Melhores 2014
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Animês de Inverno
Animês de Verão
Animês de Outono
Animês de Primavera
Fairy Tail e o Valor de Um Minuto!
Sword Art Online: Virtual e Real
Editorial- Outros Papos
Melhores de 2014 por Temporada
Estava pensando aqui em como iniciar este editorial
e a expressão que mais se repetiu em minha mente
foi essa: Que ano! O ano de 2014 será lembrado de
acordo com o tema, mas sempre com impacto. Na
área (tema) política temos a corrupção sendo inves-
tigada, com abusos cometidos dentro de empresas
de sociedade mista (Petrobrás), que está colocando
os papéis (ações) da empresa a menos de 10 reais
até o presente momento. Temos, também, na área
política a reeleição da presidente, que está sendo
questionada, pois, segundo revistas de grande circu-
lação, ela sabia dos desvios. E isso pode resultar em
um impeachment, mas eu duvido dessa possibilida-
de. Sem mencionar a morte prematura de Campos.
Na área esportiva temos a lambança que foi a Copa
do Mundo, com estádios supervalorizados, enquan-
to áreas essenciais do setor público ainda carecem
de maiores investimentos. Além, claro, do Alema-
nha 7 X 1 Brasil que exemplificou bem o desgaste
que o Brasil vem recebendo de nosso governo. Um
massacre que, apesar de tudo, agradeço aos ale-
mães, pois nos deu uma possibilidade de ressurgir.
Ressurgir novamente como uma potência, erguidos
de nossas próprias cinzas, tal qual a Fênix mitológi-
ca.
Já a área econômica nos dá incertezas futuras, com
recessão, desgaste econômico, inflação acima da
meta, descumprimento da meta do superávit pri-
mário, que foi remediada em votação. Se a lei per-
manecesse como está, o governo seria investigado
por crime de responsabilidade fiscal (Lei número
1.079/1950). Conseguiram alterar a lei antes de di-
vulgar as metas alcançadas no ano, então, se salva-
ram dessa. Tudo isso fez com que o dólar, até o pre-
sente momento, ficasse flutuando em torno da casa
dos R$2,70.
Na área cultural, nós tivemos a nossa primeira Co-
mic Con, a nossa CCXP, que mostrou que o Brasil
está ávido e preparado para eventos desse porte.
Um evento bem organizado, com muitas pessoas e
muita paixão. Segundo o que relataram em uma
live, o pessoal do Omelete afirmou que em um úni-
co dia o evento reuniu 22 mil pessoas. É um sucesso
impressionante que já tem data marcada para sua
segunda edição. Isso prova que nosso povo está an-
sioso por eventos como este.
E nesse contexto todo, o Outros Papos foi tratando
de economia, cultura pop e animês. Principalmente
animês, pois eles nos mostraram enredos maravi-
lhosos que fiz questão de divulgar. Foi difícil esco-
lher os textos para compor esta revista que, desde o
ano passado, reúne os melhores textos do Outros
Papos em uma coletânea interessante. Por exem-
plo, poderia colocar aqui o texto sobre o Ano Joa-
quim, inserindo mais um Joaquim ao texto (Levy),
entretanto, vou manter a visão que um dia será
uma tradição desta revista, que é tratar dos melho-
res textos sobre animês, todavia, alguns intrusos ao
tema poderão aparecer. Desta forma, escolhi os
melhores textos do ano e espero que gostem da
leitura. Aproveitem!
Outros Papos é um blog sobre cultura, direito, lite-
ratura e análises e é mantido pelo jornalista Patrick
Raymundo de Moraes.
http://www.outrospapos.com
Índice
Animês de Inverno — 04
Animês de Primavera— 08
Fairy Tail e o Valor de Um Minuto — 14
Sword Art Online: Virtual e Real — 16
Animês de Verão — 19
Animês de Outiono — 24
Temporada Inverno 2014
Chegamos ao fim da temporada de in-
verno de 2014 e, com isso, iniciou-se a
minha lista de favoritos. Esta lista será
diferente, pois vou fazê-la deste modo:
1) Melhores animês que iniciaram em
outra temporada, mas julguei premiá-las
nesta temporada de inverno e 2) Melho-
res animês de inverno, isto é, aqueles
que iniciaram e terminaram nesta tem-
porada. Com isso, poucas animações
ficarão no “vácuo temporal” e as que
ficarem, se conseguirem manter a quali-
dade, terão boa classificação em outra
época.
Melhores Animês premiados na Tempo-
rada de Inverno 2014 são aquelas que
não pude premiar anteriormente, pois
não se encerraram na mesma tempora-
da, ou seja, tiveram continuações e caí-
ram em um "vácuo temporal". Sabem
vocês, claro, que só julgo séries conclu-
sas, mas, devido a extensão das mesmas,
elas não puderam entrar em nenhuma
análise anterior. Pela qualidade das mes-
mas, decidi premiá-las aqui e agora.
1) Golden Time
Enredo: Banri Tada é um calouro, em
uma universidade de Direito em Tóquio,
com um passado confuso. Ele sofrera um
acidente na infância e, desde então, so-
fre com amnésia. Nesta universidade, ele
acaba encontrando pessoas que farão
parte de seu futuro e que fizeram parte
de seu passado. As relações se compli-
cam quando presente e passado se atri-
tam.
Este enredo pareceu coisa de novela
mexicana com tratamento do estilo e
técnica da narração japonesa. Acredito
que tenha sido mais ousado, pois a nar-
rativa foi rápida e o estilo foi dinâmico.
Enquanto uma novela mexicana se arras-
ta por inúmeros capítulos, geralmente
de forma muito lenta, Golden Time tor-
nou-se ágil, pois cada problema resolveu
-se, geralmente, no mesmo capítulo em
que fora apresentado. Com exceção da
amnésia, tudo se resolvera rapidamente.
A direção optou também por um esque-
ma no qual o capítulo iniciava-se com
leveza e comicidade e terminava com
uma surpresa, ou um choque dramático.
Este esquema funcionou muito bem,
afinal, deixou-nos ligados e apreensivos
para o que viria a ser o enredo da próxi-
ma semana. Coisa que acontece muito
em novelas e pode ser outro ponto em
comum entre os dois trabalhos.
Já a construção dos personagens apro-
fundou-se mais no Banri Tada e na Koko,
sua parceira e amante. O seu relaciona-
mento, foi explorado de maneira profun-
da. Não houve um momento sequer no
qual os pensamentos e sentimentos não
fossem retratados em cenas, diálogos ou
música. Prova disso é a segunda abertu-
ra da série, que demonstra toda a procu-
ra da Koko pelo seu amor em quadros,
cenas e música. A angústia desta procura
e a solidão que termina, no último se-
gundo, no último quadro, com um toque
gracioso de mãos. Já os demais persona-
gens tiveram um aprofundamento de
acordo com sua missão no enredo, ou
seja, não houve tempo para aprofundar
muito em histórias paralelas e, se assim
o enredo o fez, foi para demonstrar algo
importante nos personagens principais
(Banri e Koko).
Enfim, essa proximidade com o enredo
de novelas, mas com a agilidade e a jovi-
alidade da narrativa japonesa, torna Gol-
den Time um produto incrível que pode
ser bem aceito no ocidente. Eu gostei
demais de como toda a história foi trata-
da e de como todo personagem foi cons-
truído, ficando como o melhor animê
que terminou na temporada de inverno
de 2014.
2) Log Horizon
Enredo: Misteriosamente, cerca de 30
mil jogadores do jogo online Elder Tales
são transportados para o mundo do jo-
go. Não se sabe como, nem porquê. Ca-
be a eles continuarem sobrevivendo de
acordo com esta nova perspectiva, na
qual o real e o virtual mesclaram-se para
formar uma nova dimensão, onde tudo é
possível e a morte não existe. Neste con-
texto, em que o caos impera, um jogador
experiente chamado Shiroe ergue-se
para a construção de uma nova socieda-
de.
Ao assistir o primeiro capítulo, eu acredi-
tei que este animê seria apenas uma
cópia “caça-níquel” de SAO (Sword Art
Online), mas enganei-me. Eles bebem da
mesma fonte, isto é, possuem enredos
semelhantes, mas tratam disso diferen-
Animês de Inverno 2014
temente. Enquanto SAO tornava-se um
animê que priorizava a construção de
relacionamentos, com casamentos e
coisas afim, Log Horizon priorizou a cons-
trução deste novo mundo, explicando
cada regra e cada construção. Foi mais
crível na construção de uma realidade
baseada em “jogos online”. Log Horizon
priorizou a construção de uma sociedade
que partira do nada e do caos.
Log Horizon também enfocou no cresci-
mento dos jogadores, através da subida
de nível, com regras bem claras. Aliás, o
enredo, quando necessário, ousava que-
brar as regras estabelecidas, mas de for-
ma condizente com a realidade vivida
dos personagens e sua formação e clas-
se. Também diferenciou-se de SAO no
tratamento dado aos NPCs, ou seja, per-
sonagens criados dentro do sistema para
interagirem com os jogadores. Aqui, os
NPCs são pessoas. Esta visão foi bem
explorada. No começo, eles eram des-
prezados como máquinas, mas, após
algum tempo, foram aceitos como pes-
soas e receberam os mesmos direitos de
um “Aventureiro” (jogador).
Log Horizon também se destacou, aos
meus olhos, na questão ética, com deba-
tes sobre direitos humanos, crime e di-
reito penal, porque alguns crimes passa-
ram a ter maior peso, uma vez que a
morte não existe mais dentro do jogo.
