Melhorias Urbanas em duas avenidas de Ipatinga-MG

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Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Curso de Arquitetura e Urbanismo NILTON ASSIS DOS ANJOS MELHORIAS URBANAS NA REGIÃO DA AVENIDA GERASA EM IPATINGA-MG Coronel Fabriciano, 2013.

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Monografia apresentada ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista, orientado pelo Prof. Rogerio Braga de Assunção.

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Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Curso de Arquitetura e Urbanismo

NILTON ASSIS DOS ANJOS

MELHORIAS URBANAS NA REGIÃO DA AVENIDA GERASA EM IPATINGA-MG

Coronel Fabriciano, 2013.

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NILTON ASSIS DOS ANJOS

MELHORIAS URBANAS NA REGIÃO DA AVENIDA GERASA EM IPATINGA-MG

Monografia apresentada ao Curso de

Arquitetura e Urbanismo do Centro

Universitário do Leste de Minas Gerais,

como requisito parcial para obtenção do

título de Arquiteto e Urbanista, orientado

pelo Prof. Rogerio Braga de Assunção.

Coronel Fabriciano, 2013.

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MELHORIAS URBANAS NA REGIÃO DA AVENIDA GERASA EM IPATINGA-MG

NILTON ASSIS DOS ANJOS

Monografia defendida e aprovada, em_________________pela banca examinadora:

Professor Rogerio Braga de Assunção

Orientador

Professor __________________________________

Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNILESTE

Professor __________________________________

Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNILESTE

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Dedico esse trabalho a minha família, na

pessoa de meu pai, mãe, irmã, esposa e

filha. Estes foram e sempre serão como

alicerces da construção de meu caráter,

enquanto pessoa em todos os campos da

vida. Ainda que não saibam, em todos os

momentos que me senti cansado nessa

batalha os senti comigo. À minha filha

Sara que sem saber, nem tampouco

entender, tem sido o combustível para

seguir em frente.

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Agradeço a Deus, que me iluminou e tornou

capaz, provando mais uma vez sua

presença em minha vida. Aos professores

por todo conhecimento e dedicação

compartilhados para minha formação, sem

estes não o seria. Aos companheiros de

turma abraço a todos, com sinceridade, em

especial: Fernando Filho, Elvis Henrique,

Camila Saraiva, Tálisson Sinésio e Marcela

Iwanaga... Sofremos demais, mas dizem ser

o sofrimento o berço da bonança. Enfim a

todos que contribuíram mesmo que

indiretamente meu Muito Obrigado e

Satisfação Eternos.

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"Eu conheço o preço do sucesso: dedicação, trabalho duro, e uma incessante devoção às

coisas que você quer ver acontecer."

Frank Lloyd Wright

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RESUMO

Esse trabalho é uma análise da atual situação de um trecho da cidade de

Ipatinga no estado de Minas Gerais, abrangendo o fenômeno do desenvolvimento

urbano, suas causas e efeitos, bem como suas possibilidades de melhoria para o

local, levando em consideração a relação entre usuário e cidade. A importância da

paisagem e funcionalidade dos espaços públicos no seu âmbito representativo e

compositor da vida cotidiana. Explana-se, a partir de uma fundamentação teórica

coerentemente estabelecida, compilação de dados de vivenciação e experimentação

do ambiente in loco, imagens de geoprocessamento e mapas, com o objetivo de

prover uma compreensão da situação do local, contextualização e por fim o

posicionamento propositivo de intervenções que visam a melhoria dos espaços

públicos, sob uma estratégica listagem de itens com carência em potencial para as

propostas de intervenção, buscando a consolidação de reflexões e possibilidades

para o pleno usufruto do espaço publico.

Palavras-chave: Ipatinga, urbanismo, paisagem, desenho urbano.

ABSTRACT This work is an analysis of the current situation of a stretch of the city of

Ipatinga in the state of Minas Gerais, covering the phenomenon of urban

development, causes and effects, as well as their chances of improvement for the

site, taking into account the relationship between user and city. The importance of

landscape and functionality of public spaces in scope and representative composer

of everyday life. Explains itself, from a theoretical coherently established, data

compilation vivenciação and experimentation environment in situ, images and GIS

maps, with the aim of providing an understanding of the local situation, context and

finally the positioning propositional interventions aimed at improving public spaces,

under a strategic list of items lacking in potential for the proposed intervention,

seeking to consolidate ideas and possibilities for making full use of the public space.

