre as borboletas urbanas mais comuns encontradas nacidade de So Paulo esto a amarela, a monarca, a amarelo-negra e a borboleta-coruja, a maior do Brasil.

    Existem outros exemplos. As lagartas deHistoris odiusalimentam-se em embabas, que podem existir em fundos dequintais. As lagartas de Papilio scamanderusam magnlias eabacateiros como alimento. A borboleta Pseudolycaena marsyas freqente em jardins e se alimenta de vrias plantas com florespequenas.

    Quando o homem derruba rvores, est destruindo os abrigose os alimentos desses insetos. A nica maneira de preservar asborboletas urbanas preservar a vegetao de que se alimentam.Para atrair mais borboletas para as cidades, importante aumentara diversidade de flores nativas, como o cambar e o assa-peixe, earborizar as ruas e parques com espcies nativas, como o manac-da-serra, o abacateiro, a bananeira e a palmeira, alimentos naturaisdas borboletas.

    Cincia Hoje para Crianas, no 42.

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    NEM COBRA NEM MINHOCA

    Voc se lembra daquele bicho esquisito que havia naCincia Hojedas Crianas nmero 16? Tinha gente que achava que era cobra,tinha gente que achava que era minhoca, e o bicho no era nadadisso: era um anfibesndeo cujo apelido cobra-de-duas-cabeas.

    Pois . Para piorar a situao, tem gente que confundecobra-cega com cobra-de-duas-cabeas. Mas elas no so amesma coisa. Alis, nem parentes so, porque uma rptil (a deduas cabeas) e a outra anfbio (a cega).

    claro que as duas se parecem. Mas se voc quiser sabercomo se v a diferena, s observar que, enquanto o

    anfibesndeo tem dois tipos de sulco no corpo (uns que vo dacabea cauda e outros transversais a eles), a cobra-cega temanis, como se fosse feita de pedaos livres e reluzentes.

    lbum de famliaEssa tal de cobra-cega pertence a uma ordem de anfbios quetem seis famlias. As seis famlias tm 162 espcies. Dessafamiliarada toda, h uma que recebe o gentil nome de ceclia.As ceclias so elegantes: tm o corpo fino e sem membros, ouseja, no tm brao nem perna, feito qualquer cobra; quandotm cauda, ela curta e pontiaguda; os dentes dela so curvos.

    Cobra-cegaOs olhos da cobra-cega so pequeninos e cobertos por uma

    escama, ou por um osso. Alis, vivendo onde vive, embaixo daterra, numa escurido medonha, ela nem precisa de olho.

    Mas, para compensar a falta de viso, existe entre os olhose o nariz da cobra-cega um tentculo sensorial, mole e pontudo,que ora se espicha e ora se encolhe. esse tentculo que servede bengala para a ceclia: vai tateando as galerias, que no somuito profundas. Ficam a uns 20 centmetros da superfcie.

    Raramente se v uma cobra-cega andando por cima daterra. Em geral elas ficam l por baixo mesmo, preferindo asterras midas e fofas, as folhagens das florestas ou plantaes eas beiras de riachos, sempre nas regies tropicais do planeta.

    Como vive o bicho

    Segundo alguns estudiosos desse tipo de anfbio, as cobras-cegastm uma dieta muito sofisticada: comem insetos, larvas deinsetos e vermes da terra.

    H muito tempo a cobra-cega vive no planeta. Assim,existem as primitivas (verdadeiras relquias histricas) e asmodernas. As primitivas pem ovos e as larvas so aquticas.Algumas das modernas tambm pem ovos, mas fazem issodentro dos buracos cavados no solo, onde os filhotes sedesenvolvem at a juventude.

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    Mas h outras, mais avanadinhas, cujos filhos sedesenvolvem dentro do corpo da me, de onde saem j parecidoscom o que vo ser quando crescer: uma cobra-cega adulta.

    Problemas de identidadeAlm de ser confundida com a cobra-de-duas-cabeas, a cobra-cega tambm passa por ser minhocuu, ou minhoca oligoqueta,que, apesar de ser parecida, bem maior. Uma ceclia pequenamede em geral entre 7 e 11 centmetros; a grande tem no mximo30 a 70 centmetros de comprimento. Alm disso, a ceclia tempequeninos dentes na boca, coisa bem imprpria para uma minhoca.

    No Brasil, ningum se interessa muito pela cobra-cega. Elarecebe vrios nomes nos diversos lugares onde vive: minhoco, cobra-preta, cobra-pilo, me-da-sava (porque ela gosta um bocado deviver perto dos formigueiros) e indoa-imbia, na Amaznia.

    Oscar Rocha BarbosaUERJ Departamento de Biologia Animal e Vegetal.

    AS PLANTAS E AMEDICINANATURAL

    O uso das plantas, exceto naturalmente as venenosas, no prejudicao organismo; antes, o beneficia, purificando-o e curando-o. A curapelas plantas depende de seu uso prolongado e persistente. O ques vezes deixa de trazer o xito esperado no tratamento por meiode ervas, que o paciente, quando j se sente melhor, abandona otratamento antes de alcanar uma cura radical.

    Na cura com ervas, como tambm noutros tratamentosnaturais, sucede muitas vezes o contrrio do que o pacienteespera: no comeo, sobrevm uma aparente piora. O mal parecese agravar. Muitos, ento, desesperados, abandonam otratamento. Mas essa crise justamente um sinal de que oorganismo comeou a reagir, expulsando as substncias quefazem mal. O remdio est fazendo efeito. Da a crise curativa.

    Para que as plantas medicinais no percam seu valorcurativo, devem ser colhidas quando esto molhadas de orvalho,secando-se sombra, pois os fortes raios solares tiram dasplantas, depois de arrancadas, uma parte das substnciascurativas, que se evapora quando expostas ao sol.

    As razes devem ser bem lavadas e picadas empedacinhos, antes de serem postas a secar.

    Quando j secas, as ervas podero ser guardadas em caixas,devidamente rotuladas, em lugar seco. De vez em quando, bomexamin-las: as que estiverem com cheiro de mofo j no servempara fins curativos.

    Desse modo, cada qual pode ter, em casa, sua prpriafarmcia herbcea.

    Alfons Balbach,As plantas curam. So Paulo, Missionria,1992 (adaptado por Elisabete Monteiro).

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    OS CHS NA MEDICINA NATURAL

    Os chs so muito utilizados por todas as famlias, no s parafins medicinais, como tambm como bebida, quente ou fria, emsubstituio ao caf, ao ch preto e ao ch-mate, que podem serprejudiciais ao organismo.

    H vrias maneiras de preparar um ch: como tisana,por infuso, por decoco e por macerao.

    Para fazer o ch pelo processo detisana, pe-se gua aferver e, quando estiver fervendo, acrescentam-se as ervas. Tapa-se de novo. Deixa-se ferver mais uns 5 minutos e tira-se do fogo,

    repousando por mais alguns minutos, bem tapado.O preparo por infuso consiste em despejar gua fervendo

    sobre as ervas, numa vasilha, colocar uma tampa, e deix-lasrepousar durante uns 10 minutos. Paraesse tipo de preparo somais apropriados os chs de folhas e flores.

    Para os chs de cascas, razes e talos, utiliza-se mais oprocesso dedecoco, isto , deitam-se as ervas numa vasilha everte-se gua fria em cima, levando depois ao fogo. A duraodo cozimento pode variar entre 5 a 30 minutos, dependendo daquantidade das ervas empregadas. Tira-se a vasilha do fogo econserva-se tapada durante alguns minutos mais.

    O mtodo de macerao oferece a vantagem deaproveitar mais os sais minerais e as vitaminas das ervas. Pem-se de molho as ervas em gua fria, durante 10 a 24 horas, segundoo que se emprega: folhas, flores, sementes e partes tenras ficam10 a 12 horas; talos, cascas e razes brandos, picados, 16 a 18horas; talos, cascas e razes duros, picados, 22 a 24 horas.

    A dose regular diria para os chs de 20 gramas deervas para um litro de gua, para os adultos quatro a cincoxcaras por dia. Para o jovem de 10 a 15 anos, trs a quatroxcaras; crianas de 5 a 10 anos, duas a trs xcaras; crianas de2 a 5 anos, uma a duas xcaras; crianas de 1 a 2 anos, meia auma xcara diria; para criancinhas mais novas, diminui-se aindamais a quantidade.

