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continua... MENSAGEM AOS ACIONISTAS Crescimento Contínuo e Sustentável 2006 foi mais um excelente ano para a AmBev. Marcas expressivas como o EBITDA de R$ 7.444,6 milhões, 18,1% maior que 2005, e a margem EBITDA de 42,3% vêm acrescentar mais um capítulo à história de crescimento contínuo de nossa Companhia. Fizemos muito no último ano: melhoramos nossa execução, crescemos volume, lançamos novas marcas e conquistamos novos mercados. Aprendemos muito também. Aprendemos que a melhor forma de garantir nossa liderança é buscar incansavelmente oportunidades de sermos ainda melhores. Esse pensamento é parte da cultura AmBev, disseminada e incorporada pelos nossos 35 mil funcionários, espalhados por todas as Américas, que agem como donos do próprio negócio e fazem com que a nossa Gente seja o ativo mais importante da Companhia. Alguns eventos tiveram especial importância em 2006: Aquisição do Controle da Quinsa: Em agosto de 2006, completamos a operação iniciada em 2002 e adquirimos o controle da Quinsa. O bom momento econômico dos países da região impulsionou o consumo e soubemos aproveitar essa oportunidade com ganhos de eficiência em 2006. Estamos satisfeitos com o desempenho da Quinsa. Novos Produtos, Novos Segmentos: Seguindo seu perfil pioneiro e inovador, a AmBev está constantemente estudando o mercado e pesquisando novas formas de trazer melhores produtos, que agradem um número cada vez maior de pessoas. Em 2006, no Brasil, trouxemos novas embalagens e produtos especialmente para a Copa do Mundo como Brahma Bier e Guaraná Seleção. Lançamos também Skol Lemon, Brahma Black, Brahva Beats e H2OH!. Contribuindo para fortalecer o equity das nossas marcas, desenvolver o segmento premium e nichos de mercados, essas iniciativas já são um grande sucesso de vendas. Brahma no Canadá: A marca Brahma, que chegou à província de Alberta em 2005, foi lançada nacionalmente no ano de 2006. O lançamento reforça o otimismo com o Canadá, aonde o rígido controle de custos e a aplicação das melhores práticas de produção fabril em 2006 permitiram um expressivo crescimento de geração de caixa e rentabilidade. Copa do Mundo: Apesar da desclassificação precoce da seleção brasileira, a Copa do Mundo foi uma excelente oportunidade para a AmBev. Por meio de um cuidadoso e abrangente planejamento, aliados à excelente performance de nossas marcas, obtivemos importantes conquistas: Guaraná Antarctica, Brahma e Skol ficaram entre as 4 marcas mais lembradas em junho, ocupando também os 3 primeiros lugares das campanhas favoritas da Copa. Diversas ações foram desenvolvidas em todo o país para fortalecer nossas marcas e o relacionamento com os consumidores, e alavancar o consumo durante os jogos. Promoções especiais, novas embalagens e até novos produtos foram criados para garantir o melhor aproveitamento desse momento que foi para a AmBev como um segundo verão, em pleno mês de junho. Em 2006, mantivemos firme a nossa conscientização de custos. Através de ferramentas de gestão, como o Orçamento Base Zero, asseguramos o uso de nossos recursos de forma eficiente, maximizando o retorno ao acionista. Como sempre, todas essas conquistas são fruto da dedicação da nossa Gente, que faz a diferença, porque na AmBev as pessoas trabalham e defendem o trabalho que realizaram, são proativas, empreendedoras, tomam decisões e assumem responsabilidades. Com a nossa cultura de dono, estimulamos os profissionais a darem o melhor de si e trabalhamos para formar as melhores pessoas, que crescem na velocidade do seu talento e são remuneradas na mesma proporção. Por isso, consideramos que a nossa maior competência é recrutar, formar, motivar e manter os melhores profissionais do mercado. Mas a sustentabilidade do nosso negócio vai além da alta performance econômica. Somos uma empresa que cresce com base na ética e na transparência, buscando desenvolvimento econômico, social e ambiental. Apostamos na nossa capacidade de criação de valor tanto para acionistas quanto para a sociedade. Essa preocupação fez da AmBev referência, tendo sido escolhida como empresa- modelo pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa por promover o consumo responsável de bebida e atuar com indicadores positivos de ecoeficiência. Mas não estamos satisfeitos, nunca estaremos. Temos um caminho longo pela frente e diversas iniciativas para que esse caminho nos leve ainda mais longe. Estamos prontos para crescer com nosso jeito AmBev de ser: determinados a atingir metas desafiadoras e resultados cada vez melhores. Continuaremos trabalhando duro e sustentando este forte crescimento, ano após ano, ainda por muitas gerações. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Visão Geral da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do mercado latino americano. As operações da Companhia consistem na produção e comercialização de cervejas, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte, dividindo-se em três unidades de negócio: Operações Brasil, representada pelas vendas de (i) cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas não alcoólicas e não carbonatadas (“RefrigeNanc”); e (iii) malte e sub-produtos; América Latina Hispânica (HILA), representada pela participação da AmBev em Quinsa (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai), bem como pelas operações da Companhia no norte da América Latina (El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Venezuela); essas últimas operações, agrupadas, são designadas por HILA-ex (HILA excluindo Quinsa); e América do Norte, representada pelas operações da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”), incluindo vendas domésticas de cerveja no Canadá e exportações para os Estados Unidos (“EUA”). As principais marcas da AmBev incluem Skol (a terceira cerveja mais consumida no mundo), Brahma, Antarctica, Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue, Brahva e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Através de um acordo de “franchising”, a Companhia vende e distribui os produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Pepsi, Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade. O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em moeda nacional e estrangeira detém a classificação de grau de investimento segundo a Standard and Poor’s e a Fitch Ratings. Conjuntura Econômica A renda disponível dos consumidores vem crescendo nos últimos anos no Brasil, principal mercado consumidor da AmBev. Este crescimento é um dos fatores que contribuiu para o crescimento de volumes em Cerveja Brasil (+5,1%) e RefrigeNanc (+9,0%). No Canadá, o segundo maior mercado da AmBev, a economia também vem apresentando bom desempenho, especialmente no Oeste, aonde os altos preços do petróleo vêm sustentando um ritmo de crescimento forte ao mercado local. Na Argentina, terceiro maior mercado da AmBev, mais uma vez o crescimento verificado foi forte. O volume da Quinsa, cuja principal operação é na Argentina, cresceu 15,1% em 2006. Investimentos No ano de 2006 a AmBev investiu R$ 1.425,7 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro e em uma fábrica de garrafas, a qual estimamos iniciar produção no segundo semestre de 2007. Investimentos em Controladas Em 2006 a AmBev aumentou sua participação na Quinsa, de 56,72% para 91,18%. O montante desembolsado nessa operação foi R$ 2.738,8 milhões (equivalente a US$1,25 bilhão). A operação reforça o compromisso da AmBev com o crescimento dos mercados Argentino, Uruguaio, Paraguaio, Boliviano e Chileno. Diretoria Financeira e de Relações com Investidores Em 2007, Graham Staley assumiu a diretoria financeira e de relações com investidores da AmBev, em substituição a João Castro Neves, que foi nomeado diretor geral da Quinsa. Graham Staley foi Diretor Financeiro da Labatt USA entre 2000 e 2004, e entre 2005 e 2006, diretor financeiro da Labatt Brewing Company Limited. Meio Ambiente A AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e minimizando o impacto sobre a natureza de modo a preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em que busca uma maior competitividade na produção de bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e processos para minimizar o impacto ambiental. Para tanto, estabelece indicadores de ecoeficiência que são sistematicamente monitorados. Somos referência no uso racional de água, com unidades que superaram em 2006 o benchmark mundial de 3,75 litros de água por cada litro de cerveja produzido, que já era nosso. Destacaram- se as unidades de Curitiba (PR), Brasília (DF), Camaçari (BA) e Agudos (SP), que utilizaram, para a produção de um litro de cerveja, 3,49, 3,63, 3,69 e 3,70 litros de água, respectivamente. Patrocinamos o maior centro de Reciclagem da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos resíduos industriais na forma de subprodutos, o que gerou, em 2006, uma receita de R$ 59,3 milhões*. Essas métricas demonstram o compromisso da AmBev com a gestão dos recursos ambientais. Como resultado deste trabalho, recebemos o título de Empresa-modelo pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa por promover o consumo responsável de bebida e atuar com indicadores de ecoeficiência. Ainda, o Governo do Peru, com apoio do Banco Mundial, concedeu à unidade local da AmBev o prêmio “A la Producción más Limpia y a la Ecoeficiencia 2006”. * Este número é referente somente às operações no Brasil e Hila-ex. Recursos Humanos A AmBev chegou ao final de 2006 com aproximadamente 35,0 mil funcionários: 19,8 mil no Brasil; 3,3 mil no Canadá; 7,3 mil nas unidades da Quinsa e 4,6 mil na Hila-ex (que inclui Equador, Peru, Guatemala, Venezuela e República Dominicana). A AmBev investe permanentemente no desenvolvimento de seus recursos humanos. Em 2006, a Universidade AmBev (UA) realizou treinamentos específicos (técnicos, comportamentais, idiomas, etc) para mais de 5.700 funcionários e distribuidores, totalizando mais de 35.000 horas de treinamento. Os funcionários ainda contam com os investimentos da Fundação Antonio e Helena Zerrener em bolsas de estudo de graduação e pós-graduação. A FAHZ também oferece o programa Vida Legal, que estimula hábitos saudáveis, ações preventivas de saúde e tratamento de doenças crônicas. Em 2006, obtivemos também um grande avanço nos índices de acidentes com afastamento, que ficaram 30% abaixo dos registrados em 2005, o que representa uma evolução de 78% desde 2000. Dividendos e Ações O estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da companhia, conforme estabelecido nos princípios contábeis da legislação societária brasileira, incluindo as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. No ano calendário de 2006, foram distribuídos R$ 1.790,8 bilhões em dividendos, incluindo Juros sobre Capital Próprio. Em 2006, foram negociados aproximadamente R$ 7,1 bilhões de ações PN, R$ 1,3 bilhões de ações ON. As ações fecharam o ano de 2006 cotadas a R$ 943,00 (AMBV3) e R$ 1.053,99 (AMBV4). Destaques Financeiros 2006 As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada e em milhares de Reais, de acordo com a Legislação Societária; as comparações referem-se ao ano de 2005. 3 O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$ 7.444,6 milhões no ano, crescendo 18,1%. 3 A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em 2006, segundo a ACNielsen, foi de 68,8% (2005: 68,3%). O volume do segmento Cerveja Brasil cresceu 5,1%, e a receita por hectolitro atingiu R$ 137,8. 3 A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou 33,6%, crescendo 230 pontos base e mantendo a AmBev como um benchmark para a indústria. O EBITDA registrado para o segmento foi de R$ 607,7 milhões, 17,4% acima de 2005. 3 A divisão HILA registrou EBITDA de R$ 791,2 milhões, refletindo o forte crescimento de Quinsa. 3 A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$ 1.499,6 milhões. Destaques Financeiros - AmBev Consolidado ..................................................................................................................... % R$ milhões ................................................................................................. 2006 2005 Variação Volume de Vendas (000 hl) ........................................................................ 134.366 125.313 7,2% Receita Líquida por Hectolitro (R$/hl) ....................................................... 137,4 139,4 -1,4% Receita líquida ............................................................................................ 17.613,7 15.958,6 10,4% Lucro bruto .................................................................................................. 11.665,0 10.216,2 14,2% Margem lucro bruto ..................................................................................... 66,2% 64,0% 220 bps EBIT ............................................................................................................. 6.256,3 5.042,6 24,1% Margem EBIT .............................................................................................. 35,5% 31,6% 390 bps EBITDA ....................................................................................................... 7.444,6 6.305,1 18,1% Margem EBITDA ......................................................................................... 42,3% 39,5% 280 bps Lucro líquido .............................................................................................. 2.806,3 1.545,7 81,5% Margem lucro líquido .................................................................................. 15,9% 9,7% 620 bps Número de ações em circulação (milhões) ............................................... 63.719,4 65.346,2 -2,5% LPA (R$/000 ações) ................................................................................... 44,04 23,65 86,2% LPA excl. amortização de ágio (R$/000 ações) ........................................ 64,18 44,21 45,2% Notas: (1) O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria). (2) Os somatórios podem não conferir devido a arredondamentos. Destaques Financeiros por Segmento de Negócios A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados apresentados referem-se aos períodos de doze meses findos em 31 de dezembro de 2006 e 2005. Destaques Financeiros ............................................... Brasil HILA América do Norte Total R$ milhões .................................................................... 2006 2005 % Var. 2006 2005 % Var. 2006 2005 %Var. 2006 2005 % Var. Volume (‘000 hl) ............................................................ 87.727 82.743 6,0% 35.676 31.679 12,6% 10.963 10.891,6 0,7% 134.366 125.313 7,2% Receita Líquida ............................................................ 10.963,1 9.902,8 10,7% 2.762,4 2.080,3 32,8% 3.888,2 3.975,5 -2,2% 17.613,7 15.958,6 10,4% CPV ................................................................................ (3.492,2) (3.488,9) 0,1% (1.266,2) (953,1) 32,9% (1.190,2) (1.300,3) -8,5% (5.948,7) (5.742,3) 3,6% Lucro Bruto ................................................................... 7.470,9 6.413,9 16,5% 1.496,2 1.127,1 32,7% 2.697,9 2.675,2 0,9% 11.665,0 10.216,2 14,2% Margem Bruta ................................................................ 68,1%, 64,8%, 340 bps 54,2%, 54,2%, 0 bps 69,4%, 67,3%, 210 bps 66,2%, 64,0%, 220 bps SG&A Total ..................................................................... (3.038,3) (2.942,2) 3,3% (955,6) (764,7) 25,0% (1.414,8) (1.466,7) -3,5% (5.408,7) (5.173,7) 4,5% % da Receita Líq. .......................................................... -27,7%, -29,7%, 200 bps -34,6%, -36,8%, 220 bps -36,4%, -36,9%, 50 bps -30,7%, -32,4%, 170 bps EBIT ............................................................................... 4.432,5 3.471,7 27,7% 540,6 362,4 49,2% 1.283,1 1.208,5 6,2% 6.256,3 5.042,6 24,1% Margem de EBIT ............................................................ 40,4%, 35,1%, 540 bps 19,6%, 17,4%, 210 bps 33,0%, 30,4%, 260 bps 35,5%, 31,6%, 390 bps EBITDA .......................................................................... 5.153,7 4.319,0 19,3% 791,2 553,0 43,1% 1.499,6 1.433,1 4,6% 7.444,6 6.305,1 18,1% Margem de EBITDA ....................................................... 47,0%, 43,6%, 340 bps 28,6%, 26,6%, 210 bps 38,6%, 36,0%, 250 bps 42,3%, 39,5%, 280 bps Operações Brasil Resultado Brasil ........................................................... Cerveja RefrigeNanc Malte e Suprodutos Total R$ milhões .................................................................... 2006 2005 % Var. 2006 2005 % Var. 2006 2005 % Var. 2006 2005 % Var. Volume (‘000 hl) ............................................................ 65.655 62.486 5,1% 22.072 20.257 9,0% n.a n.a n.a 87.727 82.743 6,0% Receita Líquida ............................................................ 9.045,0 8.119,1 11,4% 1.806,4 1.648,7 9,6% 111,6 135,0 -17,3% 10.963,1 9.902,8 10,7% Receita Líquida/hl ....................................................... 137,8 129,9 6,0% 81,8 81,4 0,6% n.a n.a n.a 125,0 119,7 4,4% CPV ................................................................................ (2.573,6) (2.575,3) -0,1% (877,8) (851,7) 3,1% (40,8) (61,9) -34,1% (3.492,2) (3.488,9) 0,1% CPV/hl ......................................................................... (39,2) (41,2) -4,9% (39,8) (42,0) -5,4% n.a n.a n.a (39,8) (42,2) -5,6% Lucro Bruto ................................................................... 6.471,5 5.543,8 16,7% 928,5 797,0 16,5% 70,9 73,1 -3,1% 7.470,9 6.413,9 16,5% Margem Bruta ................................................................ 71,5%, 68,3%, 330 bps 51,4%, 48,3%, 310 bps 63,5%, 54,2%, 930 bps 68,1%, 64,8%, 340 bps SG&A excl. deprec. e amort. ......................................... (2.126,9) (1.961,3) 8,4% (343,2) (306,3) 12,0% (3,4) (3,1) 10,1% (2.473,5) (2.270,7) 8,9% Deprec. e amort. SG&A ................................................. (422,8) (507,7) -16,7% (142,1) (163,8) -13,3% 0,0 0,0 n.a. (564,9) (671,6) -15,9% SG&A Total ..................................................................... (2.549,7) (2.469,0) 3,3% (485,2) (470,1) 3,2% (3,4) (3,1) 10,1% (3.038,3) (2.942,2) 3,3% % da Receita Líq. .......................................................... 28,2%, 30,4%, -220 bps 26,9%, 28,5%, -170 bps 3,1%, 2,3%, 80 bps 27,7%, 29,7%, -200 bps EBIT ............................................................................... 3.921,8 3.074,8 27,5% 443,3 326,8 35,6% 67,4 70,0 -3,7% 4.432,5 3.471,7 27,7% Margem de EBIT ............................................................ 43,4%, 37,9%, 550 bps 24,5%, 19,8%, 470 bps 60,4%, 51,9%, 850 bps 40,4%, 35,1%, 540 bps EBITDA .......................................................................... 4.478,6 3.731,4 20,0% 607,7 517,6 17,4% 67,4 70,0 -3,7% 5.153,7 4.319,0 19,3% Margem de EBITDA ....................................................... 49,5%, 46,0%, 360 bps 33,6%, 31,4%, 230 bps 60,4%, 51,9%, 850 bps 47,0%, 43,6%, 340 bps Análise do Desempenho Financeiro em 2006 Receita Líquida A receita líquida aumentou 10,4% em 2006, atingindo R$ 17.613,7 milhões. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada unidade de negócios para a receita líquida consolidada da AmBev. Receita Líquida ....................................... 2006 2005 ................................................................... R$ milhões % Total R$ Milhões % Total % Variação Brasil ......................................................... 10.963,1 62,2% 9.902,8 62,1% 10,7% Cerveja Brasil ........................................ 9.045,0 51,4% 8.119,1 50,9% 11,4% RefrigeNanc Brasil ................................ 1.806,4 10,3% 1.648,7 10,3% 9,6% Malte e Subprodutos ............................. 111,6 0,6% 135,0 0,8% -17,3% HILA .......................................................... 2.762,4 15,7% 2.080,3 13,0% 32,8% Quinsa .................................................... 2.004,3 11,4% 1.299,9 8,1% 54,2% Cerveja ................................................ 1.471,1 8,4% 971,8 6,1% 51,4% Refrigerantes ...................................... 533,2 3,0% 328,0 2,1% 62,5% HILA-ex .................................................. 758,1 4,3% 780,4 4,9% -2,9% Cerveja ................................................ 458,6 2,6% 469,2 2,9% -2,3% Refrigerantes ...................................... 299,5 1,7% 311,2 2,0% -3,7% América do Norte .................................... 3.888,2 22,1% 3.975,5 24,9% -2,2% Consolidado ............................................. 17.613,7 100,0% 15.958,6 100,0% 10,4% Operações Brasil A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios da AmBev, representada por nossas operações de cerveja, refrigerantes e bebidas não carbonatadas no Brasil, cresceu 10,7%, chegando a R$ 10.963,1 milhões. O desempenho de cada operação é apresentado a seguir. Cerveja A receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil em 2006 subiu 11,4%, acumulando R$ 9.045,0 milhões. Os principais elementos que contribuíram para esse crescimento foram: - Crescimento de 5,1% no volume venda, refletindo (i) a maior participação de mercado da AmBev (2006: 68,8%; 2005: 68,3%); e (ii) o crescimento do mercado. - Crescimento de 6,0% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$ 137,8. Esse aumento foi conseqüência (i) do reposicionamento geral de preços realizado no mês de dezembro de 2005; (ii) crescimento do segmento premium, com destaque para as marcas Bohemia (+19,7%) e Original (+38,3%) ; e (iii) da expansão das vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev. RefrigeNanc A receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc em 2006 cresceu 9,6%, atingindo R$ 1.806,4 milhões. Os principais elementos que contribuíram para esse crescimento foram: - Crescimento de 9,0% no volume de venda, refletindo (i) a manutenção da participação da AmBev no mercado de refrigerantes (2006: 17,0%; 2005: 17,0%); e (ii) o crescimento desse mercado. - Aumento de 0,6% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$ 81,8. Esse aumento foi impactado (i) positivamente pelo reposicionamento de preços implementados ao longo de 2006; e (ii) negativamente pela maior participação de embalagens de maior volume. Malte e Sub-produtos A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução de receita de 17,3%, acumulando R$ 111,6 milhões. América Latina Hispânica (HILA) As operações da AmBev na América Latina registraram em 2006 um aumento de receita de 32,8%, atingindo R$ 2.762,4 milhões. A análise mais detalhada desse desempenho é apresentada a seguir. Quinsa A participação da AmBev na Quinsa, cervejaria líder nos países do Cone Sul, contribuiu R$ 2.004,3 milhões para a receita consolidada da companhia, representando um crescimento de 54,2%. Os principais elementos que contribuíram para o aumento da receita foram: - Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de 9,8% e 25,5% respectivamente; o volume consolidado cresceu 15,1%. - Crescimento em dólares americanos de 6,2% na receita por hectolitro, atingindo US$ 40,5. - Aumento do porcentual de consolidação do resultado da Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05: 59,2%), em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa (dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%). HILA-ex As operações da AmBev no norte da América Latina apresentaram uma redução da receita em 2006 de 2,9%, acumulando R$ 758,1 milhões. Os principais elementos que contribuíram para a redução da receita foram: (i) crescimento de volume de 3,2%; (ii) queda de 5,9% da receita por hectolitro, resultante do acirramento do mercado competitivo e apreciação do Real frente as demais moedas das operações da HILA-ex. América do Norte As operações Labatt na América do Norte contribuíram com R$ 3.888,2 milhões para a receita consolidada da AmBev, uma redução de 2,2%. Esse resultado é explicado por: - Aumento do volume de vendas da Labatt no mercado canadense de 0,6%. - Aumento na exportação da Labatt para os EUA de 0,8%. - Crescimento de 0,6% na receita por hectolitro das vendas domésticas, em dólares canadenses. - Queda de 4,6% na receita por hectolitro nas vendas para exportação, em dólares canadenses. - Apreciação do Real frente ao dólar canadense. Em dólares canadenses, a receita líquida cresceu 0,9% para CAD$ 2.020,1 milhões. Custo dos Produtos Vendidos O custo dos produtos vendidos da AmBev em 2006 cresceu 3,6%, acumulando R$ 5.948,7 milhões. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada unidade de negócios para o custo dos produtos vendidos consolidado da AmBev. CPV .......................................... 2006 2005 .................................................. R$ milhões % Total % Rec. Líq. R$ milhões % Total % Rec. Líq. % Variação Brasil ........................................ (3.492,2) 58,7% 31,9% (3.488,9) 60,8% 35,2% 0,1% Cerveja Brasil ....................... (2.573,6) 43,3% 28,5% (2.575,3) 44,8% 31,7% -0,1% RefrigeNanc Brasil ............... (877,8) 14,8% 48,6% (851,7) 14,8% 51,7% 3,1% Malte e Subprodutos ............ (40,8) 0,7% 36,5% (61,9) 1,1% 45,8% -34,1% HILA ......................................... (1.266,2) 21,3% 45,8% (953,1) 16,6% 45,8% 32,9% Quinsa ................................... (808,8) 13,6% 40,4% (536,7) 9,3% 41,3% 50,7% Cerveja ............................... (464,5) 7,8% 31,6% (321,4) 5,6% 33,1% 44,5% Refrigerantes ..................... (344,3) 5,8% 64,6% (215,3) 3,7% 65,6% 59,9% HILA-ex ................................. (457,4) 7,7% 60,3% (416,4) 7,3% 53,4% 9,8% Cerveja ............................... (255,2) 4,3% 55,6% (236,0) 4,1% 50,3% 8,1% Refrigerantes ..................... (202,2) 3,4% 67,5% (180,5) 3,1% 58,0% 12,1% América do Norte ................... 1.190,2, 20,0% 30,6% (1.300,3) 22,6% 32,7% -8,5% Consolidado ............................ (5.948,7) 100,0% 33,8% (5.742,3) 100,0% 36,0% 3,6% Brasil O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios Brasil acumulou R$ 3.492,2 milhões, crescendo 0,1%. Cerveja O custo dos produtos vendidos da operação de venda de cerveja no Brasil diminuiu 0,1%, chegando a R$ 2.573,6 milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro apresentou uma queda de 4,9%, somando R$ 39,2. Os principais fatores contribuindo para esta redução foram: (i) menor taxa de câmbio para compra de insumos, derivada da política de hedge; (ii) a maior diluição de custos fixos, viabilizada pelo crescimento do volume de venda; e (iii) os ganhos de produtividade resultantes do contínuo programa de excelência fabril da AmBev que levaram à queda observada no custo unitário de produção. RefrigeNanc O custo dos produtos vendidos da operação de RefrigeNanc no Brasil subiu 3,1%, chegando a R$ 877,8 milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro decresceu 5,4%, contabilizando R$ 39,8. Similar ao caso da operação de cerveja, os ganhos de eficiência fabril, assim como a maior diluição dos custos fixos de produção, e os ganhos com hedge foram os principais responsáveis pelo resultado. Malte e Sub-produtos A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução do custo dos produtos vendidos de 34,1%, acumulando R$ 40,8 milhões. América Latina Hispânica (HILA) O custo dos produtos vendidos da unidade de negócios HILA aumentou 32,9%, atingindo R$ 1.266,2 milhões. A análise mais detalhada da evolução do custo é apresentada a seguir. Quinsa A consolidação em AmBev do custo dos produtos vendidos da Quinsa acumulou em 2006, R$ 808,8 milhões, representando um crescimento de 50,7%. Os principais efeitos que explicam esse aumento são: - Aumento de 15,1% no volume vendido, atingindo 28,782 milhões de hectolitros. - Aumento do porcentual de consolidação do resultado da Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05: 59,2%), em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa (dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%) HILA-ex O custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev no norte da América Latina cresceu 9,8%, chegando a R$ 457,4 milhões. O principal efeito que explica esse aumento é o crescimento de 3,2% no volume vendido, o qual atingiu 6,894 milhões de hectolitros. América do Norte O custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de 2006 contabilizou R$ 1.190,2 milhões. Em moeda local, o custo dos produtos vendidos apresentou queda de 5,3%. O principal fator que contribuiu para tal redução foi a queda de 5,9% nos custos unitários de produção. Lucro Bruto A AmBev alcançou em 2006 um lucro bruto de R$ 11.665,0 milhões, representando um crescimento de 14,2%. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada unidade de negócios para o lucro bruto consolidado da AmBev.