Keywords: Ipatinga, urbanism, landscape, urban design.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................09

1.1. OBJETIVOS.....................................................................................................10

1.2. JUSTIFICATIVA DO TEMA.............................................................................10

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO........................................................................11

2. CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................13

2.1. A CIDADE DE IPATINGA ...............................................................................13

2.2. ÁREA DE ESTUDO.......................................................................................15

3 SITUAÇÃO......................................................................................................21

4. PROBLEMAS..................................................................................................31

5. POTENCIAIS...................................................................................................33

6. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL............................................................................35

7. PERSPECTIVAS ............................................................................................36

8. REFERÊNCIAS DE SOLUÇÕES....................................................................37

9. ESTRATÉGIA..................................................................................................44

10. OPÇÕES DE PROJETO.................................................................................46

11. CONCLUSÃO..................................................................................................48

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................50

13. ANEXOS..........................................................................................................51

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta um projeto de graduação em Arquitetura e Urbanismo

no Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG, e propõe um estudo

sobre o planejamento urbano, com vistas à melhoria do meio ambiente construído

através de revitalizações orientadas a qualidade de vivenciação do espaço por parte

do pedestre, na cidade de Ipatinga, principal cidade da Região Metropolitana do Vale

do Aço - RMVA, localizada no Leste do Estado de Minas Gerais.

Especificamente o estudo atém-se a tratar uma área em questão, sem se

preocupar até então com um desfecho exato, nem tanto prevê uma fórmula para a

solução definitiva das questões urbanas, mas se encaixa como o surgimento de um

modo de pensar urbanismo mais democrático, pautando-se na razoabilidade, onde

concordo com Cullen:

Não se pretende ditar uma forma para o aglomerado urbano ou meio

ambiente. Apenas se deseja descobrir meios que permitam manobrar

dentro dos limites de tolerância. O que significa que há de procurar

mais além do campo científico, novos valores novos critérios.

Paisagem Urbana, CULLEN Gordon, 1971, p.10.

Em tempos de discussão sobre plano diretor é plausível que pensemos em

tornar a cidade mais própria a seu usuário. O trabalho se baseia na hipótese de que

a partir da identificação de uma questão local, a vocação espacial de certo trecho da

cidade possa ser explorada de forma a expandir possibilidades, como

aproveitamento coerente do solo urbano, valorização de relações entre o indivíduo e

a cidade criando uma atmosfera de bom aproveitamento do espaço público, através

de operações sistematizadas.

Efectivamente, uma cidade é algo mais do que o somatório dos seus

habitantes: é uma unidade geradora de um excedente de bem-estar e

de facilidades que leva a maioria das pessoas a preferirem -

independentemente de outras razões – viver em comunidade a viverem

isoladas. Paisagem Urbana, CULLEN Gordon, 1971, p.9.

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De certo modo, observa-se na região a carência de intervenções ou instalações

que envolvam o cidadão com a cidade, e o levem a consciência de apropriação, ou

pleno usufruto do espaço público. Daí a proposição do tema e o desejo de provocar

uma reflexão quanto ao nosso papel de habitantes da cidade, e como profissionais

engajados no planejamento e gestão das cidades.

Porém, se ao cabo de todo esse esforço a cidade se apresenta

monótona, incaracterística ou amorfa, ela não cumpre sua missão. É

um fracasso. É como empilhar lenha e esquecer de lhe deitar fogo.

Paisagem Urbana, CULLEN Gordon, 1971, p.10.

1.1. OBJETIVOS

Esta análise objetiva propor ações de tratamento do traçado e volume urbano

através da sugestão de intervenções ao longo de um trecho da cidade de Ipatinga,

intervenções essas que podem vir a ser de curto, médio e até longo prazo segundo

suas proporções, ou competências de execução, independentemente da amplitude

todas culminam na tentativa de formalizar o potencial vocacional da área de estudo

através da criação de uma identidade espacial com caracteres constituintes da

paisagem urbana e da relação do transeunte com as funções existentes, isso vai de

encontro dom o fato de que um cenário físico vivo e integrado capaz de produzir uma imagem

bem definida, desempenha também um papel social...” - A Imagem da Cidade, LYNCH Kevin,

1997, p.5.

1.2. JUSTIFICATIVA DO TEMA

Com o passar dos anos o crescimento populacional, e a própria desenvoltura

do desenho da paisagem conformam o espaço, gerando objetos de análise e

estudos de caso. Sobre a cidade e seu desenvolvimento que é dinâmico, inexato, e

sem resultado final, afirma Lynch:

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[...]em linhas gerais, ela pode ser estável por algum tempo,

por outro lado está sempre se modificando nos detalhes. Só

um controle parcial pode ser exercido sobre seu crescimento

e sua forma. Não há resultado final, mas apenas uma

sucessão de fases[...]A Imagem da Cidade, LYNCH Kevin,

1997, p.5.

Este trabalho em particular busca apresentar propostas de soluções ou

alternativas para garantia ou oportunidade de um melhor e qualificado usufruto do

espaço publico.

Em particular há a intenção da aplicação da teoria conhecida nesse trecho da

cidade pela afinidade particular do autor e inquietação sobre a cidade de Ipatinga e

seu acelerado desenvolvimento urbano.

O lapso temporal e a escala dos acontecimentos urbanos, por vezes sempre,

não comtemplam todas variáveis de convivência urbana, tidas como pormenores,

mas de essencial presença na dinâmica da cidade.