Foi nessa parte que adorei Log Horizon,
porque os personagens não deixaram a
ética, nem abandonaram os bons costu-
mes. Eu chorei quando os aventureiros
decidiram aceitar o apelo da princesa
Lenessia para ajudarem o “Povo da Ter-
ra” (NPCs) contra uma horda de criatu-
ras. Também foi emocionante a interfe-
rência de Shiroe na morte de um perso-
nagem importante, que não direi o no-
me. Arrepiante foram as cenas finais, do
último capítulo, bem como a cena da
“tentação de Cristo por Lúcifer” protago-
nizada por Shiroe e uma personagem
ainda oculta (também no último capítu-
lo).
A direção foi muito inteligente neste
aspecto e, além disso, as piadas são de
um ótimo nível e fazem um balanço per-
feito entre a ação e o drama. O lado cô-
mico nos ajudou a aceitar e nos afeiçoar
aos personagens com melhor eficiência.
Já a música, é uma das melhores que
ouvi. Vale o segundo lugar!
3) Kuroko No Basuke- 2ªtemporada.
Sinpose: Nesta temporada, o time de
Kuroko busca uma final inédita para ir ao
Campeonato Nacional, após a derrota da
temporada passada. Entretanto, os dois
times que se seguem são os piores possí-
veis, pois ambos possuem gigantes temi-
dos dentre os jogadores da “Geração
Milagrosa”.
A sinopse é mais ou menos esta. Só pos-
so dizer que o forte deste desenho é a
ação dentro do esporte e a comédia que
geralmente invade os capítulos fora da
quadra. Cada embate é um duelo de
Titãs, que faz inveja a qualquer guerrei-
ro, ou ninja ou cavaleiro. Aqui tratado no
presente, uma vez que a série pode vir a
ter uma continuação em breve. Não o fiz
com Log Horizon porque o mesmo con-
seguiu fechar arcos bem definidos, coisa
que Kuroko (2ª temporada) não o fez
ainda.
Esse embate de gigantes (os fortes en-
tenderão porque uso esta palavra) é de
tirar o fôlego. Além da animação bem
executada, acredito que a ação tenha um
maior efeito pela empatia que os jogado-
res transmitem. Esta empatia é, muitas
vezes, construída pelas sketches cômi-
cas.
Isso demonstra uma construção muito
boa do enredo e merece o terceiro lugar
neste espaço. Não é sempre que um jogo
de basquete torna-se um combate e con-
segue nos envolver, com tamanha efici-
ência, nesta realidade. Para se ter uma
ideia, no capítulo da semana passada, eu
aumentei o som ao máximo, após o fim
do jogo, para delirar com a conclusão da
partida. Não é sempre que isso acontece
e merece o terceiro lugar por esta cons-
trução de adrenalina e comédia.
Melhor animação da Temporada
de Inverno de 2014
A verdade é uma só. Os animês que co-
meçaram nesta temporada, e termina-
ram na mesma, não foram fortes o sufici-
ente para que eu pudesse construir nem
mesmo um TOP 3, portanto, vou optar
pelo primeiro lugar apenas e dar menção
honrosa a algumas séries que assisti, mas
que não foram assim tão bem.
Witch Craft Works
Sinopse: “Takamiya Honoka é um estu-
dante comum que por acaso se sentou
perto de Kagari Ayaka, a "Princesa" da
escola. Ele nunca falou uma palavra com
ela, porém, um dia, quando a vida de
Takamiya estava em perigo, Kagari apa-
rece para salvá-lo vestida de bruxa. Des-
sa maneira é revelado que Kagari é uma
bruxa e que Takamiya está sobre a pro-
teção dela. Ela irá protegê-lo de qual-
quer perigo que apareça”. Retirado do
Crunchyroll .
O ponto forte do enredo foi alterar o
esquema do “cavaleiro que salva a prin-
cesa”. Aqui, com esta inversão, foi a bru-
xa que salvou o príncipe. Pelo menos,
isso ocorreu em grande parte dos capítu-
los, mas, vez ou outra, o Takamiya con-
seguia salvar o dia.
Vejam bem que o enredo não é para ser
levado à sério, sendo uma comédia ro-
mântica na qual o homem é submisso.
Os pontos fortes foram: animação bem
feita, personagens femininas bacanas,
música (o encerramento e a abertura
foram um sucesso, por isso, deixo os dois
aqui) e, por fim, uma ação boa aqui e
acolá. Foi diversão garantida e forte o
suficiente para estar aqui.
Menção Honrosa Melhores Animês que
Terminaram na Temporada de Inverno
de 2014 (MHMATTI- argh, peguei a ma-
nia de uma personagem de Sket Dan-
ce): Gin No Saji- 2ª Temporada por evo-
luir os personagens, e mostrar uma me-
lhor relação entre eles. Pecou pela ma-
nia da autora de criar dramas que não
são necessários, ou poderiam ser evita-
dos.
Menção Honrosa Melhores Animês que
iniciaram e terminaram na Temporada
de Inverno de 2014 (MHMAITTI- argh, se
mata cara!): Wizard Barristers (o que
houve com o 11º capítulo deixou a série
tão triste, que perdeu a posição para
Witch Craft Works. Ainda não sei se fal-
tou dinheiro, ou se foi censura).
Todos assistidos pelo Crunchyroll. Cli-
quem no nome de cada série e serão
levados para lá. E assim ficamos. Tchau,
pessoal! Abaixo um poema!
O Amanhecer na Juventude e o Entardecer na
Maturidade
Este livro terá duas apresentações, pois será dividido em duas partes. Ambas possuem a finalidade de representar, com meus
textos, duas fases de minha vida: a juventude e a maturidade. Para tanto, reuni poemas que representem, fielmente, meu es-
tado de espírito nestas duas épocas. Na época do ensino fundamental, até a faculdade, eu escrevia meus sentimentos em pa-
pel. Um dia, resolvi reunir tudo e publicar. Assim nasceu o Despertar do Amor, em 2004, pelas mãos da editora Litteris. E faço,
destes textos, a primeira parte do livro, intitulada Amanhecer na Juventude. Revendo os textos aqui escritos, revisando-os, eu
vi como eram intensas as minhas emoções. Amo-
res não correspondidos, desejos carnais, fé em
Deus, tudo isso misturado em bloquinhos de tex-
tos, ou versos, com intensidade jovial, algumas
rimas e ingenuidade. Fiquei espantado como eu
interpretava a vida nessa época. Se pudesse voltar
no tempo, eu me encontraria e diria a mim mes-
mo: “relaxa, cara! Vai viver a vida, vai à Disney e
toma muito banho de praia, porque a vida não é
só isso que você está escrevendo. A vida é canção,
sensação, mas, acima de tudo, a vida é um cami-
nho belo que nos ensina muito. Não perca seu
tempo apenas refletindo sobre ela e vai vive-la
com a mesma intensidade que escreve estes tex-
tos. Vai por mim, a vida é mais serena do que es-
tes textos!”
Enfim, agora que já disse isso a mim mesmo, eu
publico estes textos revisados. São textos góticos,
até depressivos. Se houvesse um tipo poético que
compreendesse as características apresentadas,
pela maioria destas letras escritas, em minha ju-
ventude, este tipo poético seria da fase romântica
da literatura, ou seja, os textos aqui compreendem
muitas destas características, como o apreço pelo
campo (flores, praias e paisagens), o amor não
correspondido, a musa que inspira, a fé em Deus
(religiosidade), a rejeição e, por fim, o sobrenatu-
ral. Então, posso dizer que este livro é marcado
pelas características da literatura romântica. Espe-
ro que gostem da leitura deste livro, assim como
gostei de tê-lo escrito e reescrito.
Já na Amazon
http://www.amazon.com/Amanhecer-Juventude-Entardecer-Maturidade-Portuguese-ebook/dp/
B00DNLXTHE/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1418915893&sr=8-1&keywords=patrick+raymundo+de+moraes
Animês de Primavera– 2014! Vencedores na opinião do Outros Papos!
Estamos chegando ao fim de mais uma
temporada! Na avaliação da temporada
passada, por causa de muitas restrições
minhas, apenas um animê foi seleciona-
do como o vitorioso e este animê foi
Witchcraft Works. Para esta temporada,
vou ser mais flexível. O que vai contar
pontos para as séries são os seguintes
fatores: um enredo que seja interessan-
te, uma direção que saiba entregar o
enredo de maneira convincente, uma
animação de qualidade e carisma, ou
seja, que eu goste da série. Sim, em tem-
poradas passadas eu selecionei até sé-
ries que não gostava muito, mas que
tinham excelência em sua produção.
Agora não, pois todas aqui são incríveis e
eu me afeiçoei demais a elas todas! Va-
mos lá!
Veja aqui as minhas primeiras impres-
sões sobre algumas séries!
1º Lugar - No Game, No Life de Yuu
Kamiya
Sinopse: Dois irmãos neets, termo que
significa “sem emprego, sem educação e
sem treinamento”, mas muito habilido-
sos com jogos, são transportados para
um mundo no qual todos os conflitos são
resolvidos através de jogos. Lá, tornam-
se soberanos!
