Meios de Contraste Em Ressonancia

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MEIOS DE CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Dra. Juliana Avila Duarte HCPA HPS HNSG-Canoas Tomoclínica MEIOS DE CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 08/06/2008 1 MEIOS DE CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA • Inicialmente a RM era utilizada para diagnóstico complementar e definitivo não-invasivo e sem os riscos de reações alérgicas dos meios de contraste iodados da TC 2

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MEIOS DE CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Dra. Juliana Avila DuarteHCPAHPS

HNSG-Canoas Tomoclínica

MEIOS DE CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 08/06/2008

1

MEIOS DE CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

• Inicialmente a RM era utilizada para diagnóstico complementar e definitivo não-invasivo e sem os riscos de reações alérgicas dos meios de contraste iodados da TC

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MEIOS DE CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

• Com o tempo notou-se, no entanto, que o emprego dos meios de contraste aumentava em muitos casos a sensibilidade e especificidade da RM

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• Os meios de contraste em RM agem predominantemente no tempo de relaxamento T1! “contraste positivo” ou no tempo relaxamento T2! contraste “negativo”

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• Com o aumento da demanda de exames de RM especialmente de corpo e vascular houve o surgimento de novos agentes de contraste As aplicações dos meios de contraste também estão mudando RM 3 T

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MAGNÉTICA• Os mc RM estão

distribuídos por: Agentes extracelulares ( ex. GADOLÍNIO)

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• Atuam no sistema reticulo-endotelial (FÍGADO ex. SPIO, BAÇO, LNs ex. USPIO, MEDULA ÓSSEA) - Diminuindo sinal tecidos em T2

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Sem SPIOT2W FSE Pós-SPIO- T2W FSE7

• Agentes atuação específica (hepatobiliar ex. mangafodipir trisodium , “blood-pool”- angioRM maior tempo circulação intravascular ex. Vasovist®)

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• Raios-X ou tomografia = diferentes absorções de raios-X que passam através das estruturas

• RM = Campos magnéticos e radiofrequência ao invés de raios-X

MECANISMO DE AÇÃO

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• Os MC usados em RM influenciam a visibilidade dos prótons

MECANISMO DE AÇÃO

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• A concen t ração l o ca l d o MC é determinada pela farmacocinética da mesma maneira com os MC radiológicos É diretamente proporcional a dose aplicada

MECANISMO DE AÇÃO

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FARMACOLOGIA –MC extra-celular

• O princípio ativo é o íon paramagnético gadolínio–Elemento dos grupos térreos raro–Forte propriedade paramagnética–Influencia o tempo de relaxação T1 e T2 mais que outros íons metálicos

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FARMACOLOGIA

• O gadolínio é tóxico ao organismo e eliminado vagarosamente

• É ligado firmemente ao complexo DTPA para não se ligar as proteínas do plasma, não atravessar a BHE e ser eliminado rapidamente por filtração glomerular

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0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

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GdCl3 DTPA GdDTPA

Toxicidade do GdDTPA LD50 em Ratos

mmol/kg

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0

25

50

75

100

0 175 350 525 700

Tempo [min]

Eliminação urinária

Concentração sanguínea

%

Farmacocinética do GdDTPA

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Novembro 1983 - Fase I

Prof. R. Felix

Prof. L. Lange

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10 Novembro, 1983 – Primeiro voluntário

5 !mol/kg

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17 Dec., 1983 - Primeiro Paciente

courtesy Prof. Bydder, Hammersmith Hospital, London UK

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DotaremOmniscan

Primovist

ProHance

MultiHance

Gadovist

Magnevist

Família do Gadolínio em 2005

Magnevist enteral

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FARMACOLOGIA

• Solução aquosa concentrada de sais dimeglumínicos de ácido gadolínio-dietileno-triamino-penta-acético

• Solução clara e aquosa• Sua hiperosmolalidade relativa não tem grande importância em virtude de ser administrado em doses muito mais baixas que os MC radiológicos

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•Pureza do gadolínio•Pureza do agente formador do complexo DTPA•Pequeno excesso de DTPA livre que garante a ligação completa dos íons gadolínio sob condições desfavoráveis

QUALIDADE DO MC

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QUALIDADE DO MC

• Mais estável que MC radiológicos• Não forma cristais mesmo estocado a baixas temperaturas

• Baixa viscosidade = desnecessário aquecer

• Menos sensível a contaminação

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• Injeção intravenosa• Velocidade de injeção depende do objetivo do exame– Pode ser injetado em “bolus”

• Dose = 0,1 a 0,2 mmol gadolínio-DTPA/kg

ADMINISTRAÇÃO

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ALTERAÇÃO DE SINAL - DISTÚRBIO OU AUSÊNCIA

DE BHE• Metástases• Meningiomas• Glioblastomas• Neurinomas do acústico• Adenomas hipofisários• Inflamações

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• AVC• Esclerose múltipla (EM)• Plexo coróideo

ALTERAÇÃO DE SINAL - DISTÚRBIO OU AUSÊNCIA DE BHE

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• Fluído cérebro-espinhal• Parênquima cerebral saudável• Astrocitomas de baixo grau

