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A.C. tem 46 anos, casado, tem o segundo grau completo e trabalha como vigilante.

Sua renda familiar de RS1200 ao ms e ele mora com a esposa e duas filhas.

Margis e Cordioli (2001) afirmam que A meia idade uma fase do ciclo vital que se

estende aproximadamente dos 40 aos 60 anos. A. C., com 46 anos, est prximo da metade

dessa fase. Os mesmos autores explicam que entre as fases de adulto jovem e de meia idade

no existem grandes mudanas fsicas ou psicolgicas. A transio de uma fase para a outra

gradual e mais lenta do que entre outras fases.

Segundo Levinson (1994), a autoavaliao uma tendncia forte nesse perodo e no

se refere apenas ao atingir ou no as metas, mas tambm s satisfaes interiores. As pessoas

tendem a considerar se o que conseguiu compatvel ou no com seus sonhos e ideias

anteriores.

O entrevistado afirma que se arrepende por no ter iniciado o curso de vigilante mais

cedo, pois atualmente estaria muito mais prximo de conquistar sua aposentadoria. Essa

uma das principais metas da vida de A. C.. Mesmo assim, ele se mostrou satisfeito com seu

cargo, pois um bom vigilante, confivel e exemplar. Suas qualidades, como facilidade de

comunicao, confiana e simpatia so destacados no ambiente de trabalho, o que se mostrou

bastante gratificante para ele.

Margis e Cordioli (2001) relacionam a fase da meia idade com a teoria de Erikson dos

oito estgios do ciclo vital. Esse perodo da vida estaria localizado no estgio da

generatividade versus estagnao.

De acordo com a concepo de Erikson dos oito estgiosdo ciclo vital, na meia idade o indivduo encontra-se no

estagio psicossocial: generatividade versus estagnao. O

termo generatividade aplica-se no tanto a criar e ensinar a

prpria prole, mas preocupao protetora por todas as

geraes e instituies sociais.

Entre suas qualidades, o entrevistado destacou a simpatia, confiana e capacidade para

dar bons conselhos e informaes. Aparentemente a preocupao dele, que trabalha em meio

a funcionrios, em sua maioria, mais jovens, o de ser um profissional exemplar e tambm

ser um bom conselheiro sobre a vida e a profisso. Esse destaque pode ser relacionado

afirmao de Erikson a respeito da maior preocupao das pessoas com as prximas geraes

e tambm com a afirmao de Margis e Cordioli (2001), sobre a tendncia das pessoas a

assumirem posies de poder e papel de instrutores.

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Em relao sua prole, A. C. afirma que entre seus principais objetivos de vida, est a

garantia do futuro de suas duas filhas. So metas como essa que o motivam a continuar

produtivo e trabalhar 12h dirias. Ele tambm comenta que sua relao com as filhas, apesar

de ele ser um pai muito dedicado, uma relao com alguns conflitos. Isso se d pela

teimosia das duas, e pela grande preocupao de A. C. para que elas sigam suas orientaes.

Como afirma Erikson (1968) generatividade designa principalmente a preocupao em

estabelecer e orientar a gerao seguinte e a virtude associada nesse estgio o cuidado.

Nessa poca, de acordo com Margis e Cordioli (2001), ocorrem algumas mudanas na

relao com os filhos. Os pais permitem que esses filhos atinjam uma maior igualdade em

relao a eles. Essa intolerncia de A. C. teimosia de suas filhas pode ser uma mostra da

dificuldade que h em se passar pelo processo de mudana na forma de tratar as filhas.

Essa fase da vida demanda uma aceitao do envelhecimento do corpo, da sua

limitao e proximidade com a morte. Trata-se de um perodo de preparao para a velhice.

A. C. comenta que seu trabalho como vigilante tem se tornado cansativo demais, ao

ponto de faz-lo desejar conquistar rapidamente a aposentadoria. Pode ser que essa queixa em

relao carga horria de 12h de trabalho por dia seja reflexo da idade e suas crescentes

limitaes. Ao mesmo tempo, um de seus planos para depois da aposentadoria o maior

cuidado com a sua sade fsica. Pode ser que ele esteja percebendo que sua sade est

limitada e precisa de maior ateno, ou ento esteja se preparando para a velhice, na qual a

finitude da vida se torna cada vez mais evidente.

Margis e Cordioli (2001) tambm pontuam que entre os 40 e 60 anos de idade,

comum ocorrer uma reavaliao dos relacionamentos interpessoais.

