Membro: George Felipe. Autor: Antônio Carlos Pires Carvalho Instituição: Faculdade de Medicina da...
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- Membro: George Felipe
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- Autor: Antnio Carlos Pires Carvalho Instituio: Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro rea de Concentrao: Radiologia Ano: 1993
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- O fenmeno bsico para a disseco a necrose cstica idioptica da mdia (medionecrose cstica), dano extenso e de ordem focal que enfraquece a parede da aorta e predispe ruptura dos "vasa vasorum" e dilacerao da ntima (Burchell - 1955). Em conseqncia vai haver hemorragia no interior da mdia e formao do hematoma, que vai separar as camadas da parede arterial, levando ento disseco. A hemorragia pode decorrer exclusivamente dos "vasa vasorum", o que explica porque 5% das disseces no cursam com leso da ntima (Babes e Mironescu - 1910). A doena pode evoluir com recanalizao do hematoma e formao de um "tnel" na parede da aorta, ou com ruptura da camada externa e hemorragia, fatal na maioria absoluta dos casos (Resende - 1974).
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- Na fase aguda da doena, costuma surgir dor retroesternal lancinante, opressiva, sem melhora com a medicao habitual e aliviando apenas com grandes doses de morfina. Geralmente a dor se irradia para o dorso, podendo tambm irradiar-se para o abdome, membro superior, cabea, pescoo e membro inferior, dependendo do local para onde se estende a disseco. A principal caracterstica da dor a sua instalao com intensidade mxima, com a sensao de que "algo esta rasgando", ao contrario do infarto do miocrdio, que tem carter progressivo (Resende - 1974, Hurst - 1977).
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- As radiografias convencionais do trax, nas incidncias postero-anterior (PA) e perfil (preferencialmente o esquerdo) podem apresentar indcios muito sugestivos de uma disseco. Ha que considerar a qualidade da radiografia, obtida muitas vezes com aparelhos portteis e de pacientes acamados, em estado grave e que no colaboram com o exame. O alargamento do mediastino sinal freqente e de extremo valor se tivermos radiografias sucessivas mostrando massa mediastinal com rpido crescimento, em especial se for possvel caracteriz-la como segmento da aorta (Resende - 1974). Diferena significativa no calibre dos segmentos articos outro sinal sugestivo de disseco (Resende - 1974), mas que tem valor limitado aos tipos II e III. No tipo I, com o acometimento das pores ascendente e descendente, haver uma certa simetria dos segmentos. Aumento e elevao do joelho posterior da croa da aorta representa outro sinal indireto do aneurisma dissecante da aorta, principalmente do tipo III ( Resende - 1974). A irregularidade da parede artica, principalmente se associada com calcificao da ntima e espessamento, pode ser um indicador muito forte da existncia de uma disseco. Considera-se espessura mxima normal da parede artica em torno de 4 mm (Cramer e Amplatz - 1966). preciso ateno para a possibilidade de falso positivo por este critrio, se estivermos diante de um paciente com aortite ou calcificao da superfcie de um trombo na ntima. Concluses
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- A tomografia computadorizada com injeo venosa do meio de contraste, apresenta condio to boa ou, s vezes, melhor que a angiografia para o diagnstico definitivo. Khanderia (1992) refere sensibilidade de 82% e especificidade de 100%. Crawford (1990) refere preciso de 99%, considerando a TC contrastada "o mais definitivo e geral mtodo de diagnstico disponvel", pela sua simplicidade, segurana e possibilidade de manuseio do paciente. Diz ainda que a aortografia seria a preferida dos cirurgies por avaliar a desobstruo da aorta, de seus ramos e a presena de insuficincia artica, mas seu grupo prefere a TC para avaliar as dimenses da aorta e para controle da doena
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- A TC, devido s suas caractersticas tcnicas, pode apresentar alguns artefatos que podem produzir diagnsticos falso positivos e falso negativos, reduzindo sua eficcia. As causas mais comuns de falso negativo so a incapacidade de identificar os canais falso e verdadeiro ou o "flap" da ntima, conseqncia dos movimentos causados pelo pulso. Falso positivos decorrem da falha na apreciao de variantes anatmicas, principalmente junto ao arco artico. As veias braquioceflica esquerda, intercostal superior esquerda e do lobo superior do pulmo esquerdo situam-se junto ao arco artico e aorta descendente, separadas por delgados planos de clivagem, podendo simular disseco (fig. 30 e 31). E necessria ateno para a seqncia de cortes contguos, com repetio nas regies suspeitas, para confirmao da leso.
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- Outras causas de falso positivo so espessamento pleural, recesso pericrdico superior envolvendo a raiz da aorta e aneurisma aterosclertico com trombos (Petasnick - 1991).
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- Tipo de DissecoNmero de Casos (%) Tipo I33 (44 %) Tipo II13 (17,3%) Tipo III29 (38,7%) Total75 (100%) SexoNmero de Casos (%) Masculino50 (66,7 %) Feminino25 (33,3%) Total75 (100%) RaaNmero de Casos (%) Branca48 (64%) Feminino27 (36%) Total75 (100%)
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- Fator CausalNmero de Casos (%) Hipertenso arterial64 (85,3%) Aterosclerose54 (72 %) Sndrome de Marfan7 (9,3 %) Histria de trauma7 (9,3 %) Sfilis7 (9,3 %)
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- AlteraoNmero de Exames (%) Identificao do septo da ntima13 Deformidade da luz vascular17 Dilatao da aorta21 Espessamento da parede19
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- 1 - O Aneurisma Dissecante mais freqente em homens, na 6 dcada de vida, hipertensos e com aterosclerose. 2 - A aorta ascendente atingida em 61,3% dos casos. A aorta descendente est envolvida em 82,7% dos pacientes. 3 - A mortalidade, no HUCFF, foi de 52% no primeiro ano, 81,3 % em 5 anos e 97,3 % em 10 anos. 4 - A combinao de exames radiolgicos, como radiografias do trax, aortografia, ultra-sonografia e tomografiacomputadorizada, com forte suspeita clnica, permite diagnosticar a disseco artica em praticamente 100 % dos casos. 5 - A Tomografia Computadorizada, no HUCFF, apresenta sensibilidade diagnstica de 84%. 6 - As alteraes mais encontradas foram: dilatao da aorta (100%), espessamento da parede (90%) e deformidade da luz do vaso (81%). 7 - Identificao do falso lmen e do septo da ntima so os sinais caractersticos para o diagnstico, encontrados em 71 e 62 % dos exames, respectivamente.