NENHUMA OU MÍNIMAALTERAÇÃO DE SINAL

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• Nenhuma ou muito pouca = músculo, gordura, osso, ductos biliares e vesícula, cistos

• Moderada = fígado, pâncreas, mucosa gastro-intestinal

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• Significantivo = rim, urina, mucosa nasal, sangue, fibrose, inflamação, infartos (fígado, baço), coração (isquemia aguda, infarto), tumores (fígado, hipernefroma, pulmão, mamas, pelve, osso, músculo, tecido

INFLUÊNCIA FORA DO SNC

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EFEITOS COLATERAIS MC RM E MC RADIOLÓGICOS NÃO-IÔNICOS

SINTOMAS MCR NI MC RM

Náuseas, vômitos 1,40% 0,42%

Calor e dor local da injeção

0,97% 0,41%

Reações alérgicas da pele 0,92% 0,104%

RA de membranas mucosas 0,41% 0,052%

Rubor facial 0,16% 0,059%30

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EFEITOS COLATERAIS MC RM

Cuidado!!!: pacientes com insuficiência renal TFG menor do que 15 ou em pacientes que realizam hemodiálise ! risco de Fibrose sistêmica nefrogênica

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extensão extra-dural ntracraniana

SCC

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Recidiva de adenocarcinoma

Extensão intra-dural Intracraniana + invasão encéfalo

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invasão encéfalocom edema

disseminaçãoLeptomeníngea

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Vaso sanguineo

dura

Aracnóide

Pia mater

espaço

Sub

aracnoideo

espaçoSubdural

granulações Aracnoideiascérebro

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Setembro 2003

12 x 10 mm

Septembro 2004

ILC

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UOQ 1h, 4 cm

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Agentes T2 (SPIOS)

SPIO

Ferumoxide (Advanced Magnetics, Cambridge, USA)

Ferucarbotran (Schering AG, Berlin, Germany)

Feridex® (Berlex, USA)

Endorem® (Guerbet, EU etc.)

Resovist® (Schering AG, EU etc.)

Ferumoxsil (Advanced Magnetics, Cambridge, USA)

GastroMARK® (Tyco/Mallinckrodt, USA)

Lumirem® (Guerbet, EU etc.)

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• Extremamente paramagnético causa perda homogenização local do campo marcada redução T2 quando capturadas pelas células sistema RE ou células Kuppfer – efeito T2*

Agentes T2 (SPIOS)

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MW 5456592

T2 T1

após SPIO T2*

Pequenas metastases visíveis somente após SPIO

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? Colangiocarcinoma

VB 5456654

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Extensão tumoral melhor identificada após SPIO

T2*GRE após SPIO

VB 5456654

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TC após ressecção tumor cólon

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Suspeita de metástase CA cólon

FSE T2

pós-SPIO

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T1 T1 pós-Gd pós-SPIO T2 fase arterial

HCC em paciente cirrótico

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RM mama – MEIO CONTRASTERM LINFOGRAFIA - USPIO

Heywang – Köbrunner SH, et al. ECR 2000 (n° 1038)Stets C, et al. J Magn Reson Imaging 2002; 16: 60

24 à 36h pós USPIOantes

24 à 36h pós USPIOantes

– Sensibilidade : 56 - 64 % - especificidade 75 to 96 %

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• 11 patientes cancer mama• Injeção Peritumoral de 1.5 ml de USPIO• Detecção & localização do LNS,

20 min após injeção meio de contraste

Ishiyama K, et al.

Nippon Igaku Hoshasen Gakkai Zasshi 2002 62: 744- 6

RM mama- MEIO DE CONTRASTE RM Localização LN Sentinela

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Combinação de MCs GdDTPA e USPIORM mama – MEIO CONTRASTE

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• Diversos meios de contraste exógenos, artificiais e naturais, administrados por via oral para permitir uma melhor visibilização das vias biliares. Os artificiais são feitos de partículas magnéticas macroscópicas e os naturais podem ser suco ou polpa de fruta, água ou

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MAGNÉTICA VIAS BILIARES

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• a substância responsável pela alteração de sinal causada pelos meios de contraste naturais é o manganês. Entre sucos de frutas, o suco de abacaxi apresenta maior quantidade de manganês Naturais: mirtilo, açaí, amora, abacaxi Artificial: Ferumoxsil (Lumiren!), que é um meio de contraste oral negativo artificial com partículas superparamagnéticas de óxido de ferro,, com redução do tempo de relaxamento em T2, resultando numa imagem escura. O Ferumoxsil oblitera o sinal dos líquidos do TGI,

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MAGNÉTICA

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• 71 pacientes que realizaram o exame de CPRM. Os pacientes eram examinados antes e após ingerirem 180 ml do meio de contraste oral negativo (suco de abacaxi + 1 ml GD-DTPA). Foram obtidos escores, quanto à qualidade das imagens, em seis locais da arvore biliar. Três radiologistas cegados para o experimento fizeram a leitura das imagens e os escores

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MAGNÉTICA

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