MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS

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26/08/2009 1 CLASSIFICAÇÃO O MEDICAMENTO HOMEOPATICO Medicamento homeopático toda a apresentação farmacêutica destinada a ser ministrada, segundo o princípio da similitude, com finalidade preventiva e terapêutica obtida pelo método de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas originam-se dos três reinos da natureza, dos produtos químico- farmacêuticos, das substâncias e/ou materiais biológicos, patológicos ou não, assim como de outros agentes de diferente natureza Quanto a Origem 1. Drogas de origem vegetal maior número de drogas - 80% identificados com o nome científico da planta correspondente em latim o que o torna facilmente identificável em qualquer parte do mundo. Partes que podem ser utilizada vegetal inteiro partes (casca, lenho, rizoma, flor, fruto, pêlos, sementes) seus produtos extrativos ou de transformação – SARCÓDIOS (suco, resina, essência, alcalóide...) Coleta em épocas e em condições adequadas (de preferência, no seu habitat natural) obedecendo as condições gerais # Plantas inteiras: na época de sua floração.Ex. Lilium, Belladona, Arnica # Flores e sumidades floridas: antes do seu desabrochar total. Ex. Calendula, Chamomilla # Caule e ramos: após o desenvolvimento das folhas e antes da floração. Ex. Thuya # Cascas de plantas resinosas: no período de desenvolvimento das folhas e brotos (maior produção de seiva) Ex. Terebinthinae oleum # Casca de plantas não resinosas: no período de maior produção de seiva, em exemplares jovens. Ex. Hamamelis # Madeira ou lenho: de exemplares jovens, porém completamente desenvolvidos. Ex. China # Raízes de plantas anuais ou bi-anuais: no final do período vegetativo. Ex. Bryonia alba, Berberis vulgaris # Raízes de plantas perenes: antes de completar seu ciclo vegetativo. Ex. Hydrastis # Frutos e sementes: na sua maturidade.Ex. Ignatia amara, Nux vomica, Staphysagria # Brotos: no momento de sua eclosão.Ex. Dulcamara # Folhas jovens: logo após a eclosão dos brotos.Ex. Tabacum # Bulbo: Allium sativum # Alacalóides : Opium

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CLASSIFICAÇÃO

O MEDICAMENTO HOMEOPATICO

Medicamento homeopático• toda a apresentação farmacêutica destinada a ser

ministrada, segundo o princípio da similitude, com finalidade preventiva e terapêutica

• obtida pelo método de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas

• originam-se dos três reinos da natureza, dos produtos químico- farmacêuticos, das substâncias e/ou materiais biológicos, patológicos ou não,assim como de outros agentes de diferente natureza

Quanto a Origem

1. Drogas de origem vegetal

• maior número de drogas - 80% • identificados com o nome científico da planta correspondente em latim o que o torna facilmente identificável em qualquer parte do mundo.

Partes que podem ser utilizada

• vegetal inteiro • partes (casca, lenho, rizoma, flor, fruto, pêlos, sementes)

• seus produtos extrativos ou de transformação – SARCÓDIOS (suco, resina, essência, alcalóide...)

Coleta

• em épocas e em condições adequadas (de preferência, no seu habitat natural)

• obedecendo as condições gerais

# Plantas inteiras: na época de sua floração.Ex. Lilium, Belladona, Arnica

# Flores e sumidades floridas: antes do seu desabrochar total. Ex. Calendula, Chamomilla

# Caule e ramos: após o desenvolvimento das folhas e antes da floração. Ex. Thuya

# Cascas de plantas resinosas: no período de desenvolvimento das folhas e brotos (maior produção de seiva) Ex. Terebinthinae oleum

# Casca de plantas não resinosas: no período de maior produção de seiva, em exemplares jovens. Ex. Hamamelis

# Madeira ou lenho: de exemplares jovens, porém completamente desenvolvidos. Ex. China

# Raízes de plantas anuais ou bi-anuais: no final do período vegetativo. Ex. Bryonia alba, Berberis vulgaris

# Raízes de plantas perenes: antes de completar seu ciclo vegetativo. Ex. Hydrastis

# Frutos e sementes: na sua maturidade.Ex. Ignatia amara, Nux vomica, Staphysagria

# Brotos: no momento de sua eclosão.Ex. Dulcamara

# Folhas jovens: logo após a eclosão dos brotos.Ex. Tabacum

# Bulbo: Allium sativum

# Alacalóides : Opium

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• seguidas de identificação prévia, (sendo esta identificação complementada em laboratório por especialistas em sistemática botânica)