No caso de A. C. podemos ver que ele no conservou amizades antigas e que no

cultivou amizades mais recentes, apenas tem colegas de trabalho. A mudana est na

dificuldade de estabelecer laos mais fortes ou, em outras palavras, a mudana no tempo que

se leva para confiar nas pessoas e ter uma relao ntima de amizade.

Outros relacionamentos tambm so reavaliados. A. C., em seu discurso, fala dos

conflitos com as filhas como algo que seguramente faz parte da relao entre pais e filhos e

como consequncia de sua preocupao com o futuro delas. Essa segurana e conscincia de

que esses conflitos so necessrios parece ser resultado recente de reflexes acerca dessas

relaes. Em tempos passados, provavelmente A. C. no pensasse que esses conflitos eram

necessrios, naturais ou, pelo menos que valessem a pena.

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O relacionamento com os pais tambm muda. O entrevistado afirma que seu lazer se

resume, principalmente, em visitar sua me e alguns familiares. Quando so adultos jovens,

os filhos geralmente deixam a casa dos pais para viverem de forma independente. Com o

passar dos anos, ocorre, de acordo com Margis e Cordioli (2001), a inverso de papis em

relao aos pais. Nesse caso, so os filhos que passam a cuidar do bem estar deles.

Margis e Cordioli (2001) explicam que algumas pessoas podem viver a crise da meia

idade entre os 40 e 60 anos. Afirmam que no desfecho da crise, pesam diferentes fatores,

como o grau de satisfao ou insatisfao com o que foi obtido; o grau de confiana em si

mesmo e as expectativas de sucesso; a autoestima; a capacidade de correr riscos e conviver

com incertezas.

No caso de A.C., a confiana em si mesmo, tal como sua autoestima, se tornaram

maiores nessa fase da vida. A segurana nas atitudes como profissional, esposo, pai e filho

tambm. A idade o fez ter uma autoimagem mais positiva, clara e realista. Sem planos

ambiciosos em relao ao seu futuro, pretende apenas dedicar mais ateno a coisas que no

pode cuidar antes da aposentadoria. No existem exigncias excessivas consigo mesmo. Por

esses fatores, aparentemente A. C. vive a crise da meia idade no sentido de que sente algumas

mudanas em sua vida, mas considera essa fase da vida como sendo positiva e de grande

importncia.

Margis e Cordioli (2001) apud. Elliot Jaques (1996) explica que o cenrio psquico

entre a realidade e a inevitabilidade da prpria morte o ponto central bsico dessa fase, que

caracteriza a natureza crtica desse perodo.

A reao de cada pessoa diante da certeza e proximidade da morte varia. Pode-se

aceitar essa condio ou at mesmo nega-la. Apesar do que afirmam os autores do texto

Idade Adulta: Meia-Idade, oentrevistado no demonstrou viver a questo da proximidade

da morte como algo problemtico ou presente em seus pensamentos mais frequentes. Ele diz:

No paro para pensar na morte. Acho que no dia que ela chegar, chegou. A gente no espera

essas coisas. No dia que ela chegar eu vou estar pronto.

Margis e Cortioli (2001) concluem, com suas pesquisas, que as mudanas fsicas,

nessa fase, provocam um efeito significativo do ponto de vista psicolgico. Preocupaes

com o disfarar/ esconder a idade podem ser observadas.

O entrevistado justificou a falta de cuidados com o prprio corpo da seguinte forma:

Eu no tenho tempo para dar ateno minha sade e meu corpo. Trabalho 12h por dia.

Quando eu me aposentar, pretendo dar mais ateno essas questes. Ao mesmo tempo em

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que ele admite no se cuidar, notvel a preocupao com uma mudana nessa rotina de

cuidados com o corpo. Sua meta , com a aposentadoria, dedicar mais tempo exerccios

fsicos.

Os sinais da idade j so perceptveis. Antes de iniciar a entrevista, a equipe no teve

dificuldades em saber que A. C. tinha idade entre 40 e 60 anos. Como afirmam Margis e

Cortioli (2001), as alteraes ocorrem tanto na aparncia, com mudanas facilmente

identificveis como a cor do cabelo e alterao no aspecto da pele, como internamente. O

entrevistado no demonstrou, porm, estar preocupado com questes estticas, mas com a

preparao para uma velhice saudvel e superao de limites fsicos que j esto se tornando

evidentes.

