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A TICA AMBIENTAL NA EDUCAO

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A TICA AMBIENTAL NA EDUCAO

Adelia Tosta Falone Se as coisas so inatingveis... ora!

No motivo para no quer-las.

Que triste os caminhos, se no fora

A presena distante das estrelas...

(Mrio Quitana)

RESUMO

Enquanto a tecnologia se moderniza graas cincia que se avana em passos largos, em contra-senso avana a degradao ambiental necessitando de respaldo tico por parte da humanidade que domina o globo terrestre no medindo as conseqncias ao pensar apenas no poder econmico e social. Em tal situao, a educao ambiental desponta como barco salva vidas necessitando aparelh-la eficientemente com a bssola da tica, para que todos os seres biticos e abiticos sejam capazes de escapar da tsuname que o nico ser racional _o homem, facilitou na sua formao. A tica ambiental surgiu ento, em um novo paradigma na educao, visando contribuir por meio de uma ao pedaggica na educao ambiental e de modo geral, suporteando o ser humano na sua comunho com o meio ambiente, quanto para com a natureza no momento em que vista e considerada elemento crucial para a sobrevivncia da espcie humana como de todo os demais elementos que a compe, deste que haja, um respeito tico ambiental e com a funo desta, o equilbrio ecolgico.

Palavras-chave: tica. tica ambiental. Educao ambiental. Equilbrio.

ABSTRACT

While the tecgnology hs been modernized through the science that is advancing on many steps in couter-intuitive moves environmental degradation in need of moral support from the humanity that dominates the globe by measuring the consequences to not just think about the social and economic power. In such a situation, environmental education Topping as boat saves lives requiring her unit efficiently with the compass of ethics, so that all beings biotic and abiotic are able to escape the tsunami that is the only rational, the man, facilitated in their training. The environmental ethics emerged then, a new paradigm in education in order to contribute through a pedagogical action in environmental education and in general, supporting human beings in their communion with the environment, as to the nature at the time and is seen as a crucial element for the survival of the human species and of all the other elements that compose, that this is an environmental and ethical compliance with the light of this, the ecological balance.

Key words: Ethics. Environmental ethics. Environmental education. Balance.INTRODUO

Em meio os problemas ambientais diversos, os ambientalistas apontam o piv destas causas: dentre a sociedade em estado de dormncia encontra-se a tica, que na sua ausncia abre brechas para os problemas ambientais enfrentados na atualidade; acompanhado a humanidade para problemas maiores sem retorno em um ciclo vicioso recproco, degradando todos os componentes do globo terrestre. Assim, analisando a tica ambiental como tema gerador, que surge em um novo paradigma educacional que pode contribuir na educao ambiental, defendida entre os ambientalistas onde tais, otimistamente a vem como um instrumento que pode favorecer a comunho do ser humano com o meio ambiente, contribuindo nos anseios da humanidade sem prejudicar a natureza.

2 tica ambiental favorecendo o equilbrio ecolgico

Enquanto a tecnologia se moderniza graas cincia que se avana em passos largos, em contra-senso, avana a degradao ambiental necessitando de respaldo tico por parte da humanidade que domina o globo terrestre no medindo as conseqncias ao pensar exclusivamente no poder econmico e social. Em tal contexto, a esperana da sobrevivncia de todos os seres necessita que a educao ambiental se desponte, nos diversos domnios sociais pregando a tica como regras de sobrevivncia para que o ser humano a pratique no seu cotidiano mantendo assim o equilbrio ecolgico, resguardando com isto a prpria vida.

Segundo Grn (2007), a natureza foi nestes ltimos trs sculos um mero objeto de manipulao disposio da razo humana. A viso das paisagens e dos ambientes de modo maquinal e sem vida conduzindo ao afastamento entre os seres humanos com o meio ambiente. Diante deste assunto, a tica apontada como um novo paradigma da razo humana em parceria com a natureza por meio da educao ambiental; uma simbiose em que humanos e natureza ajustam-se num regime de co-participao e conexo.