• utilizadas, preferentemente, no seu estado fresco

• na impossibilidade de tal procedimento podem ser empregadas no estado seco(obedecidas as

técnicas gerais para secagem)

Exemplos

1. Plantas inteiras• Pulsatilla (anêmona dos ventos)• Rhus toxicodendron (Hera-venenosa)• Chamomilla• Arnica montana

2. Partes de plantas• Allium cepa (cebola)• Coffea cruda (grãos)• Belladonna (folhas e flores frescas)

Cultivo, plantios, qualidade no tipode plantas a ser colhida, paragarantia do efeito terapêuticodesejado.

Chamomilla

2. Drogas de origem animal

• menor parcela na origem dos medicamentos Homeopáticos,porem de grande importância

• obtidas a partir de exemplares devidamente identificados e classificados zoologicamente

• animais sãos, jovens, mas completamente desenvolvidos, sendo esta identificação completada em laboratório, por especialista

• animais inteiros, vivos ou recentemente sacrificados, dessecados ou não

• partes ou órgãos animais

• secreções fisiológicas ou patológicas

Exemplos• 1. Animais inteiros/partes• Apis mellifica (abelha)• Formica rufa (formiga)• Tarentula hispanica (aranha/cefalotorax)• Cantharis (besouro)

• 2. Secreções fisiológicas (SARCÓDIOS)• Lachesis (veneno da cobra surucucu) • Lac caninum (leite de cadela)• Sepia (tinta de um molusco)

3.Drogas de origem mineral• considerado o 2º fornecedorde medicamentos Homeopáticos

• substâncias em seu estado natural ou decorrentes de transformações químico-farmacêuticas

• devem ter a sua denominação científica e sua composição química definidas seguida de uma monografia do medicamento Homeopático correspondente para assegurar correspondência à patogenesia, (Matéria Médica)

• ser identificados também possíveis impurezas químicas ou minerais.

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Exemplos

1. Naturais• Ferrum metallicum (Fe)• Sulphur (enxofre)• Natrum muriaticum (NaCl)• Aurum metalicum (ouro)• Graphites • Calcarea carbonica (Carbonato de cálcio)

• 2. Artificiais• Hepar sulphuris (CaS)• Histaminum• Penicilinum

4. Drogas de origem biológica, patológicas ou não

• São medicamentos preparados à partir de produtos biológicos, quimicamente indefinidos: secreção, excreção,tecidos e órgãos, patológica ou não, produtos de origem microbiana e de alérgenos. São os Bioterápicos.

• Luesinum• Psorinum

• Tuberculinum residum• Calculi biliaris

Quanto ao Método de Dinamização

• Método Hannemanneano: são utilizadas as Escalas Decimal (1:9) , Centesimal (1:99) e Cinqüenta milesimal (1:50.000)

• Método Korsakoviano: (não possui escala definida)

• Método Fluxo Continuo. (não possui escala definida)

Quanto ao Estoque

• determina (como sugestão) quais os medicamentos que são usados com maior ou menor freqüência.

Policrestos

• grega, polys= muitos e Khréstos= benéfico • latina, polychrestus= que tem muitas

aplicações• medicamentos em que a maioria dos sintomas

corresponde, em similitude, aos sintomas das mais comuns doenças da humanidade e portanto, tem um uso homeopático freqüente e eficaz

• Hahnemann elaborou uma lista com 24 policrestos

• Vasto uso na clínica diária

• Arnica montana

• Belladona

• Chamomilla

• China officinalis

• Hepar sulphur

• Nux vomica

• Sulphur

• Pulssatila...

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Semipolicrestos

• são medicamentos homeopáticos que apresentam ricas patogenesias, porém não são tão utilizados quanto os policrestos.

• Apis melifica• Calcium fluoratum• Ferrum metalicum• Graphites• Iodum• Luesinum• Natrium muriaticum• Thuya occidentalis...

NOMENCLATURA

NOMENCLATURA

• utilizados nomes latinos ou latinizados e científicos• não é necessário destacá-los em itálico, negrito ou

sublinhado

• Nome homeopático: descrito em farmacopéias, livros de matéria médica e em obras reconhecidas pela comunidade ligada à homeopatia

• é o mais tradicionalmente usado, podendo ser escrito com todas as letras em caracteres maiúsculos

Nome científico:• segue as regras dos códigos internacionais de

nomenclatura botânica, zoológica e química, devendo ser usado em trabalhos científicos homeopáticos para identificação dos medicamentos

Identificação do medicamento

• através do nome homeopático, seus sinônimos ou abreviatura

• seguido do grau de potência em algarismo arábico

• sigla da escala e do método empregado

• quantidade do medicamento a ser fornecido

• a forma de uso.

