Medicação ev 2015 ligia

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DISCIPLINA METODOLOGIA DO CUIDADO V MEDICAÇÃO ENDOVENOSA PROFª: Ligia Vieira Tenório Sales Março 2015

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DISCIPLINA METODOLOGIA DO

CUIDADO VMEDICAÇÃO

ENDOVENOSAPROFª: Ligia Vieira Tenório Sales

Março 2015

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Medicação Endovenosa É a aplicação de medicamento no interior

de uma veia.

Indicação: Obtenção de concentração sanguínea elevada de determinado medicamento, efeito imediato ou quando o medicamento é irritante por outra via.

Vantagem: possibilidade de infundir grande quantidade de líquido.

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Punção VenosaA punção venosa periférica representa um procedimento invasivo de alta ocorrência no cotidiano dos profissionais de enfermagem.

É um conjunto de ações que visam à administração de fluídos de forma contínua, coleta de sangue, administração de medicamento ou manutenção de uma via de acesso venosa, através da introdução de um cateter em um vaso sanguíneo venoso periférico.

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Medicação EndovenosaObs.: Deve-se evitar - infundir muito rápida a medicação - as oleosas

Risco de causar embolia

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LOCAIS PARA PUNÇÃO VENOSA Fossa anticubital: Em frente a articulação

do cotovelo Vantagens: Veia calibrosa Facilita a coleta de sangue Desvantagens: Dificuldade de imobilizar a área do cotovelo Veia pode apresentar esclerosada se for

usada com frequência para coleta de sangue

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A primeira escolha para a punção venosa é a fossa cubital por apresentar veias periféricas de maior calibre e melhor visualização, bem utilizada em coleta de exames ou punções de emergências, já não tão bem aproveitadas para a manutenção de acessos periféricos a pacientes com necessidade de longa permanência do acesso, sendo assim devemos nos atentar e conhecer novos e melhores locais de punção seguindo a anatomia circulatória.

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Medicação EndovenosaOutros locais indicados para punção

endovenosa

Região das mãos e dedos: Veias digitais Veias metacarpianas

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Digitais: Ao longo das faces laterais e dorsais dos dedos

Vantagens: Podem ser usadas para terapia em curta duração Podem ser usadas quando outras vias não estão

disponíveis Desvantagens: Exigem imobilização dos dedos Incômodo para o paciente Grande risco de infiltração Não usadas se as veias das mãos já estiverem

sendo usadas

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Metacarpianas: Sobre o dorso das mãos Vantagens: Acesso fácil Ficam apoiadas sobre o dorso da mão Deslocamento do acesso mais difícil Desvantagens: Provável inserção dolorosa Movimentos da articulação Movimentos da articulação do pulso

diminuídos

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Região dos membros superiores: Veia cefálica acessória Veia cefálica Veia mediana (intermediária) do

antebraço Veia basílica Fossa anticubital

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Cefálica acessória: Corre ao longo do rádio como prolongamento das veias metacarpianas do polegar

Vantagens: Veia calibrosa Aceita agulhas de maior calibre Não prejudica a mobilidade Desvantagens: Desconforto durante os movimentos

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Cefálica: Percorre a face radial do antebraço e do braço

Vantagens: Veia calibrosa Aceita agulhas de maior calibre Não prejudica a mobilidade Desvantagens: Diminuição do movimento articular A fixação da veia pode ser difícil

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Mediana do antebraço: Surge da palma das mãos e percorre a face ventral do antebraço

Vantagens: Fixa bem agulha do tipo borboleta Desvantagens: Possível lesão por infiltração dolorosa

devido a grande quantidade de terminações nervosas

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Basílica: Percorre a face cubital do antebraço e braço

Vantagens: Aceita agulhas de grosso calibre

Veia reta e resistente Desvantagens: Posição incômoda do paciente durante a

inserção Inserção dolorosa – terminações nervosas Fixação é mais difícil

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Locais mais indicados para punção endovenosa em bebês

Os melhores locais são: Mãos Pés Fossa anticubital Dorso da mão Em especial: couro cabeludo – temporais

superficiais acima da orelha e a metópica (centro da testa)

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Região dos membros inferiores (veias de última escolha): Veia safena magna

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Medicação Endovenosa Orientações gerais para preparo e

administração de medicamentos: Conferir medicamento antes de

administrá-lo (nome, dose, via de administração)

Abrir apenas um frasco de cada vez Agitar suspensão para homogeinizá-la Nunca utilizar medicamento sem rótulo Nunca administrar medicamento com

aspecto diferente do habitual

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Medicação Endovenosa Não associar medicação sem orientação Desprezar material utilizado em local

apropriado Utilizar sempre a regra dos 5 certos:

Medicamento certo; via certa; dose certa; hora certa e paciente certo

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Medicação Endovenosa Horários mais utilizados para

administração de medicamentos:

6/6h: 6 -12- 18 -24h 8/8h: 6 – 14 – 24h 12/12h: 8 – 20h Diuréticos: recomenda-se administrar

sempre às 10h da manhã

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ATENÇÃOEVITE OS MMII:

NOS MMII HÁ O RISCO DE ESTAGNAÇÃO DO MEDICAMENTO QUE PODERIA PROVOCAR FORMAÇÃO DE

COÁGULOS, CAUSANDO TROMBOS OU FLEBITES. É TOTALMENTE CONTRA-INDICADA PARA PACIENTES COM

LESÕES NEUROLÓGICAS

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GarroteA finalidade de aplicar o garrote é dilatar aVeia.Outras técnicas também ajudam aevidenciar as veias como: colocar o membropendendo por alguns segundos, friccionar apele na direção do torniquete, pedir aopaciente para abrir e fechar a mão e aplicarcalor local (SN).Ao aplicar o garrote verifique o pulso distal, senão estiver presente, alivie o garrote ereaplique-o com menor tensão para impedir aoclusão arterial.O garrote deve ser aplicado com cuidadoevitando-se as áreas onde já foram realizadaspunções recentes, pois poderá constituir fatorde risco para o trauma vascular e formação dehematomas.