Neste novo paradigma debate uma questo sobre uma mudana de viso de mundo da populao atuante em uma inquietao ecolgica que no aponta apenas novos problemas que solicita uma soluo, mas tambm, inseri um novo paradigma de civilizao. A ecologia expe com preciso crticas a racionalidade moderna e ao sistema econmico capitalista, cobrando projetos que obtenha uma conciliao com os interesses econmicos quanto os da preservao da natureza, de maneira que mantenha o equilbrio ambiental, o qual sustenta a vida bitica e abitica existente no planeta.

3 A tica ambiental na educao ambiental

Segundo Junges (2006), as dificuldades ecolgicas enfrentadas na atualidade solicitam ante aos recursos tcnicos, uma resposta tica, requerendo uma mudana de paradigma civilizatrio, referente convivncia social, a vida pessoal, como tambm, na produo de bens de consumo e, sobretudo, do relacionamento com a natureza. A discusso tica no mbito da ecologia surgiu como resposta a esse contexto e como reao a uma mentalidade predatria da natureza. (JUNGES 2006, P. 12). Apesar de que ainda h um distanciamento entre os avanos tcnico-cientficos da almejada tica ambiental, que no chegou a ocorrer na mesma proporo, intensidade e velocidade, como declara Vilson Srgio de Carvalho (2008); que o fato deste distanciamento sobre a temtica da tica e da moral no meio tcnico-cientfico, trata-se, pois, de um fato que originou-se h sculos, tendo sua origem na lgica cartesiana _ autonomia da razo e no utilitarismo baconiano _ o homem deveria dominar a natureza para, por meio desta dominao, liberta-se a si mesmo (Grn, 1996, p.36). Diante disto, Carvalho (2008, Educao Ambiental Consciente, p. 32), afirma que,

O ser humano na atuao referente sobrevivncia, transfere matria e energia do ambiente natural para a prpria vida diria. Entretanto, a veloz ao devastadora em relao a estes costumes, vem gerando questionamentos uma vez que pe em risco o destino do planeta e de sua prpria espcie. A esta considerao Brundtland citado por Gloria Maria de Pdua Moreira em sua tese: Por uma ecologia social: uma aproximao da noo aos princpios ticos do desenvolvimento humano durvel, afirma que:

Junges (2006, p. 54), a este respeito declara que devido expanso populacional conduziu a uma maior busca de bens extrados da natureza, como o desenvolvimento da tecnologia. Assim, os mecanismos de adaptao e equilbrio da natureza foram destrudos e a prpria adaptao cultural do ser humano ao ambiente foi quebrada, provocando resultados desastrosos.

Considerando-se que Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, e o comprometimento de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes, como declara no Artigo 225 da Constituio do Brasil de 1988, a tica ambiental surge no debate ecolgico expondo questes fundamentais, discutindo o prprio ponto de partida e abrangncia dos sujeitos de considerao mesma.

Junges (2006, p. 34), afirma que,

Assim, a tica ambiental no criao humana, mas sistematizao de normas inscritas na natureza, onde a existncia e a conservao de uma espcie so subordinadas aos equilbrios entre os processos destrutores e regeneradores e seu meio, como afirma o gegrafo francs Pierre Jorge Apud Reigota, (2006, p. 20); cabendo aos seres humanos darem-se conta dessas normas e ajustarem o seu comportamento aos equilbrios de foras concorrentes que condicionam a vida do grupo biolgico.

Ponderando-se dessas informaes, muitas entidades se mobilizam com projetos que favorecem o bem estar da humanidade como tambm da natureza, criando em recursos educacionais, visando cientificar a sociedade dos riscos que todos correm a no adaptao de medidas educativas e conservativas em nossa convivncia diria.

Nos Parmetros Curriculares Nacionais (1997, v.9, p. 25), afirma que ao trabalhar com os temas relacionados ao ambiente natural e social capaz de transformar o pensamento do homem em relao natureza, contribuindo na formao de cidados conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade scio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global; j que o ser humano interferiu na natureza para a satisfao de anseios crescentes, que abrolham tenses e subverso quanto ocupao do espao e dos recursos em funo da tecnologia disponvel. Segundo Azevedo apud Reigota (2008, p. 68), expe a necessidade do educador em colocar as questes

A este respeito, Vilson Srgio de Carvalho (2008, p.99), expe que cada educador convidado a responder a essa questo a partir do contexto onde est inserido, considerando as particularidades da cada escola, do bairro, da classe social no qual esta inserida, como de suas instalaes, aspectos socioculturais, valores e outros fatores. A este respeito, Izabel Carvalho (2008, p. 158), explica que estes novos vnculos de solidariedade entre a escola e a comunidade, geram novas reciprocidades entre a escola, a comunidade e a realidade socioambiental que as envolve.