    Boa praxe comear com uma quantidade menor e

    aument-la, aos poucos, dia a dia.

    Alfons Balbach,As plantas curam. So Paulo, Missionria,1992 (adaptado por Elisabete Monteiro).

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    OS BANHOS CURATIVOS

    As ervas tambm se prestam, com bons resultados, para uso externo,em forma de banhos. O uso interno, em muitos casos, grandementeajudado quando acompanhado pelo uso externo. Freqentemente,o que um ataque simples no consegue, consegue-o um ataqueduplo interno e externo contra a causa do mal.

    Dessa maneira se pode obter uma expulso mais rpida eeficaz das substncias venenosas, e conseqentemente, se apressaa cura.

    Pela palavra banhos referimo-nos aos banhos quentes,frios, de assento, banhos de tronco, banhos vitais, pedilvios

    quentes (escaldaps), e banhos a vapor. A dosagem normal de500 a 1.000 gramas de ervas para um balde dgua.

    Cozem-se as ervas durante 20 a 40 minutos, coa-se e deita-se o decocto na gua que vai ser usada para o banho.

    Alfons Balbach,As plantas curam. So Paulo, Missionria,1992 (adaptado por Elisabete Monteiro).

    AS PLANTAS E SUAS PROPRIEDADES CURATIVAS

    AgrioO agrio uma planta herbcea. Emite ramos de at 50 ou 60centmetros de comprimento. A haste ramosa, espessa, suculenta

    e rasteira emite numerosas razes adventcias. uma planta conhecida, boa para saladas. Deve-se us-

    la crua porque, quando cozida, suas propriedades medicinais seperdem.

    O agrio contm um leo essencial, iodo, ferro, fosfato ealguns sais.

    Seu uso prolongado tem efeito depurador do sangue eantiescorbtico.

    Emprega-se, outrossim, como timo remdio contra aatonia dos rgos distintos; como estimulante no escorbuto,escrofulose e raquitismo; como diurtico, nas enfermidades dasvias urinrias e nos clculos; como expectorante, nos catarrospulmonares crnicos; e como desopilante do fgado. O agrio

    convm aos diabticos, porque encerra poucos princpiosamilceos.Toma-se, diariamente, 3 a 4 colheres das de sopa de suco

    de agrio, puro ou diludo em gua.Aplicado em cataplasmas (pasta feita com as folhas) sobre

    lceras, apressa sua cicatrizao.Resultados de vrias pesquisas, atribuem-se ao agrio

    propriedades antdotas aos efeitos txicos da nicotina.

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    O suco da planta, misturado com mel, d um bom xaropepara combater bronquite, tosse e tuberculose pulmonar.

    As mulheres grvidas no devem comer agrio emquantidade pois, em virtude de sua ao sobre a matriz, podeprovocar aborto.

    No se deve usar agrio que cresce junto s guas paradas,visto que ao mesmo podem se prender insetos aquticos, portadoresdo bacilo de Eberth, causador do tifo, ou de larvas de vermes.

    Lavando-se bem o agrio e espremendo-se bastante sucode limo em cima, pode-se com-lo com bem menos perigo.

    Aroeira

    A aroeira um arbusto com folhas compostas e frutos globulosos,avermelhados e pequenos.

    As folhas so dotadas de propriedades balsmicas, pelo quese usam para curar lceras. Emprega-se empiricamente, emfomentaes, para combater afeces reumticas e tumores linfticos.

    A aroeira boa para combater as febres, o reumatismo e a sfilis.Os homeopatas aconselham essa planta nos casos de

    atonia muscular, distenso dos tendes, artrite, reumatismo,fraqueza dos rgos digestivos e tumores.

    Devido aos seus efeitos adstringentes, as cascas so contraa diarria e as hemoptises. Usam-se 100 gramas para 1 litro degua. Tomam-se 3 a 4 colheres das de sopa ao dia.

    Aplica-se tambm contra a citica, a gota e o reumatismo.

    Prepara-se um cozimento na proporo de 25 gramas de cascaspara 1 litro de gua. Toma-se diariamente um banho de 15minutos, to quente como se possa suportar.

    BoldoO boldo uma planta originria do Chile, encontrando-setambm nos Andes argentinos. O caule areo, lenhoso e perene,alcana alguns metros de altura.

    Possui importantes propriedades curativas, as quais so eficazesno tratamento das enfermidades hepticas e biliares. Empregam-se asfolhas como especfico para fazer desaparecer os clculos hepticos(pedras do fgado) e as anormalidades das vias biliares.

    No Chile, o boldo considerado como aperitivo,digestivo, carminativo e diafortico. Combate a m digesto,

    fortifica o estmago e os nervos. Combate a insnia, limpa asmanchas da pele, especialmente as do rosto causadas pordistrbios do fgado.

    Usa-se o cozimento de boldo externamente para banhose pedilvios no combate a reumatismo, hidropisia, afeces dapele, sfilis, blenorragia e outras enfermidades semelhantes.

    Emprega-se o suco das folhas e dos talos tenros, em gotas,nos casos de fortes dores de ouvido.

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    CarquejaEmprega-se, em forma de ch, para combater anemia, clculosbiliares, diarrias, enfermidades da bexiga, do fgado e dos rins,m digesto, m circulao do sangue, ictercia e inflamaodas vias urinrias e tambm no controle da diabete.

    A carqueja tambm d bons resultados em angina einflamao da garganta, casos em que se faz gargarejos com umadecoco da planta.

    GirassolArbusto de at 2 metros de altura, o girassol tem caule verde e

    flores amarelas, dispostas em redor de um disco grande, cujaface superior toda recoberta de sementes oleaginosas. uma planta muito til. As sementes do farinha para po.

    Quando as sementes so torradas, podem ser usadas como substitutodo caf. Comprimidas, do um leo que se pode empregar para finsculinrios e em substituio ao leo de linhaa, para preparar vernizese tintas.

    Tanto as flores quanto as folhas podem ser usadastopicamente, amassadas, em contuses, esfoladuras, golpes, feridase lceras.

    HortelA hortel uma planta de 30 a 60 centmetros, ligeiramenteaveludada. Haste ereta, quadrangular, avermelhada e ramosa.

    Na hortel esto reunidas, em elevado grau, aspropriedades antiespasmdicas, carminativas, estomquicas,estimulantes e tnicas.

    Prescreve-seessa hortalia como remdio na altura dasvias digestivas, flatulncias, timpanite (especialmente a de causanervosa), clculos biliares, ictercia, palpitaes, tremedeiras,vmitos (por nervosidade), clicas uterinas e dismenorria.

    um medicamento eficaz contra os catarros das mucosase favorece a expectorao.

    Aplica-se tambm o sumo, embebido em algodo, paraacalmar as dores de dente.

    s crianas que tm vermes intestinais, administra-se umch de hortel, para libert-las dos parasitas que as atormentam.

    As mes que amamentam devem tomar esse ch, paraaumentar a secreo de leite.

    JurubebaA jurubeba um arbusto de caule e ramos espinhosos, flores decor lils. O fruto uma baga esfrica, amarelada, presa a umpednculo comprido.

    bom alterante, diurtico, desobstruente tnico.Emprega-se, com bons resultados, para combater as ictercias e

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    as inflamaes do bao e contra o catarro da bexiga suco dosfrutos.

    Externamente, emprega-se as folhas machucadas sobre aslceras.

    A raiz igualmente de grande valor nas dispepsias atnicas ena diabete. As folhas representam um bom remdio para as febresintermitentes.

    MamonaA mamona um arbusto frondoso, muito comum nas zonaslitorneas. D nos pntanos salobros e salgados. uma plantacujas razes adventcias arqueadas formam verdadeiros castiais,firmando-lhe o tronco e garantindo-lhe o equilbrio necessriopara resistir ao mpeto das ondas da mar alta. Essas razesnascem no tronco areo, crescem inicialmente em direohorizontal, mas curvam-se depois para baixo e penetram no solo.

    As folhas so simples e o fruto uma baga.A casca usada contra diarrias, disenterias, hemorridas e

    leucorrias.

    AbacateO abacateiro originrio do Mxico e aclimatado no Brasil. umarvore copada e alta, alcanando at 20 metros de altura.

    O abacate um alimento digno de mrito, pois sacia afome, nutre todo o organismo e pode auxiliar na cura de algumas

    enfermidades. Ajuda a combater os males produzidos pelo usode carne, perturbaes digestivas, constipao, flatulncias,desordens gstricas e afeces da pele. tambm um bomcosmtico: conserva a beleza da pele e do cabelo.