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

A primeira etapa do trabalho se faz pela compilação e análise do trabalho de

teóricos da área de desenho e planejamento urbano. Destes elencam as obras com

os respectivos autores: a Imagem da Cidade – Kevin Lynch, Introdução ao Desenho

Urbano – Vicente Del Rio, Paisagem Urbana – Gordon Cullen, Acupuntura Urbana -

Jaime Lerner, Rio Cidade, o Urbanismo de Volta às Ruas – Prefeitura Municipal do

Rio de Janeiro.

Sobre esse embasamento, a fundamentação do trabalho começa a partir da

vivência pessoal de seu autor, dados colhidos in loco, fotografias, imagens e

pesquisas na internet, análises gráficos estatísticos, imagens de satélite e a analogia

com problemas e soluções pertinentes ao redor do mundo. Obtendo então a

formação de um banco de problemas e potencialidades do local através dos

levantamentos. Assim estes levantamentos serão confrontados com outro banco de

possíveis soluções, viabilidades executivas, análises contextuais e experiências de

outras cidades.

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Num terceiro momento o estudo poderá vislumbrar quais efeitos tais propostas

de intervenção poderão acarretar, traçando um panorama de fatores como

problemas, soluções, possibilidades, passado, presente e futuro.

Para realização da pesquisa, as atividades foram elencadas em fases,

conforme as datas regulamentares, atividades realizadas, orientações e calendário

acadêmico.

Tabela 01: Cronograma de Atividades

1ª FASE

[fevereiro]

-conhecimento do regulamento;

-orientações, estudos e levantamentos, análise de

dados, elaboração e revisão de propostas; 01/03/2013 ENTREGA REGULAMENTAR DE PESQUISA INICIAL

2ª FASE

[abril]

-revisão e análise de dados, complementação de

repertório e conteúdo;

-orientações;

-introdução a elaboração de monografia;

08 a 12/03/2013 PARTICIPAÇÃO REGULAMENTAR EM SEMINÁRIOS

DE TCC2 3ª FASE

[maio]

-revisão de conteúdo;

-orientações;

24/05/2013 ENTREGA REGULAMENTAR DE MONOGRAFIA

4ª FASE

[junho]

BANCA DE QUALIFICAÇÃO

PARTICIPAÇÃO REGULAMENTAR EM BANCAS

FINAIS DE TCC2

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Figura 01: Estrutura de pesquisa - Croqui

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1. A CIDADE DE IPATINGA

De formação baseada no crescimento industrial do estado de Minas Gerais a

cidade de Ipatinga compõe a Região Metropolitana do Vale do Aço, contabilizando

cerca de 500.000 mil habitantes, confronta com mais três principais cidades (Coronel

Fabriciano, Santana do Paraíso e Timóteo), e integra outras 22 no colar

metropolitano.

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Segundo o Censo 2010 o município possui 239.468 mil habitantes,

apresentando densidade populacional de 1 459,36 habitantes por km².

Figura 02: Localização de Ipatinga. Fonte: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. (2013) e ASSUNÇÃO,

R. B., & CALDEIRA JUNIOR, R. A. (2011). Imagem adaptada pelo autor

A cidade se encontra em plena expansão urbana, e não deixa de apresentar

todas questões comuns a áreas emergentes e em formação de região metropolitana,

que conhecemos. Como gargalos e conflitos de crescimento, alta especulação

imobiliária em alguns pontos, tendência a verticalização, instabilidade política,

pressão do setor privado dentre outros.

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Figura 03: Macrozoneamento de Ipatinga - Expansão Urbana. Fonte: IPATINGA, Prefeitura

Municipal (2006).

2.2. ÁREA DE ESTUDO

A parte da cidade escolhida para o trabalho trata-se de uma faixa urbana que

perfazem dois grandes bairros BETHANIA (27.970hab.) e CANAÃ (28.510hab.)

somando por volta de 56.480 mil habitantes. Indiretamente escoa o fluxo dos

demais: CHÁCARAS OLIVEIRA, VILA CELESTE, GRANJAS VAGALUME, E

TAÚBAS esses com próximos 23.140 habitantes.

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Figura 04: Localização da área de estudo em relação à RMVA . Fonte: Google Maps (2013) –

Imagem adaptada pelo autor

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Figura 05: Localização da área de estudo em relação à Ipatinga . Fonte: Google Maps (2013) –

Imagem adaptada pelo autor

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Ou seja, pode-se estimar que abrangesse um público direto de 79.620 mil

pessoas, morando, transitando, comprando, vendendo, usando serviços, enfim

usufruindo desse espaço público. Para não dizer que o trecho também faz parte da

ligação da cidade a demais municípios do colar metropolitano, como Santana do

Paraíso, Mesquita, Joanésia, aumentando ainda mais com a cotidiana flutuação de

pessoas pelo local. O que se ilustra nas figuras a seguir:

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Figura 06: Estudos preliminares de Abrangência