Guimares (2004) reconhece que os professores na sua maioria esto preocupados com a degradao da natureza, ao exporem estas questes em suas prticas de ensino, porm, questiona porque os educadores no conseguem ir alm de uma proposta de educao, a qual ele denomina de conservadora, apesar de sensibilizados e motivados a inserirem a dimenso ambiental em suas atividades docentes. Referente a este questionamento, Grn (1996, p. 55) expe que:

Grn (1996, p. 55), continua em seu discurso que esta ao conservadora dos paradigmas ambientais, se sustenta graas divergncia cartesiana entre cultura e natureza que a base da educao moderna e constitui-se em um dos principais entraves para a promoo de uma educao ambiental realmente profcua.

Analisando este percurso Kantiano, Vilson Srgio de Carvalho (2008, p.40) expe que considerando as questes anteriormente apresentadas,

Assim sendo, carece a necessidade da superao da tica e uma reestruturao dos paradigmas cognitivos, comportamentais e afetivos com vistas a um alargamento e mutao da sensibilidade humana (JUNGES 2004, P. 21). Onde a educao ambiental deve ser considerada como contribuio filosfica e metodolgica educao em geral como coloca Reigota (2006), possibilitando ainda a participao da poltica dos cidados, e no mero instrumento de transmisso de conhecimentos sobre a natureza. Buscando ainda, estabelecer uma nova razo com princpios ticos nas relaes econmicas, polticas e sociais, facilitando uma aliana entre a humanidade e a natureza. Proporcionando ocasio para que o educando iniciem a prtica no desempenho da cidadania e, mais ainda, para que a escola saiba como assumir sua responsabilidade como instituio do bairro, do municpio, como parte da sociedade local instituda. (PCNs,1997,v.9,p. 28). Para isto, Kindel, Silva e Sammarco (2004, p. 19), afirmam que:

Esta observao de campo deve ser fomentada nos discentes para que busque resolver as questes problematizadoras - expresso usada pelo educador Paulo Freire, onde declara que:

De acordo com Saito Freire, citado por Guimares (2004, p. 25), coloca que:

Segundo Grn (1996, p. 108), o homem em sua inquietao constante referente ao avano cientfico e tecnolgico v seu passado como um evento que foi vencido mediante seu progresso intelectual e cientifico, ignorando assim seu ambiente (primitivo) deixando de lado, recalcado e vencido. Prossegue afirmando que diante deste processo permanente de fuga, no distanciamento e esquecimento da natureza devido o pavor de voltar barbrie, sua condio original, relaciona a natureza erroneamente com a primitividade humana o qual a todo custo anseia extinguir em uma mitologia supersticiosa. Diante disto, Grn ainda afirma que devido ao julgamento humano de buscar apenas sua modernizao, tem esquecido da tradio, bloqueando toda e qualquer possibilidade de tematizao de valores ticos e polticos das questes ambientais em educao (1996 p. 106). Sobre esta questo Cury (2006, p. 18) afirma que:

Baseado em Gadamer, Grn (2007, p. 166), declara que a postura tico-poltica pode levar a humanidade a uma tica de parceria com a Natureza atravs da educao ambiental, despertando novas formas de solidariedade e respeito pela outricidade do Outro. Em suas palavras Grn (2007, p. 167), prossegue: Quero propor que precisamente para essa postura tico-poltica que uma educao ambiental efetiva e radical precisa se voltar se quiser se libertar dos limites do pensamento cartesiano. Em seguida, Grn (2007, p. 167), d nfase em suas palavras apoiando-se das de Gadamer (1992):

Segundo Reigota (2006, p. 12), coloca-se que as questes ambientais so conseqncias da ao humana, e deste deve sair soluo, perante uma educao ambiental, declarando ainda, que esta educao por si s no resolver os complexos problemas ambientais planetrios, no entanto ela pode influir decisivamente para isso, quando forma cidados conscientes dos seus direitos e deveres. Frente ao conhecimento gera-se a conscincia que diante de aes prol ambiental junto s comunidades trazem mudanas, muita das vezes no imediatamente visveis, contudo significantes.