No perodo da meia idade comum conflitos entre pais e filhos, como aborda Margis

e Cordioli (2001) h uma mudana no equilbrio do poder entre pais efilhos que tende a ser

gradual. Os desentendimentos na famlia do entrevistado, portanto, podem estar

relacionados a uma disputa de poderes, na qual os filhos, que na sua maioria so adolescentes

ou jovens adultos, questionam a autoridade dos pais.

Foi possvel verificar que no contexto familiar de A.C existem conflitos entre ele

e suas filhas, o que pode est ligado a essa disputa de poderes. Quando O entrevistado

foi interrogado a respeito do relacionamento familiar, ele relatou que: No to

atribulado, mas uma relao com alguns conflitos. Principalmente com as minhas

filhas, s vezes, tenho alguns conflitos, mas porque elas so muito teimosas! Mas isso

faz parte do papel de pai, normal.

Percebe-se que existe uma preocupao com a melhora da qualidade de vida da

famlia, pois A.C. demonstra uma preocupao com o futuro das filhas, ele falou que

seu projeto de vida est relacionado a oferecer uma condio de vida melhor para elas.

Isso foi constatado quando foi feita a pergunta a respeito do seu projeto de vida, a fala

de A.C. foi: Meu maior projeto de vida hoje conseguir melhores condies de vida

para minhas filhas. Preciso garantir o futuro delas. Quando eu me aposentar (daqui h

8 anos)...

A entrevista com A.C. mostrou que o trabalho algo muito importante para sua vida,

quando perguntamos sobre seus medos e anseios a resposta foi: No tenho medo nenhum!

Nem mesmo de perder meu emprego. interessante o fato dele no mencionar a morte

como algo que lhe causa angustia ou medo, mas sim o trabalho. Esse discurso mostra como

este constitui fator relevante na sua identidade, isso pode acontecer devido ao tempo que ele

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passa no trabalho, que so 12 horas dirias e por seu emprego proporcionar condies

mnimas de qualidade de vida.

Ciampa fala queA identidade resulta da interao entre a histria do indivduo, seu

contexto social e histrico e seus projetos de vida. Dessa maneira, a identidade dinmica,

uma espcie de metamorfose, a construo, reconstruo, e desconstruo constantes, no

dia-a-dia do convvio social, na multiplicidade das experincias vividas. (KOLYNIAK &

CIAMPA,1993, p. 9).

O entrevistado demonstra estar satisfeito com sua profisso de vigilante, ele disse que

gosta do que faz e que exerce seu trabalho com competncia. O trabalho visto, segundo

Margis e Cordioli (2001) como um organizador psquico, o perodo entre 40 e 60 anos ,

aproximadamente, pode ser visto como uma poca de realizaes do exerccio do poder.

Na meia idade, na maioria das vezes, as pessoas se preocupam em manter sua posio

de trabalho e a segurana que este proporciona, em vez de arriscar outras possibilidades de

emprego que podem ser melhores, porm incertas. Dessa forma, possvel inferir que isso se

aplica a situao do entrevistado, pois, apesar dele falar que seu trabalho um pouco

cansativo (A.C. alega que fica fadigado por trabalhar 12 horas por dia) , ele no

mencionou que gostaria de mudar de profisso. A.C. trabalha como vigilante h 11 anos erelatou que um prazer exercer essa profisso.

No perodo da meia idade, a aposentadoria esperada como a soluo para os

problemas, seja no mbito dos sonhos no realizados, seja no mbito da falta de satisfao no

ambiente do trabalho, etc. Muitas pessoas fazem planos de viajar, de aproveitar mais a vida,

de fazer o que no puderam fazer por conta do trabalho. Segundo Margis e Cordioli (2001):

Um acontecimento relevante dessa fase da vida, pelo seus inmeros significados,

a aposentadoria, aguardada, muitas vezes, como uma soluo mgica quando ainsatisfao ou os conflitos no trabalho so muito intensos ou a ocasio de realizar

os sonhos que no puderam ser realizados nas etapas anteriores.

No decorrer da entrevista foi observado que, para A.C., esse tipo de viso em relao

a aposentadoria se apresenta claramente. acredita que com a aposentadoria sua vida vai

melhorar, ele alegou que vai ter mais tempo para cuidar da sade e fazer exerccios. Ou

seja, a aposentadoria vista como algo importante, isso se confirma quando

perguntamos a respeito de seu projeto de vida: (...) Quando eu me aposentar (daqui h

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8 anos), quero cuidar mais da sade do meu corpo praticando exerccios e tambm da

minha sade no geral.