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gura 07: Abrangência Urbana. Fonte: Google Earth (2013) - Imagem adaptada pelo auto

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3. SITUAÇÃO

As avenidas desse eixo são: Selim José de Sales, José Raimundo, Alberto

Giovanini, Minas Gerais estas de ligação contínua e a Gerasa uma paralela. Através

de um raciocínio binário o eixo divide-se em troncos relativamente paralelos, sendo

um deles farto em comércios, serviços públicos e privados, com elementos como

ciclovias, canteiro central, itinerário de transporte coletivo e outro, esse de

consolidação mais recente resume-se numa avenida sanitária usada principalmente

como alternativa de tráfego. O traçado sugere o envolvimento da análise de suas

vias suas perpendiculares e de ligações, estas talvez objeto de discurso pelo forte

potencial, em face de sua inserção central num trecho tão representativo no âmbito

da cidade.

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Figura 08: Estudos preliminares de Situação

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Figura 09: Panorama dos eixos Viários. Fonte: Google Earth (2013) / Fotografias Nilton Assis (2012) – Imagem adaptada pelo autor

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Em suma a área possui toda infraestrutura urbana primária, encaixa-se no

contexto regional como vetor de crescimento da cidade de Ipatinga, é exatamente o

vetor Norte, e estende-se para o sentido e ao longo da Rodovia MG-232, sendo

importante componente para formação do panorama do crescimento urbano

regional, nos últimos anos foi o principal responsável pela expansão urbana do

município de Ipatinga, conduzindo o traçado regional às demais cidades da RMVA

como Santana do Paraíso, Mesquita, Joanésia, Açucena e outras.

Figura 10: Vetores de expansão urbana da RMVA. Fonte: ASSUNÇÃO, R. B., & CALDEIRA

JUNIOR, R. A. (2011). Adaptado pelo autor

Tem como característica uma repetida tipologia construtiva, marcada por edifícios

em alvenaria mediados entre 4 a 6 pavimentos, com térreo de garagem e lojas.

Estas são principal característica da paisagem local. Aqui nesse ponto da cidade os

comércios geram a imagem local, norteiam o usuário e indicam centralidade, quanto

à tipificação das vias, estas se consideram:

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Arteriais Municipais: Se conecta ao sistema arterial principal e o suplementa

atendendo em níveis de serviço, percursos de viagem com extensões intermediárias.

Vias de ligação municipal que interligam os bairros e zonas municipais, e acomodam

as linhas de ônibus locais.

Coletoras: Função principal de conectar as ruas locais às vias arteriais. O sistema

proporciona continuidade na comunicação local e de subdivisões urbanas, porém a

baixos níveis de velocidade. Vias coletoras coletam o tráfego das vias locais das

áreas residenciais e o conduz ao sistema arterial secundário.

Locais: Corresponde a todas as vias não incluídas nos sistemas superiores, com

função primária de permitir acesso às propriedades que lhe são adjacentes

oferecendo menor nível de mobilidade e usualmente não contém rota de ônibus.

Classificação de vias do sistema viário existente em Ipatinga. Fonte: IPATINGA, Prefeitura Municipal

(2006).

De perfil topográfico plano a malha urbana é caracterizada por comércios e

serviços, contaminando as adjacências, que tipicamente residenciais gozam da

valorização e especulação imobiliária, tanto pela presente infraestrutura básica

quanto a proximidade a esse ponto nodal, o que na prática do cotidiano coloca o

morador diante de uma vasta opção de serviços, facilidades e localização

estratégica.

[...]Os pontos nodais são pontos, lugares estratégicos de uma

cidade através dos quais o observador pode entrar, são os

focos intensivos para os quais ou a partir dos quais ele se

locomove[...]Alguns desses pontos nodais de concentração

são o foco e a síntese de um bairro[...]Podem ser chamados

de núcleos[...]o conceito de ponto nodal está ligado ao de

via, uma vez que as conexões são, tipicamente, convergências

de caminhos, fatos ao longo de um trajeto[...] A Imagem da

Cidade, LYNCH Kevin, 1997, p.53.

A vegetação existente é formada por espécies comuns à região. E o

mobiliário urbano, quando existe, é convencional, não seguindo um tema, é sem

proposição.

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Figura 11: Aspecto Geral da Paisagem – Avenida Selim José de Salles (2013) – Fotografias Autor

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Figura 12: Aspecto Geral da Paisagem – Avenida Selim José de Salles (2013) – Fotografias Autor

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Figura 13: Aspecto Geral da Paisagem – Avenida Gerasa (2013) – Fotografias Autor

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Figura 14: Aspecto Geral da Paisagem – Avenida Gerasa (2013) – Fotografias: Autor

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O trânsito que se dá pelas vias já mencionadas, é intenso e se complementa

por calçadas, ciclovia e canteiros, contemplando aos diversos atores: veículos de

transporte coletivo, veículos pesados, veículos quatro rodas, motocicletas, bicicletas,

carroças e transeuntes.