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MENSAGEM AOS ACIONISTASCrescimento Contínuo e Sustentável2006 foi mais um excelente ano para a AmBev. Marcas expressivas como o EBITDA de R$ 7.444,6 milhões, 18,1% maior que 2005,e a margem EBITDA de 42,3% vêm acrescentar mais um capítulo à história de crescimento contínuo de nossa Companhia.Fizemos muito no último ano: melhoramos nossa execução, crescemos volume, lançamos novas marcas e conquistamos novosmercados. Aprendemos muito também. Aprendemos que a melhor forma de garantir nossa liderança é buscar incansavelmenteoportunidades de sermos ainda melhores. Esse pensamento é parte da cultura AmBev, disseminada e incorporada pelos nossos 35mil funcionários, espalhados por todas as Américas, que agem como donos do próprio negócio e fazem com que a nossa Gente sejao ativo mais importante da Companhia.Alguns eventos tiveram especial importância em 2006:Aquisição do Controle da Quinsa: Em agosto de 2006, completamos a operação iniciada em 2002 e adquirimos o controle daQuinsa. O bom momento econômico dos países da região impulsionou o consumo e soubemos aproveitar essa oportunidade comganhos de eficiência em 2006. Estamos satisfeitos com o desempenho da Quinsa.Novos Produtos, Novos Segmentos: Seguindo seu perfil pioneiro e inovador, a AmBev está constantemente estudando omercado e pesquisando novas formas de trazer melhores produtos, que agradem um número cada vez maior de pessoas.Em 2006, no Brasil, trouxemos novas embalagens e produtos especialmente para a Copa do Mundo como Brahma Bier eGuaraná Seleção. Lançamos também Skol Lemon, Brahma Black, Brahva Beats e H2OH!. Contribuindo para fortalecer oequity das nossas marcas, desenvolver o segmento premium e nichos de mercados, essas iniciativas já são um grandesucesso de vendas.Brahma no Canadá: A marca Brahma, que chegou à província de Alberta em 2005, foi lançada nacionalmente no ano de 2006. Olançamento reforça o otimismo com o Canadá, aonde o rígido controle de custos e a aplicação das melhores práticas de produçãofabril em 2006 permitiram um expressivo crescimento de geração de caixa e rentabilidade.Copa do Mundo: Apesar da desclassificação precoce da seleção brasileira, a Copa do Mundo foi uma excelente oportunidade para

a AmBev. Por meio de um cuidadoso e abrangente planejamento, aliados à excelente performance de nossas marcas, obtivemosimportantes conquistas: Guaraná Antarctica, Brahma e Skol ficaram entre as 4 marcas mais lembradas em junho, ocupando tambémos 3 primeiros lugares das campanhas favoritas da Copa. Diversas ações foram desenvolvidas em todo o país para fortalecer nossasmarcas e o relacionamento com os consumidores, e alavancar o consumo durante os jogos. Promoções especiais, novas embalagense até novos produtos foram criados para garantir o melhor aproveitamento desse momento que foi para a AmBev como um segundoverão, em pleno mês de junho.Em 2006, mantivemos firme a nossa conscientização de custos. Através de ferramentas de gestão, como o Orçamento Base Zero,asseguramos o uso de nossos recursos de forma eficiente, maximizando o retorno ao acionista.Como sempre, todas essas conquistas são fruto da dedicação da nossa Gente, que faz a diferença, porque na AmBev as pessoastrabalham e defendem o trabalho que realizaram, são proativas, empreendedoras, tomam decisões e assumem responsabilidades.Com a nossa cultura de dono, estimulamos os profissionais a darem o melhor de si e trabalhamos para formar as melhores pessoas,que crescem na velocidade do seu talento e são remuneradas na mesma proporção. Por isso, consideramos que a nossa maiorcompetência é recrutar, formar, motivar e manter os melhores profissionais do mercado.Mas a sustentabilidade do nosso negócio vai além da alta performance econômica. Somos uma empresa que cresce com base naética e na transparência, buscando desenvolvimento econômico, social e ambiental. Apostamos na nossa capacidade de criação devalor tanto para acionistas quanto para a sociedade. Essa preocupação fez da AmBev referência, tendo sido escolhida como empresa-modelo pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa por promover o consumo responsável de bebida e atuar com indicadorespositivos de ecoeficiência.Mas não estamos satisfeitos, nunca estaremos. Temos um caminho longo pela frente e diversas iniciativas para que esse caminhonos leve ainda mais longe. Estamos prontos para crescer com nosso jeito AmBev de ser: determinados a atingir metas desafiadorase resultados cada vez melhores.Continuaremos trabalhando duro e sustentando este forte crescimento, ano após ano, ainda por muitas gerações.

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃOVisão Geral da Companhia de Bebidas das Américas - AmBevCom operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do mercado latinoamericano. As operações da Companhia consistem na produção e comercialização de cervejas, refrigerantes, outras bebidas nãoalcoólicas e malte, dividindo-se em três unidades de negócio:• Operações Brasil, representada pelas vendas de (i) cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas não alcoólicas e não

carbonatadas (“RefrigeNanc”); e (iii) malte e sub-produtos;• América Latina Hispânica (HILA), representada pela participação da AmBev em Quinsa (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e

Uruguai), bem como pelas operações da Companhia no norte da América Latina (El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua,Peru, República Dominicana e Venezuela); essas últimas operações, agrupadas, são designadas por HILA-ex (HILA excluindoQuinsa); e

• América do Norte, representada pelas operações da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”), incluindo vendas domésticas decerveja no Canadá e exportações para os Estados Unidos (“EUA”).

As principais marcas da AmBev incluem Skol (a terceira cerveja mais consumida no mundo), Brahma, Antarctica, Bohemia, Original,Quilmes, Labatt Blue, Brahva e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Atravésde um acordo de “franchising”, a Companhia vende e distribui os produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina,incluindo Pepsi, Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade.O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em moeda nacional e estrangeira detém a classificação de grau de investimentosegundo a Standard and Poor’s e a Fitch Ratings.Conjuntura EconômicaA renda disponível dos consumidores vem crescendo nos últimos anos no Brasil, principal mercado consumidor da AmBev. Estecrescimento é um dos fatores que contribuiu para o crescimento de volumes em Cerveja Brasil (+5,1%) e RefrigeNanc (+9,0%).No Canadá, o segundo maior mercado da AmBev, a economia também vem apresentando bom desempenho, especialmente noOeste, aonde os altos preços do petróleo vêm sustentando um ritmo de crescimento forte ao mercado local.Na Argentina, terceiro maior mercado da AmBev, mais uma vez o crescimento verificado foi forte. O volume da Quinsa, cuja principaloperação é na Argentina, cresceu 15,1% em 2006.InvestimentosNo ano de 2006 a AmBev investiu R$ 1.425,7 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro e em umafábrica de garrafas, a qual estimamos iniciar produção no segundo semestre de 2007.Investimentos em ControladasEm 2006 a AmBev aumentou sua participação na Quinsa, de 56,72% para 91,18%. O montante desembolsado nessa operação foiR$ 2.738,8 milhões (equivalente a US$1,25 bilhão). A operação reforça o compromisso da AmBev com o crescimento dos mercadosArgentino, Uruguaio, Paraguaio, Boliviano e Chileno.Diretoria Financeira e de Relações com InvestidoresEm 2007, Graham Staley assumiu a diretoria financeira e de relações com investidores da AmBev, em substituição a João CastroNeves, que foi nomeado diretor geral da Quinsa. Graham Staley foi Diretor Financeiro da Labatt USA entre 2000 e 2004, e entre 2005e 2006, diretor financeiro da Labatt Brewing Company Limited.Meio AmbienteA AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e minimizando oimpacto sobre a natureza de modo a preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em que busca uma maior competitividadena produção de bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e processos para minimizar o impacto ambiental. Para tanto, estabeleceindicadores de ecoeficiência que são sistematicamente monitorados. Somos referência no uso racional de água, com unidades quesuperaram em 2006 o benchmark mundial de 3,75 litros de água por cada litro de cerveja produzido, que já era nosso. Destacaram-se as unidades de Curitiba (PR), Brasília (DF), Camaçari (BA) e Agudos (SP), que utilizaram, para a produção de um litro de cerveja,3,49, 3,63, 3,69 e 3,70 litros de água, respectivamente.Patrocinamos o maior centro de Reciclagem da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos resíduos industriais na forma desubprodutos, o que gerou, em 2006, uma receita de R$ 59,3 milhões*.Essas métricas demonstram o compromisso da AmBev com a gestão dos recursos ambientais. Como resultado destetrabalho, recebemos o título de Empresa-modelo pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa por promover o consumo responsávelde bebida e atuar com indicadores de ecoeficiência. Ainda, o Governo do Peru, com apoio do Banco Mundial, concedeu à unidade

local da AmBev o prêmio “A la Producción más Limpia y a la Ecoeficiencia 2006”. * Este número é referente somente às operações no Brasil e Hila-ex.Recursos HumanosA AmBev chegou ao final de 2006 com aproximadamente 35,0 mil funcionários: 19,8 mil no Brasil; 3,3 mil no Canadá; 7,3 mil nasunidades da Quinsa e 4,6 mil na Hila-ex (que inclui Equador, Peru, Guatemala, Venezuela e República Dominicana).A AmBev investe permanentemente no desenvolvimento de seus recursos humanos. Em 2006, a Universidade AmBev (UA) realizoutreinamentos específicos (técnicos, comportamentais, idiomas, etc) para mais de 5.700 funcionários e distribuidores, totalizandomais de 35.000 horas de treinamento. Os funcionários ainda contam com os investimentos da Fundação Antonio e Helena Zerrenerem bolsas de estudo de graduação e pós-graduação.A FAHZ também oferece o programa Vida Legal, que estimula hábitos saudáveis, ações preventivas de saúde e tratamento de doençascrônicas.Em 2006, obtivemos também um grande avanço nos índices de acidentes com afastamento, que ficaram 30% abaixo dos registradosem 2005, o que representa uma evolução de 78% desde 2000.Dividendos e AçõesO estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da companhia, conformeestabelecido nos princípios contábeis da legislação societária brasileira, incluindo as quantias pagas a título de juros sobre o capitalpróprio. No ano calendário de 2006, foram distribuídos R$ 1.790,8 bilhões em dividendos, incluindo Juros sobre Capital Próprio.Em 2006, foram negociados aproximadamente R$ 7,1 bilhões de ações PN, R$ 1,3 bilhões de ações ON. As ações fecharam o anode 2006 cotadas a R$ 943,00 (AMBV3) e R$ 1.053,99 (AMBV4).Destaques Financeiros 2006As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada e emmilhares de Reais, de acordo com a Legislação Societária; as comparações referem-se ao ano de 2005.� O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$ 7.444,6 milhões no ano, crescendo 18,1%.� A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em 2006, segundo a ACNielsen, foi de 68,8% (2005: 68,3%). O volume

do segmento Cerveja Brasil cresceu 5,1%, e a receita por hectolitro atingiu R$ 137,8.� A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou 33,6%, crescendo 230 pontos base e mantendo a AmBev como um

benchmark para a indústria. O EBITDA registrado para o segmento foi de R$ 607,7 milhões, 17,4% acima de 2005.� A divisão HILA registrou EBITDA de R$ 791,2 milhões, refletindo o forte crescimento de Quinsa.� A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$ 1.499,6 milhões.Destaques Financeiros - AmBev Consolidado..................................................................................................................... %R$ milhões ................................................................................................. 2006 2005 VariaçãoVolume de Vendas (000 hl) ........................................................................ 134.366 125.313 7,2%Receita Líquida por Hectolitro (R$/hl) ....................................................... 137,4 139,4 -1,4%Receita líquida ............................................................................................ 17.613,7 15.958,6 10,4%Lucro bruto .................................................................................................. 11.665,0 10.216,2 14,2%Margem lucro bruto ..................................................................................... 66,2% 64,0% 220 bpsEBIT ............................................................................................................. 6.256,3 5.042,6 24,1%Margem EBIT .............................................................................................. 35,5% 31,6% 390 bpsEBITDA ....................................................................................................... 7.444,6 6.305,1 18,1%Margem EBITDA ......................................................................................... 42,3% 39,5% 280 bpsLucro líquido .............................................................................................. 2.806,3 1.545,7 81,5%Margem lucro líquido .................................................................................. 15,9% 9,7% 620 bpsNúmero de ações em circulação (milhões) ............................................... 63.719,4 65.346,2 -2,5%LPA (R$/000 ações) ................................................................................... 44,04 23,65 86,2%LPA excl. amortização de ágio (R$/000 ações) ........................................ 64,18 44,21 45,2%Notas:(1) O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria).(2) Os somatórios podem não conferir devido a arredondamentos.

Destaques Financeiros por Segmento de NegóciosA tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados apresentados referem-se aos períodos de doze meses findos em 31 de dezembro de 2006 e 2005.Destaques Financeiros ............................................... Brasil HILA América do Norte TotalR$ milhões .................................................................... 2006 2005 % Var. 2006 2005 % Var. 2006 2005 %Var. 2006 2005 % Var.Volume (‘000 hl) ............................................................ 87.727 82.743 6,0% 35.676 31.679 12,6% 10.963 10.891,6 0,7% 134.366 125.313 7,2%Receita Líquida ............................................................ 10.963,1 9.902,8 10,7% 2.762,4 2.080,3 32,8% 3.888,2 3.975,5 -2,2% 17.613,7 15.958,6 10,4%CPV ................................................................................ (3.492,2) (3.488,9) 0,1% (1.266,2) (953,1) 32,9% (1.190,2) (1.300,3) -8,5% (5.948,7) (5.742,3) 3,6%Lucro Bruto ................................................................... 7.470,9 6.413,9 16,5% 1.496,2 1.127,1 32,7% 2.697,9 2.675,2 0,9% 11.665,0 10.216,2 14,2%Margem Bruta ................................................................ 68,1%, 64,8%, 340 bps 54,2%, 54,2%, 0 bps 69,4%, 67,3%, 210 bps 66,2%, 64,0%, 220 bpsSG&A Total ..................................................................... (3.038,3) (2.942,2) 3,3% (955,6) (764,7) 25,0% (1.414,8) (1.466,7) -3,5% (5.408,7) (5.173,7) 4,5%% da Receita Líq. .......................................................... -27,7%, -29,7%, 200 bps -34,6%, -36,8%, 220 bps -36,4%, -36,9%, 50 bps -30,7%, -32,4%, 170 bpsEBIT ............................................................................... 4.432,5 3.471,7 27,7% 540,6 362,4 49,2% 1.283,1 1.208,5 6,2% 6.256,3 5.042,6 24,1%Margem de EBIT ............................................................ 40,4%, 35,1%, 540 bps 19,6%, 17,4%, 210 bps 33,0%, 30,4%, 260 bps 35,5%, 31,6%, 390 bpsEBITDA .......................................................................... 5.153,7 4.319,0 19,3% 791,2 553,0 43,1% 1.499,6 1.433,1 4,6% 7.444,6 6.305,1 18,1%Margem de EBITDA ....................................................... 47,0%, 43,6%, 340 bps 28,6%, 26,6%, 210 bps 38,6%, 36,0%, 250 bps 42,3%, 39,5%, 280 bps

Operações Brasil

Resultado Brasil ........................................................... Cerveja RefrigeNanc Malte e Suprodutos TotalR$ milhões .................................................................... 2006 2005 % Var. 2006 2005 % Var. 2006 2005 % Var. 2006 2005 % Var.Volume (‘000 hl) ............................................................ 65.655 62.486 5,1% 22.072 20.257 9,0% n.a n.a n.a 87.727 82.743 6,0%Receita Líquida ............................................................ 9.045,0 8.119,1 11,4% 1.806,4 1.648,7 9,6% 111,6 135,0 -17,3% 10.963,1 9.902,8 10,7% Receita Líquida/hl ....................................................... 137,8 129,9 6,0% 81,8 81,4 0,6% n.a n.a n.a 125,0 119,7 4,4%CPV ................................................................................ (2.573,6) (2.575,3) -0,1% (877,8) (851,7) 3,1% (40,8) (61,9) -34,1% (3.492,2) (3.488,9) 0,1% CPV/hl ......................................................................... (39,2) (41,2) -4,9% (39,8) (42,0) -5,4% n.a n.a n.a (39,8) (42,2) -5,6%Lucro Bruto ................................................................... 6.471,5 5.543,8 16,7% 928,5 797,0 16,5% 70,9 73,1 -3,1% 7.470,9 6.413,9 16,5%Margem Bruta ................................................................ 71,5%, 68,3%, 330 bps 51,4%, 48,3%, 310 bps 63,5%, 54,2%, 930 bps 68,1%, 64,8%, 340 bpsSG&A excl. deprec. e amort. ......................................... (2.126,9) (1.961,3) 8,4% (343,2) (306,3) 12,0% (3,4) (3,1) 10,1% (2.473,5) (2.270,7) 8,9%Deprec. e amort. SG&A ................................................. (422,8) (507,7) -16,7% (142,1) (163,8) -13,3% 0,0 0,0 n.a. (564,9) (671,6) -15,9%SG&A Total ..................................................................... (2.549,7) (2.469,0) 3,3% (485,2) (470,1) 3,2% (3,4) (3,1) 10,1% (3.038,3) (2.942,2) 3,3%% da Receita Líq. .......................................................... 28,2%, 30,4%, -220 bps 26,9%, 28,5%, -170 bps 3,1%, 2,3%, 80 bps 27,7%, 29,7%, -200 bpsEBIT ............................................................................... 3.921,8 3.074,8 27,5% 443,3 326,8 35,6% 67,4 70,0 -3,7% 4.432,5 3.471,7 27,7%Margem de EBIT ............................................................ 43,4%, 37,9%, 550 bps 24,5%, 19,8%, 470 bps 60,4%, 51,9%, 850 bps 40,4%, 35,1%, 540 bpsEBITDA .......................................................................... 4.478,6 3.731,4 20,0% 607,7 517,6 17,4% 67,4 70,0 -3,7% 5.153,7 4.319,0 19,3%Margem de EBITDA ....................................................... 49,5%, 46,0%, 360 bps 33,6%, 31,4%, 230 bps 60,4%, 51,9%, 850 bps 47,0%, 43,6%, 340 bps

Análise do Desempenho Financeiro em 2006Receita LíquidaA receita líquida aumentou 10,4% em 2006, atingindo R$ 17.613,7 milhões. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada unidadede negócios para a receita líquida consolidada da AmBev.Receita Líquida ....................................... 2006 2005................................................................... R$ milhões % Total R$ Milhões % Total % VariaçãoBrasil ......................................................... 10.963,1 62,2% 9.902,8 62,1% 10,7% Cerveja Brasil ........................................ 9.045,0 51,4% 8.119,1 50,9% 11,4% RefrigeNanc Brasil ................................ 1.806,4 10,3% 1.648,7 10,3% 9,6% Malte e Subprodutos ............................. 111,6 0,6% 135,0 0,8% -17,3%HILA .......................................................... 2.762,4 15,7% 2.080,3 13,0% 32,8% Quinsa .................................................... 2.004,3 11,4% 1.299,9 8,1% 54,2% Cerveja ................................................ 1.471,1 8,4% 971,8 6,1% 51,4% Refrigerantes ...................................... 533,2 3,0% 328,0 2,1% 62,5% HILA-ex .................................................. 758,1 4,3% 780,4 4,9% -2,9% Cerveja ................................................ 458,6 2,6% 469,2 2,9% -2,3% Refrigerantes ...................................... 299,5 1,7% 311,2 2,0% -3,7%América do Norte .................................... 3.888,2 22,1% 3.975,5 24,9% -2,2%Consolidado ............................................. 17.613,7 100,0% 15.958,6 100,0% 10,4%

Operações BrasilA receita líquida gerada pela principal unidade de negócios da AmBev, representada por nossas operações de cerveja, refrigerantese bebidas não carbonatadas no Brasil, cresceu 10,7%, chegando a R$ 10.963,1 milhões. O desempenho de cada operação éapresentado a seguir.CervejaA receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil em 2006 subiu 11,4%, acumulando R$ 9.045,0 milhões. Os principaiselementos que contribuíram para esse crescimento foram:- Crescimento de 5,1% no volume venda, refletindo (i) a maior participação de mercado da AmBev (2006: 68,8%; 2005: 68,3%); e

(ii) o crescimento do mercado.- Crescimento de 6,0% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$ 137,8. Esse aumento foi conseqüência (i) do reposicionamento

geral de preços realizado no mês de dezembro de 2005; (ii) crescimento do segmento premium, com destaque para as marcasBohemia (+19,7%) e Original (+38,3%) ; e (iii) da expansão das vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev.