Assim Junges (2006, p. 109), afirma que a alfabetizao ecolgica constitui-se de uma alterao do paradigma cultural que imperou as relaes entre os seres humanos e a natureza nos ltimos sculos. Essa permuta cultural s e possvel pela converso moral das atitudes de consumo e convivncia vigorantes, mostrando que a questo de fundo do problema ecolgico simplesmente a tica.4 CONSIDERAOES FINAIS

Constata-se que o prprio progresso cientfico humano o conduz em uma trajetria que funila-se a sua marcha, diminuindo o possvel retorno, em uma crise de existncia sem precedentes na histria humana. Apenas um planejamento srio com uma nova filosofia de vida, poder conduzir o ser humano a conhecer o seu limite de crescimento e, assim, evitar que a civilizao moderna excede sua capacidade de expanso e entre em colapso.

Diante disto, necessita-se de uma nova forma de conduta em relao natureza, dando-lhe a importncia devida; uma nova concepo filosfica homem-natureza, denominada de tica ambiental.

A tica ambiental aponta um novo entendimento da vida, mas torna-se necessrio que a humanidade adquire plena conscientizao da problemtica existente, obtendo o conhecimento de que seu processo se d internamente, refletindo-se nas aes, alicerando-se em novos valores extra-sociais humanos. Sua base cientfica o estudo da relao homem-natureza, englobando neste binmio os seres biticos e abiticos existentes; tudo que existe tem sua importncia e passa a fazer parte desta nova relao tica.

Este novo paradigma estruturado na tica ajudar a formar uma humanidade consciente de sua posio diante existncia dos componentes terrestre, contribuindo na aquisio de uma postura moral fundamentada na preservao global da natureza, sendo uma nova perspectiva de vida, propiciando exultao particular em cada indivduo, oferecendo condies mais dignas e esperana de prolongar a existncia da espcie humana, como de todos os outros seres.

Assim sendo, diante destas circunstncias competi ao de educadores crticos, com uma viso ambiental em constante vigilncia epistemolgica, metodolgica e pedaggica na conduo dos projetos de desenvolvimento econmico, cultural e social, atuando como mediador, dinamizando pensamentos em favor da existncia da natureza, da vida.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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________, Marcos. (org.). Verde Cotidiano: O meio ambiente em discusso. 3. ed. Petrpolis: 2008.p.68.

[...] a maior parte das questes recentes de ordem tica com as quais temos nos defrontados_ que incluem desde os problemas relativos biotica (clonagem, transplante e venda de rgos, produo de organismos geneticamente modificados etc.) at os ltimos testes de bombas atmicas na Frana, ndia e Paquisto_ tem razes nesses preceitos onde o homem foi e continua sendo iludido para se enxergar como medida de todas as coisas.

Muitos dos atuais esforos para manter o progresso humano, para atender s necessidades humanas e para realizar as ambies humanas so simplesmente insustentveis - tanto nas naes ricas quanto nas pobres. Elas retiram demais, e a um ritmo acelerado demais, de uma conta de recursos ambientais j a descoberto, e no futuro no podero esperar outra coisa que no a insolvncia dessa conta.

[...] a natureza uma trama de inter-relaes em que cada ser apenas um anel de uma cadeia ininterrupta de matria, energia e informao em funo da estabilidade e integridade da prpria cadeia da vida. [...] As entidades individuais esto subordinadas ao bem-estar da comunidade bitica. Para isso necessrio respeitar as leis inscritas nos ecossistemas naturais e explicitadas pela ecologia.

[...] ambientais que afetam o planeta que tem a ver com a forma de como a humanidade vem se relacionando com a natureza e com os outros seres vivos e como ser, a partir dessas novas realidades, a relao de nova gerao, no que tange maneira de pensar, de consumir, de cooperar, de solidarizar-se, de relacionar-se com animais, rios, mares, floretas e com o seu semelhante.

