MéDicos Em Comunidade Final

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Médicos em Comunidades de Prática? Porque não! Covilhã, 26 Setembro 2005 [email protected]

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Médicos em Comunidades de Prática?

Porque não!

Covilhã, 26 Setembro 2005 [email protected]

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TÓPICOS

O desenvolvimento pessoal dos 3 T - Talento, Tolerância e Tecnologia,

Vantagens da aprendizagem inter pares, desencadeada pelos processos de reflexão crítica mediada e facilitada,

As oportunidades de inovar as práticas médicas, a partir das (cooper)acções contínuas de benchmark e vigilância a descobertas e mudanças nos contextos (processos, normas, serviços, tecnologias, etc. ...), 

Os desafios do "estar em rede" e a aprendizagem ao longo da vida. 

 

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COMUNIDADES DE PRÁTICA (Wenger, 2002)

“Instituição humana, viva, natural, espontânea, auto-dirigida”

Concebida para evoluir

Abertura ao diálogo interno e externo

Níveis diferentes de participação

Espaços públicos e privados

Focalizada na geração de valor

Mix de familiaridade e entusiasmo

Dinamismo e ritmo na comunidade

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COMUNIDADES

DE

PRÁTICAS

Espaços Humanos criadores de profissionais experientes e críticos, logo cidadãos, que narram e dão sentido ao Conhecimento, à Aprendizagem e às Competências?

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COPS - Comunidades de Prática

“Seres Biológicos” de elevada complexidade

Partilha de soluções, buscando a melhoria e as inovações

Padrões distintivos

Interdependência, confiança recíproca e missão comum

Existem COPS desde o “homem caçador” ao “sapiens sapiens”...

CoPs produtivas, de aprendizagem e de inovação

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Espaços de partilha

VIGILÂNCIATecnologias

NormasPatentes

DISSEMINAÇÃOPráticas de Referência

REFLEXÃOCRÍTICA

AprendizagensProcessos

COMUNIDADES DE PRÁTICA

INOVAÇÃOPráticas Médicas

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Criar e partilhar Conhecimento,Aprender à AprenderDisseminar Práticas

Patentes na SaúdeNormas & StandardsVigilância aos Processose às Tecnologias

“Espaços Plurais”Diversidade CulturalPensamento e Práticasdivergentes

TALENTO TECNOLOGIA TOLERÂNCIA

CAPITAL CRIATIVO

PESSOACRIATIVA

COMUNIDADES DE PRÁTICA

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MudançaAprendizagem

Formação em contexto de

trabalho

AprendizagemOrganiza-

cional

Incorporação“Boas

Práticas”

INOVAÇÃO

DISSEMINAÇÃOCOOPERAÇÃO

COMPETITIVIDADE

DESENVOLVIMENTOCIDADANIA

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Page 9: MéDicos Em Comunidade Final

Modos de Aprender e Contextos de Aprendizagem

Modos de aprender

Contextos de aprendizagem

Padrões dominantes

Aprender, sendo ensinado(socialização)

Escola, educação institucionalizada

Validação social das aprendizagens fundamentais

Aprender, sendo assistido(modelos de referência)

Local de trabalho, Campus virtual

Desenvolvimento proximal; interacções tutoriais

Aprender, sendo autónomo (construção do self)

Espaços de vida, as comunidades, as evidências e narrativas, as práticas em progresso;

Reflexividade, pensamento crítico, gestão e decisão perante situações não conhecidas

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As COPs e a

Aprendizagem ao Longo da Vida

Mais do que aprender durante todos os anos

da vida, trata-se de aprender com a vida; a

vida é a sede e a narrativa do aprender: o

valor da reflexividade crítica;

Page 11: MéDicos Em Comunidade Final

Aprender vivendo e viver aprendendo

A pessoa aprendente ao longo da vida:

1. consciência crítica do que não sabe e do universo

desconhecido,

2. identifica territórios de aprendizagem,

3. desenha itinerários pessoais de aprendizagem,

4. busca fontes e descobre pontos de apoio para dar sentido

aos saberes,

5. avalia os seus progressos nos caminhos da aprendizagem,

6. regula o esforço pessoal e mental dedicado a aprender,

7. gere incentivos pessoais para aprender,

8. compreende a dimensão relacional da aprendizagem e

participa activamente em comunidades;

Page 12: MéDicos Em Comunidade Final

THE PEOPLE WHO MAKE ORGANIZATIONS GO-OR STOP (HBR, June 2002)

It’s not what you know, it’s who you know

• The Central Connector

• The Boundary Spanner

• The Information Broker

• The Peripheral Specialist

(R. Cross et al.)