RefrigeNancA receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc em 2006 cresceu 9,6%, atingindo R$ 1.806,4 milhões. Os principais elementos

que contribuíram para esse crescimento foram:- Crescimento de 9,0% no volume de venda, refletindo (i) a manutenção da participação da AmBev no mercado de refrigerantes

(2006: 17,0%; 2005: 17,0%); e (ii) o crescimento desse mercado.- Aumento de 0,6% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$ 81,8. Esse aumento foi impactado (i) positivamente pelo reposicionamento

de preços implementados ao longo de 2006; e (ii) negativamente pela maior participação de embalagens de maior volume.Malte e Sub-produtosA venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução de receita de 17,3%, acumulando R$ 111,6 milhões.América Latina Hispânica (HILA)As operações da AmBev na América Latina registraram em 2006 um aumento de receita de 32,8%, atingindo R$ 2.762,4 milhões. Aanálise mais detalhada desse desempenho é apresentada a seguir.QuinsaA participação da AmBev na Quinsa, cervejaria líder nos países do Cone Sul, contribuiu R$ 2.004,3 milhões para a receita consolidadada companhia, representando um crescimento de 54,2%. Os principais elementos que contribuíram para o aumento da receita foram:- Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de 9,8% e 25,5% respectivamente; o volume consolidado cresceu 15,1%.- Crescimento em dólares americanos de 6,2% na receita por hectolitro, atingindo US$ 40,5.- Aumento do porcentual de consolidação do resultado da Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05: 59,2%), em virtude da maior participação

da AmBev em Quinsa (dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%).HILA-exAs operações da AmBev no norte da América Latina apresentaram uma redução da receita em 2006 de 2,9%, acumulando R$ 758,1milhões. Os principais elementos que contribuíram para a redução da receita foram: (i) crescimento de volume de 3,2%; (ii) queda de5,9% da receita por hectolitro, resultante do acirramento do mercado competitivo e apreciação do Real frente as demais moedas dasoperações da HILA-ex.América do NorteAs operações Labatt na América do Norte contribuíram com R$ 3.888,2 milhões para a receita consolidada da AmBev, uma redução

de 2,2%. Esse resultado é explicado por:- Aumento do volume de vendas da Labatt no mercado canadense de 0,6%.- Aumento na exportação da Labatt para os EUA de 0,8%.- Crescimento de 0,6% na receita por hectolitro das vendas domésticas, em dólares canadenses.- Queda de 4,6% na receita por hectolitro nas vendas para exportação, em dólares canadenses.- Apreciação do Real frente ao dólar canadense. Em dólares canadenses, a receita líquida cresceu 0,9% para CAD$ 2.020,1 milhões.Custo dos Produtos VendidosO custo dos produtos vendidos da AmBev em 2006 cresceu 3,6%, acumulando R$ 5.948,7 milhões. O quadro a seguir ilustra acontribuição de cada unidade de negócios para o custo dos produtos vendidos consolidado da AmBev.CPV .......................................... 2006 2005.................................................. R$ milhões % Total % Rec. Líq. R$ milhões % Total % Rec. Líq. % VariaçãoBrasil ........................................ (3.492,2) 58,7% 31,9% (3.488,9) 60,8% 35,2% 0,1% Cerveja Brasil ....................... (2.573,6) 43,3% 28,5% (2.575,3) 44,8% 31,7% -0,1% RefrigeNanc Brasil ............... (877,8) 14,8% 48,6% (851,7) 14,8% 51,7% 3,1% Malte e Subprodutos ............ (40,8) 0,7% 36,5% (61,9) 1,1% 45,8% -34,1%HILA ......................................... (1.266,2) 21,3% 45,8% (953,1) 16,6% 45,8% 32,9% Quinsa ................................... (808,8) 13,6% 40,4% (536,7) 9,3% 41,3% 50,7% Cerveja ............................... (464,5) 7,8% 31,6% (321,4) 5,6% 33,1% 44,5% Refrigerantes ..................... (344,3) 5,8% 64,6% (215,3) 3,7% 65,6% 59,9% HILA-ex ................................. (457,4) 7,7% 60,3% (416,4) 7,3% 53,4% 9,8% Cerveja ............................... (255,2) 4,3% 55,6% (236,0) 4,1% 50,3% 8,1% Refrigerantes ..................... (202,2) 3,4% 67,5% (180,5) 3,1% 58,0% 12,1%América do Norte ................... 1.190,2, 20,0% 30,6% (1.300,3) 22,6% 32,7% -8,5%Consolidado ............................ (5.948,7) 100,0% 33,8% (5.742,3) 100,0% 36,0% 3,6%

BrasilO custo dos produtos vendidos na unidade de negócios Brasil acumulou R$ 3.492,2 milhões, crescendo 0,1%.CervejaO custo dos produtos vendidos da operação de venda de cerveja no Brasil diminuiu 0,1%, chegando a R$ 2.573,6 milhões. O custodos produtos vendidos por hectolitro apresentou uma queda de 4,9%, somando R$ 39,2. Os principais fatores contribuindo para estaredução foram: (i) menor taxa de câmbio para compra de insumos, derivada da política de hedge; (ii) a maior diluição de custos fixos,viabilizada pelo crescimento do volume de venda; e (iii) os ganhos de produtividade resultantes do contínuo programa de excelênciafabril da AmBev que levaram à queda observada no custo unitário de produção.RefrigeNancO custo dos produtos vendidos da operação de RefrigeNanc no Brasil subiu 3,1%, chegando a R$ 877,8 milhões. O custo dos produtosvendidos por hectolitro decresceu 5,4%, contabilizando R$ 39,8. Similar ao caso da operação de cerveja, os ganhos de eficiência fabril,assim como a maior diluição dos custos fixos de produção, e os ganhos com hedge foram os principais responsáveis pelo resultado.Malte e Sub-produtosA venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução do custo dos produtos vendidos de 34,1%, acumulandoR$ 40,8 milhões.América Latina Hispânica (HILA)O custo dos produtos vendidos da unidade de negócios HILA aumentou 32,9%, atingindo R$ 1.266,2 milhões. A análise mais detalhadada evolução do custo é apresentada a seguir.QuinsaA consolidação em AmBev do custo dos produtos vendidos da Quinsa acumulou em 2006, R$ 808,8 milhões, representando umcrescimento de 50,7%. Os principais efeitos que explicam esse aumento são:- Aumento de 15,1% no volume vendido, atingindo 28,782 milhões de hectolitros.- Aumento do porcentual de consolidação do resultado da Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05: 59,2%), em virtude da maior participação

da AmBev em Quinsa (dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%)HILA-exO custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev no norte da América Latina cresceu 9,8%, chegando a R$ 457,4 milhões. Oprincipal efeito que explica esse aumento é o crescimento de 3,2% no volume vendido, o qual atingiu 6,894 milhões de hectolitros.América do NorteO custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de 2006 contabilizou R$ 1.190,2 milhões. Em moeda local, o custo dos produtos vendidosapresentou queda de 5,3%. O principal fator que contribuiu para tal redução foi a queda de 5,9% nos custos unitários de produção.Lucro BrutoA AmBev alcançou em 2006 um lucro bruto de R$ 11.665,0 milhões, representando um crescimento de 14,2%. O quadro a seguirilustra a contribuição de cada unidade de negócios para o lucro bruto consolidado da AmBev.

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contin

ua...

Lucro Bruto ............................. 2006 2005.................................................. R$ milhões % Total % Rec. Líq. R$ milhões % Total % Rec. Líq. % VariaçãoBrasil ........................................ 7.470,9 64,0% 68,1% 6.413,9 62,8% 64,8% 16,5% Cerveja Brasil ....................... 6.471,5 55,5% 71,5% 5.543,8 54,3% 68,3% 16,7% RefrigeNanc Brasil ............... 928,5 8,0% 51,4% 797,0 7,8% 48,3% 16,5% Malte e Subprodutos ............ 70,9 0,6% 63,5% 73,1 0,7% 54,2% -3,1%HILA ......................................... 1.496,2 12,8% 54,2% 1.127,1 11,0% 54,2% 32,7% Quinsa ................................... 1.195,5 10,2% 59,6% 763,2 7,5% 58,7% 56,6% Cerveja ............................... 1.006,6 8,6% 68,4% 650,4 6,4% 66,9% 54,8% Refrigerantes ..................... 188,9 1,6% 35,4% 112,8 1,1% 34,4% 67,5% HILA-ex ................................. 300,7 2,6% 39,7% 364,0 3,6% 46,6% -17,4% Cerveja ............................... 203,4 1,7% 44,4% 233,2 2,3% 49,7% -12,8% Refrigerantes ..................... 97,3 0,8% 32,5% 130,7 1,3% 42,0% -25,6%América do Norte ................... 2.697,9 23,1% 69,4% 2.675,2 26,2% 67,3% 0,9%Consolidado ............................ 11.665,0 100,0% 66,2% 10.216,2 100,0% 64,0% 14,2%

Despesas com Vendas, Gerais e AdministrativasAs despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da AmBev totalizaram R$ 5.408,7 milhões em 2006, crescendo 4,5%. A análiseda evolução dessas despesas em cada unidade de negócios é exposta a seguir.BrasilAs despesas com Vendas, Gerais e Administrativas no Brasil somaram R$ 3.038,3 milhões em 2006, aumentando 3,3%.CervejaAs despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram R$ 2.549,7 milhões, crescendo 3,3%. Os principais elementos quegeraram o crescimento de tais despesas operacionais foram:- O crescimento do volume de vendas da estrutura de distribuição direta da AmBev.- Menores despesas com amortização de ativos diferidos, principalmente em decorrência da mudança da forma de contabilização

da incorporação da InBev Brasil em 2006.RefrigeNancDespesas com Vendas, Gerais e Administrativas para RefrigeNanc acumularam R$ 485,2 milhões, aumentando 3,2%. Os principais

elementos que geraram o crescimento de tais despesas operacionais foram:- O crescimento do volume de vendas da estrutura de distribuição direta da AmBev.- Menores despesas com amortização de ativos diferidos, principalmente em decorrência da mudança da forma de contabilização

da incorporação da InBev Brasil em 2006.Malte e Sub-produtosA venda de malte e sub-produtos gerou despesas de Vendas, Gerais e Administrativas de R$ 3,4 milhões em 2006, crescendo 10,1%.América Latina Hispânica (HILA)As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da unidade de negócios HILA somaram R$ 955,6 milhões, aumentando 25,0%. Aanálise mais detalhada da evolução dessas despesas é apresentada a seguir.QuinsaAs despesas com Vendas, Gerais e Administrativas consolidadas em AmBev em função de sua participação na Quinsa acumularam R$ 485,0milhões, crescendo 49,5%. Esse aumento é explicado em sua maior parte pelo aumento do porcentual de consolidação dos resultadosde Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05: 59,2%), em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa (dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%).HILA-exAs despesas com Vendas, Gerais e Administrativas das operações da AmBev no norte da América Latina somaram R$ 470,6 milhões,crescendo 6,9%.América do NorteAs despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da Labatt somaram R$ 1.414,8 milhões. Em moeda local as despesas mantiveram-se estáveis quando comparadas a 2005.Resultado Operacional antes das Receitas e Despesas Financeiras, Provisões e Contingências, e Outras Receitas e DespesasOperacionaisA Companhia apresentou forte desempenho operacional em 2006, evidenciando não somente o expressivo crescimento orgânico desuas vendas mas também ganhos adicionais de eficiência que se traduziram em expansão de margens para além dos níveis jáexemplares da Companhia.Em 2006 a AmBev registrou um crescimento de EBIT1 de 24,1% para R$ 6.256,3 milhões. A margem de EBIT sobre a receita líquidaatingiu 35,5%, 390 pontos base maior do que em 2005.O EBITDA2 da Companhia alcançou R$ 7.444,6 milhões, um aumento de 18,1%. A margem de EBITDA sobre a receita líquida foi de42,3%, 280 pontos base maior do que em 2005.Os quadros a seguir apresentam os dados de EBIT e EBITDA para cada unidade de negócios.EBIT ......................................... 2006 2005.................................................. R$ milhões % Total Margem R$ Milhões % Total Margem % VariaçãoBrasil ........................................ 4.432,5 70,8% 40,4% 3.471,7 68,8% 35,1% 27,7% Cerveja Brasil ....................... 3.921,8 62,7% 43,4% 3.074,8 61,0% 37,9% 27,5% RefrigeNanc Brasil ............... 443,3 7,1% 24,5% 326,8 6,5% 19,8% 35,6% Malte e Subprodutos ............ 67,4 1,1% 60,4% 70,0 1,4% 51,9% -3,7%HILA ......................................... 540,6 8,6% 19,6% 362,4 7,2% 17,4% 49,2% Quinsa ................................... 710,5 11,4% 35,4% 438,8 8,7% 33,8% 61,9% Cerveja ............................... 649,2 10,4% 44,1% 404,5 8,0% 41,6% 60,5% Refrigerantes ..................... 61,3 1,0% 11,5% 34,3 0,7% 10,5% 78,6% HILA-ex ................................. (169,9) -2,7% -22,4% (76,4) -1,5% -9,8% 122,5% Cerveja ............................... (121,3) -1,9% -26,5% (46,8) -0,9% -10,0% 159,3% Refrigerantes ..................... (48,6) -0,8% -16,2% (29,6) -0,6% -9,5% 64,2%América do Norte ................... 1.283,1 20,5% 33,0% 1.208,5 24,0% 30,4% 6,2%Consolidado ............................ 6.256,3 100,0% 35,5% 5.042,6 100,0% 31,6% 24,1%

EBITDA .................................... 2006 2005.................................................. R$ milhões % Total Margem R$ Milhões % Total Margem % VariaçãoBrasil ........................................ 5.153,7 69,2% 47,0% 4.319,0 68,5% 43,6% 19,3% Cerveja Brasil ....................... 4.478,6 60,2% 49,5% 3.731,4 59,2% 46,0% 20,0% RefrigeNanc Brasil ............... 607,7 8,2% 33,6% 517,6 8,2% 31,4% 17,4% Malte e Subprodutos ............ 67,4 0,9% 60,4% 70,0 1,1% 51,9% -3,7%HILA ......................................... 791,2 10,6% 28,6% 553,0 8,8% 26,6% 43,1% Quinsa ................................... 855,1 11,5% 42,7% 549,4 8,7% 42,3% 55,6% Cerveja ............................... 768,2 10,3% 52,2% 496,7 7,9% 51,1% 54,7% Refrigerantes ..................... 86,9 1,2% 16,3% 52,7 0,8% 16,1% 64,9% HILA-ex ................................. (63,9) -0,9% -8,4% 3,7 0,1% 0,5% n.s. Cerveja ............................... (55,1) -0,7% -12,0% (2,8) 0,0% -0,6% n.s. Refrigerantes ..................... (8,7) -0,1% -2,9% 6,4 0,1% 2,1% n.s.América do Norte ................... 1.499,6 20,1% 38,6% 1.433,1 22,7% 36,0% 4,6%Consolidado ............................ 7.444,6 100,0% 42,3% 6.305,1 100,0% 39,5% 18,1%1 Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes, equivalente ao resultado operacional antes das receitas e despesasfinanceiras, provisões e contingências, e outras receitas e despesas operacionais.2 Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, equivalente ao EBIT antes das despesas comdepreciação e amortização.Contingências Tributárias, Trabalhistas e OutrasProvisões líquidas para contingências e outras contabilizaram ganho de R$ 111,8milhões. É importante ressaltar a reversão deR$ 316,0 milhões referentes a processos tributários de PIS e COFINS.Outras Receitas e Despesas OperacionaisO saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em 2006 representou uma perda de R$ 955,1 milhões, 11,2% mais baixaem relação à perda registrada em 2005. O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a seguir.- Ganho de R$ 165,4 milhões referentes a acréscimos patrimoniais decorrentes de incentivos fiscais concedidos a controladas da

AmBev no Brasil.- Ganho de R$ 79,4 milhões derivado da variação cambial em controladas no exterior.- Ganho de R$ 39,9 milhões referentes a deságio sobre crédito incentivo fiscal (ICMS).- Ganho de R$ 24,0 milhões referentes a recuperação no Brasil de créditos de impostos de PIS e COFINS.- Despesa de R$ 971,4 milhões decorrentes da amortização de ágio referente ao investimento da AmBev na Labatt.- Despesa de R$ 103,3 milhões decorrentes da amortização de ágio referente à investimentos da AmBev na Quinsa.- Despesa de R$ 85,5 milhões decorrentes da amortização de ágio referente à investimentos da Quinsa na América Latina.- Despesa de R$ 122,7 milhões decorrentes de outras amortizações de ágio.Resultado FinanceiroO resultado financeiro da companhia em 2006 foi negativo em R$ 1.078,3 milhões, comparado a uma perda em 2005 de R$ 1.086,7milhões. A tabela abaixo destaca os principais lançamentos do resultado financeiro da companhia:Detalhamento do Resultado FinanceiroR$ milhões ............................................................................................................................................. 2006 2005Receita Financeira Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa ............................................................................... 111,1 91,4 Variação cambial sobre aplicações financeiras ................................................................................. (15,5) (36,7) Resultado sobre Plano de Ações ....................................................................................................... 10,0 13,3 Juros e variação cambial sobre mútuos ............................................................................................. 0,1 Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais ..................................... 29,8 6,6 Outras ................................................................................................................................................... 33,0 20,5

Total ........................................................................................................................................................ 168,4 95,3

R$ milhões ............................................................................................................................................. 2006 2005Despesa Financeira Encargos financeiros sobre dívidas em reais .................................................................................... 191,5 122,4 Juros e variação cambial sobre mútuos ............................................................................................. 1,8 5,7 Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira ............................................................. 485,1 456,0 Variação cambial sobre financiamentos ............................................................................................. (254,7) (308,5) Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos ................................................................................ 585,1 625,8 Impostos sobre transações financeiras .............................................................................................. 131,8 141,9 Encargos financeiros sobre contingências e outros .......................................................................... 59,9 77,6 Outras ................................................................................................................................................... 46,3 61,0

Total ........................................................................................................................................................ 1.246,7 1.182,0

Resultado Financeiro ........................................................................................................................... (1.078,3) (1.086,7)

A Companhia ressalta que, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os passivos referentes a operações de swaps ederivativos devem ser contabilizados por meio da curva de juros estabelecida em seus respectivos contratos; já os ativos referentesa esses mesmos tipos de operações devem ser contabilizados no menor valor entre o valor de mercado e curva mencionada.O endividamento total da Companhia aumentou R$ 2.363,0 milhões em comparação com 2005, enquanto seu montante de caixa eequivalentes aumentou R$ 668,8 milhões.Conseqüentemente, houve um aumento de R$ 1.694,3 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que a razão entresua dívida líquida e o EBITDA acumulado dos últimos 12 meses seja de 1,0x.A tabela a seguir detalha o perfil da dívida consolidada da AmBev:..................................................................................................................... 4T06 4T06 4T06Detalhamento da Dívida ........................................................................... Curto LongoR$ milhões ................................................................................................. Prazo Prazo TotalMoeda Local ................................................................................................ 400,4 3.178,3 3.578,7Moeda Estrangeira ..................................................................................... 1.704,2 4.283,7 5.987,9Dívida Consolidada .................................................................................. 2.104,6 7.462,0 9.566,6Caixa e equivalentes, Títulos e Valores Mobiliários .................................. 1.765,0Dívida Líquida ............................................................................................ 7.801,6

Outras Receitas e Despesas não OperacionaisO saldo líquido de outras receitas e despesas não operacionais resultou em 2006 em uma perda de R$ 28,8 milhões, comparada auma perda em 2005 de R$ 234,3 milhões.O principal motivo da diferença são dois lançamentos realizados em 2005, os quais não se verificaram em 2006:- Prejuízo de R$ 158,2 milhões referentes a provisão constituída para fechamento da cervejaria da Labatt em Toronto. Os itens

provisionados foram os seguintes: (i) perda do imobilizado (R$ 46,7 milhões); (ii) complemento de provisão de benefícios aempregados (R$ 69,9 milhões); e (iii) custo de demissão de funcionários (R$ 41,6 milhões).

- Perda de R$ 65,6 milhões referente ao investimento da AmBev em Quinsa, decorrente das recompras de suas próprias ações nomercado realizadas pela Quinsa ao longo do ano de 2005.

Imposto de Renda e Contribuição SocialO resultado líquido de imposto de renda e contribuição social em 2006 foi uma despesa de R$ 1.315,2 milhões. À alíquota nominal de34%, a provisão para imposto de renda e contribuição social teria sido de R$ 1.398,4 milhões. A conciliação da provisão efetiva coma provisão à alíquota nominal é apresentada no quadro a seguir:Imposto de Renda ................................................................................................................................................................. 2006R$ milhõesLucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social .................................................................... 4.307,3Participações estatutárias e contribuições ............................................................................................................................ (194,4)Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e das participações estatutárias e contribuições ................................................................................................................................................................. 4.112,8Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) ....................... (1.398,4) Ajustes para obtenção da alíquota efetiva: Juros sobre capital próprio .............................................................................................................................................. 500,9 Resultado de controladas no exterior não sujeitas a tributação .................................................................................... 4,2 Ganhos patrimoniais em controladas .............................................................................................................................. 62,1 Amortização de ágio - parcela não dedutível ................................................................................................................. (355,0) Retenção de impostos ..................................................................................................................................................... (68,3) Variação cambial sobre investimentos no exterior ......................................................................................................... (43,8) Adições e exclusões permanentes e outros ................................................................................................................... (17,1)Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro ........................................................................ (1.315,2)Alíquota efetiva de IR e contribuição social .......................................................................................................................... 32,0%Ajuste Benefício Fiscal decorrente da incorporação da InBev BrasilBenefício fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil .............................................................................................. 350,8Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro excluindo efeito do benefício fiscal ......... (964,4)Alíquota efetiva de IR e contribuição social ajustada por benefício fiscal ........................................................................... 25,6%

Participações de Empregados e AdministradoresA despesa decorrente da provisão a título de participação nos lucros aos empregados e administradores foi de R$ 194,4 milhões em2006. Este valor faz parte da política de remuneração variável da Companhia, segundo a qual mais de 20.000 empregados têm umaparte significativa de sua remuneração sujeita ao cumprimento de agressivas metas de performance.Em 2005 a participação dos empregados e administradores nos lucros da Companhia foi de R$ 202,8 milhões.Participações MinoritáriasAs participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em 2006 prejuízo de R$ 8,7 milhões.Lucro LíquidoO lucro líquido alcançado pela AmBev em 2006 foi de R$ 2.806,3 milhões, um aumento de 81,5% comparado ao de 2005. O lucro porlote de 1.000 ações foi de R$ 44,04, representando um crescimento de 86,2%.Reconciliação Lucro Líquido ao EBITDAO EBITDA e o EBIT são medidas utilizada pela Administração da Companhia para demonstrar a performance da Companhia.O EBITDA é calculado excluindo-se do lucro líquido do exercício os seguintes efeitos: (i) Provisão do IR/Contribuição Social,(ii) Provisão para Participação de Empregados e Administradores, (iii) Resultado das participações minoritárias, (iv) Receitas(despesas) não operacionais, (v) Resultado financeiro líquido, (vi) Resultado da equivalência patrimonial, (vii) Outras Receitas(despesas) Operacionais, (viii) Provisões líquidas, e (ix) Despesas de depreciações e amortizações. O EBIT é o EBITDA subtraídodas depreciações e amortizações.O EBITDA e o EBIT não são medidas contábeis utilizadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil ou nos princípios contábeisgeralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP), não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentadose não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do desempenho operacional oucomo uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. Nossa definição de EBITDA e EBIT pode não sercomparável ao EBITDA e EBIT ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias.Reconciliação do Lucro Líquido - EBITDA ....................................................................................... 2006 2005Lucro Líquido ........................................................................................................................................ 2.806,3 1.545,7Provisão IR/Contribuição Social ............................................................................................................ 1.315,3 845,1Provisão Part. de Empr. e Administradores ........................................................................................... 194,4 202,8Participações Minoritárias ...................................................................................................................... (8,7) (16,8)Lucro antes de Impostos ..................................................................................................................... 4.307,3 2.576,8Receitas (Despesas) não Operacionais ................................................................................................ 28,8 234,3Resultado Financeiro Líquido ................................................................................................................ 1.078,3 1.086,7Equivalência Patrimonial ........................................................................................................................ (1,4) (2,0)Outras Receitas (Despesas) Operacionais ........................................................................................... 955,1 1.075,3Provisões Líquidas ................................................................................................................................. (111,8) 71,5EBIT ........................................................................................................................................................ 6.256,3 5.042,6Depreciações e Amortizações ............................................................................................................... 1.188,4 1.262,6EBITDA ................................................................................................................................................... 7.444,6 6.305,1

DividendosA distribuição de resultado aos acionistas referentes ao resultado de 2006, representando a soma de dividendos e juros sobre ocapital próprio, foi de R$ 1.473,1 milhões. O valor distribuído representa 52,5% do lucro líquido reportado.Adicionalmente à distribuição de lucros, a companhia devolveu a seus acionistas R$ 1.762,3 milhões através de seu programa derecompra de ações, perfazendo um pay out total de R$ 3.235,4 milhões.Relacionamento com Auditores IndependentesA política de atuação junto aos nossos auditores independentes na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa sesubstancia nos princípios que preservam a independência do auditor.Estes princípios compreendem:(a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho;(b) o auditor não deve exercer funções gerenciais e(c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.Adotamos políticas e procedimentos de pré-aprovação segundo os quais todos os serviços de auditoria e outros serviços prestadospor auditores externos contratados devem ser aprovados pelo Conselho Fiscal, o qual executa as obrigações de um comitê deauditoria para os propósitos da Lei Sarbanes-Oxley de 2002, em conformidade com a Regra 10A-3(c). O Conselho Fiscal adota umalista de serviços e limites de valor para a contratação de cada auditor externo, de acordo com os termos incluídos em uma ListaBásica, por sua vez aprovada pelo Conselho de Administração. Qualquer serviço constante dessa lista é considerado “pré-aprovado”.Trimestralmente, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal recebem, do Diretor Financeiro, um relatório resumido sobre o progressodos serviços prestados pré-aprovados e os honorários correspondentes devidamente autorizados. Quaisquer serviços não apresentadosnessa Lista Básica requerem uma opinião anterior favorável de nosso Conselho Fiscal e a aprovação de nosso Conselho deAdministração. Nossa política contém também uma lista de serviços que não podem ser prestados por nossos auditores externos.