    As folhas e frutos do abacateiro so usados, em chs,como diurticos e para combater os gases do estmago e dointestino.

    Mastiga-se folhas secas para curar as afeces da boca eas estomatites e para fortificar as gengivas e os dentes.

    Para aliviar nevralgias e dores de cabea, aplica-secompressas quentes com o ch das folhas na cabea.

    Devido ao menor teor de gua, o abacate apresenta maiorconcentrao de nutrientes que a maioria das outras frutas.Contm, aproximadamente, quase o dobro de calorias da banana,

    quatro vezes o teor calrico da laranja e duas vezes o da manga.H vrias maneiras deliciosas de usar esse fruto

    amanteigado, tanto em pratos salgados como doces. Na Amricaespanhola no incomum us-lo juntamente com saladas.

    Misturado com alho, cheiro verde e sal, e batido, d umamanteiga que muitos apreciam passada no po, e outros comocreme para diversas preparaes salgadas.

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    AbacaxiOriginrio da Amrica tropical, o abacaxi tambm cultivadoem outros pases de clima tropical e subtropical.

    Seu alto contedo cido faz com que muitos consideremo abacaxi como indigesto, prejudicial ao estmago. Muitosutilizam-no incorretamente e reclamam de azia ou queimao, emesmo aftas associadas ingesto de abacaxi.

    Para certas pessoas, essa fruta demonstra-seinconveniente em razo de certos distrbios preexistentes, sendo,nesses casos, recomendvel evit-la.

    O estudo da composio qumica do abacaxi levou

    descoberta de uma potente enzima, a bromelina (assim chamadapelo fato de o abacaxi pertencer famlia das bromeliceas).Antigamente, usava-se o suco do abacaxi para amolecer

    carnes, e at hoje esse suco se presta ao amolecimento degelatinas. Essa propriedade deve-se exatamente bromelina,enzima capaz de desdobrar protenas em substncias maissimples.

    Sugere-se pelo menos dois efeitos medicinais atribuveis bromelina: ao favorecedora da digesto e cura de doenasrespiratrias produtivas (em que h produo de catarro). Oabacaxi tambm muito til no tratamento das afeces dagarganta, e mesmo na difteria.

    importante no misturar o abacaxi com outros alimentosna mesma refeio, e no se deve adicionar- lhe acar.

    Essa fruta tropical muito rica em potssio, fornecendotambm fsforo, clcio e magnsio, entre outros minerais, econtm diversas vitaminas.

    Alfons Balbach,As plantas curam. So Paulo, Missionria,1992 (adaptado por Elisabete Monteiro).

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    TEXTOS INSTRUCIONAIS

    RECEITAS

    Doces1. PAMONHA DO NORTE

    Ingredientes

    quilo de fub Leite grosso de um coco Acar a gosto Uma pitada de sal 1 colherinha (ch) de manteiga Erva-doce Leite, o quanto baste

    Modo de fazerPonha em uma vasilha funda o fub, o leite de coco, o sal, amanteiga e leite suficiente para formar um mingau grosso.

    Adoce ento a gosto e junte a erva-doce, depois deesfreg-la um pouco entre os dedos.

    Costure mquina uns saquinhos de algodozinho grosso,

    com uns 15 cm de comprimento por 10 cm de dimetro. Encha essessaquinhos com a massa de fub e amarre a boca de cada um, deixandoum espao entre a massa e o amarrilho. medida que os for enchendoe amarrando, deite-os num caldeiro de gua fervente, levementeadocicada.

    Quando endurecerem, a pamonha est cozida. V retirando-os ento e levando-os para uma peneira, a fim de que escorrerembem.

    Tire as pamonhas dos saquinhos enquanto quentes, mas depoisde bem escorridas. Sirva-as frias, com caf ou caf com leite.

    2. BOLINHOS DE TAPIOCA

    Ingredientes 1 pacotinho de tapioca 1 copo e um pouco mais de leite 3 ovos 1 colher (sopa) de manteiga Sal Erva-doce

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    Modo de fazerMisture o leite e a tapioca e deixe inchar durante 4 a 5 horas.Junte ento a manteiga, o sal, a erva-doce e os ovos. Faa osbolinhos e asse-os em fogo brando.

    3. BROAS DE FUB

    Ingredientes 2 colheres (sopa) de manteiga 2 colheres de gordura 2 ovos 2 xcaras de acar 3 xcaras de leite 3 xcaras de fub 1 xcara de farinha de trigo 1 colher (sopa) bem cheia de fermento

    Modo de fazerBata bem a manteiga, a gordura, o acar e as gemas. Junte oleite, o fub, a farinha de trigo peneirada, as claras batidas emneve e, por ltimo, o fermento.

    Bata a massa bem batida e leve ao forno bem quente emassadeiras untadas.

    4. COCADAS DE OVOS

    Ingredientes 1 quilo de acar 1 coco ralado 12 gemas Essncia de baunilha, ou canela em pau e cravos

    Modo de fazerFaa com o acar uma calda em ponto de fio. Retire dofogo, junte o coco ralado e as gemas, misture tudo muitobem e torne a levar ao fogo, com um pedao de canela e

    alguns cravos, se no for perfumar com a essncia debaunilha. Neste ltimo caso, s junte a baunilha quandoretirar a cocada do fogo, o que dever ser feito quando,sempre mexendo, a calda estiver bem grossa.

    Sirva, depois de fria, em compoteira ou em clices.

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    5. ARROZ-DOCE

    Ingredientes 2 xcaras de arroz 1 litro de leite Acar a gosto 1 colher (sopa) rasa de manteiga Gemas de ovo vontade Uma pitada de sal Canela em p

    Modo de fazerCozinhe o arroz em gua, com uma pitada de sal, at que fiquebem cozido e seco.

    Feito isso, mude-o para outra caarola, junte o leite etorne a levar ao fogo, para que cozinhe mais um pouco.

    Estando bem mole, junte o acar e a manteiga e deixecozinhar em fogo brando, mexendo de vez em quando para queno grude no fundo da caarola.

    Quando estiver bem grosso, retire do fogo, junte as gemasdesmanchadas parte e passadas na peneira, e torne a levar aofogo para que cozinhe mais um pouco.

    Estando bem grosso, retire do fogo e deixe esfriar umpouco. Quando estiver quase morno, despeje em tacinhas, emclices grandes, ou mesmo em pratos de doce, polvilhando com

    canela em p.Fica mais saboroso cozinhando o arroz no leite.

    Salgados1. PAOCA DE CARNE-SECA

    Ingredientes 1 pedao de carne-seca Gordura Farinha de mandioca ou de milho

    Modo de fazer

    Tome um pedao de carne-seca magra, afervente-a, corte-a empedacinhos e frite em gordura bem quente.Misture-lhe farinha de mandioca ou de milho e em

    seguida soque bem num pilo.

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    2. BATATAFRITA

    Ingredientes Batatas Gordura para fritar Sal

    Modo de fazerDescasque as batatas, lave-as, enxugue-as e corte-as conformeo gosto: em rodelas finas ou mais grossas, ou em losangos.

    Pouco antes de servir, frite-as em bastante gordura bem

    quente (tendo antes polvilhado com sal fino), em caarola funda.Quando comearem a alourar, mexa com a escumadeira,para que todas fritem por igual; depois de todas nesse ponto,retire-as da gordura com a escumadeira, levando para umapeneira, para escorrerem bem.

    3. BOLINHOS DE ARROZ

    Ingredientes 2 xcaras de arroz j feito 2 ovos 1 colher (ch) de manteiga 2 colheres (sopa) de queijo ralado

    Salsa picada Um pouco de leite

    Modo de fazerPasse o arroz na mquina de moer carne, junte os demais ingredientes,misture muito bem e frija s colheradas, em gordura bem quente.

    4. MACARRO AO ALHO E LEO

    Ingredientes quilo de macarro 2 colheres de azeite ou de leo 5 dentes de alho partidos em rodelas Rodelas de cebola Salsa picada Sal

    Modo de fazerCozinhe o macarro em gua fervente com sal, tomando cuidadopara que no amolea demais; escorra-o bem, depois de lhe terpassado um pouco de gua fria.