Outro momento em que foram constatadas boas expectativas a respeito da

aposentadoria foi no momento em que A.C. falou da avaliao do seu tempo vivido, a

resposta dele foi: Acho que eu deveria ter comeado a fazer o meu curso de vigilante

mais cedo. Se eu tivesse feito antes, j estaria bem mais perto de me aposentar. Pelo

menos j cheguei a essa idade e agora s faltam mais oito anos. Vai passar rpido.

As medidas preventivas no perodo da meia idade so colocadas como algo muito

importante para ter uma velhice tranquila. Tais medidas so uma espcie de preparao para

compensar as perdas do perodo da velhice. Algumas dessas medidas segundo Margis e

Cortioli (2001) so:

Manter a sade com a preveno das doenas degenerativas,

independncia econmica, ter seu prprio espao fsico ou moradia,

ter laos de amizade e vnculos fortes com a famlia e manter um

relacionamento ntimo com um (a) companheiro (a).

Algumas dessas medidas foram identificadas no caso do entrevistado, sendo elas,

independncia econmica, j que A.C. conta com uma aposentadoria para manter, no

mnimo, uma boa qualidade de vida. Ter laos de amizade e vnculos fortes com a famlia,

apesar de A.C. no possuir amizades com laos mais fortes, ele possui alguns colegas no

trabalho e alega ter vnculos fortes com sua esposa, sua me e suas filhas. A.C. casado e,

pelo que ele relatou, sua relao com a esposa no conflituosa. Apesar dele ainda no

cuidar da sade, ele espera, em breve, quando se aposentar, poder cuidar da sua sade.

A espiritualidade engloba questes relacionadas ao sentido da vida e ao significado de

viver, no se limita a um tipo de crenas ou prticas religiosas. J a religio est relacionada a

um conjunto de crenas, prticas e rituais que possibilita uma aproximao com o sagrado. A

religiosidade se difere da espiritualidade pois aquela sugere um sistema de adorao, uma

doutrina especifica do grupo. A religio pode ser compreendida conforme Koening et al.

(2001) apud Panzini e Rocha (2007):

(...) como um sistema organizado de crenas, prticas, rituais e

smbolos delineados para facilitar a proximidade com o sagrado e otranscendente (Deus, Poder Maior ou Verdade/Realidade

Final/Mxima) e espiritualidade como a busca pessoal por respostascompreensveis para questes existenciais sobre a vida, seu

significado e a relao com o sagrado ou transcendente que podem

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(ou no) levar a ou resultar do desenvolvimento de rituais religiosos

e formao de uma comunidade.

No que se refere espiritualidade, pode-se destacar duas de suas muitas dimenses, a

horizontal e a vertical. Segundo Moberg e Brusek (1978) apud Negreiros (2003), a dimenso

horizontal est mais voltada para um recurso interno e subjetivo, em que a pessoa est mais

conectada consigo mesma, com a arte, com a natureza, com qualquer ideia relacionada ao

bem-estar social, ao cuidado, a solidariedade, etc. J a dimenso vertical est ligada a um

movimento voltado para Deus, a um ser superior, ambas as vertentes no so excludentes

entre si, elas esto ligadas a questo da alteridade.

Quando A.C. foi indagado a respeito da espiritualidade, observou-se que sua resposta

est relacionada a dimenso vertical da espiritualidade, pois ele disse que no momento no

tinha uma religio, mas que acreditava em Deus. Sua resposta foi: No tenho religio, mas

acredito em Deus. J fui da Assembleia de Deus, mas hoje em dia no tenho religio. No

porque eu no quero! Mas eu vou sempre acreditar em Deus. Meu corpo e meu esprito

andam juntos. A.C. passa a impresso de relacionar a espiritualidade com a religiosidade,

ele no faz distino entre elas. A.C. no demonstrou uma preocupao com o significado da

vida ou de uma razo para viver.

Referencias:

EIZIRIK, C. L.; KAPCZINSKI; F. & BASSOLS, A. M. S. O ciclo da vida humana: uma

perspectiva psicodinmica. Porto Alegre: Artimed, 2001.