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005(Expressos em milhões de reais)

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005(Expressos em milhões de reais)

........................................................................................................................ Controladora ConsolidadoATIVO ............................................................................................................. 2006 2005 2006 2005CIRCULANTE Caixa e equivalentes .................................................................................. 601,7 384,4 1.538,9 837,3 Títulos e valores mobiliários ....................................................................... - 52,7 226,1 259,0 Contas a receber de clientes ..................................................................... 848,6 705,1 1.542,7 1.331,8 Estoques (nota 3) ....................................................................................... 589,9 557,5 1.363,9 1.178,1 Impostos a recuperar .................................................................................. 419,2 180,1 687,7 545,5 Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 16-c) .................. 550,5 502,3 610,0 543,4 Dividendos e/ou juros sobre capital próprio .............................................. 27,6 - 2,7 - Outros (nota 5) ............................................................................................ 431,0 378,7 845,4 779,6TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE ................................................................ 3.468,5 2.760,8 6.817,4 5.474,7NÃO CIRCULANTEREALIZÁVEL A LONGO PRAZO Créditos com pessoas ligadas / controladas (nota 4) .............................. 864,6 857,8 - - Depósitos compulsórios e judiciais ........................................................... 332,2 321,6 437,2 431,4 Venda financiada de ações ........................................................................ 72,6 114,0 72,8 114,7 Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 16-c) .................. 2.851,1 3.363,9 3.566,7 4.183,5 Imóveis destinados à venda (nota 7-a) ..................................................... 82,9 101,3 86,0 104,5 Outros (nota 5) ............................................................................................ 308,9 245,7 486,0 376,1TOTAL REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................... 4.512,3 5.004,3 4.648,7 5.210,2PERMANENTE Investimentos Participação em sociedades controladas diretas e coligadas, incluíndo ágio e deságio, líquida (nota 6) .............................................. 21.203,7 19.634,0 17.990,4 16.727,1 Outros investimentos .................................................................................. 11,4 11,4 35,6 36,5........................................................................................................................ 21.215,1 19.645,4 18.026,0 16.763,6 Imobilizado (nota 7) .................................................................................... 2.611,6 2.474,2 5.723,9 5.404,6 Diferido (nota 8) .......................................................................................... 353,4 463,4 429,1 548,7TOTAL DO ATIVO PERMANENTE .............................................................. 24.180,1 22.583,0 24.179,0 22.716,9TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE ....................................................... 28.692,4 27.587,3 28.827,7 27.927,1TOTAL DO ATIVO .......................................................................................... 32.160,9 30.348,1 35.645,1 33.401,8

........................................................................................................................ Controladora ConsolidadoPASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................ 2006 2005 2006 2005CIRCULANTE Fornecedores .............................................................................................. 620,4 471,9 1.387,4 1.065,4 Financiamentos (nota 9) ........................................................................... 1.239,8 790,0 2.038,7 1.209,4 Debêntures (nota 9) .................................................................................... 65,9 - 65,9 - Salários, participações e encargos sociais a pagar ................................. 261,0 265,6 480,3 447,7 Dividendos a pagar ..................................................................................... 106,8 23,1 109,0 25,9 Imposto de renda e contribuição social a pagar ....................................... 113,8 1,1 366,3 244,5 Demais tributos e contribuições a recolher ............................................... 704,2 599,4 1.239,0 1.030,8 Contas a pagar a partes relacionadas (nota 4) ........................................ 2.424,5 1.886,1 - - Perda sobre derivativos não realizados .................................................... 379,6 165,0 405,3 129,8 Outros (nota 10) .......................................................................................... 357,9 376,5 752,5 898,8TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE ........................................................... 6.273,9 4.578,7 6.844,4 5.052,3NÃO CIRCULANTEPASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Financiamentos (nota 9) ............................................................................ 2.675,5 2.994,5 5.396,9 5.994,2 Debêntures (nota 9) .................................................................................... 2.065,1 - 2.065,1 - Diferimento de impostos sobre vendas (nota 9-c) .................................... 405,7 352,6 405,7 352,6 Passivos associados a questionamentos fiscais e provisão para contingências (nota 11) ................................................... 504,2 816,1 663,3 1.037,1 Contas a pagar partes relacionadas (nota 4) ........................................... 705,5 1.474,6 - - Outros (nota 10) .......................................................................................... 110,6 111,6 629,0 825,8TOTAL DO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ................................................... 6.466,6 5.749,4 9.160,0 8.209,7Resultado de exercícios futuros .................................................................... 152,3 152,7 149,9 149,9TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE .................................................. 6.618,9 5.902,1 9.309,9 8.359,6Participação dos acionistas minoritários ...................................................... - - 222,7 122,6PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social realizado (nota 13-a) ........................................................... 5.716,1 5.691,4 5.716,1 5.691,4 Reserva de capital ...................................................................................... 12.870,6 13.889,5 12.870,6 13.889,5 Reservas de lucro Legal ............................................................................................................ 208,8 208,8 208,8 208,8 Estatutária ................................................................................................... 1.413,3 471,0 1.413,3 471,0 Ações em tesouraria (nota 13-f) ................................................................ (940,7) (393,4) (940,7) (393,4)TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................. 19.268,1 19.867,3 19.268,1 19.867,3TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................ 32.160,9 30.348,1 35.645,1 33.401,8

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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............................................................................................................. 2006 2005 Salários, participações e encargos sociais .................................. 20,7 118,0 Imposto de renda, contribuição social e demais impostos ........... 36,9 (383,1) Desembolsos vinculados à provisão contingencial ...................... (268,2) (101,6) Demais tributos e contribuições a recolher ................................... 93,7 71,1 Outros ............................................................................................ (84,1) (88,4)GERAÇÃO DE CAIXA PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS .............................................................................. 5.985,3 4.149,6ATIVIDADES DE INVESTIMENTOAplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias ................ 180,6 (52,4) Títulos e depósitos em garantia ....................................................... 0,1 (15,4) Alienação de investimentos .............................................................. - 1,0 Aquisição de investimentos .............................................................. (2.639,2) (97,3) Alienação de bens do imobilizado ................................................... 117,6 49,6 Aquisição de bens do imobilizado .................................................... (1.425,7) (1.369,5) Dispêndios na formação do diferido ................................................. (18,7) (47,8) Recompra de ações próprias por coligada ...................................... - (87,5)UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO ..... (3.785,3) (1.619,3)ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Financiamentos Captação ....................................................................................... 9.344,8 8.917,4 Amortização .................................................................................. (7.386,4) (9.361,1) Variação no capital de minoritários .................................................. 53,0 (40,7) Aumento de capital ........................................................................... 3,4 - Venda financiada de ações .............................................................. 72,5 53,8 Recompra de ações ......................................................................... (1.765,1) (363,1) Pagamento de dividendos ................................................................ (1.790,8) (2.272,0) Prêmio de recompra de ações ......................................................... - 91,7UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO . (1.468,6) (2.974,0)EFEITO DE VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE O CAIXA ..................... (29,8) (10,0)AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES ............. 701,6 (453,7)Saldo inicial de caixa e equivalentes .................................................. 837,3 1.291,0Saldo final de caixa e equivalentes ..................................................... 1.538,9 837,3AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES ............. 701,6 (453,7)

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005

(Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)

...................................................................... Controladora Consolidado

...................................................................... 2006 2005 2006 2005RECEITA BRUTA Vendas de produtos ................................... 22.452,1 12.213,3 32.487,8 28.878,7DEDUÇÕES DE VENDAS Impostos sobre vendas, descontos e devoluções .............................................. (12.072,8) (6.417,3) (14.874,1) (12.920,1)RECEITA LÍQUIDA ...................................... 10.379,3 5.796,0 17.613,7 15.958,6 Custo dos produtos vendidos .................... (3.848,9) (2.371,2) (5.948,7) (5.742,4)LUCRO BRUTO ........................................... 6.530,4 3.424,8 11.665,0 10.216,2(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Com vendas ............................................... (1.775,1) (1.021,8) (3.866,7) (3.499,9) Administrativas .......................................... (459,0) (259,7) (775,5) (802,0) Contingências tributárias, trabalhistas e outras ...................................................... 92,0 (69,2) 111,8 (71,5) Honorários da diretoria e do conselho de administração ......................................... 4,2 (19,3) 4,3 (28,6) Depreciação e amortização ...................... (549,5) (312,1) (770,8) (667,9) Receitas financeiras (nota 15-d) ............... 189,5 98,8 168,4 95,3 Despesas financeiras (nota 15-d) ............. (953,5) (992,7) (1.246,7) (1.182,0) Equivalência patrimonial (nota 6-a) ........... 303,4 828,6 1,4 2,0 Outras operacionais, líquidas (nota 18) .... (61,9) 16,1 (955,1) (1.075,4)...................................................................... (3.209,9) (1.731,3) (7.328,9) (7.230,0)LUCRO OPERACIONAL ............................. 3.320,5 1.693,5 4.336,1 2.986,2 Receitas (despesas) não operacionais, líquidas (nota 19) ............. 6,8 (26,0) (28,8) (234,3)LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (nota 16) .................. 3.327,3 1.667,5 4.307,3 2.751,9 Redução (despesa) com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido 63,6 - (688,8) (757,1) Redução (despesa) com imposto de renda e contribuição social diferidos ................ (460,4) (6,5) (626,5) (263,1)LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES .... 2.930,5 1.661,0 2.992,0 1.731,7 Participações estatutárias e contribuições aos empregados e administradores ...... (124,2) (115,3) (194,4) (202,8)LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS ................. 2.806,3 1.545,7 2.797,6 1.528,9Participação dos acionistas minoritários ...... - - 8,7 16,8LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ............. 2.806,3 1.545,7 2.806,3 1.545,7Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício (em milhares) ... 64.458,2 65.876,1Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total no fim do exercício, em reais - R$ ............................................. 43,54, 23,46,Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício, excluídas as ações em tesouraria, em reais - R$ ..... 44,04, 23,65,

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA CONTROLADORA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005 (Expressas em milhões de reais)

............................................................................................................ Reservas de lucros

............................................................................................................ Capital social Reserva

............................................................................................................ subscrito e Reservas estatutária Reserva Ações em Lucros

............................................................................................................ integralizado de capital Investimentos legal tesouraria acumulados TotalEM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 ..................................................... 4.742,8 12.859,4 225,0 208,8 (935,0) - 17.101,0 Exercício de opções do plano de ações ....................................... - - - - - - - Aumento de capital por captalização de reservas ........................ 948,6 (948,6) - - - - - Incorporação InBev ........................................................................ - 2.883,3 - - - - 2.883,3 Recompra de ações ....................................................................... - - - - (437,3) - (437,3) Incorporações de ações em tesouraria da CBB ........................... - - - - (81,7) - (81,7) Cancelamento de ações em tesouraria ......................................... - (868,1) - 868,1 - - Transferência de reservas para plano acionistas .......................... - (94,4) - - 192,5 - 98,1 Subvenção para investimentos e incentivos fiscais ...................... - 57,9 - - - - 57,9 Lucro líquido do exercício .............................................................. - - - - - 1.545,7 1.545,7 Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício: .............. - - - - - - - Reserva estatutária ........................................................................ - - 246,0 - - (246,0) - Antecipação de dividendos na forma de JCP ............................... - - - - - (744,0) (744,0) Dividendos antecipados ................................................................. - - - - - (556,2) (556,2) Dividendos e JCP Prescritos ......................................................... - - - - - 0,5 0,5EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 ..................................................... 5.691,4 13.889,5 471,0 208,8 (393,4) - 19.867,3 Exercício de opções do plano de ações ....................................... 3,4 (3,4) - - - - - Aumento de capital por captalização de reservas ........................ 21,3 (21,3) - - - - - Adiantamento para futuro aumento de capital relacionado com o plano ............................................................. - 3,4 - - - - 3,4 Recompra de ações ....................................................................... - - - - (1.762,3) - (1.762,3) Cancelamento de ações em tesouraria ......................................... - (1.046,2) - - 1.046,2 - - Transferência de reservas para plano acionistas .......................... - (67,2) - - 168,8 - 101,6 Subvenção para investimentos e incentivos fiscais ...................... - 115,8 - - - - 115,8 Lucro líquido do exercício .............................................................. - - - - - 2.806,3 2.806,3 Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício: .............. - - - - - - - Reserva estatutária ........................................................................ - - 1.333,2 - - (1.333,2) - Antecipação de dividendos na forma de JCP ............................... - - - - - (1.473,1) (1.473,1) Dividendos complementares 2005 ................................................ - - (390,9) - - - (390,9)EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 ..................................................... 5.716,1 12.870,6 1.413,3 208,8 (940,7) - 19.268,1

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DERECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOSEM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005

(Expressas em milhões de reais).............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005ORIGENS DOS RECURSOS Das operações sociais Lucro líquido do exercício ............................... 2.806,3 1.545,7 2.806,3 1.545,7 Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante: Equivalência patrimonial ............................. (303,4) (828,6) (1,4) (2,0) Imposto de renda e contribuição social diferidos .......................................... 460,4 6,5 626,5 263,1 Deságio na liquidação de incentivos fiscais (39,9) (28,3) (39,9) (28,3) Ágio amortizado, líquido de deságio realizado ................................................... 107,5 52,7 1.283,0 1.343,0 Depreciação e amortização ........................ 685,6 397,5 1.188,4 1.087,5 Contingências tributárias, trabalhistas e outras ..................................................... (92,0) 69,2 (111,8) 71,5 Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais ............ 31,7 25,8 36,7 52,7 Provisão para perdas sobre ativos permanentes ............................................. (6,3) 19,1 8,7 116,8 Encargos financeiros e variações sobre plano de ações ............................... (9,8) (12,8) (10,0) (13,3) Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo ................ (341,3) (89,7) (470,3) (501,2) Perda (ganho) de participação em controladas ............................................... 0,7 3,3 (6,1) 64,8 Participação dos acionistas minoritários ..... - - (8,7) (16,8) Variação cambial sobre controladas no exterior ................................................ 17,9 2,9 (79,4) 289,3 Valor residual do imobilizado e investimentos alienados ........................................................ 127,6 69,1 288,6 150,4 Restituição de capital pela controlada .............. 297,8 836,8 - - Dividendos recebidos e a receber ..................... 1.060,9 693,2 - -.............................................................................. 4.803,7 2.762,4 5.510,6 4.423,2 Dos acionistas Venda financiada de ações ............................ 51,3 65,6 78,5 73,3 Alienação de ações em tesouraria ................. 105,3 64,3 105,3 132,5 De terceiros Variações no realizável a longo prazo Despesas antecipadas ................................ - - - 12,0 Outros impostos e taxas a recuperar .......... 62,4 666,5 66,6 543,4 Outras contas a receber .............................. - 26,9 - 78,5 Variações no exigível a longo prazo Debêntures .................................................. 2.065,1 - 2.065,1 - Financiamentos ........................................... - 144,9 - 2.233,7 Incentivos fiscais ......................................... 115,5 105,0 268,4 115,5 Contas a pagar de sociedades ligadas ....... - 1.989,4 - - Outros .......................................................... 3,2 5,4 4,3 0,5TOTAL DAS ORIGENS ........................................ 7.206,5 5.830,4 8.098,8 7.612,6

APLICAÇÃO DE RECURSOS Variações no realizável a longo prazo Depósitos compulsórios e judiciais ................ 46,8 106,8 61,4 72,2 Contas a receber de sociedades ligadas ....... - - - 8,2 Outros impostos e taxas a recuperar ............. 31,8 - - 8,3 Despesas antecipadas ................................... 20,9 7,9 20,9 - Outros ............................................................. 17,3 - 36,9 4,3 Variações no exigível a longo prazo Financiamentos .............................................. 667,9 - 185,9 - Diferimento de impostos ................................. - 1,3 - - Demais contas a pagar .................................. - - 176,6 30,0 Contingências tributárias, trabalhistas e outras 215,9 267,3 264,3 224,1 No ativo permanente Investimentos, inclusive ágios e deságios ..... 2.742,3 - 2.731,0 190,4 Imobilizado ...................................................... 812,9 328,6 1.425,7 1.169,4 Diferido ........................................................... 11,9 91,6 18,7 265,4 Em transações de capital Recompra de ações ....................................... 1.762,3 438,0 1.762,3 438,0 Dividendos propostos e pagos ....................... 1.864,0 1.299,6 1.864,0 1.299,6CCL de controlada incorporada ........................... - 1.480,7 - -CCL de controladora incorporada ........................ - 2,3 - -Variação no capital de minoritários ...................... - - 0,5 88,3TOTAL DAS APLICAÇÕES ................................. 8.194,0 4.024,1 8.548,2 3.798,2

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ................................... (987,5) 1.806,3 (449,4) 3.814,4

VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTEAtivo circulante No fim do exercício ............................................ 3.468,5 2.760,8 6.817,4 5.474,7 No início do exercício ........................................ 2.760,8 783,5 5.474,7 5.379,7.............................................................................. 707,7 1.977,3 1.342,7 95,0Passivo circulante No fim do exercício ............................................ 6.273,9 4.578,7 6.844,4 5.052,3 No início do exercício ........................................ 4.578,7 4.407,7 5.052,3 8.771,7.............................................................................. 1.695,2 171,0 1.792,1 (3.719,4)AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ................................... (987,5) 1.806,3 (449,4) 3.814,4

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

INFORMAÇÃO SUPLEMENTAR PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS - FLUXO DE CAIXAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005 (Expressas em milhões de reais)

............................................................................................................. 2006 2005ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido do exercício ................................................................. 2.806,3 1.545,7 Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes Depreciação e amortização .......................................................... 1.188,4 1.087,5 Contingências tributárias, trabalhistas e outras ............................ (111,8) 71,5 Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais .... 36,7 52,7 Ganho na liquidação de incentivos fiscais .................................... (39,9) (28,3) Provisão para perdas em estoques e ativos permanentes ........... 11,8 58,6 Provisão para reestruturação ........................................................ 18,8 114,9 Reversão de provisão para perdas sobre investimentos .............. (22,0) - Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições 1,4 5,2 Perda na alienação de bens do permanente ................................ 163,4 102,5 Juros e variações sobre plano de ações ...................................... (10,0) (13,3) Variação cambial e encargos sobre financiamentos .................... 424,2 281,0 Variação cambial e ganhos não realizados sobre ativos financeiros .................................................................................. 13,4 - Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos ..... 626,5 263,1 Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa ............................................................................ (116,7) (67,6) Ágio amortizado, líquido de deságio realizado ............................. 1.283,0 1.343,0 Participação de acionistas minoritários ........................................ (8,7) (16,8) Equivalência patrimonial ............................................................... (1,4) (2,0) Perdas não realizadas sobre derivativos ...................................... 221,6 (239,5) Recuperação de crédito extemporâneo ........................................ (24,0) - Perda de participação em controladas ......................................... (5,5) 64,8 Redução (aumento) nas contas do ativo Contas a receber de clientes ........................................................ (166,2) (246,9) Impostos a recuperar .................................................................... (14,5) 87,1 Demais contas a receber e outros ................................................ (169,3) 106,1 Estoques ....................................................................................... (142,8) 93,2 Depósitos judiciais ........................................................................ (63,2) (130,0) Aumento (redução) nas contas do passivo Fornecedores ................................................................................ 286,8 1,1

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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1. CONTEXTO OPERACIONALa) Considerações geraisA Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (referida como “Companhia” ou “AmBev”ou “Controladora”), com sede em São Paulo, tem por objetivo, diretamente ou medianteparticipação em outras sociedades, no Brasil e em outros países nas Américas, produzire comercializar cervejas, chopes, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte.A Companhia mantém contrato de “franchising” com a PepsiCo International, Inc.(“PepsiCo”) para engarrafar, vender e distribuir os produtos Pepsi no Brasil e em outrospaíses da América Latina, incluindo o Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade. A Companhiamantém, contrato de licenciamento com a Anhenser-Busch Inc. através da sua subsidiáriaLabatt Canadá, para produzir, engarrafar, vender e distribuir os produtos Budweiser noCanadá. Além disso, a Companhia produz e distribui Stella Artois sob licença da InterbrewInternational B.V. (“InBev”) no Brasil e no Canadá e, por meio de licença concedida àInBev, distribui Brahma nos Estados Unidos e em determinados países da Europa, Ásiae África. A Companhia tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo -BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova Iorque - NYSE, na forma de Recibos deDepósitos Americanos - ADRs.b) Principais eventos ocorridos em 2006 e em 2005i. Aquisição do controle de Quilmes Industrial S.A. (“Quinsa”)Como parte do acordo de compra de ações da Quinsa fechado em janeiro de 2003, osoutros controladores em conjunto da Quinsa, Beverage Associates Corp. (“BAC”), tinhamo direito de permutar suas 373,5 milhões de ações classe A da Quinsa por ações daAmBev, em períodos especificados em cada ano a partir de abril de 2003, ou a qualquermomento em que houvesse mudança na estrutura de controle da AmBev. A AmBevtambém tinha o direito de determinar a permuta de ações classe A da Quinsa por açõesda AmBev a partir do fim de 2010. Em 13 de abril de 2006, a Companhia anunciou quecelebrou acordo por meio do qual a BAC vende a totalidade de suas ações em Quinsapara a AmBev. Em 8 de agosto de 2006, a Companhia finalizou a operação com a BAC,anunciada em 13 de abril de 2006, adquirindo a totalidade das ações da Beverage AssociatesHolding LTD. (“BAH”), adquirida pela AmBev pelo montante total de R$ 2.738,8 equivalentea US$ 1,25 bilhão, resultando em um ágio no montante de R$ 2.331,1. Com o fechamentoda operação, a participação da AmBev no capital social da Quinsa passou de 59,77% para91,18%. Esse acordo representa a última etapa da operação iniciada em maio de 2002,por meio da qual a AmBev adquiriu uma participação inicial em Quinsa. Nessa operaçãoambas as partes acordaram que o preço de compra seria pago em dinheiro e que asreferidas opções não mais serão exercidas.ii. Aliança com o Grupo RomeroEm 9 de março de 2006, a Companhia anunciou aliança com o grupo empresarial Romero,firmada por meio de acordo de alienação de 25% do capital social de sua controladaindireta Compañia Cervecera AmBev Perú S.A.C. (“AmBev Perú”) para a Ransa ComercialS.A., empresa integrante do Grupo Romero. Em 14 de julho de 2006, a Companhiafechou a transação pelo montante de R$ 8,2. O acordo de compra e venda de açõesdeterminou que o fechamento da operação estaria condicionado à restruturação societáriada AmBev Perú e à assinatura de um acordo de acionistas. O acordo de acionistasfirmado previa a outorga, por parte da AmBev, de uma opção adicional de compra emfavor do Grupo Romero referente a 5% do capital social da AmBev Perú. Em 22 desetembro de 2006 a opção de compra de 5% do capital social foi exercida pelo montantede R$ 1,6, passando a participação do Grupo Romero no capital social da AmBev Perúde 25% para 30%.iii. Incorporação da controladora InBev Holding Brasil S.A. (“InBev Brasil”)Em 28 de julho de 2005, em Assembléia Geral Extraordinária, os acionistas da Companhiaaprovaram operação de incorporação de sua controladora InBev Brasil, com o objetivode simplificar a estrutura societária da qual fazem parte a InBev Brasil, a AmBev e suascontroladas, propiciando benefícios financeiros para a AmBev, e conseqüentemente,para seus acionistas e para os acionistas da InBev Brasil. Os principais aspectosrelacionados à incorporação foram:a) O ágio originalmente registrado pela InBev Brasil e atribuído à expectativa de resultadosfuturos da AmBev, no montante total de R$ 8.510,1, passa a ser, após a Incorporação,fiscalmente amortizado em até dez anos pela AmBev, nos termos da legislação tributáriavigente e sem impacto no seu fluxo de dividendos.b) A InBev Brasil, em atendimento à Instrução CVM nº 349, constituiu provisão,anteriormente à sua incorporação pela AmBev, no montante de R$ 5.616,7,correspondente à diferença entre o valor do ágio e do benefício fiscal decorrente da suaamortização, de forma que a AmBev incorporou somente o ativo correspondente aobenefício fiscal decorrente do fato da amortização do ágio a ser dedutível para finsfiscais. A referida provisão vem sendo revertida na mesma proporção em que o ágio éamortizado pela AmBev, não afetando, portanto, o resultado de suas operações.c) A reserva especial de ágio que foi constituída na AmBev, como resultado dessaincorporação, será, ao término de cada exercício fiscal e na medida em que o benefíciofiscal a ser auferido pela AmBev, em decorrência da amortização do ágio, representaruma efetiva diminuição dos tributos por ela pagos, objeto de capitalização na AmBev,em proveito da InBev NV/AS, acionistas da InBev Brasil, sem prejuízo do direito depreferência assegurado aos demais acionistas da AmBev na subscrição do aumento decapital resultante de tal capitalização. Entretanto, os acionistas da InBev Brasil obrigam-se a capitalizar apenas 70% (setenta por cento) do valor da reserva especial de ágio quelhe couber ao término de cada exercício fiscal. O saldo não capitalizado da reserva será,quando possível e observado o interesse da AmBev, utilizado para distribuição aos seusacionistas, a título de dividendos ou juros sobre o capital próprio.iv. Incorporação da controlada Companhia Brasileira de Bebidas (“CBB”)Os acionistas da Companhia aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária realizadaem 31 de maio de 2005, a incorporação da controlada CBB. A referida incorporação tevepor objetivo a simplificação da estrutura societária da qual fazem parte a AmBev e suascontroladas, bem como permitir que o valor de R$ 702,8 do ágio originalmente registradona AmBev, oriundo da aquisição das ações da CBB, atribuído à expectativa derentabilidade futura, passe a ser, após a incorporação, fiscalmente amortizado em até

dez anos, nos termos da legislação tributária. A partir de 1º de julho de 2005, o resultadodas operações da AmBev passa a incorporar as atividades operacionais anteriormentedetidas e registradas diretamente na CBB. Como as demonstrações financeiras da CBBjá eram consolidadas, a referida incorporação, pela AmBev, dos ativos e passivos da CBB,avaliados a valor contábil, não resultou em efeitos nas demonstrações financeirasconsolidadas. No entanto, nas demonstrações financeiras individuais, essa incorporaçãoresultou em mudanças significativas, prejudicando a comparação entre as linhas do resultadoauferido em 2006 com o ano anterior. Os ativos e passivos incorporados pela AmBev em31 de maio de 2005, estão apresentados a seguir:......................................................................................................... Saldo incorporadoAtivo circulante ................................................................................ 1.882,4Realizável a longo prazo ................................................................ 2.209,1Investimentos .................................................................................. 312,9Imobilizado ...................................................................................... 2.436,5Diferido ............................................................................................ 451,0Total do ativo ................................................................................... 7.291,9Passivo circulante ........................................................................... (3.363,1)Exigível a longo prazo .................................................................... (3.857,7)Resultado de exercícios futuros ..................................................... (152,8)Ações em tesouraria ....................................................................... 81,7Total do passivo .............................................................................. (7.291,9)O efeito devedor total dos ativos líquidos da CBB incorporados pela AmBev, foi R$ 81,6.Esse montante é composto pelo valor de R$ 0,004, referente às ações da AmBevatribuídas aos acionistas minoritários da CBB, mais o valor de R$ 81,6, que se refere àsações preferenciais de emissão da AmBev, que eram detidas pela CBB e, como resultadoda incorporação, passaram a ser classificadas no patrimônio líquido da Companhia, nafigura de “ações em tesouraria”. Referida classificação é consistente com o tratamentoanteriormente dispensado a essas ações, nas demonstrações financeiras consolidadas.2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS