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    Leve ao fogo uma panela com o azeite, o alho e a cebola;refogue, tendo o cuidado de no deixar o alho e a cebola escuros;quando tiverem uma bonita cor amarela, deite-lhe o macarroescorrido, junte sal fino a gosto, e depois misture bem o macarroao azeite. Junte-lhe a salsa e sirva bem quente, numa travessa.

    Receitas extradas do livro Dona Benta Comer Bem.So Paulo, Cia. Ed. Nacional, 1987.

    JOGOS E BRINCADEIRAS

    1. QUEIMADA

    Material necessrio 1 bola Rede de tnis ou corda (para a variao) Outras bolas (para a variao)

    Nmero de participantesNo h limite mximo

    Modo de jogarO jogo acontece entre dois times com o mesmo nmero dejogadores e com a utilizao de uma bola. O campo dividido

    ao meio e so estabelecidas duas ou mais zonas de cemitrio,para onde migram os jogadores que so queimados.

    O objetivo do jogo queimar, ou seja, acertar oadversrio com a bola atravs de um arremesso, e com isso faz-lo migrar para o cemitrio. Vence a partida o time quequeimar todos os adversrios, ou o maior nmero deles.

    Apesar de terem sido queimados, os jogadores queficam no cemitrio permanecem podendo queimar osoponentes.

    Deve-se combinar que partes do corpo so quentes oufrias, ou seja, quais as partes do corpo que configuram ou noa queimada.

    Pode-se ainda combinar que, caso a criana seja atingida

    pela bola mas consiga agarr-la sem deixar cair no cho, oarremessador seja considerado queimado.

    Variaes Conforme esquema acima, organizar 2 ou 6 cemitrios. Estabelecer a permanncia de um nmero fixo de jogadores

    nos cemitrios, estabelecendo um rodzio, ou seja, a cada jogador queimado contado um ponto e ele substitui o

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    jogador que estava no cemitrio. Essa variao contribuipara manter a motivao dos jogadores que vo sendoqueimados.

    Estabelecer alvos com objetos para serem atingidos, em vezde jogadores. Esses alvos so colocados dentro de espaoscirculares desenhados no cho, dentro de cada campo de jogo.Os jogadores devem defender os alvos com todas as partes docorpo, sem invadir a rea circular em que os alvos estocolocados. Atingir um alvo corresponde a queimar umjogador adversrio e o autor do arremesso escolhe, no timeoposto, qual jogador deve migrar para o cemitrio.

    Utilizar duas bolas, simultaneamente. colocada sobre a linha central do campo uma rede de tnis,

    solicitando dos jogadores um salto combinado com oarremesso.

    Atrs de cada cemitrio colocado um gol, que deve serdefendido pelos jogadores que j foram queimados. Osatacantes podem escolher entre queimar os adversrios, outentar arremessar a bola dentro do gol.

    2. PIQUE-BANDEIRA

    Material necessrio 2 bolas

    Bolas pequenas (para a variao)

    Modo de jogarO jogo acontece entre dois times com o mesmo nmero dejogadores e com a utilizao de duas bolas. O campo divididoao meio, e so estabelecidas nas extremidades de cada um duaszonas de piques onde so colocadas as bolas para o incio decada jogada.

    O objetivo do jogo atravessar o campo do adversrio,sem ser tocado por nenhum oponente, at alcanar a zona depiques em que est a bola, dentro da qual no pode ser pego.Na posse da bola, realizar a travessia de volta ao seu campo,tambm sem ser tocado por nenhum oponente. Caso isso ocorracom sucesso, marcado um ponto para o seu time, e os jogadoresdas duas equipes se dividem nos dois campos para que sejainiciada uma nova jogada.

    Caso o jogador seja tocado por um defensor adversrio,deve permanecer duro, ou seja, fixo no local em que foi pego,at ser tocado por um jogador do seu prprio time. Se o atacante pego de posse da bola, durante a travessia de volta, devedevolv-la zona de piques e permanecer aguardando sersalvo.

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    O jogo, portanto, envolve basicamente os papis deatacante, defensor e salvador, e o educador pode estabelecercomo regra que, a cada jogada ou ponto, ocorra um rodzio dejogadores em cada uma dessas funes.

    Variaes Incluir a possibilidade de que seja feito um arremesso da zona

    de piques para um outro jogador da mesma equipe, desdeque esse se encontre no campo do adversrio. possvel,inclusive, ser considerado salvo o jogador que estiverparalisado numa posio e receber o arremesso.

    Tornar obrigatrio que a travessia do campo do adversrioseja feita quicando a bola no solo. Utilizando bolas pequenas (tipo de tnis), possvel criar

    uma variao interessante. Cada time comea a jogada deposse da bola no seu prprio campo, e tem por objetivoatravessar o campo do adversrio e colocar a bola na zonade piques. Fica tambm permitido esconder a bolinhana roupa, ou seja, dificultando para o adversrio saberquem realmente o atacante que oferece perigo, e exeraa funo de defesa sem saber quem es t de posse da bola.Nessa variao, necessrio fazer uma pausa entre umponto e outro para que as equipes possam esconder abolinha e definir sua estratgia de jogo.

    3. VASSOUROBOL

    Material necessrio 1 bola 2 vassouras 2 cadeiras

    Modo de jogarO grupo dividido em duas equipes, e os jogadores sonumerados individualmente.

    Cada equipe se posiciona na linha de fundo daextremidade do campo de jogo, um ao lado do outro, na ordem

    da numerao feita.Sobre cada linha de fundo colocada uma cadeira, queservir como gol ou meta, e sobre cada cadeira colocada umavassoura comum. Uma bola colocada no centro do campo dejogo.

    Ao sinal do educador, que enuncia um determinadonmero, os dois jogadores de cada equipe correspondentes aesse nmero pegam as vassouras e, utilizando-as como tacos de

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    hquei, tentam empurrar a bola para dentro da meta adversria.A rodada termina aps todos os jogadores terem sido

    chamados e os pontos so contados. Recomenda-se que anumerao seja feita considerando uma correspondncia com ograu de habilidade de cada criana.

    Variaes Em vez de vassouras, so utilizados os ps e os gestos do

    futebol, ou as mos e os ges tos do handebol.

    4. BOLA AO CENTROMaterial necessrio 1 ou 2 bolas

    Modo de jogarA organizao do campo e dos jogadores semelhante do jogoanterior, e utiliza-se apenas a bola no centro do campo.

    Ao sinal do educador, cada dupla correspondente aonmero enunciado corre ao centro do campo e tenta pegar abola antes do adversrio.

    O jogador que pega a bola primeiro tenta retornar suaequipe; caso consiga chegar de volta linha de fundo, marcarum ponto.

    O jogador sem a bola persegue o adversrio, tentandotoc-lo antes que este retorne ao seu campo.

    O ponto resulta do sucesso de uma dessas duas tarefas.

    Variaes So colocadas duas bolas no centro, e o campo dividido ao

    meio por uma linha desenhada no cho.Um dos jogadores pega uma das bolas e tenta retornar

    ao seu time. O outro jogador, sem ultrapassar a linha central,tenta queim-lo atravs de um arremesso com a segundabola.

    O sucesso da primeira tarefa resulta em dois pontos, e oda segunda tarefa em um ponto.

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    5. GUERRA DAS BOLAS

    Material necessrio 1 bola de plstico grande e leve Bolas de borracha em nmero equivalente metade dos

    participantes Giz Rede de voleibol 1 bola de plstico (para a variao)

    Modo de jogar

    No campo de jogo desenhado um grande crculo (o dimetrodepende do alcance de arremesso das crianas e do espaodisponvel). Esse grande crculo dividido ao meio por umalinha central.

    Cada equipe recebe um nmero de bolas correspondente metade do nmero de jogadores e ocupa uma das metades docrculo, posicionando-se fora dele.

    No centro do crculo colocada a bola de plstico,diferente das distribudas aos jogadores.

    O objetivo do jogo atingir a bola central com as demais,de forma a empurr-la em direo ao campo do adversrio,tentando fazer com que ela ultrapasse a linha, ou seja, saia docrculo.

    Para a defesa, vlido utilizar as prprias bolas de

    arremesso e as mos, sendo proibido chutar qualquer uma dasbolas do jogo.

    Para ambas as equipes, proibido entrar dentro do crculo.Cada vez que feito um ponto, as bolas dispersas no

    interior do crculo so recolhidas e divididas, a bola central colocada na sua posio original e inicia-se uma nova rodada.