A série chegou causando impacto por ser
de um nipo-brasileiro. A minha primeira
avaliação foi: “A motivação dos dois ir-
mãos, que não se relacionam com nin-
guém, trancados em seus quartos, é
muito convincente. Esta motivação é
justificada pelo modo como os dois ob-
servam este mundo. É palpável que os
dois se tranquem em seus quartos por
acharem a realidade deles cruel, falha e
sem sentido, tal qual um péssimo jogo já
criado. Esta motivação, assim como a
grande habilidade deles com o jogo
(lógica pura, grande raciocínio e bom
senso de observação) faz com que os
dois se isolem. Isso não significa que
sejam ruins, ao contrário, podemos ob-
servar nas atitudes deles muito carinho
um pelo outro, bem como um certo sen-
so de justiça, que não cai no maniqueís-
mo, mas se aproveita dele para interpre-
tar corretamente a realidade”. E isso
continuou a ser entregue em cada capí-
tulo. A saber, a forma como Sora descre-
ve a humanidade é tão atual que me
espantei. Segundo ele, a humanidade é
medíocre, mas, dentro desta mediocri-
dade, existem indivíduos que se desta-
cam, por isso, a humanidade deveria ser
preservada, pois dela pode sair seres
geniais como a Shiro! Amar a humanida-
de é amar esta possibilidade de cresci-
mento e genialidade! A humanidade,
então, tem grande possibilidades e acre-
ditar nessas possibilidades é acreditar
em seres que se destacam. Uma visão
incrível que nos foi repassada, pois vá-
rias séries nos trouxeram enredos em
que a humanidade está um verdadeiro
caos, sendo impossível acreditar nela,
como em Black Bullet, mas esse fio de
esperança na possibilidade da humani-
dade evoluir foi o grande trunfo deste
enredo.
Além disso, a série manteve um ritmo
interessante, sempre entregando um
roteiro genial de forma positiva e eficien-
te. A direção também entregou uma
animação linda, com cores quentes e
fortes, tom humorístico peculiar, às ve-
zes ofensivo e chocante, mas com refe-
rências dignas e homenagens hilárias a
outras séries, como a Dora, a Dejiko e o
Wryyyyy (os fortes entenderão).
Ou seja, começou forte e intenso e a
direção terminou estes capítulos, refe-
rentes a esta temporada, com a mesma
intensidade e genialidade, por isso, man-
teve o cinturão de Vencedor da Tempo-
rada de Primavera 2014 pelo blog Outros
Papos!
2º Lugar- The World Is Still Beautiful
Sinopse: “Baseado no mangá de Dai Shii-
na, O Mundo Ainda é Lindo é um roman-
ce fantástico centrado em Nike Lemerci-
er, a quarta princesa do Reino Dukedom,
com os poderes únicos de invocar a chu-
va. Depois de perder um jogo de pedra
papel ou tesoura com suas irmãs, ela
tem que se casar com o rei do Reino En-
solarado, Livius I. Quando ela o encontra,
descobre que ele ainda é uma criança,
mesmo tento conquistado o mundo so-
mente três anos antes de ascender ao
trono. Mesmo eles sendo estranhos no
começo, eles logo começam a se enten-
der e desenvolvem laços emocio-
nais” (CR).
Eu me enganei sobre os personagens.
Apesar da Nike parecer com Lina Inverse,
ela possui mais poesia e beleza em seu
comportamento. Após alguns capítulos,
a sombra da Lina Inverse (Slayers) deixa-
a e ela começa a ter uma personalidade
mais romântica, mais voltada para o oti-
mismo, de que o mundo pode ser belo.
Já Livius não possui mais qualquer refe-
rência à sua habilidade para governar,
por isso, não pude reafirmar as caracte-
rísticas que poderiam ligar a personalida-
de dele com a de Alexandre- o grande.
Entretanto, a construção da personalida-
de de Livius foi interessante. Um garoto
com a responsabilidade de um homem,
um coração frio que a chuva da Nike
começa a mudar. Um relacionamento
bem construído, na verdade!
Por isso, o enredo volta-se para o relaci-
onamento de ambos e a construção do
carinho e amor que os dois sentem. Pas-
sa a ser um seriado romântico focado na
intimidade deste casal e suas aventu-
ras. Um amor complicado, pois existe
forte resistência contra o casamento
deles no início e, com isso, o enredo deu-
nos boas lições sobre o ciúme- “O Ciúme
em The World Is Still Beautiful”. Essa
construção intimista me deixou a assistir
a uma comédia romântica ideal, por isso,
ela subiu de posição.
3º Lugar- Nanana Buried Treasure
Sinopse CR: “"Ryuugajou Nanana no Mai-
zoukin" fala sobre Jyugo Yama, um rapaz
que foi deserdado por seu pai e forçado
a se transferir para uma escola em uma
ilha artificial. Ele começa a viver sozinho
até que descobre que seu quarto é as-
sombrado pelo fantasma de Nanana
Ryuugajou. Ela foi assassinada dez anos
atrás e não pode descansar em paz até
que seu assassino seja encontrado. Antes
de morrer, Nanana colecionou coisas do
mundo todo e as escondeu na ilha. Jyugo
e Nanana saem em busca desses tesou-
ros para, assim, usar seus misteriosos
poderes e encontrar o assassino”.
Eu não estava dando muita bola para
essa série, até surgir a Tensai. Uma per-
sonagem na qual o autor resolveu colo-
car todo o carisma de um genial detetive.
Sim, ela tem uma linha de construção de
raciocínio semelhante a de Sherlock Hol-
mes e não é uma dedução enganosa.
Detesto enredos nos quais eu percebo a
trama antes mesmo do detetive, e este
enredo me trouxe uma detetive genial,
que me mostra o caminho pelo qual se-
guir, ou seja, ela percebe coisas e deduz
tão rápido quanto você. Com isso, fiquei
interessado na série.
Já o enredo fica orientado na descoberta
de tesouros e na tentativa de se desco-
brir o assassino de Nanana. Uma vez com
humor, outra com ação, o enredo tenta
nos mostrar esta realidade divertida que
me fez lembrar, também, de Indiana
Jones, e outros filmes semelhantes, mas
sem o impacto que os mesmos possuem.
Outra coisa que me encantou na série é
a qualidade das cores. Cada olhar é uma
joia preciosa diferente. Cores lindas que
te deixam fisgado. O enredo, então, ga-
nha força na qualidade da animação e na
presença da Tensai, por isso, a série che-
gou ao terceiro lugar deste meu TOP.
4º Lugar- Baby Steps
Sinopse CR: “Baseado no mangá de
Hikaru Katsuki, Baby Steps gira em torno
de Eiichiro Maruo, um aluno exemplar
que fica frustrado com a vida e resolve
entrar no clube de tênis. Apesar de não
ter experiência nem força física, ele usa
sua tendência ao estudo para abordar o
tênis de uma forma estratégica. Anotan-
do os hábitos e tendências de seus opo-
nentes, ele consegue prever o próximo
movimento antes mesmo de eles agi-
rem. Ele também encontra Natsu Taka-
saki, uma bela garota que ama tênis.
Com a ajuda dela, ele resolve virar joga-
dor profissional”.
Baby Steps ficou com o quinto lugar por
mostrar um tênis absolutamente normal,
ou seja, sem nenhuma jogada sobrena-
tural, cheia de KI ou elementos assim.
Por essa proximidade com a realidade
correta do tênis, a série ficou genial. Vale
conferir!
Conclusão
Estas foram, na minha opinião, as melho-
res séries desta temporada. Captain
Earth e Mushishi mantiveram uma boa
média, mas foram engolidas por estas
animações. Já Blade and Soul decaiu
muito, tanto na animação, no enre-
do, na justificativa da série e motivação
dos personagens, por isso, larguei a série
para lá em me concentrei nestas outras.
Esta temporada foi uma das mais diverti-
das.
Menções honrosas e aplausos para:
5º Lugar- Mushishi pela serenidade na
direção.
6º Lugar- Jojo Bizarre Adventure pela
forma "badass" de resolver as lutas e
homenagens a filmes americanos.
7º Lugar- Captain Earth pelo equilíbrio
da direção.
8º Lugar- Love Live pelas músicas belas e
pela emoção.
Eu também decidi informar caso houves-
se alterações no meu TOP 5 e algumas
séries já caíram. Atualmente, o meu TOP
5 está assim definido: 1- No Game, No
Life; 2- The World is Still Beautifull; 3-
Mushishi; 4- Nanana Buried Treasure e 5
- Black Bullet. Blade and Soul caiu, pois a
animação perdeu qualidade, o enredo
tornou-se capenga e os personagens não
cativaram. Já Captain Earth permaneceu
com a mesma qualidade, mas perdeu o
lugar para Nanana pois o enredo dessa
caça aos tesouros está realmente mais
empolgante na minha opinião. Ao infor-
mar alguma mudança, eu não pego
meus leitores desprevenidos, pois já
sabem o que está acontecendo com meu
gosto pessoal.
Queria, também, deixar aqui três animês
desta temporada que não estarão no
TOP 5, e isso já tenho certeza, mas que
são bons e merecem uma divulgação.
Com isso, tento fazer com que os textos
para esta temporada se tornem mais
diversificados e que alcancem mais títu-
los. Vamos aos três, então. Clique nos
nomes para ser enviado à página do CR e
assistir aos três.
Kanojo Ga Flag wo Oraretara
Sinopse via CR: “Baseado na light novel
de mesmo nome escrita por Toka Takei e
ilustrada por Cuteg, Kanojo ga Flag wo
Oreratata fala do aluno novo Souta Hata-
te, que possui a habilidade de ver o futu-
ro das pessoas ao seu redor através de
bandeiras posicionadas acima da cabeça
delas. No entanto, em vez de viver por
conta própria após se transferir para a
Escola Hatagaya, de alguma forma ele se
vê morando sob o mesmo teto de lindas
meninas!”