• a) o nome do primeiro componente com a primeira letra maiúscula e os demais componentes com a primeira letra minúscula; Ex.: Ferrum phosphoricum

• b) quando se emprega em Homeopatia apenas uma espécie de determinado gênero, é facultado omitir a espécie identificando o medicamento somente pelo gênero; Ex.: Ruta (Ruta graveolens)

• c) quando se empregam nomes tradicionais em Homeopatia, mesmo que haja várias espécies, pode-se omitir a espécie, desde que não dê origem a dúvidas; Ex.: Eupatorium (Eupatorium perfoliatum)

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• d) para os nomes tradicionais faculta-se ainda utilizar somente o nome da espécie, omitindo-se o gênero; Ex.: Belladonna (Atropa belladonna)

• e) no caso de espécies pouco utilizadas a identificação deve ser completa, com gênero e espécie; Ex.: Rhus glabra, a fim de distingui-lo de Rhus toxicondendron

• f) com relação à nomenclatura de substâncias químicas, além dos nomes oficiais, são utilizados nomes homeopáticos tradicionais; Ex.: Barium carbonicum (Baryta carbonica)

• g) no caso de substâncias químicas, ácidas e sais, escreve-se, de preferência, o nome do elemento ou íon de valência positiva em primeiro lugar e, em seguida, o de valência negativa, garantindo-se, porém, a utilização de nomes homeopáticos tradicionais, além da denominação oficial; Ex.: Acidum nitricum (Nitric acidum)

• h) pode-se empregar o nome abreviado do medicamento, desde que não ocorram dúvidas durante a interpretação do receituário; Ex.: Calcarea carb. (Calcarea carbonica)

Sinonímias• sinônimos deve ficar restrito às constantes nas obras

científicas consagradas na literatura científica e homeopática

• é muito comum o emprego de sinônimos no receituário clínico

• a sinonímia também contribui para evitar confusões

• Exemplos de sinônimos:

• Actea racemosa = Cimicifuga, • Calcarea carbonica = Calcarea ostrearum, • Luesinum = Syphilinum,• Lycopodium clavatum = Muscus clavatus,• Pulsatilla = Anemone pratensis, • Thuya occidentalis = Arbor vitae.

Abreviaturas e símbolos

• nome abreviado do medicamento pode dar lugar à confusão na legibilidade do receituário e na sua correta interpretação

• Exemplos de notações que podem gerar confusão:

• Arsenic. Sulf.Arsenicum sulfaratum flavum = Arsenic. sulf. flav.=

Sulfeto de Arsênio = As2S3

Arsenicum sulfuratum rubrum = Arsenic. sulf. rub. =Bissulfeto de Arsênio = As2S2

• Antim. ars.Antimonium arsenicosum = Antim. arsenic. =

Sb2O5As2O3

Antimonium arsenicum = Antim. arsenicum = Sb3AsO3

• Exemplos de notações corretas:

• Aconitum napellus ou Aconitum – Acon. ou Aconit.

• Atropa belladonna ou Belladona – Bell. ou Bellad.

• Mercurius solubilis – Merc. sol. ou Mercur. sol.

• símbolos e abreviaturas são rotineiramente empregados nas receitas médicas, nos rótulos dos medicamentos e nas farmacopéias homeopáticas

• comprimidos (compr.)• diluição (dil.)• dinamização (din.)• escala centesimal – método hahnemanniano (CH)• escala decimal de Hering – método

hahnemanniano (DH)• glóbulos (glob.)• método de fluxo contínuo (FC)• método Korsakoviano (K)• microglóbulos (mcglob.)• partes iguais (ãã)

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• resíduo seco (r.s.) - calculado a partir de vegetal fresco pelo processo de dessecação

• resíduo sólido (r.sol.)• solução (sol.)• tabletes (tabl.)• trituração (trit.) • solução a dez por cento (sol. a 10%)• solução-mãe (sol. O, sol. Ø, sol. T.M. )• trituração a 10% (trit. a 10%)• trituração-mãe (trit. O, trit. Ø, trit. T.M)• pastilhas (past.)

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