Figura 15: Cenas de Trânsito da Avenida Selim José de Sales. Fotos: Google Instant StreetView 2013.

Adaptado pelo autor

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4. PROBLEMAS Para analisarmos os problemas, ou identificá-los partiremos de uma crítica

hierárquica.

Do poder público:

A falta de atenção para uma área em pleno fervor urbano através da ineficácia

da fiscalização ou mesmo da ausência de determinada legislação causa o

aparecimento de sintomas do mau uso do espaço público e corrompe o exercício do

direito privado, culminando na perda de limites entre estes. Ainda que tenha uma

organização primária o traçado urbano pode e deve com o tempo sofrer alterações,

a questão é como essas adaptações ou intervenções refletem na formação da

paisagem, lhe conferindo atribuição indevida, nesse estágio da relação entre o

usuário, e a cidade perde o encanto. Muda-se todo o discurso do conceito urbano e

a impressão que se quer causar ao indivíduo, seja este visitante ou usuário cotidiano

do espaço coletivo.

Do público:

Como consequência dos itens abordados anteriormente ou não, surge o

descrédito da função do espaço de convivência ou de uso coletivo por parte do

usuário, ficando este na condição de mero coadjuvante no cenário dinâmico da vida

urbana. Refletindo na detecção de más práticas, como: uso indiscriminado de

publicidades ou propagandas, intervenções inadequadas em canteiros, calçadas,

desprezo da sinalização e regulação do tráfego, isso tudo de certa forma

corrompendo a paisagem e função dos elementos do local. Cria-se a partir dessa

situação uma cultura de regressão à propriedade, colocando o espaço coletivo à

margem, com o tempo perde-se a importância de se passar às gerações vindouras o

real sentido da apropriação do espaço público de maneira plena e justa.

No geral os problemas mais ligados à abordagem da pesquisa estão inseridos

na paisagem, são patologias decorrentes da inexistência de uma valorização local

por parte dos usuários e poder público, conforme a dito anteriormente, como

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calçadas irregulares, falta de cumprimento de normas, poluição visual, dente outros

conforme a imagem:

Figura 16: Patologias. Fotos: Nilton Assis. Adaptado pelo autor

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5. POTENCIAIS

Estamos num ponto em que sabemos da importância da área no contexto local

e regional, já vimos a condição atual de relação do indivíduo com esse espaço e

vice-versa. Então talvez seja hora de levantarmos as possibilidades de melhoria

local, seja pelo poder publico ou pela própria comunidade para que se possa extrair

mais da paisagem urbana, agregando valor não só pontual, mas desde a cidade

como todo, quanto às adjacências e por fim, mas essencial e objetivo às relações do

usuário com a paisagem urbana.

A partir dos elementos já existentes podemos considerar que as vias podem

fluir melhor o trânsito dos motorizados; a ciclovia e as calçadas podem ser

otimizadas para de fato se por como itens da mobilidade local estes podem se

completar se uma boa proposição de mobiliário juntamente com um regularizado

efeito paisagístico através da implementação e áreas verdes e

manutenção/recuperação das existentes.

Direcionando tudo isto a legislação estaria para contribuir com a execução do

cumprimento manutenção e continuidade das intervenções garantindo uma evolução

ordenada no panorama urbano local.

[...]Uma boa imagem ambiental oferece a seu

possuidor um importante sentimento de segurança

emocional [...]isso é o extremo oposto do medo que

decorre da desorientação[...]Um ambiente ordenado

em detalhes precisos e definitivos pode inibir novos

modelos de atividade[...] A Imagem da Cidade,

LYNCH Kevin, 1997, p.5 e 6.

Como já mencionado esse ponto nodal repleto de comércios e prestadores e

serviços, dos mais variados, possui uma identidade visual, imagética forte, com

elementos cruciais para a formação de paisagem e opinião visual na mente do

usuário, conferindo-lhe a orientação que busque.

Porém pode vir a ser de ganho inestimável para a cidade, para o bairro, para

os serviços, para os comércios e principalmente para o usuário a junção de todos

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esses elementos potenciais para a formação de uma identidade visual, concisa e

atrativa, Não se tratando apenas de valor estético mas também funcional,

assegurando o direito do usufruto do espaço publico, assim propõe-se que as

intervenções no traçado urbano de um modo sistemático e amigável contribuam para

a vida na cidade e da cidade. Convertendo ao fim em qualidade urbana.

[...]A necessidade de se reconhecer e padronizar o

nosso ambiente é tão crucial e tem raízes tão

profundamente arraigadas, no passado, que essa

imagem é de enorme importância prática e emocional

para o indivíduo. Sem dúvida, uma imagem clara nos

permite uma boa localização mais fácil e rápida[...]A

Imagem da Cidade, LYNCH Kevin, 1997, p.5.