PRÁTICAS CONTÁBEISAs demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em conformidadecom as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas expedidas pela Comissãode Valores Mobiliários - CVM. Essas demonstrações financeiras incorporam as alteraçõestrazidas pelos seguintes normativos contábeis: (i) Normas e Procedimentos deContabilidade (“NPC”) nº 27 - Apresentação e Divulgações, emitido pelo Instituto dosAuditores independentes do Brasil - Ibracon, em 03 de outubro de 2005, aprovada pelaDeliberação CVM nº 488, naquela mesma data; e (ii) NPC nº 22 - Provisões, Passivos,Contingências Passivas e Contingências Ativas, emitido pelo Ibracon, em 03 de outubrode 2005, aprovada pela Deliberação CVM nº 489, naquela mesma data.a) Estimativas contábeisNa elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas paracontabilizar certos ativos, passivos e outras transações. Sendo assim, nas demonstraçõesfinanceiras são incluídas várias estimativas referentes à vida útil do ativo imobilizado, àsprovisões necessárias para passivos contingentes, para calcular projeções paradeterminar a recuperação de saldos do imobilizado, diferido e imposto de renda diferidoativo, bem como à determinação de provisão para imposto de renda, as quais, apesar derefletirem a melhor estimativa possível por parte da administração da Companhia, podemapresentar variações em relação aos valores reais. A administração da Companhia revisaperiodicamente essas estimativas e é de opinião que não deverão existir diferençassignificativas.b) Apuração do resultadoAs receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios.As receitas de vendas e os respectivos custos são registrados na entrega dos produtosaos clientes.c) Ativos circulante e realizável a longo prazoO caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de liquidez imediata e comvencimento original de até 90 dias, está apresentado ao custo de aquisição, maisrendimentos incorridos até a data do balanço e ajustados, quando aplicável, ao seuequivalente valor de mercado. As aplicações financeiras, substancialmente representadaspor títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e certificados de depósito bancário,inclusive denominados em moeda estrangeira, são apresentados ao valor de custo,adicionando, quando aplicável, os rendimentos auferidos “pro rata temporis”; quandonecessário, é constituída provisão para redução aos valores de mercado. Adicionalmente,as cotas de fundos de investimentos são avaliadas a valor de mercado, e quando aplicávelconstituída provisão com o objetivo de diferir os rendimentos não realizados de naturezavariável. O saldo consolidado de aplicações financeiras, em 31 de dezembro de 2006,inclui depósitos em conta-corrente e aplicações financeiras, concedidos a título de garantiavinculada com a emissão de títulos da dívida externa de controladas, no montante deR$ 34,6 (R$ 16,3 apenas no Consolidado em 31 de dezembro de 2005).A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante consideradosuficiente pela administração para cobrir as perdas prováveis na realização dos créditose totaliza R$ 134,0 na Controladora e R$ 185,6 no Consolidado em 31 de dezembro de2006 (R$ 125,9 e R$ 169,7, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005).Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou da produção, ajustados,quando necessário, por provisão para redução aos valores de realização.Os demais ativos circulantes e realizável a longo prazo são apresentados ao valor decusto, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos até a data do encerramentodo exercício. Se necessário, é constituída provisão para redução aos valores de mercado.d) PermanenteOs investimentos em controladas e em controladas em conjunto são avaliados pelo métododa equivalência patrimonial e, em sua primeira avaliação, as práticas contábeis adotadassão uniformizadas àquelas adotadas pela Companhia. O valor contábil desses investimentosinclui desdobramento dos custos de aquisição em valor patrimonial, ágio ou deságio.O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do imobilizado, é amortizado combase na expectativa de vida útil do imobilizado da controlada, enquanto que o ágio

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005

(Valores expressos em milhões de reais - R$, exceto quando indicado de outro modo)

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005(Valores expressos em milhões de reais - R$, exceto quando indicado de outro modo)

(deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros é amortizado no prazo de cinco adez anos e registrado na rubrica “Outras despesas operacionais”. O deságio eminvestimento, atribuído a razões econômicas diversas, somente será amortizado naeventual alienação ou baixa do investimento.O imobilizado é demonstrado a custo e inclui os juros incorridos no financiamento durantea fase de construção de certos ativos assim qualificados. Os gastos com manutenção ereparos, quando incorridos, são registrados em contas de despesas. As perdas com aquebra de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídas nos custos dos produtosvendidos. Outras perdas na realização do ativo imobilizado são tempestivamente avaliadaspela administração da Companhia e, quando aplicável, uma provisão é constituída parafazer face a tais riscos. A depreciação é calculada pelo método linear, considerando avida útil-econômica dos ativos, às taxas anuais mencionadas na Nota 7.O ativo diferido é composto principalmente por gastos incorridos durante a fase pré-operacional, ágio na aquisição de controladas incorporadas pela Companhia e gastoscom implantação e ampliação (Nota 8). A amortização do diferido é calculada pelo métodolinear, no prazo máximo de até dez anos, a partir do início das atividades operacionais,quando relacionado a gastos na fase pré-operacional e a partir do mês seguinte ao daaquisição, quando referente a ágio.e) Conversão das demonstrações financeiras das controladas sediadas no exteriorAs operações de malte localizadas na Argentina e Uruguai têm como moeda funcional odólar dos Estados Unidos, pois suas receitas e seus fluxos de caixa estão atreladossubstancialmente a essa moeda. As demonstrações financeiras das controladas sediadasno exterior são elaboradas com base na moeda local como a funcional, isto é, a moedaprincipal do sistema econômico em que a entidade opera.Os ativos, passivos e patrimônio líquido das controladas no exterior são convertidos emreais às taxas de câmbio vigentes na data das demonstrações financeiras. Por sua vez,as contas do resultado são convertidas e mantidas em reais às taxas médias de câmbiodo período. A diferença entre o resultado líquido apurado às taxas de câmbio vigentesna data das demonstrações financeiras e aquele apurado às taxas médias de câmbio doperíodo é registrada na conta “Outras receitas operacionais”.f) Passivos circulante e exigível a longo prazoSão demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável,dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data deencerramento das demonstrações financeiras.g) Operações com derivativos de moedas e juros - Itens FinanceirosA Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar “hedge” dasua exposição consolidada de riscos de moedas e juros. Dessa forma, em atendimentoàs normas da CVM, as operações “não designadas contabilmente” são mensuradas aomenor valor entre o seu valor de custo, apurado com base nas condições contratuaisentre a Companhia e terceiros (“curva do papel”), e o seu valor de mercado, e registradascontabilmente nas contas “Ganho sobre derivativo não realizado” ou “Perda sobrederivativos não realizada”. Para as operações designadas como hedge, a contabilizaçãoé efetuada com base no custo amortizado.Os valores nominais das operações de “forward” e “swap” de moedas e juros não sãoregistrados no balanço patrimonial.h) Operações com derivativos de moedas e commodities - Itens OperacionaisA Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar “hedge” desua exposição consolidada de custos de matérias-primas a serem adquiridas e despesasoperacionais cujos preços estejam atrelados a oscilação de preços de moedas ecommodities.Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos, designados contabilmente comoobjeto de “hedge”, são mensurados ao valor de mercado, diferidos e contabilizados nobalanço patrimonial da Companhia em “Outros ativos e passivos”, e reconhecidos noresultado quando o objeto de hedge for reconhecido em resultado. No caso de matérias-primas, o reconhecimento em resultado acontece quando houver a venda do produto, naconta “Custo dos produtos vendidos”, no caso de despesas, o resultado será reconhecidono momento em que a despesa for reconhecida em resultado, na conta de despesasoperacionais.i) Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscaisA provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados monetariamente,referentes a questões trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em discussão nasinstâncias administrativas e judiciais, com base nas estimativas de perdas estabelecidaspelos consultores jurídicos externos da Companhia e suas controladas, para os casosem que essas perdas são consideradas prováveis.As reduções de impostos, obtidas com base em decisões judiciais resultantes de açõesmovidas pela Companhia e suas controladas contra as autoridades tributárias, são objetode provisionamento até que sejam asseguradas por decisão em última instância emfavor da Companhia e suas controladas.j) Subvenção para investimentosA Companhia e suas controladas têm determinados programas de incentivos fiscaisestaduais na forma de diferimento do pagamento de impostos, com reduções parciaisou totais destes. Em alguns Estados, os prazos de carência e as reduções não sãocondicionais.Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos sob controle da Companhia.O benefício relativo à redução no pagamento desses impostos é tratado como reservapara subvenção de investimentos e registrado no patrimônio líquido das controladas,com base no regime de competência de registro desses impostos, ou no momento emque as controladas cumprem com as principais obrigações fixadas nos programasestaduais, para ter o benefício concedido. Nas demonstrações financeiras consolidadasda Companhia esse benefício é registrado como “Outras receitas operacionais” e totalizouR$ 165,3 em 31 de dezembro de 2006 (R$ 151,8 em 31 de dezembro de 2005).k) Imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro líquidoO imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são calculados àsalíquotas estabelecidas na legislação aplicável. O encargo referente ao imposto de rendae a contribuição social é registrado em regime de competência de exercícios, com aadição do imposto de renda diferido calculado sobre as diferenças temporárias entre asbases contábeis e tributáveis de ativos e passivos.Registra-se também o imposto de renda diferido ativo correspondente ao benefíciotributário futuro sobre prejuízos fiscais e bases negativas de cálculo de contribuiçãosocial para as controladas em que haja expectativa de realização provável dessesbenefícios, no prazo máximo de dez anos, com base em projeções de resultados futuros.l) Ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a empregadosA Companhia e suas controladas reconhecem os ativos e passivos atuariais relacionadosa benefícios a empregados de acordo com os critérios previstos na Deliberação CVM n°371, de 13 de dezembro de 2000.Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos em montante excedente ao maior valorentre (a) 10% do valor presente da obrigação atuarial e (b) 10% do valor justo dos ativos doplano, amortizado pelo tempo de serviço médio futuro dos participantes do plano.m) Demonstrações financeiras consolidadas - controladasPara as controladas, foi consolidada a totalidade de seus ativos, passivos e resultados,com destaque para as participações dos acionistas minoritários no patrimônio líquido eno resultado dos períodos.Na consolidação, os investimentos nas controladas e a parcela correspondente de seuspatrimônios líquidos, os saldos ativos e passivos e receitas e despesas, decorrentes detransações praticadas entre as empresas consolidadas foram eliminados. Adicionalmente,exclui-se a parcela dos resultados não realizados decorrente de compras de insumos eprodutos de controladas e coligadas, que ainda permaneceram no saldo dos estoques nofim de cada período, assim como de outras transações entre controladas da Companhia.As demonstrações financeiras consolidadas abrangem, em datas-base de fechamentocoincidentes, as demonstrações financeiras das controladas, direta ou indiretamente.n) Demonstrações financeiras consolidadas proporcionalmenteDesde agosto de 2006, a Companhia passou a consolidar integralmente asdemonstrações financeiras da Quinsa que até então eram consolidadasproporcionalmente (Nota 1(b)(i)).Apresentamos os ativos líquidos da Agrega Inteligência em Compras Ltda. (“Agrega”) eda Ice Tea do Brasil Ltda. (“ITB”), consolidados proporcionalmente nas demonstraçõesfinanceiras da Companhia, como segue:..................................................................................... Em 31 de dezembro de 2006..................................................................................... Agrega ITB TotalAtivo circulante ............................................................ 1,9 0,4 2,3Ativo realizável a longo prazo .................................... - 4,8 4,8Ativo permanente ........................................................ 0,4 0,9 1,3Passivo circulante ....................................................... (2,2) 0,1 (2,1)Passivo exigível a longo prazo ................................... - (12,0) (12,0)Total ativos (passivos) líquidos .................................. 0,1 (5,8) (5,7)Percentual de participação - % .................................. 50,0 50,0 -.............................................................................. Em 31 de dezembro de 2005.............................................................................. Quinsa Agrega ITB TotalAtivo circulante ..................................................... 523,8 1,4 0,4 525,6Ativo realizável a longo prazo ............................. 115,1 - 5,1 120,2Ativo permanente ................................................. 1.180,0 0,4 0,9 1.181,3Passivo circulante ................................................ (531,6) (1,8) - (533,4)Passivo exigível a longo prazo ............................ (477,8) - (11,1) (488,9)Participação minoritários ..................................... (103,7) - - (103,7)Total ativos (passivos) líquidos ........................... 705,8 - (4,7) 701,1Percentual de participação - % ........................... 59,2 50,0 50,0 -Os resultados da Quinsa, da Agrega e da ITB, consolidados proporcionalmente nasdemonstrações financeiras da Companhia, são como segue:.............................................................................. Em 31 de dezembro de 2006.............................................................................. Quinsa(i) Agrega ITB TotalReceita líquida ..................................................... 492,6 1,3 - 493,9Custo dos produtos e serviços vendidos ........... (211,9) - - (211,9)Lucro bruto ........................................................... 280,7 1,3 - 282,0Despesas operacionais ....................................... (174,1) (3,4) (1,8) (179,3)Lucro (prejuízo) operacional ............................... 106,6 (2,1) (1,8) 102,7Resultado não operacional ................................. 1,2 - - 1,2Provisão para imposto de renda ......................... (40,4) - 0,6 (39,8)Participação minoritários ..................................... (15,3) - - (15,3)Lucro (prejuízo) do período/exercício ................. 52,1 (2,1) (1,2) 48,8

.............................................................................. Em 31 de dezembro de 2005

.............................................................................. Quinsa(i) Agrega ITB TotalReceita líquida ..................................................... 1.299,9 1,2 - 1.301,1Custo dos produtos e serviços vendidos ........... (536,7) - - (536,7)Lucro bruto ........................................................... 763,2 1,2 - 764,4Despesas operacionais ....................................... (457,7) (3,1) (1,0) (461,8)Lucro (prejuízo) operacional ............................... 305,5 (1,9) (1,0) 302,6Resultado não operacional ................................. (9,0) - - (9,0)Provisão para imposto de renda ......................... (113,8) - 0,4 (113,4)Participações minoritárias ................................... (59,1) - - (59,1)Lucro (prejuízo) do exercício ............................... 123,6 (1,9) (0,6) 121,1

(i) Resultado proporcional consolidado até Agosto de 2006 (Nota 1 (b) (i)).o) Transações com partes relacionadasAs transações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercadoe envolvem, entre outras operações, a compra e a venda de matérias-primas como malte,concentrados, rótulos, rolhas e produtos acabados diversos.Os contratos de mútuos firmados entre as controladas da Companhia no Brasil têmprazo de vencimento indeterminado e sofrem incidência de encargos financeiros demercado, exceto por alguns contratos com controladas onde a Companhia detém atotalidade do capital, sobre os quais não incidem encargos.Os contratos envolvendo as controladas da Companhia sediadas no exterior sãogeralmente atualizados monetariamente pela variação do dólar norte-americano,acrescidos de juros de até 10% ao ano.p) ReclassificaçõesNas demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de2005, apresentadas para fins de comparação, foram efetuadas determinadasreclassificações para adequá-las às Deliberações CVM nºs 488 e 489. Além disso, outrasreclassificações foram feitas com o objetivo de melhorar a apresentação de determinadosvalores e transações e manter a comparabilidade entre os períodos. As seguintesreclassificações foram feitas pela Companhia: (i) Apresentação do grupo “Não Circulante”no ativo e no passivo; (ii) Apresentação da conta “Intangível”, classificada no grupo“Ativo Não Circulante”; (iii) na Nota 15 (d) entre receitas e despesas financeiras; (iv) deAtivo Diferido, o saldo do ágio sobre incorporação da InBev Brasil e sua respectivaprovisão para realização, para Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos emcurto e longo prazos. No resultado, de amortizações e depreciações para resultado deimposto de renda e contribuição social corrente a parcela relativa à realização do ágio eda provisão para incorporação da InBev Brasil; (v) Reclassificação dos depósitos judiciais,anteriormente classificados no ativo, para o passivo, como redutor da conta “provisãopara contingências”, nas situações onde seja aplicável.3. ESTOQUES.............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005Produtos acabados .............................................. 143,6 143,2 319,2 322,2Produtos em elaboração ..................................... 45,6 46,1 69,6 67,8Matérias-primas ................................................... 235,9 231,0 618,7 515,1Materiais de produção ......................................... 110,4 96,4 235,6 186,6Almoxarifado e outros .......................................... 63,9 56,8 136,6 113,7Provisão para perdas .......................................... (9,5) (16,0) (15,8) (27,3).............................................................................. 589,9 557,5 1.363,9 1.178,1

4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASPrincipais transações com partes relacionadas estão demonstradas conforme tabelasabaixo:......................................... 2006......................................... Saldos Transações......................................... Resultado......................................... Contas Contas Contratos Vendas financeiroEmpresas ....................... a receber a pagar de mútuos líquidas líquidoAmBev ............................. 791,5 (1.678,2) (1.378,7) 398,3 (76,6)Fratelli .............................. 4,0 (6,0) 149,9 21,6 (17,0)Jalua Spain S.L. .............. - - (87,3) - 46,1Monthiers S.A. ................ 1.437,1 - 1.495,3 - (36,7)Arosuco ........................... 8,6 (0,3) 470,5 549,1 0,3Dunvegan S.A. ................ 131,2 (1,1) (422,1) - 88,6Cympay ........................... 76,8 (0,1) 1,5 98,1 0,2Maltería Uruguai S.A. ..... 33,3 (34,1) - 135,3 -Malteria Pampa S.A. ....... 12,0 (0,1) 0,4 118,7 -CRBS S.A ....................... 122,7 - (22,3) - -CACN .............................. 0,3 (14,6) 81,0 74,6 (1,7)Eagle ............................... - (868,1) (1,8) - -Aspen .............................. - - (143,4) - 0,7Labatt Canadá (i) ............ 1,1 (10,1) - - -Outras nacionais ............. 8,0 (6,6) (114,9) 1,5 (1,8)Outras internacionais ..... 4,3 (7,6) (24,2) 14,8 (1,0)TOTAL .............................. 2.630,9 (2.626,9) 3,9 1.412,0 1,1......................................... 2005......................................... Saldos Transações......................................... Resultado......................................... Contas Contas Contratos Vendas financeiroEmpresas ....................... a receber a pagar de mútuos líquidas líquidoAmBev ............................. 804,3 (1.748,0) (1.559,2) 366,7 (324,2)CBB (iii) ........................... - - - 113,8 108,4Fratelli (ii) ......................... - (11,2) 133,3 6,7 (6,1)IBA - Sudeste (ii) ............. - - - 44,5 399,0Jalua Spain S.L. .............. - - (40,8) - (51,3)Monthiers S.A. ................ 1.526,2 - 1.421,9 - (68,6)Arosuco ........................... 4,5 - 384,5 511,6 -Dunvegan S.A. ................ 216,6 - (417,5) - 36,3Cympay ........................... 0,5 - 16,8 98,2 0,4Malteria Pampa S.A. ....... 8,3 - - 145,5 -Maltería Uruguai S.A. ..... 1,2 - - 98,0 -Aspen .............................. - - (153,1) - 5,7CACN .............................. - (34,1) 25,7 77,4 0,1Eagle ............................... - (868,1) - - -CRBS S.A. ...................... 122,7 - - - -Labatt Canadá (i) ............ - - 0,5 - -Outras nacionais ............. 63,4 (9,2) 233,3 1,3 2,9Outras internacionais ..... 2,8 (68,1) (60,9) 0,1 (2,9)TOTAL .............................. 2.750,5 (2.738,7) (15,5) 1.463,8 99,7(i) Labatt Canadá mantém contrato de prestação de serviços com InBev através dos

quais são reembolsados os serviços prestados ou despesas incorridas em benefícioda outra parte. Em 31 de dezembro de 2006, a Labatt Canadá mantém saldo decontas a receber no montante de R$ 38,1 (R$ 6,6 em 31 de dezembro de 2005) esaldo de contas a pagar, no montante de R$ 7,5 (R$ 3,5 em 31 de dezembro de2005).