É maluco! Esse seriado é tão doido que
merece destaque nesse TOP dos Excluí-
dos do TOP 5! Todos os clichês de harém
estão presentes, e tudo é conduzido de
forma meio insana. Por isso, ele é muito
cômico. As bandeirinhas que o Souta vê
são o centro de situações surreais, como
a transformação de uma pessoa de tsun-
dere para deredere. Outras situações
são igualmente engraçadas, como a situ-
ação do Megu e o bullying que ele sofre.
Vai dar uma espiadinha nessa loucura,
pois acredito que vai cativar a muitos!
Is The Order a Rabbit?
Sinopse via CR: “Kokoa chega à sua nova
cidade na primavera para começar seus
estudos no ensino médio, mas ela se
perde e acaba entrando em um café
chamado "Rabbit House", que acaba
virando o lugar onde ela irá morar. Todas
as pessoas de lá são tão fofinhas: a pe-
quena, porém adorável Chino, a soldado
Lize, a gentil japonesa Chiyo e a sofistica-
da porém realista Sharo. Elas se juntam
às colegas de classe de Chino, Maya e
Megu, e ao fiel cliente do café, Sr. Aoya-
ma. Tudo é tão fofinho todos os dias no
Rabbit House!”
Quer um animê em que nada de impor-
tante acontece, mas que, mesmo assim,
você gosta de assistir, justamente por
tudo ser tão kawaii? Esse seriado é “Is
The Order a Rabbit?” e você não se arre-
penderá. É um título que possui grande
força de vendas. Eu o vejo com potencial
para ser exibido aqui pelos canais por
assinatura e vendendo muitos produtos
relacionados com a série, pois é uma
série ao estilo Hello Kitty. Esse seriado
pode vender desde estojos, mochilas e
sandálias, até, brincos. E porquê? Porque
alcança um público diversificado, desde
crianças a jovens adultos e tem um caris-
ma forte.
Ele não entra no meu TOP 5, mas vejo
nele grande potencial de vendas e é tão
bonitinho que vai cativar as meninas.
Majin Bone
Sinopse via CR: “Ryuujin Shougo é um
aluno qualquer do ensino médio que
passa seus dias na sombra e água fresca.
Mas toda essa paz está prestes a acabar
quando “Dark Bone” aparece diante dele
tentando matá-lo. No entanto, suas ten-
tativas são frustradas diante a habilidade
de se esquivar de Shougo, mas o mons-
tro consegue capturá-lo. O fim está pró-
ximo, quando... Uma "Carta" surge do
TOP 3 dos Excluídos do Top 5– Primavera 2014
chão e, quando Shougo a pega, coisas incríveis acontecem!”
Enquanto vejo potencial de vendas para o seriado acima, Majin Bone não fica atrás. O público jovem masculino vai se identifi-
car com esse seriado, que mistura ação, cartas e pode vender bonequinhos como água. É o típico seriado que pode passar no
Cartoon Network, ou nas manhãs do SBT.
Ele possui um apelo forte para os brasileiros, pois um dos personagens é brasileiro, joga capoeira, gosta de dançar e tem um
jeito bem alegre. Ele pode ser um elo entre o seriado e o público brasileiro.
Recentemente, comecei a acompanhar
esta série. Eu não a conhecia e nem lia o
mangá aqui publicado pela JBC. Lenta-
mente, comecei a gostar da estrutura do
enredo e a curtir o lado cômico. Para
mim, possui as melhores piadas que já vi
em séries do gênero. Entretanto, não é
sobre isso que gostaria de escrever.
Quando um capítulo se sobressai, imedi-
atamente presto homenagens ao valor
do enredo. Foi assim com Idolm@ster
(CHIHAYA E O ROUXINOL), com Fate
Zero (Fate Zero: Ethos, Mores e Lei!),
com The World Is Still Beautiful (O ciú-
me em "Soredemo Sekai wa Utsukushii"
– Capítulo 7) e tantas outras séries. Des-
ta vez, rendo homenagens ao enredo de
Fairy Tail 22 (assista no Crucnhyroll). Se
ainda não viu, pare aqui, pois tem spoi-
lers!
O Valor do Minuto
Sinopse do capítulo: “Several of the
Fairy Tail wizards are dead, dying, or
surrounded on all sides. To save
everyone and repent her multitude of
sins, Ultear casts a spell that will hope-
fully turn time back to before the Eclipse
portal was opened, even though the
cost is her own life”.
A
defi-
nição de um bom suspense começa com
um obstáculo que o herói precisa ven-
cer, mas, apesar de todos os seus esfor-
ços, não o vence. Esgotado, o herói não
vê recursos para vencer o embate. Ele
falha, ou está prestes a falhar. Não exis-
te uma solução visível para o herói e
esse sentimento de impotência é passa-
do para o espectador, que acompanha o
momento. Até então, acreditava que o
autor possuía dois caminhos: 1º- Sacrifi-
car o herói derrotado, matando-o; 2º-
Um milagre! O clima deste capítulo não
poderia ser mais adequado a isso. Todos
os heróis caídos, muitos mortos, e uma
batalha perdida.
O 1º caminho parece negado, pois não
existe nenhum herói em condições de
combate. Grey, Lucy, e todos os magos
da Fairy Tail estão mortos ou prestes a
morrer. Só resta ao autor o segundo
caminho, certo? Errado! Existe um ter-
ceiro caminho, uma redenção. Segundo
o dicionário informal, “A expressão re-
denção, origina-se do ato de soltura de
um escravo, que ocorria no primeiro
século, mediante o pagamento de um
preço. A palavra foi emprestada pelos
cristãos da igreja primitiva para designar
a libertação da escravidão do pecado
por meio da obra redentora de Jesus
Cristo”.
Redenção, nesse sentido, é o pagamen-
to de um tributo para gerar a liberdade
de um escravo. Ultear é uma escrava de
um passado de crimes, pois foi uma das
vilãs da série (wiki). Wiki: “Ultear é uma
maga e a filha de Ur. Ela já foi um mem-
bro da Grimoire Heart, da qual era a
líder do time mais poderoso, os Sete
Parentes do Purgatório. Após deixar a
Guilda das Trevas, tornou-se uma Maga
Independente ao juntar-se à Crime Sor-
cière, onde permaneceu até os eventos
que se deram no final dos Grandes Jo-
gos de Magia de X791”.
Já buscando redimir-se de seus erros
passados, Ultear decide usar sua magia
de regresso temporal. Este feitiço faz o
tempo regredir, com o preço de extin-
guir o tempo de vida do mago que a
invocar. Neste instante de dor e arre-
pendimento, Ultear evoca essa magia
com a intenção de que seu sacrifício
máximo possa evitar toda essa tragédia.
Aqui, os três caminhos se fundem em
um só: a redenção da vilã, que se sacrifi-
ca, esperando por um milagre.
Cena do sacrifício no mangá
E esse milagre ocorreu? Ao olhar para o
relógio, Ultear se desespera. Ela conse-
gue regressar o tempo em apenas um
Fairy Tail e o Valor de Um Minuto!
minuto. Ela tomba achando que seu sacrifício em nada contri-
buiu para a vitória. Ela cai em prantos, achando que seu sacri-
fício foi inútil. Mal sabe ela o valor que um minuto possui. Se
em um minuto soma-se o sonho com a realidade, então, não
há como mensurar o valor de um minuto.
Gabriel, o Pensador já cantava a força de um minuto: “mas
tem hora que um minuto pode ser tempo demais, um minuto
de tormento pode ser muito mais lento do que um minuto de
paz” e já o livro Cada Minuto na Terra comenta que “no minu-
to em que você começar a ler este texto milhares de coisas
estarão acontecendo: a Terra será atingida por 6 mil relâmpa-
gos, quase 1.000 quilos de pipoca serão consumidos, 21 mil
pizzas serão assadas, 954 celulares com câmeras serão vendi-
dos ao redor do mundo, a Estação Espacial Internacional viaja-
rá quase 500 quilômetros ao redor da Terra e 12,5 bilhões de
litros de água do rio Amazonas chegarão ao oceano! (...) E
você? O que consegue fazer em 1 minuto”?
Respondendo ao autor do livro, em um minuto Ultear salvou
todos os integrantes da Fairy Tail. Em um minuto, a ordem
cronológica da história se restabeleceu e a chance de vitória
surgiu. Em um minuto, uma redenção ocorreu, uma heroína
apareceu e um milagre nasceu. Brilhante decisão do autor.
Desta forma, temos aqui diversas lições de enredo que o autor
Hiro Mashima nos deu: um terceiro caminho para a trajetória
do suspense, no qual o vilão redime-se, sacrifica-se e ocorre o
milagre, além do valor precioso de um único minuto. Esse ca-
pítulo, portanto, merece todo o meu respeito!
No segundo capítulo desta série, Kirito
nos apresenta uma definição do que
poderia diferenciar o “real” do “virtual”.
Para ele, a diferença está basicamente
na quantidade de informações que são
repassadas. Para o ambiente real, a
quantidade de informações e dados que
nos são repassados é maior que no ambi-
ente virtual. Nesse sentido, o ambiente
virtual que se desenvolva e aplique mais
informações aos sentidos transformar-se
-á em ambiente real, ou estará próximo
ao “real”.
São questões interessantes que envol-
vem filosofia, semiótica e computação.
Vamos ver se ele está certo? Na verdade,
uma pesquisa, mesmo que pequena,
com a finalidade de preencher um blog,
ainda pode promover um debate. Lem-
brando sempre que na construção da
pesquisa nada está certo, ou errado, mas
alimenta com dados pesquisas futuras,
que podem comprová-la ou refutá-la.