    Variaes So utilizadas duas bolas centrais, em vez de uma. Para dificultar as aes, colocada uma rede de voleibol sobre

    a linha central, numa altura que permita a passagem da bolacentral.

    6. CARIMBO

    Material necessrio 1 bola

    Modo de jogarEsse jogo similar queimada, mas transcorre em um campo

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    no qual se delimita apenas onde dentro e onde fora noexistem linhas divisrias de qualquer tipo. Tambm no existemequipes, pois a participao individual: cada um por si, todoscontra todos.

    O objetivo principal do jogo atingir o maior nmeropossvel de adversrios, arremessando a bola na sua direo.Quando o adversrio atingido, ele deve agachar, e ficatemporariamente nessa posio, at que recupere a bola dealguma maneira.

    A nica restrio que existe que no valido correr deposse da bola, ou seja, o jogador que tem a bola tem de tentarqueimar os adversrios a partir da posio em que se encontra.

    S vlido correr para tentar pegar a bola, e para fugirde ser queimado. Caso acontea de sobrar apenas umjogador em p, ele ser considerado vencedo r e reiniciadauma nova rodada.

    Variaes So utilizadas duas bolas, em vez de uma. So organizadas duplas ou trios, em vez da dinmica

    individual. Essa variao enriquece o desenvolvimento dashabilidades de passar e arremessar, e os deslocamentos dosjogadores.

    Inclui-se a seguinte regra: quando um jogador consegue agarraro arremesso feito por outro, com a inteno de queim-lo,

    sem permitir que a bola caia no cho, o jogador que fez oarremesso considerado queimado e tem de agachar.

    7. BOBINHO

    Material necessrio Bola

    Modo de jogarJogo popular que pode ser praticado em qualquer espao fsicodisponvel, no dependendo de marcaes fixas no solo.

    Um grupo de jogadores (no mnimo trs) troca passes

    com as mos ou com os ps, entre si, evitando que o bobinhopossa pegar na bola. Quando este conseguir interceptar algumpasse e dominar a bola, o ltimo a toc-la assumir esse papel.

    Variaes dois bobinhos ao mesmo tempo. permitido dar no mximo dois toques antes de passar a bola

    ao companheiro (no caso de o jogo ser com os ps).

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    obrigatrio que cada jogador toque na bola uma vez comcada p.

    obrigatrio que o jogador receba o passe com a perna direitae lance com a perna esquerda, ou vice-versa.

    obrigatrio que o jogador fale em voz alta o nome do jogadora quem o passe destinado.

    obrigatrio que a bola quique uma vez no cho durante opasse (no caso de estar sendo jogado com as mos).

    8. QUEM TOCA MAIS, GANHA

    Material necessrio 1 bola

    Modo de jogarEm um campo aberto, somente com duas delimitaes laterais eduas linhas de fundo, duas equipes espalhadas aleatoriamente tmcomo objetivo trocar o maior nmero possvel de passes, sendoque estes no podem ter a interferncia de qualquer membro daequipe adversria.

    Cada toque representa um nmero na contagem, que deveser feita paralelamente aos passes, em voz alta.

    Quando um passe sofrer interferncia da equipeadversria, a contagem recomea do zero.

    Variaes determina-se um tempo para cada equipe realizar o desafio. cada equipe tem trs chances de realizar o maior nmero

    possvel de passes, e conta-se o maior deles ou a soma dostrs.

    a cada intercepo, a equipe que a fez ganha a posse da bola. realizar essa atividade com as mos. variando o tamanho e o peso das bolas . no pode deixar a bola cair no cho, o passe tem que ser areo. o passe s pode ser quicando.

    9. ALERTAMaterial necessrio Bola

    Modo de jogarNo preciso delimitar o espao para esse jogo. necessrioapenas que no existam no terreno obstculos que possam

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    representar algum perigo para os alunos.Com todos os jogadores prximos uns dos outros, um

    deles, na posse de uma bola qualquer, arremessa-a para o alto egrita o nome de algum do grupo, enquanto todos fogem o maisrapidamente possvel. Simultaneamente, o jogador cujo nomefoi anunciado, corre atrs da bola e, ao peg-la, grita: Alerta!

    Nesse momento, todos os demais tm de ficarestacionados no lugar em que estavam.

    O jogador com a bola tenta arremessar na direo de umdos demais, tentando queim-lo. Independente do sucesso ouno dessa tentativa, o jogador que foi o alvo ser o iniciante daprxima rodada.

    10. BEISEBOL DE CHUTE, OU REBATIDA

    Material necessrio 1 bola 1 taco

    Modo de jogarOs participantes so divididos em duas equipes, e no espao delimitado um quadrado com laterais medindo 8 metros decomprimento, mais ou menos.

    Em um dos vrtices do quadrado (chamado de base 1)

    ficar o rebatedor da equipe que ataca em primeiro lugar; osdemais vrtices so chamados de bases 2, 3 e 4. A outra equipese distribui pelo espao, do lado de fora do quadrado, paradefender.

    O educador se coloca no centro do quadrado, e desseponto joga uma bola na direo do rebatedor (rolando, quicandoou pelo alto, sem bater no cho).

    Um de cada vez, os jogadores da equipe atacante seposicionam na base 1 e tentam rebater a bola o mais longepossvel (chutando, com um tapa ou com um taco). Assim querebate, o atacante corre em direo primeira base, enquanto osadversrios vo buscar a bola, e tentar queimar o rebatedordurante a sua corrida para a base. Dessa forma, as basesfuncionam como piques para os rebatedores.

    O rebatedor pode tentar chegar at a primeira base e, sejulgar possvel, prosseguir at as seguintes. Se considerar-seameaado pela proximidade da bola, ele estaciona em uma basee aguarda o rebatedor seguinte para tentar mais um trecho decorrida. Cada lateral do quadrado que for percorrida conta umponto para a equipe do rebatedor, que pode portanto fazer ummximo de 4 pontos por rodada.

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    Caso ele seja queimado entre uma base e outra, ele da vez para o rebatedor seguinte, sendo no entanto contados ospontos das bases anteriores que foram percorridas . Em resumo,atacar significa rebater e correr, e defender significa interceptara bola rebatida e, com ela, a corrida do rebatedor.

    Quando todos os jogadores de uma equipe tiverem feitoa rebatida e a corrida, somam-se os pontos da equipe, e as equipestrocam o papel de ataque e defesa.

    11. CMBIO

    Material necessrio 1 bola Rede de vlei ou corda

    Modo de jogarEsse jogo uma simplificao do voleibol. O espao, a alturada rede e o nmero de participantes so es tabelecidos conformea convenincia do momento, e o sistema de contagem de pontospermanece o mesmo do jogo oficial. Mas em vez da utilizaodo toque e da manchete, os jogadores podem agarrar a bola quevem do campo adversrio, trocar passes entre si e arremess-lade volta com uma das mos ou com as duas.

    Com o objetivo de favorecer a participao dos jogadores,

    pode-se combinar um determinado nmero mnimo de passesentre uma equipe, antes da bola ser arremessada ao campo doadversrio.

    12. TACO OU BTIS

    Material necessrio 1 bola pequena 2 tacos de madeira 2 casinhas (feitas com varetas de madeira, ou outra coisa

    que sirva de alvo)

    Modo de jogarQuatro jogadores, em duplas, alternam os papis de ataque edefesa. So utilizados dois tacos de madeira, uma bolinha deborracha e duas casinhas construdas com trs varetas demadeira apoiadas entre si, num formato de pirmide.

    O campo de jogo delimitado com a demarcao de doiscrculos no cho (selas), de aproximadamente 1 metro dedimetro, onde sero colocadas as casinhas, ou outro alvo similar(latas, garrafas plsticas).

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    A distncia entre as selas varia conforme o espaodisponvel e com a fora e preciso de arremesso dos jogadores;em geral no ultrapassa uns 10 ou 15 metros.

    Realiza-se um sorteio inicial para determinar que duplafica de posse da bolinha e que dupla fica de posse dos tacos.

    A dupla que comea com a bola posiciona cada um dosjogadores atrs de uma das selas; dessa posio, arremessa abola na direo da casinha oposta, tentando derrub-la.