Dessa forma, seja no mbito da escola formal, seja na organizao comunitria, a educao ambiental pretende provocar processos de mudanas sociais e culturais que visam obter do conjunto da sociedade tanto a sensibilizao crise ambiental e urgncia em mudar os padres de uso dos bens ambientais quanto o reconhecimento dessa situao e a tomada de decises a seu respeito_ caracterizando o que poderamos chamar de um movimento que busca produzir novo ponto de equilbrio, nova relao de reciprocidade, entre as necessidades sociais e ambientais.

Apesar de que uma ateno considervel tem sido dada emergncia da educao ambiental, raras so as preocupaes a respeito das bases conceituais e epistemolgicas sobre as quais ela devera se desenvolver. Temos, assim, um problema srio. Estamos em dificuldades para encontrar uma linguagem ou abordagem que nos capacite a falar e compreender as vrias dimenses da crise ecolgica. Existe hoje uma impossibilidade radical de promover uma educao ambiental.

[...] possvel perceber qual o maior desafio da educao Ambiental, enquanto um processo eminentemente educativo. O grande desafio da educao ambiental, sem dvida alguma, aquele que se passa em nvel tico, tanto da tica que ela pretende instaurar, como elemento catalisador de uma nova lgica de relacionamento entre homem e a natureza, quanto do conjunto de valores dos profissionais que, embora atuando nessa rea, muitas vezes se isolam, evitando interagir com outras entidades de propsitos semelhantes; no se desvencilham de vis poltico-partidrios, mais voltados para a efetivao de campanhas eleitoras do que para a realizao de um trabalho profcuo de Educao Ambiental; ou mesmo dos que buscam apenas um espao na empresa para autopromoo.

O conhecimento acerca da histria de uma regio importante na determinao de atividades educacionais, na compreenso dos problemas e nos possveis encaminhamentos de solues, auxiliando a populao e os tomadores de decises no planejamento de atividades sociais, econmicas e culturais.

Quanto mais se problematizam os educandos, como seres no mundo e com o mundo, tanto mais se sentiro desafiados. To mais desafiados, quanto mais obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na prpria ao de capacit-lo. Mas, precisamente porque captam o desafio como um problema em suas conexes com os outros, num plano de totalidade e no como algo petrificado, a compreenso resultante tende a tomar-se crescentemente critica, por isto, cada vez mais desalienada. (1974, p. 80).

[...] a educao ambiental deve buscar, permanentemente, integrar educao formal e no formal, de modo que a educao escolar seja parte de um movimento ainda maior de que a educao ambiental em carter popular, articulada com as lutas da comunidade organizada [...].

O homem moderno, em detrimento dos avanos da cincia e da tecnicidade, vive a mais angustiante e paradoxal de todas as solides psicossociais, expressa pelo abandono de si mesmo na trajetria existencial. [...]. Quando o homem no se repensa, no se questiona no se recicla no se reorganiza, ele abandona a si mesmo, pois no se interioriza, ainda que tenha cultura mltiplas atividades sociais.

Poderamos talvez sobreviver como humanidade se fssemos capazes de aprender que no podemos simplesmente explorar nossos meios de poder e efetivas possibilidades, mas precisamos aprender a parar e respeitar o outro como um outro, seja ele (a) a natureza ou as culturas emergentes de pessoas e naes; e se fssemos capazes de aprender a experienciar o outro e os outros, enquanto outro do nosso eu, para participar um com outro.

Trabalho apresentado com pr-requisito para obteno do ttulo de especialista em Metodologia e Didtica do Ensino Superior, oferecido pela UNIOURO - Escolas Unidas de Ouro Preto do Oeste Rondnia-2008, orientado pela Professora Mestre Aparecida de Ftima Gavioli.

A autora exerce a docncia na rede pblica nas sries iniciais, com Habilitao Profissional Magistrio de 1 ao 5 ano do Ensino Fundamental, com experincia docente com turmas multisseriadas e com ensino infantil, com suporte em PCNs Infantil transmitido pela Secretaria Municipal de Educao de Urup, graduada em Normal Superior pela Faculdade Educacional da Lapa FAEL, e graduando em Matemtica pela Fundao Universidade do Tocantins - UNITINS, ambas pela modalidade distncia EADCON, Ps- Graduada em Psicopedagogia Clnica e Institucional, pela UNIOURO - Escolas Unidas de Ouro Preto do Oeste Rondnia. Contato: HYPERLINK "mailto:[email protected]" [email protected]; celular: (69) 9202 0339.