(ii) Em 30 de novembro de 2005, a Fratelli incorporou a IBA-Sudeste.(iii) Conforme mencionado na Nota 1(b)(iv), a CBB foi incorporada pela AmBev em 31 de

maio de 2005.Denominações utilizadas:• Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A. (“IBA Sudeste”)• Compañia Brahma Venezuela S.A. (“CACN”)• Eagle Distribuidora de Bebidas S/A (“Eagle”)• Arosuco Aromas e Sucos Ltda. (“Arosuco”)• Cervecería y Maltería Paysandú - Cympay (“Cympay”)• Aspen Equities Corporation (“Aspen”)• Fratelli Vita Bebidas S.A. (“Fratelli”)

5. OUTROS ATIVOS.............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005Ativo circulante Resultado líquido diferido de operações de “forward”, “swap” e “commodities” (Nota 15(b)(ii)) ............................................... 37,3 75,6 66,9 75,6 Reembolso de despesas com propaganda ..... 65,2 42,5 88,4 45,6 Despesas antecipadas ..................................... 270,2 233,5 316,8 296,0 Adiantamentos a fornecedores e outros ......... 0,3 0,3 22,8 23,1 Contas a receber partes relacionadas ............ - 13,7 185,4 265,4 Demais contas a receber ................................. 58,0 13,1 165,1 73,9.............................................................................. 431,0 378,7 845,4 779,6Realizável a longo prazo Aplicações financeiras de longo prazo ............ - - 1,7 69,4 Outros impostos e taxas a recuperar .............. 140,0 108,2 158,9 130,8 Despesas antecipadas ..................................... 132,9 112,0 134,3 126,6 Superávit de ativos - Instituto AmBev (Nota 12(a)) .................................................... 17,0 20,0 17,0 20,0 Outras contas com partes relacionadas .......... - - 97,4 4,7 Demais contas a receber ................................. 19,0 5,5 76,7 24,6.............................................................................. 308,9 245,7 486,0 376,1

6. PARTICIPAÇÃO EM CONTROLADAS DIRETASa) Movimentação da participação em controladas diretas, incluindo ágio e deságio............................................................................... Participação.............................................................................. em controladas Ágio TotalSaldo em 31 de dezembro de 2004 .................... 19.825,2 234,1 20.059,3 Dividendos recebidos e a receber Arosuco .... (531,9) - (531,9) Equivalência patrimonial (v) ............................. 828,6 - 828,6 Variação cambial em controlada no exterior ... (2,9) - (2,9) Amortização do ágio ......................................... - (52,7) (52,7) Participações diretas detidas pela incorporada CBB (Nota 1 (b)(iv)) .................. 477,0 (166,8) 310,2 Provisão para perdas sobre investimentos ..... (8,9) - (8,9) Restituição de capital de controlada (iv) ......... (836,8) - (836,8) Alienação de ações em tesouraria .................. 33,7 - 33,7 Perda de participação em controlada .............. (3,3) - (3,3) Dividendos antecipados IBA Sudeste (iii) ....... (161,3) - (161,3)Saldo em 31 de dezembro de 2005 .................... 19.619,4 14,6 19.634,0 Dividendos recebidos e a receber Arosuco .... (350,0) - (350,0) Equivalência patrimonial (v) ............................. 303,4 - 303,4 Variação cambial em controlada no exterior ... (17,9) - (17,9) Amortização do ágio ......................................... - (107,5) (107,5) Reversão de provisão p/ perdas sobre investimentos ................................................. 12,3 - 12,3 Perda de participação em controlada .............. (0,7) - (0,7) Aporte de capital ............................................... 2,2 - 2,2 Redução de capital (ii) ..................................... (300,0) - (300,0) Dividendos recebidos (i) ................................... (710,9) - (710,9) Aquisição de investimento (Nota 1 (b)(i)) ........ 407,7 2.331,1 2.738,8Saldo em 31 de dezembro de 2006 .................... 18.965,5 2.238,2 21.203,7(i) Em 02 de junho de 2006, a Companhia recebeu dividendos de sua controlada LabattApS relativo aos resultados acumulados de sua subsidiária Labatt Canadá dos anos de2005 e 2004.(ii) Em 01 de junho de 2006, a diretoria da ANEP aprovou uma redução de capital social,no montante de R$ 300,0 por julgá-lo naquela data excessivo.(iii) Em 2 de setembro de 2005, a Diretoria da IBA Sudeste, aprovou a distribuição dedividendos, por conta dos resultados auferidos no 1º semestre de 2005, a seremimputados aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2005, no montante deR$ 210,4, cabendo à Companhia o montante de R$ 161,3 e a subsidiária ANEP omontante de R$ 46,8. A parcela dos dividendos mais redução de capital cujo benefícioera da AmBev foi compensada com o saldo de mútuos a receber que a AmBev mantinhacom a IBA Sudeste.(iv) Este saldo refere-se a restituição de capital pela IBA Sudeste, aprovada pelos seusacionistas em 3 de junho de 2005, no montante total de R$ 1.100,0, passando o capitalsocial de R$ 1.302,0 para R$ 202,0, sem qualquer alteração do número de ações deemissão da controlada, sujeitando-se a redução de capital ora deliberada às condiçõesestipuladas no art. 174 da Lei nº 6.404/76. Dessa forma, o valor da restituição foireconhecido no patrimônio da IBA Sudeste em 31 de agosto de 2005, data do pagamentoe término do prazo de prescrição para oposição dos credores.(v) Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá nomontante de R$ 969,8 (R$ 923,5, em 31 de dezembro de 2005).b) Ágio e deságio.............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005Expectativa de rentabilidade futura: Labatt Canadá .................................................. - - 16.383,3 16.383,3 QIB .................................................................... - - 93,4 93,4 BAH ................................................................... 2.331,1 - 2.331,1 - Quinsa ............................................................... - - 1.029,8 1.029,8 Cympay ............................................................. - - 26,6 26,6 Embodom .......................................................... - - 224,1 224,1 Malteria Pampa ................................................. 9,3 9,3 28,1 28,1 Patí do Alferes Participações S.A. ................... 3,4 3,4 - - Indústrias Del Atlântico .................................... - - 5,1 5,1 Distribuidora Brakl ............................................ 101,9 101,9 - - Distribuidora Ribeirão Preto ............................. 73,5 73,4 - - Distribuidora Jaguariúna .................................. 6,6 6,7 - - Cervejaria Miranda Corrêa S.A. ....................... 5,5 5,5 5,5 5,5 Subsidiárias Labatt Canadá (ii) ....................... - - 3.033,3 3.323,9 Subsidiárias da Quinsa (consolidadas) (iii) ..... - - 1.025,8 622,2Total de ágio ......................................................... 2.531,3 200,2 24.186,1 21.742,0 Amortização acumulada (i) .............................. (293,1) (185,6) (6.174,9) (4.997,2)Total de ágio, líquido da amortização ................. 2.238,2 14,6 18.011,2 16.744,8Deságio Cerversursa ...................................................... - - (12,3) (14,4) Incesa (consolidada) ........................................ - - (12,7) (8,2)Total de deságio ................................................... - - (25,0) (22,6)Saldo líquido ........................................................ 2.238,2 14,6 17.986,2 16.722,2(i) O saldo da amortização acumulada referente ao ágio da Labatt ApS na Labatt Canadátotaliza R$ 2.004,7 (R$ 1.034,9 em 31 de dezembro de 2005).(ii) O saldo da amortização acumulada referente aos ágios existentes na Labatt Canadátotaliza R$ 3.003,4 em 31 de dezembro de 2006 (R$ 3.289,7 em 31 de dezembro de2005).(iii) Aumento decorrente principalmente da mudança de consolidação proporcional paraconsolidação integral (Nota 1 (b) (i)).c) Informações sobre as controladas diretas.................................................... Em 31 de dezembro de 2006.................................................... LabattDescrição: ................................. CRBS Arosuco Agrega Hohneck ApSQuantidade de ações/cotas possuídas (em milhares): Ações ordinárias/cotas ........... 765.961 0,3 12.155 602.468 1.000.017 Ações preferenciais ................ - - - - -Total de ações/cotas .................. 765.961 0,3 12.155 602.468 1.000.017Percentual de participação direta no capital social Em relação às ações ordinárias/cotas ................... 99,65, 99,70, 50,00, 50,69, 99,99, Em relação ao total de ações/cotas .......................... 99,65, 99,70, 50,00, 50,69, 99,99,Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas: Patrimônio líquido ajustado .... 179,1 457,4 0,1 1.085,3 13.279,1 Investimento ............................ 178,5 424,6 - 550,2 13.278,9 Lucro (prejuízo) líquido do período ................................. 1,9 294,9 (4,5) (80,1) (142,1) Resultado da equivalência patrimonial (i) ....................... 1,9 431,0 (2,2) (40,6) (142,0)

.............................................................. Em 31 de dezembro de 2006Descrição: ........................................... Dahlen BSA Pepsi ANEP FratelliQuantidade de ações/cotas possuídas (em milhares): Ações ordinárias/cotas ..................... 480 31.595 77.084 669.019 215 Ações preferenciais .......................... - - - - 130Total de ações/cotas ............................ 480 31.595 77.084 669.019 345Percentual de participação direta no capital social Em relação às ações ordinárias/cotas 100,0 100,0 99,50 100,0 71,86 Em relação ao total de ações/cotas .. 100,0 100,0 99,50 100,0 77,84Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas: Patrimônio líquido ajustado .............. 40,2 10,3 240,2 115,3 491,4 Investimento ...................................... 40,2 10,3 239,0 115,3 382,6 Lucro(prejuízo) líquido ajustado ...... 8,6 - (2,4) 19,8 64,0 Resultado da equivalência patrimonial (i) ................................. 8,6 - (2,4) 19,8 69,7

.................................................................................................................. Em 31 de dezembro de 2006

.................................................................................................................. Fazenda Malteria Lambic MirandaDescrição: ............................................................................................... BAH do Poço Pampa Eagle Holding Correa Skol TotalQuantidade de ações/cotas possuídas (em milhares): Ações ordinárias/cotas ......................................................................... 373.520 578 1.439.147 278 13.641 37 91 Ações preferenciais .............................................................................. - 389 - - - 35 -Total de ações/cotas ................................................................................ 373.520 967 1.439.147 278 13.641 72 91Percentual de participação direta no capital social Em relação às ações ordinárias/cotas ................................................ 100,0 86,4 60,0 99,96 87,10 100,0 99,96 Em relação ao total de ações/cotas .................................................... 100,0 91,4 60,0 99,96 87,10 100,0 99,96Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas: Patrimônio líquido ajustado .................................................................. 448,5 0,6 196,5 2.216,3 305,6 43,5 653,7 - Investimento .......................................................................................... 448,5 0,6 117,9 2.215,7 266,2 43,5 653,5 18.965,5 Lucro (prejuízo) líquido ajustado ......................................................... 48,0 (3,2) 43,6 159,8 55,6 32,0 (33,2) - Resultado da equivalência patrimonial(i) ............................................ 48,0 (2,9) 26,2 (159,0) 48,5 32,0 (33,2) 303,4

....................................................................................................................................... Em 31 de dezembro de 2005

....................................................................................................................................... LabattDescrição: .................................................................................................................... CRBS Arosuco Agrega Hohneck ApSQuantidade de ações/cotas possuídas (em milhares): Ações ordinárias/cotas .............................................................................................. 765.961 0,3 6.510 602.468 1.000.017 Ações preferenciais ................................................................................................... - - - - -Total de ações/cotas ..................................................................................................... 765.961 0,3 6.510 602.468 1.000.017Percentual de participação direta no capital social Em relação às ações preferenciais .......................................................................... - - - - Em relação às ações ordinárias/cotas .................................................................... 99,65 99,7 50,0 50,7 100,0 Em relação ao total de ações/cotas ......................................................................... 99,65 99,7 50,0 50,7 100,0Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas: Patrimônio líquido ajustado ....................................................................................... 177,3 373,2 0,1 1.165,4 14.132,0 Investimento ............................................................................................................... 176,6 343,5 - 590,7 14.131,8 Lucro (prejuízo) líquido ajustado .............................................................................. (7,9) 273,2 (3,8) (80,2) (291,9) Resultado da equivalência patrimonial (i) ................................................................ (9,2) 380,4 (1,9) (30,1) (291,9)

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Page 5: MENSAGEM AOS ACIONISTAS - ri.ambev.com.brri.ambev.com.br/arquivos/AMBEV_2006.pdf · valor tanto para acionistas quanto para a sociedade. ... de um acordo de ... recebemos o título

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005(Valores expressos em milhões de reais - R$, exceto quando indicado de outro modo)

............................................................................................................ Em 31 de dezembro de 2005Descrição: ......................................................................................... Dahlen BSA Pepsi ANEP FratelliQuantidade de ações/cotas possuídas (em milhares): Ações ordinárias/cotas ................................................................... 480 31.595 77.084 669.019 299 Ações preferenciais ........................................................................ - - - - 143Total de ações/cotas .......................................................................... 480 31.595 77.084 669.019 442Percentual de participação direta no capital social Em relação às ações ordinárias/cotas ............................................ 100,0 100,0 99,5 100,0 71,9 Em relação ao total de ações/cotas .............................................. 100,0 100,0 99,5 100,0 77,8Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas: Patrimônio líquido ajustado ............................................................ 31,6 10,3 242,7 395,6 401,7 Investimento .................................................................................... 31,6 10,3 241,4 395,6 312,6 Lucro líquido ajustado .................................................................... 4,7 - 14,5 71,6 28,2 Resultado da equivalência patrimonial (i) .................................... 3,1 - 1,2 22,3 18,7

...................................................................................................... Em 31 de dezembro de 2005

...................................................................................................... Malteria Lambic MirandaDescrição: ................................................................................... Pampa Eagle Holding Correa Skol TotalQuantidade de ações/cotas possuídas(em milhares): Ações ordinárias/cotas ............................................................. 1.439.147 278 13.641 37 91 Ações preferenciais .................................................................. - - - - -Total de ações/cotas .................................................................... 1.439.147 278 13.641 37 91Percentual de participação direta no capital social Em relação às ações ordinárias/cotas .................................... 60,0 99,96 87,33 100,0 99,96 Em relação ao total de ações/cotas ........................................ 60,0 99,96 87,33 100,0 99,96Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas: Patrimônio líquido ajustado ...................................................... 196,9 2.376,1 250,0 11,5 687,0 Investimento .............................................................................. 102,3 2.375,2 218,4 11,5 686,8 19.628,3 Lucro (prejuízo) líquido ajustado ............................................. 23,3 (284,4) (4,8) 6,9 (24,3) Resultado da equivalência patrimonial (i) ............................... 7,2 (55,8) (5,1) 6,8 (16,6) 29,1

(i) O resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela AmBev durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2006, estáimpactado por ganhos de incentivos fiscais, no montante total de R$ 160,0 (R$ 112,9 em 31 de dezembro de 2005).O saldo de investimentos em 31 de dezembro de 2006 contempla provisão para lucros não realizados em controladas, no montante deR$ 40,5 (R$ 44,5 em 31 de dezembro de 2005).O resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela AmBev durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, inclui osresultados de R$ 743,4 e R$ 56,1 das controladas incorporadas CBB e IBA-Sudeste, respectivamente.d) Principais participações indiretas relevantes em controladas:........................................................................................................................................................... Total de participação indireta (%)Denominação ................................................................................................................................... 2006 2005Exterior Quinsa ............................................................................................................................................ 91,18 59,22 Jalua Spain S.L. ............................................................................................................................. 100,00 100,00 Monthiers ....................................................................................................................................... 100,00 100,00 Aspen ............................................................................................................................................. 100,00 100,00

7. IMOBILIZADOa) Composição do imobilizado....................................................................... Controladora....................................................................... 2006 2005....................................................................... Depreciação Valor Valor Taxas anuais de....................................................................... Custo acumulada residual residual depreciação (i)-%Terrenos ........................................................ 92,0 -, 92,0 92,0 -Prédios e construções .................................. 1.286,1 (696,3) 589,8 607,5 4,0Máquinas e equipamentos ........................... 3.832,4 (3.255,2) 577,2 584,0 10,0Bens móveis de uso externo ........................ 1.213,6 (594,2) 619,4 547,1 10,0Outros bens e intangíveis ............................. 1.128,9 (767,4) 361,5 481,5 19,9 (ii)Imobilizado em andamento .......................... 371,7 -, 371,7 162,1 -....................................................................... 7.924,7 (5.313,1) 2.611,6 2.474,2

....................................................................... Consolidado

....................................................................... 2006 2005

....................................................................... Depreciação Valor Valor Taxas anuais de

....................................................................... Custo acumulada residual residual depreciação (i)-%Terrenos ........................................................ 324,8 -, 324,8 309,9 -Prédios e construções .................................. 2.815,5 (1.391,1) 1.424,4 1.342,7 4,0Máquinas e equipamentos ........................... 9.081,5 (7.028,5) 2.053,0 1.909,2 10,0Bens móveis de uso externo ........................ 2.110,7 (1.097,9) 1.012,8 913,7 10,0Outros bens e intangíveis ............................. 1.448,3 (1.018,1) 430,2 486,9 19,9 (ii)Imobilizado em andamento .......................... 478,7 -, 478,7 442,2 -....................................................................... 16.259,5 (10.535,6) 5.723,9 5.404,6

(i) As taxas podem sofrer acréscimo de 50% a 100% em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado.(ii) Taxa média ponderada de depreciação em 31 de dezembro de 2006 e de 2005.A Companhia e suas controladas mantêm bens imóveis destinados à venda, em 31 de dezembro de 2006, no valor residual de R$ 82,9na Controladora e R$ 86,0 no Consolidado (R$ 101,3 e R$ 104,5, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005), que estão classificadosno realizável a longo prazo, já deduzido da provisão para perda potencial na realização, no montante de R$ 48,2 na Controladora eR$ 50,4 no Consolidado (R$ 65,1 e R$ 66,3, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005).b) Bens dados em garantiaEm razão de empréstimos bancários assumidos pela Companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de 2006 existem bensmóveis e imóveis, saldo líquido contábil, no montante de R$ 454,3 (R$ 538,9 em 31 de dezembro de 2005), que foram conferidos comogarantias de empréstimos bancários. Tal restrição não impacta o uso desses bens e as operações da Companhia.8. DIFERIDO..................................................................................................... Controladora Consolidado..................................................................................................... 2006 2005 2006 2005Custo Gastos pré-operacionais ......................................................... 180,7 168,9 250,1 243,2 Gastos com implantação e ampliação ................................... 48,3 48,3 53,5 53,5 Ágios - Rentabilidade futura (i) ............................................... 811,9 811,9 811,9 811,9 Outros ....................................................................................... 167,3 167,3 206,7 202,0Total do custo .............................................................................. 1.208,2 1.196,4 1.322,2 1.310,6Amortização acumulada ............................................................. (854,8) (733,0) (893,1) (761,9)Diferido líquido ............................................................................ 353,4 463,4 429,1 548,7

(i) Os ágios reclassificados para o diferido (decorrentes de controladas incorporadas) são fundamentados nas projeções de resultadosfuturos das operações que sustentaram sua geração.

9. ENDIVIDAMENTO Controladora

Vencimento Taxa média Circulante Longo prazoModalidade e finalidade final ponderada Moeda 2006 2005 2006 2005Em reaisIncentivos fiscais de ICMS Ago/2016 4,55% R$ 102,5 86,2 160,5 228,0Investimentos no permanente Ago/2011 TJLP+3,86% R$ 167,1 104,2 331,7 362,3Capital de giro 17,99% R$ - 1,4 - -

269,6 191,8 492,2 590,3Em moeda estrangeiraCapital de giro Jun/2006 2,90% a 4,90% USD - 541,1 - -Capital de giro Mar/2007 3,64% YEN 901,0 - - -Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 5,5 6,0 1.069,0 1.170,3Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 32,4 35,1 1.069,0 1.170,3Investimentos no permanente Jan/2011 8,75% UMBNDES 31,3 16,0 45,3 63,6

970,2 598,2 2.183,3 2.404,2Total empréstimos e financiamentos 1.239,8 790,0 2.675,5 2.994,5Debêntures 2009 Jul/2009 101,75% CDI R$ 26,0 - 817,1 -Debêntures 2012 Jul/2012 102,50% CDI R$ 39,9 - 1.248,0 -Total debêntures 65,9 - 2.065,1 -Endividamento total 1.305,7 790,0 4.740,6 2.994,5

ConsolidadoVencimento Taxa média Circulante Longo prazo

Modalidade e finalidade final ponderada Moeda 2006 2005 2006 2005Em reaisIncentivos fiscais de ICMS Ago/2016 4,55% R$ 103,6 89,5 161,9 237,3Investimentos no permanente Ago/2011 TJLP+3,86% R$ 167,1 104,2 331,7 362,3Capital de giro/conta garantida Jun/2011 15,88% R$ 63,8 1,4 619,5 -

334,5 195,1 1.113,1 599,6Em moeda estrangeiraCapital de giro Out/2011 5,46% USD 118,2 673,7 94,1 103,0Capital de giro Mar/2007 3,64% YEN 901,0 - - -Capital de giro Out/2011 BA+0,45% CAD 16,0 4,8 605,8 1.408,2Capital de giro Jan/2007 7,50% ARS 37,8 27,9 - -Capital de giro Mai/2007 6,50% UYU 10,9 - - -Capital de giro Set/2008 8,94% VEB 57,9 30,8 87,5 117,4Capital de giro Jan/2008 10,62% DOP 80,6 51,0 10,0 32,4Capital de giro Ago/2011 7,40% GTQ 19,5 27,5 44,8 37,8Capital de giro Out/2010 6,75% PEN 49,3 28,8 183,9 158,6Capital de giro Mai/2007 7,50% BOB 22,7 - - -Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 5,5 6,0 1.069,0 1.170,3Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 32,4 35,1 1.069,0 1.170,3Financiamento de importação Out/2011 6,03% USD 41,9 4,6 8,1 58,1Investimentos no permanente Mar/2012 9,04% USD 149,5 70,5 379,3 341,3Investimentos no permanente Dez/2012 10,75% DOP - - 62,0 -Investimentos no permanente Ago/2008 10,64% ARS 106,3 - 19,4 -Investimentos no permanente Jan/2011 8,75% UMBNDES 31,3 16,0 45,4 63,5Notes - Série A Jul/2008 6,56% USD - - 345,1 379,2Notes - Série B Jul/2008 6,07% CAD - - 91,8 100,6Sênior Notes - BRI Dez/2011 7,50% CAD - - 163,0 178,6Outros Jun/2008 5,57% USD 18,9 37,6 0,3 75,3Outros Ago/2008 9,48% ARS 4,5 - 5,3 -

1.704,2 1.014,3 4.283,8 5.394,6Total empréstimos e financiamentos 2.038,7 1.209,4 5.396,9 5.994,2Debêntures 2009 Jul/2009 101,75% CDI R$ 25,9 - 817,1 -Debêntures 2012 Jul/2012 102,50% CDI R$ 40,0 - 1.248,0 -

65,9 - 2.065,1 -Endividamento total 2.104,6 1.209,4 7.462,0 5.994,2

a) GarantiasOs empréstimos e financiamentos tomados para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos estão garantidospor hipoteca dos imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos (Nota 7 (b)).As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações na América do Norte, possuem contratos de dívidas e compras de matériasprimas garantidas por avais ou fianças da AmBev.b) VencimentosEm 31 de dezembro de 2006, os financiamentos ao longo prazo vencem conforme demonstrado a seguir:2008 ............................................................................................................................................................................... 851,22009 ............................................................................................................................................................................... 992,32010 ............................................................................................................................................................................... 216,42011 ............................................................................................................................................................................... 2.564,02012 em diante ............................................................................................................................................................. 2.838,1....................................................................................................................................................................................... 7.462,0

c) Incentivos fiscais de ICMS................................................................................................................................ Controladora Consolidado................................................................................................................................ 2006 2005 2006 2005Passivo circulante Financiamentos .................................................................................................. 102,5 86,2 103,6 89,5 Diferimento de impostos sobre vendas ............................................................. 16,5 19,4 16,5 19,4Exigível a longo prazo Financiamentos .................................................................................................. 160,5 228,0 161,9 237,3 Diferimento de impostos sobre vendas ............................................................. 405,7 352,6 405,7 352,6

Os financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma porcentagem doICMS devido, é financiado pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média por um período de seis anos a partir da data dovencimento original do ICMS.Os valores restantes referem-se a diferimento financiado do ICMS devido, por prazos de até doze anos, como parte de programas deincentivo à indústria. As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar regressivamente, desde 75% noprimeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de um índice geral de preços.A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada no passivo circulante, na rubrica “Demais tributos e contribuiçõesa recolher”.d) Emissão de dívida no mercado internacionalEm setembro de 2003, a Companhia efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2013”) no montante equivalente a US$ 500milhões, com a incidência de juros de 8,75% ao ano, amortizáveis semestralmente a partir de março de 2004, e vencimento final emsetembro de 2013. A Companhia registrou o Bond 2013 em 10 de agosto de 2004 na Securities and Exchange Commission - SEC,conforme o U.S. Securities Act de 1933 e suas alterações subseqüentes. Além disso, o Bond 2013 foi registrado na Bolsa de Valoresde Luxemburgo para liquidação através da Depository Trust Company (“DTC”), Euroclear e Clearstream.Em dezembro de 2001, a Companhia efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2011”) no montante equivalente a US$ 500milhões, com a incidência de juros de 10,5% ao ano, amortizáveis semestralmente desde junho de 2002, e com vencimento final emdezembro de 2011. A Companhia registrou o Bond 2011 em 4 de outubro de 2002 na Securities and Exchange Commission - SEC.e) Labatt Canadá(i) Capital de giroEm 12 de outubro de 2005, foi realizado um empréstimo sindicalizado de CAD$ 1,2 bilhões, dos quais CAD$ 700 milhões a termo eCAD$ 500 milhões de crédito rotativo, com data de vencimento em 12 de outubro de 2010, e com juros à taxa “bankers acceptance”mais a margem aplicável cujo teto é de 0,75% ao ano. A taxa média “bankers acceptance” sobre a dívida em 31 de dezembro de 2006era 4,346% ao ano e a margem aplicável era de 0,45% ao ano (3,106% e 0,35% respectivamente em 31 de dezembro de 2005). Em5 de outubro de 2006 a data da operação foi extendida para 13 de outubro de 2011.(ii) Senior notesEm 23 de julho de 1998, a Labatt Canadá firmou um contrato para empréstimo de US$ 162 milhões, representado por Notas Bancáriasda Série A (“Notes - Série A”), e de CAD$ 50 milhões, em Notas Bancárias da Série B (“Notes - Série B”), tomado de um grupo deinvestidores institucionais. As Notas estão sujeitas às seguintes taxas fixas de juros: (a) 6,56% ao ano, sobre a parte em dólares norte-americanos; e (b) 6,07% ao ano, sobre a parte em dólares canadenses. As Notas têm vencimento em 23 de julho de 2008.Em 15 de junho de 2001, a Brewers Retail Inc (“BRI”), empresa consolidada proporcionalmente pela Labatt Canadá, firmou umcontrato para empréstimo de CAD$ 200 milhões, através de Senior Notes (“Senior Notes - BRI”), com um grupo de investidoresinstitucionais. As Senior Notes estão sujeitas a taxas fixas de juros de 7,5% ao ano e têm vencimento em 15 de junho de 2011.f) Cláusulas contratuaisEm 31 de dezembro de 2006, a Companhia e suas controladas encontram-se adimplentes quanto aos índices de endividamento eliquidez compromissados em decorrência da obtenção dos empréstimos.g) DebênturesEm 1º de julho de 2006, a Companhia efetuou emissão de duas séries de debêntures simples e não conversíveis em ações sendo aprimeira série (“Debênture 2009”) no montante equivalente a R$ 817,1, com a incidência de juros 101,75% do CDI ao ano, amortizadostrimestralmente a partir de 1º de outubro de 2006, e vencimento final em julho de 2009 e a segunda série (“Debênture 2012”) nomontante equivalente a R$ 1.248,0, com incidência de juros de 102,50% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º deoutubro de 2006, e vencimento final em julho de 2012.Os recursos obtidos com a emissão das Debêntures foram utilizados para pagamento da aquisição das ações de titularidade da BACde emissão da Quinsa, conforme Nota 1 (b) (i).10. OUTROS PASSIVOS................................................................................................................................ Controladora Consolidado................................................................................................................................ 2006 2005 2006 2005Passivo circulante Depósitos para vasilhames (i) ............................................................................ - - 67,7 79,1 Provisão para reestruturação (ii) ....................................................................... - - 41,0 106,5 Provisão para desempedimento de área .......................................................... 12,2 48,5 12,2 48,5 Provisão para contingência de imposto de renda (Nota 11 (f)) ....................... - - 122,4 124,5 Contas a pagar de marketing ............................................................................. 194,2 151,7 204,1 151,7 Resultado líq. dif. de operações forward e swap “commodities” ...................... 9,7 0,3 9,7 41,2 Provisão para pagamento de royalties .............................................................. - - 33,5 33,9 Contas a pagar por recompra de ações ............................................................ 3,3 74,2 3,3 74,4 Demais contas a pagar ...................................................................................... 138,5 101,8 258,6 239,0................................................................................................................................ 357,9 376,5 752,5 898,8