    A dupla que fica de posse dos tacos posiciona-se na frentedas selas, com a ponta do taco encostada no cho, sem pisardentro do crculo, com dois objetivos bsicos: evitar que suacasinha seja derrubada e rebater a bola o mais longe possvel.Quando isso ocorre, enquanto a dupla de defesa vai recuper-la, os jogadores de ataque correm um em direo ao outro,cruzando os tacos no alto e retornando s selas. Cadabatida entre os tacos vale um ponto.

    A dupla de defesa pode ganhar a posse dos tacos e passara atacar caso:

    consiga derrubar uma casinha com um arremesso. consiga atingir um jogador de ataque com a bolinha, enquanto

    ele estiver com o taco fora da sela, seja durante a corridaou durante a prpria tentativa de rebater.

    ocorra o trs pra trs, que consiste em trs tentativas derebater em que a bolinha toca no taco mas vai para trs, eno para frente.

    13. DOIS TOQUES (futebol)

    Material necessrio 1 bola

    Modo de jogarOrganizao e regras do futebol convencional, com restrioapenas ao nmero de dois toques na bola permitido a cadajogador, podendo ser ampliada gradativamente. Quando algumd mais toques que o permitido, falta a ser cobrada peloadversrio.

    14. ATAQUE E DEFESA (futebol)

    Material necessrio 1 bola

    O campo de jogo dividido ao meio, e as equipes tambm. Osjogadores da defesa no podem ultrapassar a linha de meio campo,

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    e os jogadores de ataque no podem recuar para seu prprio campode defesa.

    No caso de algum desrespeitar a regra, falta a sercobrada pelo adversrio no ponto em que o meio de campofoi ul t rapassado indevidamente. As demais regraspermanecem sendo as oficiais.

    Variaes um goleiro, cinco jogadores na defesa e cinco jogadores no

    ataque. um goleiro, sete jogadores na defesa e apenas trs no ataque.

    um goleiro, trs jogadores na defesa, e sete no ataque.Sugere-se que as trs variaes sejam utilizadas em umamesma aula, e que se faa um revezamento dentro dosprprios times, para que todos tenham a oportunidade dejogar no gol, na defesa e no ataque.

    15. CONTROLE (futebol)

    Material necessrio 1 bola

    Modo de jogarJogo realizado em pequenos grupos, de at seis jogadores. Um dessesjogadores ser o goleiro; a meta que ele ir defender deve estar bemdelimitada, pois o acerto e o erro nesse jogo depende disso.

    O goleiro tem a seu favor uma rea prxima sua meta,tambm previamente combinada, que no pode ser utilizadapelos jogadores atacantes para chutar a bola em direo ao gol,valendo apenas cabece-la.

    Os demais jogadores devem trocar passes entre si,evitando que a bola toque o solo entre um jogador e outro, ouseja, controlando a bola no ar. Os atacantes tentam fazer ogol, chutando ou cabeceando a bola de primeira, emendandouma bola recebida pelo alto, ou depois de domin-la sem deixarcair no cho.

    Caso o arremate seja feito para fora da meta, o jogador

    responsvel perde um ponto, e a cada trs pontos perdidos eleassume a posio do goleiro, que passa a jogar como atacante.

    Caso o gol acontea, o goleiro perde um ponto e acada trs pontos perdidos os pontos negativos dos atacantesso zerados.

    O interesse do goleiro, portanto, defender a sua metada maneira mais eficiente possvel, para forar o erro dosatacantes e poder assumir o seu lugar.

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    16. REBATIDA E DRIBLE (futebol)

    Material necessrio 1 bola

    Modo de jogarEsse jogo realizado com quatro jogadores, em duas duplas.

    Uma das duplas defende o gol (caso a meta seja de futsal,um dos jogadores fica como goleiro e o outro se coloca ao ladoda trave; caso a meta seja de futebol de campo, os dois jogadoresassumem a posio de goleiros). A outra dupla, realiza acobrana de pnaltis, de uma distncia combinadapreviamente.

    Quando ocorrer que o(s) goleiro(s) rebata(m) a bola, surgea possibilidade de uma disputa rpida com dribles e passes entreas duplas de ataque e defesa, que pode ou no resultar em gol.

    Cada jogador realiza trs cobranas, podendo portanto adupla de ataque conseguir totalizar um mximo de seis gols.

    Em seguida, invertem-se os papis e a dupla que defendeuvai fazer as cobranas, comparando-se os resultados no final.

    17. CINCO CORTA (vlei )

    Material necessrio

    1 bola

    Modo de jogarJogo realizado em pequenos grupos de mais ou menos dezjogadores, utilizando os gestos fundamentais do vlei.

    Os jogadores formam um crculo no espao disponvel etrocam a bola entre si, utilizando o toque e a manchete.

    No quinto toque, o jogador tenta atingir um dos demaisutilizando uma cortada.

    Se o jogador que foi alvo da cortada for atingido, eleagacha no centro do crculo de jogadores. Caso ele consigadesviar-se, ou agarrar a bola sem deix-la cair no cho, o jogadorque efetuou a cortada vai para o centro.

    medida que o jogo vai transcorrendo, alguns jogadoresvo se juntando no centro do crculo, e esse grupo de jogadorestambm pode ser alvo das cortadas dos demais.

    Quando algum do centro consegue agarrar a bola que foicortada na sua direo, ele troca de lugar com o jogador que efetuoua cortada.

    Caso s reste um jogador em p, ele declarado vencedore se inicia uma nova rodada.

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    18. VINTE E UM (vlei)

    Material necessrio 1 bola

    Modo de jogarA organizao desse jogo semelhante docmbio. A variaoocorre na forma de pontuao.

    O campo de jogo de cada equipe dividido em quatro partesiguais e cada quadrado desses numerado de 1 a 4. Quando a bolaarremessada toca o solo, o ponto realizado corresponde numerao

    de cada quadrado. medida que o jogo vai transcorrendo, os pontos vosendo somados com o objetivo de somar 21, no podendo noentanto, ultrapassar esse total. Caso isso acontea, a equipeestoura a contagem, e recomea de 11 pontos.

    Portanto, quando cada uma das equipes vai seaproximando dos 21 pontos, deve direcionar a bola para osquadrados demarcados no campo do adversrio que permitamque a soma de pontos seja exatamente 21.

    No lado da outra equipe, justamente nesses quadradosque devem ser concentrados os esforos da defesa.

    possvel, ainda, utilizar os gestos fundamentais do vlei,em vez de apenas arremessos, utilizando a mesma organizaode regras e contagem de pontos.

    19. CABRA-CEGA

    Material necessrio 1 venda para os olhos

    Modo de jogarEsse jogo constitui timo recurso para atividades em dias de chuva,pois pode ser realizado dentro da sala de aula, ou em espaos maisrestritos.

    Um pegador tem seus olhos vendados por um leno ousimilar; depois de girar o corpo em torno de si mesmo algumasvezes, tenta pegar os demais ut ilizando os sentidos do tato e daaudio.

    Aos demais, cabe apenas tentar fugir e tentar confundir opegador, sendo proibido, no entanto, toc-lo.

    Quando algum pego, tem seus olhos vendados e assumeo papel de pegador.

    O interessante da atividade a utilizao de sentidos quenormalmente so menos utilizados no cotidiano.

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    20. COELHINHO SAI DA TOCA

    Material necessrio Arcos, ou giz para desenhar no cho

    Modo de jogarDentro de um espao determinado previamente, as crianas sedistribuem em tocas configuradas por bambols, ou porcrculos desenhados com giz no cho.

    Normalmente, se faz uma toca a menos do que o totalde participantes, ficando um deles sem toca.

    O educador diz o mote da brincadeira: Coelhinho, saida toca, um, dois, trs!. As crianas devem abandonar a suaposio original e procurar uma outra toca, correndo o risco deficar sem nenhuma.

    Esse jogo favorece os deslocamentos e a percepo doespao. Pode-se variar as formas de deslocamento, saltando numdos ps, engatinhando, ou quicando uma bola. possvel ainda,quando o desempenho corporal j for mais eficiente, propor queas tocas sejam ocupadas por duplas e trios.

    21. PEGA-PEGACORRENTE

    Material necessrio

    Espao livre para correr

    Modo de jogarDeve-se delimitar o espao no qual a brincadeira vai ocorrer,antes de o jogo comear. A organizao da brincadeira caminhade uma atuao individual para uma atuao coletiva.