Para André Luis Silva da Silva, “de acordo
com Thomas Kuhn (1962), epistemólogo
que abordou como conceitos funda-
mentais a evolução científica a partir da
superação e mudança de paradigmas,
uma mudança de paradigma nas ciên-
cias consolida-se como o ponto de parti-
da para um ensino com utilidade, que
forme sujeitos pensantes e questiona-
dores, capazes de positivamente intera-
gir em uma sociedade cada vez mais
complexa e exigente”.
Comecemos pelas definições que farão
parte da lógica de construção da realida-
de. Já no primeiro texto que li, O mito do
“virtual” e da “virtualidade”, o professor
José Antônio Meira da Rocha tem pensa-
mento semelhante. Ele parte do conceito
de “virtual” e “virtualidade” para cons-
truir seu pensamento. Nos seguintes
parágrafos, dou uma leve pincelada no
que ele escreveu. Para ler o texto com-
pleto, deixarei o link em seguida.
Para a Computação Gráfica
No XII Symposium on Virtual and Aug-
mented Reality, ocorrido em maio de
2011, em Minas Gerais, o conceito de
mundo virtual foi divulgado e “definido
como uma interface computacional que
permite ao usuário interagir em tempo
real, em um espaço tridimensional gera-
do por computador, usando seus senti-
dos, através de dispositivos especi-
ais” [Kirner 2011]. O usuário pode per-
ceber o mundo virtual, através de uma
janela constituída pela tela do monitor
ou pela tela de projeção ou ser inserido
no mundo virtual, através de capacete
(HMD) ou de salas com multiprojeção
(cavernas) e dispositivos de interação”.
Aqui já temos uma pequena pista, pois a
palavra virtual está empregada. Sabem
quem a usou pela primeira vez? Segun-
do José Antônio Meira da Rocha, o termo
foi usado pela primeira vez em 1950. Em
1989, Jaron Lanier popularizou o termo
criado por Ivan Sutherland. Assim ele
explica a origem um tanto bagunça-
da: “Eu originalmente me aproximei do
termo como uma reação ou uma respos-
ta a um termo que já estava por aí. Tinha
um cara chamado Ivan Sutherland — ele
é o pai da computação gráfica — e ele
usava o termo ‘mundos virtuais’, o qual
na verdade remete a uma filósofa das
artes chamada Suzanne Langer. Ela fala-
va sobre mundos virtuais nos anos 1950,
antes que houvesse tecnologia para ima-
giná-los; ela estava usando o termo co-
mo uma metáfora” e, mais adiante, José
continua a explicação, ao afirmar que
“Suzanne Langer, uma filósofa da músi-
ca, descreveu estas concepções de virtu-
al no livro Sentimento e Forma, publica-
do originalmente nos anos 1950
(LANGER, 1980). Para ela, olhando um
quadro figurativo criaríamos em nossas
mentes um “mundo virtual”. Um quadro
de paisagem criaria aquela paisagem em
nossa mente”.
Para a Semiótica
É interessante notar que o termo usado
fora criado com uma significação diferen-
te, por isso, precisamos estabelecer mais
significados para o termo “virtual”/
“virtualidade”. A semiótica é o estudo
dos signos e dos significados e pode ser
usada nesta questão por aferir profundi-
dade ao termo. Para a definição estabe-
lecida no simpósio, existe um processo
comunicacional entre o usuário e a má-
quina em tempo real, ou seja, tudo é
linguagem, portanto, tudo é significação
e significado (semiótica). O virtual é algo
em potencial, que se materializa no cam-
po das ideias (Platão). Ao se dar profun-
didade ao virtual, ele deixa de ser algo
em potencial e torna-se algo de fato, ou
seja, o real.
O professor José Antônio não gosta do
termo definido por Lévy, pois, para ele,
os conceitos dados pelo pesquisador
apontam que tudo pode ser virtual. No
entanto, o professor ao final de seu texto
afirma que tudo é real, então, ele apenas
inverteu a ótica de Lévy. Se para Lévy o
virtual não é uma ilusão, mas um proces-
so de construção da realidade desde o
primeiro pensamento da humanidade, o
professor José defende que nada é virtu-
al, pois tudo é massivamente real, inclu-
indo o próprio pensamento que é uma
interação sináptica.
Fábio Oliveira Nunes usa a definição de
Lévy, “A virtualização não é, em ne-
nhum momento, um desaparecimento
ou uma ilusão. Ela é, afirma Lévy (nota),
uma dessubstancialização que se inclina
na desterritorialização, num efeito Moe-
bius, na passagem sucessiva do privado
ao público, do interior ao exterior e vice
-versa. A subjetivação (dispositivos téc-
nicos, semióticos e sociais no funciona-
mento somático e fisiológico do indiví-
duo) e a objetivação (influência dos atos
subjetivos na construção do mundo) são
dois movimentos complementares des-
se processo virtualizante. Para Lévy, a
virtualização não é um fenômeno recen-
te, pois toda a espécie humana se cons-
truiu por virtualizações (gramaticais,
dialéticas e retóricas). O real, o possível,
o atual e o virtual são complementares
e possuem uma dignidade ontológica
equivalente" .
Ao final, José defende novos termos,
pois virtual não tem uma definição preci-
sa, “Em Pedagogia, Informática e Comu-
nicação, os termos “virtual” e
“virtualidade” são definidos imprecisa-
mente ou impropriamente e não expli-
cam a natureza dos fenômenos em que
são aplicados. Como significado oposto
ao real, não devem ser usados porque
todas as interações que existem no uni-
verso são reais, inclusive a imaginação.
Ou, visto pelo ângulo da Semiótica, todos
os fenômenos do universo são significa-
ções”.
Complemento ao afirmar que o pensa-
mento não é apenas gerado e distribuído
por células nervosas (neurônios), mas
também influencia nesta rede sináptica,
principalmente se nos referirmos ao pen-
samento abstrato. O Pensamento Abs-
trato-- Dr. Jorge Martins de Oliveira e Dr.
Júlio Rocha do Amaral— o pensamento
abstrato “quando envolvido num proces-
so de criatividade, ele adquire uma tal
magnitude, que acaba por se constituir
em forte estimulo, capaz de promover a
proliferação dendrito-axonial, criando
novas sinapses. Torna-se, assim, um po-
deroso estimulador do aprendizado, do
conhecimento e da potencialidade de
memorização”. É algo “físico-virtual” no
qual o virtual transforma o real, ou seja,
impulsos elétricos (virtual) promovendo
estímulos e crescimento de redes sináp-
ticas (material/real). O virtual, então, é
um nível estagiário do real que o comple-
menta.
Conclusão
A conclusão que se chega é que o virtual
é um nível de conhecimento do real
(realidade). Assim como o próton e o
elétron são partes de um átomo, real e
virtual são partes do mesmo processo
dimensional que nós chamamos de reali-
dade. O virtual é um passo ao real, não
sendo contrário a ele, mas sua mais im-
portante ferramenta de construção. Des-
ta maneira, Kirito pode ter acertado ao
defender que o virtual necessita transmi-
tir mais informações para se aproximar
do real.
O professor José, ao tratar dos termos
“interação ao vivo” e “interação online”
já utiliza termos parecidos com as pala-
vras do Kirito e chega a uma proximidade
com o conceito lançado em Sword Art
Online.
A rigor, não existe diferença entre uma
interação ao vivo e uma interação por
computador, a não ser na forma de mai-
or resolução e qualidade da mediação.
Uma interação ao vivo tem maior resolu-
ção, maior quantidade de informações
que uma mediação por computador.
Mas também é mediada. Sendo ambas
interações mediadas e tendo ambas a
mesma natureza, como todas as media-
ções, não faz sentido diferenciá-las, a
não ser pelo nome da mídia: interações
ao vivo, interações online, por exemplo.
Desta forma, podemos perceber que as
palavras do Kirito possuem substância e
estão de acordo com conceitos elabora-
dos por diversos estudiosos. Vamos esperar e ver se, algum dia, poderemos ter um avanço tecnológico que nos permita entrar
em jogos e viver neles como se fossem parte da dimensão que chamamos de realidade.
Em 22 de julho de 2014, dei início à mi-
nha lista de favoritos para a Temporada
de Verão 2014e, apoiado pela ideia de
que a simplicidade dá grandes roteiros,
optei por avaliar as séries desta tempora-
da segundo este quesito. E a simplicidade
não é assim fácil, ou óbvia. No texto
“Exemplos de áreas cinzas”, escrevi o
que um roteirista entendia sobre a cons-
trução de roteiros:
“As grandes ideias não funcionam. Co-
mece com uma ideia pequena que possa
ser expandida. Com a saga dos filmes
Bourne, eu nunca li os livros (uma trilo-
gia de Robert Ludlum), preferi começar
do zero. A premissa simples do persona-
gem Jason Bourne é: ‘eu não sei quem
sou, nem de onde venho, mas talvez eu
possa me definir através do que sei fa-
zer’. Construímos todo um universo a
partir desta pequena ideia. Isso começa
modestamente e vai sendo construindo
passo a passo. É assim que se escreve
um filme para Hollywood” (Tony Gilroy).
Em outras palavras, comece simples, com
uma ideia singela e depois a evolua gra-
dualmente. Para Clarice Lispector, “que
ninguém se engane, só se consegue a
simplicidade através de muito trabalho”.