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6. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Em a face à legislação nacional que ordena os planos diretores, a cidade de

Ipatinga enfrenta problemas de ordem instável quanto à definição de seu plano

diretor, não chegando ainda num nível em que o planejamento urbano esteja de vez

caracterizado. Entende-se que ainda há um pensamento de divisão entre as

cadeiras de planejamento e gestão urbana, o que tem atrasado a inviabilizado por

vezes alguns avanços no tema. Como experiência atual a cidade rege-se sob um

Termo de Ajustamento de Conduta, até que se estabilize e chegue a um

denominador comum para o desenvolvimento da cidade.

Para a área de estudo desse trabalho não há especificidade na legislação

municipal, ou seja, aplicam-se aqui as mesmas leis as quais o restante da cidade

está sujeita, bem como as regulações de uso e ocupação do solo para áreas

comerciais e avenidas. Portanto como já dissemos, transitoriamente estabelece o

Termo de Ajustamento de Conduta (TAC):

Tabela 02: Uso e Ocupação do Solo em Ipatinga – Vigência do Termo de Ajustamento de

conduta (2010) – Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Meio Ambiente da Comarca de

Ipatinga

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7. PERSPECTIVAS

A iniciativa de proposições do tipo é um estarte de reflexão sobre o espaço

publico e o ser, bem como a forma de crescimento da cidade sem perder a “escala

humana” de vivenciação, colocando assim o usuário como protagonista da

paisagem. É a tentativa de agregar valor ao desenvolvimento urbano, encarando o

crescimento urbano como fase natural de vida da cidade negando que este seja

sinônimo de caos ou decadências de assentamentos humanos.

Sendo assim crescendo de forma amigável, dialogando com suas variáveis

mas girando em torno do usuário espera-se balancear os termos preservando a

imagem da cidade formada pelo usuário em seu tempo.

A ideia é que tais medidas propaguem-se por outros pontos da cidade, e que a

criação de identidade seja ela com que temática ou orientação for, apoie-se na

melhoria contínua d paisagem urbana voltada para o habitante.

[...]indica que o que procuramos não é uma ordem definitiva, mas uma ordem aberta, passível de continuidade em seu desenvolvimento[...]. A Imagem da Cidade, LYNCH Kevin, 1997, p.7.

A partir do que temos de exemplos e análise locais, pensemos como podemos

aplicar formas parecidas a nossa realidade em face de quesitos culturais, estruturais

e até mesmo legais, tendo em vista o potencial estrutural, físico e topográfico da

área.

Essas intervenções poderão ser de grandezas e esferas diferentes, ocorrendo

desde um nível comunitário a um estágio de implantação de grande obra gerenciada

pelo governo, cabendo a cada tempo ou modo adequadas ao contexto, daí temos

intervenções de curto, médio e longo prazo.

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8. REFERÊNCIAS DE SOLUÇÕES

Aqui listamos exemplos de casos de intervenções ao redor do mundo. São

exemplos e experiências de cidades que mudaram suas paisagens, transformações

essas que independentemente do nível de grandeza, conferiram identidade aos

espaços públicos e mudaram ou potencializaram sua apropriação por seus usuários.

Figura 17: Obra análoga. Projeto Jan Gehl Arquitetos. Adaptado pelo autor

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Figura 18: Obra análoga. Projeto Jan Gehl Arquitetos. Adaptado pelo autor

Figura 19: Obra análoga. Projeto Jan Gehl Arquitetos. Adaptado pelo autor

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OBRAS DO PROJETO RIO CIDADE

[...]Em questões urbanísticas, o uso é, talvez a mais relevante

medida de desempenho. Assim sendo, só o tempo avaliará os

acertos e eventuais falhas do programa Rio-cidade. No

entanto, ainda que não concluídas todas as intervenções,

pesquisas atestam que 75% da população aprovam as obras já

inauguradas, manifestando-se satisfeitas com seus resultados.

O sucesso do programa está confirmado.[...] Rio Cidade – O

Urbanismo de volta às ruas, PREFEITURA DA CIDADE

DO RIO DE JANEIRO, 1996, p.22

BONSUCESSO

Figura 20: Obra análoga. Praça Professor Augusto Medeiros – área de lazer com mesinha e jogos.

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CAMPO GRANDE

Figura 21: Obra análoga. Esquerda acima: rampa e faixa de pedestres / esquerda abaixo: sinalização /

direita: relógio do calçadão. CENTRO

Figura 22: Obra análoga. Esquerda : cruzamento com sinalização no piso / Direita: cruzamento e faixa

de pedestres.