    Escolhe-se um pegador, e os demais se espalham peloespao de jogo. Quando algum for pego, d a mo para opegador e passa a atuar em dupla com ele. Em seguida em trio,quarteto, e assim sucessivamente, formando uma corrente, atque reste apenas um fugitivo, que ser declarado vencedor.

    22. ME DA RUA

    Material necessrio Giz, para demarcar o espao

    Modo de jogarO espao de jogo dividido como se fosse uma rua, ou seja,duas caladas em paralelo, divididas por um espao centralcorrespondente rua.

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    O jogo disputado individualmente. Escolhe-se umpegador e as demais crianas se posicionam nas caladas.

    O jogo consiste em atravessar a rua de uma calada paraa outra, sem ser tocado pelo pegador; caso isso acontea, ospapis se invertem: o pegador vira fugitivo e o atravessadorque foi pego vira pegador.

    Uma variao possvel manter como pegadores todasas crianas que forem sendo pegas, at que reste apenas umatravessador, que ser declarado vencedor daquela rodada.

    Pode-se, ainda, variar a forma de fazer a travessia,saltando numa perna s, ou em duplas de mos dadas. Ou ainda,cada criana quicando uma bola; neste caso, ao ser pega, eladeve dar a sua bola ao pegador que passa a fugir.

    23. NUNCA TRS

    Modo de jogarOs jogadores se distribuem aleatoriamente pelo espaodeterminado para o jogo, organizados em duplas de braos dados.So designados um pegador e um fugitivo.

    Quando o fugitivo se cansa, procura o piques emalguma das duplas espalhadas pelo espao e entrelaa os braoscom um dos componentes da dupla. O componente da dupla dolado oposto se solta o mais rapidamente possvel e passa a ser o

    fugitivo.A variao possvel para essa atividade inverter o papeldesse componente, de fugitivo para pegador.

    24. FUGI FUGI

    Material necessrio Espao livre para correr

    Modo de jogarEm um espao similar a uma quadra, todos os jogadores, menosum que ser o pegador, se posicionam atrs de uma das linhasde fundo, voltados em direo ao campo de jogo.

    O pegador se posiciona atrs da linha de fundo oposta,tambm voltado na direo do centro do campo. O pegador iniciacada rodada dizendo: L vou eu!. E corre na direo dosdemais jogadores, tentando toc-los.

    Depois de responderem: Fugi, fugi!, os jogadorescorrem tentando chegar linha de fundo oposta sem seremtocados. Caso isso acontea, se transformam em pegadores fixos,ou seja, a cada nova corrida podem tentar pegar os demais, sem,

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    no entanto, sair da mesma posio em que foram pegos.Ao final, o ltimo fugitivo que restar declarado

    vencedor, e inicia-se uma nova rodada.

    Jogos extrados de Cadernos da TV Escola EducaoFsica, de Marcelo Barros da Silva e Cludia R. Aratangy.

    Jogos de cartas para crianas

    1. BUM!Bum! um jogo direto e pode agradar a crianas muito jovens.

    Jogadores: Duas ou mais pessoas.

    Cartas: Um baralho comum.

    Objetivo: Ser o primeiro a se livrar de todas as cartas.

    Distribuio: Todos tiram uma carta. Quem ficar com a maior,far a distribuio das cartas (o s a carta maior), em sentidohorrio, uma a uma, fechadas, at que todos tenham sete. Orestante do baralho, que chamaremos de mao de compras, colocado no centro da mesa.

    Jogo: Cada jogador olha suas cartas, separando-as na mo.Digamos que o jogo esteja sendo disputado por Pedro, Lcia,

    Solange e Paulo.Paulo distribui as cartas e Pedro, sua esquerda, inicia o jogoescolhendo uma carta de sua mo e colocando-a, aberta, nocentro da mesa.

    Lcia, a jogadora seguinte, precisa jogar uma carta queseja do mesmo naipe, ou do mesmo valor, da carta jogada porPedro. Suponhamos que Pedro tenha jogado um valete deouros: Lcia ento precisa jogar uma carta de ouros, ou outrovalete. Ela decide jogar um valete de paus. Solange, que est sua esquerda, precisa jogar uma carta de paus, ou outrovalete.

    Se um jogador no puder acompanhar o naipe ou ovalor, retira uma carta do mao de compras; vai retirando,

    uma a uma, at poder acompanhar a carta da pilha aberta. Setodas as cartas forem retiradas, e nenhuma servir, o jogadordiz: Passo, e passa a vez ao jogador seguinte.

    Quando todos tiverem jogado ou passado, as cartas socomparadas, para verificar qual a maior; quem a jogou sero primeiro a recomear.

    Pedro jogou um valete, Lcia outro valete, Solange passoue Paulo jogou um s. Portanto, Paulo ir comear, pois sua carta a mais alta.

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    Se dois ou mais jogadores empatarem na carta maisalta, aquele que jogou primeiro recomea o jogo.

    Fim: O vencedor ser o primeiro a se livrar de todas as cartas ea gritar: Bum!.

    2. ANOTE O BUM!

    Esse jogo uma variante do Bum!, tornado mais interessantepela introduo de um sistema de anotaes.

    jogado da mesma maneira, mas so jogadas diversasrodadas e os pontos vo sendo marcados , para a exploso.

    Quando um jogador explodir, marcar pontos para todasas cartas no jogadas ainda nas mos dos adversrios.Os pontos so marcados da seguinte forma: 10 pontos para cada rei, dama ou valete; 1 ponto para cada s; para qualquer outra carta, seu valor numrico.

    O jogo est sendo disputado entre trs jogadores: Marcelo, Anae Lcia.

    Marcelo termina suas cartas e diz Bum!. Ana tem namo um rei, um 8 e um 3: 10 + 8 + 3 = 21; Lcia tem um s, um10, um valete e um 2: 1 + 10 + 10 + 2 = 23. Portanto, somandoas cartas de Ana e Lcia, sero anotados 44 pontos em favor de

    Marcelo.Nas rodadas seguintes, os pontos tambm so contados emarcados e o primeiro a marcar um determinado nmero depontos, por exemplo 250, ser o vencedor.

    3. ABATALHA

    Jogadores: Duas pessoas

    Cartas:Um baralho comum completo.

    Objetivo: Cada jogador dever procurar ganhar todas as cartas.

    Distribuio: Um dos participantes distribui todas as cartas.Cada um pe suas cartas bem empilhadas, fechadas sua

    frente. proibido olhar as cartas.Jogo: Vamos supor que Helena e Maria estejam jogando. Cada

    uma abre uma carta de cima da sua pilha e coloca-a sobre a mesa(no faz diferena se uma abrir a carta antes da outra). A queabrir a carta mais alta pega as duas cartas, mesmo que sejam denaipes diferentes, e as coloca, fechadas, embaixo de sua pilha.

    As duas repetem a jogada com a carta de cima da pilha,e a que tiver a carta mais alta fica com as duas.

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    As jogadas se repetem assim, sucessivamente, atterminarem as duas pilhas.

    Se as cartas forem iguais, est declarada a guerra.As cartas so deixadas na mesa, e Helena e Maria jogam

    mais uma carta, desta vez fechada, sobrepondo-a carta queficou na mesa, mas sem cobri-la totalmente; jogam mais umacarta, aberta, sobrepondo-a segunda.

    Quem tirar a carta mais alta entre as duas ltimas ficacom as seis cartas. Se as duas ltimas cartas forem iguais, aBatalha entra na segunda fase, e cada participante joga maisuma carta fechada e outra aberta; quem tirar a carta mais altaficar com as dez cartas.

    Fim: O vencedor do jogo ser:1. o primeiro a ganhar todas as cartas; ou:2. o jogador que tiver maior nmero de cartas a uma

    determinada hora fixada para terminar o jogo.

    4. JOGUE OU PAGUE

    Jogadores: Trs ou mais pessoas.

    Cartas: Um baralho comum.

    Fichas: Cada jogador comea com vinte fichas (feijes ou palitosde fsforo servem tambm).

    Objetivo: Ser o primeiro a se livrar de todas as cartas.Distribuio: Um jogador escolhido para a distribuio de

    todas as cartas, em sentido horrio, uma a uma, fechadas. Noimporta que algum jogador tenha uma carta a mais que osoutros.

    Jogo: Digamos que o jogo esteja sendo disputado por Joo,Paulo, Ana e Lcia.

    Lcia distribui as cartas e Joo, sua esquerda, inicia ojogo: escolhe uma de suas cartas e a coloca aberta, no centro damesa.