Pensei, então, em realizar duas listas,
pois percebi uma coisa: uma área cinza
pode ser simples também. Esse pensa-
mento perturbou a ordem deste TOP,
portanto, optei por criar duas classifica-
ções. A primeira classificação é a de ro-
teiros simples, sem áreas cinzas. A segun-
da classificação é a de roteiros com áreas
cinzas simples, ou seja, áreas cinzas que
não alteraram significativamente a or-
dem da história, fazendo-a permanecer
em uma ordem narrativa direta. Serão
apenas 3 classificados por ordem.
ORDEM DA NARRATIVA SIMPLES
Em 1º lugar- Hanayamata
Sinopse CR: “Não importa como olhe-
mos, ela sempre vai parecer uma menina
comum. Sem qualquer tipo de talento
especial para os esportes, para as artes
ou para os estudos. Apenas uma menina
normal. É assim que Naru Sekiya é, a me-
nina comum que vive à sombra de sua
grande heroína, a linda e perfeita Yaya
Sasame. Até que, numa noite de lua
cheia, Naru encontra uma fada, uma lin-
da menina que a convida ao maravilhoso
e desconhecido mundo da dança yosa-
ko”.
Essa série poderia tanto estar aqui, quan-
to na outra lista que se segue abaixo.
Decidi coloca-la aqui, pois as áreas cinzas
que se apresentam na série são restritas
a pequenos arcos, ou capítulos, não in-
terferindo significativamente no desen-
rolar da história.
O primeiro lugar justifica-se pela constru-
ção de enredo com os “personagens
transformadores” que tanto aprecio.
Para quem não acompanha meu blog,
um personagem transformador é aquele
cuja existência interfere diretamente no
destino, ou ambiente, de outros persona-
gens. Essa interferência ora é benéfica,
ora é maléfica. Em resumo, ele transfor-
ma a vida dos personagens ao seu redor.
Para Hanayamata, nós temos persona-
gens transformadores benéficos, isto é,
personagens que alteram para melhor a
vida de outros personagens. Essa altera-
ção promove amadurecimento dos mes-
mos.
Hana altera o destino da Naru, que altera
o destino de Yaya e assim por diante, em
uma cadeia de transformações. Essas
transformações ocorrem, pois existem
traumas e medos que promovem fraque-
zas. Estes medos são decorrentes do pas-
sado das personagens e ficam ocultos
(áreas cinzas) até que seja necessário ao
enredo contar. Ao ser contada, a história
transforma-se pela participação do per-
sonagem transformador que ajuda a ou-
tra personagem a superar o medo, a fra-
queza ou a dor que ela sente.
Como suspeitei que a história iria dialo-
gar com a audiência, mostrando-a como
a vida poderia ser bela, pelo amor à tra-
dição, e às amizades, o personagem
transformador não poderia faltar, pois é
através dele que o autor dialoga com o
íntimo dos personagens e, também, com
o íntimo do espectador que, porventura,
esteja passando por problemas seme-
lhantes. Isso enriquece o roteiro de ma-
neira a deixar a série muito próxima de
nossos corações. Merece o primeiro lu-
gar.
Vencedores, em duas listas, para a Temporada de Verão
2014
Em 2º Lugar- LOCODOL
Sinopse CR: “Nanako é uma colegial que
se torna a estrela em sua cidade a pedi-
do de seu tio. Na companhia de Yukari,
sua colega de classe linda, maravilhosa,
perfeita e totalmente cabeça-oca, Nana-
ko embarca na carreira de estrela juvenil
e dá entrevistas, aparece na televisão a
até faz show! Tudo dentro dos limites de
sua pequena cidade, claro.”
Um roteiro genial, pois sua premissa não
é apenas uma história sobre ídolos lo-
cais, ou Locodols, mas sobre uma cidade
pequena no interior de Hiroshima. Uma
cidade chamada Nagarekawa. Fui procu-
rar no Google o distrito (veja-o aqui).
Através do enredo cômico, sobre garotas
que são escolhidas para formarem um
grupo de locodols, eles acabam por di-
fundir a região. A mensagem por detrás
do roteiro torna-se clara: difusão da ci-
dade e alguns costumes da região. Para
tanto, as ídolos promovem a região em
festivais e aparições na televisão.
O roteiro, então, chama a atenção para
a cidade.
Não existe uma única área cinza aqui,
mas existem problemas de estrutura. O
distrito existe, mas é diferente do que se
prega no animê. Nagarekawa é conheci-
do como um distrito boêmio, mas no
animê é mostrado como uma cidade
tranquila. Talvez o enredo tenha a inten-
ção de mostrar o outro lado de Nagare-
kawa que não é difundido, assim como
sua população local, mas por não mos-
trar isso claramente dá a impressão de
que a cidade é diferente.
Por outro lado, algumas tradições foram
difundidas de maneira interessante. Fui
procurar o Deus Billiken e vi que ele exis-
te e é um amuleto de sorte em Osaka
também. Segundo oWaymarking: “The
Billiken originated in the United States
by an art teacher Ms. Florence Pretz in
1908. Its popularity grew and soon enjo-
yed worldwide celebrity. The billiken, as
a good luck charm, appears multiple
times in the Vivien Leigh and Robert Tay-
lor movie Waterloo Bridge. At least two
Billiken-themed songs were recorded,
including "Billiken Rag" and the "Billiken
Man Song. Throughout Japan represen-
tations of the Billiken were enshrined.
The Billiken was a star in Sakamoto Jun-
ji's 1996 comedy Billiken in which the
statue is restored to the Tsutenkaku in
an effort to revive the popularity of the
tower and save Shinsekai. Today you can
see statues of Billiken in many places. It
is also used as a Mascot for sports teams
such as the Saint Louis University, you
can see a statue at the university”.
Por causa disso tudo: estrutura simples,
personagens fofas, história cômica, difu-
são de cultura e tradição, a série ganhou
o segundo lugar deste TOP.
Em 3º Lugar- Gekkan Shoujo Nozaki-kun
Sinopse CR: “Sakura Chiyo é uma menina
do ensino médio que tem uma caidinha
por Nozaki Umetarou, mas quando ela
declara seu amor, ele a confunde com
uma fã e lhe dá um autógrafo. E a confu-
são não para por aí! Quando ela diz que
não pode viver sem ele, Nozaki a convida
para sua casa, mas como sua assistente.
Ele, na verdade, é o famoso mangaka
Yumeno Sakiko, autor de renomados
mangás shoujo”.
Um enredo que caminha em um trajeto
reto. Não existe uma sombra sequer de
alteração em suas linhas. A genialidade
consiste no enredo comparar as situa-
ções vividas pelos personagens, com
histórias shoujo (romance para garotas)
criadas pelo Nozaki. Quando Nozaki pre-
cisa de inspiração para suas histórias e
personagens, ele frequentemente recor-
re aos seus amigos e escola. Com isso,
podemos ver como fica a história pelo
olhar shoujo e pelo olhar da comédia
seinen. Considero Gekkan Shoujo Nozaki
-kun uma comédia ingênua, porém ma-
dura, sobre a criação de mangás.
Ficou em terceiro lugar, porque o ro-
mance sequer existiu. Foi apenas uma
justificativa para a Chiyo entrar na equi-
pe de criação de mangás do Nozaki e
começar a história de paralelos e compa-
rações entre shoujo e comédia seinen.
Todavia, acredito que isso baste, pois a
comédia é realmente o ponto forte desta
série.
ORDEM DE ÁREA CINZA SIMPLES
1º Lugar- Rokujouma no Shinryakusha?!
Sinopse CR: “Kotaro está pobre. Isso o
força a viver num pequeno apartamento
por 5 mil ienes por mês que, pelo lado
bom, ele não precisa dividir e pode des-
frutar da liberdade, mas pelo ruim, ele
precisa compartilhar com uma linda fan-
tasma que não permite que ninguém
more nele e vive tentando expulsá-lo de
lá. Não só isso: além de mal-assombrado,
o apartamento vira o campo de batalhas
de garotas mágicas que lutam pela paz e
pela justiça e por toda a sorte de garo-
tas!”
A ideia central possui uma história singe-
la, mas que respinga nela algumas áreas
cinzas. Não afetaram drasticamente o
enredo, nem mudaram o final de uma
hora para outra, então, estas áreas não
foram significativas e entra direitinho na
construção de áreas cinzas simples.
A mensagem que mais me chamou a
atenção neste roteiro é a de que estra-
nhos podem formar uma família. Imagi-
nem uma garota do submundo, uma
princesa alienígena, uma fantasma, uma
mahou shoujo, uma humana e um cari-
nha chamado Kotaro. Mais estranhos
uns aos outros não poderia haver. No
entanto, durante o desenvolver da tra-
ma, eles acabam por criar laços uns com
os outros e a disputa pelo apartamento
acaba perdendo gradualmente a força
entre eles. Há uma união. Há a formação
de uma família.
E não somente isso, mas uma per-
sonagem me chamou a atenção. A
Yurika (imagem acima) recebe um
bullying muito estranho, pois nin-
guém acreditava, até alguns capí-
tulos atrás, que ela pudesse ser
uma mahou shoujo (garota mági-
ca) e, no entanto, ela é. É meio
ilógico o pessoal aceitar o fato de
que existam alienígenas, pessoas
da terra e fantasmas, mas não
acreditar em mahou shoujo.
E isso é parte do problema que ela
enfrenta. Por ser insegura, ela é a
personagem que mais supera seus
limites na série. Todo capítulo ela
se supera de alguma forma. Ela
enfrenta estes três problemas: a
descrença que ela é uma garota
mágica, sua própria insegurança e
desmotivação pessoal. No entanto, ela
ajudou no resgate da Sanae, ajudou na
cura da Sakuraba, enfrentou outra
mahou shoujo, lutou pelos seus amigos
e, tudo isso, sem levar muita fé em si
mesma. É uma personalidade muito dife-
rente e que gostei dela pela mensagem
de superação. E ela faz isso sem cair lá-
grimas de nossos olhos com algum dra-
malhão. Simples, suave e discreto.