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A Mediação e a Facilitação nas COPs

“coaching” - orientações específicas e acompanhamento de

actividades práticas; “advising” - guiar e aconselhar na abordagem e contacto das

culturas organizacionais; “listening” - dar espaço para a expressão de ansiedades e

receios e partilha de sucessos e expectativas; o valor do feed-

back positivo, reforçador da auto-confiança; “defining boundaries” - gerir expectativas e delimitar o

“perímetro” da sua intervenção e supervisão;

Page 14: MéDicos Em Comunidade Final

“facilitating resources” - conselheiro e parceiro na

procura das soluções e nas pesquisas a fontes de

informação e na exploração e experimentação de produtos

e dispositivos; “teaching” - estabelecer momentos de formação e de

treino de competências específicas; “role model” - assumir a sua experiência, os seus

testemunhos e o seu próprio comportamento e atitudes

como modelos e referências; “befriending” - desdramatizar insucessos e aceitar pontos

fracos; evitar posturas intimidatórias e ameaçadoras;

A Mediação e a Facilitação nas COPs

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DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS E RECURSOS

As Agendas duma Comunidade de Prática

Agenda AProdução

Agenda BRelação

Agenda CMudança

Definir objectivosPlanear meiosOrganizar recursosAvaliar resultadosIdentificar competênciasControlar custosGerir a logísticaGerir projectosRealizar produtosPrestar serviçosEtc.

CoesãoComprometimentoAdesãoConstruir cultura comumPartilhar crenças e valoresPertençaAfiliaçãoConfiançaEtc.

Balanço de competências da equipa e das pessoasPlano e programa de desenvolvimento sustentado e integradoMelhorias e mudanças a introduzir no workflow da ParceriaConstruir soluções em conjunto com os beneficiários e clientesInovar nos processos e serviçosSinalizar práticas bem sucedidasFavorecer a transferência e a apropriação de práticas e soluções

que funcionamEtc.

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Estádios de Evolução duma Comunidade de Prática

Estádios Agendas e Processos

Competências críticas

Estilos de liderança

Indicadores chave

Alinha-mento

Agenda B - Relação

Socialização

Tolerância,

flexibilidade,

cooperação,

team building

Facilitação

Gerir e participar em projectosSeleccionar e mobilizar parceirosDiagnosticar mercados, actores, recursos, produtosConstruir/Apropriar missão, estratégia e objectivosIntegrar e consolidar logística de suporteInteracções e ConectividadeParticipar nas actividades da RedeProcessos/métodos de tomada de decisão

Sincroni-zação

Agenda A – ProduçãoWorkflow organizacional (actividades produtivas)

Planeamento e organização; gestão por objectivos; negociação, realização técnica

Negociação

Gestão de processos

Comprometimento e responsabilização por objectivosPlaneamento e monitorizaçãoMétodos e ferramentas de trabalhoTrabalhar em rede e a distânciaGrau de cumprimento de objectivosTaxa execução projecto

Compro-misso

Agendas A e B

Afiliação

Auto-monitorização da qualidade, realização de projectos, construção de soluções comuns

Role model

Befriending

responsabilizador

Grau de Satisfação sentido pelos membros e suas equipas de origemTaxas de realizaçãoEvidências produzidas (eventos, produtos, recursos, práticas, etc.)Qualidade

Geração de Serviço – Produção de valor (goods e evidências)

Agendas A, B e C – Mudança, através da inovação e da aprendizagemConsciencialização da Responsabilidade Social da Rede

Apropriação de práticas e recursos, transferência de soluções para as equipas de trabalho, marketing das soluções e da Rede

Confiança

Cultura de serviço à equipa

Produtos, serviços e recursos “aceites” e em utilização pelos clientes e beneficiários;Satisfação e utilidade sentida pelos utilizadores e beneficiários do trabalho da RedeImpactos e ganhos resultantes da utilização dos produtos e serviços

Page 17: MéDicos Em Comunidade Final

O que são Comunidades de Prática?