    Paulo, sua esquerda, olha as suas cartas para ver setem a prxima carta, na seqncia.

    Uma carta est em seqncia se pertencer ao mesmo

    naipe que a ltima carta jogada e seguir a ordem: s, 2, 3, 4,5, 6, 7, 8, 9, 10, Valete, Dama e Rei. Se a ltima carta for umrei, a carta seguinte da seqncia ser o s do mesmo naipe.Isto chamado de seqncia circular.

    Suponhamos que Joo iniciou, jogando uma dama depaus. Se Paulo tiver o rei de paus poder jog-lo; casocontrrio, ter de colocar uma ficha no centro da mesa.

    Ana, a jogadora seguinte, tem o rei de paus e o coloca

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    trocar as cartas, ele no o faz: bate na mesa para mostrar queest satisfeito. Todos os outros jogadores tero de trocar ascartas mais uma vez, ou se algum outro jogador tambm estiversatisfeito, deve bater na mesa e a vez passa a ser do seguinte,at que o jogo volte quele que bateu primeiro.

    Cada jogador mostrar ento suas cartas e ganha quemtiver o melhor jogo.

    Como no exemplo acima, um jogador no precisaesperar at ter 31 pontos, ou trs cartas iguais, antes de bater.s vezes melhor ficar satisfeito com cartas razoveis (quesomem 29 ou 30, por exemplo), para impedir que os outrosconsigam melhorar muito suas mos com as trocas de cartas.

    Pode-se adotar um marcador que mostre o nmero derodadas que cada jogador venceu e pode-se jogar com fichas.

    Jogos extrados do livro50 Jogos com cartas para crianas , Copag.

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    BIOGRAFIAS

    TALO CALVINO

    Em 1954, um editor italiano encomendou a um jovem escritorde prestgio a tarefa de escrever e transcrever contospopulares. Ele pretendia publicar uma antologia que reunissefbulas italianas, que pudesse ser comparvel s coletneasfrancesas e alems: os clssicos de Perrault e dos Irmos

    Grimm. O autor convidado foi talo Calvino.As Fbulas Italianas, realmente, se tornaram um clssicoitaliano, mais moderno que Perrault e Grimm, escritas por umautor que conhecia psicanlise, sociologia, lingstica, masigualmente popular (Lorenzo Mammi).

    talo Calvino (1923-1985), nasceu em Santiago de LasVegas, em Cuba, indo para a Itlia logo aps o nascimento.Participou da resistncia ao fascismo durante a guerra e foimembro do Partido Comunista at 1956.

    Publicou sua primeira obra,Il Sentiero dei De Ragno ,em 1947.

    Outras obras suas:As cidades invisveis ; O castelo dosdestinos cruzados; O baro nas rvores; As cosmicmicas. E aobra pstuma: Seis propostas para o prximo milnio.

    GONALVES DIAS

    A cidade de Caxias, no Maranho, foi bero do grande poetaAntnio Gonalves Dias (1823-1864). O pai era portugus e ame cafuza, isto , mestia de ndio com negro: tinha o poeta,no sangue a herana de trs povos. Manifestou em seus versos ainfluncia desse cruzamento, demonstrando atrao irresistvelpelo selvagem brasileiro.

    O maior poeta lrico brasileiro. Na literatura nacional,representa Gonalves Dias o mesmo papel que Alencar noromance: o canto dos Timbiras e o romancista do Iracema tm aface comum do indianismo. Foi ainda um dos chefes do

    movimento que libertou as nossas letras do velho classicismoportugus.

    Obras:Marab ;Me dgua ;Leito de folhas verdes ;Gigante de pedra ;Juca-Pirama ; Timbiras; Sextilhas de freiAnto; Primeiros contos; Segundos contos ;Dicionrio dalngua tupi.

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    MANUEL BANDEIRA

    Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu em Recife,Pernambuco, em 1886. Ingressou na Faculdade Politcnica, masabandonou os estudos por ter adoecido. Dedicou-se s letras, aojornalismo e ao magistrio. Ocupou a 24a cadeira da AcademiaBrasileira de Letras. Foi professor de Literatura Hispano-Americana da Faculdade Nacional de Filosofia. Poeta queprocurou colocar em poesia a beleza do cotidiano.

    Algumas de suas obras: A cinza das horas (1917):Carnaval (1919);Ritmo dissoluto (1924);Libertinagem (1930);Estrela da manh (1936);Mafu do Malungo (1948); Opus 10

    (1952);Itinerrio de Passrgada (1954);Flauta de papel (1956).

    VINCIUS DE MORAES

    Aos 19 de outubro de 1913, nascia Marcus Vincius da Cruz deMello Moraes, no Rio de Janeiro, de famlia originria dePernambuco e Bahia. Infncia comum a todas as crianas quese criam junto ao mar: sol, gua salgada, futebol de praia. Anosdepois, o jovem advogado Vincius de Moraes descobre que notinha a vocao para as cincias jurdicas: prefere a literatura, amsica e a diplomacia.

    De certo modo, Vincius sua obra, sua vida, suapersonalidade pode ser encarado como uma espcie de

    smbolo de uma profunda mudana nos valores literrios eartsticos. Na verdade, poucos como ele souberam traduzirto bem os anseios e as aspiraes de uma variada, modernae universal experincia amorosa; poucos souberam captarto convincentemente os excessos e a generosidade dosentimento comum, para se tornar o intrprete fiel de umaalma coletiva.

    CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

    Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902, em Itabira. Ainfncia passada na cidade mineira marcou para sempre o escritorque em vrios de seus textos se refere a esse perodo de vida.Ao entrar, em 1920, para a Faculdade de Odontologia e Farmciade Belo Horizonte, Drummond j inicia sua atividade literria ejornalstica, mantendo contato com o grupo modernista de SoPaulo, tendncia que ajuda a divulgar em Minas.

    Anos mais tarde, ingressa noDirio de Minas. Mas como funcionrio pblico que trabalhar por toda a sua vida,

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    at se aposentar em 1962. Conciliou o servio pblico com aproduo de sua vasta obra literria, dividida em poesia e prosa.Considerado a maior expresso potica da literatura brasileiradeste sculo, Drummond morreu em 1987.

    Ao completar 80 anos, afirmou: Eu nunca tive pretensesa nada na vida, nunca pretendi ser rico ou poderoso e nem mesmofeliz. Na medida do possvel, acho que vivi uma vida tranqila.Posso ter errado muitas vezes, mas valeu a pena. Foi bom.

    Inegavelmente, Carlos Drummond de Andrade foi um dosnossos poetas maiores. Sua obra marcada pela sensibilidade epela viso crtica que ele teve do mundo, mas ele no foi apenas

    um grande poeta. Como cronista e contista, fez parte do melhortime de escritores brasileiros.

    Entre seus livros de poesia podemos citar:Sentimento domundo;A rosa do povo ; Claro enigma;A vida passada a limpo ;Bom tempo ;A paixo perdida ; Corpo;Amor natural etc.

    Crnicas e contos: Confisses de Minas ; Contos deaprendiz;A bolsa e a vida ; Cadeira de balano ;Boca deluaretc.

    MRIO QUINTANA

    Mrio de Miranda Quintana nasceu em Alegrete, no Rio Grande

    do Sul, em 30 de julho de 1906. Estudou no Colgio Militarde Porto Alegre. Ingressou na vida literria escrevendo sonetos.Conquistou o prmio Fernando Chinaglia de 1966, com apublicao daAntologia potica.

    Na constelao da poesia modernista brasileira, brilhaMrio Quintana como astro de primeira grandeza. Ele umenfeitiado das palavras, de seu poder sugestivo saem asonomatopias, as aliteraes, os jogos de sonoridade e at asugesto grfica.

    Na dcada de 70 cresce em popularidade, vrias vezeshomenageado por rgos oficiais e particulares. Seus livrosesgotam-se em tiragens sucessivas.

    O povo se identifica com os seus quintanares, pelo tomcoloquial, pela sonoridade dos versos, pelas imagens plsticas epela sua extrema sensibilidade para com as coisas humanas.

    Obras:A rua dos Cataventos (1940); Canes (1946);Sapato florido (1948); Espelho mgico (1951); O aprendizde feiticeiro (1950); Poesias (1962); Antologia potica(1966); P de pilo (poemas infantis,com excelente acolhidapelas crianas).

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