Outro ponto a se observar no enredo é
que um roteiro tão simples, que pode
ensinar que a diferença cultural não po-
de afastar as pessoas, e que se houver
respeito entre eles, até um território
pequeno pode ser dividido de maneira
pacífica, merece destaque. Pode servir
de alusão e metáfora para ensinar aos
pequenos a partilha adequada. Somente
isso já prova valor para estar aqui. E co-
mo o roteiro teve a tendência a estar em
uma linha reta, simples e eficiente, ape-
sar de algumas áreas cinzas (como essa
história do Cavaleiro Azul), vai ficar aqui
em 1º lugar e o quarto lugar para a histó-
ria da disputa pelo quarto. Sim, depois
dessa piada, eu me demito como come-
diante!
2º Lugar- Sword Art Online II
Sinopse CR: “Em um futuro próximo, foi
lançado um Jogo de Realidade Virtual
em Massa para Múltiplos Jogadores On-
line (VRMMORPG) chamado Sword Art
Online, onde seus jogadores controlam
seus personagens com o próprio corpo
usando um dispositivo tecnológico cha-
mado: NerveGear. Um dia, os jogadores
descobrem que não podem sair do jogo,
pois o criador do jogo os mantêm presos
a menos que eles cheguem ao 100º an-
dar da Torre e derrotem o Boss final. No
entanto, se eles morrerem no jogo, mor-
rerão também na vida real. A luta pela
sobrevivência começa agora”.
Sei que a série não se encerrará com 13
capítulos, mas deixo aqui a análise do
que vi até agora. Também brinco com a
área cinza deste enredo, pois o Kirito
nem lembra quem é o assassino desta
saga. Ele já o enfrentou, mas não se lem-
bra dele. Eu brinco dizendo que nem o
autor da série sabe quem é. Uma área
cinza soberana! Desculpem a brincadei-
ra.
É uma área cinza simples, porque o não
se lembrar do assassino, ou o lembrar
dele, não afetou a história em nada. O
enredo se mostrou bem bacana de se
seguir e divertido de se assistir. Os em-
bates ao estilo Jedi ficaram sensacionais,
bem como a construção da Sinon. Uma
garota com fobia de armas que usa um
jogo online para superar o trauma foi
fantástico.
O forte dessa série é que o enredo está
tocando na realidade de maneira provo-
cativa. Sobre a questão da Sinon usar um
VRMMORPG para superar o medo de
armas, ele vai de encontro com o que o
psicanalista Norman Doidge escreveu
em seu livro “O cérebro que se transfor-
ma”. O cérebro possui uma plasticidade
avançada, isto é, ele se adapta a quais-
quer condições, não sendo uma estrutu-
ra fixa com funções fixas. Neste livro,
conhecemos o trabalho da Arrowsmith
School que trabalha com crianças com
deficiências diversas de aprendizado e
que usam jogos para reforçar o aprendi-
zado. A mente se adapta e muda de
acordo com o que é aprendido. Usar um
VRMMORPG para superar o medo de
armas é aceitável, segundo o que se en-
sina neste livro, bem como é uma ativi-
dade semelhante às usadas na Ar-
rowsmith School.
Ainda existe a questão do “Real e Virtu-
al” que explorei em meu texto (clique
aqui) e afirmei, naquela ocasião, que a
conclusão que se chega é que o virtual é
um nível de conhecimento do real
(realidade). Assim como o próton e o
elétron são partes de um átomo, real e
virtual são partes do mesmo processo
dimensional que nós chamamos de reali-
dade. O virtual é um passo ao real, não
sendo contrário a ele, mas sua mais im-
portante ferramenta de construção. Des-
ta maneira, Kirito pode ter acertado ao
defender que o virtual necessita transmi-
tir mais informações para se aproximar
do real.
Pela bela animação, e por este roteiro
com áreas cinzas simples e proximidade
com a nossa realidade, esta série, até
este presente arco, está com o segundo
lugar garantido neste meu TOP. E, por
fim, aqui vai o terceiro lugar.
3º Lugar- Fate/kaleid linerPrism☆Illya
Sinopse CR: “Illya (Illyasviel von Einz-
bern) é uma típica estudante do Instituto
Homurabara que tem uma quedinha por
seu cunhado. Certa noite, uma varinha
de condão chamada Cajado Rubi cai do
céu em sua banheira e a faz assinar um
contrato”
Na verdade, este já é o segundo arco da
história. Neste arco, Illya acaba se sepa-
rando em duas personalidades distintas.
Na verdade, ela servira de receptáculo
para o confinamento de sua irmã
(chamada aqui de Kuro Illya). Sua irmã-
Kuro- fora selada sem memórias dentro
dela. Fala a verdade, que mãe cruel! Né?
A história, então, tem muita área cinza,
por isso não está em uma posição me-
lhor, pois as áreas cinzas tem afetado o
destino do roteiro e alterado a ordem
narrativa. No entanto, dentro da propos-
ta desta análise, a área cinza apresenta-
se de maneira simples o suficiente para
abraçar este terceiro lugar. As intenções
da Igreja, o objetivo do selamento da
Kuro, e tantos outros mistérios, ainda
não revelados, promovem uma penca de
áreas cinzas.
O que se salva é que a área cinza promo-
veu uma das cenas mais emocionantes
desta temporada, na qual a Kuro grita
por sua própria existência, fazendo-me refletir sobre o medo
da não existência e a consequência da morte. É inegável que
me senti próximo daquelas palavras, pois não conheço um
humano que não tenha, ao menos uma vez, pensado na mor-
te. Aliás, no texto sobre o valor de um minuto (Fairy Tail e o
valor de um minuto), comentei que um dos caminhos para se
resolver um suspense no qual o herói não possui mais recur-
sos para vencer, seria: 1- O sacrifício; 2- O milagre e 3- A re-
denção. E Fate mostrou o caminho do milagre nas cenas finais
que deixo abaixo. Kuro estava morrendo, já tinha desistido de
lutar pela vida e Illiya a motiva a agir. Um milagre ocorre. E
que dublagem maravilhosa a da Kuro!
Conclusão
Voltando a falar de George Bernard Shaw, ele disse uma vez
que morrer seria fácil, e a comédia seria difícil. Nesse sentido,
podemos provar que fazer comédia não é fácil e que, ao se
aplicar os julgamentos feitos por mim neste blog, às séries
desta temporada, podemos constatar que a comédia se supe-
rou, mostrando enredos geniais, cômicos e com a simplicida-
de tão difícil de se obter.
Existe a função da comédia que é a de nos fazer refletir sobre
os nossos costumes. Sir Hob afirmava nesse sentido que “a
comédia é um estilo literário que castiga os costumes rindo
deles, a poesia usa o impacto da linguagem para semear in-
terrogações”. O mesmo vale para a comédia animada. Nos
primeiros lugares temos comédias que nos fizeram refletir
sobre os costumes japoneses e sua cultura pop. Por isso, a
comédia foi o gênero em animê mais vitorioso no Verão de
2014.
Os Melhores do Outono 2014
Essa lista terá apenas três nomes, pois
foram os títulos que conseguiram alcan-
çar o mérito segundo os seguintes pon-
tos: enredo, originalidade, direção (arte,
música, dublagem e escolhas de cenas),
além do fator divertimento. São títulos
interessantes. Além disso, farei uma no-
va categoria com o prêmio Melhor Curta
em Animação totalizando 5 títulos. Títu-
los muito interessantes. Na temporada
de Verão 2014, eu apontei que os títulos
cômicos seriam os melhores daquele
período e, após algum tempo, o portal
de streaming Nico Nico divulgou que as
séries cômicas foram as mais bem avalia-
das daquele período, segundo os assi-
nantes daquele portal. Acertei na mosca!
Para esta temporada, avalio que os dra-
mas (slice of life, épico e outros) serão os
melhores avaliados. Dos meus nomes
aqui escolhidos, os dramas predomina-
ram! Todos foram vistos através do site
Crunchyroll! Vamos Lá!
http://www.crunchyroll.com/
1º Lugar- Shigatsu wa Kimi no Uso (Your
Lie in April)
Sinopse CR: “Um pianista prodígio se
torna incapaz de ouvir sua própria músi-
ca após o trauma de perder sua amada
mãe e professora. Com isso arrancado
dele, a vida de Kousei Arima se torna
monótona e sem brilho. Um dia, Kousei é
apresentado a uma violinista chamada
Kaori Miyazono. Apesar da péssima pri-
meira impressão que Kaori causa, sua
música encanta completamente o rapaz.
Livre, poderosa e apaixonada, a perfor-
mance audaciosa de Kaori traz de volta a
Kousei a luz da vida. Reunidos pela músi-
ca, poderão as sinceras notas do violino
da garota fazer com que o rapaz volte a
tocar piano?”
Voltamos ao tema do personagem trans-
formador, que venho tratando exaustiva-
mente em meu blog. Desta forma, Kaori
tenta transformar Kousei através de sua
melodia e música. Dentro do enredo, a
música possui o poder de transmitir o
sentimento da pessoa através da melo-
dia. Ao se tocar um piano, o pianista
consegue fazer com que seus sentimen-
tos ressoem através da canção. Este res-
soar une os corações. Um pensamento
aproximado do que um cantor afirma
sobre o mesmo tema: “A música pode
ser política: a harmonia pode penetrar as
paredes onde as atitudes não podem, e
uma melodia pode chamar a sua atenção
mais rapidamente do que um grito. A
música pode nos enviar em uma direção
diferente e inesperada. Pharrell Willi-
ams, sobre "Happy"’. Desta forma, o
seriado promove a força da melodia co-
mo tratamento. Não é algo restrito a
uma animação, pois a música é usada em
tratamentos há muito tempo.