KOLYNIAK, H. M. & CIAMPA, A. C. (1993). Corporeidade e Dramaturgia do

cotidiano. In, Discorpo: revista do Departamento de Educao Fsica e Esportes da PUC-SP.

n.2 (maro, 1994). So Paulo: O Departamento. p. 9.

NEGREIROS, Teresa Creusa de Ges Monteiro. Espiritualidade: desejo de eternidade ou

sinal de maturidade? Revista Mal Estar Subj. Fortaleza, 2003.

PANZINI, R.G; ROCHA, N. C.; BANDEIRA, D. R. FLECK, M. P. A. Qualidade de vida e

espiritualidade. Rev. psiquiatr. cln. v. 34. So Paulo, 2007.

ANEXO

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8/9

Perfil do entrevistado: Antnio Carlos

Idade: 46 anos

Sexo: masculino

Estado Civil: casado

Escolaridade: 2 grau completo

Profisso: vigilante

Com quem reside: Esposa e duas filhas

Qual a renda total da famlia: RS 1200

1) Como a experincia de viver essa fase da vida?Acho muito importante chegar nessa idade. Para mim um prazer trabalhar como vigilante. J tenho

essa profisso h 11 anos.

2) Poderia enumerar os pontos fortes sobre si mesmo?Trabalho com muita segurana. Sou sempre seguro das coisas que fao. Dou boas informaes, bons

conselhos e sou simptico. Sou muito dedicado como pai e como esposo.

3)

Quais so os pontos que julga que precisa melhorar?

Sinceramente, acredito que eu no precise melhorar em nada.

4) Qual o seu projeto de vida hoje?Meu maior projeto de vida hoje conseguir melhores condies de vida para minhas filhas. Preciso

garantir o futuro delas. Quando eu me aposentar (daqui h 8 anos), quero cuidar mais da sade do

meu corpo praticando exerccios e tambm da minha sade no geral.

5) O lazer faz parte de sua rotina? Como e com qual frequncia?Vou para a praia e para a casa de amigos 3 vezes ao ano. Com mais frequncia vou casa de

familiares mais prximos. Esse o meu lazer.

6) Como voc sente o seu trabalho?Estou satisfeito com o meu trabalho, gosto de ser vigilante, porm fico fadigado por trabalhar 12h

ao dia. um trabalho cansativo.

7) Quem so as pessoas com quem voc tem fortes vnculos afetivos?S tenho fortes vnculos afetivos com minha esposa, minhas filhas e minha me.

8) Voc tem amigos?

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9/9

Tenho colegas, amigos no. Saio algumas vezes com esses colegas de trabalho, mas s aqui por

perto do trabalho mesmo. Tenho apenas 5 colegas de mais confiana, mas so amizades bem

recentes.

9) Voc se considera algum que cuida de si? De que forma?Eu no tenho tempo para dar ateno minha sade e meu corpo. Trabalho 12h por dia. Quando eu

me aposentar, pretendo dar mais ateno essas questes.

10)Voc tem medos? Anseios? Quais so eles?No tenho medo nenhum! Nem mesmo de perder meu emprego!

11)Fazendo uma breve avaliao do tempo vivido, o que voc v como perda e o que voc vcomo ganho?

Acho que eu deveria ter comeado a fazer o meu curso de vigilante mais cedo. Se eu tivesse feitoantes, j estaria bem mais perto de me aposentar. Pelo menos j cheguei essa idade e agora s

faltam mais oito anos. Vai passar rpido.

12)A espiritualidade algo presente em sua vida?No tenho religio, mas acredito em Deus. J fui da Assemblia de Deus, mas hoje em dia no tenho

religio. No porque eu no quero! Mas eu vou sempre acreditar em Deus. Meu corpo e meu

esprito andam juntos.

13)Voc j parou para pensar sobre a finitude da vida? Como se sente diante dela?No paro para pensar na morte. Acho que no dia que ela chegar, chegou. A gente no espera essas

coisas, No dia que ela chegar eu vou estar pronto.

14)Como sua relao com familiares?No to atribulado, mas uma relao com alguns conflitos. Principalmente com as minhas filhas,

as vezes tenho alguns conflitos, mas porque elas so muito teimosas! Mas isso faz parte do papel

de pai, normal.

15)Como voc visto pelas pessoas com as quais convive?Sou visto por todos como um colega simptico, alegre, aberto, sempre fao as pessoas rirem. Sei ser

amigo das pessoas, sem outros interesses, sou amigo mesmo. Sou carismtico.