Exigível a longo prazo Provisão para benefícios de assistência médica e outros (Nota 12 (b)) ......... 87,4 84,4 326,6 584,6 Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 16 (c)) ....................... 22,8 26,7 131,4 94,6 Resultado líquido diferido de operações de swap de dívida ............................ - - 88,4 95,9 Provisão para reestruturação (ii) ....................................................................... - - 22,4 - Demais contas a pagar ...................................................................................... 0,4 0,5 60,2 50,7................................................................................................................................ 110,6 111,6 629,0 825,8

(i) Esses depósitos são efetuados pelos pontos de venda no Canadá, no momento da venda da cerveja, como forma de garantia pelosvasilhames, e devolvidos quando tais vasilhames são retornados.(ii) A Labatt Canadá, durante os anos de 2004 e 2005, anunciou o fechamento de duas plantas e, também, uma reestruturação daforça de trabalho com o objetivo de reduzir custo fixo de pessoal em 20%. Em decorrência deste processo, a Companhia aindamantém em seu balanço consolidado o montante de R$ 63,4 equivalente a CAD$ 34,6 (R$ 106,5 equivalente a CAD$ 52,9 emdezembro de 2005).11. CONTINGÊNCIAS - CONSOLIDADO............................................ Consolidação Atualização............................................ Saldo em integral monetária Saldo em............................................ 31.12.2005 Adições Reversões Pagamentos de Quinsa e cambial 31.12.2006PIS e COFINS .................... 394,5 1,1 (316,0) (4,6) - 23,7 98,7ICMS e IPI .......................... 221,4 62,2 (52,2) (54,5) - 11,2 188,1IRPJ e CSLL ...................... 73,1 5,7 (6,6) (5,2) - 0,5 67,5Processos trabalhistas ...... 278,4 114,2 (76,5) (72,9) 4,7 (2,4) 245,5Distribuidores e revendores 43,7 28,3 (16,2) (11,5) 3,4 (1,9) 45,8Outros ................................. 117,1 178,4 (30,2) (119,5) 11,5 (6,3) 151,0Total contingências ............ 1.128,2 389,9 (497,7) (268,2) 19,6 24,8 796,6Depósitos judiciais ............. (91,1) (63,7) 32,6, 2,1, - (13,2) (133,3)............................................ 1.037,1 326,2 (465,1) (266,1) 19,6 11,6 663,3

Abreviaturas utilizadas:• IRPJ - Imposto de Renda da Pessoa Jurídica• CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido• PIS - Programa de Integração Social• COFINS - Cotribuição para o Financiamento da Seguridade Social• IPI - Imposto sobre Produto Industrializado• ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e ServiçosEm 31 de dezembro de 2006, a Companhia e suas controladas mantinham ainda em andamento outros processos, cuja materialização,na avaliação dos consultores jurídicos, é possível de perda, mas não provável, no valor aproximado de R$ 5.877,0 (R$ 4.557,0 em 31de dezembro de 2005), para as quais a administração da Companhia, suportada pela opinião de seus consultores jurídicos, entendenão ser necessária a constituição de provisão para eventual perda.Durante 2004 e 2005, a Companhia e suas controladas receberam autuações, relacionadas com o entendimento das autoridadesfiscais acerca da legislação brasileira que trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidasfora do país.Baseada na opinião de seus consultores externos, a Administração da Companhia entende que tais autuações foram efetuadas combase em uma análise equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera hipótese de disponibilizaçãoque não existia na legislação vigente no período referente à autuação; (ii) desconsidera a existência de tratado para evitar duplatributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na apuração dos valores supostamente devidos.A Companhia, baseada na opinião de seus consultores externos, não efetuou provisionamento em relação a essas autuações fiscais,as quais totalizam R$ 4.131,6. Considerando esses fatores, bem como o fato do assunto em questão ainda não ter sido objeto deapreciação em última instância por parte do Poder Judiciário, a Companhia, baseada na opinião de seus consultores legais, considerouque o montante de R$ 2.804,4, envolve uma probabilidade de perda como possível, enquanto que o montante de R$ 1.327,2 representaprobabilidade remota de perda.Em 31 de dezembro de 2006, a Companhia e suas controladas não possuem contingências de natureza ativa cuja probabilidade deganho seja provável para serem divulgadas.Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências:a) PIS e COFINSA Companhia e suas controladas propuseram ações específicas com a finalidade de garantir o direito de recolhimento de PIS eCOFINS sobre o faturamento, desonerando-a do recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas nos termos previstos da Lei9.718/98. Algumas ações foram julgadas de forma definitiva pelo Supremo Tribunal Federal e as provisões relativas a estes processosjá solucionados, no montante de R$ 316,0 foram revertidas em 2006.Com o advento da Lei nº 10.637, de 31 de dezembro de 2002, que estabeleceu novas regras para a apuração do PIS, com efeitos apartir de 1° de dezembro de 2002, a Companhia e suas controladas passaram a proceder ao recolhimento dessa contribuição sobreoutras receitas nos moldes previstos na legislação em vigor.Considerando-se a promulgação da Lei 10.833/03 de 29 de dezembro de 2003, que estabeleceu novas regras para a apuração daCOFINS, com efeitos a partir de 1° de fevereiro de 2004, a Companhia e suas controladas passaram a recolher a referida contribuiçãonos moldes previstos na legislação em vigor.b) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquidoA provisão decorre substancialmente da tomada de dedutibilidade dos juros sobre capital próprio na base da contribuição social sobreo lucro de 1996.c) Processos trabalhistasProvisão relacionada a reclamações formalizadas por ex-empregados pleiteando complemento de remuneração. Em 31 de dezembrode 2006, os depósitos judiciais vinculados aos processos trabalhistas (classificados como perda provável, possível e remota) efetuadospela Companhia e suas controladas, atualizados monetariamente conforme índices oficiais, totalizam R$ 195,9 dos quais R$ 113,8são referentes a processos cuja perda é provável (R$ 151,2 totalizam os depósitos em 31 de dezembro de 2005).d) Processos de distribuidores e revendedoresSão decorrentes, principalmente, de rescisões de contratos com certos distribuidores.e) Outras provisõesDecorrem de processos relacionados, substancialmente, a questões ligadas ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, a produtose a fornecedores.f) Labatt CanadáAlguns produtores de cerveja e bebidas alcóolicas dos Estados Unidos, Canadá e Europa, foram envolvidos em ações coletivas deperdas e danos impetradas sob a alegação de marketing de bebidas alcóolicas para consumidores menores de idade. A LabattCanadá foi envolvida em três dessas ações, e para duas dessas ações foi excluída do pólo passivo. A Labatt continuará vigorosamentedefendendo essas ações, sendo que nesse momento não é possível estimar a probabilidade de perda ou estimar o seu montante.A Labatt foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros utilizada em certos contratos com partes relacionadas que

Abreviaturas utilizadas:• USD - Dólar Norte americano• CAD - Dólar Canadense• YEN - Iêne Japonês• ARS - Peso Argentino• BOB - Peso Boliviano• VEB - Bolívar Venezuelano

• DOP - Peso Dominicano• GTQ - Quetzales (Guatemala)• PEN - Novo Sol Peruano• UYU - Peso Uruguaio• TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo -

correspondente a 6,85% a.a. em 31.12.06• ICMS - Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços• CDI - Certificado de Depósito Interbancário -

correspondente a 13,17% a.a em 31.12.06• BA - Bankers Acceptance• UMBNDES - Taxa incidente sobre

financiamentos do BNDES atrelados a Cestade Moedas

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Page 6: MENSAGEM AOS ACIONISTAS - ri.ambev.com.brri.ambev.com.br/arquivos/AMBEV_2006.pdf · valor tanto para acionistas quanto para a sociedade. ... de um acordo de ... recebemos o título

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005(Valores expressos em milhões de reais - R$, exceto quando indicado de outro modo)

existiram no passado. O montante total da autuação pode chegar a CAD$ 200,0,equivalente a R$ 367,2, em 31 de dezembro de 2006 (R$ 402,4, em 31 de dezembro de2005).Caso a Labatt seja obrigada a pagar esses valores, a AmBev será integralmentereembolsada, pela antiga controladora da Labatt, InBev. O saldo da provisão registradana Labatt é CAD$ 66,7, equivalente a R$ 122,4 em 31 de dezembro de 2006 (CAD$61,9, equivalente a R$ 124,6 em 31 de dezembro de 2005), classificada como “provisãopara contingência de imposto de renda”, em Outros Passivos. A AmBev tem registradoum contas a receber da InBev no montante de R$ 183,2, equivalente a CAD$ 88,8 em 31de dezembro de 2006 (R$ 173,0 equivalente a CAD$ 86,0, em 31 de dezembro de 2005)registrado na rubrica “Demais contas a receber”.12. PROGRAMAS SOCIAISa) Instituto AmBev de Previdência Privada (“IAPP”)A AmBev e suas controladas no Brasil têm dois planos de benefícios previdenciários: umno modelo de contribuição definida (aberto a novas adesões) e outro no modelo de benefíciodefinido (fechado para novas adesões desde maio de 1998), existindo a possibilidade demigração do plano de benefício definido para o de contribuição definida. Esses planos sãocusteados pelos participantes e pela patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujoobjetivo principal é complementar os benefícios de aposentadoria de seus empregados eadministradores. No exercício findo em 31 de dezembro de 2006, a Companhia e suascontroladas contribuíram com R$ 5,7 (R$ 4,8, em 31 de dezembro de 2005) ao IAPP.Com base no relatório do atuário independente, a posição dos planos do IAPP em31 de dezembro é a seguinte:..................................................................................................... 2006 2005Valor justo dos ativos .................................................................. 857,7 725,5Valor presente da obrigação atuarial ......................................... (555,3) (485,2)Superávit de ativos - IAPP ......................................................... 302,4 240,3O superávit de ativos do IAPP está reconhecido contabilmente pela Companhia emsuas demonstrações financeiras consolidadas no montante de R$ 17,0 (R$ 20,0 em 31de dezembro de 2005), na conta “Outros ativos”, valor estimado como o limite máximoda sua utilização futura, considerando também as restrições legais que impedem o retornode eventual superávit atuarial remanescente no momento do encerramento do IAPP, epara o qual não houve o uso por meio do pagamento de benefícios previdenciários.b) Benefícios de assistência médica e outros providos diretamente pela Companhiae controladasA Companhia e suas controladas provêem, diretamente, benefícios de assistência médica,reembolso de gastos com medicamentos e outros para aposentados, não sendoconcedido tal benefícios para novas aposentadorias. Em 31 de dezembro de 2006, ossaldos de R$ 87,4 e de R$ 326,6 da Controladora e Consolidado (R$ 84,4 e R$ 584,6,respectivamente, em 31 de dezembro de 2005), estão reconhecidos nas demonstraçõesfinanceiras da Companhia na conta “Outros passivos”, no exigível a longo prazo nosseguinte montantes:................................................................. Plano de Benefício................................................................. Pensão Pós-Aposentadoria................................................................. Labatt Labatt AmBev TotalValor presente da obrigação atuarial ..... 2.040,5 248,4 146,1 2.435,0Valor justo dos ativos .............................. (1.641,5) - - (1.641,5)Déficit do plano ....................................... 399,0 248,4 146,1 793,5Ajustes atuariais não amortizados ........ (365,1) (89,4) (58,7) (513,2)Sub-total .................................................. 33,9 159,0 87,4 280,3Plano de distribuidores (i) ...................... - - - 46,3Total ......................................................... 33,9 159,0 87,4 326,6

(i) A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-ratada Labatt Canadá sobre as obrigações desses planos que serão custeados pela LabattCanadá através da alocação de custos de serviços dessas afiliadas.Movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conformerelatório do atuário independente:.................................................................................. AmBev Labatt TotalSaldo em 31 de dezembro de 2005 ........................ 84,4 500,2 584,6 Encargos financeiros/despesas incorridas ......... 13,7 67,4 81,1 Variação cambial .................................................. - (43,7) (43,7)Ajuste atuarial .......................................................... - (12,5) (12,5) Pagamento de benefícios ..................................... (10,7) (272,2) (282,9)Saldo em 31 de dezembro de 2006 ........................ 87,4 239,2 326,6

c) Fundação Antônio e Helena Zerrenner Instituição Nacional de Beneficência -Fundação ZerrennerEntre as principais finalidades da Fundação Zerrenner está a de proporcionar afuncionários e administradores das patrocinadoras assistência médico-hospitalar eodontológica, auxiliar em cursos profissionalizantes e superiores, manterestabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de açõesdiretas ou mediante convênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades.A movimentação do passivo atuarial da Fundação Zerrenner, conforme relatório do atuárioindependente, foi a seguinte:Saldo em 31 de dezembro de 2005 .............................................................. 193,6 Encargos financeiros incorridos ................................................................ 44,0 Pagamento de benefícios ........................................................................... (21,8)Saldo em 31 de dezembro de 2006 .............................................................. 215,8O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela Fundação Zerrenner em 31 dedezembro de 2006 foi integralmente compensado por seus ativos na mesma data, e oexcesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela Companhia em suas demonstraçõesfinanceiras em virtude da possibilidade de destinação de seu uso para outros fins quenão exclusivamente relativos ao pagamento de benefícios.d) Premissas atuariaisAs premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente noscálculos de obrigação atuarial foram as seguintes:.............................................................................. Percentual anual.............................................................................. (em termos nominais).............................................................................. AmBev Labatt.............................................................................. 2006 2005 2006 2005Taxa de desconto ................................................. 10,8 10,8 5,0 5,0Taxa de retorno esperado dos ativos ................. 13,9 14,9 7,4 8,0Crescimento do componente de remuneração .. 7,1 7,2 3,0 3,0Crescimento dos custos dos serviços médicos . 6,5 7,2 2,5 -

13. PATRIMÔNIO LÍQUIDOa) Capital social subscrito e integralizadoEm 31 de dezembro de 2006, o capital social da Companhia, no montante de R$ 5.716,1(R$ 5.691,4 em 31 de dezembro de 2005), estava representado por 64.458.212 mil ações(65.876.074 mil ações em 31 de dezembro de 2005), sendo 34.501.039 mil açõesordinárias e 29.957.173 mil ações preferenciais (34.499.423 mil e 31.376.651 mil,respectivamente em 31 de dezembro de 2005), todas nominativas e sem valor nominal.Em 11 de outubro de 2006, a Companhia aumentou seu capital no montante R$ 1,9,mediante a capitalização da conta reserva de incentivo fiscal - Reinvestimento de Impostode Renda, referente aos anos-calendário 1991 e 1992, conforme facultado pelo artigo19 da Lei número 8.167/91. Dessa forma o capital da Companhia passou de R$ 5.714,2para R$ 5.716,1.Em 8 de agosto de 2006, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$ 3,4,mediante a emissão de 3.655 mil ações ordinárias e 717 mil ações preferenciais,subscritas em dinheiro por acionistas minoritários.Em 27 de junho de 2006, a Companhia aumentou seu capital em 11.515 mil açõesordinárias e 5.275 mil ações preferenciais, no montante de R$ 13,5, integralizadasmediante a capitalização parcial do beneficio fiscal auferido pela Companhia com aamortização parcial de reserva especial de ágio no exercício de 2005.Em 20 de abril de 2006, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$ 5,9,correspondente à capitalização de 30% de benefício fiscal auferido pela Companhia,com a amortização parcial da reserva especial de ágio no exercício de 2005, sem aemissão de novas ações.b) Destinações do lucro do exercício e constituição de reservas estatutáriasO estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício,após as deduções previstas em lei:i. Percentual de 35,0% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seusacionistas. Consoante determinação legal, as ações preferenciais fazem jus a umdividendo 10% superior em relação às ações ordinárias.ii. Importância não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reservapara investimentos, com o objetivo de financiar a expansão das atividades da Companhiae de suas controladas, até mesmo para a subscrição de aumentos de capital ou a criaçãode empreendimentos. Essa reserva não poderá ultrapassar 80% do capital social.Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo àsua distribuição aos acionistas ou ao aumento de capital.iii. Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base emcritérios predeterminados. Aos administradores é atribuída a participação até o limitemáximo legal. A participação nos lucros está condicionada ao alcance das metas coletivase individuais previamente fixadas pelo Conselho de Administração no início do exercício.c) Dividendos propostosCálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobreo lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro:............................................................................................................ 2006 2005Lucro líquido do exercício ................................................................. 2.806,3 1.545,7Reserva legal (5%) (i) ........................................................................ - -Base de cálculo dos dividendos ....................................................... 2.806,3 1.545,7Dividendos antecipados .................................................................... - 480,9Dividendos antecipados na forma de juros sobre o capital próprio 1.473,1 219,8Dividendos complementares ............................................................. - 75,3Dividendos complementares na forma de juros sobre o capital próprio ................................................................................. - 524,2Sub total ............................................................................................. 1.473,1 1.300,2Imposto de renda na fonte incidente sobre os juros sobre o capital próprio ................................................................................. (220,9) (111,6)Total dos dividendos propostos - exercício atual ............................. 1.252,2 1.188,6Dividendo complementar 2006 - Base 2005 .................................... - 390,9Dividendos propostos total ................................................................ 1.252,2 1.579,5Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo - % ................. 44,62, 102,18,Dividendos líquidos de imposto de renda por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim do exercício - R$ Ordinárias (ii) .................................................................................. 17,77, 23,07,

Preferenciais (ii) .............................................................................. 19,54, 25,38,

(i) A reserva legal deixou de ser constituída, considerando-se o disposto na legislaçãosocietária, que determina que tal reserva pode deixar de ser constituída quando, somadaàs reservas de capital exceder a 30% (trinta por cento) do capital social da Companhia.(ii) Dividendos por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria)

no fim do exercício, antes do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF: ordinárias -R$ 20,90 e preferenciais - R$ 22,99 (ordinárias - R$ 24,70 e preferenciais - R$ 27,17 em31 de dezembro de 2005).d) Juros sobre o capital próprioAs companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com basena TJLP sobre o patrimônio líquido, que são dedutíveis para fins tributários, podendo sercomputados nos dividendos obrigatórios quando distribuídos. Embora registrados emconta de resultado para fins tributários, esses juros são reclassificados para o patrimôniolíquido e demonstrados como dividendos para fazer refletir a essência da transação.Os juros sobre o capital próprio e dividendos não reclamados no prazo de 3 anos, acontar da data do início do pagamento, prescrevem e são revertidos a favor da Companhia(Lei nº 6.404/76, artigo 287, inciso II, item a).e) Reserva especial de ágioConforme comentado na Nota 1 b (iii), em decorrência da incorporação da controladoraInBev Brasil, em 28 de julho de 2005, foi constituída pela Companhia reserva especialde ágio, no montante de R$ 2.883,3, correspondente ao benefício futuro de amortizaçãodos ágios incorporados. A realização dessa reserva se dará nos moldes anteriormentedescritos na Nota 1 (b)(iii)(b).f) Ações em tesourariaA movimentação das ações em tesouraria da Companhia durante o exercício foram asseguintes:...................................................... Quantidade de ações - lotes de milDescrição .................................... Preferenciais Ordinárias Total R$Em 31 de dezembro de 2005 ...... 519,380 10,480 529,860 393,4 Aquisições ................................. 1,791,076 68,878 1,859,954 1.762,3 Cancelamentos ......................... (1,425,471) (13,554) (1,439,025) (1.046,2) Transferência plano de ações .. (180,860) (31,110) (211,970) (168,8)Em 31 de dezembro de 2006 ...... 704,125 34,694 738,819 940,7

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2006, a Companhia adquiriu no mercado1.611.089 lotes mil ações, ao custo médio ponderado de R$ 925,76 sendo o custo mínimode R$ 805,61 e o custo máximo de R$ 997,75.Adicionalmente, a Companhia entregou 211.970 lotes mil ações em tesouraria para osfuncionários que exerceram o direito de adquirir ações pelo Plano de Ações no valorR$ 101,6. O valor de custo da baixa dessas ações totalizou R$ 168,8, apurando umprejuízo de R$ 67,2 o qual foi contabilizado contra a reserva de capital.Em agosto de 2006, a Companhia lançou novo programa de aquisição de ações ordináriase preferenciais de sua emissão, até o montante de R$ 1.000,0, em conformidade com aInstrução CVM nº 10/80 e suas alterações posteriores. Durante os próximos 360 dias aCompanhia poderá recomprar até 9,74% das ações ordinárias e 3,79% das açõespreferenciais em circulação em cada classe. Este programa foi encerado em 14 denovembro de 2006.Em fevereiro de 2006, a Companhia lançou novo programa de aquisição de açõesordinárias e preferenciais de sua emissão, montante de R$ 500,0, em conformidadecom a Instrução CVM nº 10/80 e suas alterações posteriores. Durante o período de 180dias após a data de lançamento, a Companhia poderia recomprar até 9,72% das açõesordinárias e 5,47% das ações preferenciais em circulação em cada classe. Este programafoi encerrado em 08 de agosto de 2006.14. PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕESA AmBev tem um plano de aquisição de ações pelos funcionários pré-selecionados,visando alinhar seus interesses com os dos acionistas. O Plano foi revisado na AssembléiaGeral Extraordinária de 20 de abril de 2006. O Plano é administrado pelo Conselho deAdministração. O Conselho de Administração cria, periodicamente, programas de comprade ações, definindo seus termos e os funcionários a serem beneficiados, e estabelece opreço pelo qual as ações serão adquiridas.As opções têm prazo de carência de 5 anos e expiram, impreterivelmente, 10 anos apóssua concessão. Na hipótese de término da relação de emprego, os direitos às opções decompra de ações sob determinadas condições são extintos; quanto às ações adquiridaspelo empregado, a Companhia tem o direito de recomprá-las com base nas premissasestabelecidas no Plano.Não é mais facultado aos beneficiários dos direitos de compra de ações concedidas apartir de 2003, a opção pelo financiamento das compras de ações. Em 31 de dezembrode 2006, o saldo em aberto dos financiamentos referente aos planos concedidosanteriormente a essa data, no consolidado, totaliza R$ 72,8. Os financiamentos sãogarantidos pelas ações financiadas.O resumo das movimentações das opções de compra de ações para os exercícios findosem 31 de dezembro é o seguinte:.............................................. Opção de compra de ações - lotes de mil.............................................. Preferenciais Ordinárias Preferenciais Ordinárias.............................................. 2006 2005Saldo de opções de compra de ações exercíveis no início do exercício ............. 365.101 73.020 651.036 - Movimentação ocorrida durante o exercício: Exercidas ....................... (155.553) (31.110) (257.993) (6.389) Canceladas .................... (41.576) (8.085) (27.942) (1.227) Concedidas .................... 69.506 - - - Bonificadas .................... - - - 80.636Saldo de opções de compra de ações exercíveis ao final do exercício ............... 237.478 33.825 365.101 73.020