E aqui posso tratar de outro personagem
transformador, o transformador maléfi-
co, ou seja, aquele personagem que
transforma o outro para pior. Apesar do
que afirma a sinopse, a mãe de Kousei
era muito dura com o garoto e seu
aprendizado na música. Por muitas ve-
zes, o garoto era espancado e possuía
ferimentos pelo corpo. Após a morte da
mãe, Arima desenvolve um trauma e
uma maldição, na qual ele não consegue
ouvir as notas que saem do piano. Para
um pianista, isso é sua morte profissio-
nal, pois ele não tem como criar a har-
monia do som sem ouvir seu próprio
instrumento. Quando isso ocorre, men-
talmente Arima vê sua mãe com um sor-
riso maléfico, logo, a mãe dele o trans-
formou, colocando nele um trauma, por-
tanto, um ótimo exemplo de persona-
gem transformador maléfico.
Assim sendo, temos na personagem da
Kaori o personagem transformador be-
néfico. Com sua música, ela tenta liber-
tar o Arima desta maldição. Dando-lhe
suas emoções através do violino, seu
emprenho nos treinos musicais e compa-
nheirismo na hora das apresentações.
Até o presente momento, Arima apre-
senta-se em um duelo interno. Ele ainda
tenta vencer o fantasma de sua mãe e
tem como grande força a música e o
sorriso da Kaori. Ele toca para ela (Kaori).
Até o encerramento desta semana
(capítulo 10), Arima ainda era um perso-
nagem que lutava consigo mesmo, tendo
dentro de si dois personagens transfor-
madores. Cabe a ele decidir qual dos
dois vai vencer.
Vencedores Outono 2014
2º Lugar- Shirobako
Sinopse CR: “Cinco garotas perseguindo
os seus sonhos! Baseado no mangá de
Kenji Sugihara, a história segue as prova-
ções e dificuldades de cada garota en-
quanto elas tentam o sucesso na indús-
tria do anime como roteiristas, produto-
ras e dubladoras.”
Um viva para Shirobako! Viva! Tempos
atrás, o CR transmitiu uma série chama-
da Servant X Service, que era sobre a
vida de funcionários públicos no Japão.
Foi um pouco decepcionante, porque
ficou restrito a dramas pessoais e nada
mostrou dos serviços de um funcionário.
Eu fui funcionário de uma empresa de
economia mista e sei que a série poderia
ter mostrado mais de situações cômicas
que existem no trabalho, pois eu as co-
nhecia de acordo com a minha realida-
de. Shirobako vem para consertar esse
erro.
O drama realmente direciona nosso
olhar para as garotas que estão tentando
seu espaço na indústria da animação.
Elas o fazem, pois possuem um sonho e
uma promessa a cumprir e este é o
lado romântico do enredo. Algumas já
alcançaram bom desempenho e outras
estão ainda lutando por um espaço. O
drama se foca nesse sonho, mas não
unicamente nisso.
Através do trabalho de uma produtora,
nós ficamos conhecendo detalhes de
produção de uma animação, além de
orçamentos, detalhes técnicos, salários
e estimativas de futuro. Como se não
bastasse, a série ainda nos leva a refle-
tir sobre o futuro da animação, pois
existe a mudança de tecnologia (2D
para 3D). Mudança esta que muitos
artistas da área ainda relutam em acei-
tar.
A série acertou em tudo que Servant X
Service havia errado! Desta forma, o
enredo é muito bem equilibrado. Ele
mostra bem o drama das garotas (lindas
por sinal) e o trabalho de cada uma de-
las. Com isso, ele consegue determinar
bem e mostrar com detalhes o processo
de animação, erros e acertos da equipe
e, como não poderia deixar de ser, hu-
mor com cenas interessantes. Ele ainda
nos dá um enfoque filosófico em deter-
minadas cenas, que faria Platão aplaudir,
mas disso não irei tratar. Se ficou curio-
so, veja a série pelo CR em português!
3º Lugar- Akatsuki no Yona
Sinopse CR: “Baseado no mangá de mes-
mo nome de Mizuho Kusanagi, Akatsuki
no Yona gira em torno de Yona, a prince-
sa do Reino de Kouka. Apesar de seu pai
desaprovar, ela se apaixona por seu pri-
mo, Soo-won, e planeja se casar com ele.
No entanto, ao completar 16 anos, seu
mundo vira de pernas para o ar e ela se
vê forçada a fugir do palácio. Agora, com
seu amigo e guarda-costas Hak, Yona
deve embarcar em uma jornada para
descobrir qual o seu verdadeiro destino
e, assim, poder realizá-lo.”
A sinopse não faz jus à série. Yona é
apaixonda por Soo-Won, mas seu primo
deseja uma única coisa: vingar-se daque-
le que ele julga ter sido responsável pela
desgraça de seu pai, ou seja, seu tio e pai
da princesa. Desta forma, Soo-Won mata
o pai da Yona e toma o trono, fazendo
com que a jovem princesa, que nunca
havia saído do palácio, tenha que fugir
por sua vida.
A série mostra o conflito interno da prin-
cesa que ainda ama o primo, mas neces-
sita confrontá-lo para retomar o trono e
vingar-se pela morte de seu pai. Esse
conflito interno, bem como a possibilida-
de de querer defender o Hak (seu guar-
dião e amigo de infância) estão fazendo
-a crescer. Um crescimento que temos
acompanhado e ela tem evoluído rapi-
damente. Não obstante, estou perce-
bendo nela alguns traços de personali-
dade que estão aflorando, tal qual um
fogo interior. Isso a faz ser carismática,
porque ela tem muito o que crescer,
mas ela possui poder interno para isso.
A série também me mostrou uma das
cenas mais épicas em se tratando de
interação entre personagens. Yona é
uma bela princesa e Hak parece que
tem uma queda por ela. A cena mostra-
o dando em cima dela, pronto para lhe
roubar um beijo. Nesse momento, Yona
o acerta com uma cabeçada, fazendo-se
infantil e desastrada. Ele volta a um esta-
do infantil e os dois começam a discutir
como crianças. A cena possui momentos
que explico:
A- Yona percebe que vai ser beijada e
não deseja isso. Ela, então, se faz de
desajeitada e acerta-o na cabeça. Com
isso, Yona provoca Hak e retira dele a
intenção de forçar um beijo.
B- Hak sai do papel de homem e cai no
papel de amigo de infância ao ser cabe-
ceado. Ele muda emotivamente com a
ação da Yona que se defende sem preci-
sar acusá-lo ou tomar outra atitude que
ferisse o relacionamento e ambos.
Yona o manipula sem que ele percebes-
se, impedindo um beijo, fazendo-o voltar
ao estado infantil, como eles eram quan-
do crianças. Foi épico, pois eu percebi
uma inteligência emocional na cena e
que me deixou impressionado. Por tudo
isso, leva o terceiro lugar.
Prêmio Melhor Curta em Animação
Danna ga Nani wo Itteiru ka Wakaranai
Ken
Sinopse CR: “O anime é sobre o dia a dia
da sincera e trabalhadora Kaoru e seu
marido otaku, que vive totalmente mer-
gulhado em fóruns na internet.”
O animê é curto, com apenas 3 minutos
de duração, mas mostra uma persona-
gem feminina muito forte. Geralmente,
o casamento é visto como uma forma de
uma pessoa ser feliz, na presença de um
(a) companheiro(a). Casa-se para ser
feliz, como se a felicidade estivesse no
outro. Kaoru impressiona já no primeiro
capítulo pela força. O marido dela, no
altar, chora dizendo que não poderia
fazê-la feliz. Ela responde que ela já é
feliz por ela mesma e que basta a ele
fazer a parte dele, ou seja, ela casa com
ele não para buscar a felicidade, pois ela
já a tem.
Existe um capítulo no qual Kaoru sente-
se infeliz sozinha, mas o casamento não
se deu para ela buscar uma felicidade,
mas para ela complementar a felicidade
dela. Pode parecer contraditório o que o
enredo promove nestes dois capítulos,
mas dá para entender que ela não pro-
cura nele a felicidade, mas um compa-
nheiro, ou seja, alguém para comparti-
lhar a felicidade como casal. Está aí uma
diferença que a faz ser forte, pois ela
procura alguém com a qual ela possa
compartilhar a felicidade que ela já tem.
Conclusão desta temporada
Antes de iniciar, devo dizer que Fate-
Unlimited Blade Works poderia estar
aqui no TOP 3, mais precisamente no
primeiro lugar, entretanto, a série oscila
um pouco, por isso achei prematuro
colocá-la neste TOP. Vou esperar um
pouco e ver como o enredo se desenvo-
vle um pouco mais, mas já afirmo que
ela vai entrar em uma lista posterior.
A conclusão que cheguei nessa tempora-
da é que as séries dramáticas predomi-
naram na questão de qualidade, enredo
e diversão, portanto, dominaram plena-
mente a minha lista. Não analisei o uso
de áreas cinzentas, mas se o fizesse acre-
dito que o TOP permaneceria igual ao
que está agora. Este ano foi um ótimo
ano para as animações e torço para que
2015 possa ser melhor.
Boas Festas!