Comunidades de interesses não visíveis e que constituem

a parte submersa das Práticas e das Soluções? (NAV)

Lego dinâmico de geometria variável, com temporalidade,

onde os clãs (gamers, hackers, gráficos, designers…)

aprendem e partilham as suas práticas? (MCP)

“Cola” que permite fixar interesses, marco experiencial

e distintivo? (MCP)

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O que são Comunidades de Prática?

Espaços de desconstrução de mitos e de aprendizagem

de novas configurações relacionais (NAV)

Estratégias de “combate” às sociedades de baixa

Confiança recíproca (RAS Famalicão)

Oportunidades para simplificar (e integrar) a “paisagem

organizacional”de entidades que intervêm

(de forma redundante) nos territórios

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Algumas “Evidências”, após contacto com 5 COPs

Ao longo da “vida” das COPs emergem 2 agendas: A agenda Produtiva – o projecto, as tarefas, os produtos, etc… A agenda Relacional – a construção da confiança, a coesão, o clima….

A COP constitui-se como um “espaço” de afirmação (projecção)

de 3 Projectos alvo de “negociações” internas permanentes: as expectativas de cada membro, os projectos das organizações de pertença dos membros, as necessidades da própria COP.

Page 20: MéDicos Em Comunidade Final

“Evidências” nas COPs

A Agenda da Produção também favorece a Agenda da Relação:

As pessoas poderão não gostar muito umas das outras, mas aceitam

trabalhar juntas porque se conheciam antes, sabiam o que esperar,

pois os objectivos e processos de trabalho estavam claros.

Os momentos face-a-face possuem um alto valor crítico na construção

de cumplicidades e confiança recíproca na COP.

Page 21: MéDicos Em Comunidade Final

“Evidências” nas COPs

Os Animadores e Facilitadores das COPs têm que ser

cuidadosamente seleccionados e formados; as competências

específicas de Facilitação são muito exigentes.

A existência de modelos de referência estáveis ao longo da vida da

COP, combinados com uma estratégia de actuação coerente

e previamente reflectida, constituem garantes de longevidade da

própria COP.

Page 22: MéDicos Em Comunidade Final

“Evidências” nas COPs

Investimos mais conscientemente nas COPs criadas de raíz

e que nascem para a resolução de problemas específicos, do que nas

COPs que derivam de outras estruturas mais formalizadas

(equipas de trabalho, departamentos, secções…).

Page 23: MéDicos Em Comunidade Final

“Evidências” nas COPs

O Primado dos Objectivos e Resultados

Será que o sucesso de uma COP é nivelado pelo seu

“Elo mais Fraco”?

O sucesso de uma COP está associado à sua capacidade de gerar

resultados explícitos ou tácitos.

As organizações investem mais quando na presença de COPs

capazes de produzir resultados explícitos: Soluções & Produtos

Page 24: MéDicos Em Comunidade Final

“Evidências” nas COPs

As TIC são vistas como ferramentas de facilitação do trabalho

das COPs ou como “ruído” que introduz complexidade

na Agenda da própria COP?

Page 25: MéDicos Em Comunidade Final

Paciência;

Limites da COP bem definidos;

Empenho;

Confiança;

Recursos;

Condução estratégica;

Mediação / facilitação;

Resultados / benefícios.

Factores Críticos…

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Factores Complementares

Suporte metodológico (adaptado);

Núcleo dinamizador;

Consciência das competências a desenvolver;

Linguagem comum;

Momentos de interacção;

Sistema de informação e comunicação;

Atitude proactiva.

Page 27: MéDicos Em Comunidade Final

Que Lições Extrair?

Para as EIO – Equipas Integradas de Orientadores, COPs em activação;

Outras COPs de Médicos em activação ou funcionamento;