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COPACABANA

Figura 23: Obra análoga. Av. Princesa Isabel IPANEMA

Figura 24: Obra análoga. Cruzamento – R. Visconde de Pirajá c/ Aníbal Mendonça

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Figura 25: Obra análoga. Praça N. Sra. da Paz / Luminárias de calçada e abrigos de ônibus

MADUREIRA

Figura 26: Obra análoga. Av. Edgar Romero / Praça das Mães

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PAVUNA

Figura 27: Obra análoga. Praça N. Sra. Das Dores – mobiliário e equipamentos de ginástica

TIJUCA

Figura 28: Obra análoga. Praça Saens Peña / Canterio central R. Conde de Bonfim

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9. ESTRATÉGIA

Se considerarmos a cidade um corpo, sendo este vivo, fica fácil estabelecer

analogias de fácil entendimento. Porém a questão de existência desse trabalho é

como tratar esse organismo. Pautamos então no conceito de Jaime Lerner:

Sempre tive a ilusão e a esperança de que com uma picada de agulha,

seria possível curar doenças. O princípio de recuperar a energia de

um ponto doente ou cansado por meio de um simples toque tem a ver

com a revitalização deste ponto e da área ao seu redor.

Acupuntura Urbana, LERNER Jaime, 2003, p7.

Na busca de um melhor entendimento, buscamos na Medicina Tradicional

Chinesa no que consiste esse tratamento tendo a literatura o definindo de um modo

geral como:

[...]consiste na aplicação de agulhas em pontos definidos do

corpo, chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos" que se

distribuem principalmente sobre linhas chamadas "meridianos

chineses" e "canais", para obter diferentes efeitos terapêuticos

conforme o caso tratado. Também são utilizadas outras técnicas

alternativa ou complementarmente, sendo as mais conhecidas a

moxabustão (aplicação de calor sobre os acupontos ou

meridianos)[...] WIKIPEDIA – Enciclopédia Livre virtual

Ainda na citação acima já podemos identificar termos bem comuns ao

planejamento urbano, como a aplicação de ações sobre um traçado(intervenções),

para alcançar efeitos(resultados de melhoria da qualidade urbana) e também o uso

de outras técnicas complementares, (técnicas estas que assemelho a

conscientização coletiva, movimentos comunitários dentre outros a de suporte ao

planejamento). Daí partimos com o raciocínio de que se pautarmos intervenções

pontuais, como defende Lerner, sob a ótica analógica à medicina oriental, temos

uma espécie de modelo para gestão e planejamento urbano. Justificando o

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mencionado trecho de que ações pontuais feitas em sequência e uma vez vistas de

um panorama, contaminariam o traçado urbano com soluções e ideias criativas,

gerando de retorno benefícios na interação cidade habitante, tanto no presente

quanto para o futuro bem como na formação de imagem da cidade seja em escala

humana seja visão macro para estudos de comparação com outras urbes.

[...]Não existe um momento para começar a pensar em desenho

urbano esta preocupação deve estar sempre presente na

administração das cidades, gerando uma inter-relação dinâmica e

constante entre planos e projetos (geral e particular)[...].

Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento,

DEL RIO Vicente, 1990, p.57.

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10. OPÇÕES DE PROJETO Em sequência são estabelecidas algumas opções de trabalho, que se tornarão

no desenvolvimento do TCC 2, figurando como alternativas para a parte de estudo e

execução de projeto, essas se enquadrarão em intervenções de baixo custo de

maneira pontualmente escolhida, que figurem para o usuário como mudança na

paisagem, aperfeiçoamento do uso do espaço e consequentemente agregação de

valor funcional ao traçado urbano.

OPÇÃO DE PROJETO 1: MOBILIDADE Esse item projetual estabelecerá alterações nos parâmetros de tráfego das vias

da área de estudo com o fim de aperfeiçoar a fluidez, conferindo um cotidiano mais

democrático às formas de transporte. Com proposições de alteração em sentidos

das vias, estabelecimento de restrições de circulação, regulação e controle de

horários conforme o tipo de veículo, essa opção trataria o trânsito e suas questões,

na área do vetor norte.

OPÇÃO DE PROJETO 2: PAISAGISMO

Atuação interventiva nas áreas livres do trecho, com ideias criativas e

contemporâneas, que venham agregar valor ao espaço púbico, enfatizando a

relação do usuário e a apropriação da cidade, instigando o comportamento ao ar

livre.

OPÇÃO DE PROJETO 3: ILUMINAÇÃO Seria um Projeto restrito à iluminação, sem muitas alterações físicas na

paisagem, atentaria em potencializar atividades noturnas, através dos recursos

tecnológicos e conceitos atuais pertinentes à iluminação pública.

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OPÇÃO DE PROJETO 4: CALÇADAS

Outra opção seria a padronização das calçadas, atendendo ao transeunte com

a funcionalidade normativa das calçadas acessíveis bem como sua valorização

como item de uso inclusivo na cidade.

OPÇÃO DE PROJETO 5: REGULAÇÃO Composição de um objeto de regulação para o local, levando em consideração

fatores de ordem racional, para o desfrute democrático do uso do espaço público,

através da especificação de normas para fachadas comerciais, intervenções

arquitetônicas, circulação e preservação da paisagem.

Ainda pode se optar por uma criação de uma identidade visual urbana

através da aplicação de todas intervenções projetuais citadas, valorizando por completo o trecho de estudo, contemplando maiores expectativas e potenciais.