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Coloque o garrote cerca de 15 a 20 cm do local a ser

puncionado

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DISPOSITIVO PARA INFUSÃO

Dispositivo tipo "butterfly" ou "borboleta", agulhado, mais utilizado para infusões venosas que deverão permanecer por menor tempo, pois, com este tipo de dispositivo a agulha permanece dentro da veia e por ser rígida, caso o paciente movimente o local da inserção, pode lesionar a veia, causando infiltração com edema, o que leva a necessidade da realização de outra punção em outro lugar, pois "perde-se a veia".

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O número dependerá do calibre do acesso venoso que será puncionado. Temos no mercado os números: Mais calibroso 19 e menos calibroso 27

19, 21, 23, 25 e 27.

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Faça a fixação do escalp, com esparadrapo convencional ou transparente já previamente cortado.Anote no último esparadrapo o seguinte:

Nome:Data:Hora:Validade:

Validade: A CCIH, preconiza tempo para a mudança do acesso venoso, sendo a maioria 72 h, porém com avaliação do enfermeiro quanto: dor, ardência, hematomas, infiltração, equimose, calor. Qualquer alteração, anotar no prontuário e mudar o local.

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DISPOSITIVO DE CATÉTER SOBRE AGULHA

Tem um número de acordo com o biótipodo paciente. Os jelcos são dispositivosflexíveis onde à agulha é envolvida por ummandril flexível. Após a punção, a agulha éretirada ficando na luz da veia apenas omandril.

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Adaptador do cateter

Área de escape

Cateter

Agulha

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Jelco

São numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24(menor e mais fino):Chamado de jelco. O número do jelco a utilizar dependerá do calibre da veia ou dependendo se o objetivo for a entrada de grande volume de líquido em um tempo menor. N° 24 ( menor calibre)Ou 22, 20, 18, 16 e 14 ( maior calibre).

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Cálculos e Administração de Medicamentos em ampolas

A medicação pode se apresentar na forma de ampola, frasco-ampola ou de pó.

Exemplo:Prescrição médica de amicacina 100 mg EV 12/12h.

Atenção: disponível na farmácia ampola contendo 500 mg/2ml

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Cálculos e Administração de Medicamentos em ampolas

Penicilina cristalina: difere dos demais antibióticos na forma (pó liofilizado) e na apresentação em unidades.

Frasco-ampola contendo 5.000.000.UI (faz aumentar 2 ml) – diluir em 8 ml

Exemplo: Prescrito 2.000.000UI de penicilina cristalina EV 4/4h

Infundir em no mínimo 30 minutos rediluído.

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Cálculos e Administração de Medicamentos em ampolas

Heparina – Também se apresenta na forma de unidades e vem diluída

Frasco-ampola contém 5000 UI/ml

Exemplo: Prescrição de heparina 2000 UI SC 12/12h.

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Cálculos em Porcentagem Muitos medicamentos vêm na forma de

porcentagem devido a forma de manipulação das indústrias farmacêuticas.

Exemplo: Glicose 50% O que significa? Cada 100 ml da solução

existem 50 gramas de glicose Quantas gramas de glicose há em uma

ampola de 10 ml a 50%?

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Cálculo para Gotejamento de Soro

A velocidade de infusão da solução prescrita vai depender do tempo e do volume a ser infundido.

Fórmulas:nº gotas= Volume 3 xTempo (em hora)Nº gotas = Volume x 20 Tempo (em minuto) Nº microgotas = Volume Tempo 1 ml / hora = 1 microgotas / minuto 1 ml = 20 gotas = 60 microgotas

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Equipos Disponíveis Equipo de gotas Equipo de microgotas Equipo de bomba de infusão (BI)

Bomba de Infusão: É um equipamento eletrônico utilizado na infusão de drogas, sondas enterais e administração de soluções por via endovenosa.

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Transformação de Soluções

As soluções apresentam-se em concentrações variadas e são compostas de soluto e solvente. Podem ser apresentadas:

Hipotônica: inferior à concentração plasmática

Isotônica: mesma concentração plasmática

Hipertônica: superior à concentração plasmática

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Transformação de Soluções

Se a prescrição médica tiver uma solução de concentração não disponível no estoque da unidade, é necessário realizar a transformação da solução = do soro

Exemplo: PM 500 ml de SG 10% Disponível na unidade: 500 ml de SG 5% e ampolas de glicose

50% com 20 ml de solução

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Acidentes que podem ocorrer durante e após aplicação dos

medicamentos Não reencapar as agulhas após injetar o

medicamento no paciente Cuidar para não esquecer perfuro-

cortante no leito ou no quarto do paciente Extravasamento – interromper a infusão e

retirar o cateter Obstrução – lavar a via com soro

fisiológico ou água destilada Flebite - interromper a infusão e retirar o

cateter

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Referências Lima, N. A. de; Santos, D. C. dos.

Farmacologia e cálculos para administração de medicamentos in: Saberes e Práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem. V. 2 cap. 1. 5ª ed. Editora Difusão. São Caetano do Sul – SP, 2009.