15. TESOURARIAa) Considerações geraisA Companhia e suas controladas mantêm determinados valores de caixa e equivalentesem moedas estrangeiras, assim como realizam operações de “swap” de moedas, juros e“commodities” e operações de “forward” de moeda, com o objetivo de proteger-se dosefeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição consolidada em moedasestrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos preços de matérias-primas, principalmente alumínio, açúcar e trigo.Os instrumentos acima mencionados são contratados com a finalidade de “hedge”, oque não impede que seus resgates possam ocorrer a qualquer momento, embora sejareal a intenção de a Companhia levá-los até o vencimento da operação a ser protegida.b) DerivativosA Companhia com o objetivo de minimizar riscos de exposição a certas flutuações demercado nas taxas de câmbio, juros e em commodities, contrata operações de derivativos.Em 31 de dezembro de 2006, os montantes contratados de instrumentos financeiros dederivativos são como segue na tabela abaixo:...................................................................................................... Ativos (Passivos)Descrição .................................................................................... 2006 2005“Hedge” de moedas Reais/US$ ................................................................................. 3.086,5 3.610,5 Peso Argentino/US$ ................................................................. - 206,0 Reais/Iêne ................................................................................. 622,0 - Soles Peruanos/US$ ................................................................ 78,3 210,7 Dólar canadense/US$ .............................................................. 249,1 240,5 Dólar canadense/R$ ................................................................. 825,4 -“Hedge” de juros CDI x Pré ................................................................................... (137,5) (186,3) Juros Pré/BA Canadense ......................................................... 508,4 367,2“Hedge” de “commodities” Alumínio .................................................................................... 314,2 119,6 Açúcar ....................................................................................... 126,6 31,4 Trigo ........................................................................................... (76,8) 16,1 Milho .......................................................................................... 2,2 -...................................................................................................... 5.598,4 4.615,7

i. Valor de mercado de instrumentos financeiros “Hedge” de moedas e taxa de jurosEm 31 de dezembro de 2006, ganhos não realizados sobre rendimentos de naturezavariável em operações de derivativos, de acordo com o previsto pela legislação societáriado Brasil, foram limitados ao menor valor entre a “curva” dos instrumentos ou o respectivovalor de mercado.Caso a Companhia tivesse registrado contabilmente seus instrumentos derivativos aovalor de mercado, teria contabilizado ao resultado do exercício findo em 31 de dezembrode 2006 um ganho adicional no montante de R$ 141,7 (R$ 44,4 em 31 de dezembro de2005), conforme demonstrado na tabela a seguir:........................................................................... Ganhos não........................................................................... realizados de........................................................................... naturezaInstrumentos financeiros .............................. Contábil Mercado variávelTítulos públicos ................................................. 241,6 261,6 20,0“Swaps”/”forwards” ........................................... (218,4) (213,0) 5,4“Foward” R$ x CAD Labatt Canadá ................. 48,7 160,2 111,5“Cross Currency Swap” Labatt Canadá (*) ...... (88,4) (83,5) 4,9........................................................................... (16,5) 125,3 141,8

(*) Swaps para conversão das Notas tomadas a juros fixos em dólares dos EstadosUnidos para juros flutuantes em dólares canadenses.ii. “Hedge” de “commodities” e moedasOs resultados líquidos, apurados ao valor de custo (equivalentes ao seu valor de mercado)dessas operações, com o propósito específico de minimizar a exposição da Companhiaà flutuação de preços de matérias-primas denominadas em moeda estrangeira a seremadquiridas, são diferidos e reconhecidos no resultado, quando houver a venda do produtocorrespondente.Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2006, foi registrado no resultado oseguinte efeito referente às operações “hedge” de moedas e “commodities”, na conta“Custos dos produtos vendidos”:............................................................................ Diminuição (Aumento) líquido noDescrição .......................................................... custo dos produtos vendidos“Hedge” de moedas ........................................... (84,6)“Hedge” de alumínio .......................................... (4,6)“Hedge” de açúcar ............................................. (16,4)“Hedge” de Trigo e Milho ................................... 0,8............................................................................ (104,8)

Em 31 de dezembro de 2006, perdas não realizadas no montante de R$ 57,2 foramdiferidas, sendo R$ 66,9 em “outros ativos” e R$ 9,7 em “outros passivos”. Esta perdaserá reconhecida à débito do resultado da Companhia, sendo o montante de R$ 57,2 nocusto dos produtos vendidos, quando houver a venda do produto acabado correspondentee o saldo restante na despesa operacional por se tratar de “hedge” de despesa.c) Passivos financeirosOs passivos financeiros da Companhia, representados principalmente pelas operaçõesde emissão de títulos de dívida externa e financiamentos para importação, estãocontabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente às taxas iniciais dos juroscontratadas, acrescidos de variações monetárias e cambiais, conforme índices de

fechamento de cada período.Caso a Companhia pudesse ter adotado o critério de reconhecimento de seus passivosfinanceiros a valor de mercado, teria apurado uma perda adicional, antes do imposto derenda e da contribuição social, de R$ 580,9 em 31 de dezembro de 2006 (R$ 523,4, em31 de dezembro de 2005), conforme demonstrado na tabela a seguir:................................................................................ (Perda)Passivo financeiro ............................................... Contábil Mercado DiferençaNotes - Série A (i) .................................................. 345,1 350,4 (5,3)Notes - Série B (ii) ................................................. 91,8 93,8 (2,0)Sênior Notes - BRI (iii) ........................................... 163,0 183,7 (20,7)Financiamentos Internacionais outras moedas(iv) 2.311,1 2.311,1 -Financiamentos em Reais ..................................... 948,8 1.147,3 (198,5)BNDES/ FINEP/ EGF (iv) ...................................... 498,8 498,8 -Res. 63/ Compror 63 .............................................. 901,0 855,9 45,1Bond 2011 e Bond 2013 ........................................ 2.175,9 2.575,4 (399,5)Debêntures - 2009 e 2011 ..................................... 2.131,1 2.131,1 -................................................................................ 9.566,6 10.147,5 (580,9)(i) Notas bancárias da série A firmados pela Labatt Canadá em dólares americanos(ii) Notas bancárias da série B firmados pela Labatt Canadá em dólares canadenses(iii) Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc. (BRI) e consolidadosproporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses(iv) Empréstimos para os quais o valor contábil e o valor de mercado são similares.O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi realizadocom base em cotações de corretores de investimento, em cotações dos bancos queprestam serviços à AmBev e a Labatt Canadá e no valor de mercado secundário dostítulos na data-base de 31 de dezembro de 2006, sendo de aproximadamente 120,75%do valor de face para o Bond 2011 e 117,13% para o Bond 2013 (124,50% e 117,50%respectivamente, em 31 de dezembro de 2005) e as Notas Série A e Notas Série B daLabatt Canadá, os preços foram apurados com base no fluxo de caixa descontado avalor presente, utilizando-se taxas de mercado disponíveis para a Labatt Canadá parainstrumentos similares.d) Receitas e despesas financeiras.............................................................................. Exercício findo em 31 de dezembro.............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005Receitas financeiras Variação cambial sobre aplicações financeiras - - (15,5) (36,7) Juros sobre caixa e equivalentes .................... 56,1 33,8 111,1 91,5 Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais ............... 24,9 3,5 29,9 6,6 Resultado do plano de ações .......................... 9,8 12,8 10,0 13,3 Juros e variação cambial sobre mútuos .......... 76,6 32,2 - 0,1 Outras ................................................................ 22,1 16,5 32,9 20,5.............................................................................. 189,5 98,8 168,4 95,3Despesas financeiras Variação cambial sobre financiamentos .......... 263,9 16,5 254,7 308,5 Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos (585,8) (231,4) (585,1) (625,8) Juros sobre dívidas em moeda estrangeira .... (267,8) (119,9) (485,1) (456,0) Juros sobre dívidas em reais ........................... (190,5) (56,7) (191,5) (122,4) Juros e variação cambial sobre mútuos .......... - (464,9) (1,8) (5,7) Impostos sobre transações financeiras ........... (99,2) (81,3) (131,8) (141,9) Encargos financeiros sobre contingências e outros .......................................................... (50,2) (37,3) (59,8) (77,6) Outras ................................................................ (23,9) (17,7) (46,3) (61,1).............................................................................. (953,5) (992,7) (1.246,7) (1.182,0)Resultado financeiro, líquido ........................... (764,0) (893,9) (1.078,3) (1.086,7)

e) Concentração de risco de créditoParte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados evarejistas, dentro de ampla rede de distribuição. O risco de crédito é reduzido em virtudeda grande carteira de clientes e dos procedimentos de controle que o monitoram.Historicamente, a Companhia não registra perdas significativas nas contas a receber declientes.A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticasde alocação de caixa e investimentos, levando em consideração limites e avaliações decréditos de instituições financeiras, não permitindo concentração de crédito, ou seja, orisco de crédito é monitorado e minimizado pois as negociações são realizadas apenascom um seleto grupo de contrapartes altamente qualificadas. Na Labatt Canadá sãofirmados acordos de compensação com suas contrapartes que lhe permitem liquidarativos e passivos financeiros derivativos em caso de inadimplência.16. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALa) Reconciliação da despesa consolidada do imposto de renda e da contribuiçãosocial sobre o lucro com seus valores nominais....................................................................................................... Exercício findo em....................................................................................................... 31 de dezembro,....................................................................................................... 2006 2005Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social ..................................................................... 4.307,3 2.751,9Participações estatutárias e contribuições .................................. (194,4) (202,8)Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e da participação dos acionistas minoritários ............... 4.112,9 2.549,1

Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) ............................................ (1.398,4) (866,7)Ajustes para obtenção da alíquota efetiva decorrentes de diferenças permanentes: Juros sobre capital próprio (v) .................................................. 500,9 253,0 Resultado de controladas no exterior não sujeitas à tributação (iii) .......................................................................... 4,2 (174,1) Ganhos patrimoniais em controladas ....................................... 62,1 51,6 Amortização de ágio - parcela não dedutível (i) ...................... (355,0) (327,0) Ágio rentabilidade futura - incorporação CBB (ii) .................... - 103,4 Retenção de Impostos (iv) ........................................................ (68,3) - Variação cambial sobre investimentos ..................................... (43,7) (44,3) Outras adições e exclusões permanentes ............................... (17,1) (16,1) Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro ........................................................................... (1.315,3) (1.020,2)

(i) A amortização de ágio indedutível, contempla os efeitos da amortização do ágio daLabatt ApS na Labatt Canadá, no montante de R$ 969,8 no período findo em 31 deDezembro de 2006 (R$ 923,5, em 31 de Dezembro de 2005), gerando um efeito tributário,por não ser dedutível, no montante de R$ 329,7 (R$ 314,0 de Dezembro de 2005).(ii) Esse valor refere-se ao crédito tributário decorrente da dedutibilidade futura do ágiode AmBev em CBB como resultado da incorporação de CBB por AmBev (Nota 1(b)(iv)).(iii) Incluí a proteção do efeito fiscal sobre a variação cambial dos mútuos e “Fixed RateNotes” contratados no exterior. O montante protegido é US$ 496,6 em 31 de dezembrode 2006, e o ganho fiscal dessa proteção no exercício foi de R$ 123,9.(iv) Sobre dividendos recebidos pagos pela Labatt ApS.(v) Os juros sobre o capital próprio, originalmente, são registrados nos livros contábeise fiscais como receita financeira, quando declarados por controladas e coligadas, edespesa financeira, por ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas.Entretanto, para fins de preparação dessas demonstrações financeiras, utiliza-se aessência da transação e, portanto, são considerados como dividendos recebidos e pagose não transitam pelo resultado. Conseqüentemente, nessas demonstrações, oslançamentos mencionados anteriormente são reclassificados, ou seja, os juros sobre ocapital recebidos ou a receber são creditados à conta de investimentos e os juros sobreo capital pagos ou a pagar são registrados a débito de lucros acumulados.b) Composição do benefício (despesa) com imposto de renda e contribuição socialsobre o lucro líquido.............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005Corrente ............................................................... 63,6 - (688,8) (757,1)Diferido ................................................................. (460,4) (6,5) (626,5) (263,1)Total ...................................................................... (396,8) (6,5) (1.315,3) (1.020,2)

c) Composição dos impostos diferidos.............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005No ativo circulante Prejuízos fiscais a compensar ......................... 69,1 56,4 98,3 46,8 Diferenças temporárias: Ágio rentabilidade futura - incorporações .... 350,8 350,8 350,8 350,8 Provisão para juros sobre capital próprio .... 22,1 - 22,1 - Provisão para reestruturação ....................... - - 26,8 46,4 Provisão para participação dos empregados 54,0 43,5 57,4 47,8 Provisão para despesas de marketing e vendas ...................................................... 54,5 51,6 54,6 51,6.............................................................................. 550,5 502,3 610,0 543,4No realizável a longo prazo Prejuízos fiscais a compensar ......................... 232,0 301,1 771,0 850,1 Diferenças temporárias: Provisões não dedutíveis .............................. 248,9 342,4 307,0 422,7 Provisão para perdas sobre incentivos fiscais-CSSL ............................................... 3,1 3,1 7,6 7,5 Ágio rentabilidade futura - incorporações .... 2.115,7 2.466,5 2.115,7 2.466,5 Provisão para benefícios de assistência médica ......................................................... 29,7 28,7 82,2 165,9 Provisão para perdas imóveis destinados à venda ....................................................... 16,5 22,1 17,2 22,7 Provisão para perdas de “Hedge” ................ 130,9 116,9 130,9 116,9 Provisão para perdas no recebimento de créditos ....................................................... 10,3 9,8 11,2 10,4 Outros ............................................................ 64,0 73,3 123,9 120,8.............................................................................. 2.851,1 3.363,9 3.566,7 4.183,5

No exigível a longo prazo Diferenças temporárias Depreciação acelerada ................................. - - 47,8 59,9 Outras ............................................................. 22,8 26,7 83,6 34,7.............................................................................. 22,8 26,7 131,4 94,6

Com base nas projeções de geração de resultados tributáveis futuros da controladora ede controladas localizadas no Brasil e no exterior, a estimativa de recuperação do saldoativo consolidado de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos

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Page 7: MENSAGEM AOS ACIONISTAS - ri.ambev.com.brri.ambev.com.br/arquivos/AMBEV_2006.pdf · valor tanto para acionistas quanto para a sociedade. ... de um acordo de ... recebemos o título

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005(Valores expressos em milhões de reais - R$, exceto quando indicado de outro modo)

fiscais, encontra-se demonstrada a seguir:.......................................................................................... Em valores nominais.......................................................................................... (milhões de reais) .2008 .................................................................................. 1832009 .................................................................................. 2912010 .................................................................................. 297.......................................................................................... 771

O ativo registrado limita-se aos valores cuja compensação é amparada por projeções delucros tributáveis, descontados ao seu valor presente, realizados pela Companhia atéos próximos 10 anos, considerando, também, que a compensação dos prejuízos fiscaisé limitada a 30% do lucro anual antes do imposto de renda, determinado de acordo coma legislação fiscal brasileira.O saldo de imposto de renda diferido ativo, em 31 de dezembro de 2006, inclui o efeitototal dos prejuízos fiscais das controladas brasileiras, que são imprescritíveis,compensáveis com lucros tributáveis futuros. Parte do benefício fiscal correspondenteaos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi contabilizada como ativo, umavez que a administração não está segura de que sua realização seja provável.Estima-se que o saldo referente aos impostos diferidos decorrentes das diferençastemporárias em 31 de dezembro de 2006 será realizado até o exercício de 2011; contudo,não é possível estimar com razoável precisão os anos em que essas diferençastemporárias serão realizadas, pois grande parte delas está sujeita a decisões judiciaissobre as quais a Companhia não detém nenhum controle, tampouco sabe prever quandohaverá a decisão em última instância.As projeções de geração de resultados tributáveis futuros incluem várias estimativasreferentes à performance da economia brasileira e da internacional, seleção de taxas decâmbio, volume de vendas, preços de vendas, alíquotas de impostos, entre outros, quepodem apresentar variações em relação aos dados e aos valores reais.Como o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro decorrenão só do lucro tributável, mas também da estrutura tributária e societária da Companhia,da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, isenções e incentivosfiscais e de diversas outras variáveis, não existe uma correlação relevante entre o lucrolíquido da Companhia e o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobreo lucro. Portanto, recomendamos que a evolução da utilização dos prejuízos fiscais nãoseja considerada um indicativo de lucros futuros da Companhia.17. COMPROMISSOS ASSUMIDOS COM FORNECEDORESA Companhia dispõe de contratos com determinados fornecedores para adquirir certasquantidades de materiais importantes para os processos de produção e embalagem,como plásticos para garrafas PET, alumínio, gás natural e ativo imobilizado.A Companhia tem compromissos assumidos com fornecedores para 2007, 2008 e 2009,

já contratados em 31 de dezembro de 2006, no montante aproximado de R$ 1.051,8,R$ 458,0 e R$ 229,0, respectivamente (R$ 533,4 para 2007 e R$ 3,3 para 2008 em 31de dezembro de 2005).18. RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS.............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005Receitas operacionais Subvenção para investimentos de controlada .. - - 165,3 151,8 Variação cambial em controlada no exterior ... - - 79,4 74,1 Deságio s/crédito Incentivo Fiscal (ICMS) ...... 39,9 28,3 39,9 28,3 Reversão provisão p/perdas investimentos ..... - - 21,9 - Recuperação de impostos ................................ 24,0 52,2 24,0 52,6 Outras receitas operacionais ........................... 10,5 4,7 12,7 3,6.............................................................................. 74,4 85,2 343,2 310,4Despesas operacionais Variação cambial em controlada no exterior ... (17,9) (2,9) - - Amortização de ágio ......................................... (107,5) (52,7) (1.283,0) (1.343,0) Impostos sobre outras receitas ........................ (4,4) (3,1) (4,4) (3,5) Outras despesas operacionais ........................ (6,5) (10,4) (10,9) (39,3).............................................................................. (136,3) (69,1) (1.298,3) (1.385,8)Receitas (despesas) operacionais, líquidas .. (61,9) 16,1 (955,1) (1.075,4)

19. RECEITAS (DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDAS.............................................................................. Controladora Consolidado.............................................................................. 2006 2005 2006 2005Receitas não operacionais Ganho na alienação de investimentos ............ - - 10,2 - Ganho de participação em investidas ............. - - 6,1 - Ganho na alienação de bens do imobilizado .. - - 4,8 6,0 Outras receitas não operacionais .................... 12,8 4,1 5,6 15,5.............................................................................. 12,8 4,1 26,7 21,5Despesas não operacionais Provisão para perda sobre ativos permanentes - (19,0) (17,9) (58,7) Perda de participação em investida ................ (0,7) (3,3) - (64,8) Perda na alienação de bens do imobilizado ... (4,6) (6,6) - - Perda na alienação de imóveis destinados a venda .............................................................. (0,3) - (0,3) - Provisão para reestruturação (i) ...................... - - (18,9) (114,9) Outras despesas não operacionais ................. (0,4) (1,2) (18,4) (17,4).............................................................................. (6,0) (30,1) (55,5) (255,8)Despesas não operacionais, líquidas ............... 6,8 (26,0) (28,8) (234,3)

(i) Provisões decorrentes do processo de reestruturação descrito na Nota 10 (ii).

20. SEGUROS

A Administração da Companhia é de opinião que em 31 de dezembro de 2006, os

principais ativos da Companhia e de suas controladas, como bens do imobilizado e do

estoque, estão segurados contra riscos de incêndio e diversos, com base nos respectivos

valores de reposição. O valor de cobertura das apólices é superior aos valores registrados

contabilmente.

21. EVENTOS SUBSEQÜENTES

a) Acordo para aquisição da Lakeport Brewing Income Fund

Em 1º de fevereiro de 2007, a Companhia anunciou que sua subisidiária Labatt Canadá

celebrou contrato ("Support Agreement") com Lakeport Brewing Income Fund

("Lakeport"), por meio do qual a Labatt Canadá irá oferecer um preço de CAD$ 28,00

por cota ("unit") de Lakeport, totalizando CAD$ 201,4.

b) Oferta pública Quinsa

Em 25 de janeiro de 2007 a Companhia anunciou que a Commission de Surveillance du

Secteur Financier (“CSSF”) de Luxemburgo aprovou o instrumento de oferta pública

com relação à oferta pública voluntária para aquisição de até 6.872.480 ações Classe A

e até 8.661.207 ações Classe B (incluindo ações da Classe B detidas na forma de

American Depositay Shares (“ADS”) de emissão da sua subsidiária Quilmes, que

representam as ações Classe A e Classe B em circulação (incluindo ações Classe B

detidas na forma de ADSs) que não são de propriedade da AmBev ou de sua subsidiária.

c) Dividendos Labatt ApS

Em 11 de janeiro de 2007, a diretoria da Labatt ApS aprovou a distribuição de dividendos

no montante de R$ 468,3.

d) Programa de recompra de ações

Em 05 de fevereiro de 2007, o Conselho de Administração da Companhia aprovou um

programa de recompra de ações de emissão da Companhia, para permanência em

tesouraria e/ou cancelamento e eventual alienação posterior, durante os próximos 360

(trezentos e sessenta) dias, com vencimento em 31 de janeiro de 2008, até o montante

conjunto de R$ 1.000,0.

DIRETORIA

Aos Administradores e AcionistasCompanhia de Bebidas das Américas - AmBevSão Paulo - SP1. Examinamos os balanços patrimoniais, individual (controladora) e consolidado, da

Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) e controladas em 31de dezembro de 2006 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutaçõesdo patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aoexercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração.Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstraçõesfinanceiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoriae compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos daCompanhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliaçãodas práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaAdministração da Companhia, bem como da apresentação das demonstraçõesfinanceiras tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo (1)representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial

MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOLuiz Fernando Ziegler de Saint Edmond

Diretor Geral para América Latina

Miguel Nuno da Mata PatrícioDiretor Geral para América do Norte

Graham StaleyDiretor Financeiro e de Relações com Investidores

Carlos Eduardo Klützenschell LisboaDiretor de Marketing

Bernardo Pinto PaivaDiretor de Vendas

Jorge Luiz Gualberti Martins da RochaDiretor para América Latina Hispânica

Francisco de Sá NetoDiretor de Refrigerantes

Milton SeligmanDiretor de Assuntos Corporativos

Pedro de Abreu MarianiDiretor Jurídico

Co-Presidentes do Conselhode Administração:

Victório Carlos De Marchi

Carlos Alves de Brito

Membros Efetivos:•Marcel Herrmann Telles•Carlos Alberto da Veiga Sicupira•José Heitor Attilio Gracioso

•Roberto Herbster Gusmão•Luis Felipe Pedreira Dutra Leite•Vicente Falconi Campos•Johan M.J.J. van Biesbroeck

Contador: Paulo Cesar Picolli - CRC 1SP 165645/O-6 - CPF: 092.217.708-26

PARECER DO CONSELHO FISCALO Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”), em conformidade com as atribuições dispostas no Estatuto Social da Companhia, em seu Regimento Interno e nos incisos do art. 163 da Lei nº 6.404/76, examinou: (i) o parecer emitidosem ressalvas pela DELOITTE TOUCHE TOHMATSU AUDITORES INDEPENDENTES, e (ii) o relato sobre o desempenho da Companhia realizado pelo Gerente de Relações com Investidores, na presença do Diretor Financeiro e de Relações com Investidores e doDiretor Geral para América Latina. Com base nos documentos examinados e nos esclarecimentos prestados, os membros do Conselho Fiscal, abaixo assinados, opinaram pela aprovação em Assembléia Geral do Relatório Anual da Administração e das DemonstraçõesFinanceiras encerradas em 31 de dezembro de 2006.

São Paulo, 28 de fevereiro de 2007.

Alcides Lopes Tápias Álvaro Antonio Cardoso de Souza Aloisio Macário Ferreira de Souza Ary Waddington (Suplente) Emanuel Sotelino Schifferle (Suplente) Nilson José Bulgueroni (Suplente)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTESe financeira, controladora e consolidado, da Companhia de Bebidas das Américas -AmBev e controladas em 31 de dezembro de 2006, o resultado de suas operações,as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursosreferentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil.

4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir parecer sobre asdemonstrações financeiras básicas referidas no primeiro parágrafo, tomadas emconjunto. As demonstrações consolidadas do fluxo de caixa, que estão sendoapresentadas para propiciar informações suplementares sobre a Companhia, nãosão requeridas como parte integrante das demonstrações financeiras básicas, deacordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações consolidadasdo fluxo de caixa foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritosno parágrafo 2 e, em nossa opinião, essas demonstrações suplementares estãoadequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relaçãoàs demonstrações financeiras básicas referentes ao exercício findo em 31 dedezembro de 2006, tomadas em conjunto.

5. Anteriormente examinamos as demonstrações financeiras, controladora econsolidado, da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) econtroladas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e emitimosparecer sem ressalva datado de 13 de fevereiro de 2006, com base em nossos exames

e nos exames efetuados por outros auditores sobre as demonstrações financeiras dacontrolada Labatt Brewing Company Limited, a qual apresentava, naquela data, saldode passivo a descoberto no montante de R$ 1.217 milhões, ativos totais de R$ 2.459milhões, equivalente a 7,3% dos ativos totais da Companhia, receita líquida de vendasno montante de R$ 3.967 milhões, equivalente a 24,9% da receita líquida de vendasconsolidadas e lucro líquido no montante de R$ 467 milhões, equivalente a 30,2% dolucro líquido da Companhia. Nossa opinião, no que se refere aos valores dos ativos epassivos dessa controlada e do resultado por ela gerada, está baseada no parecerdesses outros auditores.

São Paulo, 26 de fevereiro de 2007

DELOITTE TOUCHE TOHMATSUAuditores IndependentesCRC 2 SP 011609/O-8

Altair Tadeu RossatoContadorCRC 1 SP 182515/O-5

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