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11. CONCLUSÃO

O caráter especulativo desta pesquisa é numa perspectiva, apenas o prefácio

de uma análise maior sobre a evolução urbana, causas e efeitos, reparos e planos,

conscientiza-nos da questão de atenção à vida nas cidades, e para o caso dessa

área em Ipatinga requer maior tempo de estudo e levantamento, de onde possamos

extrair variáveis formas de planejar melhorias, propor soluções e implantar medidas

que tratem o corpo da cidade.

Assim, dada à complexidade de exposição de todas as possibilidades de

intervenção, o projeto de TCC2 será a definição, tratamento e detalhamento de um

ponto de intervenção observado nesse estudo, mas com a natureza replicativa da

prática estratégica da acupuntura urbana, bem como sua propagação em toda

cidade ou região, dadas as particularidades semelhantes na RMVA.

Portanto apresentaremos na segunda fase a criação de uma identidade local, a

partir de uma revitalização, contemplando itens icônicos do desenho urbano como

mobiliário, paisagismo, legislação e outros tocantes s a criação de uma identidade

urbanística diferenciada, aplicada ao contexto e realidade local do vetor norte ao

longo das principais vias do vetor norte – Av. Selim José de Sales, Rua Ester, Av.

Gerasa e as perpendiculares a estas paralelas – essas possibilidades foram listadas

anteriormente como opções de projeto.

A natureza do discurso não é somente estética, nem tampouco um modelo de

higienização, mas sim da melhoria de qualidade do espaço público, e por sua vez

seu usufruto, bem como a formação até mesmo inconsciente do valor e das relações

de uso e apropriação do espaço público. Reforçando a importância desse ponto

nodal ao município, seu fenômeno de desenvolvimento e o tratamento da inflamação

surgida pelo adensamento e evolução da malha urbana, nesse trecho, ao longo dos

anos da cidade.

Reforça o motivo da discussão o fato da atual condição de desenvolvimento da

cidade de Ipatinga, que vê como única alternativa à continuidade, a verticalização,

em face de utilização de todos seus limites no plano horizontal, nota-se a carência

de valorização dos espaços públicos refletida na pouca importância dada à

expectação de um lugar comum. O que concorre com as grandes ofertas de áreas

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com potencial para intervenções e melhorias. Levando aos gestores à criação de

uma nova cultura de planejamento e gestão urbana, bem como à população, com o

amadurecimento da consciência sobre eu papel na cidade e para a cidade.

O meio ambiente construído pode e deve ser alvo de constantes estudos,

análises e proposições a fim de elevá-lo em qualidade e desenvolvimento de forma

não agressiva ao seu criador, o homem, que também é eu usuário e através dele

deixará o legado às próximas gerações.

***

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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LYNCH Kevin, A imagem da cidade; tradução Jefferson Luiz Camargo – São

Paulo , Ed.Martins Fontes 1997

CULLEN Gordon, Paisagem Urbana; tradução Isabel Correa e Carlos Macedo

– Lisboa, Ed. Edições 70, 1983

DEL RIO Vicente, Introdução ao desenho urbano no processo de

planejamento, - São Paulo Ed. PINI, 1990

LERNER Jaime, Acupuntura Urbana, - Rio de Janeiro, 2012

ASSESSORIA PEDAGÓGICA, Prefeitura Municipal de Ipatinga. (2010).

Acesso em 10 de abril de 2013, disponível em

http://ensfundamental1.wordpress.com/805-2/>

ASSUNÇÃO, R. B., & CALDEIRA JUNIOR, R. A. (2011). Relatório Técnico de

Inclusão dos Municípios de Mesquita, Ipaba e Belo Oriente na Região Metropolitana

do Vale do Aço SEDRU. Coronel Fabriciano: Centro Universitário do Leste de Minas

Gerais - UnilesteMG.

WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. (2012). Ipatinga. Acesso em 20 de abril de

2013, disponível em:

http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ipatinga&oldid=30443164

http://ecologicalurbanliving.blogspot.com.br/2010/11/urban-mobility-beyond-cars-

dublin.html - acesso em maio 2013

http://www.emplasa.sp.gov.br/emplasa/noticia/naimprensa/arquivos/NI_16_10_2012

_socia.html -acesso em maio 2013

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13. ANEXOS Registros de Seminário:

Conforme previsto no regulamento foi realizado seminário

pertinente ao tema e à pesquisa durante a semana integrada do curso

de Arquitetura e Urbanismo, com o enfoque em Planejamento Urbano foi

apresentado um vídeo do TEDx, do Arquiteto e Urbanista Jaime Lerner.

Compareceu um total aproximado de 15 alunos de diversos

períodos do curso que puderam conhecer essa pesquisa bem como o

trabalho do Arquiteto apresentado e sua forma estratégica de

intervenção que é a apresentada na aplicação das propostas desse

trabalho.

Seminário: À esquerda acima imagem do vídeo exibido; nas demais os presentes.